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Catalogo Mostra Kafka e O Cinema RJ PDF
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4 KAFKA E O CINEMA 5
INTRODUÇÃO
Lucas Murari
Luiz Garcia
F
ranz Kafka (1883 – 1924), escritor da língua alemã, nascido
em Praga, capital da República Checa, é um dos autores es-
trangeiros mais conhecidos no Brasil. Seus livros vêm sendo
publicados há décadas, despertando o interesse contínuo de
novos leitores e influenciando várias gerações. Sua importância é
tanta que o termo “kafkiano” é utilizado frequentemente como
conceito, adjetivo para o ininteligível, labiríntico, características
recorrentes em sua obra. Ele busca um texto claro e realista, mas
que oculta uma atmosfera opaca e enigmática. A interpretação di-
reta recai naquilo que o crítico literário Harold Bloom denomina
como “armadilha de sua fuga idiossincrática da interpretabilida-
de”. Escreveu romances, contos, diários, cartas, aforismos, alguns
desses inacabados. São narrativas sobre um mundo em crise, que
muitas vezes figuram a opressão, o totalitarismo e a burocratiza-
ção da vida. É um escritor essencial para compreender algumas
das mudanças na literatura, no meio artístico e no pensamento
das últimas décadas.
J
prefixo alemão "un": "unruhig" (in-tranquilo), "ungeheuer" (enorme, udeu habitante de Praga, Franz Kafka projetou uma visada
gigantesco, monstruoso) e "Ungeziefer" (inseto daninho que ataca oblíqua sobre o universo e a cultura alemães, criando mundos
pessoas, animais, plantas e provisões). Das três expressões, apenas bizarros e inquietantes. Seus relatos construíram espaços, se-
uma foi possível de traduzir literalmente, a de “unruhig”, aqui tra- res e experiências tão precisas e realisticamente traçados quanto
duzido por “intranquilo”. Por mais penoso que seja essa adaptação mais aparentemente “irrealistas” e labirínticos, delineados com a
linguística, Carone vem realizando um trabalho formidável como surpreendente nitidez e objetividade que em geral caracterizam os
tradutor de Kafka. Também buscamos que os filmes selecionados pesadelos. Esse efeito de “irrealização” não deve, entretanto, nos
para essa mostra estejam além da fidedignidade dos textos publi- extraviar: não corresponde de modo algum a um descolamento
cados por ele. Foi valorizado o trânsito entre as diferentes expres- com relação a processos históricos efetivamente em curso à épo-
sões artísticas. A mostra buscou ressaltar como o escritor foi visto ca. Opera, ao contrário, uma lúcida e irônica desmontagem de me-
por cineastas transnacionais no decorrer da história do cinema. canismos de poder, de regimes de valores efetivamente presentes.
São adaptações, transposições ou obras que se inserem naquilo
que denominamos como sensibilidade kafkiana. De início, cabe explicitar, de modo breve, a perspectiva de leitura
adotada. Com esse fim, retomo a seguir algumas observações de
Gilles Deleuze e Félix Guattari que confluem com a deste artigo.
No livro Kafka: Por uma literatura menor, os autores afastam o es-
critor da neutralização efetuada por interpretações que insistem
em considerá-lo afastado do “real”, lendo-o como um escritor inti-
mista, simbolista, alegórico ou absurdo. Segundo Deleuze e Guat-
tari, Kafka – tal como Nietzsche e Beckett, um “autor que ri” – é
um escritor sobretudo “político, adivinho do mundo futuro” (De-
leuze e Guattari, 1975, p. 75). Eis o que os autores escrevem em um
pé de página esclarecedor:
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o futuro indeterminado em que se passa Quem é Beta?
FERRAZ, Maria Cristina Franco. Ruminações: cultura letrada e dis- (Nelson Pereira dos Santos, 1973), uma guerra devastou a
persão hiperconecada. Rio de Janeiro: Ed. Garamond, 2015. civilização e o mundo está dividido entre duas categorias
de seres humanos: os contaminados e os não-contamina-
KAFKA, Franz. Brief an den Vater. 2007. Frankfurt: Fischer Tas- dos. Enquanto estes se protegem em abrigos e trincheiras, aqueles
chenbuch Verlag, 2007. vagam pela terra como zumbis, clamando por comida e água em
meio a uma paisagem tropical exuberante. Vestem-se com trapos
______. Die Verwandlung. Frankfurt: Suhrkamp, 1999. e panos coloridos, são magros e depauperados, andam a esmo,
em bandos, e se tornam presas fáceis das balas disparadas pelos
______. Essencial Franz Kafka. Seleção, introdução e tradução de não-contaminados.
Modesto Carone. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Le-
tras, 2011. No Brasil em preto e branco de O profeta da fome (Maurice Ca-
povilla), cravado no ano de 1969, o horror é a medida de todas as
KEHL, Maria Rita. Entrevista ao Caderno Prosa e Verso “Violações relações. Num circo de arrabalde, um recurso extremo: a grande
de ontem e hoje”. Jornal O Globo, 12/04/2014. atração é o homem que come gente. Só assim o público pagante
aumenta. A audiência exige o macabro espetáculo, mas um incên-
dio destrói o circo. Enquanto astronautas pousam na Lua, os lixões
proliferam, os homens se matam por um pedaço de pão ou um
naco de carne e um artista de circo descobre que só será possível
escapar da miséria ganhando dinheiro com a própria fome.
Referências Bibliográficas
A
obra literária de Franz Kafka não é as das mais adaptadas
CRARY, Jonathan. 24/7: Capitalismo tardio e os fins do sono. São
para o cinema. Errado. Além dos formidáveis O Proces-
Paulo: Cosac Naify, 2014.
so (Le Procès, 1962) de Orson Welles e Relações de Classe
(Klassenverhältnisse, 1984) de Jean-Marie Straub e Da-
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópo-
nièle Huillet, os cineastas da Europa Central de todas as épocas
lis: Vozes, 2009.
não param de se debruçarem sobre o seu trabalho. Muitos outros
diretores, anglo-saxônicos e nórdicos, russos e sul-americanos
MATTOS, Carlos Alberto. Maurice Capovilla: A imagem crítica. São
são também inspirados pelo genial autor tcheco e fazem seus o
Paulo: Imprensa Oficial, 2006.
mundo sufocante e absurdo pleno de questões sobre o indivíduo,
RAGO, Margareth. “Rir das origens”. In: SILVEIRA, Rosa Maria Hes- a justiça, a lei e a culpabilidade. Suas adaptações ficam para serem
sel [org.]. Cultura, poder e educação: um debate sobre estudos cul- descobertas. Enquanto aguardamos, vamos revisitar algumas ilus-
turais em educação. Canoas: Ed. ULBRA, 2005. tres adaptações de cineastas que têm introduzido em seus filmes
textos do nosso autor, ou mesmo filmado o próprio escritor ou
alguém muito próximo a ele.
Filmar Kafka
T
“um pequeno mundo kafkiano”, um antiquado que nunca passa
do imaginário convencional. alvez uns dos rasgos mais notados pelos críticos de Kafka
seja o caráter inconcluso da “obra” (mas há uma “obra”
© Cédric Anger, Janeiro de 1997 kafkiana ou, na verdade, o trabalho de Kafka impugna pre-
cisamente esse conceito?). Ao longo de breves relatos, afo-
Tradução: João Ulisses de Melo Filho rismos, correspondências e romances inacabados, o escritor checo
parece afirmar, em cada momento, o caráter peremptoriamente
incompleto da literatura. Mas também, rabiscada no umbral do
que somos, esse trabalho afirmaria – em sua insistência não con-
clusiva – o caráter radicalmente fragmentário da experiência de
nossa contemporaneidade: a recusa da totalidade não seria, na
verdade, o índice da impotência de escrita, mas a única possibili-
dade que cabe a quem quer escrever. Desse modo, a incompletude
não assinalaria tanto para a incapacidade da literatura para fazer
um mundo fechado (como almejava a velha teoria romântica das
artes), mas para a revelação de um mundo que tem explodido e do
qual apenas ficam cacos. A escrita kafkiana vem a oferecer o tes-
temunho do limite no qual a narração esbarra contra ela mesma
e, assim, seria a constatação de que a unidade das coisas tem se
quebrado: os fragmentos não seriam já as “partes” de uma “tota-
1 O conceito de “transdução” foi criado por Gilbert Simondon como um modo de
pensar a evolução dos objetos técnicos. Segundo o filósofo francês tais objetos,
para além da oposição entre continuidade e descontinuidade, evoluem segundo
um processo pelo qual parte de um objeto passa a funcionar num outro modi-
ficando-o e permitindo a criação de novas funções que não estavam pensadas
no objeto anterior. As relações entre literatura e cinema poderiam desse modo
compreender-se como transduções: alguma coisa da literatura é apropriada pelo
cinema e configurada numa lógica que não é já a literária.
A
o filme, é interrogado pelo juiz e acossado pelo advogado – o pró- obra de Franz Kafka e o cinema em suas origens tem em
prio Welles –, mas K. já não pode nem sequer ingressar nesse comum a assombração recíproca entre o realismo e o ex-
reino de luzes cinematograficamente preparado – toda a cena, se pressionismo; no caso do cinema, essa conflagração irre-
parece com um estudo de cinema que vira catedral quando K. foge conciliada se manifesta na oposição, nunca inteiramente
dele: eis o mistério do cinema para Welles, sua incongruência, sua resolvida, entre o “olhar ontológico”, dito documental, dos irmãos
banalidade: se converter num estranho lugar de culto onde nada Lumière e o cinema artificial, efeito de prestidigitações (truques
acontece? Quanto mais nos aproximamos da imagem, mas ela nos de câmera, montagem) de Georges Méliès. O expressionismo foi
afasta delas próprias. Quanto mais nos aprofundamos em sua luz, um movimento que deu, nos primórdios dessa arte, as cartas de
mais ficamos fora do visível que ela dá a ver. Distância inacessível nobreza a um mágico “de feira” como Méliès, por suas referências
ante a lei. Distância pura do inacessível ante a imagem do cine- pictóricas e literárias evidenciadas na forma do filme, seu verniz
ma. Nem a câmera pode ultrapassar essa distância feita de luz. decadentista de “arte pela arte”,e essas talvez sejam paradoxal-
E, pelo contrário, tudo indica que ele mesmo (que o cinema) cria mente as razões do movimento passar hoje a impressão de ser
essa distância entre nós e as imagens. Assim, o cinema de Welles uma arte “fanada”, excessivamente calculada, cuidadosa de seus
e Haneke (se compondo na transdução kafkiana) teria nos dito: efeitos.
“ante as imagens vocês não entrarão” “vocês ficarão sempre fora
das imagens”. E, talvez: “essas imagens foram feitas para vocês, e Kafka, à sua maneira, foi um intérprete do expressionismo: a im-
agora elas se apagarão”. portância do Gesto, a iconicidade de suas imagens, devedora se-
gundo Panofsky dos alto-relevos das catedrais medievais; o stacat-
to do encadeamento das sequências, que cristaliza as durações em
imagens fulminantes; mas também um credor do realismo, em-
bora seja necessário encarecer ambas as expressões com o devido
cuidado, pois um grande artista como esse não se deixa facilmente
aprisionar em categorias a priori ou horizontes de significação de-
limitados de antemão. O realismo de Kafka, chamado por Gunther
Anders de “cara de pau”, aparece nas situações cotidianas (devi-
damente destacadas por um excesso de burocratismo, levado ao
pé da letra, o que lhes dá uma aura de unheimlich freudiano), no
uso taquigráfico da linguagem e na forma como os personagens
Em algum momento de Relações de Classe, o jovem exilado Karl Relações de classe é, aqui como em Kafka, um romance de forma-
Rossmann tem a boca tapada pelo servo Delamarche, em adver- ção (Bildungsroman) clássico pervertido por sinais de pontuação
tência e admoestação para que se cale, mas este gesto violento modernistas e raccords transgressores (pelo menos nos momen-
é a estrutura atômica em torno do qual se organizam os contra- tos decisivos com personagens “privilegiados”, que determinam
campos do filme, súbita invocação do gesto como cisão ou fra- uma evolução ou inserem uma dissidência na maneira com que
tura irremediável que exprime formalmente a comunhão entre a Karl se relaciona com seu meio, modulando o Eu de acordo com a
démarche materialista straubiana e a expressionista de Kafka: ir- melodia do mundo: o tio, a senhoria,Thèrese).O Whilhelm Meister
reconciliação. Esse gesto que cinde o campo e o contracampo é de Goethe, romance de formação paradigmático do romantismo,
a transposição, em uma arte de princípio materialista e “a pos- e portanto de nossa representação subjetivista, também se encer-
teriori” imaginária, da iconicidade estatuária do gesto em Kafka, rava com a integração do jovem no mundo artístico, um espaço de
sempre detalhado com um tal rigor de insert compositivo na cena aprendizado menos sequioso da letra que do espírito, mais herme-
que nos chama a atenção para o seu caráter não apenas expositivo nêutico que ontológico: o teatro de Oklahoma aqui é uma citação
mas nuclear, essencial à pregnância da mesma. Os Straub concen- do livro de Goethe, e a forma peremptória com que Straub filma o
tram no contracampo repentino, onde o gesto se imprime (tanto cartaz do anúncio - plano fixo avidamente atencioso na decifração
mais repentino se pensarmos que a maior parte do filme se funda de sua inscrição em letra senhorial, música barroca de parada - nos
sobre linhas retas e raccords diretivos antes clássicos),o conjunto mostra que chegamos ao porto da linguagem, lugar de onde pelo
metódico de descrições kafkianas, Summa instantânea onde tudo menos se pode ascender ao promontório de vidência da mediação,
converge para o cristal imagético. e adquirir sobre a vida um ponto de vista mais distanciado que é
tudo o que teremos para nomeá-la: o teatro de Oklahoma é o co-
O gesto é um elemento de choque que reconfigura o classicismo meço da vida adulta para Karl, e é por isto que ele anuncia o fim do
do filme sob o signo da ruptura, infiltrando portanto a violência filme, com a bem-aventurada conquista do silêncio reconciliado.
das “relações de classe” – e em um sentido maior, sociais e de
enunciação: tomar a palavra do outro, falar em nome do outro, Se a cena Mutual Comedy1 da perseguição do policial suprassumia
como acontece com frequência com Karl e com o foguista, no iní- cem anos de comédia física em um par de campos e contracam-
cio- no espaço intersticial de significação do cinema: o inter-pla- pos eriçados pelas arestas do Gestus brechtiano, é porque o ge-
nos. O contracampo, demarcado em sua distância de significante nealogista Straub viu no cinema humorístico primitivo a oportu-
pelo gesto, é no filme dos Straub uma intrusão de rubrica moder-
1 Nota dos editores: Mutual Comedy é uma referência a produtora responsável
nista na clareza e distinção cartesianas do campo, mas sobretu- por alguns curtas-metragens de Charles Chaplin.
T. Tribunal
V. Veredito/Velocidade
Pelas suas próprias palavras, Kafka escreveu sua longa novela O Ve-
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Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de
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sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama
metamorfoseado num inseto monstruoso.
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filme é um tributo pessoal ao autor, concebido a Sinopse: Curta-metragem baseado em trecho de
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partir de uma interpretação imagética e literal da conto homônimo de Franz Kafka.
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obra.
Direção: Jean-Marie Straub
Direção: Claudinei Morais Fotografia: Christophe Clavert
Roteiro/animação/edição/Som: Claudinei Morais Elenco: Giorgio Passerone, Barbara Ulrich, Jean-
Marie Straub (voz)
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Direção e Roteiro: Ebbëto
Direção e Roteiro: Fran Estévez
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Produção: Ebbëto
Montagem: Cláudio Dillitzer Perricelli – PIMENTA STUDIO Produção: Casimiro Estévez; Fernando Marcote;
Fotografia: Ebbëto Manuel Pena
Assistente de Direção: Antônio Paschoalique Música: Fran Estévez
Assistente de Produção: Sidnei Amaral Fotografia: David Hernández
Animação 3D: Renato Sbardelotto Montagem: Fran Estévez
Editor de Som e compositor: Celio Barros – PCM Studios Direção de arte: Hugo Gonzalez
Música: Celio Barros com STRANGE MEETINGS Elenco: Nacho Castaño; Cristal Álvarez
Produtor Executivo: Elim Dutra
Elenco: Nathalie Fari
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Sinopse: por toda sua vida, um homem esperou do lado de
Direção e Roteiro: Sibel Som: Steven Budd; Shari Cain;
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fora de uma porta. O que está por trás? Ele busca a verdade ou
Guvenc Sarah Clark; Alan Code; Steve
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Produção: Hartley Gorenstein; Dranitsaris outra porta?
Murat Guvenc; Sibel Guvenc; Efeitos especiais: Nathan
Francesco Mozzone Ouwehand Direção: Theodore Ushev
Música: Sibel Guvenc; Sevgi Música: Magdalena Balint; Roteiro: Chloé Cinq-Mars
Karacasulu Ludger Bockenhoff; Sevgi Produção: Marc Bertrand; Susan Fuda; Robert Bruce Johnson
Fotografia: Tico Poulakakis Karacasulu Animação: Theodore Ushev
Montagem: Sibel Guvenc Elenco: Steve Rankine, Elenco: Pierre Lebeau (narrador); Tony Robinow (narrador)
Direção de arte: Tamara Rachelle Benzce, Eran
Rushlow Schwartz, Balazs Hollosy,
Assistente de Direção: Mark Ilayda Sezer, Umit Eseryel, Ege
Wilson; Anthony Wong Eseryel, Lukazs Orwinski
Sinopse: São Paulo, 1969. Um rapaz leva um frango assado para um Sinopse: adaptação do conto “Um Médico Rural”, de Franz Kafka.
colega. Lá encontra dois homens que fazem perguntas que ele não Narra a história de um médico que, numa fria noite de inverno,
pode responder. recebe um chamado para socorrer um garoto do outro lado da
aldeia. É nesse ambiente que ele é levado a pensar sobre os mais
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Direção e Roteiro: Bruno de André Assistência de câmera: Cristiano diversos aspectos de sua profissão, de seu paciente e da sociedade
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Produção: Carla Kohn Sprinz; Conceição local. A história, contada totalmente do ponto de vista do médico,
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Selda Honda Trucagens: Rudi Böhm; Wanderlei
Direção de Produção: Michael Gomes
introduz elementos surrealistas para melhor descrever como o
Ruman Mixagem e montagem de Som: homem vê o mundo e as pessoas ao seu redor.
Produção executiva: Bruno de José Luiz Sasso
André Operador de microfone: Gabriela Direção e Roteiro: Koji Yamamura
Montagem: Bruno de André Cunha Produção: Mariko Seto; Fumi Teranishi
Direção de arte e cenografia: Arranjos musicais: José Augusto Distribuidora: Shochiku
Antonio de Freitas Mannis Música: Hitomi Shimizu
Figurinos: Alexandre Cunha Música: Peter Roloff
Montagem: Koji Yamamura
Story-board: José Marcio Nicolosi Elenco: Roberto Bonfim (O gordo),
Direção de fotografia e câmera: André Guerreiro Lopes (Carlos Som: Koji Kasamatsu
Adrian Cooper Pereira), Jesse James (Garcia) Elenco (vozes): Sensaku Shigeyama; Shigeru Shigeyama; Doji
Shigeyama
funcionário responsável por alimentar o fogo das caldeiras burocracia e pela hierarquia da igreja.
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de máquina a vapor, que está prestes a ser demitido.
Direção: Marco Ferreri
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Baseado em um romance inacabado de Franz Kafka.
Argumento: Rafael Azcona; Marco Ferreri
Roteiro: Dante Matelli; Marco Ferreri
Direção e Roteiro: Vladimír Michálek
Produtor: Franco Cristaldi
Produtor: Jaroslav Boucek Música: Teo Usuelli
Fotografia: Martin Duba; Pavel Brynych Fotografia: Mario Vulpiani
Montagem: Jirí Brozek Câmera: Mario Bagnato; Filippo Neroni
Figurino: Petra Jachimová; Vera Linhartova; Ivana Rezacova Montagem: Giuliana Trippa
Direção de arte: Jaroslav Róna Assistente de Direção: Verena D’Alessandro; Michele Guidugli
Música: Michael Dvorak; David Koller; Radim Hladík Jr. Arte: Paolo Zacchia
Som: Carlo Diotallevi; Adriano Taloni
Elenco: Olga Charvatova; Martin Dejdar; Oldrich Kaiser;
Elenco: Enzo Jannacci; Claudia Cardinale; Ugo Tognazzi; Michel
Katerina Kozakova Piccoli; Vittorio Gassman; Alain Cuny; Daniele Dublino
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Direção e Roteiro: David Lynch
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Direção: Martin Scorsese Produção executiva: Fred Baker
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Roteiro: Joseph Minion Fotografia: Herbert Cardwell, Frederick Elmes
Produção: Robert F. Colesberry; Griffin Dunne; Amy Robinson; Assistente de câmera: Catherine E. Coulson
Fotografia: Michael Ballhaus
Assistente de Direção: Catherine E. Coulson
Montagem: Thelma Schoonmaker
Direção de arte: Stephen J. Lineweaver Montagem: David Lynch
Assistente de Direção: Sarah M. Brim; Christopher Griffin; Stephen Direção de arte: David Lynch
Lim; Tomaz Remec; Jeffrey Townsend Música: David Lynch
Música: Howard Shore Efeitos especiais: Frederick Elmes; David Lynch
Som: Michael Berenbaum; Louis Bertini; Marko A. Costanzo; Tom Elenco: Jack Nance, Charlotte Stewart, Allen Joseph,
Fleischman; Jeanne Bates, Laurel Near, Jack Fisk, Jean Lange, Darwin
Elenco: Griffin Dunne, Rosanna Arquette, Verna Bloom, Tommy
Joston
Chong, Linda Fiorentino, Teri Garr, John Heard, Cheech Marin,
Catherine O’Hara, Dick Miller
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e a busca desesperada; objetos que se movem independentes:
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Direção: Steven Soderbergh Casting: Susie Figgis
Roteiro: Lem Dobbs Efeitos especiais: Philip Elton; paredes, pisos e tetos se formam e dispersam. A escadaria
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Produção: Harry Benn; Stuart Terry Glass; Jirí Matolín; Ian íngreme leva pouco a pouco para as zonas da grande luz, onde
Cornfeld Wingrove seres humanos e não-humanos se encontram.
Produção executiva: Mark Efeitos visuais: Mike Heaviside;
Johnson; Barry Levinson; Paul Brian Orris; Charles Staffell Direção: Patrick Bokanowski
Rassam Direção de arte: Leslie Tomkins Produção: Jean-Daniel Yver; Claude Nessi; Christian Daninos; Guy
Direção de Fotografia: Walt Lloyd Música: Cliff Martinez Coda; Patrick Bokanowski
Montagem: Steven Soderbergh Elenco: Jeremy Irons, Theresa Assistente de Direção: Jacques Faure; Michel Monteaux
Assistente de Direção: Lee Cleary; Russell, Joel Grey, Ian Holm, Fotografia e Montagem: Patrick Bokanowski
Steve Harding; Zbynek Honzík; Jeroen Krabbé, Armin Mueller- Música: Michèle Bokanowski
Nick Laws; Mirek Lux; Jirí Ostry; Stahl, Alec Guinness, Brian Glover, Elenco: Maurice Baquet, Jean-Marie Bon, Martine Couture,
Alice Ronovska; Guy Travers Keith Allen, Simon McBurney Jacques Faure, Mario Gonzáles, René Patrignani, Rita Renoir
Sinopse: K. é um agrimensor enviado a um vilarejo, a Sinopse: numa certa manhã, Josef K. é acusado de um crime
trabalho. Lá, descobre a existência de um castelo misterioso, que, supostamente, sequer sabe que cometeu. Porém luta
ao qual apenas alguns privilegiados têm acesso. Ele decide para se defender.
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Direção: Orson Welles Assistente de Direção: Marc
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não será fácil. Adaptação: Pierre Cholot Maurette; Sophie Becker; Paul
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Roteiro: Orson Welles Seban
Direção e Roteiro: Michael Haneke Produção: Robert Florat; Arte: Jean Bourlier; Jacques
Produção: Veit Heiduschka; Christina Undritz Alexander Salkind; Michael Brizzio; Madame Brunet; Jean
Fotografia: Jirí Stibr Salkind Charpentier
Montagem: Andreas Prochaska Música: Jean Ledrut Som: Jacques Lebreton; Guy
Casting: Sabine Schroth Direção de Fotografia: Edmond Villette; Julien Coutelier; Urbain
Assistente de Direção: Hanus Polak Jr. Richard Loiseau; Guy Maillet
Arte: Peter Ecker; Hans Wagner Operador de câmera: Adolphe Efeitos especiais: Denise Baby
Charlet Elenco: Anthony Perkins, Arnoldo
Som: Hannes Eder; Hubert Henle; Hans-Walter Kramski; Marc
Montagem: Yvonne Martin; Foà, Jess Hahn, Billy Kearns,
Parisotto; Andreas Schneider; Max Vornehm
Frederick Muller; Orson Welles Madeleine Robinson, Jeanne
Elenco: Ulrich Mühe, Susanne Lothar, Frank Giering, Felix (não creditado) Moreau, Maurice Teynac, Romy
Eitner, Nikolaus Paryla Direção de arte: Jean Mandaroux Schneider, Orson Welles
76 KAFKA E O CINEMA KAFKA E O CINEMA 77
O PROFETA DA FOME QUEM É BETA?
Brasil, P&B, 1969, 93 min Brasil/França, cor, 1972, 85 min
Formato original: 35mm Formato original: 35mm
Sinopse: a história de um faquir que trabalha em um circo paupérrimo
do interior. Quando o circo pega fogo ele inicia com sua mulher uma Sinopse: um casal vive uma estranha e indecifrável aventura,
longa caminhada acompanhado pelo domador do circo, um homem mesclado de drama e comédia, em lugar e época indeterminados,
violento e mau. Ao chegar em uma cidade em festa ele apresenta um após uma catástrofe que modificou o estado natural do mundo e
número sensacional: o de um crucificado vivo. Ele atrai muita gente destruiu até o último vestígio a sociedade humana.
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o jejum. Direção e Roteiro: Nelson Pereira dos Santos
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Argumento: Gerald Levy-Clerc; Nelson Pereira dos Santos
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Direção: Maurice Capovilla Direção de Produção: Carlos Alberto Diniz
Argumento e Roteiro: Maurice Capovilla; Fernando Peixoto Produção executiva: Ariane Lopez Huici
Direção de Produção: Hamilton de Almeida Assistência de Direção: Pierre-Henry Deleau; Luiz Carlos Lacerda de
Produtor associado: Odécio Lopes dos Santos
Freitas
Assist. de Produção: Roman Stulbach; Jan Koudela; Alexandre Solnick
Direção de Fotografia: Dib Lutfi
Assistência de Direção: Hermano Penna
Direção de Fotografia: Jorge Bodanzky Assistência de câmera: Antônio Luiz Soares
Câmera: Jorge Bodanzky Técnico de Som: Nelson Ribeiro
Montagem: Sylvio Renoldi Sonoplastia: Geraldo José
Técnico de Som: Julio Peres Cabalar Montagem: André Delage
Figurinos e Cenografia: Flávio Império Elenco: Frédéric de Pasquale, Sylvie Fennec, Regina Rosemburgo,
Elenco: José Mojica Marins, Maurício do Valle, Júlia Miranda, Sérgio Jean-Dominique Ruhle, Noelle Adam, Manfredo Colasanti, Arduíno
Hingst, Jofre Soares, Flávio Império, Silvio Evangelista, Fuxico. Colasanti
Sinopse: documentário sobre Franz Kafka narrado por alguns de Sinopse: baseado em O Desaparecido ou Amerika, obra inacabada de Franz
seus melhores amigos, usando atores para interpretar pessoas Kafka, trata das relações de classe e da sociedade criada pelo capitalismo
que o conheciam, incluindo Max Brod, Milena, Felice Bauer, — cruel, caprichosa e absurda. Um burguês alemão é forçado a sair de
Gustav Janouch, entre outros. sua terra após um escândalo, mudando-se para a Amerika. No entanto,
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é incapaz de se adaptar à realidade do trabalho, no novo continente
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alegórico construído por Kafka.
Direção e Roteiro: Richard Dindo
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Produtora: Lea Produktion GmbH, Les Films d’Ici, Schweizer Radio und
Direção: Jean-Marie Straub e Danièle Huillet
Fernsehen, ARTE France – Unité de Programmes Documentaires
Argumento baseado em “O Desaparecido ou Amerika”, de Franz Kafka
Produção executiva: Richard Dindo, Serge Lalou
Montagem: Jean-Marie Straub e Danièle Huillet
Fotografia: René Baumann
Assistência de Direção: Klaus Feddermann; Alf Olbrisch; Berthold
Montagem: Anne Lecour; René Zumbühl
Schweiz; Manfred Sommer
Som: Martin Witz; Dieter Meyer; Florian Eidenbenz;
Câmera: Caroline Champetier; William Lubtchansky; Christophe Pollock
Música: Maurice Ravel
Som: Manfred Blank; Louis Hochet; Georges Vaglio
Casting: Corinna Glaus
Elenco: Christian Heinisch, Nazzareno Bianconi, Mario Adorf, Laura
Elenco: Alexander Wachholz (Max Brod), Carl Achleitner (Gustav
Betti, Harun Farocki, Manfred Blank, Reinald Schnell, Anna Schnell, Klaus
Janouch), Irene Kugler (Felice Bauer), Peter Kaghanovitch (Max Pulver),
Traube
Hana Militká (Milena Jesenská), Renata Stachowicz (Dora Diamant)
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84 KAFKA E O CINEMA 85
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