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Engenharia do Ambiente Métodos e Processos de Medição

Relatório: Trabalho Prático 5


Espectrofotometria de Absorção Molecular

Grupo de Trabalho: André Azevedo nº 20961

Artur Costeira nº 20955

Nuno Morgado nº 20959

Tiago Meintjes nº 20963

Índice

Índice...........................................................................................................................................1

11-12-2013 Professores: Joana Sales e Miguel Mourato

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Engenharia do Ambiente Métodos e Processos de Medição

Objectivos...................................................................................................................................1
Introdução...................................................................................................................................2
Material.......................................................................................................................................3
Reagentes (Já preparados).....................................................................................................4
Procedimento Experimental.....................................................................................................4
Registo de Observações..........................................................................................................4
Cálculos......................................................................................................................................5
Discussão de Resultados.........................................................................................................7
Conclusão...................................................................................................................................8
Bibliografia..................................................................................................................................9
Anexos......................................................................................................................................10

Objectivos

Com este trabalho, pretende-se determinar a concentração de fósforo presente na


amostra preparada, através de um processo chamado espectrofotometria de absorção
molecular. Pretende-se também fazer a curva de calibração, a equação da reta com o

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respetivo coeficiente de correlação e determinar o teor de fósforo na amostra (em mg


P2O5/kg) de matéria seca e mg P/kg de matéria seca.

Resumo da Experiência
Nesta experiência pretendemos calcular a concentração de fósforo numa amostra de
folhas de uma planta que apresenta 90% de água.

Para tal precisávamos inicialmente de determinar a curva de calibração do fósforo (P),


que é feito através do espectrofotómetro, inserindo seis amostras diluídas de solução
padrão de fósforo de várias concentrações. Isto é feito pois o espectrofotómetro
necessita de uma referência dos valores de absorvância do mesmo, com a finalidade
de utilizá-los para determinar o valor de absorvância do fosforo na amostra.,
calculando depois a concentração de fósforo na amostra de folhas de uma planta.

Introdução

O fósforo é um elemento ao qual o ser humano já se aproveitou para diversos fundos.


O uso de fósforo pode no entanto ser pouco benéfico, tendo em conta que o seu uso
em excesso pode ser prejudicial.

O fósforo é um elemento essencial para as plantas, e elas necessitam dele para o seu
crescimento e desenvolvimento. Para tal o Homem criou técnicas agrícolas com a
finalidade da planta ter sempre acesso a fósforo que possa utilizar para ela não sofrer
de crescimento e desenvolvimento atrasado.

No entanto, o uso em excesso de fósforo numa planta pode trazer consequências


prejudiciais, das quais já foram referidas acima. Afectando por isso, não só a planta,
mas também a finalidade para o qual está a ser usada.

Para tal, foi necessário criar técnicas de controlo do fósforo nas plantas, dos quais
uma delas irá ser realizada neste trabalho prático.

O principal conceito do método utilizado, espectrofotometria, é a Lei de Beer-Lambert,


que diz que a absorvância é directamente proporcional a concentração da solução de
amostra, e representa-se por:

A = ε.b.c

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Onde:

 A - absorvância;

 c – concentração da espécie absorvente (mol.L-1);

 ε – Absortividade molar (L.mol-1.cm-1);

 b – espessura da substância atravessada pela radiação (cm).

Porém esta lei apresenta limites:

-Desvios reais: tem de se diluir as soluções (menor 0.01M) porque para soluções
concentradas a variação da absorvância com a concentração deixa de ser linear.

-Desvios químicos aparentem: a espécie pode reagir com o solvente ou pode


dissociar-se alterando as características da absorção da espécie.

-Desvios instrumentais aparentem:

 A lei de Beer-Lambert só funciona para radiação monocromática (único


comprimento de onda) que permite seleccionar uma gama de comprimentos de
onda contínuos.
 A radiação proveniente do exterior (com diferente comprimento de onda
pretendido) que chega ao detector provoca desvios à Lei de Beer-Lambert.

A medição que vai ser feita neste trabalho irá ser a espectrofotometria de absorção
molecular (método colorimétrico). Para tal este trabalho teve como base a mistura
(solução final) de duas soluções, A e B, a constituição das soluções A e B estão
presentes na secção dos reagentes, tal como a da solução padrão mãe, que é
adicionada (diferentes concentrações) com a solução final á vários balões volumétrico
para serem feitas diluições. De seguida, com a ajuda de um espectrómetro, mede-se a
absorvância das várias diluições e da amostra.

A solução final é adicionada porque a solução padrão mãe é muito transparente


dificulta assim a sua medição no espectrofotómetro, formando um complexo de cor
amarelo-alaranjado (que absorve radiação a 420 nm), proveniente da reacção do
fósforo na forma de ortofosfato com o reagente de molibdato-vanadato, de modo a
calibrar o aparelho para o fósforo.

Material

 5 balões volumétricos (100 mL);

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 2 pipeta volumétrica (25 mL);


 2 gobelés
 1 pompette.
 1 convete

Reagentes (Já preparados)

 Solução A – (40 g de heptamolibdato de amónio dissolvidos em 400 mL de


água destilada fervente);
 Solução B – (1 g de monovanadato de amónio dissolvido em 300 mL de água
destilada e 200 mL de ácido nítrico (HNO3));
 Solução Final – (solução A arrefecida e adicionada à solução B, num balão
volumétrico de 1 L e acertada até à marca, com água destilada);
 Solução Padrão Mãe – (0,0479 g de fosfato monopotassico (KH 2PO4)
dissolvidos num balão volumétrico de 250 mL com água destilada);
 Amostra – (1 g de folhas de uma planta, que apresenta 90% de água, diluindo-
se para 100 mL).

Procedimento Experimental

1. Retirar 6, 8 e 10 mL da solução padrão (valores calculados previamente) e


colocar em 4 balões volumétricos de 100 mL (mais 20 mL da solução final em
cada um), adicionando água desionizada até perfazer a totalidade dos balões;
2. Esperar 15 minutos para que ocorra a reacção completa entre solução padrão
mãe e a solução final;
3. Ler todas as soluções no espectrofotómetro a 420 nm (acertar o aparelho o
zero do aparelho coma solução em branco)

Registo de Observações

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Resultados da Solução de Fósforo (P)


0.25

0.2
f(x) = 0.02 x + 0
R² = 1
0.15
Absorvância

0.1

0.05

0
0 2 4 6 8 10 12
Concentração de P [mgL-1]

Concentração [mgL-1] Absorvância


Solução 1 0,000 0,000
Solução 2 2,000 0,042
Solução 3 4,000 0,083
Solução 4 6,000 0,114
Solução 5 8,000 0,161
Solução 6 10,000 0,202
Amostra 3,175 0,064
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Cálculos

M ( K H 2 PO 4 )=136,07 g mol−1

M ( P )=30,97 g mol−1

M ( P 2 O5 )=141,94 g mol−1

m 0,0479
M= <¿> n K H PO 4 = =3,52 ×10− 4 mol K H 2 PO 4
n 2
136,07

Como K H 2 PO 4 contém uma unidade de fósforo, existe a mesma quantidade de


K H 2 PO 4 como de fósforo ( n K H 2 PO4 =nP ¿.

m
M= <¿> n P=30,97 ×3,52 ×10−4=0,0109 g P
n

2 mol P<¿>1 mol P2 O 5

30,97 ×2 g P<¿>141,94 g P2 O5

0,0109 g P< ¿> x g P2 O 5

x=0,02498 g P2 O5=24,98mg P2 O5

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24,98 mg P 2 O5 <¿>250 mL

x mg P2 O 5 <¿ >1000 mL

x ≈ ¿ 100 mg L−1 P2 O5

*O valor é aproximado porque nas próximas contas o valor seria igual até às
centésimas se fosse o valor exato da regra de três simples.

n n…
ρ= <¿>6= <¿> x=0,6 mg P 2 O 5
V 0,1

n 0,6 0,6
ρ= <¿>100= < ¿>V P O = <¿> V P O =0,006 L=6 mL P2 O5
V VPO 2 5
100
2 5 2 5

n n…
ρ= <¿>8= <¿> x=0,8 mg P2 O 5
V 0,1

n 0,8 0,8
ρ= <¿>100= < ¿>V P O = <¿> V P O =0,008 L=8 mL P2 O5
V VP O 2 5
100
2 5 2 5

n n…
ρ= <¿>10= <¿> x =1mg P2 O 5
V 0,1

n 1 1
ρ= <¿>100= < ¿>V P O = <¿> V P O =0,01 L=10 mLP 2 O5
V VPO 2 5
1002 5 2 5

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ρ P O =3,175 g L−1
2 5

Para saber a concentração de matéria seca na solução que contém 1 grama de folha
de espinafre:

ρamostra =1 g ¿

10 gL−1 amostra <¿>100 %

ρamostra seca gL−1 <¿> ( 100−90 ) %

ρamostra seca =1 gL−1=0,001kg L−1

Teor de P2 O 5 :

ρP O 3,175
teor P O = 2 5
= =3175 ppm
2 5
ρ amostraseca 0,001

Teor de P :

Como o número de moles do átomo de fósforo é metade da molécula P 2O5 então a


sua concentração e o seu teor é metade.

3175
teor P = =1587,5 ppm
2

Discussão de Resultados

Após a obtenção a curva de calibração, foi possível definir a sua recta de regressão
(y=0,02x+0,0005). Pela construção do gráfico foi possível anotar que a concentração de fósforo
é proporcional à absorvância, tendo em conta a recta é linearmente crescente.

Após a determinação da curva de calibração, e tendo em conta que a absorvância é a variável


dependente e a concentração de fósforo é a variável independente, foi possível determinar a
concentração de fósforo na planta, que tinha 90% de humidade, substituindo 0,064, o valor da
absorvância já fornecido no espectrofotómetro, na variável y da equação.

O valor de concentração de fósforo (P2O5) nas folhas da planta é de 3,175 mg/L, no entanto
elas contem 90% de humidade, portanto foi necessário determinar o teor de fósforo (P 2O5) na
matéria seca, que foi de 3175 mg/kg de P2O5.

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Então o teor de fósforo (P) nas folhas da planta é de 1587,5 mg/kg.

Conclusão
Para concluir podemos afirmar que, com os valores obtidos, o teor de fósforo (em mg/kg ou
ppm) das folhas de espinafre se encontra dentro dos valores médios (estabelecidos nos
apontamentos das aulas de Nutrição Vegetal) visto que esse valor é entre 3000 mg/kg e
5000mg/kg de P2 O5 e o valor que se obteve foi de fósforo na forma molecular P2 O 5 é de
3175 ppm. Sendo assim, podemos afirmar que a experiência foi bem realizada, que as folhas
de espinafre analisadas não contém nem excesso nem défice de fósforo e que o solo onde este
espinafre foi colocado tem um teor adequado ao mesmo.

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Bibliografia

 MOURATO, Miguel Pedro; MARTINS, Luísa Louro; SALES, Joana (2012)


Caderno de trabalhos práticos de Métodos e Processos de Medição;

 MOURATO, Miguel (2013), ISA, (PDF) Métodos espectrofotométricos de


Métodos e Processos de Medição;

 AMARILIS DE VARENNES (2013); ISA, PDF, Fósforo na planta e no solo

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Anexos

Fig.:1 - Amostra 4 (contendo folha de espinafre) e soluções preparadas com 6, 8 e 10 mg/L

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Fig.: 2 - Amostra 4, solução padrão mãe e sal final

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