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Tópico 8

Desenvolvimento
genital humano
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Introdução
CONCEITOS-CHAVE
Aquisição da maturidade sexual (gônada indiferenciada,
imatura, madura)
Sistema genital masculino, hormônios sexuais e
produção de gametas
DESENVOLVIMENTO GENITAL

Sistema genital feminino, hormônios sexuais e produção


de gametas
Ciclo reprodutivo, puberdade e idade reprodutiva.
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Caracterização sexual
O sexo genético determina o sexo gonadal
O sexo gonadal é caracterizado pelo desenvolvimento sexual fetal (trato genital interno + genitália
externa) e pelo desenvolvimento sexual puberal

O cariótipo humano é determinado por:


46, XX - Feminino. Ambos os cromossomos X precisam estar ativos para que o ovário se desenvolva
46, XY - Masculino. Sendo Y um fator positivo para o desenvolvimento das gônadas masculinas (Fator SRY)

DESENVOLVIMENTO GENITAL
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Linha do tempo do desenvolvimento


QUANDO COMEÇA A DIFERENCIAÇÃO GENITAL?

ATÉ A 5ª SEMANA SEMANAS 6 E 7 SEMANA 9 A PARTIR DO 3º


Sem sexo definido Começa o
MÊS
Começa o
Embrião bipotencial - tubérculo
desenvolvimento desenvolvimento Diferenciação do
urogenital indiferenciado masculino feminino sexo biológico
Sempre duas semanas antes Caso não haja diferenciação Genitália externa diferenciada
do desenvolvimento feminino masculina a partir dos hormônios
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Desenvolvimento masculino

01 Sinciotrofoblasto / β hCG
02 Produção
. de testosterona 03 Hormônio AntiMulleriano
Estimula o desenvolvimento gonadal Estimula a diferenciaçãoe a formação Inibe o desenvolvimento dos ductos de
masculino por estimular o testículo a dos ductos - epidídimo, vesículas, Muller, que formam as tubas uterinas, o
produzir testosterona ductos útero e 1/3 da vagina

04 Testículos desenvolvendo 05 Diidrotestosterona (DHT)


Aumenta a [testosterona], que começa a Age no rudimento e promove a
agir sistemicamente e é convertida e diferenciação em genitália externa
diidrotestosterona (DHT), que é mais masculina - escroto, pênis e próstata
potente
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Desenvolvimento feminino
Todo embrião é potencialmente feminino

01 Sem fator SRY 02 Sem testosterona 03 Sem AMH


Ductos de Wolf (que dão orgiem aos Ductos de Muller se desenvolvem
Ausência de testosterona e hormônio
ductos masculinos) regridem
antimulleriano

Desenvolvimento da genitália feminina independe de fatores


motivadores, é passiva e posterior à masculina
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Anomalias no Pseudohermafrodita masculino


*Deficiência de AMH - homem normal com tubas
Pseudohermafrodita feminino
Hiperplasia Adrenal Congênita - Deficiência enzimática que

desenvolvimento uterinas e útero rudimental - não tem ovários causa produção de andrógenos em excesso
Se começar na vida intrauterina, o bebê já nasce masculinizado
*Insensibilidade androgênica total ou parcial - (até a 12ª semana: masculinização total; Entre 18ª e 20ª:
ohormônio presente, mas não causa a ação ambiguidade limitada - fusão dos lábios, hipertrofia do clitóris e
ausência de testículos palpáveis); se ocorrer na infância ou na
adolescência, a virilização vai acontecendo enquanto a criança
Sexo Reverso Defeito de síntese de testosterona - insuficiência
adrenal e desenvolvimento genital feminino; se desenvolve
Por conta de erros genéticos, o indivíduo 46 XX, feminino, Ocasiona ausência de glico e mineralocorticóides - pode levar à
Mutação inativadora do receptor de androgênio - muita
também desenvolve gônada masculina. São os morte
produção de testosterona, mas como não há receptor,
hermafrofditas verdadeiros, que apresentam não desenvolve as características masculinas Meninos com hiperplasia desenvolvem o sistema reprodutor em
obrigatoriamente as duas gônadas. Presença de útero e - Genitália interna ausente; fenótipo feminino; testículos excesso - acelera o desenvolvimento
genitália externa ambígua, porém mais masculina. rudimentares (inginais); desenvolvimento mamário
Ovotestis: tecidos ovarianos e testiculares na mesma (como há muito andrógeno não utilizado, ele é Deficiência enzimática que reduz a produção de estrógenos
gônada convertido em estrógeno e desenvolve as mamas - A conversão de andrógeno em estrogênio ocorre a partir de uma
testosterona inibe o desenvolvimento mamário); pouco enzima. Se ela não está presente, não ocorre a conversão, o que
pelo e amenorréia (ausência de menstruação) faz com que a [andrógenos] aumente e ocorra a virilização

SÍNDROME DO TESTÍCULO FEMINILIZANTE


Uso de drogas ou tumor nos ovários ou nas adrenais da mãe -
Deficiência de 5α -redutase - ausência de DHT: ductos pode estimular a virilização
DESENVOLVIMENTO GENITAL

internos masculinos; genitália feminilizada; virilização


na puberdade
Pouco hormônio na vida uterina, órgãos masculinos
não se desenvolvem. Na puberdade, o testículo é
estimulado, libera muita testosterona e começa a
diferenciação dos órgãos masculinos
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Puberdade
Começando cada vez mais cedo, em função de condições sociais e econômicas mais
favoráveis, o que gera um aumento na qualidade de vida (menos doenças, mais higiene)

Meninas Meninos
Entre 8-13 anos - normalmente. Entre 9 e 14 anos - normalmente.
Média 11 anos Média 12 anos

Adrenarca Pubarca Gonadarca


DESENVOLVIMENTO GENITAL

Desenvolvimento das adrenais - Surgimento dos pêlos pubianos Início do funcionamento do eixo
início entre 6-8 anos H-H-G - Hipotálamo, Hipófise -
Gônadas
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Masculino
TESTÍCULOS HIPÓFISE
Células de Sertoli Hormônio Luteinizante (LH)
Sustentação e base dos túbulos seminíferos - Apresenta receptores nas células de Leid -
espermatogênese; estimula a produção de testosterona
Impede que os anticorpos ataquem os SPTZs -
proteção Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
Fagocitam o material que sobra após a Apresenta receptores nas céluas de Sertoli, que
diferenciação das espermátides produzem fatores que estimulam a
gametogênese - começa a divisão celular

TESTOSTERONA FAZ FEEDBACK NEGATIVO COM A HIPÓFISE E O HIPOTÁLAMO


Inibe a liberação de LH e de GnRH (hormônio hipotalâmico que estimula produção de LH e FSH)
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Feminino
A MENARCA OCORRE EM MÉDIA 2 ANOS DEPOIS QUE AS MUDANÇAS SE INICIAM NO CORPO
DA MENINAQUE O EIXO H-H-G SEJA ESTABELECIDO
Necessário que o eixo funcione
regularmente, até a liberação de FSH
e LH provocarem as reações
Ciclo ovariano e uterino Ocitocina necessárias, pulsáteis, com ritmo e
Ciclos normais: de 25 a 40 dias, Hormônio hipotalâmico que as gônadas respondam
sendo que a variação é pré- liberado pela neuro-hipófise,
ovulatória. A 2ª fase do ciclo com regulação nervosa e não
sempre dura 14 dias endócrina
Quando o feto se move no
Pico de LH antecede a
útero, ocorre estímulo nervoso
ovulação em 36h
que atua na neuro-hipófise, O EIXO H-H-G SÓ REGULA A
Progesterona provoca
aumento da temperatura
provocando a liberação de
ADENO-HIPÓFISE
ocitocina, que promove o início
corporal por aumentar o
das contrações
metabolismo basal Estrógeno aumenta os receptores
uterinos para ocitocina
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Prolactina Ovário Policístico Por que usar pílula contra SOP?
Falta a enzima que converte
Sofre estímulo neuro-endócrino,
androgênio em estradiol - o estrógeno
Com a SOP, os níveis de LH
como a ocitocina - até porque esta é convertido nos órgãos periféricos, ficam aumentados e a pílula
estimula a saída do leite mas não nos ovários, onde se torna regula o eixo H-H-G, fazendo
mais potente com que os níveis abaixem
Inibe o eixo H-H-G - logo o SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
folículo não matura e a
mulher não cicla Infertilidade feminina
LH estimula a produção de
Possibilidade engravidar Relação com câncer androgênio, que deve ser
enquanto amamenta à endometrial
medida que a criança vai
convertido em estradiol, mas não
Forte associação com está sendo, por inativação
parando de mamar. Se
resistência à insulina,
mamar direto, eixo H-H-G
podendo ocasionar Diabetes enzimática. Isso faz com que a
inibido. Intervalos de 4h
Melittus tipo II e gestacional [androgênio] aumente. A insulina
entre as mamadas já são
suficientes pro eixo voltar a
- aumenta a insulina também estimula a produção de
circulante, o que gera mais
funcionar
cistos
androgênio, que diminui o
desenvolvimento folicular -
Fator de risco para doença
cardiovascular
aumenta LH, Insulina e
androgênios
LH sempre alto causa anovulação - menstruação sem ovulação, pois
não ocorre o pico hotrmonal
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Metabolismo
Tecido adiposo é importante para a produção de hormônios sexuais, pois a base
deles é o colesterol.
Atletas e bailarinos, pela pouca quantidade de gordura e muita quantidade de
músculo no corpo, produzem neurotransmissores que inibem o eixo H-H-G

Neurotransmissores que estimulam o eixo: noradrenalina, leptina e


neuropeptídeo Y

DESENVOLVIMENTO GENITAL
Questões de provas anteriores

Todos os efeitos abaixo estão relacionados à diminuição da espermatogênese


causada pelos esteroides anabolizantes, EXCETO:
a) Inibição da secreção de gonodotrofina e a conversão de andrógenos em
estrógenos.
b) Retroalimentação negativa do eixo hipotálamo-hipófíse-gonadal, inibindo a
secreção hipotalâmica de GNRH.
c) Menor produção de testosterona endógena.
d) Diminuição da secreção do hormônio folículo-estimulante (FSH) e aumento
do hormônio luteinizante (LH).
Os esteroides anabolizantes sintéticos apresentam semelhança molecular à testosterona e, por
isso, atuam nos mesmos sítios de ligação do hormônio. Muitos fisiculturistas fazem uso desses
anabolizantes em doses elevadas e por períodos prolongados buscando o aumento da massa
muscular. No entanto esta prática pode provocar efeitos adversos, tais como, a infertilidade e
redução do tamanho dos testículos, e redução da libido. Qual a hipótese mais plausível para
explicar esses efeitos?
a) Embora tenham estrutura química semelhante à testosterona, os esteroides anabolizantes
sintéticos elevam a produção do FSH e LH, razão pela qual a espermiogênese diminui e, por
consequência, o tamanho dos testículos.
b) Embora tenham estrutura química semelhante à testosterona, os esteroides anabolizantes
sintéticos não agem da mesma forma que os hormônios andrógenos naturais, sendo pouco
eficazes na indução da secreção do FSH e LH, o que leva às alterações descritas.
c) Por terem estrutura química semelhante à testosterona, quando usados em doses elevadas e
por período prolongado, os esteroides anabolizantes sintéticos ativam de forma exacerbada a
secreção de FSH e LH o que provoca a diminuição dos caracteres sexuais secundários,
diminuindo o tamanho do testículo e a espermiogênese.
d) Por terem estrutura química semelhante à testosterona, quando usados em doses elevadas e
por período prolongado, os esteroides anabolizantes sintéticos inibem, por feedback negativo, a
secreção de FSH e LH, hormônios responsáveis pela manutenção do tamanho dos testículos e
pela espermiogênese, o que leva às alterações descritas.
Na reprodução humana, os ciclos reprodutivos envolvem eventos que integram a hipófise e o
aparelho reprodutor feminino. Com base nessas informações, analise as afirmativas a seguir:
I- Os ciclos reprodutivos têm duração média de 28 dias e envolvem eventos ovarianos e uterinos
cíclicos. Dentre os eventos ovarianos estão o crescimento dos folículos ovarianos, ovulação,
formação e regressão do corpo lúteo.
II- O processo de ovulação do folículo ovariano maduro é dependente da liberação do hormônio
gonadotrófico LH pela hipófise. Caso a hipófise libere simultaneamente o hormônio gonadotrófico
FSH, a ovulação será bloqueada.
III- No período pré-ovulatório, o hormônio gonadotrófico FSH estimula o crescimento dos folículos
ovarianos, que por sua vez produzem o hormônio sexual estrógeno, o qual em concentrações
plasmáticas crescentes será responsável pela liberação do hormônio gonadotrófico LH pela
hipófise.
IV- O hormônio sexual progesterona é liberado no período pré-ovulatório e atua no crescimento do
endométrio, logo após a menstruação.
V- Moderadas concentações de estradiol e progesterona presentes nas pílulas anticoncepcionais
inibem o pico de LH, e, consequentemente, inibem a ovulação.
VI- A endometriose e a síndrome do ovário policístico são decorrentes de distúrbios hormonais
complexos, que envolvem somente os hormônios sexuais femininos.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, IV e V
b) I, III e V
c) II, III e IV
d) II, IV e VI
O gráfico a seguir representa a variação dos níveis plasmáticos dos hormônios estrogênio e
progesterona (I) durante as fases do ciclo ovariano (II) e do ciclo uterino (III).

Ao analisar o gráfico, conclui-se que:


a) a menstruação ocorre após o pico do estrogênio.
b) a queda do nível de progesterona dá início à fase proliferativa.
c) o aumento do nível do estrogênio inibe o aumento o da progesterona.
d) o aumento do nível de progesterona é característico da fase lútea.

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