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Procedimentos de

distribuição (PRODIST)
Professor Dr. Renan Souza Moura
Disciplina: Distribuição de energia elétrica
Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Formiga
1-Introdução

 Qualquer ação no sistema de distribuição de energia elétrica tem que


estar prevista nas resoluções normativas dos Procedimentos de Distribuição
de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (PRODIST).

 A primeira versão do PRODIST foi publicada em 2002 pelo Operador


Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e homologada pela Agência Nacional
de Energia Elérica (ANEEL).

 Desde da sua publicação, o PRODIST recebeu atualizações, onde cada


atualização de seus módulos que compõem o PRODIST está associada a
uma Resolução Normativa aprovada pela ANEEL e uma data de vigência
específica.
1-Introdução

 A versão analisada por este capítulo é a vigente no mês de setembro de 2018 [1] e é
dividida em 11 módulos, a saber:
 Módulo 1: Introdução;
 Módulo 2: Planejamento da Expansão do Sistema de Distribuição;
 Módulo 3: Acesso ao Sistema de Distribuição;
 Módulo 4: Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição;
 Módulo 5: Sistemas de Medição;
 Módulo 6: Informações Requeridas e Obrigações;
 Módulo 7: Cálculo de Perdas na Distribuição;
 Módulo 8: Qualidade da Energia Elétrica;
 Módulo 9: Ressarcimento de Danos Elétricos;
 Módulo 10: Sistema de Informação Geográfica Regulatório;
 Módulo 11: Fatura de Energia Elétrica e Informações Suplementares.
1-Introdução

 Os principais objetivos do PRODIST são [2]:


 Garantir que os sistemas de distribuição operem com segurança, eficiência,
qualidade e confiabilidade;
 Propiciar o acesso aos sistemas de distribuição, assegurando tratamento não
discriminatório entre agentes;
 Disciplinar os procedimentos técnicos para as atividades relacionadas ao
planejamento da expansão, à operação dos sistemas de distribuição, à
medição e à qualidade da energia elétrica;
 Estabelecer requisitos para os intercâmbios de informações entre os agentes
setoriais;
 Assegurar o fluxo de informações adequadas à ANEEL;
 Disciplinar os requisitos técnicos na interface com a Rede Básica,
complementando de forma harmônica os Procedimentos de Rede.
1-Introdução

 Esta apresentação tem como objetivo indicar os principais tópicos do PRODIST


(Procedimentos de Distribuição).

 Como são 11 módulos, não serão apresentados exemplos numéricos para


cada tópico abordado pelo PRODIST.

 A razão disso é que deixaria esta apresentação muito longa e sem atender o
objetivo principal que é fornecer um resumo de todos os procedimentos para
que o leitor busque de maneira mais rápida a informação que necessita.

 Assim, as informações contidas nesta apresentação não substituem a leitura


integral do PRODIST.
2-Módulo 1 do PRODIST:Introdução

 Além de apresentar uma visão geral de todos os outros módulos do PRODIST, existe no módulo 1 uma
breve apresentação das principais entidades do setor elétrico e as suas atribuições básicas[2]:

 Ministério de Minas e Energia-MME: encarrega-se da formulação, do planejamento e da


implementação de ações do governo federal no âmbito da política energética nacional;
 Conselho Nacional de Política Energética-CNPE: Órgão de assessoramento do Presidente da República
para formulação de políticas nacionais e diretrizes de energia, que visa, dentre outros, o
aproveitamento racional dos recursos energéticos do país, a revisão periódica da matriz energética e o
restabelecimento de diretrizes para programas específicos. É órgão interministerial presidido pelo
Ministério de Minas e Energia-MME.
 Empresa de Pesquisa Energética-EPE: Empresa pública federal dotada de personalidade jurídica de
direito privado e vinculada ao MME. Tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas
destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético. Elabora os planos de expansão da geração
e transmissão de energia elétrica.
 Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico-CMSE: Constituído no âmbito do MME e sob coordenação
direta, tem a função de acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do
suprimento eletroenergético em todo o território nacional.
2-Módulo 1 do PRODIST:Introdução

 Além de apresentar uma visão geral de todos os outros módulos do PRODIST, existe no
módulo 1 uma breve apresentação das principais entidades do setor elétrico e as suas
atribuições básicas[2](continuação):

 Operador Nacional do Sistema Elétrico-ONS: Entidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, responsável pelas atividades de
coordenação e controle da operação da geração e da transmissão de energia elétrica
do Sistema Interligado Nacional (SIN).
 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica-CCEE: Entidade jurídica de direito
privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, tem a finalidade de
viabilizar a comercialização de energia elétrica no SIN e de administrar os contratos de
compra e venda de energia elétrica, sua contabilização e liquidação.
 Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL: Autarquia sob regime especial, vinculada
ao MME, tem a finalidade de regular e fiscalizar a produção, a distribuição e
comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do
governo federal. É o órgão responsável pela elaboração, aplicação e atualização dos
Procedimentos de Distribuição (PRODIST).
2-Módulo 1 do PRODIST:Introdução

 Outro item fundamental apresentado pelo módulo 1 do PRODIST é o


glossário de termos técnicos.

 É de fato um glossário bem útil tanto para compreender os demais


módulos como para utilizar em trabalhos acadêmicos na área de
eletricidade.

 Definições de afundamento momentâneo/instantâneo de tensão,


alimentador, barramento, carga, cogeração de energia, componentes de
sequência, consumidor, tipos de demanda, micro/mini geração
distribuída, entre outras, são apresentadas neste glossário.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição

 Os objetivos do Módulo 2 são [2]:

 Estabelecer os procedimentos básicos para o planejamento da expansão do


sistema de distribuição, subsidiando a definição dos pontos de conexão dos
acessantes;

 Estabelecer os requisitos mínimos de informações necessárias para os estudos de


planejamento do sistema de distribuição;

 Definir critérios básicos para troca de informações entre os diversos agentes


envolvidos no planejamento do sistema elétrico de distribuição.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição
 Um acessante, de acordo com o glossário do Módulo 1 do PRODIST [2], é um consumidor,
central geradora, distribuidora ou agente importador ou exportador de energia, com
instalações que se conectam ao sistema elétrico de distribuição.

 A seção 2.1 do Módulo 2 do PRODIST [3] descreve os procedimentos gerais para a


previsão de demanda.

 De acordo com esta seção, a previsão de demanda deve considerar, no mínimo, o


histórico consolidado de carga dos últimos cinco anos, incluindo o histórico de perdas
técnicas e os ganhos relativos aos planos de eficiência energética.

 Quanto aos procedimentos para elaboração dos estudos de previsão de demanda, um


horizonte de 10 anos deve ser adotado para os sistemas de distribuição de alta tensão,
enquanto que o horizonte de 5 anos é utilizado para os sistemas de distribuição de média
tensão. Estas previsões devem ser revisadas anualmente.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição

 A seção 2.2 do Módulo 2 do PRODIST [3] estabelece que os consumidores


devem ser separados por níveis de tensão, a saber:

 Sistema de distribuição de alta tensão-230 kV;


 Sistema de distribuição de alta tensão-88 kV a 138 kV;
 Sistema de distribuição de alta tensão-69 kV;
 Sistema de distribuição de média tensão-acima de 1 kV a 44 kV;
 Sistema de distribuição de baixa tensão-inferior ou igual a 1 kV.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição

 Os consumidores de baixa tensão são ainda sub divididos em [3]:

 Residencial;
 Rural;
 Industrial;
 Comercial, poder público e consumo próprio;
 Serviço público;
 Iluminação pública;
 Qualquer classe, classificada no subgrupo tarifário AS (unidades consumidoras
conectadas a sistema subterrâneo de distribuição).
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição

 Os estudos de planejamento do sistema de distribuição de alta tensão,


abordados na seção 2.3 do módulo 2 do PRODIST, indicam dois horizontes
de análise nos estudos de planejamento:

 Planejamento de curto e médio prazo (5 anos);

 Planejamento de longo prazo (10 anos).

 Estudos de fluxo de potência, curto circuito, estabilidade de tensão,


compensação de potência reativa, transitórios eletromagnéticos e
transitórios eletromecânicos devem ser realizados no planejamento de
curto e médio prazo.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição

 O planejamento de longo prazo do sistema de distribuição de alta tensão,


além de necessitar do conhecimento dos dados da rede elétrica, precisa
das informações de mercado de energia elétrica a ser atendido e da
geração prevista.

 Para os sistemas de distribuição de média tensão, o horizonte dos estudos


é de 5 anos, devendo ser redefinidos anualmente.

 A expansão das subestações de distribuição de energia elétrica devem


ser efetuadas em horizontes de dez anos e estar em concordância com o
planejamento dos sistemas de distribuição de alta e média tensão.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição

 De acordo com a seção 2.3 do Módulo 2 do PRODIST[3], os estudos de


planejamento da subestação de distribuição devem considerar as
seguintes etapas:

 Estudos elétricos;
 Formulação de alternativas;
 Análise técnica e ambiental preliminar para pré-seleção de alternativas;
 Análise econômica e seleção de alternativas.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição
 A seção 2.4 do Módulo 2 do PRODIST prevê a existência de um Plano de Desenvolvimento
da Distribuição (PDD). O PDD deve conter as seguintes informações[3]:
 Plano de obras do sistema de distribuição de alta tensão;
 Plano de obras das subestações de distribuição;
 Plano de obras do sistema de distribuição de média tensão;
 Plano de obras do sistema de distribuição de baixa tensão;
 Lista de obras realizadas no ano anterior ao PDD;
 Análise crítica.

 De acordo com [3], a análise crítica deve conter uma comparação entre o planejado no
PDD do ano anterior e o que está concluído no momento em que o PDD é enviado para
a ANEEL. Justificativas de obras planejadas e não realizadas devem existir no relatório de
análise crítica.
3-Módulo 2 do PRODIST: Planejamento da
Expansão do sistema de distribuição
 No PDD, as obras devem ser classificadas em:
 Expansão das redes elétricas;
 Renovação dos ativos de distribuição;
 Melhoria da qualidade do sistema.

 Também está previsto na seção 2.4 do Módulo 2 do PRODIST a identificação das obras
nas seguintes categorias:
 Obras do programa Luz para Todos;
 Obras com participação financeira de terceiros;
 Obras vinculadas ao planejamento setorial.

 A ANEEL deve divulgar para o público externo os investimentos concluídos e planejados


pelas distribuidoras de energia elétrica.
4-Módulo 3 do PRODIST: Acesso ao
sistema de distribuição
 Os objetivos do Módulo 3 são [2]:
 Estabelecer as condições de acesso aos sistemas elétricos de distribuição,
compreendendo a conexão e o uso do sistema;
 Definir os critérios técnicos e operacionais, os requisitos de projeto, as informações, os
dados e a implementação da conexão, aplicando-se tanto aos novos acessantes
como aos existentes.

 A seção 3.1 do Módulo 3 do PRODIST [4] contém as trocas de informações que


devem existir entre o acessante e a acessada.
 De acordo com o Módulo 1 do PRODIST [2], acessada é a distribuidora de energia
elétrica em cujo sistema elétrico o acessante conecta suas instalações.

 Prazos para elaboração da informação de acesso e para o parecer de acesso


estão devidamente indicados na seção 3.1.
4-Módulo 3 do PRODIST: Acesso ao
sistema de distribuição
 Os critérios técnicos e operacionais para o acesso ao sistema de distribuição estão
indicados na seção 3.2.

 Este módulo define que as tensões nominais de conexão padronizada para o sistema de
baixa tensão são 220/127 V e 380/220 V para um sistema trifásico e 254/127 V e 440/220 V
para um sistema monofásico.

 Também são definidas que as tensões de 13,8 kV e 34,5 kV são tensões padronizadas de
média tensão e que as tensões de 69 kV e 138 kV são tensões padronizadas de alta
tensão.

 Esta seção estabelece que o acessante, no ponto de conexão, não pode causar
distúrbios a rede elétrica acessada e é responsável por realizar estudos de distúrbios que
possam ocorrer durante o acesso e ajustar o sistema de proteção de maneira
apropriada.
4-Módulo 3 do PRODIST: Acesso ao
sistema de distribuição
 Quais itens que devem existir no projeto de instalações de conexão estão
indicados na seção 3.3 do Módulo 3 do PRODIST.

 Por exemplo, em um projeto de redes e linhas devem ser indicados a


capacidade de transporte de potência, cálculos elétricos, cálculos
mecânicos, sinalizações, equipamentos e uma análise de confiabilidade.

 Uma série de itens também é demonstrada para os projetos de


subestações como diagrama unifiliar, arranjo dos equipamentos, sistema
de aterramento, equipamento de proteção e transformação, para-raios,
serviços auxiliares, entre outros.
4-Módulo 3 do PRODIST: Acesso ao
sistema de distribuição
 A seção 3.3 estabelece a existência de um memorial descritivo contendo
toda a documentação, normas e padrões técnicos utilizados como
referência de todos os projetos.
 As implantações de novas conexões, assim como a vistoria e aprovação,
estão estabelecidas na seção 3.4 do Módulo 3 do PRODIST.
 As devidas responsabilidades por parte do acessante e da acessada quanto
aos procedimentos de recepção do ponto de conexão (inspeção, ensaios,
vistoria e aprovação) estão indicados nesta seção.
 As seções 3.5 e 3.6 do Módulo 3 estabelecem que deve existir um contrato
de acordo operativo e conexão entre o acessante e o acessado.
 Neste contrato deve estar definido as responsabilidades de ambas as partes
para a devida operação, manutenção e segurança da conexão.
4-Módulo 3 do PRODIST: Acesso ao
sistema de distribuição
 Atualmente a utilização de painéis fotovoltaicos tem possibilitado a
existência de micro e mini geração distribuída.

 Dentro deste contexto, a seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST estabelece os


procedimentos de acesso de micro e minigeração distribuída participante
do sistema de compensação de energia elétrica ao sistema de
distribuição.

 Esta seção especifica todas as etapas de acesso a micro e minigeração,


além de indicar anexos de solicitação pelo acessante.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição

 Os objetivos do Módulo 4 são[2]:


 Estabelecer procedimentos de operação dos sistemas de distribuição, de forma que
as distribuidoras e demais agentes, incluindo os agentes de transmissão detentores
das Demais Instalações de Transmissão (DIT) cujas instalações não pertencem à rede
de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), possam formular os planos e
programas operacionais dos sistemas de distribuição, incluindo previsão de carga,
programação de intervenções em instalações, controle da carga em situação de
contingência, controle da qualidade do suprimento de energia elétrica e
coordenação operacional dos sistemas;
 Estabelecer a uniformidade de procedimentos para o relacionamento operacional
entre os centros de operação das distribuidoras, das transmissoras, dos centros de
despacho de geração distribuída e demais órgãos das instalações dos acessantes;
 Definir os recursos mínimos de comunicação de voz e de dados entre os órgãos de
operação dos agentes envolvidos.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição

 De acordo com o Módulo 1 do PRODIST [2], as DIT são instalações


integrantes de concessões de transmissão e não classificadas como rede
básica.

 A seção 4.1 do Módulo 4 do PRODIST [5] especifica os procedimentos de


envio de informações de carga e despacho de geração pelos acessantes
para as distribuidoras.
 Estas informações devem abranger um período de 5 anos e possibilitar estudos
de planejamento e operação.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição
 A programação de intervenções na rede de distribuição de energia é abordada pela
seção 4.2.
 Esta seção estabelece que o centro de operações é responsável por coordenar e
executar o processo de intervenções vindos do acessante.
 Toda intervenção deve estar associada a uma análise de riscos e solicitada com
antecedência.
 Pedidos de desligamento que implique em interrupções de consumidores devem ser
solicitadas com antecedência mínima de 10 dias ao centro de operação.
 Caso a intervenção não resulte em desligamentos de consumidores, o prazo de pedido
ao centro de operação é de no mínimo 5 dias.
 Se a intervenção exigir transferência de carga entre subestações, deve ser comunicado
ao ONS com no mínino 15 dias de antecedência.
 Em qualquer interrupção programada, todos os acessantes devem ser avisados.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição

 A seção 4.3 estabelece procedimentos para se efetuar o controle de


carga do sistema de distribuição de energia elétrica.

 Um programa de controle de carga gera os seguintes produtos: seleção


dos pontos de corte automático de carga, instruções de operação,
mensagens operativas, tabelas de prioridade regional e tabelas de
prioridade de alimentadores por subestação.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição
 As distribuidoras de energia devem realizar estudos do montante de corte de
carga que deve ser realizado para manter a adequada operação do sistema.

 São consideradas dois tipos de ações para controle de carga: cortes direto e
cortes indireto.

 Um corte indireto é realizado através da redução do nível de tensão a valores


aceitáveis.

 Estas ações de controle de carga podem ser de curta duração (até 4 horas),
de média duração (entre 4 e 24 horas) e de longa duração (superior a 24
horas), além de poderem ser classificadas como transitórias, urgentes ou
programadas.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição

 A seção 4.4 indica quais testes de desempenho a distribuidora acessada


tem direito de solicitar aos seus acessantes. Estes testes são [5]:

 Desempenho do sistema de proteção nas centrais geradoras;


 Desempenho dinâmico de controle de tensão e de frequências nas centrais
geradoras;
 Desempenho do disjuntor de conexão e de todos os dispositivos de
desconexão, caso a operação ilhada não seja possível;
 Desempenho dos limites máximos de geração nas centrais geradoras.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição

 A coordenação operacional da seção 4.5 do Módulo 4 do PRODIST afirma


que os acessantes e o Centro de Despacho de Geração Distribuída
devem manter, durante 24 horas, pessoal habilitado para o
relacionamento operacional com o Centro de Operação.

 Esta seção prevê a possibilidade da operação ilhada, desde que existam


estudos e instruções operativas para esta condição pela distribuidora.

 Qualquer tipo de ocorrência no sistema e a sua análise devem gerar um


“Relatório de Análise de Perturbação” com conclusões, providências
(efetuadas e em andamento) e recomendações.
5-Módulo 4 do PRODIST: Procedimentos
operativos do sistema de distribuição

 A última seção do Módulo 4 do PRODIST, seção 4.6, afirma que deve existir
uma comunicação de voz e de dados entre o Centro de Operação da
distribuidora, o Centro de Operação da Transmissão, o centro de
despacho de geração distribuída e os acessantes no sistema de
distribuição de alta tensão.

 Esta seção define que a implementação destes meios de comunicação


entre o Centro de Operação e os acessantes deve ser de
responsabilidade dos acessantes, enquanto que a comunicação entre o
Centro de Operação da Distribuição, Centro de Operação da Transmissão
e o Centro de Despacho de Geração Distribuída devem ser estabelecidas
em comum acordo entre as partes.
6-Módulo 5 do PRODIST: Sistemas de
medição
 Os objetivos do Módulo 5 são [2]:
 Especificar os sistemas de medição das grandezas elétricas do sistema de distribuição
aplicáveis ao faturamento de energia elétrica, à qualidade da energia elétrica, ao
planejamento da expansão e à operação do sistema de distribuição;
 Apresentar os requisitos básicos mínimos para a especificação dos materiais,
equipamentos, projeto, montagem, comissionamento, inspeção e manutenção dos
sistemas de medição;
 Estabelecer procedimentos fundamentais para que os sistemas de medição sejam
instalados e mantidos dentro dos padrões necessários aos processos de
contabilização de energia elétrica, de uso no âmbito das distribuidoras e de
contabilização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica-CCEE;
 Verificar que as disposições estejam de acordo com a legislação vigente, as
exigências do INMETRO, as normas técnicas da ABNT, tendo sido considerado o
módulo 12 dos Procedimentos de Rede e a especificação técnica da CCEE para os
sistemas de medição para faturamento de energia elétrica.
6-Módulo 5 do PRODIST: Sistemas de
medição
 A seção 5.1 do Módulo 5 do PRODIST estabelece que os dados que
devem ser medidos são [6]:

 Demanda em kW para os acessantes em média e alta tensão;


 Montantes de energia em kWh para todos os acessantes;
 Parâmetros para cálculo de indicadores de qualidade de energia;
 Dados para levantamento de curvas de carga;
 De forma opcional, energia reativa para os consumidores do tipo B;
 Energia reativa e excedentes de reativos para o grupo A.
6-Módulo 5 do PRODIST: Sistemas de
medição
 O glossário do módulo 1 do PRODIST [2] define que grupo A é formado por
consumidores com fornecimento de tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou, em
tensão inferior a 2,3 kV por um sistema subterrâneo. A fatura de energia é
binômia (demanda e consumo) e existem os seguintes subgrupos:

 Subgrupo A1-tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV.


 Subgrupo A2-tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV.
 Subgrupo A3-tensão de fornecimento de 69 kV.
 Subgrupo A3a-tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV.
 Subgrupo A4-tensão de fornecimento de 2,3 a 25 kV.
 Subgrupo AS-tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema
subterrâneo de distribuição.
6-Módulo 5 do PRODIST: Sistemas de
medição
 Unidades consumidoras do grupo B, de acordo com o glossário do módulo
1 do PRODIST [2], são aquelas atendidas com tensão inferior a 2,3 kV, onde
apenas o consumo é tarifado (tarifa monômia) e existem os seguintes
subgrupos:

 Subgrupo B1-residencial;
 Subgrupo B2-rural;
 Subgrupo B3-demais classes;
 Subgrupo B4-iluminação pública.
6-Módulo 5 do PRODIST: Sistemas de
medição
 As especificações dos sistemas de medição estão contidas na seção 5.2 [6].

 Existe a instrução que os painéis, caixas ou cubículos de medição devem ser


aterrados diretamente no sistema de aterramento das instalações.

 Além disso, a seção 5.2 enfatiza que os sistemas de medição devem ter
garantia de inviolabilidade, por meio da colocação de lacres.

 Outro ponto fundamental da seção 5.2 é que a medição em unidades


instaladas em tensão primária pode ocorrer através de transformadores de
corrente (TC), desde que seja considerado um valor percentual de perdas
devido a transformação do meio magnético do TC.
6-Módulo 5 do PRODIST: Sistemas de
medição
 A seção 5.2 também apresenta uma tabela com as características mínimas para os
sistemas de medição em função da classe de acessante.
 Por exemplo, um acessante do grupo B deve apresentar um medidor eletromecânico de
energia ativa e, opcionalmente, um medidor eletromecânico de energia reativa, ambos
da classe A.

 Com relação à questão de implantação do sistema de medição, a seção 5.3 estabelece


que uma vez solicitada, a concessionária é obrigada a instalar o sistema de medição
desde que os consumidores tenham disponibilizado um local adequado a esta
instalação.
 Após a instalação, um lacre deve ser colocado no sistema de medição e registrar todos os
equipamentos em um banco de dados.
 Um consumidor pode solicitar a qualquer momento uma inspeção nos sistemas de medição
e a distribuidora deverá informar, com antecedência mínima de 3 dias, a data da
realização da inspeção, de modo que o consumidor acompanhe este serviço.
6-Módulo 5 do PRODIST: Sistemas de
medição
 Manutenções no sistema de medição podem ser exigidas e, de acordo com a
seção 5.3 do Módulo 5 do PRODIST [6], as distribuidoras devem arcar com estes
custos desde que não existam irregularidades por parte do consumidor.

 A seção 5.4 estabelece os critérios de leitura dos medidores. Esta leitura pode
ser local ou remota.
 Uma leitura local é quando um profissional devidamente autorizado pela distribuidora
efetua a leitura diretamente no medidor.
 Uma leitura remota ocorre quando os dados são transmitidos através de canais de
comunicação confiáveis.
 Esta seção indica instruções que podem ser feitas com as informações de leitura.
 Estas informações podem auxiliar em estudos de planejamento do sistema elétrico e
em análises de qualidade de energia elétrica.
7-Módulo 6 do PRODIST: Informações
requeridas e obrigações
 Os objetivos do módulo 6 são [2]:

 Definir, especificar e detalhar como as informações referentes às ações


técnicas desenvolvidas nos sistemas elétricos de distribuição serão
intercambiadas entre os agentes de distribuição e entre esses e as entidades
setoriais;

 Estabelecer as obrigações dos agentes para atender os procedimentos, critérios


e requisitos definidos nos módulos técnicos.
7-Módulo 6 do PRODIST: Informações
requeridas e obrigações
 A seção 6.1 do Módulo 6 do PRODIST [7] apresenta as obrigações entre os
agentes setoriais (concessionários, permissionários) e os consumidores.

 De acordo com o glossário do Módulo 1 do PRODIST [2], concessionária ou


agente de transmissão é o agente titular de concessão para fins de
transmissão de energia elétrica, e permissionária de serviço público de
distribuição de energia elétrica é o agente titular de permissão federal
para prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica.
7-Módulo 6 do PRODIST: Informações
requeridas e obrigações
 É citado na seção 6.1 [7] as seguintes obrigações entre estes setores:
 Fornecer as informações sob sua responsabilidade relativas às suas atividades nos sistemas de distribuição,
em conformidade com o estabelecido nos módulos do PRODIST;
 Comprometer-se com a correção, veracidade e completitude das informações;
 Garantir o sigilo das informações classificadas como confidenciais;
 Fornecer os dados requisitados de acordo com o detalhamento, a padronização e a formatação
estabelecidos no PRODIST, ou na ausência destes, na forma determinada pela ANEEL para o intercâmbio
específico;
 Cumprir prazos e periodicidades estabelecidos na legislação para apresentação das informações;
 Informar, caso sejam identificadas incorreções nos dados ou nas informações fornecidas, ao destinatário
do problema ocorrido e providenciar a sua imediata correção;
 Informar, caso sejam identificadas incorreções nos dados ou nas informações fornecidas, ao destinatário
do problema ocorrido e providenciar a sua imediata correção;
 Atender às solicitações da ANEEL, do ONS e da CCEE para verificar eventual inconsistência dos dados e,
quando solicitado, participar do processo de análise das inconsistências.
7-Módulo 6 do PRODIST: Informações
requeridas e obrigações
 O fluxo de informação entre todos os setores que atuam no sistema de
distribuição estão definidos na seção 6.2.

 Esta seção estabelece para os módulos 2, 3, 4, 5, 7, 8 e 10 quais informações


devem ser transmitidas em situações específicas como forma de atender as
normas indicadas em cada módulo.
8-Módulo 7 do PRODIST: Cálculo de
perdas na distribuição
 Os objetivos do módulo 7 são [2]:

 Estabelecer a metodologia e os procedimentos para obtenção dos dados


necessários para apuração das perdas dos sistemas de distribuição de energia
elétrica;

 Definir indicadores para avaliação das perdas nos segmentos de distribuição de


energia elétrica;

 Estabelecer a metodologia e os procedimentos para apuração das perdas dos


sistemas de distribuição de energia elétrica.
8-Módulo 7 do PRODIST: Cálculo de
perdas na distribuição
 A seção 7.1 do módulo 7 [8] indica que informações dos equipamentos e de energia são
obtidas da Base de Dados Geográfica da Distribuidora (BDGD), abordada com mais
detalhes no Módulo 10.
 Após o recebimento e avaliação das informações, a ANEEL pode solicitar esclarecimentos,
se necessário.

 O fator de potência de 0,92 é adotado para os cálculos de perdas nos sistemas de


distribuição de média e alta tensão.
 Perdas adicionais de 5 % são consideradas devido ao efeito corona, sistemas supervisórios,
relés fotoelétricos, capacitores, transformadores de corrente e potencial, e por fugas de
correntes em isoladores e para-raios.
 O modelo adotado para cargas em média e baixa tensão é o ZIP, composto por 50 % de
potência constante e 50 de impedância constante para a parcela ativa da carga e de
100% de impedância constante para parcela reativa.
 É considerada uma resistência de aterramento de 15 ohms para circuitos monofilares com
retorno por terra.
8-Módulo 7 do PRODIST: Cálculo de
perdas na distribuição
 Para calcular as perdas, a seção 7.1 estabelece dividir o sistema de
distribuição em:

 Redes do sistema de distribuição de alta tensão;


 Transformadores de potência;
 Reguladores, redes do sistema de distribuição de média tensão;
 Sistema de distribuição de baixa tensão;
 Transformadores de distribuição;
 Ramais de ligação;
 Medidores de energia das unidades consumidoras do sistema de distribuição de
baixa tensão.
8-Módulo 7 do PRODIST: Cálculo de
perdas na distribuição
 A seção 7.2 indica que o período de apuração das perdas no sistema de
distribuição é anual e o cálculo deve ser realizado mensalmente.
 Em sistemas de alta tensão, as perdas são obtidas através de medições,
enquanto que para as redes de média e baixa tensão deve-se utilizar o método
de fluxo de potência.

 De acordo com a seção 7.3, nos sistemas de alta tensão as perdas de


energia são obtidas pela subtração da energia injetada medida na
fronteira do sistema de distribuição de alta tensão com o sistema de
distribuição de média tensão.
 O procedimento é denominado Top-down, onde a apuração das perdas é
realizada a partir dos níveis de tensão mais elevados até a fronteira com o
sistema de distribuição de média tensão.
8-Módulo 7 do PRODIST: Cálculo de
perdas na distribuição
 O sistema Bottom-up é adotado para calcular perdas nos sistemas de
baixa e média tensão.
 Neste caso, as perdas de energia são calculadas a partir da energia medida
dos consumidores acrescidas das perdas nos medidores com a técnica do fluxo
de potência.

 Os indicadores de perdas estão demonstrados na seção 7.4, onde são


apresentadas fórmulas matemáticas para calcular o percentual de perda
técnica de segmento, percentual de perda técnica em relação a energia
injetada e percentual de perdas não técnicas.
 Perdas não técnicas são aquelas originárias de furtos.
8-Módulo 7 do PRODIST: Cálculo de
perdas na distribuição
 A seção 7.5 estabelece que o cálculo de perdas apresentado pelo
presente módulo também é aplicado nos sistemas de distribuição das
permissionárias.
 A ANEEL pode inclusive alterar alguns cálculos devido a especificidades de
cada permissionária.

 Uma metodologia de cálculo das perdas técnicas em ramais de ligação


no caso de medição externa e procedimento de desconto destas perdas
na fatura do consumidor é apresentada na seção 7.6.
 Nesta seção é apresentada uma fórmula proposta para calcular as perdas de
energia nos ramais de ligação quando da existência de medição externa.
 Também é proposta, alternativamente, a aplicação de um percentual de 1,5%
sobre a energia medida ou estimada.
9-Módulo 8:Qualidade de energia
elétrica
 Os objetivos do módulo 8 são [2]:

 Definir os procedimentos relativos à qualidade da energia elétrica (QEE),


abordando a qualidade do produto e do serviço prestado;
 Definir, para a qualidade do produto, os conceitos e os parâmetros para o
estabelecimento de valores limite para os indicadores de QEE;
 Estabelecer, para a qualidade dos serviços prestados, a metodologia para
apuração dos indicadores de continuidade e dos tempos de atendimento,
definindo limites e responsabilidades, além da metodologia de monitoramento
automático dos indicadores de qualidade.
9-Módulo 8:Qualidade de energia
elétrica
 A qualidade do produto é definido na seção 8.1 [9] para os seguintes itens:
 Tensão em regime permanente.
 Fator de potência;
 Harmônicos;
 Desequilíbrio de tensão;
 Flutuação de tensão;
 Variação de frequência.

 Medições podem ser realizadas como forma de avaliar a qualidade do


produto.
 Estas medições devem ser realizadas por equipamentos que utilizem amostragem
digital, podendo um único equipamento ser utilizado para medir todos os fenômenos
da qualidade do produto.
9-Módulo 8:Qualidade de energia
elétrica
 A qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras aos consumidores é
tema da seção 8.2 do módulo 8 do PRODIST.

 Esta seção estabelece como é o sistema de atendimento às reclamações


dos acessantes e indicadores de tempo de atendimento às ocorrências
emergenciais.
9-Módulo 8:Qualidade de energia
elétrica
 Além disso, os indicadores de continuidade individuais e de conjunto de
unidades consumidoras do serviço da distribuição de energia elétrica são
definidos, a saber:

 Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de


Conexão (DIC);
 Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de
Conexão (FIC);
 Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ou por Ponto
de Conexão (DMIC);
 Duração de Interrupção Individual ocorrida em Dia Crítico por unidade Consumidora
ou por Ponto de Conexão (DICRI);
 Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC);
 Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC).
9-Módulo 8:Qualidade de energia
elétrica
 Esta seção 8.2 também estabelece critérios de compensação pela
distribuidora para os consumidores quando os índices de qualidade do
serviço não são atendidos.

 Na seção 8.3 do Módulo 8 do PRODIST são apresentados critérios para a


qualidade do tratamento das reclamações, onde existe uma análise
comparativa de desempenho entre as distribuidoras de energia elétrica
para estabelecer o FER (frequência equivalente de reclamação).
10-Módulo 9 do PRODIST: Ressarcimento de
danos elétricos

 Este módulo [10] não abrange situações que envolvem


danos morais, lucros cessantes ou danos emergentes,
casos de decisão judicial transitada em julgado ou
solicitados dos consumidores conectados em níveis de
tensões superiores a 2,3 kV.
10-Módulo 9 do PRODIST: Ressarcimento de
danos elétricos
 A distribuidora é obrigada a receber todas as solicitações de ressarcimento de
danos elétricos e analisá-las conforme as normas aplicáveis. As etapas de
ressarcimento de danos elétricos são:

 Solicitação: manifestação da vontade do consumidor ou de seu representante em


receber um ressarcimento por dano elétrico decorrente da utilização do sistema de
distribuição de energia elétrica;
 Análise: investigação das causas dos danos elétricos com o objetivo de declarar que
o ressarcimento é devido ou não;
 Resposta: indicação formal da distribuidora de energia elétrica para o consumidor
sobre o resultado da solicitação. Caso existam na solicitação vários equipamentos,
para cada equipamento deve existir um parecer de “deferido” ou “indeferido”
quanto ao ressarcimento de danos elétricos;
 Ressarcimento: meio pelo qual a distribuidora de energia elétrica retorna a fruição do
consumidor à condição anterior à ocorrência do distúrbio.
10-Módulo 9 do PRODIST: Ressarcimento de
danos elétricos
 De acordo com a seção 9.1, o processo de análise deve conter as seguintes etapas:

 Tempestividade: a distribuidora deve verificar se a solicitação ocorreu dentro do prazo


estabelecido entre a solicitação e a ocorrência do distúrbio. A solicitação deve aconteceu
em até 90 dias da data suposta do distúrbio. Caso este prazo não seja respeitado, a
solicitação é indeferida.
 Ocorrência do dano: a distribuidora pode verificar se o equipamento objeto do
ressarcimento apresenta funcionamento inadequado. Esta verificação ocorre por meio do
Laudo de Oficina.
 Nexo de causalidade: consiste em verificar se o distúrbio na rede elétrica causou de fato o
dano no equipamento da solicitação. Verifica-se a existência da atuação de quaisquer
dispositivos de proteção, ocorrências em subestações, manobras ou qualquer evento que
provoque alteração das condições normais da rede elétrica. Caso seja comprovada a
ocorrência de uma perturbação, é analisado se existe uma relação direta com a
ocorrência. Inadequações na rede elétrica causadas pelo consumidor assim como o uso
incorreto do equipamento podem resultar em indeferimento no pedido de ressarcimento
elétrico.
10-Módulo 9 do PRODIST: Ressarcimento de
danos elétricos
 A verificação é um procedimento não obrigatório através do qual a
distribuidora de energia elétrica pode inspecionar as condições do
equipamento objeto da solicitação e é o tema da seção 9.2.

 O prazo para a verificação é de 10 dias após a solicitação.

 Caso nenhum representante da distribuidora compareça no local e período


agendado da verificação, este processo não pode ser reagendado.

 Caso exista impedimento no acesso às instalações com a presença dos


representantes da distribuidora, o parecer do processo de análise é indeferido.
10-Módulo 9 do PRODIST: Ressarcimento de
danos elétricos

 Após a verificação, o prazo de resposta é de 15 dias


conforme indicado pela seção 9.3.

 A seção 9.3 demonstra vários motivos que podem ser


utilizados no indeferimento da resposta e enfatiza que
não pode ser fornecido motivo diverso àqueles listados
nesta seção.
10-Módulo 9 do PRODIST: Ressarcimento de
danos elétricos

 Caso o ressarcimento seja deferido, as seguintes formas


podem ser utilizadas:

 Conserto do equipamento danificado;


 Substituição do equipamento danificado por outro equivalente;
 Pagamento em moeda corrente em valor equivalente a um
equipamento novo;
 Pagamento em moeda corrente em valor equivalente ao
conserto.
10-Módulo 9 do PRODIST: Ressarcimento de
danos elétricos

 A reunião de todos os documentos gerados e utilizados


para a análise de uma solicitação de ressarcimento de
danos elétricos e quem comprovem o pagamento da
indenização compõem o processo específico,
conforme estabelecido pela seção 9.4.

 Todos os processos específicos devem ser armazenados


pela distribuidora de energia elétrica pelo prazo mínimo
de 5 anos.
11-Módulo 10 do PRODIST: Sistema de
informação geográfica regulatório

 O módulo 10 [11] estabelece o conjunto mínimo de


informações da distribuidora que compõe o Sistema de
Informação Geográfica Regulatório (SIG-R).

 O SIG-R é composto por dois elementos principais, a


saber:
 Base de Dados Geográfica da Distribuidora (BDGD);
 Dicionário de Dados ANEEL (DDA).
11-Módulo 10 do PRODIST: Sistema de
informação geográfica regulatório

 O BDGD descreve informações que estejam relacionadas aos


dados técnicos do sistema de distribuição de energia elétrica, às
informações comerciais e aos dados físico-contábeis da base de
ativos.
 De acordo com seção 10.1, existem dois conjuntos de entidades
da BDGD: entidades geográficas e entidades não geográficas.

 As entidades geográficas representam feições geográficas das


estruturas de informação, as quais são representadas
geograficamente, além de se relacionarem com as demais
entidades da BDGD.
 Exemplos de unidades geográficas são as subestações, unidades
consumidoras, unidades geradoras, entre outras.
11-Módulo 10 do PRODIST: Sistema de
informação geográfica regulatório
 As entidades não geográficas representam estruturas de informação que se relacionam
com as demais entidades da BDGD, mas não possuem representação geográfica
definida, tais como ramal de ligação, barramento, equipamento seccionador, entre
outros.

 A seção 10.1 estabelece que os equipamentos das entidades não geográficas


apresentam informações técnicas e patrimoniais associadas aos equipamentos das
entidades geográficas.
 Isso possibilita uma representa indireta da posição dos equipamentos das entidades não
geográficas.

 A especificação dos padrões de dados e sua codificação utilizada na BDGD é


apresentada na seção 10.2.
 Cada elemento recebe um nome, uma sigla e uma descrição da sua família associada.
11-Módulo 10 do PRODIST: Sistema de
informação geográfica regulatório

 A distribuidora de energia elétrica é obrigada, conforme descrito


na seção 10.3, a enviar todas as informações das entidades
geográficas e não geográficas da sua área de atuação para a
ANEEL.
 Estas informações podem ser enviadas de maneira ordinária ou
extraordinária.
 A modalidade ordinária é aquela prevista pelo Módulo 6 da ANEEL
(31 de janeiro de cada ano) e a modalidade extraordinária é
aquela onde o envio de informações é realizado de maneira
aperiódica em função da solicitação da ANEEL.

 Todas as informações do SIG-R são públicas, respeitando o direito


de privacidade dos acessantes.
12-Módulo 11 do PRODIST: Fatura de energia
elétrica e informações suplementares

 De acordo com a seção 11.1 as seguintes informações devem existir em todas as faturas de energia
elétrica [12]:

 Identificação do consumidor ou usuário do sistema de distribuição de energia elétrica;


 Identificação da unidade consumidora ou ponto de acesso (grupo e subgrupo de tensão, classe e
subclasse da unidade consumidora, tipo de fornecimento “monofásico, bifásico ou trifásico”, modalidade
tarifária aplicada);
 O que é necessário para efetuar o pagamento (mês de referência, data de emissão e vencimento da
fatura, valor total a pagar e código de barras);
 Quantidades e valores relativos aos produtos e serviços prestados (datas e registros das leituras anterior e
atual dos medidores, grandezas medidas e suas respectivas unidades, data prevista para a próxima leitura,
indicação que não ocorreu a leitura, quando ocorre, e que o consumo foi calculado baseado em uma
média aritmética ou em uma estimativa ou em um custo de disponibilidade);
 Impostos e contribuições incidentes sobre o faturamento (ICMS, PIS/Pasep, Cofins);
 Histórico do faturamento (mês atual da fatura e 12 meses anteriores);
 Informações adicionais de interesse dos usuários do sistema de distribuição de energia elétrica (bandeiras
tarifárias, multas por atraso, contribuições para o serviço de iluminação pública, etc).
12-Módulo 11 do PRODIST: Fatura de energia
elétrica e informações suplementares

 A fatura de energia elétrica é autocontida, ou seja, não


requer que se busquem dados em outros locais para
que se possa reproduzir os cálculos que resultaram no
valor a ser pago.

 A discriminação de quantidades e valores de produtos


e serviços deve ser efetuada em uma área ou quadro
reservado aos “itens da fatura”.
12-Módulo 11 do PRODIST: Fatura de energia
elétrica e informações suplementares

 A seção 11.1 indica que as distribuidoras podem adotar


duas formas de apresentação dos itens da fatura:

 Modelo “Tarifa”: onde os valores unitários que compõem


a fatura não incluem os impostos e os valores dos impostos
são apresentados em itens adicionais da fatura;
 Modelo “Preço”: onde os valores unitários que compõem
a fatura incluem os impostos.
12-Módulo 11 do PRODIST: Fatura de energia
elétrica e informações suplementares

 Itens suplementares da fatura de energia elétrica são


abordados na seção 11.2.
 Informações suplementares obrigatórias são a evolução da
composição do faturamento, evolução dos indicadores de
continuidade individuais (DIC, FIC, DMIC e DICRI) e o histórico
de medição e faturamento.

 Exemplos de formas de apresentação das faturas para a


classe residencial, rural, residencial subclasse baixa renda
estão indicados na seção 11.3.
 Em todos os tipos de consumidores estão apresentados
exemplos para o Modelo “Tarifa” e Modelo “Preço”.
12-Módulo 11 do PRODIST: Fatura de energia
elétrica e informações suplementares

 Um consumidor pode optar, caso deseje, a utilização


da fatura eletrônica.

 A seção 11.4 permite inclusive que as distribuidoras de


energia forneçam benefícios aos consumidores que
optarem pela fatura eletrônica.

 Todas as informações obrigatórias da fatura impressa


aplicam-se a fatura eletrônica.
12-Módulo 11 do PRODIST: Fatura de energia
elétrica e informações suplementares

 Um consumidor também pode optar pelo resumo da fatura conforme estabelecido pela
seção 11.5.

 O resumo da fatura deve conter obrigatoriamente as seguintes informações:


 Nome do consumidor ou usuário do sistema de distribuição de energia elétrica;
 Código único de identificação da unidade consumidora do sistema de distribuição de
energia elétrica;
 Endereço da unidade consumidora;
 Número ou identificador do documento correspondente a fatura;
 Mês de referência da fatura;
 Data de vencimento;
 Valor total a pagar;
 Código de barras para efetuar o pagamento.
12-Módulo 11 do PRODIST: Fatura de energia
elétrica e informações suplementares

 Assim como a fatura eletrônica, o módulo 11.5 permite


que a concessionária de distribuição de energia
elétrica forneça benefícios para os consumidores que
optarem pelo resumo da fatura.
13-Referências bibliográficas

 [1] http://www.aneel.gov.br/prodist, acessado em 17 de setembro de 2018.


 [2] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 1: Introdução”, resolução Normativa nᵒ687/2015 aprovada
pela ANEEL, data de vigência: a partir de 01/03/2016.
 [3] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 2: Planejamento da Expansão do Sistema de Distribuição”,
resolução Normativa nᵒ730/2016 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 07/07/2016.
 [4] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 3: Acesso ao Sistema de Distribuição”, resolução Normativa
nᵒ724/2016 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 01/06/2017.
 [5] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 4: Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição”,
resolução Normativa nᵒ395/2009 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 01/01/2010.
 [6] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 5: Sistemas de Medição”, resolução Normativa nᵒ759/2017
aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 15/03/2017.
13-Referências bibliográficas

 [7] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no


Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 6: Informações Requeridas e Obrigações”, resolução
Normativa nᵒ767/2017 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 01/01/2018.
 [8] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 7: Cálculo de Perdas de Distribuição”, resolução Normativa
nᵒ771/2017 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 01/01/2018.
 [9] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 8: Qualidade da Energia Elétrica”, resolução Normativa
nᵒ794/2017 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 01/01/2018.
 [10] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 9: Ressarcimento de Danos Elétricos”, resolução Normativa
nᵒ499/2012 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 21/11/2012.
 [11] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 10: Sistema de Informação Geográfica Regulatório”,
resolução Normativa nᵒ730/2016 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 07/07/2016.
 [12] Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, “Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional-PRODIST-Módulo 11: Fatura de Energia Elétrica e Informações Suplementares”,
resolução Normativa nᵒ775/2017 aprovada pela ANEEL, data de vigência: a partir de 10/07/2017.

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