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A climatologia é uma especialização da pesquisa meteorológica e geográfica dedicada ao

estudo e investigação do clima em seus múltiplos aspectos. Nas ciências atmosféricas, a


climatologia investiga as causas e as relações físicas entre os diferentes fenômenos
climáticos (por exemplo, os fatores de ocorrência de secas, inundações, ondas de calor,
fenômenos El Niño/ENSO, e outros). Na geografia, a climatologia é uma ferramenta de
entendimento da relação do homem com seu espaço ambiental, particularmente com os
fenômenos atmosféricos, do qual ele é paciente (atingido por vendavais, furacões,
tornados, tempestades, enchentes e cheias, por exemplo) e causador
(poluição, degradação ambiental, mudança climática devido efeito-estufa e outros). Esses
dois pontos de vista, meteorológico e geográfico, complementam-se e não podem ser
entendidos de forma separada.
O clima é o conjunto de estados do tempo meteorológico que caracterizam o meio
ambiente atmosférico de uma determinada região ao longo do ano. O clima, para ser
definido, considera um subconjunto dos possíveis estados atmosféricos e, para tal, requer
a análise de uma longa série de dados meteorológicos e ambientais. Por longa série se
entende um período de dezenas de anos. A Organização Mundial de Meteorologia (WMO)
recomenda 30 anos para a análise climática.
A concepção original do que é clima foi introduzida através da análise estatística, de longo
prazo, considerada, talvez, no fim do século XIX.
A noção de clima tem mudado ao longo do século XX. Até meados do século XX, o clima
era considerado "fixo" na escala de tempo de 30 anos e funcionava como a base da
previsão de tempo para as regiões tropicais, então bastante desconhecida.
Os trópicos eram considerados regiões onde o tempo meteorológico seria regido
pelo clima tropical, isto é, por variações sazonais, por exemplo, as "monções" sazonais, e
não pelas variações e flutuações diurnas associadas às passagens de frentes e ou
presença de sistemas complexos de tempestades. Assim, o tempo nos trópicos seria
apenas perturbado por eventos aleatoriamente distribuídos. A existência de fenômenos
como "ondas de leste", sistemas convectivos de tempestades da Zona de Convergência
Intertropical (ITCZ) não eram conhecidos.[3]
Hoje,ainda é mais difícil dar uma definição do clima baseada em períodos de 30 anos,
embora séries de dados de 30 anos sejam comuns. Nota-se, que ao longo de amostras
da série temporal, podem ocorrer variações do valor médio, indicando variabilidade
climática. Parte dessas variações encontradas ao longo das dezenas de anos pode ser
atribuída a causas antropogênicas. Por exemplo, os primeiros anos do século XXI têm sido
mais quentes que os encontrados anteriormente na segunda metade do século XX.
Um dos primeiros estudos sobre o clima, proposto por Wladimir Köppen em 1900,
fundamentava-se no sentido de clima como fator da dimensão geográfica. Nessa
classificação considerava-se a vegetação predominante como uma manifestação das
características do solo e do clima da região, permitindo reunir várias regiões do mundo
através de semelhanças de sua vegetação, sendo conhecida como "classificação climática
de Köppen-Geiger". Em 1931 Charles Warren Thornthwaite introduziu uma nova
classificação[4] e em 1948 amplia os estudos através do balanço de água como um fator do
clima,[5] que futuramente daria origem à "classificação do clima de
Thornthwaite". Emmanuel de Martonne destacou-se no estudo da geomorfologia climática.
Seu estudo sobre problemas morfológicos do Brasil tropical-atlântico foi um dos primeiros
trabalhos de geomorfologia climática, sendo conhecida a "classificação do clima de
Martonne".

Fatores climáticos

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