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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
DISCIPLINA DE HIDRÁULICA
MOSSORÓ - RN
2013
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SUMÁRIO
2 VERTEDORES .................................................................................................................. 3
2.1 Importância dos vertedores ........................................................................................... 3
2.2 Finalidade dos vertedores .............................................................................................. 3
2.3 Características dos vertedores ....................................................................................... 3
2.4 Classificações dos vertedores ......................................................................................... 4
2.4.1 Quanto à forma ............................................................................................................. 4
2.4.2 Quanto à altura relativa da soleira ............................................................................... 4
2.4.3 Quanto à espessura ....................................................................................................... 5
2.4.4 Quanto à largura da soleira .......................................................................................... 5
2.5 Vertedor retangular de parede delgada ........................................................................ 6
2.5.1 Fórmulas práticas para vertedor retangular ................................................................. 8
2.5.2 Influência da contração no vertedor retangular .......................................................... 11
2.6 Vertedor triangular de parede delgada ....................................................................... 12
2.6.1 Fórmulas práticas para vertedor triangular ................................................................ 13
2.7 Vertedor trapezioidal de parede delgada .................................................................... 14
2.7.1 Fórmula prática para vertedor trapezoidal ................................................................. 14
2.8 Vertedor de parede espessa.......................................................................................... 14
2.9 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 16
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2 VERTEDORES
São aberturas efetuadas na parte superior em paredes de reservatórios, canais etc, acima
da superfície livre dos líquidos, através dos quais um líquido escoa. Trata-se de um orifício
de grandes dimensões incompleto, no qual não possui borda superior.
l) Altura da lâmina vertente (p’): é a diferença de nível entre a superfície livre do líquido
à jusante do vertedor e o fundo do canal de escoamento.
for menor que a altura da lâmina vertente à jusante (p < p’), o vertedor é considerado
incompleto.
onde:
e = espessura da parede do vertedor, m;
H = carga hidráulica do vertedor, m.
onde:
L’ = largura ou comprimento da soleira corrigida, m;
L = comprimento da soleira do vertedor, m;
n = número de contrações do vertedor;
H = carga hidráulica do vertedor, m.
Dessa forma, substituindo à equação 2.5 na equação 2.4, a vazão poderá ser expressa,
também, em função de “b” (largura da base do orifício que equivale ao comprimento
da soleira “L”), e reescrita da seguinte forma:
onde:
Q = vazão do vertedor, m3.s-1;
Cd = coeficiente de descarga médio dos orifícios, adimensional (Cd = 0,62);
g = aceleração da gravidade, m.s-2;
L = largura da soleira do vertedor, m;
H = carga hidráulica do vertedor, m;
v = velocidade de aproximação do vertedor, m.s-1.
onde a vazão “Q” é obtida pela expressão de Du Buat e a área “A” por B(H + p):
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e que:
obtém-se a fórmula geral dos vertedores retangulares em parede delgada sem contração,
que leva em consideração a velocidade de aproximação, no entanto independe
do conhecimento do seu valor:
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Existe grande número de fórmulas para o cálculo da vazão nos vertedores, e todas elas
se enquadram no tipo geral:
apresentando-se sob as formas das equações (2.8), (2.9) e (2.18). A seguir são indicadas
as fórmulas de uso mais frequente.
a) Fórmula de Bazin (1889): válida para 0,08 m < H < 0,70 m, L > 4H m
e 0,20 m < p < 2,00 m. É uma fórmula muito usada no Brasil. O coeficiente de descarga
é variável com a carga, ficando:
logo,
b) Fórmula de Francis (1905): válida para 0,03 m < H < 0,90 m, p > 0,30 m e p > H.
É uma fórmula muito usada nos Estados Unidos e Inglaterra. O coeficiente de descarga
é constante e igual a 0,6224, ficando:
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No caso, em que a velocidade de aproximação é menor que 1,0 m.s-1, a área da seção
transversa do canal de acesso é menor que seis vezes a área do vertedor e a medida de vazão
no vertedor não requer grande precisão, pode-se considerar a seguinte expressão:
logo,
d) Fórmula da Rehbock (1912): válida para 0,25 m < H < 0,80 m, p > 0,30 m e p > H.
O coeficiente de descarga é variável com a carga, ficando:
logo,
e) Fórmula da Rehbock (1929): válida para 0,03 m < H < 0,75 m, L > 0,30 m, p > 0,30
m e p > H. O coeficiente de descarga é variável com a carga, ficando:
logo,
e
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onde:
n = número de contração lateral do vertedor.
onde:
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que corresponde a largura da superfície livre do líquido no vertedor e é obtido da razão entre o
cateto oposto e cateto adjacente de “θ / 2”.
Substituindo as expressões 2.39, 2.40 e 2.39 na expressão 2.38, temos:
A vazão do vertedor triangular será obtida integrando-se a expressão 2.42, “dQ”, entre
os limites 0 e “H”.
e que:
onde:
Q = vazão do orifício, m3.s-1;
Cd = coeficiente de descarga, adimensional;
g = aceleração da gravidade, m.s-2;
θ = ângulo de abertura do vertedor;
H = carga hidráulica do vertedor, m.
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Segundo Hégly citado por Lencastre (1972), válida para 0,10 m < H < 0,50 m,
a carga cinética de aproximação, para vertedor de 90°, pode ser evidenciada a partir da
seguinte fórmula:
onde:
A = H2 = área do vertedor limitada pela carga hidráulica, m2;
S = seção transversal de escoamento no canal de chegada, m2.
Dentre os vertedores triangulares, o mais usado nas medições práticas é aquele com
ângulo de abertura de 90°, e para esta abertura as fórmulas experimentais mais usadas são:
a) Fórmula de Thompson: válida para 0,05 m < H < 0,38 m, p > 3H m
e B > 6H. O coeficiente de descarga pode assumir valores de 0,59 até 0,62, ficando:
b) Fórmula de Gourley e Crimp (1915): válida para 0,05 m < H < 0,38 m, p > 3H m
e B > 6H. Nessa fórmula “θ” pode assumir os valores de 90°, 60° e 45°, além disso,
o expoente de “H” é um pouco menor que 2,5, ficando:
onde:
2 REFERÊNCIAS
AZEVEDO NETO, JM. Manual de hidráulica. 8. Ed. São Paulo. Edgard Blucher, 1998.
670p.
LENCASTREM, A. Manual de hidráulica geral. São Paulo. Edgard Blucher, EDUSP, 1972.
411p.
PORTO, RMM. Hidráulica básica. 3. Ed. São Carlos. EESC/USP. Projeto Reenge. 2004.
540p.