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PLANO DE ATIVIDADE PARA EXECUÇÃO DO PODCAST 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL


INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CAMPUS MACEIÓ – AC SIMÕES
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Disciplina: LIBRAS
Docente: Magda Souto Rosa do Monte
Discente: Devid Lucas Tenório dos Santos
Matrícula: 14210043

RESUMO DO FILME “E SEU NOME É JONAS”

O filme foi lançado no ano de 1979 nos EUA, ou seja, a exatos 42 anos e, por mais que seja
um tempo consideração desde sua produção, os entraves e impasses advindos das problemáticas
abordadas no filme, conseguimos vislumbrar de forma clara e sistemática as mesmas questões ainda
nos tempos de hoje. A não relação com a realidade de pessoas surdas e/ou mudas, nos faz esquecer
as necessidades e dificuldades que tais grupos enfrentam por causa da exclusão e diminuição de suas
individualidades e subjetividades por puro preconceito. O filme em questão nos traz o alerta para que
permaneçamos atentos às diferenças que nos cerca.
O filme em questão retrata comportamentos sociais excludentes por parte dos mais diferentes
setores da sociedade e que fazem parte da vida do Jonas. Várias situações de rejeição, a falta de
informação da família e da sociedade civil da época, dos médicos que diagnosticaram de forma
equivocada, a ausência de informação e conhecimento sobre a criança surda e sua adaptação ao meio
social, foram cenários que dificultaram e dificultam a vida destes que buscam cotidianamente o seu
devido lugar dentro da sociedade. Lugar esse negado e negligenciado por muitos.
A mãe preocupada em resgatar o tempo perdido de Jonas num hospital para "retardados"
(termo utilizado na época para pessoas com deficiência intelectual), encontra pela frente vários
obstáculos, entre eles: seu marido, um homem sem um posicionamento afetivo e moral que amparasse
a esposa nesta caminhada cheia de espinhos e preconceitos social.
Desamparada pelo marido, que expressou medo e receio por conta de todo preconceito que
desenvolveu pela falta de informação, a mãe de Jonas, que a oralidade – no seu contexto de projeção
vocal – não surtia efeitos concretos para interagir com seu filho, buscou alternativas que surtissem
resultados. Uma dessas alternativas foi a Língua de Sinais, que não foi recebido de bom grado pela
professora de Jonas, criticando fortemente sua mãe.
Tal postura por parte da professora de Jonas, expressa o quão que a linguagem de sinais era
terminantemente proibida dentro da sociedade dita como “normal”. Tal dificuldade fez com que Jonas
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e sua mãe tivessem várias idas e vindas em instituições de ensino, o que é nitidamente doloroso para
Jonas, posto que tudo o que ele queria era se fazer entender e entender os que lhe cercavam, onde
nada fazia sentido para ele, ninguém o entendia e ele não entendia ninguém, apesar de saber bem a
dor que carrega os olhares maldosos e repreensivos. O mundo para Jonas era uma tela preta e branca,
sem sentido algum, que passou a atribuir sentido quando o princípio básico do convívio em sociedade
começou a acontecer: a interação por linguagem.
Quando finalmente a linguagem em seu contexto mais basilar, que consiste na interação
interpessoal, traduzida na linguagem de sinais, passa a fazer parte de sua vida, tudo ganhou cor e
sentido para ele. Ele passou finalmente a enxergar um mundo possível, não apenas para ele e sua mãe,
que tanto batalhou a seu lado para conseguir interagir com seu filho, mas um mundo possível para
ele e tudo o que lhe cercava. O sorriso brotou em seu rosto, posto que agora ele conseguia se ver no
mundo... ser ver nesse mundo tão cruento como uma criança “normal”.

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