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João Baptista de Oliveira Figueiredo[1] GColSE • GCC • GCA • GCIH (Rio de Janeiro, 15 de

janeiro de 1918 — Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1999) foi um geógrafo, político e


militar brasileiro. Foi o 30º Presidente do Brasil, de 1979 a 1985, e o último presidente do
período da ditadura militar.[1]
Nascido na Rua Sá Freire no bairro Imperial de São Cristóvão no Rio de Janeiro era filho
do general Euclides Figueiredo, comandante da Revolução Constitucionalista de
1932.[2] Figueiredo estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar de
Realengo, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e na Escola Superior de
Guerra. Ingressou na carreira política ao ser nomeado Secretário Geral do Conselho de
Segurança Nacional do governo do Presidente Jânio Quadros e, em 1964, foi integrante
do movimento que culminou com o Golpe militar de 1964, que depôs o então
presidente João Goulart e deu início ao Regime Militar no Brasil. Comandou e chefiou
várias companhias militares durante os primórdios da Ditadura Militar, como a agência
do Serviço Nacional de Informações (SNI) no Rio de Janeiro de 1964 a 1966, exerceu o
comando da Força Pública de São Paulo de 1966 a 1967, do 1º Regimento de Cavalaria
de Guardas de 1967 a 1969 e foi Chefe do Estado-Maior do III Exército em 1969.
Indicado por seu antecessor Ernesto Geisel, concorreu para presidente na eleição de
1978 pelo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na chapa com Aureliano Chaves para
vice-presidente. Os adversários de Figueiredo eram o general Euler Bentes Monteiro para
presidente, com Paulo Brossard para vice-presidente, ambos do Movimento Democrático
Brasileiro (MDB). Com 355 votos (61,1%) contra 226 dados a Monteiro (38,9%), foi eleito
pelo Colégio eleitoral. Em sua posse, pronunciou a famosa frase em que dizia que faria
"deste país uma democracia".
O mandato foi marcado pela continuação da abertura política iniciada no governo Geisel.
Pouco tempo depois de assumir o cargo, houve uma concessão de anistia "ampla, geral e
irrestrita" aos políticos cassados com base em atos institucionais. Em 1980, extinguiu-se o
bipartidarismo instaurado. A partir deste fato, foi criado o Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB) como sucessor do MDB, e o Partido Democrático
Social (PDS) como sucessor do ARENA, além de outros novos partidos. Figueiredo,
assim, virou filiado ao PDS. A 22 de Setembro de 1981 foi agraciado com o Grande-Colar
da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal. Em 1982, engendrou-se uma
reforma eleitoral para assegurar à situação maioria nas eleições de 1982, nas quais se
defrontariam os governistas do PDS e quatro legendas de oposição. Contudo, durante o
seu governo ocorreram vários atentados terroristas, atribuídos a setores
da direita e militares da linha dura. A gestão ficou marcada pela grave crise econômica que
assolou o mundo, com as altas taxas de juros internacionais, pelo segundo choque do
petróleo em 1979, a disparada da inflação, que passou de 45% ao ano para 230% ao
longo de seis anos, e com a dívida externa crescente no Brasil, que, pela primeira vez,
rompeu a marca dos 100 bilhões de dólares, o que levou o governo a recorrer ao Fundo
Monetário Internacional (FMI) em 1982. Neste ano, houve a criação do Estado
de Rondônia. No ano seguinte, iniciaram-se as campanhas das Diretas Já, que acabaram
rejeitadas no Congresso Nacional. Entretanto, o governo Figueiredo permitiu a eleição
presidencial indireta, que decretaria o fim do Regime Militar.
Os seis anos do seu mandato registraram crescimento de 13,93% do PIB (média de
2,34%), porém com redução de 0,17% da renda per capita[3]. Figueiredo assumiu com a
inflação em 40,81% e entregou a 215,27%. [4] Foi sucedido pelo Governo Sarney (1985 -
1990) que entregou a inflação a 1972,91%.[5]

Índice

 1Início
 2Presidência da República
o 2.1Os atentados e a abertura
o 2.2Economia
o 2.3Sucessão presidencial
o 2.4Alguns atos de governo
o 2.5Extinção da Rede Tupi
 3Vida pós-presidência e morte
 4Condecorações
 5Ver também
 6Nota ortográfica
 7Notas
 8Referências
 9Bibliografia
 10Ligações externas

Início
João Baptista de Oliveira Figueiredo nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no
dia 15 de janeiro de 1918, filho de Euclides de Oliveira Figueiredo e de Valentina Silva de
Oliveira Figueiredo, sendo o terceiro dentre seis irmãos.[6][

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