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Preenchimento do Quadro IV:

QUADRO IV

Número de trabalhadores transferidos


Setores de atividades dos portadores

definitivamente incapacitados
Número absoluto de casos

Número relativo de casos

Número de trabalahdores
(% total de empregados)
Tipo de doença

Número de óbitos

para outro setor


Pneumoconiose 1 Setor A 0,50% 0 0 1
Total do
1 (*) 0,50% 0 0 1
estabelecimento
(*) Codificar no verso os nomes dos setores

Tipo de doença:
Nesta coluna são especificadas as doenças ocupacionais
que ocorreram nos setores
Setor A – pneumoconiose, agente causador: cromo;

Número absoluto de casos:


Corresponde ao número de empregados com a doença
no setor;
Setor A – 1 caso;Total do estabelecimento = 1;

Número relativo de casos (% total de empregados):


Este valor é definido pela expressão que corresponde
ao número total de casos x 100 e dividido pelo número
dos empregados do setor (considerar média aritmética
do ano);
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n° absoluto casos doenças x 100
Número relativo casos =
número de empregados setor

1 X 100
Setor A = = 0,5%
200
Total do estabelecimento = 0,5%;

Número de óbitos:
Quantidade de óbitos decorrentes da doença ocupacio-
nal naquele setor;
Setor A = 0;Total do estabelecimento = 0;

Número de trabalhadores transferidos para ou-


tro setor:
Quantidade de trabalhadores transferidos para outro
setor por motivo de saúde;
Do Setor A = 0;Total do estabelecimento = 0;

Número de trabalhadores definitivamente inca-


pacitados:
Expressa o número de trabalhadores que, em virtude da
doença, estão incapacitados para o trabalho ou aposen-
tados por invalidez.
Setor A – 1 caso; Total do estabelecimento = 1

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Preenchimento do Quadro V:
QUADRO V
Intensidade ou Número de
Setor Agentes identificados
concentração tabalhadores expostos

Setor A cromo grau máximo 200

Setor:
Nesta coluna, aparecem os nomes dos setores onde há
o agente insalubre;
Neste estudo, Setor A.

Agentes identificados:
Aqui estão expressos os agentes que causam insalubri-
dade;
Setor A – agente químico cromo;

Intensidade ou concentração:
Apresenta o grau de insalubridade do agente existen-
te no setor, segundo sua classificação estabelecida pela
Norma regulamentadora 15 – Atividades e operações
insalubres;

Número de trabalhadores expostos:


Apresentar o número médio de trabalhadores do setor
expostos ao agente identificado;
Setor A = 200

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Preenchimento do Quadro VI:

Setor:
Nomes dos setores nos quais ocorreram acidentes com
e sem afastamento;
Neste estudo: Setor A e Setor B;

Número de acidentes:
Número absoluto de acidentes por setor;
Setor A = 10; Setor B = 5; Total do estabelecimento = 15;

Perda material avaliada (R$ 1.000,00):


Custo total da paralisação decorrente do acidente, con-
siderando: pagamento do salário ao empregado aciden-
tado até 1 dias, reparos em máquinas e instalações, pre-
juízos por conta da paralisação por causa do acidentes,
por exemplo;
Setor A = R$ 23.000,00, Setor B = 2.000,00; Total do
estabelecimento = R$ 25.000,00

Acidentes sem vítimas / Acidentes com vítimas:


São expressos em fração ordinária o número de aciden-
tes sem afastamento sobre o número de acidentes com
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afastamento;
Setor A = 7/3 = 2,33; Setor B = 3/2 = 1,5; Total do
estabelecimento = 10/5 = 2,0.

3.1.3 Custos de acidentes

Já foram apresentados valores de acidentes de tra-


balho e outros a ele equiparados fornecidos pelo Minis-
tério da Previdência Social, conforme registros efetua-
dos junto a este Ministério. Cabe agora apresentarmos
como levantar o custo de um acidente para a empresa.
O Fundacentro recomenda que o cálculo dos cus-
tos de acidentes seja efetuado por meio de equação de-
nominada Custo Efetivo dos Acidentes, como segue:

Ce = C – i

Ce – custo efetivo do acidente;


C – custo do acidente;
i–valores relativos a indenizações e ressarcimentos rea-
lizados por seguro ou terceiros (valor líquido);

Para o cálculo do custo, segue a expressão:

C = C1 + C2 + C3

C1–corresponde ao custo do tempo de afastamento dos


15 primeiros dias decorrentes de acidentes com lesão;
C2–custo relativo aos reparos e reposições de máquinas,
equipamentos e materiais danificados, caracterizando
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os danos à propriedade;
C3 –custos complementares relacionados às lesões: pri-
meiros socorros e assistência médica e aos danos à pro-
priedade: custo operacionais resultantes da paralisação,
da manutenção e lucros cessantes.

Estas informações podem ser reunidas em docu-


mentos que possibilitem consultas posteriores para,
com maior agilidade, serem pesquisados os custos en-
volvidos no acidente.
Apresentadas as estatísticas oficiais de acidentes
do trabalho ocorridos no Brasil, nos anos de 2011 e
2012, e os custos envolvidos, pode-se verificar que os
valores são elevados. Os gastos com acidentes do tra-
balho refletem-se na Previdência Social, nas empresas,
onerando a sociedade, se mencionarmos apenas os va-
lores financeiros envolvidos. O acidentado sofre em
virtude do acidente e este sofrimento se reflete em sua
família. E tal sofrimento pode ser mais profundo se o
acidente de trabalho ou doença ocupacional resultar
em óbito do trabalhador.
Considerando os aspectos mencionados, deve-
mos, como profissionais da Segurança do Trabalho,
envidar esforços para identificando e reconhecendo os
riscos, desenvolver e implementar medidas de contro-
le para garantir a integridade do trabalhador, promo-
ver sua saúde e segurança, modificar as estatísticas de
acidentes apresentando redução nos casos de aciden-
tes de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais e
como efeito reduzir os gastos decorrentes destes.
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Exercícios propostos

Vamos realizar exercícios que vão possibilitar o de-


senvolvimento de cálculos relacionados às estatísticas e
custos de acidentes.

1) Uma empresa de alimentos congelados tem 300 fun-


cionários distribuídos em três setores. Esta quantidade de
funcionários se manteve durante todo o ano de 2012. O
setor da produção (recebimento da matéria-prima, pre-
paro das refeições, e acondicionamento) tem 230 fun-
cionários com jornadas de 8 horas diárias; o setor admi-
nistrativo, responsável também pelas compras e vendas
dos produtos, atendimento ao cliente e administração
propriamente tem 40 funcionários dos quais 30 têm jor-
nada diária de 8 horas e 10 têm jornada diária de 6 horas;
e o setor da Expedição, com 30 funcionários desenvolve
jornadas de 8 horas diárias, Considerar 22 dias trabalha-
dos por mês. Calcular H – horas-homem de exposição
ao risco para o ano de 2012 de cada setor e o total do
estabelecimento.

A empresa de confecção de roupas infantis, com


550 funcionários com jornada diária de 8 horas e traba-
lhando 22 dias por mês, apresentou a seguinte situação:
No ano de 2013, período em avaliação, foram realizadas
38.000 horas extras no segundo semestre, em virtude de
um novo contrato celebrado. Durante o ano ocorreram
os seguintes acidentes com lesão, distribuídos por mês:

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Mês Acidente Causa Afastamento
queda da escada
. fratura do braço
janeiro fixa durante manu- 30 dias
direito
tenção predial
fevereiro . não houve acidente - -

cortar alimentos
. cozinheiro teve
sem apoiá-los
março corte na mão ao 8 dias
na superfície de
preparar as refeições
trabalho

escorregar no piso
. entorse pé esquer-
abril molhado no saguão 8 dias
do
do prédio
empregado da ma-
. lesão no olho nutenção fazendo
maio direito por partícula instalação de duto 30 dias
volante para água sem pro-
teção para o rosto
junho . não houve acidente - -
julho . não houve acidente - -
. fratura da mão e atropelamento
escoriações múlti- quando retornava
agosto 40 dias
plas; para casa, após
. corte na mão expediente;
setembro . não houve acidente - -
empregado da
. amputação da manutenção utili-
outubro falange distal do zava serra circular 75 dias
polegar sem proteção de
máquina
empregado caiu da
. escoriações múl-
novembro escada ao realizar 14 dias
tiplas
limpeza de janelas
manuseio de
dezembro . dorsalgia matéria-prima sem 10 dias
auxílio de carrinho
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2) Calcular as taxas de frequência para o primeiro e se-
gundo semestres;

3) Calcular as taxas de gravidade para o primeiro e se-


gundo semestres;

4) Calcular as taxas de frequência e gravidade para o


ano avaliado.

5) Numa empresa de limpeza em condomínios com


450 empregados, em outubro/2013 houve 82000 ho-
ras-homem de exposição ao risco, sendo 2800 horas
extras. Neste período, ocorreram quatro acidentes com
lesão, assim descritos:
- 1 acidente com luxação do pé esquerdo, dia 10/
out/13, com 10 dias de afastamento; funcionário escor-
regou durante lavagem dos sanitários;
- 1 acidente com escoriações múltiplas em 8/out/13 com
8 dias de afastamento; empregado tropeçou num desní-
vel de piso na área externa quando efetuava varrição;
- 1 acidente com fratura de braço, funcionário caiu da
moto quando se deslocava de sua residência para o local
do serviço antes do expediente no dia 22/out/13, resul-
tando em 30 dias de afastamento;
- 1 acidente com perda de audição do ouvido esquerdo,
em virtude de colisão entre veículos, quando funcioná-
rio estava indo inspecionar serviços no cliente no dia 2/
out/13; o empregado ficou 25 dias afastado.
Calcular a Taxa de Gravidade do mês de outubro/2013.

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UNIDADE 04

SEGURANÇA
DO TRABALHO

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Caro aluno,

Chegamos à Unidade 4.
Nesta unidade de estudo você terá acesso aos pon-
tos fundamentais que proporcionam a segurança no
trabalho. São tópicos específicos que serão futuramen-
te explorados por outras disciplinas possibilitando-nos
neste momento entender como conduzir a solução de
problemas para que sejam desenvolvidas medidas de
controle adequadas ao risco existente e atendendo as-
pectos legais.

Conteúdos da Unidade

Os pontos estudados serão os seguintes: segurança


nas atividades extra-empresa, sistema de proteção coleti-
va e equipamentos de proteção individual, como se dá o
controle de agentes agressivos no ambiente de trabalho
e os aspectos ergonômicos e ecológicos que devem ser
observados pelas empresas. Estudará, ainda, os sistemas
de controle combate a incêndios e as atividades que se
desenvolvem em laboratórios.
Para melhor entender que as medidas de controle
são desenvolvidas por pessoas para pessoas apresentare-
mos aspectos relativos à Seleção, Treinamento e Motiva-
ção Pessoal, Produtividade e por fim uma breve aborda-
gem sobre Controle de Perdas.
Esta é a unidade mais longa e mais complexa: é o
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“coração” deste livro! Leia atentamente e ao término de
cada subitem resuma em poucas palavras o que você en-
tendeu. Com toda certeza vai ajudá-lo na formulação de
conceitos e domínio do vocabulário necessário ao profis-
sional da área. Avante!

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