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 o dinheiro como relação social

 o poder do estado e seus limites diante da codeterminação entre o político e


o econômico - e entre o público e o privado

 os limites capitalistas ao pleno-emprego

apenas no capitalismo, com a consolidação e a generalização da forma-


mercadoria, é que o dinheiro assume o papel que tem na modernidade

1.
contradição privado-social
na sociedade do capital os processos de trabalho são privados, e ao mesmo
tempo estão inseridos numa divisão social do trabalho

dinheiro → representante do trabalho e meio pelo qual a divisão do trabalho se


objetiva (separação de MM em MD e DM
→ validador social dos trabalhos privados - o salto mortal da
mercadoria figura na possibilidade de MD se efetivar ou não, se MD não se
realiza, o valor contido em M também não se realiza
→ o dinheiro insere o trabalhador, por meio da venda da força de
trabalho, e o capitalista, por meio da venda de mercadoria
se, para o capitalista, a morte no salto mortal se objetiva na não
realização do valor de uma mercadoria, para o trabalhador a morte no
salto se objetiva na não realização do seu próprio valor - a única coisa
que o trabalhador dispõe pra realizar MD é sua força de trabalho

o dinheiro é central na teoria de Marx, pois capital é dinheiro que se valoriza ao


comprar força de trabalho → tal coisa constitui uma relação social que

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pressupõe os elementos acima

2.
o estado
o estado tem atuação tanto imanente, como exterior ao processo de
acumulação do capital - não há mercado sem estado e não há capitalismo
sem estado. entretanto, o estado está colocado dentro de outra relação, a
relação do capital, da expansão do valor.

! Suzanne de Brunhoff

são mercadorias especiais o dinheiro (pois não se constrói como um valor de


uso qualquer)- e o trabalho (como a única mercadoria que produz além

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daquilo que é necessário para reproduzi-la, sustentando a dinâmica do valor e
a acumulação do capital como um fim em si mesmo)
! Karl Polanyi

→ dinheiro como bem público → presente na produção e troca de


mercadorias, assim como na mensuração da riqueza, deve estar sujeito a
normas de emissão, circulação e destruição para que se mantenha
universalmente como padrão de preços, meio de circulação e forma geral
da riqueza

→ o poder social do estado (enquanto controlador da moeda) é


hierarquicamente superior ao poder monetário privado (bancos etc.),
entretanto, o estado é parte integrante de uma dinâmica social que o
superpõe, portanto o dinheiro escapa do domínio total do estado - dado que
é relação social, de produção e circulação de mercadorias

a dinâmica social que superpõe o estado determina, portanto, que a gestão


monetária esteja atravessada por conflito distributivo, eleição de prioridades
políticas e econômicas e, assim, as posições relativas e lutas entre as
classes

como o poder monetário do estado é limitado, então?


→ a emissão de moeda que determina um estimulo à reprodução do
capital, tem seus limites determinados pelas estruturas econômicas - de
tal sorte que o estado figura um duplo papel de ser funcional à dinâmica
de acumulação e de garantir a generalidade e a aceitação (confiança) do
dinheiro

→ a contradição entre emissão de moeda por autoridade estatal e


necessidade de reconhecimento social de tal moeda tem origem na
própria contradição privado-social

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→ o entesouramento como reconhecimento do dinheiro enquanto
equivalente geral e como momento no qual o "poder social torna-se o
poder privado de particulares" Marx)

o entesouramento e as inovações financeiras que substituem a moeda


são meios pelos quais a sociedade afeta (e limita) diretamente o poder
monetário estatal

introdução do dinheiro inconversível

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momentos de crise afetam diretamente o poder monetário dos estados nacionais
- principalmente dos periféricos - (ex. a ameaça de fuga de capitais em busca de
situações de liquidez maior pode pressionar a taxa de juros pra cima,
comprometendo a própria operacionalização da política monetária)

→ o estado possui papel na gestão do emprego, entretanto, o limite dessa


capacidade de gestão se encontra na própria lógica do sistema capitalista:

→o capitalismo não admite pleno-emprego, Maria de Lourdes Rollemberg


Mollo:

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01215c18444d-b4b5-abdd407ac597/Track37.mp3

o emprego é o meio pelo qual a extração da mais valia - e portanto, a


exploração do trabalhador - se dá. esse processo de exploração é, por sí só
criticável, entretanto é preciso ter em mente que a vida de um trabalhador no
capitalismo depende da venda da sua força de trabalho - empregado, o
trabalhador é explorado, desempregado, ele consegue sequer viver.

Rollemberg sobre a demanda pelas funções da moeda:

https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/e73d94
546cec-42e28c9e-8e83fa13e821/Track38.mp3

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