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ano
4
Carolina Becker, Laura M. Valente e Anos
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ais
Roland Cirilo da Silva
Bahia
Curitiba
2021
a
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c
té
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c Diretor-Geral
Daniel Gonçalves Manaia Moreira
Ilustrações
Adilson Farias, Alexandre Matos, Caco Bressane,
fi
CDD 370
sumário
Você já foi
à Bahia?
Não?
Então vá!
oas de-
Qual é o tema dessa q ue as pess
1
Por
2
e
a cidad
ir a um
letra de música? veriam
melhor?
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cul- m ser encon-
Que atrativos pode
3 turais de nosso estado
trados na cidade on
de você vive:
4
podem ser apre
sentadas sica de artis-
comidas típicas, mú
em uma canção
como a de monumentos,
tas locais, teatros,
Dorival Caymmi?
entre outros?
Lápis na mão
Em grupos, escolham um dos artistas citados no texto e pesquisem uma letra
de música em que esse artista fale da Bahia. Apresentem essa letra aos colegas
e comentem o motivo da escolha. Se possível, também reproduza a música para
que a turma conheça o ritmo usado. Ao final, conversem sobre as referências de
nosso estado citadas nas canções.
©Nide Bacelar
©Andrew Kemp
CARVALHO, Genaro. Cacau. [s.d.]. 1 óleo sobre tela, color., 46 cm × 38 cm.
alh e
Arte em det
1 Que personagens Nide destacou na obra Lavagem do Bonfim?
2 Em sua opinião, qual a relação entre essa obra de Nide e as tradições da Bahia?
Quando surgiu, a axé music foi criticada por alguns importantes músicos na-
cionais. Eles disseram que, em geral, esse gênero não tinha poesia, apenas músicas
com sons fáceis de serem repetidos, e que, por isso, não tinha valor cultural.
O maestro Tom Jobim discordou. Quando foi questionado sobre a axé music,
ele disse: “Toda música é boa”. O cantor e compositor baiano Caetano Veloso tam-
bém é um grande defensor da axé music. Ele considera esse gênero musical como
uma das coisas mais interessantes que já aconteceram no Brasil.
Alexandre Matos.
2020. Digital.
anote as respostas.
2 Por que o maestro e compositor Tom Jobim disse que “toda música é boa”?
©John Ogilby
Cidade de Salvador em
uma representação de
1629, quando o local
tinha aproximadamente
80 anos, ou seja, essa
imagem tem quase
400 anos. No detalhe,
observe a menção
ao Convento de São
Francisco, que já
existia e se mantém até
os dias atuais.
Glossário
A cidade de Salvador tem o maior acervo do estilo tombado: bem reconheci-
artístico Barroco do período histórico da cana-de-açúcar. do por sua importância ar-
tística, cultural e histórica
Por esse motivo, o Centro Histórico e alguns de seus prin- ou em outras áreas de co-
cipais monumentos foram tombados pelo Instituto do nhecimento (Arqueologia,
Antropologia, etc.), com
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938. o objetivo de garantir sua
preservação para as futu-
Em 1985, esse patrimônio histórico também foi re- ras gerações.
conhecido como um bem cultural de valor internacional
pela Unesco. O Centro Histórico de Salvador se tornou,
então, Patrimônio Cultural da Humanidade, um título Unesco
que é concedido somente quando um bem tem impor- Agência da Organização
tância para uma grande quantidade de pessoas no mun- das Nações Unidas (ONU)
cujas atividades culturais
do. Nesse caso, os governantes do país e/ou da cidade são voltadas para a pre-
servação de bens em ní-
assumem o compromisso de preservá-lo para as gera- vel mundial.
ções futuras.
O século XVIII é considerado o século de ouro da arte brasileira por dois moti-
vos: pelas construções de grande valor artístico e pela intensa utilização de ouro na
arte. O precioso metal era explorado em diversas regiões do Brasil e, sempre que
se achava a primeira pepita, era comum que no local fosse erguida uma capela em
agradecimento à Nossa Senhora.
Grande parte do ouro encontrado no território brasileiro foi levada para
Portugal, assim como a madeira (principalmente o pau-brasil) e a produção de
açúcar e fumo. Somente uma pequena parte desse ouro ficou em nossas terras,
e muito dele foi usado na construção das igrejas baianas, que atraíam um grande
número de pessoas para as suas celebrações.
Muitas pessoas iam à igreja nas missas de domingo, não apenas por motivos
religiosos, mas também porque frequentar a igreja era um momento social impor-
tante, em que era possível, entre outras práticas, conhecer as moças e os moços
solteiros da cidade.
Lápis na mão
1 Escreva V nas alternativas verdadeiras e F nas falsas.
Um dos objetivos da Unesco é preservar os patrimônios culturais (ma-
terial e imaterial) e naturais de todo o mundo.
3 Realize uma pesquisa para descobrir que bens do município onde você mora
têm valor histórico, artístico e cultural. Anote as informações no caderno.
Saulo Dourado
Paula Lice
Nasceu em Irecê e, atualmente,
Nasceu em Salvador. Além de
mora em Salvador. Já ganhou
escritora, é atriz e diretora
diversos prêmios e publicou
de filmes. Já publicou os
os livros O que não se fala em
livros A Gilafa (2015) e Para o
a
ia Lim
menino-bolha (2015).
uma estrela (2016).
io L
árz
írio
©M
vid
Gla
t e, atualmente, vive em Salva- pelas crianças, já tem uma coleção
dor. Entre seus livros, estão Cecéu, com mais de 15 livros escritos,
poeta do céu (2015), Adestradora entre eles o mais novo, O Menino e
de galinhas (2014) e o Homem que o Mar, e A Coruja Que Me Contou,
sabia a hora de morrer (2013). traduzido para francês e alemão
em 2021.
Lulu ta
mbém
funda é
3D.
dora
da ed
Mil Car itora
João Salomão. 2020. Modelagem
amiola
Pawlo Cidade além s, que
,
dos liv
Nasceu em Ilhéus. Pawlo Cidade é espalh ros,
a arte
o pseudônimo de João Paulo Couto criativ e
idade
Santos. Entre seus livros, estão O o país por to
. do
tesouro perdido das terras do
sem fim (2003) e As aventu-
Lima
Lápis na mão
Conforme nossos estudos sobre os deslocamentos indígenas, escreva as
principais diferenças entre os motivos que fizeram os indígenas migrar antes de
1500 e os motivos que os fizeram migrar após a chegada dos portugueses.
Nesta representação
de um navio negreiro,
embarcação usada
para transportar
escravizados africanos,
é possível observar
os compartimentos
reservados às pessoas
e a quantidade delas
ocupando um pequeno
espaço.
do
Interpretan
Leia esta reprodução da obra Os emigrantes, de Angiolo Tommasi, e responda
às questões a seguir no caderno. Para visualizar melhor a obra, consulte a versão no
material de apoio.
©Wikimedia Commons/Sailko
TOMMASI, Angiolo.
Os emigrantes. 1896.
1 óleo sobre tela, color.,
262 cm × 433 cm. Galeria
Nacional de Arte Moderna
e Contemporânea,
Roma.
A obra retrata
pessoas esperando,
em um porto da
Itália, embarcar com
destino à América.
Imigrantes alemães
LUZE, Bosset de. Vista da Fazenda Pombal, Colônia Leopoldina, Bahia. [entre 1820 e 1840].
1 aquarela sobre papel, color., 22,5 cm × 30,3 cm. Pinacoteca de São Paulo, São Paulo.
21
Após 1872, novos grupos de imigrantes alemães chegaram à Bahia e se fixa-
ram nas cidades de São Félix, Cachoeira e Maracás, onde construíram charutarias
e se tornaram os maiores exportadores de fumo do Brasil.
A fotografia a seguir retrata amostras dos principais produtos da indústria
baiana, entre eles, o charuto, em uma exposição nacional realizada no Rio de
Janeiro no ano de 1908. Observe-a.
©Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
LINDEMANN, Rodolpho.
A Cidade Alta de Salvador.
1885. 1 fotografia, p&b. Coleção
Gilberto Ferrez. Acervo Instituto
Moreira Salles.
©Acervo Instituto Moreira Salles
1 Essa fotografia retrata a Cidade Alta de Salvador em 1885. Explique como esse
documento nos ajuda a conhecer a história do estado.
Além dos alemães, outros grupos de europeus, entre eles, suíços, italianos e
espanhóis, vieram para o Brasil no decorrer dos anos 1800.
Os suíços iniciaram suas atividades ao lado dos alemães na Colônia
Leopoldina. Com o passar dos anos, eles fundaram a Fazenda Castelo Novo em
Ilhéus, construíram casas comerciais e instalaram a fábrica de rapé Areia Preta
em Salvador. Posteriormente, a fábrica foi transferida para o Solar do Unhão,
onde foram construídos os primeiros galpões industriais da capital.
Atualmente, o conjunto de construções do Solar do Unhão (que une o Solar, a
Capela Nossa Senhora da Conceição, um cais, um aqueduto, um chafariz, a antiga
senzala e um alambique ) forma o Museu de Arte Moderna da Bahia.
Akiin Nassor
©Fotoarena/Mauro
Solar do Unhão,
Salvador, em 2020
Operários trabalhando
no Trapiche Jequitaia,
no bairro Calçada, em
Salvador, entre 1870 e 1880
27
Lápis na mão X E S P A N H Ó I S A U
Q A L E M Ã E S Z U Z T
1 No caça-palavras, encontre C R A V I E R B N Í L O
o nome dos principais gru- Ç D E H Ç V I C R Ç V I
pos de imigrantes europeus D C I T A L I A N O S Ç
que vieram para a Bahia a
K U B N K L O D C S Z D
partir dos anos 1800.
2 A partir de 1859, muitos imigrantes italianos chegaram ao estado para traba-
lhar na construção de uma estrada de ferro. A respeito desse assunto, respon-
da às questões.
a) Que condições os imigrantes encontraram nos locais de trabalho?
Períodos de seca
29
t e r p r e t a n d o
I n
Leia esta reprodução de uma xilogravura e responda às questões a seguir.
©J. Borges
BORGES, José Francisco.
Fujindo da seca. 1 xilogravura,
p&b, 66 cm × 48 cm. Coleção
particular.
Sobradinho
ŪÕū
SÁ & GUARABYRA. Sobradinho. In: ______. Pirão de peixe com pimenta. Rio de
Janeiro: Som Livre, 2007. 1 CD, digital, estéreo. Faixa 1.
Além das secas, outros motivos levaram a população da Bahia a deixar os lo-
cais que habitavam. Entre esses motivos, havia os cercamentos.
Como as fazendas são propriedades que ocupam bastante espaço, seus do-
nos cercavam as terras com o objetivo de demarcá-las para desenvolver a criação
de gado, plantar cacau ou cana-de-açúcar, entre outras atividades.
Essas cercas impediam que as pessoas mais humildes tivessem acesso a
qualquer porção de terra para cultivar alimentos, muitas vezes necessários para
a própria sobrevivência. Com isso, muitos baianos se mudaram para Salvador
ou para cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Quando se deslocavam para
outros lugares, essas pessoas enfrentavam grandes dificuldades, como a falta
de emprego e de moradia, além de sofrerem com ações de preconceito.
Lápis na mão
1 De acordo com o que você estudou, explique um motivo que levou famílias a
deixar as terras que habitavam para viver em outros lugares.
2 Que medidas podem ser tomadas pelo governo para diminuir a migração dos
baianos para outros estados ou os deslocamentos do campo para a cidade?
Fer
nan
da
Mo
nte
iro.
20
20
. Dig
ital.
Diga aí
Leia esta fotografia de uma manifestação popular.
a
©Shutterstock/Joa souz
Manifestação a
favor da educação
em Itabuna, no
ano de 2012
Rugendas
©Wikimedia Commons/Johann Moritz
RUGENDAS,
Johann M.
Guerrilhas. 1835.
1 litogravura, color.
20,1 cm × 26,2 cm.
Coleção Banco
Itaú, São Paulo.
c) Conforme o que você estudou, quais eram os motivos desse tipo de con-
flito?
39
Em 1711, quando o governo português decretou a cobrança de novos impostos,
que aumentariam o preço do sal, os baianos se revoltaram e saíram às ruas para pro-
testar, dando início ao Motim do Maneta. O movimento recebeu esse nome em refe-
rência ao seu líder, o comerciante João Figueiredo Costa, conhecido como Maneta.
Como a população pediu a redução dos preços do sal e não foi atendida pelos
comerciantes portugueses, manifestantes invadiram os armazéns de sal e jogaram
todo o produto nas ruas. Esse fato chamou a atenção das autoridades portugue-
sas, que solicitaram ao bispo da Bahia que interferisse no conflito.
Depois de muitas discussões, os manifestantes encerraram o movimento. Os
envolvidos no motim foram perdoados e não receberam punições do governo. Por
fim, a população conseguiu atingir seu objetivo, pois os comerciantes não aumen-
taram o preço do sal.
Lápis na mão
1 Com base no que você estudou sobre o Motim do Maneta, responda às questões.
a) O que motivou essa revolta da população baiana?
Lápis na mão
1 Nas manifestações sociais que ocorreram em nosso estado no Período Co-
lonial, a população lutou para alcançar seus objetivos. Escreva quais eram
os objetivos dos participantes da Conjuração Baiana.
Jesus abadessa
Joana Angélica de Jesus,
do Convento da Lapa, em Salvador, re-
sistiu à invasão do convento pelos portu-
gueses em 1822. No início dos conflitos, os
portugueses acreditavam que o local esta-
va abrigando combatentes baianos. Joana
Angélica tentou impedir a entrada das tropas
portuguesas, mas acabou atingida e não
resistiu. Sua morte revoltou ainda mais a
população na luta contra a dominação
portuguesa.
©Wikimedia Commons/Museu Paulista da USP/
Hélio Nobre/José Rosael
Eu, historiador
Na atualidade, as mulheres também se organizam e participam de vários mo-
vimentos, defendendo tanto os próprios direitos quanto os de suas comunidades.
Como é a atuação das mulheres baianas na sociedade atual? Reúna-se com
três colegas e pesquisem, em revistas, jornais e na internet, que direitos são
reivindicados pelas mulheres e de que forma elas se organizam para conquis-
tá-los. Depois, elaborem cartazes para mostrar os resultados da pesquisa ao
restante da turma.
Igreja da Barroquinha,
Salvador. Foto de 2018
©W
ikim
ed ia Co
mmo
ns /Paul R.
Diga aí
Burley
em 1835. São
Fonte: REIS, João J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês
Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Lápis na mão
Com base no que você estudou sobre as formas de resistência dos africanos
e seus descendentes na Bahia, associe adequadamente cada movimento às suas
características.
A Irmandades Movimentos que lutavam por liberdade e dig-
nidade para seu grupo ou sua comunidade.
B Quilombos
Organizações de ajuda mútua que tinham
C Revoltas como objetivo auxiliar as pessoas que neces-
sitavam.
a m o s bri n car?
V
Atualmente, conhecemos formas pacíficas de protesto para reivindicar direi-
tos e igualdade social. Entre essas formas, estão a música, a literatura, a pintura, a
escultura, o cinema e a arte de rua.
Destaque as peças do quebra-cabeça que se encontra no material de apoio e
monte-o. A imagem formada representa uma forma de protesto pacífico. Escreva,
a seguir, qual é a reivindicação do protesto retratado no quebra-cabeça.
Digital.
soas de origem humilde resolveram
0.
Caco Bressane. 202
segui-lo em suas peregrinações, deixan-
do os representantes da Igreja Católica
e as autoridades baianas preocupadas,
pois temiam uma revolta dessas pes-
soas contra as instituições.
Após auxiliar a construção de
uma igreja em Bom Conselho, Antônio
Conselheiro reuniu a população e or-
denou que arrancassem o edital sobre a
cobrança de impostos e não aceitassem
qualquer ordem do governo. Essa ação
Representação de Antônio Conselheiro
gerou um ataque por parte das autorida- e do Arraial de Canudos
des, que enviaram soldados para pren-
der os manifestantes e o seu líder.
Depois dessa manifestação, Antônio Conselheiro e os sertanejos foram per-
seguidos pelos policiais. Por esse motivo, dirigiram-se para Belo Monte, onde fun-
daram o Arraial de Canudos, em 1893.
Na comunidade estabelecida em Canudos, não havia cobrança de impostos
aos moradores. Eles produziam alimentos, criavam cabras, trabalhavam na cons-
trução de suas casas e distribuíam a produção entre todos os habitantes. A notí-
cia sobre a organização de Canudos fez com que vários baianos, pernambucanos,
cearenses e sergipanos se deslocassem para a nova cidade, que chegou a ter cerca
de 30 mil habitantes.
BARROS, Flávio
de. Prisioneiros,
Canudos. 1897. 1
fotografia, p&b.
Arquivo Histórico do
Museu da República.
Prisioneiros
sobreviventes
da Guerra de
Canudos, em 1897
lica
Histórico do Museu da Repúb
©Flávio de Barros/Arquivo
Lápis na mão
A organização da comunidade do Arraial de Canudos foi uma importante ma-
nifestação que ocorreu no estado da Bahia. Com base no que você estudou, repre-
sente, em um desenho, esse momento de nossa história. Depois, apresente a sua
produção aos colegas.
TOMMASI, Angiolo. Os emigrantes. 1896. 1 óleo sobre tela, color., 262 cm × 433 cm. Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma, Itália.
Página 49 – Quebra-cabeça