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Introdução
Desde os tempos pré-históricos, a mineração tem sido essencial para a existência do homem.
Devemos entender aqui, como mineração a extração de toda substância mineral ocorrida
naturalmente, na forma de sólido líquido e gás, da Terra, para propósitos utilitários. Por
utilitários, podemos entender as necessidades humanas essenciais e anseios que são
unicamente encontrados nos minerais através da história.
Muitas das idades culturais do homem estão associadas com os minerais e seus derivados.
Elas incluem a idade da Pedra (4000 AC), Bronze (4000 1500 AC), idade do Ferro (1500 AC
a 1780 DC), Idade do Aço (1780 a 1945) e era Nuclear (desde 1945). Não é coincidência que
muitos marcos da história da humanidade, viagem de Marco Polo à China, Vasco da Gama à
África e Índia, descoberta do Novo Mundo por Colombo, corrida do ouro para a Califórnia,
África do Sul, Austrália, Canadá, Entradas e Bandeiras no Brasil, Alasca, foram executadas
graças à procura e valor dos minerais. Pode-se também observar que os minerais mais
precisamente a mineração estão associados com a ascendência de grandes civilizações. Como
exemplo, temos a expansão do Império Romano até a Espanha e Inglaterra, a conquista das
Americas pelos espanhóis e portugueses, a colonização da África e parte da Ásia e mais
recentemente os cartéis do petróleo.
Pode-se afirmar que a mineração iniciou-se no paleolítico a 450.000 anos atrás . De fato, não
existiam dados substantivos que comprovem, mas algumas seixos tem sido encontrados com
os fósseis de homens da antiga idade da pedra. Eles eram extraídos e trabalhados para as mais
diversas necessidades como utensílios de caça e armas. Já no início da idade da pedra o
homem começa a lavrar corpos subterrâneos em aberturas sistemáticas. mineradores
subterrâneos empregavam métodos rústicos de controle em ventilação, iluminação e quebra
de rocha. Minas subterrâneas atingiram profundidades de 250 metros nos tempos Egípcios.
Minerais metálicos sempre atraíram a atenção do homem desde a pré - história. Inicialmente
os metais foram usados na sua forma nativa, provavelmente obtidos pela lavagem de
cascalhos dos rios em depósitos de pláceres. Com o advento das idades do Bronze e do Ferro,
o homem descobriu a fusão, levando-o a reduzir minérios a metal nativo ou formar ligas.
O primeiro fato tecnológico notável, que mudou mineração, foi a descoberta do modo de
quebrar a rocha, através de fendas ou falhas no maciço rochoso e depois como as ferramentas
feitas de ossos, madeira e da própria pedra não eram suficientes para quebra da rocha, surgiu
a Técnica da fratura a rocha por aquecimento, seguido de um imediato resfriamento. Nenhum
outro avanço tecnológico foi de tal importância, até o uso da pólvora no século 17
Data Evento
450.000 AC início da mineração - Paleolítico - ferramentas de pedra
40.000 trabalhos subterrâneos - mina de hematita - Swaziland, África
30.000 potes de argila queimados, usados na Checoslováquia
18.000 possível uso do ouro e cobre na forma nativa
5.000 marcas de fogo usado pelos egípcios para quebra de rocha
4.000 uso de metais fabricados - Idade do Bronze
3.400 Primeiras anotações sobre a mineração, Egípcios no Sinai
3.000 provável 1ª fundição de cobre com carvão pelos chineses.
início do uso de instrumentos de ferro pelos egípcios
2.000 conhecimento de artefatos de ouro, Peru
1.000 aço usado pelos gregos
100 DC crescimento da indústria mineral no Império Romano
122 carvão usado pelos romanos
1185 autorização do Bispo de Trend para minerar em seus domínios
1524 primeira referência a mineração no Novo Mundo, Cuba
1550 Primeiro uso de bomba de poço, Checoslováquia
1556 primeira publicação técnica, De Re Metallica, na Alemanha por
Georgius Agrícola
1627 primeiro explosivo usado em minas da Europa, Hungria
( possível primeiro uso na China )
1700 Descoberta de ouro nas Minas Gerais - Ouro Preto, Sabará, Mariana pelos
bandeirantes
1716 primeira Escola de Minas, Checoslováquia
1780 início da Revolução Industrial,
1800 Corrida do Ouro na Califórnia
1815 Humphrey Davy inventa lâmpada de segurança na Inglaterra
1867 invenção da Dinamite, por Nobel
1903 era da mecanização e produção em massa
DESENVOLVIMENTO MINEIRO
Define-se como trabalho de abertura de uma jazida, para as atividades de lavra. Desta forma
o acesso a jazida precisa ser obtido pelo descapeamento, ou seja, retirada o solo ou rocha de
cobertura, para expor o minério próximo da superfície para a lavra a céu aberto, ou pela
escavação de aberturas da superfície para a profundidade em depósitos profundos para serem
lavrados por métodos subterrâneos.
Pela definição, a etapa de desenvolvimento antecede à lavra, entretanto, esta divisão não é
cronológicamente definida, sendo o desenvolvimento realmente concluído somente quando a
jazida é exaurida ou fechada. As razões pelas quais desenvolvimento e lavra caminham em
sequência mas sobrepondo-se, são de natureza administrativa e tecnológica. (1) O
investimento para desenvolvimento é muito grande para ser realizado por inteiro, de uma só
vez, sem retorno financeiro e (2) é impossível desenvolver completamente uma mina, sem
executar a lavra em determinados pontos. Da mesma forma como a pesquisa continua durante
a lavra, o desenvolvimento ocorre concomitantemente com esta. A tese de um limitado
desenvolvimento, a despeito da lavra, é amplamente defendida na mineração. Há um
argumento contrário, que advoga a favor do máximo desenvolvimento antes da primeira
produção, visto que para uma eficiente produção uma jazida requer que todos os acessos e
instalações superficiais estejam preparadas antes que algum minério seja produzido. Muitos
equívocos em projetos mineiros remontam da pressa e avareza na lavra de uma jazida. Desta
forma, uma regra do desenvolvimento é que uma satisfatória locação de capital de trabalho
seja designada para este propósito, de modo a permitir que um máximo de desenvolvimento
antes do início da lavra. Em termos de engenharia é o mesmo que dizer que uma ótima taxa de
desenvolvimento - lavra para maximizar o lucro total, precisa ser determinado para cada novo
projeto mineiro. Outra regra estabelece que o desenvolvimento deve ser executado para
acessar a máxima quantidade de minério, para um mínimo de desenvolvimento de aberturas.
Uma exceção à regra ocorre em minas lavradas pelo método de câmaras e pilares, comumente
usadas para carvão e não metálicos, onde o desenvolvimento de aberturas, assemelha-se às
aberturas para lavra, porém com um custo maior.
Após a fase de exploração, uma série de fatores vêem influenciar no desenvolvimento de uma
mina, sendo organizados em três categorias.
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Localização
Minerações são abertas onde existe uma jazida, e nem sempre isso é um ítem vantajoso.
Poucos, por exemplo, estão idealmente localizados do ponto de vista econômico, outros com
relação a fontes de insumos ou mercado. Desta forma, a geografia exerce uma forte influência
na abertura de uma mina. Entre os efeitos da localização temos:
Estes fatores exercem também uma forte influência na seleção do método de lavra
Sequência de Desenvolvimento
Uma série de fatores devem ser considerados na escolha entre os métodos a céu aberto e
métodos subterrâneos. A seguir são descritos alguns destes fatores:
Produção
Diferentes métodos de lavra são usados para diferentes bens minerais. Por exemplo, ferro,
cobre, fosfato, manganês, bauxitas etc, são, principalmente, lavrados por métodos a céu
aberto, enquanto que ouro, níquel, zinco, etc., são, frequentemente, lavrados por métodos
subterrâneos. A tabela II apresenta o nº de minas nos países capitalistas que produzem mais
que 150.000 t/ano de minério (excluído carvão). A tabela II cobre cerca de 90% das minas em
produção no mundo que aumentaram de 1900 x106 t/a para 2500 x 106 t/ano durante o
período de 1968 a 1977.
A tabela II mostra que o acréscimo na produção das minas não é devido a um acréscimo no nº
de minas, mas sim devido a acréscimo no tamanho da minas. O nº de grandes minas
aumentou, enquanto que durante o mesmo período o número de minas de tamanho médio e
pequeno permaneceu constante ou declinou um pouco. Existem duas razões para o aumento
das minas a céu aberto. A primeira é que uma grande parte do aumento de produção vem de
novas minas especialmente de países desenvolvidos, onde há um aumento na taxa de
produção das minas a céu aberto. A segunda razão é que os métodos a céu aberto são
considerados mais vantajosos que os subterrâneos em termos de recuperação, controle de teor,
economicidade, flexibilidade, segurança e ambiente de trabalho.
Desenvolvimento da Produtividade
Custos de Desenvolvimento
Normalmente os custos para lavra a céu aberto são muito menores que os custos para lavra
subterrânea. A exata relação da quantidade de estéril que precisa ser removida no método a
céu aberto, do método de lavra subterrânea a ser empregado, etc.
A alta produtividade dos equipamentos a céu aberto implicam em baixos custos. O maior nº
de minas a céu aberto e a maior quantidade de minério extraído, possibilitam a fabricação de
um maior nº de equipamentos, reduzindo os custos de produção. Também o mercado para
equipamentos de lavra a céu aberto é grande, visto que estes equipamentos, em geral, podem
ser usados para outros propósitos, como por exemplo, abertura de estradas, construção de
hidroelétricas, etc. Um exemplo, apesar que em ordem inversa, foi a compra dos caminhões
de 120 t utilizados na construção de Itaípu, pela Fosfértil.
Por certo os custos de lavra são diferentes em diferentes minas, dependendo do método de
lavra, tipo de minério, etc. Na tabela III há uma comparação hipotética de uma mina a céu
aberto com uma produção anual de 6,5 milhões de t/ano de minério e aproximadamente a
mesma quantidade de estéril, e uma mina subterrânea com 2 milhões de t/ano de minério e
método de lavra por câmara e pilares. Pode-se observar que pela tabela III, que os custos
subterrâneos são maiores que os custos a céu aberto. Os baixos custos dos métodos a céu
aberto possibilitam a lavra de partes do minério que não seriam apropriados para a lavra
subterrânea e um menor teor de corte que os praticados por métodos subterrâneos.
Riscos de Acidentes
Demanda de Energia
A energia nas minas é necessária nas etapas de furação desmonte, carregamento, britagem
primária, transporte de material para a superfície, ventilação e bombeamento. Algumas vezes
(especialmente em minas subterrâneas e em algumas minas a céu aberto em cava profunda) o
minério é no interior de modo a reduzir custos de transporte. A tabela IV, resume o consumo
de energia elétrica e óleo combustível nas minas.
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Problemas Ambientais
Em minas a céu aberto, tanto homens quanto equipamentos são diretamente afetadas pelas
variações climáticas. Em minas subterrâneas existem problemas de ventilação, explosão,
queima de combustíveis, poeira, emissão de rádio, umidade, e uma rejeição humana geral por
trabalhos subterrâneos. A demanda para um aumento do ambiente subterrâneo é crescente.
A lavra a céu aberto, entretanto, afeta consideravelmente o ambiente vizinho. O estéril e os
rejeitos gerados devem ser locados em algum lugar. Para um engenheiro de minas uma cava,
um depósito de estéril etc., podem ser muito bonito, mas o mesmo não é para as pessoas de
um modo geral. Discussões sobre o ambiente afetam principalmente novas minas e são mais
intensas e restritivas em áreas onde a população não é utilizada nas atividades de lavra, ou
seja, não depende economicamente da mineração.
Zonas de Segurança
Em minerações próximas a centros urbanos, por exemplo existem delimitações de uma zona
de segurança, principalmente devido ao potencial de perigo da detonações. Minas
subterrâneas, a despeito da subsidência, apresentam neste caso maiores vantagens que as
minas a céu aberto.
Perdas de Minério
As perdas de minério em minas subterrâneas são geralmente maiores que em minas a céu
aberto. Em minas a céu aberto é possível recuperar 90 a 95% do minério, sendo o resto, em
geral, transportado para o depósito de estéril. As perdas de minério em lavra subterrânea
dependem do método utilizado e dos custos associados com a recuperação do minério
adicional. Métodos de corte e enchimento (cut-and-fill) frequentemente possibilitam pouca
perda de minério, enquanto que câmaras e pilares, frequentemente implicam em 40% de perda
de minério.
Fatores Psicológicos
Custo de Lavra - Exceto em casos raros, os custos relativos são significativamente mais
baixos na lavra a céu aberto.
Taxa de Produção - todos os métodos de lavra a céu aberto (exceto pedreiras), a taxa de
produção é de moderada a alta. Em minas subterrâneas de baixa a moderada (exceto para
caving e métodos sem suporte).
Investimento de Capital - Geralmente grandes para lavra a céu aberto, porém maiores para
lavra subterrânea. Equipamentos de superfície são geralmente mais caros, entretanto o
desenvolvimento subterrâneos é mais caro.
Profundidade - limitada para lavra a céu aberto, limitada para métodos subterrâneos sem
suporte, ilimitada para com suporte.
Seletividade - Geralmente baixa para lavra a céu aberto, variável para subterrânea.
Recuperação - Geralmente alta para lavra a céu aberto, variável para subterrânea.
Flexibilidade - subterrânea tende a oferecer mais flexibilidade que a céu aberto, embora a
lavra a céu aberto possa ser mais adaptável a mudanças.
Estabilidade das Aberturas - Geralmente maior para céu aberto; mais difíceis de obter e
manter em lavra subterrânea.
Disposição de Estéril - Pode ser um problema maior para lavra a céu aberto que para
subterrânea.
Uma das mais difíceis tarefas no desenvolvimento de uma mina a céu aberto é o design ou
projeto do pit final. Em geral existem três grupos de fatores envolvidos (Soderberg and
Rausch, 1968; Atkinson, 1983).
Introdução
A mineração a céu aberto requer, no mínimo, uma via ou mais, dependendo da configuração
do corpo, para lavrar o depósito até a profundidade do pit final. Em geral, existem três
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considerações a serem tomadas na construção de uma estrada final. Estes fatores são o grade
(inclinação ou rampa), a largura e a locação.
A largura da estrada é determinada elo tipo de transporte selecionado. A regra geral é projetar
estradas com largura não inferior a 3 e 1/2 a largura da unidade de transporte. Este valor deve
ser levemente acrescido nas curvas. Outros detalhes como características do material
transportado, canaletas, bueiros, valetas, super elevação etc, devem seguir os padrões normais
de construção de estradas.
A locação da estrada final é talvez a tarefa mais difícil. Existem dois aspectos a serem
considerados. O primeiro é o tempo no qual a estrada será locada. Idealmente, deve ser locada
tão logo quanto possível, de modo a evitar construções temporárias. A estrada final irá,
certamente, delimitar o limite do banco em cada horizonte, com o progresso da lavra até
atingir a profundidade final do pit.
Na figura a seguir é visto que uma maior quantidade de estéril precisa ser removida capa,
banco por banco, para expor a parede do pit final. Pode-se observar, que a remoção de estéril,
banco a banco, até o limite final do pit é contrário a prática econômica mineira. Neste caso
particular, a remoção de estéril na capa, torna-se menor e a prática normal deve ser removê-la
até o limite final do pit em bancos conforme o avanço em profundidade. Portanto a lógica
locação da estrada deverá ser estabelecida imediatamente para permitir o progresso da lavra.
Se o acesso ao pit é feito na capa, então várias estradas temporárias deverão ser requeridas ou
um considerável descapeamento ou remoção de estéril deverá ser executado para locar a
estrada final nas vizinhanças da capa com o pit final.
O segundo aspecto na locação da estrada final é estabelecer a posição desta relativa ao contato
estéril/minério. A largura da estrada normalmente excede a largura da berma final e
consequentemente se a estrada é para ser posicionada de tal forma que nenhuma porção do
minério seja abandonado, então uma remoção adicional de estéril é necessário. De fato, a
estrada precisa ser posicionada baseada na condição de que o minério representa o lucro da
operação e o estéril um ítem de custo. Através de métodos de tentativas e erros ou
computacionais, é possível determinar a posição ótima de locação da estrada no contato
estéril/minério. Existe um limite ótimo ou relação estéril/minério, que pode ser considerada
tolerável para o posicionamento da estrada.
Boas estradas de rodagem são um dos mais importantes requerimentos na prática de minas a
céu aberto, e seu lay-out constitui uma importante tarefa. Uma estrada deve ser projetada num
local que permita a remoção de material ao longo de uma curta e rápida rota no pit. A estrada,
teoricamente ideal, para remoção de "x" toneladas de material de um certo nível dentro do pit,
será a estrada que inicia no centro de gravidade do volume a ser removido, e eleva
imediatamente e continuamente para um máximo gradiente aceitável, até atingir a borda do
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pit. É claro, ser economicamente inviável um grande número de estradas no pit. Os principais
objetivos do projeto de estradas para minas a céu aberto são:
• Custo mínimo para transporte de minério e estéril para fora do Pit, ao longo da vida útil da
mina;
• Mínimo de tráfego, máxima segurança e rápido acesso para as operações mineiras;
• Restrições à áreas de instabilidade de taludes;
• Vida útil longa da estrada. Isto implica na redução dos custos de construção, operação e
demanda de material para construção
Estradas em Pit em geral são construidas em linha única e única direção de tráfego, ou duas
linhas e duas direções de tráfego, visando uma baixa densidade de tráfego e ou devido a
problemas de espaço.
O nº de linhas pode ser determinado pela expressão:
Tdb
n=
1000v
onde :
db = distância segura
Ct = coeficiente de adesão (menos que 1 unidade)
i = inclinação ( expressa em fração )
2,0 = tempo de reação do motorista ( usualmente 2,0 s)
5,0 = distância permitida
Largura da estrada
Super Elevação
Existem limitações práticas a super elevação das estradas em minas, visto que os caminhões
trafegam a baixas velocidades nas curvas acentuadas causando :
Um método alternativo cálculo da super elevação das estradas é dado pela equação:
2
67 S
e=
R
onde:
e = super elevação, mm
S = velocidade, km/h
R = raio interno da curva, m
Gradientes
O gradiente máximo pode ser estabelecido entre 10 e 15% ( 6 a 8,5º), entretanto quando
considerado o fator economia de devido ao tranporte ascendente e a segurança do transporte
descendente, o gradiente máximo para muitas situações é em torno de 8,5% (4,5º). Por razões
de segurança e drenagem a cada 500 ou 600m de gradiente severo, deve-se incluir seções de
50 m com gradientes de 2% (1º).
Estradas ou vias de acesso são um dos mais importantes fatores no planejamento da Cava. Sua
presença deve ser incluída na fase inicial do processo de planejamento, visto que elas podem
afetar significativamente o talude geral e este tem um importante efeito na reserva. De um
modo geral o ângulo de talude geral podem ser definidos anteriormente à inclusão das
estradas, no caso de um design preliminar da cava. Entretanto, a introdução das estradas numa
etapa posterior pode significar uma grande remoção de estéril não planejada ou a perda de
alguma parte da jazida computada. Por outro lado, um talude mais suave pode ser adotado
inicialmente, o qual inclui uma estrada. Entretanto, esta atitude poderá implicar numa
remoção de estéril além da necessária.
Existem importantes questões que precisam ser respondidas quando da locação de estradas em
mineração ou na Cava (Pit), entre elas:
A primeira decisão a ser tomada é onde será a saída ou saídas da estrada na cava. Isto
dependerá da localização do britador primário e do depósito de estéril.
Deverá haver mais de um acesso? Mais de um acesso certamente permitirá maior flexibilidade
de operação, mas o custo de decapeamento adicional pode ser alto.
A(s) estrada(s) serão externas ou internas às paredes da cava? Ela(s) será(ão) temporária(s) ou
semi-permanente(s) ?
A estrada será em espiral ao redor da cava?......
Quantas linhas a estrada terá? A regra geral para duas direções de tráfico é: Largura da estrada
≥ 4 x largura do caminhão. A adição de uma linha extra para aumentar a velocidade de
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A adição de uma estrada na cava envolve a movimentação da parede desta e, portanto, a perda
de algum material (geralmente minério). Já, quando a adição da estrada é do lado externo dos
limites da cava, ocorre um incremento do material (geralmente estéril). O exemplo a seguir
considera o primeiro caso, ou seja dentro dos limites da cava. A cava consiste de quatro
bancos cujas cristas são mostradas na figura 1. As cristas e os pés são mostradas na figura 2.
A dimensão, crista à crista, corresponde a 18 metros, a altura do banco é de 9 metros e a
largura da estrada a 27 metros e uma inclinação de 10%. A estrada será locada ao norte da
parede da cava. A face do banco tem um talude de 56º.
Etapa de Construção
Etapa 1- O projeto deste tipo de estrada começa pela base. A rampa descerá para os níveis
inferiores ao longo das paredes Norte e Este. O ponto A é selecionado conforme a figura 3.
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100h
l=
i (%)
O ponto b na crista do próximo banco superior é locado através de uma régua ou compasso.
Os pontos c e D são locados de forma similar.
Etapa 3 - Os seguimentos da estrada com base na sua linha de centro, comprimento aparente
(la) é maior que o seguimento crista a crista (lc). O ângulo θ que a estrada faz com a linha da
crista é:
d
θ = sen −1
l
lc
la =
cosθ
Como la ≅ lc, na prática considera-se lc=la=l. Desta forma linhas de comprimento l,
perpendiculares aos pontos marcados anteriormente nas cristas, são tracejadas paralelas às
cristas, conforme a figura 4.
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Etapa 4 - A linha a - a’ é estendida para oeste da cava. Primeiramente ela é traçada paralela à
crista superior e depois como as linhas da cava descrevem uma curva, a linha a - a’, fará um
transição com a linha da crista original, conforme figura 5. O projetista, em geral, tem alguma
flexibilidade para decidir como esta transição ocorrerá. Uma vez esta transição ter sido feita,
as demais linhas serão traçadas paralelas à primeira.
Etapa 5 - As linhas externas da cava original são removidas, As linhas da crista resultante com
a rampa incluída são mostradas na figura 6.
Etapa 6 - A rampa é estendida da crista do banco mais baixo até o fundo da cava. As linhas do
pé dos bancos são adicionadas para auxiliar o processo, Figura 7. Na figura 8 os taludes dos
bancos são tracejados para facilitar a visualização. Os cortes da estrada são mostrados nas
linhas da crista.
Etapas 3 e 4 - À partir da crista do banco inferior, uma linha curva é traçada de modo à
conectar a nova crista à original (velha). As porções restantes da nova crista, são traçadas
paralelas à primeira crista (banco inferior), figura 3.
Etapa 6 - Os pés dos bancos são adicionados e a rampa é extendida até o fundo da cava.
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Princípios Fundamentais
De um modo geral, o processo de seleção pode ser dividido nos seguintes estágios :
Requerimento Geral
No caso do estéril o problema é de certo modo mais simples, entretanto deve-se saber:
• A relação estéril/minério;
• A forma como o estéril ocorre no jazimento, se externo ou sobre o corpo, se intercalado
etc.
Deve-se conhecer, ainda, a natureza física do minério e estéril, tais como, densidade in situ e
empolada, compactibilidade, umidade, dureza, abrasividade, grau de fragmentação,
resistência à compressão etc.
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Como exemplo, o seguinte pode ser sugerido como considerações preliminares no esforço de
minimizar a quantidade de equipamentos:
Entretanto, existem numerosos fatores a serem considerados em cada caso, como por exemplo
:
Seguindo a premissa de que os custos operacionais são altos e que continuarão a subir e que
equipamentos para uma adequada operação são escassos e serão mais ainda no futuro, todo o
esforço deve ser feito para maximizar o tamanho do equipamento. É significante observar que
embora haja uma grande diferença no investimento inicial, os trabalhos de operação e
manutenção requeridos, são aproximadamente os mesmos para diferentes tamanhos de um
mesmo equipamento, como por exemplo :
escavadeiras de 4 1/2 jc e 15 jc
caminhões de 25 e 100 t
Geralmente estas especificações devem ser descritas em duas partes para melhor atingir o
resultado desejado. A primeira deve descrever todos os requerimentos, com respeito ao
desempenho, capacidade, força, peso, tamanho etc. A segunda parte deve descrever
separadamente todos os ítens desejáveis de um equipamento ideal, que permita melhor, segura
e econômica operação, fácil manutenção e reduzidos custos de reparos. Esta parte deve incluir
também alternativas para o equipamento especificado, tais como pneus ou esteiras, diferentes
motores etc.
Estas etapas devem permitir uma fácil comparação quando no levantamento de custos das
várias máquinas e ainda uma avaliação de vários ítens como investimento inicial,
desempenho e custos operacionais das várias unidades, que precisam então ser relacionadas a
todos os fatores econômicos da operação.
Seleção do Fabricante
Um cuidadoso estudo comparativo das diversas propostas recebidas dos fabricantes permitirá
uma análise com relação a custos e adaptabilidade técnica e, ainda, um estudo da relativa
facilidade ou dificuldade de manutenção e reparos.
Deverá também, ser feita uma avaliação da reputação e tomada de opinião sobre os vários
fabricantes e fornecedores em relação aos serviços técnicos prestados, disponibilidade e
custos de peças e garantias.
A solução final tomando-se em conta todos os fatores econômicos será baseada então no
balanço dos seguintes fatores:
• investimentos;
• adaptabilidade técnica;
• considerações de manutenção e reparos;
• aprovação dos fabricantes ou fornecedores;
• valor atual
Equipamentos de Perfuração
• determinação e especificação das condições dentro das quais o equipamento será usado,
tais como tipos de serviços, horas de trabalho, local, condições climáticas etc.;
• estabelecimento dos objetivos para os ciclos de produção de desmonte, considerando
restrições de escavação e carregamento, capacidade do britador, cota de produção,
geometria do pit, fragmentação, lançamento etc.;
• Baseado nos requerimentos de desmonte, determinação do tipo de broca, tamanho,
profundidade e inclinação do furo, carregamento etc.;
• determinação dos fatores de perfurabilidade das rochas e seleção do método de perfuração
que parece exequível;
• especificação e comparação dos parâmetros de performance incluindo custos. Os itens de
maior custo são os bits, depreciação do equipamento, manutenção, energia e fluidos;
• seleção dos sistemas de perfuração que melhor satisfaça todos os requerimentos e que
tenha o menor custo total.
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Carregamento
Diversos equipamentos desempenham esta função. Abaixo são listados alguns equipamentos
bem como os critérios ou fatores que influem na escolha de um em relação aos outros.
Escavadeiras
Os fatores que devem ser considerados na seleção de escavadeiras em relação a outros tipos
de equipamentos de carregamento são:
Vantagens
Desvantagens
Pás Carregadeiras
A seleção de pás carregadeiras sobre pneus ou esteiras como carregamento primário deve ser
baseado nas seguintes condições:
Buckets Wheels
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• Custo - como as peças do equipamento são caras, requer longo período de amortização
para ser economicamente viável. Os custos de operação são difíceis de estabelecer e
dependem da recomendação de fabricantes sobre planos e estimativas de manutenção;
• Tipo de material a ser manejado - São mais apropriadas para depósitos espessos de
materiais inconsolidados ou semi- consolidados;
• Produtividade - apropriada quando se requer uma alta produção;
• Planejamento da mina - requer um cuidadoso design e planejamento da mina para que se
possa alcançar uma ótima produção e baixo custo;
• Sistema de transporte - apropriada para correias, caminhões e vagões.
Draglaines
Equipamentos de Transporte
Caminhões
Como critério geral, para seleção de caminhões, os seguintes pontos devem ser levados em
consideração :
Scrapers
Atualmente o movimento de material da mina tem sido maior, usando-se rápidos push-loaded
scrapers, que outros sistemas. As vantagens econômicas deste sistema são tais que sua
benéfica aplicação suplanta a grande extensão das atuais condições encontradas no campo. A
chave para a econômica aplicação de scrapers, deve-se a facilidade deste na obtenção da
carga, produzindo um carregamento a um custo relativamente baixo, comparado a outras
formas de carregamento.
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Skips Inclinados
O poço mineiro pode ter diferentes funções, não excluyentes entre si:
• Para a extracção do mineral do interior da mina
• Para a entrada e saída do pessoal e o acesso de maquinaria e
materiais
• Como condução para a ventilaçao
• Como passo para as diversas conduções necessárias para o
funcionamento da mina:energia elétrica, ar comprimido e desagüe
De todas elas a mais importante é a extracção, sendo o motivo principal
de seu desenho e construção. Não obstante, o habitual é que o poço
cumpra com várias delas, sobretudo a ventilación. No caso de minas com
mais de um poço é costume que um disso se dedique em exclusiva à
extracção e os demais ao resto de funções. Por tal razão aquele se
denominaprincipal, maestro, ou de extracção e o resto, auxiliares.
Podem ser considerados em minas pequenas, profundas, lavradas em flanco, onde as estradas
para caminhões são proibitivamente longas, inclinadas e de difícil manutenção.
Trata-se normalmente de uma instalação permanente ou semi-permanente, devendo por esta
razão ser locada em local fora da área de lavra. A inclinação da instalação, por outro lado,
deve ser cuidadosamente projetada, de forma que deslocamentos da parede não afetem o
lastro no qual está fixo o skip.
Os questionamentos para seleção de um sistema de skips são :
Correias Transportadoras
A demanda das indústrias, de um modo em geral, por altas taxas de manuseio de materiais e
baixos custos, tem tido um significante efeito no desenvolvimento tecnológico das correias
transportadoras. Esses avanços tecnológicos tem possibilitado, não somente, alcançar
aceitação como o método preferível de movimentação de materiais soltos, mas também a ser
usada para transporte destes materiais a longa distância, particularmente em áreas de relevo
ondulado.
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Trens
Se é mantida uma alta produção para uma grande distância, o transporte por trem tem um
menor custo por tonelada transportada que outros sistemas. Entretanto, rápidos movimentos
de tráfego dentro e fora da mina, requerem linhas duplas para abastecimento da linha
principal. As curvas devem ser cuidadosamente esboçadas e o alinhamento dos trilhos e
superfície devem ser mantidos constantes se se deseja uma máxima eficiência.
Introdução
Por motivos de ordem econômica, um depósito de estéril deve ser locado o mais próximo,
possível do centro de massa do estéril a ser lavrado, respeitando-se os limites do pit final e
procurando compatibilizar a forma do depósito a ser formada com o relevo do terreno
disponível de modo com que este depósito seja permanentemente estável. Da mesma forma, a
localização de uma barragem de rejeitos deve ser tal, que os custos para construção da mesma,
transporte dos rejeitos (bombeamento ou gravidade), sejam mínimos, respeitando-se as
condições de segurança e ambientais.
Os requerimentos ambientais têm sido tão importantes com respeito a depósitos de estéreis
e/ou barragens de rejeitos, que a localização de um adequado depósito ou barragem tem
grande importância na elaboração de um projeto de lavra e tratamento de minérios.
Do ponto de vista ambiental dois procedimentos precisam ser tomados. O primeiro refere-se a
um estudo prévio das áreas disponíveis. É necessário conhecer se determinado local é
designado a parques (nacional, estadual ou municipal ), reserva ecológica, se é um sítio
arqueológico ou histórico, se é nascente de alguma bacia hidrográfica etc. Tais locais
precisam ser previamente identificados e listados, pois necessitam da liberação de orgãos
cabíveis. O segundo procedimento refere-se a listagem e classificação dos possíveis impactos
ambientais, causados pelo depósito ou barragem a serem construidos numa determinada área.
O local a ser escolhido deverá ser aquele onde os impactos ambientais sejam mínimos.
Estudos Geotécnicos
33
A seleção prévia dos locais para construção de depósitos e/ou barragens é feita com base nas
investigações preliminares das áreas. Uma vez definido os possíveis locais, detalhadas
investigações são necessárias a fim de que se possa determinar o local que se enquadre dentro
dos requisitos econômicos, ambientais e de segurança. Sendo assim, a elaboração de um
criterioso programa se faz necessário, onde os principais fatores a serem analisados são a
topografia, o clima, a geologia, hidrogeologia, hidrologia, sismíca, estratigrafia, propriedades
físicas e químicas dos solos e das rochas etc. Tais fatores são normalmente correlacionados
como parte das investigações de engenharia, geralmente tratados, coletivamente, como
estudos geotécnicos do local.
Os estudos geotécnicos podem ser feito em dois estágios. O primeiro estágio refere-se
usualmente às investigações preliminares do local, de modo a possibilitar uma avaliação
superficial do local. Deste modo, torna-se possível a realização de comparações entre locais
alternativos, de forma que o mais adequado seja selecionado para uma investigação detalhada.
O segundo estágio usualmente refere-se a uma detalhada investigação geotécnica do local,
cobrindo todos os ítens anteriormente citados em detalhes suficientes para a execução do
esboço do depósito de estéril e/ou barragem de rejeito, de forma econômica, segura e
ambientalmente satisfatória, que satisfaça todos os regulamentos exigidos.
A primeira etapa das investigações preliminares dos possíveis locais envolvem a coleta de
todos os dados disponíveis da área. Estes dados incluem, mapas topográficos, fotografias
aéreas, clima (registros de temperatura, precipitação, vento, radiação solar e evaporação), rede
hidrográfica, geologia regional e mapas geológicos, hidrogeologia, sísmica etc. Em conjunção
com a coleta e estudo dos dados acima mencionados, inclui uma interpretação fotoaérea para
determinar a geologia local da área proposta. Os fatores geológicos que podem afetar o
esboço do depósito e/ou barragem, e, portanto, devem ser avaliados incluem, evidências de
deslizamentos de terra, evidências de plano de falhas nas rochas, evidências de falhas,
provável permeabilidade das rochas etc. O exame local em combinação com a interpretação
fotoaérea, normalmente, propicia uma boa avaliação preliminar da geologia local.
A confecção de mapas topográficos em pequena escala fornecerá dados para estudo da área ao
redor da cava e locação dos possíveis locais do depósito e/ou barragem. São também úteis
para fazer, estimativas preliminares dos volumes dos referidos depósitos, tamanho da área,
provável direção de fluxo de águas subterrâneas e superficiais e possíveis efeitos do depósito
ou barragem nas proximidades da cava, usina ou outras áreas operacionais. Os dados sobre o
clima e cursos d'água, quando combinados com dados topográficos, possibilitam uma
avaliação preliminar da drenagem característica dos locais. Isto fornece ao projetista
informações sobre o volume médio dos cursos d'água superficiais provenientes das chuvas.
Com base nas investigações geotécnicas preliminares do local, é possível avaliar de um ponto
de vista geotécnico, a relativa capacidade dos locais alternativos examinados. Entretanto,
deve-se observar que, devido a vários fatores que impactuam a seleção do local para o
depósito de estéril e/ou barragem de rejeitos, o local mais apropriado do ponto de vista
geotécnico, pode não ser o mais satisfatório, por outras razões como proximidade com áreas
habitadas, conflitos com outros usos da área, restrições ambientais etc. Consequentemente, a
importância de se considerar mais que um possível local e avaliar a capacidade de cada um é
óbvio.
INTRODUÇÃO
Com a exaustão das jazidas de minério de alto teor e consequente aumento no consumo de
matéria-prima, o homem se viu obrigado a lavrar depósitos de baixo teor e mais profundo.
Estes depósitos quando economicamente viáveis necessitam, regulamente, de uma grande
remoção de material estéril para que se possa ter acesso ao minério e início das atividades de
lavra. Entretanto, a atividade de remoção e posterior deposição do material estéril num dado
local envolve custos, planejamento e controle da construção. Apesar de sua primeira
implicação ser econômica, o seu planejamento visa, também, encontrar um meio de manejá-lo
de forma responsável, segura e ambientalmente satisfatório.
No passado, o estéril removido nos trabalhos de lavra era simplesmente basculado em pontos
de aterro, nas encostas ou terrenos circunjacentes às minas, formando pilhas de maneira
desordenada, em condições precárias de estabilidade. Comumente estes locais eram chamados
de bota-fora. A década de 80, notabilizou-se pela disposição controlada e planejada dos
novos depósitos de estéril e pela recomposição dos depósitos mal formados, aliado a uma
recuperação ambiental das áreas degradadas pela mineração. Hoje, além das exigências de
ordem ambiental, questões sociais e de segurança, é sabido que construir adequadamente um
35
MODELOS DE PLANEJAMENTO
O primeiro destes modelos, pode ser chamado como "Modelo de Confiança". Este é baseado
na confiança de que existe um depósito suficiente para depositar todo o estéril. Em geral, não
é um mal modelo para ser usado nos estágios iniciais da lavra, quando usualmente um certo
vale ou uma área próxima à mina possa ser designada como destino para o estéril inicial
transportado. A pressão para a abertura da mina usualmente limita os esforços, nos estágios
iniciais, para o planejamento do depósito, a não ser que haja restrições de propriedades ou
questões ambientais que seiamente restrijam a dispoisção de estéril. Portanto, devido aos
esforços primários serem impletados no suplimento de minério, o modelo de confiança não é
comumente mudado, até que o espaço para o depósito ou problemas com transporte de
estéril, requeiram um modelo melhor.
O segundo e mais comum tipo de modelo é o da "Capacidade Final". Nese modelo, o depósito
e locado num mapa topográfico dentro da área de servidão, e os volumes dos espaços
disponíveis são medidos para determinar qual a capacidade final do depósito. Indicações de
estradas são também feitaspara prover o melhor uso do espaço disponível. Este é um bom tipo
de modelo, onde pode-se ter um conhecimento das potencialidades e limites das diversas
áreas disponíveis. A disvantagem de se depender exclusivamente deste método é que ele não
mostra o que ocorrerá na sequência de deposição e a capacidade final pode não ser atingida a
não ser que o método de disposição e a sequência sejam considerados.
O detalhado layout ou "Map Layout Model", usualmente, segue o modelo da capacidade final,
quando acumulações de estéril atingem o estágio, onde sequências de deposição afetarão os
custos ou onde, existe uma variedade de produtos que precisam ser depositados em diferentes
áreas. Como exemplo pode-se citar uma dada ocasião onde diferentes partes do deposito
podem receber estéril de diferentes áreas de modo a equilibrar a distâncias de transporte.
Algumas vezes, a menor distância de transporte não é a melhor, se ela enche uma área que
deverá ser reservada para fazer uma futura estrada muito melhor. Outra razão para um
detalhado layout deve a produtos contaminados que devem ser colocados fora da drenagem,
ou onde existe segregação de material de baixo teor ou marginal, que poderão vir a ser
aproveitados no futuro. Considerações deste tipo levam a divisão do palnejamento em
estágios sequênciais, preferívelmente relatadas para definir perídos de deposição.
36
Modelos de escala física são poucos usuais no planejamento atual. Tais modelos são algumas
vezes usados na explicação para a diretoria ou outras pessoas, muitas vezes leigas, os sobre os
problemas ou requerimentos de um depósito. Em geral, podem ajudar na visualização de
problemas, que por outro modo, podem passar despercebidos ou serem subestimados. As
principais desvantagens de modelos tridimensionais é o tempo e esforços envolvidos na
construção deles.
CONFIGURAÇÃO DO DEPÓSITO
Depósitos em terraços são construídos também pela deposição ao redor de um depósito mais
elevado ou curtas paradas da crista do depósito inferior durante um overlay. O efeito de
ambos os métodos é produzir um depósito em escadas ou terraços com desníveis capazes de
servir como estradas acesso ou como plataformas para vegetação. Tais terraços são também
valiosos no controle da erosão e fluxos d'água.
bermas de contenção devem ser requeridas para limitar os efeitos do rolamento de rochas e
deslizamentos de solo. Uma variação usual de depósitos em cunha é o livre basculamento em
encostas. Esta configuração é de limitada aplicação e pode ter sérias consequências
ambientais.
E, finalmente existe o depósito em cava, ou backfill dump. O backfilling tem sido bastante
comum e importante em muitos seguimentos da indústria mineral, tais como minas de urânio
com uma série de pit vizinhos que podem ser individualmente enchidos, ou em depósitos
estratificados (carvão), onde há um progressivo descapeamento e deposição do material estéril
nas porções descobertas que ficou na retaguarda, ou em minas subterrâneas onde o
enchimento pode ser usado como suporte. Em grandes minas metálicas, o enchimento é pouco
apropriado, devido a longa vida útil da mina, onde o alargamento e aprofundamento do pit
ocorre de forma gradual até atingir a exaustão da jazida.
ESTUDO PRELIMINAR
INVESTIGAÇÕES DE CAMPO
Através de investigação de campo, via sondagens, poços e trincheiras, são coletadas amostras
para determinação, em ensaios de laboratório, dos parâmetros geotécnicos do material estéril
e capacidade de suporte dos solos da fundação. Estes ensaios compreendem:
38
DENSENVOLVIMENTO DO PROJETO
Por fim, após tais investigações, entra-se na fase de desenvolvimento do projeto, onde são
delineadas todas as feições geométricas desde o dimensionamento da drenagem da fundação,
até a proteção final das bermas e o acabamento paisagístico. Um ítem de suma importância
refere-se a análise da estabilidade do depósito e de sua fundação. Esta análise baseia-se em
dados obtidos durante o estudo preliminar e principalmente nas investigações de campo. Em
algumas circunstâncias, seções de ensaio são construídas no campo, amostras são coletadas e
analisadas em laboratórios e simulações de várias hipóteses de ruptura para as diversas
geometrias (alturas e inclinações) dos depósitos sob diferentes condições (material seco e
saturado) devem ser realizadas. A questão da estabilidade é um aspecto que deve ser
assegurado durante as fases de construção, bem como após a finalização das atividades
mineiras. A instabilidade em depósitos de estéril incrementa os custos operacionais sob os
seguintes aspectos:
O estéril de mineração, de uma forma geral, é constituído por solo, rocha sã e alterada, cujas
relações recíprocas (minério ou estéril), dependem do estágio da mineração ou de alterações
no planejamento da lavra decorrente de considerações econômicas. O material apresenta uma
distribuição granulométrica ampla, com partículas de dimensões de argila variando até
matacões.
S = c + ( σ - u ) tg φ
neutra que se desenvolve nos poros do material; essa última pode ser gerada por compressão
do material, durante o seu adensamento, ou lençóis de água no seu interior. O método de
formação do maciço influi nos parâmetros "c" e "φ" no que tange à sua compactação. Ao
contrário de obras de engenharia civil, onde se especificam o grau de compactação e o teor de
umidade, trabalhando-se com rolos compactadores e camadas de espessura pequena; em
pilhas de estéril costuma-se trabalhar com camadas que podem atingir até vários metros, sem
controle de umidade, e com compactação produzida apenas pelo tráfego de construção
(caminhões e tratores).
TIPOS DE RUPTURA
As rupturas observadas são condicionadas pela ação de um ou mais dos seguintes fatores:
a) Rotacional
São características de materiais coesivos com componentes de atrito. Podem abranger o corpo
do depósito e as fundações.
b) Quase Planar
São características de material secos, sem coesão, formados pelo lançamento de material no
ângulo de repouso.
c) Planar
É uma modificação do tipo rotacional. Pode ser causada pela presença de material fraco
abaixo da face de avanço. Tais materiais poderiam ser:
A estabilidade de um depósito de estéril pela fundação é condicionada por fatores tais como:
d) porte da vegetação
Principalmente em encostas íngremes, a não remoção da vegetação densa (mata), poderá
desenvolver uma superfície mais fraca no contato do depósito de estéril com o terreno natural.
Tal superfície pode ser o condicionante de instabilidade;
f) permeabilidade
g) compressibilidade
A presença ao longo da encosta de deposição de horizontes de compressibilidade muito
diferentes, poderá causar recalques diferenciais significativos no corpo da pilha com
consequente desenvolvimento de trincas de tração. Por ocasião de grandes precipitações,
poderão ocorrer aumento de pressões neutras em tais trincas, suficientes para levarem à
ruptura porções significativas do depósito;
h) resistência ao cisalhamento
No caso da resistência ao cisalhamento da fundação ser menor do que o material constituinte
do depósito de estéril, a geometria do aterro será condicionada pela fundação. Em caso
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PROCESSO CONSTRUTIVO
DESMATAMENTO
A área escolhida deve ser objeto de desmatamento, destocamento e remoção de toda madeira
e resíduos florestais. Este procedimento se faz necessário de modo a evitar a formação de
camada orgânica em decomposição por motivos já explicados anteriormente. Caso haja a
remoção também do solo rico em húmus, reaproveita-lo como suporte da vegetação na
superfície final do depósito.
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DRENAGEM DE FUNDAÇÃO
Para calcular a vazão de infiltração são necessários dados como: permeabilidade média do
solo, gradiente hidráulico do local a se drenar (perda de carga por comprimento do talvegue),
além da área. de posse deste dados a vazão infiltrante é encontrada utilizando a lei de Darcy
ou ábacos apropriados.
Lei de Darcy
Qi
K=
A
e, A = área em m2;
O dimensionamento dos drenos de profundidade também leva em conta os mesmos dados,
mas com uma preocupação a mais. O dreno deve possuir espaços vazios suficientes pequenos
entre os materiais constituintes deste, para não carrear partículas muito finas de solo para seu
interior e ao mesmo tempo vazios grandes que permitiram o fluxo de água. Torna-se
necessário, então, um filtro de areia (ou material que funcione similarmente; ex. manta
geotextil) em torno do dreno, que impeça a entrada de finos e a colmatagem. Sua utilização
exigirá uma análise granulómetrica e a observação quanto ao grau de pureza e qualidade de
aplicação.
Quanto aos cursos de água que percorrem o local selecionado para a disposição do estéril,
estes devem ser captados na cota e vazão máxima possíveis e desviados. Isto a meia encosta,
para fora da área a ser ocupada. Pode-se promover o escoamento a céu aberto através de
calhas resistentes a erosão caso a cota final do depósito for superior a cota de desvio.
Como conclusão da drenagem de fundação, constrói-se uma barragem de enrocamento ao
sopé da futura pilha com todos os seus detalhes construtivos. Os drenos da fundação passam
sob a barragem com descarga a jusante, sem risco de terem suas saídas obstruídas.
DISPOSIÇÃO DO MATERIAL
berma inferior, tratores espalham o material e desta forma o depósito progride com uma
elevação razoavelmente uniforme.
É um método apropriado para terrenos de fundação relativamente competentes e que
demandam pouco ou quase nenhum trabalho de preparação. Neste caso, as distâncias de
transporte iniciais são menores, fator relevante se considerado os altos investimentos iniciais
de implantação de uma mineração. Outra forma de lançamento é o ascendente. Neste o
depósito é alteado do fundo do vale para as cabeceiras, ou seja, de jusante para montante. É o
procedimento adotado quando o local de deposição apresenta topografia muito íngreme, ou, o
material lançado apresenta propriedades mecânicas muito baixas, ou ainda, ocorrem materiais
incompetentes cuja remoção seja impraticável. Este processo exige uma aplicação imediata de
recursos para a construção de acessos até o fundo do vale e, também, da drenagem da base.
Nesta foram de desenvolvimento, nos estágios iniciais, as distâncias de transportes são
maiores.
ACABAMENTO
DRENAGEM SUPERFICIAL
• Erosão laminar - acorre quando o escoamento da água, encosta abaixo, "lava" a superfície
do terreno como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos.
O processo de "piping" não é exclusivo das voçorocas, podendo ocorrer também em situações
onde existam surgências d'água na superfície de taludes, naturais ou não, que propiciem o
carreamento de material sólido.
• volume d'água que atinge o terreno: o volume e sua distribuição no espaço e no tempo são
determinantes da velocidade dos processos erosivos;
• cobertura vegetal: o tipo determina maior ou menor proteção contra o impacto e remoção
de partículas de solo pela água;
• tipo solo/rocha: determina a suscetibilidade dos terrenos à erosão, em função de suas
características granulómetricas, estruturais, de espessura etc;
• lençol freático: a profundidade do lençol nos solos é fator decisivo para o
desenvolvimento de voçorocas;
• topografia: maiores declividades determinam maiores velocidades de escoamento das
águas, aumentando sua capacidade erosiva; e maior comprimento da encosta implica
maior tempo de escoamento e, conseqüentemente, maior erosão.
Construir uma drenagem nada mais é, então, do que proporcionar um caminho preferêncial
para o escoamento do fluxo d'água. Na ausência de uma drenagem ou no mau
dimensionamento de uma, vários outros problemas podem surgir além da erosão, tais como:
redução da resistência ao cisalhamento do solo, variação do volume do solo, diminuição da
capacidade de suporte, pressões hidrostáticas não aliviadas etc.
Para águas de escoamento superficial são necessários drenos superficiais, onde os condutos
estão a céu aberto e as paredes são impermeáveis. Como medidas para se dimensionar o
escoamento superficial, têm-se, a determinação de parâmetros hidrológicos do local, a
caracterização física da bacia (área de contribuição, fator de forma, tempo de concentração), e
dados hidráulicos do dreno (vazão de pico, obtida através de várias fórmulas empíricas;
velocidade do fluxo; dissipação de energia e geometria do canal).
REVEGETAÇÃO
• compromisso empresarial;
• planejamento;
• preparo da área a ser lavrada;
• remoção da camada fértil do solo e estocagem;
• recomposição topográfica e paisagística;
• tratos a superfície final;
• revegetação.
CUSTOS
• drenagem de fundação;
• drenagem interna da pilha;
• forma e altura de lançamento das camadas;
• zoneamento de acordo com características geotécnicas dos materiais lançados;
• dimensionamento das bermas de drenagens, de taludes (gerais e entre bermas);
• localização e forma dos acessos de construção e de manutenção;
• acabamento das bermas e taludes / revestimento vegetal;
• drenagem superficial;
• monitoração de deformações durante e após a formação da pilha.
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BARRAMENTOS
INTRODUÇÃO
Rejeitos de mineração são considerados produtos não úteis no presente momento, de uma
industria mineral. constituem basicamente de uma rocha ou material moído, após a separação
da substância útil ter sido feita. São normalmente transportados para a área de deposição,
hidraulicamente, numa concentração de aproximadamente 40% de sólidos em peso. O perigo
potencial associado à estocagem do rejeito, varia conforme diferentes indústrias de mineração,
processo utilizado, tipos de minério, radioatividade ou não, adição ou não de substâncias
químicas tóxicas no processamento, etc. Entre esses casos extremos estão uma série de outras
condições que apresentam também problemas ambientais a curto e longo prazo.
Felizmente, hoje, seguras e econômicas barragens de rejeito podem ser construídas pela
aplicação dos conhecimentos e experiência presentemente comprovadas de construção de
barragens para contenção de água e hidroelétricas, adequadamente modificadas para satisfazer
as exigências especiais da indústria mineral.
II - CONSTRUÇÃO
O segundo estágio envolve a construção do restante da barragem de rejeito. Esta fase constitui
o grande volume de construção do barramento. É uma parte do planejamento mineiro e
normalmente é uma operação contínua até o término das atividades para a qual ela foi
planejada e projetada. Deste modo, o barramento é alteado o suficiente para ficar acima do
nível do lago. Este fator tem grande influência no planejamento do barramento, visto que o
“lay-out” selecionado precisa não somente satisfazer às exigências de segurança, controle da
poluição e econômicas, mas também precisa ser adaptável ao estágio de construção. Além
disto o “lay-out” precisa ser bastante flexível, tal que revisões possam ser feitas quando
necessárias, para satisfazer mudanças nas condições de operação e ou processo de construção.
Para assegurar que a construção continue conforme projeto original, três etapas devem ser
seguidas:
rejeitos. Os hidrociclones são usados para separar as partículas grosseiras, úteis para a
construção do barramento, das finas ou lamas.
Como a base do dique inicial forma a última barragem à jusante, é necessário que ela seja
permeável de modo a reduzir a pressão hidrostática, evitando que o escoamento seja maior
que o desejado. O procedimento usual é construir o dique inicial sobre uma base permeável,
selando o talude à montante com uma camada de material impermeável.
Como a polpa de rejeito é descarregada de uma série de canos ou tubos ao longo da crista do
barramento, a polpa meandra depositando areias e lamas em uma série de descontínuas e
horizontais estratificações. É difícil prover uma competente vedação acima da base da camada
depositada e a linha de saturação dentro da barragem aumenta quando a superfície do lago é
elevada. A maior porção da seção estrutural da barragem é composta por material solto com
uma superfície freática relativamente alta e baixa força de cisalhamento. Assim, devido a
grande variação na permeabilidade e a possibilidade de alta pressão hidrostática, baixa
densidade relativa e baixa força de cisalhamento, o método de alteamento a montante é
impróprio para áreas sujeitas à intensa atividade sísmica.
Bacia de
grossos
rejeitos
Finos
3º Alteamento
2º Alteamento
1º Alteamento
Dique inicial
Alteamento a Montante
Este método e relativamente novo. É resultado de esforços para desenvolver métodos para
construção de grandes e seguros barramentos de rejeito. No método de alteamento à jusante a
crista do barramento é alteada em sucessivos estágios pela colocação de rejeitos à jusante do
dique inicial. O dique inicial forma a base à montante do barramento final e deve ser
impermeável para restringir o escoamento.
Este método provém maior vantagem estrutural por facilitar a instalação de drenagem interna
na base de sucessivos estágios de construção, possibilitando a construção da estrutura com
material competente e permitindo que seja incluída uma vedação à montante do barramento.
A maior desvantagem dos métodos de alteamento à jusante é o grande volume de material que
é requerido para altear o barramento. Nos estágios iniciais de operação do empreendimento,
pode não ser possível produzir rejeito o suficiente para manter a taxa de alteamento prevista e
necessária. neste caso é comum a construção de um dique inicial mais alto ou o suprimento de
material para construção precisa ser acrescido com material de empréstimo. Em ambos
procedimentos ocorre um aumento no custo de construção do barramento.
Neste caso estéreis das operações de abertura da mina ou material de empréstimo de áreas
próximas ao local do barramento, quando economicamente disponíveis podem em muitos
casos , ser utilizados para prover uma estável barramento de rejeitos. Infelizmente , a
disponibilidade de estéreis nem sempre coincide com o programa de construção estabelecido
para manter a taxa de alteamento do barramento. Entretanto é possível combinar estéreis e
rejeitos para construção de um seguro e econômico barramento.
dentro dos padrões de qualidade exigido. Desta forma, em todos os métodos de construção de
barragens citados, faz-se necessário incorporar um eficiente sistema de drenagens,
sangradouros, etc., de modo que possíveis inundações, sejam facilmente controláveis.
Num futuro próximo, para alguns tipos de rejeitos, as técnicas de disposição parecem estar
direcionadas para a estocagem a seco. Este método envolve a remoção da maior quantidade
possível de água dos rejeitos antes deles serem transportados para a área do “depósito”. O
método oferece a vantagem de necessitar de um depósito menor, mais seguro e facilitar a
obtenção de água de reciclagem.
DESENVOLVIMENTO SUBTERRÂNEO
1 - Introdução
As técnicas de melhoria das condições geotécncias de solos e rochas são aplicadas para
permitir uma segura excavação de galerias ou túneis em condições geológicas difíceis. As
técnicas são aplicadas para modificar o stress ao redor dos trabalhos subterrâneos e/ou os
parâmetros geotécnicos do solo. Os principais métodos utilizados são:
• reforço do solo;
• grouting;
• jet grouting;
• congelamento do solo;
• pré-corte mecânico.
2 - Métodos de Intervenção
Com relação aos seus efeitos no solo, as intervenções podem ser divididas em 02 grupos.
2. Grouting - intervenção permanente que produz seus efeitos pela injeção de uma mistura no
solo, a uma pressão de 20 - 40 bar. Esta mistura preencherá os vazios do solo, reduzindo a
permeabilidade e melhoirando os parâmetros geotécnicos do solo. Esta mistura pode ser de
cimento ou resinas química.
3. Jet Grouting - intervenção permanente realizada pela injeção de uma mistura a base de
cimento no solo a alta pressão ( acima de 200 bar). O resultado final é uma é uma coluna
de solo tratada, com características geotécnicas melhor que a do terreno natural.
4. Drenagem - intervenção permanente que pode ser aplicada quando a água é o principal
problema. é executada pela redução da pressão da água e controle do fluxo de água através
de drenos.
5. Congelamento - intervenção temporária que pode ser aplicada quando o solo está saturado
por água. O propósito desta técnica é escavar o túnel ou galeria em um solo congelado, que
é estável. Quando o suporte final é colocado, o congelamento é interrompido.
Essas intervenções evitam que os parâmetros geotécnicos do solo caiam para valores
residuais. Eles possibilitam pouco distúrbio ao redor da excavação. O propósito tecnológico
desta intervenção é reduzir a deformação o mínimo possível. Algumas intervenções são
descritas a seguir:
1. Arco Celular - usadas para pequenas e grandes excavações. Uma estrutra de suporte é feita
antes da excavação ser executada. Esta técnica pode ser sucessivamente aplicada em casos
onde a cobertura é muito fina ou pouco espessa, de tal forma que nãqo permite o uso de
outras técnicas de suporte. A principal estrutura de suporte de sistema consiste de tubos de
grande diâmetro inserido no solo, paralelo ao eixo longitudinal do túnel. Os canos são
então preenchidos com concretos e unidos por elementos (anéis) tranversais.
62
Estas duas últimas intervenções atuam tanto para melhorar a como para preservar o solo.
As intervenções descritas acima são caracterizadas por vários parâmetros que são indicativos
de suas ações no solo:
A tabela a seguir compara algumas aplicações com referência a estes parâmetros. A tabela
mostra o reforço rdial do solo tem bons valores para todos estes parâmetros. A técnica do Pipe
umbrella e reforço da face mostram ter alta viabilidade e flexibilidade associada a uma fácil
excecução dos trabalhos. Esta é uma razão para o largo emprego destas técnicas tanto em
minas como em túneis.
Existem vários esquemas de reforço do terreno que podem ser utilizados, denpendendo das
necessidades estruturais dos projeto. Um esquema básico é dividido em quatro grupos, que
incluem a possibilidade de associações recíprocas:
Tabela 1 - Métodos de Melhoria das Condições Geotécnicas de Solos e Rochas em Trabalhos Subterrâneos
Shafts
Shafts verticais de seção circular concretado tem suplantado outras seções. Algumas vezes,
seções retangulares e elípticas aparecem (features) como sujeito de debate mas, somente são
seriamente considerados se um shaft existente de tal seção é para ser aprofundado. Uma outra
forma que é ocasionalmente usada é a stretched circular, onde um curto flat, usualmente
menor que 10% do diâmetro do shaft, é introduzido entre 2 semi círculos. A introdução do
flat oferece algumas vantagens na geometria e set designa, entretanto, isto precisa ser
avaliado quanto à integridade do círculo e a fraquesa então introduzida dentro do shaft
shutter.
Os diâmetros comumente variam de (6 a 9)m, sendo o mais popular em torno de 8m, que é
um compromisso conveniente entre as restrições de construção e a confirguração permanente.
Shafts fora destas dimensões serão considerados muito grande ou pequenos e podem requerer
técnicas especiais de construção a serem introduzidas. Profundidades entre 1500 e 2000m são
consideradas normal e algumas linhas únicas de grande profundidade, acima de 2500m, tem
sido perfurados e estão em serviço. Shafts de aproximadamente 3000m tem sido incluído nos
estudos de viabilidade de algumas futuras minas.
Profundidades desta ordem são straining os limites da tecnologia de rope. Aços de alta
insistência à tensão são requeridos para kibble ropes. Ropes construídos à partir destes
materiais, entretanto, são difíceis manusear e it is very much a case of learn while you earn.
Alguns resultados negativos foram experimentados com estes ropes, mas fabricantes estão
claiming ter resolvido muitos problemas and maintain eles agora tem um reliable and
predictable produto. Peso dos ropes para final. Load/pay load taxa são grandes, realmente a
maior parte da energia usada no sistema de içamento é dissipada na superação de sua inércia.
Portanto, parece que, um avanço na tecnologia de cabos é um pré-requisito ao acréscimo da
profundidade dos shafts.
Quando se seleciona uma estrutura de aço permanente (headgear) ambos, construção do colar
e pré-escavação podem ser afetados antes da ereção do headgear e eles podem take place
enquanto o headgear está sendo fabricado.
Onde um temporário headgear de escavação é usado, ele pode ser montado após finalização
do colar e empregado para a pré-escavação e o uso de quindastes ou torres de perfuração para
içamento dispensado.
Construção do Colar
A porção superior do colar do shaft é usualmente construída por técnicas de engenharia civil.
O shut do shaft é o primeiro item do equipamento a ser ordenado e é usado nesta construção.
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Onde solos alto suportáveis são atravessados uma sapata é escavada. A base a então nivelada
(estabilizada) e o shutter construído a partir deste piso. Reforço é então colocado quando
requerido e o . A escavação pode então ser processada com rompedores
pneumáticos, ferramentas manuais, perfuratrizes (escavação por explosivos). O que é
considerado ser uma altura segura da parede, pode então ser exposto (idealmente esta altura
coincidirá com altura projetada do revestimento a ser erguido e com o intervalo do jogo. O
shaft shutter pode então ser desmontado, abaixado, montado, reforço extendido e o concreto
despejado. A escavação é interrompida para permitir estes procedimentos. Este processo é
repetido até se encontrar rocha sã, tendo então início a escavação com explosivos. Neste
estágio o colar é usualmente amarrado, conformado dentro da rocha sã.
Em casos onde o solo no qual o colar está socado não é alto suportante, técnicas especais
devem ser usadas. A seção instável deve ser atravessada usando caisson shielded sinking
métodos ou a área deve ser pré-suportada antes da escavação, através de técnicas de reforço
do solo, tais como: grouting, jet grouting, etc.
Fluxos de água subterrânea são problemáticos em regiões instáveis. Estes são resolvidos
através de bombeamento ou via prevenção da entrada d’água no local da escavação, por meio
poços de drenagem perfurados ao redor do local do shaft, onde a água é drenada.
Equipamentos, extruturas, preparativos de içamento para as operações desta fase podem ser
de vários tipos. Os métodos populares são: guindastes móveis, guindastes estacionáveis com
uma torre de perfuração giratória and slewing jib or arrangements of fixed or slewing gantries
with load carrying traversing crawls.
Eles são capazes de manejar a acima mencionada escavadeira. Se seu uso é para ser extendido
para a pré-furação, preparativos para gnias precisam ser incorporados no seu design quando
isto passa a ser necessário, i.e. uma o shaft avançado mais que 6 vezes o seu diâmetro.
Pré-escavação
Um estágio é requerido para proteção da base (fundo) do shaft e para acesso ao shutter. Um
estágio de pré-escavação, especificamente construído, é normalmente introduzido para
satisfazer esta necessidade ou em alguns casos o 2º deek do estágio principal de escavação
pode ser empregado para este propósito.
Perfuratrizes marteletes manuais e técnicas de desmonte são usadas para este propósito e esta
seção de shaft serve como um útil período de treinamento para a equipe do shaft. A limpeza é
geralmente efetuada com rastejo montado sobre escavadeiras. Quando a profundidade da pré-
escavação é atingida, a escavação é interrompida e o principal estágio de escavação montado
no fundo ou pré-erguido na superfície.
ousted
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Ciclo de Operações
Abertura Continuidade Perfuração Desmonte Carregamento Transporte
da operação
shaf cíclico jumbo dinamite, carregadeira skip
t percussão slurry
contínuo shaft-boring face
machine completa, ou
furo piloto
slope, cíclico jumbo slurry, ANFO gravidade, skip,
descida, percussão LHD, caminhão,
subida, carregadeira LHD, correia
rampa contínuo tuneleira
cíclico martelete, ANFO, slurry gravidade, caminhão,
jumbo, carregadeira, carro de mina,
raise plataforma chute correia
móvel
contínuo raise boring
machine (face
completa ou
furo piloto)
galerias, cíclico jumbo ANFO escavadeira, caminhão,
travessas, percussão LHD LHD, correia
ádito, túnel contínuo tuneleira roadheader