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098/0001-12]

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 8647

Segunda edição
28.11.2018
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Barras de aço de qualidade e especial,


com acabamento de superfície, para construção
mecânica — Requisitos
Steel rod of quality and special, with surface finishing, for mechanical
construction — Requirements

ICS 77.140.60 ISBN 978-85-07-07792-3

Número de referência
ABNT NBR 8647:2018
10 páginas

© ABNT 2018
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
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2 Referências normativas......................................................................................................2
3 Requisitos gerais................................................................................................................2
3.1 Encomenda..........................................................................................................................2
3.2 Fabricação dos aços...........................................................................................................3
3.3 Matéria-prima.......................................................................................................................3
3.4 Fornecimento.......................................................................................................................3
3.5 Movimentação e embalagem..............................................................................................3
3.6 Proteção contra corrosão...................................................................................................4
4 Requisitos específicos.......................................................................................................4
4.1 Comprimento das barras....................................................................................................4
4.2 Estado de fornecimento.....................................................................................................4
4.3 Condições de superfície.....................................................................................................4
4.4 Tolerâncias...........................................................................................................................7
4.5 Variação da seção circular.................................................................................................8
4.5.1 Ovalização............................................................................................................................8
4.5.2 Erro de forma.......................................................................................................................8
4.6 Empenamento......................................................................................................................8
4.7 Certificado de qualidade.....................................................................................................8
5 Inspeção...............................................................................................................................8
5.1 Condições de inspeção......................................................................................................8
5.2 Amostragem........................................................................................................................8
5.3 Ensaios.................................................................................................................................9
5.3.1 Geral.....................................................................................................................................9
5.3.2 Temperabilidade..................................................................................................................9
5.3.3 Determinação do tamanho do grão...................................................................................9
5.3.4 Inclusões..............................................................................................................................9
5.3.5 Resistência mecânica e dureza.........................................................................................9
5.3.6 Defeitos de superfície.........................................................................................................9
6 Aceitação e rejeição............................................................................................................9
Bibliografia..........................................................................................................................................10

Tabelas
Tabela 1 – Comprimento e tolerâncias...............................................................................................4
Tabela 2 – Profundidade máxima admissível de defeitos de superfície em barras acabadas......5
Tabela 3 – Tolerâncias..........................................................................................................................6

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
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dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais


(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras
datas para exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 8647 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia (ABNT/CB-001),
pela Comissão de Estudo de Barras de Aço (CE-001:022.007). Esta Norma teve seu conteúdo
técnico confirmado e adequado à ABNT Diretiva 2:2017, pelo Comitê Brasileiro de Siderurgia
(ABNT/CB-028). O seu Projeto de adequação circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10,
de 15.10.2018 a 13.11.2018.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 8647:1988), sem mudanças
técnicas.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the requirements for ordering, manufacturing and supplying, as well as the
dimensional and surface tolerances for steel rods of quality and special, with surface finishing. In these
products of quality and special, the best results for thermal treatments, machining, warm and cold
upsetted, in parts or components are found, according to the product’s specific characteristics.

This Standard is applied to steel rods in the following geometric shapes and finishing processes:

a) round

—— cold-drawn;

—— cold-drawn and polished;

—— cold-drawn, peeled off and polished

—— cold-drawn and rectified;

—— cold-drawn, rectified and polished;

—— rolled, peeled off;

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—— rolled, peeled off and cold-drawn;

—— rolled, peeled off and polished;

—— rolled, peeled off and rectified;


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—— rolled, peeled off, rectified and polished;

b) hexagonal, square and complex

—— cold-drawn;

c) rectangular

—— cold drawn;

—— cold-rolled.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 8647:2018

Barras de aço de qualidade e especial, com acabamento de superfície,


para construção mecânica — Requisitos
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1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos para encomenda, fabricação e fornecimento assim
como as tolerâncias dimensionais e de superfície para as barras de aço de qualidade e especial,
com acabamento de superfície. Nesses produtos de qualidade e especial são encontrados aqueles
que apresentam os melhores resultados para tratamentos térmicos, usinagem, recalque a frio e a
quente, em peças ou componentes, de acordo com as características específicas do produto.

1.2 Esta Norma se aplica a barras de aço nas seguintes formas geométricas e processos de
acabamentos:

a) redonda

—— trefilada;

—— trefilada e polida;

—— trefilada e descascada;

—— trefilada, descascada e polida;

—— trefilada e retificada;

—— trefilada, retificada e polida;

—— laminada, descascada;

—— laminada, descascada e trefilada;

—— laminada, descascada e polida;

—— laminada, descascada e retificada;

—— laminada, descascada, retificada e polida;

b) sextavada, quadrada e complexa

—— trefilada;

c) retangular

—— trefilada;

—— laminada a frio.

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2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
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(incluindo emendas).

ABNT NBR 6339, Aço – Determinação de temperabilidade (Jominy)

ABNT NBR 6346, Aço – Determinação de macroinclusões pelo método de fratura azul

ABNT NBR 6354, Fio-máquina de aço-carbono para trefilação e laminação a frio

ABNT NBR 8648, Barras e fios-máquina de aço de qualidade especial laminados a quente,
para acabamento de superfície – Especificação

ABNT NBR 11568, Materiais metálicos – Determinação do tamanho de grão

ABNT NBR ISO 4287, Especificações geométricas do produto (GPS) – Rugosidade: Metódo do perfil –
Termos, definições e parâmetros da rugosidade

ABNT NBR ISO 6892-1, Materiais metálicos – Ensaio de tração – Método de ensaio à temperatura ambiente

ABNT NBR NM 87, Aço-carbono e ligados para construção mecânica – Designação e composição química

3 Requisitos gerais
3.1 Encomenda

3.1.1 Os pedidos de barras de aço devem conter os itens a seguir:

a) número desta Norma, explicitando se o aço deve ser de qualidade ou especial;

b) tamanho do lote, expresso em massa;

c) tipo de aço;

d) acabamento da superfície;

e) dimensão nominal e tolerâncias, expressas em milímetros, conforme Tabela 3;

f) forma geométrica;

g) comprimento, expresso em milímetros;

h) grau de qualidade da superfície, conforme 4.3.4;

i) tratamento térmico;
j) propriedades mecânicas, de acordo com as normas específicas do produto;
k) outros requisitos, se necessário.
3.1.2 Dados não especificados na encomenda devem ficar a critério do produtor.

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3.2 Fabricação dos aços

3.2.1 Os aços são produzidos pelos processos normais de fusão (conversor básico a oxigênio,
forno elétrico ou Siemens-Martin).
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3.2.2 A menos que especificado, o processo de desoxidação fica a critério do produtor. Quando
solicitado, o processo deve ser especificado, inclusive para aço acalmado.

3.2.3 O tipo de aço deve ser indicado pelo comprador, conforme a ABNT NBR NM 87 ou estabe-
lecido de comum acordo entre produtor e comprador.

3.3 Matéria-prima

3.3.1 Os produtos fornecidos em conformidade com esta Norma, são baseadas nos requisitos
para laminados em barras e fio-máquina, segundo as ABNT NBR NM 87, ABNT NBR 6339,
ABNT NBR 6354 e ABNT NBR 8648.

3.3.2 Aços de qualidade com acabamento de superfície são produzidos em barras, partindo de
fio-máquina ou de barras laminadas a quente com qualidade equivalente.

3.3.3 Para algumas finalidades são exigidos aços de características superiores às do aço de quali-
dade. São considerados aços especiais e devem ser caracterizados, conforme as ABNT NBR NM 87,
ABNT NBR 6339, ABNT NBR 6354 e ABNT NBR 8648.

3.4 Fornecimento

3.4.1 As barras trefiladas devem ser fornecidas com as formas geométricas conforme estabelecido
em 1.2 e atendendo aos requisitos de 3.1.

3.4.2 Quando o tratamento térmico não for especificado, entende-se que as barras são fornecidas
com as características do processo. Aços com teores de carbono acima de 0,55 % e alguns aços
de baixa liga são passíveis de recozimento, para efeito de trefilação.

3.4.3 As propriedades mecânicas das barras devem ser especificadas. Para obtenção das proprie-
dades mecânicas, pode ser necessário um dos seguintes tratamentos térmicos:

a) recozimento;

b) coalescimento;

c) normalização;

d) alívio de tensão;

e) normalização e alívio de tensão;

f) têmpera e revenimento.

3.5 Movimentação e embalagem


O produtor deve ter o máximo cuidado na movimentação e embalagem das barras, pois estas são
propensas a agravar o empenamento pelo manuseio. Quando necessário, requisitos de embalagens
especiais devem ser acordados no pedido de compra.
NOTA Leves marcas de manuseio são toleradas no produto.

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3.6 Proteção contra corrosão

As barras com acabamento de superfície são normalmente oleadas para proteção contra a corrosão.
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4 Requisitos específicos
4.1 Comprimento das barras

4.1.1 As barras devem ser fornecidas conforme a Tabela 1.

Tabela 1 – Comprimento e tolerâncias


Dimensões em milímetros
Grupos Comprimento Faixa de tolerâncias
Comprimento exato > 0 e ≤ 10
Qualquer comprimento situado
Comprimento fixo dentro do comprimento normal > 10 e ≤ 50
de fabricação
Comprimento em faixa > 50 e ≤ 1 000
NOTA O comprimento normal de fabricação é de 1 500 mm a 7 000 mm.

4.1.2 Para os casos em que o comprador tenha necessidade específica de aproveitamento máximo
em múltiplos, o comprimento para este atendimento deve ser fixado. Fixado o comprimento final,
a tolerância deve ser observada conforme a Tabela 1, para fixo ou exato.

4.1.3 Quanto à aplicação do produto, a classe do corte a ser realizado, em uma das extremidades,
deve ser estabelecida entre corte por serra, por tesoura fixa ou voadora e disco abrasivo.

NOTA A classe de comprimento exato só é obtida por corte por serra ou disco abrasivo.

4.1.4 Para aproveitamento de custos de produção, tanto em comprimento fixo como em exato,
deve haver acordo entre produtor e comprador, tendo em vista a conveniência econômica.

4.1.5 São admitidas barras curtas, em comprimento mínimo de 1 000 mm até 10 % da massa total
do pedido, em caso de comprimento em faixa e normal de fabricação.

4.2 Estado de fornecimento

4.2.1 O estado usual de fornecimento é sem tratamento térmico. Quando este for solicitado,
deve constar na encomenda.

4.2.2 O tamanho do grão austenítico deve ser especificado pelo comprador.

4.3 Condições de superfície

4.3.1 A superfície acabada das barras de seção transversal circular é lisa e normalmente clara.
Quando se deseja uma qualidade de superfície superior àquela resultante de uma redução única
usual, pode-se estabelecer na encomenda uma operação de acabamento suplementar, como retificada
polimento ou redução múltipla. Quando a barra se destinar à deposição eletrolítica e for necessário
melhor acabamento superficial, este deve ser obtido por tratamento suplementar executado pelo
comprador.

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4.3.2 Para formas sextavadas, quadradas, retangulares ou perfis complexos, superfícies brilhantes
não são obtidas por trefilação.

4.3.3 Tratamentos térmicos normalmente alteram o aspecto do acabamento podendo resultar em


uma superfície escura e rugosa.
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4.3.4 A profundidade máxima admissível de defeitos em barra com acabamento da superfície


sujeita a exames por equipamentos especiais, como partículas magnéticas, líquidos penetrantes,
correntes de Foucault e outros, é indicada na Tabela 2.

Tabela 2 – Profundidade máxima admissível de defeitos de superfície em barras acabadas


Dimensões em milímetros
Processo de acabamento
Bitola Trefiladas descascadas
Descascadas Retificadas Trefiladas
retificadas
Dimensão nominal
Dn Grau 3 Grau 3 Grau 2 Grau 3 Grau 4
a c

3 < Dn ≤ 10 – 0,10 0,20 0,10


10 < Dn ≤ 18 0,15 0,10 0,25 0,15
18 < Dn ≤ 30 0,20 0,15 0,30 0,20
b
30 < Dn ≤ 50 0,20 0,15 0,50 0,30
50 < Dn ≤ 80 0,20 0,15 0,70 0,50
80 < Dn ≤ 100 0,25 0,15 0,90 0,70
a Dimensão nominal significa:
a) diâmetro de barras redondas;
b) lado de barras quadradas;
c) distância entre faces paralelas de barras sextavadas;
d) espessura em barras retangular.
b Materiais com garantias mais estritas que o grau 3, que devem ser previamente estabelecidas quanto à
profundidade máxima garantida.
c Aços de corte fácil só são fornecidos em grau 2.

NOTA O grau é definido pela profundidade de defeito.

4.3.5 Quando for requerida ausência de descarbonetação superficial, as barras devem ser pedidas
descascadas, descascadas e polidas ou retificadas, descascadas e trefiladas, com a indicação “livre
de descarbonetação”. As garantias quanto às profundidades e tipos de descarbonetação em barras
trefiladas, ou trefiladas e retificadas, devem ser objeto de acordo entre produtor e comprador.

4.3.6 Defeitos longitudinais de superfície que desaparecem nas fases sucessivas de operação,
no comprador, devem ser interpretados como defeitos permissíveis.

4.3.6.1 Defeitos longitudinais em barras redondas (trincas, dobras, poros, sulcos, estrias) são
admissíveis até uma profundidade máxima, conforme a Tabela 2, medida a partir de superfície efetiva
da seção da amostra.

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4.3.6.2 Para as demais formas geométricas, a profundidade máxima admissível é dada na coluna
grau 2, da Tabela 2, para todas as famílias de aço.

4.3.7 Barras descascadas apresentam sulcos de usinagem inerentes ao processo de fabricação.


A profundidade máxima admissível destes sulcos, para as dimensões nominais de 10 mm a 180 mm
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de diâmetro, é de 0,150 mm. A Tabela 3 apresenta as tolerâncias dimensionais para as dimensões


nominais de 3 mm a 315 mm, colunas h11 e h12.

Tabela 3 – Tolerâncias
Dimensões em milímetros
Dimensão nominal Tolerâncias
Dn h7 h8 h9 h10 h11 h12
3 < Dn ≤ 0,012 0,018 0,030 0,048 0,075 0,120
6 < Dn ≤ 10 0,015 0,022 0,036 0,058 0,090 0,150
10 < Dn ≤ 18 0,018 0,027 0,043 0,070 0,110 0,180
18 < Dn ≤ 30 0,021 0,033 0,052 0,084 0,130 0,210
30 < Dn ≤ 50 0,025 0,039 0,062 0,100 0,160 0,250
50 < Dn ≤ 80 0,030 0,046 0,074 0,120 0,190 0,300
80 < Dn ≤ 120 0,035 0,054 0,087 0,140 0,220 0,350
120 < Dn ≤ 180 0,040 0,063 0,100 0,160 0,250 0,400
180 < Dn ≤ 250 0,046 0,072 0,115 0,185 0,290 0,460
250 < Dn ≤ 315 0,052 0,081 0,130 0,210 0,320 0,520
NOTA 1 O descascamento pode ser executado usualmente em barras com limites de resistência até 816 Mpa.
NOTA 2 As tolerâncias dimensionais são asseguradas ao longo das barras:
—— a partir de 150 mm das extremidades para comprimento normal de fabricação e em faixa;
—— a partir de 10 mm das extremidades para comprimento fixo e exato.
NOTA 3 Esta Tabela inclui as tolerâncias para barras que foram submetidas a tratamento térmico antes do
acabamento a frio. Não inclui tolerâncias para barras que foram submetidas a tratamento térmico posterior
ao acabamento a frio.

4.3.8 Barras descascadas e polidas podem apresentar defeitos de superfície provenientes de


operação de manuseio. Estes não podem ser maiores do que 0,100 mm no raio, para as dimensões
nominais de 10 mm a 180 mm de diâmetro.
4.3.9 Pequenos amassamentos nas extremidades das barras, provenientes do corte com tesoura,
não podem ser interpretados como defeitos. Em barras trefiladas esses amassamentos não podem
ser mais extensos que a dimensão nominal. Rebarbas provenientes do corte à serra e/ou disco
abrasivo são inevitáveis. A remoção de rebarbas, de uma ou ambas as extremidades, deve ser feita
de comum acordo entre o produtor e o comprador, assim com pequenas conicidades nas extremi-
dades das barras, provenientes do processo da fabricação.
4.3.10 Deve ser objeto de acordo entre produtor e comprador:
a) a frequência da ocorrência dos defeitos, normalizados na Tabela 2;
b) a restauração do carbono;

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c) o grau de rugosidade da superfície, podendo ser usado, como referência, os seguintes valores,
conforme a ABNT NBR ISO 4287;

—— para trefilado, rugosidade de 0,10 µm a 1,60 µm;


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—— para retificado, rugosidade de 0,05 µm a 3,20 µm;

—— para polido espelhado, rugosidade de 0,01 µm a 0,10 µm.

4.4 Tolerâncias

4.4.1 Barras de forma geométrica redonda, podem atender às seguintes tolerâncias:

a) trefilada ou trefilada e polida:

—— h9, h10 e h11;

b) trefilada e descascada ou laminada e descascada:

—— h11 e h12;

c) trefilada, descascada e polida ou laminada, descascada e polida:

—— h11;

d) laminada, descascada e retificada ou laminada, descascada, retificada e polida:

—— h9, h10 e h11;

e) trefilada e retificada ou trefilada, retificada e polida:

—— h7, h8, h9, h10 e h11.

4.4.2 Para as formas geométricas quadradas, sextavadas e complexas até 65 mm a tolerância


deve ser h11. Para medidas superiores a 65 mm e até 100 mm, a tolerância deve ser h12.

4.4.3 Para barras retangulares, tem-se:

a) largura de 6 mm a 100 mm:

—— tolerância h11;

b) espessura de 3 mm a 30 mm:

—— tolerância h11;

c) espessura de 30 mm a 80 mm:

—— tolerância h12.

4.4.4 Deve ser objeto de comum acordo entre produtor e comprador:

a) o estabelecimento de outros tipos de acabamentos para as diversas tolerâncias;

b) requisitos especiais para os cantos das barras retangulares, quadradas, sextavadas e complexas.

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4.5 Variação da seção circular

4.5.1 Ovalização

A diferença entre o maior e o menor diâmetros medidos na mesma seção não pode ultrapassar
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a metade da tolerância.

4.5.2 Erro de forma

Os limites do valor obtido pela diferença entre o raio circunscrito e o raio inscrito na mesma seção
transversal da barra devem ser motivo de acordo prévio entre produtor e comprador.

4.6 Empenamento

4.6.1 As barras de aço para todas as formas geométricas não podem apresentar empenamento visível.

4.6.2 Para a forma geométrica redonda, o empenamento não pode ultrapassar 1,0 mm por metro,
podendo chegar à precisão de 0,02 mm/100 mm no comprimento na leitura total do relógio comparador.

4.6.3 Para as demais formas, o empenamento não pode ultrapassar 3,0 mm por metro e é verificado
visualmente.

4.6.3.1 O empenamento pode chegar até 1,5 mm/100 mm de flecha no comprimento na face plana
apoiada, para o perfil retangular.

4.6.3.2 Para a face da espessura apoiada, 15 mm ou menos, até 0,6 mm/100 mm.

4.7 Certificado de qualidade

4.7.1 Por solicitação do comprador ou por acordo prévio, o produtor deve emitir um certificado
de qualidade, conforme as especificações, evidenciando o resultado dos ensaios.

4.7.2 O certificado de qualidade deve acompanhar a nota fiscal a ser entregue antecipadamente.

5 Inspeção
5.1 Condições de inspeção

5.1.1 A inspeção e os ensaios devem ser realizados integralmente nas dependências do produtor,
antes do embarque, desde que não seja estabelecido de outro modo entre o produtor e comprador.

5.1.2 Se for do interesse do comprador acompanhar a inspeção e os ensaios solicitados, o produtor


deve conceder-lhe todas as facilidades necessárias e suficientes à verificação de que a encomenda
está sendo atendida de acordo com o pedido, sem que haja interrupção do processamento ou atraso na
produção. A inspeção pode ser feita diretamente pelo comprador ou por meio de inspetor credenciado.

5.2 Amostragem

5.2.1 A retirada das amostras para ensaio deve ser feita sem interromper o fluxo de produção.

5.2.2 A quantidade de amostras e a preparação destas devem ser motivo de comum acordo entre
produtor e comprador.

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5.3 Ensaios

5.3.1 Geral

Os aços com acabamento de superfície estão sujeitos a vários ensaios e controles, além daqueles
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revistos nesta Norma, desde que solicitados pelo comprador.

5.3.2 Temperabilidade

O ensaio da temperabilidade deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 6339.

5.3.3 Determinação do tamanho do grão

O ensaio para a determinação do tamanho do grão deve ser realizado de acordo com a
ABNT NBR 11568.

5.3.4 Inclusões

O ensaio para a determinação de macroinclusões deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6346.

5.3.5 Resistência mecânica e dureza

A determinação das propriedades mecânicas à tração e à dureza deve ser realizada de acordo com
as ABNT NBR 6394 e ABNT NBR ISO 6892-1.

5.3.6 Defeitos de superfície

5.3.6.1 Os ensaios para a detecção de defeitos superficiais devem ser motivo de acordo prévio
entre produtor e comprador.

5.3.6.2 Não é recomendável exame de barras de aço de corte fácil, mediante a utilização de apa-
relhos de partículas magnetizáveis, pois o seu emprego requer cuidados apropriados, tendo em vista
que as inclusões de sulfeto de manganês e alinhamento de estrutura não podem ser interpretadas
com trincas ou defeitos.

6 Aceitação e rejeição
6.1 Se o material não estiver de acordo com esta Norma, pode ser rejeitado a critério do comprador.

6.2 O material rejeitado deve ser colocado à disposição do produtor, a fim de que este comprove
a procedência da reclamação.

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR NM ISO 6506-1, Materiais metálicos – Ensaio de dureza Brinell – Parte 1: Método
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de ensaio (ISO 6506-1:2005, IDT)

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