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[20.511.483/0001-04]
Segunda edição
10.11.2017
Número de referência
ABNT NBR 11900-3:2017
9 páginas
© ABNT 2017
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[20.511.483/0001-04]
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Tipos de cabos de aço........................................................................................................3
5 Presilhas..............................................................................................................................3
6 Montagem da presilha no cabo de aço.............................................................................3
7 Preparação da extremidade do cabo.................................................................................3
8 Formação do olhal..............................................................................................................4
8.1 Olhal dobrado (tipo 4).........................................................................................................4
8.2 Olhal trançado flamengo (tipos 1 e 2)...............................................................................4
9 Operação de prensagem....................................................................................................5
10 Resistência à ruptura de olhal com presilha....................................................................5
11 Ensaio de tipo......................................................................................................................6
11.1 Amostragem........................................................................................................................6
11.2 Ensaio de carga de ruptura................................................................................................6
11.3 Ensaio de fadiga..................................................................................................................6
11.4 Ensaio de fadiga em cabo de içamento de guindaste.....................................................7
12 Controle de qualidade da presilha.....................................................................................7
12.1 Inspeção durante a fabricação...........................................................................................7
12.2 Certificado do fabricante....................................................................................................7
13 Controle de qualidade dos olhais......................................................................................8
13.1 Inspeção após a prensagem..............................................................................................8
13.2 Ensaio de tração..................................................................................................................8
14 Marcação..............................................................................................................................8
15 Documentação.....................................................................................................................8
Anexo A (informativo) Exemplos de defeitos na prensagem do olhal..............................................9
Figuras
Figura 1 – Olhal dobrado.....................................................................................................................2
Figura 2 – Olhal trançado flamengo...................................................................................................2
Figura 3 – Exemplo de olhal dobrado.................................................................................................3
Figura 4 – Preparação de olhal trançado flamengo..........................................................................4
Figura 5 – Sapatilho.............................................................................................................................5
Figura 6 – Presilha após ensaio de prensagem................................................................................7
Figura A.1 – Presilha prensada fora do posicionamento correto na matriz...................................9
Figura A.2 – Presilha com o trançado flamengo exposto................................................................9
Figura A.3 – Presilha prensada com matriz de comprimento insuficiente.....................................9
Figura A.4 – Presilha com sulco.........................................................................................................9
Figura A.5 – Presilha com vinco.........................................................................................................9
Figura A.6 – Presilha prensada adequadamente...............................................................................9
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 11900-3 foi elaborada pela comissão de Estudo Especial de Cabos de Aço e Acessórios
(ABNT/CEE-113). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 28.07.2017
a 27.09.2017.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 11900-3:2011), a qual foi tec-
nicamente revisada.
A ABNT NBR 11900, sob o título geral “Terminal para cabo de aço”, tem previsão de conter as seguintes
partes:
—— Parte 1: Sapatilho;
—— Parte 5: Soquete.
Esta edição inclui as seguintes alterações técnicas significativas, em relação à edição anterior:
—— Foi alterada a subseção 8.1 Olhal dobrado (tipo 4), com a eliminação do item a) em cargas sus-
pensas que envolvam riscos humanos.
Scope
This part of ABNT NBR 11900 specifies minimum requirements for ferrule-secured eye terminations for
general-purpose steel wire ropes complying with ABNT NBR ISO 2408; the ferrules are made of steel
or aluminium. The eye termination may be made either as a Flemish eye or a turn back loop.
1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR 11900 especifica os requisitos mínimos para olhais com presilhas fabricados
em aço ou alumínio, para terminais para cabos de aço para uso geral, em conformidade com a
ABNT NBR ISO 2408. A terminação dos olhais com presilhas pode ser feita sob a forma de olhal
trançado flamengo ou olhal dobrado.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 13541-1, Linga para cabo de aço – Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR ISO 2107, Alumínio e suas ligas – Produtos trabalháveis – Designações das têmperas
ABNT NBR ISO 2408, Cabos de aço para uso geral – Requisitos mínimos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
olhal
terminal para cabo de aço, formado por uma volta do próprio cabo em forma de alça
3.2
olhal com presilha
olhal em que a terminação do cabo é fixada por meio de uma presilha prensada, classificado em dois
tipos principais: olhal dobrado e olhal trançado flamengo
3.2.1
olhal dobrado (tipo 4)
olhal com presilha em que o cabo como um todo é dobrado, sendo a ponta do cabo fixada no corpo
principal sem trançamento (ver Figura 1)
3.2.2
olhal trançado flamengo
olhal com presilha em que a ponta do cabo é dividida em dois grupos com o mesmo número de
pernas cada, que são trançadas em conjunto novamente no sentido oposto, formando um olhal que é
simétrico ao eixo do cabo
NOTA As extremidades das pernas são distribuídas igualmente em torno do corpo principal do cabo.
Elas são fixadas nessa posição por uma presilha (ver Figura 2). O olhal trançado flamengo pode ser com
presilha de aço (tipo 1) ou com presilha de alumínio (tipo 2)
3.3
entidade responsável
pessoa ou organização que assume a responsabilidade pelo material, projeto, dimensões, identificação,
ensaios de tipo e fabricação da presilha, bem como pela especificação e método de aplicação nos
cabos de aço
3.4
extremidade morta
ponta do cabo de aço após dobramento para formação do olhal (ver Figura 3)
h/2
h
5 Presilhas
As presilhas de alumínio e de aço devem ser produzidas por um processo que proporcione um produto
sem costura.
As presilhas não podem apresentar defeitos, como trincas ou rugosidades, que possam afetar o seu
desempenho durante o serviço.
Após a prensagem, a presilha deve estar livre de qualquer tendência ao trincamento por envelhecimento.
O material selecionado pelo fabricante da presilha deve ser de aço-carbono, sem liga, ou de alumínio,
e deve ser da mesma especificação que foi aprovada no ensaio de tipo (ver Seção 11).
8 Formação do olhal
8.1 Olhal dobrado (tipo 4)
O olhal deve ser formado mediante introdução da ponta do cabo através da presilha, até formar a
medida requerida do olhal.
A presilha deve ser posicionada de maneira a se ajustar com o sapatilho, evitando-se assim que este
fique frouxo ou estrangulado pelo cabo.
a) em temperaturas superiores a 80 °C para cabo com alma de fibra e 100 °C para cabo com alma
de aço;
O comprimento do trecho de cabo a ser dividido em dois grupos de pernas depende do tamanho do
olhal a ser formado. Os dois grupos de pernas devem ser trançados em direções opostas.
A alma deve permanecer no grupo que receberá as pernas para a recomposição do cabo (ver Figura 4).
O comprimento das extremidades mortas das pernas deve ser suficiente para que a presilha possa ser
introduzida sobre elas com todo o comprimento de sua parte cilíndrica. Neste comprimento, a perma-
nência da alma de fibra é opcional.
A operação de posicionamento da presilha não pode deslocar as pernas de sua posição original.
Nenhuma perna do cabo deve ficar protuberante no olhal formado. A distância mínima entre as presi-
lhas deve ser de pelo menos 20 vezes o diâmetro do cabo.
As pernas da extremidade morta devem ser distribuídas uniformemente sobre o trecho do cabo de aço
dentro da presilha.
O posicionamento da presilha antes da prensagem deve ser feito de tal forma que a distância entre
a base do sapatilho e a presilha seja aproximadamente duas vezes o diâmetro nominal do cabo após
a prensagem. No caso de sapatilho com ponta, esta distância deve ser de aproximadamente 1,5 vez
o diâmetro nominal do cabo após a prensagem (ver Figura 5).
Figura 5 – Sapatilho
O comprimento periférico de um olhal sem sapatilho para lingas deve ser no mínimo quatro vezes o
comprimento do passo.
O comprimento periférico de um olhal sem sapatilho para cabo de içamento de guindaste deve ser no
mínimo seis vezes o comprimento do passo.
O olhal trançado flamengo com presilha de alumínio (tipo 2) não pode ser utilizado:
a) em temperaturas superiores a 80 °C para cabo com alma de fibra e 100 °C para cabo com alma
de aço;
9 Operação de prensagem
A operação de prensagem deve ser realizada conforme as instruções da entidade responsável.
A presilha não pode apresentar vincos, sulcos, trincas, marcas de solda, bem como outros defeitos
de prensagem (ver Anexo A).
11 Ensaio de tipo
Os olhais com presilha devem satisfazer os ensaios de tipo descritos em 11.2 e 11.4.
11.1 Amostragem
Onde o projeto da presilha segue uma progressão matemática em uma faixa de tamanhos, o diâmetro
de cabo a ser selecionado deve representar o primeiro e o último quartis da faixa.
Onde o projeto da presilha não segue uma progressão matemática em uma faixa de tamanhos, cada
diâmetro de cabo dentro da faixa deve ser selecionado para ensaio.
Para cada diâmetro de cabo selecionado deve ser considerado o de maior categoria de resistência
(rope grade) do arame para o qual o sistema é projetado, e pelo menos dois olhais com presilhas
devem ser ensaiados. Para cada diâmetro de cabo selecionado, deve-se considerar o tipo de alma:
alma de aço e alma de fibra.
NOTA 1 Uma presilha segue progressão matemática quando o seu comprimento, o diâmetro e a espessura
têm relação constante com o diâmetro do cabo (d).
NOTA 2 Quando a amostra a ser ensaiada tem olhais com presilhas em ambas as extremidades, o número
de ensaios é considerado como dois.
Adicionalmente, a amostragem deve levar em consideração se o tipo de olhal é dobrado (tipo 4), tran-
çado flamengo com presilha de aço (tipo 1) ou trançado flamengo com presilha de alumínio (tipo 2):
—— a amostragem dos ensaios deve considerar cada classe de cabos: 6 × 19, 6 × 36 e resistentes
à rotação;
O olhal deve ser sem sapatilho e com dimensões conforme a ABNT NBR 13541-1.
A força aplicada deve ser transmitida pelo pino redondo, com diâmetro de quatro vezes o diâmetro
nominal do cabo.
Após 50 % da carga mínima de ruptura do cabo ser aplicada, uma força adicional deve ser aplicada
a uma taxa não maior do que 0,5 % da carga mínima de ruptura do cabo por segundo.
O comprimento mínimo do cabo livre entre presilhas deve ser de 30 vezes o diâmetro nominal do cabo.
O ensaio deve ser realizado em uma máquina de fadiga linear, sem mudança de direção do eixo do
cabo. Não é permitida rotação nos pontos de fixação da máquina.
A frequência do ensaio cíclico não pode exceder 5 Hz em um ambiente com temperatura entre 10 °C
e 40 °C.
O olhal deve ser fixado com presilha e com sapatilho compacto ou reforçado. O comprimento de cabo
livre entre as presilhas deve ser igual ao do ensaio de carga de ruptura (ver 11.2).
O ensaio deve consistir na aplicação de uma força cíclica de 15 % a 30 % da carga de ruptura mínima
do cabo ao longo do seu eixo, por 75 000 ciclos.
Após ensaiado, o olhal com presilha deve suportar uma força de pelo menos 80 % da carga mínima
de ruptura do cabo.
O ensaio de tração que segue o ensaio de fadiga deve ser conforme 11.2.
O ensaio deve ser realizado em uma máquina de fadiga linear, sem mudança de direção do eixo do
cabo. Não é permitida rotação nos pontos de fixação da máquina. O ensaio consiste em uma força
axial cíclica de 2,5 % a 20 % da carga mínima de ruptura do cabo.
A frequência do ensaio cíclico não pode exceder 5 Hz em um ambiente com temperatura entre 10 °C
e 40 °C.
O terminal com olhal trançado flamengo deve suportar o mínimo de 106 ciclos sem rompimento com-
pleto de uma perna.
Para cada lote de presilhas de aço produzido a partir de um mesmo lote e tratamento térmico,
uma amostra deve ser selecionada e prensada à temperatura ambiente (ver Figura 6). Nenhuma
trinca deve ser observada visualmente. Se a amostra falhar neste ensaio, devem ser selecionadas,
aleatoriamente, dez presilhas ou 3 % do lote, o que for maior, e todas devem ser aprovadas no ensaio
de prensagem; caso contrário, o lote inteiro deve ser rejeitado.
a) as presilhas são idênticas, dentro das tolerâncias de fabricação estabelecidas pela entidade res-
ponsável, àquelas submetidas aos ensaios de tipo; e
b) as presilhas atendem aos requisitos pertinentes estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR 11900.
Após a fixação da presilha no olhal, esta deve ser inspecionada para garantir que esteja livre de falhas
ou defeitos visíveis e que tenha sido prensada e fixada em conformidade com a Seção 9 e com as
instruções fornecidas pela entidade responsável.
O diâmetro após prensagem da presilha, informado pela entidade responsável, deve ser confirmado
por inspeção dimensional.
Quando acordado entre o comprador e o fabricante, amostras de peças com olhais nas extremidades
selecionadas devem, aleatoriamente, ser submetidas a um ensaio de tração. A carga de ruptura do
conjunto não pode ser inferior a 90 % da carga de ruptura mínima especificada para este cabo.
14 Marcação
A presilha deve ser marcada de forma durável e rastreável para identificação do certificado do fabri-
cante do olhal com presilha.
15 Documentação
Se o olhal com presilha fizer parte de um cabo de aço (excluindo lingas), o documento deve incluir
pelo menos as seguintes informações:
a) nome do fabricante do olhal com presilha ou entidade responsável, incluindo a data de emissão
do certificado;
Anexo A
(informativo)
a) Aço b) Alumínio
a) Aço b) Alumínio