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Noções de Mamografia
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NOÇÕES
DE
MAMOGRAFIA
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Profª Renata Duque
Noções de Mamografia
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Sumário
História do Rastreamento Mamário..........................................................................................02
Equipamentos e Noções de Física.............................................................................................05
C.A. E – Controle Automático de Exposição.............................................................................06
A Paciente da Mamografia........................................................................................................07
A Ansiedade da Paciente...........................................................................................................08
O Papel da Técnica em Radiologia...........................................................................................09
Anatomia da Mama...................................................................................................................09
Anatomia da Glândula Mamária...............................................................................................10
Anatomia da Superfície.............................................................................................................10
Anatomia do Plano Sagital........................................................................................................11
Anatomia – Visão Frontal.........................................................................................................11
Classificação da Mama.............................................................................................................12
Mama Fibroglandular................................................................................................................13
Mama Fibro Gordurosa.............................................................................................................13
Mama Gordurosa.......................................................................................................................13
Métodos de Localização............................................................................................................14
Aspectos Práticos: Compressão e Célula Fotoelétrica..............................................................14
O uso da Célula Fotoelétrica.....................................................................................................15
Incidências de Rotina................................................................................................................16
(CC) Crânio – Caudal.................................................................................................................16
(MLO) Média Lateral Oblíqua...................................................................................................17
Compressão Seletiva.................................................................................................................18
Magnificação com Compressa Seletiva....................................................................................18
Incidência Tangencial...............................................................................................................19
Incidência Crânio Caudal Exagerada........................................................................................19
Incidência Crânio Caudal Exagerada Medial ou (CLEAVAGE)...................................................20
Caudocranial.............................................................................................................................20
Incidência "Rolada"...................................................................................................................20
Incidência em perfil com O Tubo em 90º.................................................................................21
Incidência Axilar.......................................................................................................................22
Mamografia de mamas com Implantes de Silicone (Método de Eklund).................................22
BIRAD’S.....................................................................................................................................24
Referências Bibliográficas........................................................................................................26
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História do Rastreamento Mamário
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Material genético: é toda a informação contida nos genes, formados pelo
ácido desoxirribonucleico D.N.A e localizados no núcleo celular. Os genes são
responsáveis pela produção de todas as nossas proteínas, que determinam
tudo, isto é, desde a estrutura à função do nosso corpo, bem como o
comportamento e aparência normal das células, além de conferir todas as
características físicas únicas que formam o conjunto de cada indivíduo.
A partir do momento em que uma célula carrega uma lesão em seu
material genético D.N. A, ela passa a ser uma célula alterada, sendo
denominada MUTADA. Uma vez alterado o D.N. A, o corpo consegue, quase
sempre, promover o reparo desses danos através de mecanismos que
recompõem as atividades celulares. Com o passar dos anos as alterações que
não foram reparadas foram se acumulando e, eventualmente, podem levar à
perda de controle dos processos vitais da célula, uma vez que a célula sofre
mutação não mais obedece aos sinais internos. Deste modo, a célula que
sofreu mutação passa agir independentemente em vez de cooperativamente,
dividindo-se de modo descontrolado, até formar uma massa celular
denominada TUMOR.
A mamografia na década de 1990 passou a ser um dos exames
radiológicos mais requisitados.
A mamografia é o método mais efetivo de diagnóstico precoce, na
atualidade. Segundo Der Shaw, é a única área da radiologia em que é possível
buscar, de modo sistemático, o câncer em estágio ainda curável. Um exame
com alto padrão de qualidade pode visualizar, em 85% a 90% dos casos, um
tumor com mais de dois anos de antecedência de ocorrer acometimento
ganglionar, em mulheres com mais de 50 anos de idade. Sua especificação é
de aproximadamente 90% ou mais, sendo, portanto, o exame “padrão ouro” na
detecção precoce no câncer de mama.
De acordo com a literatura, mamografia tem sensibilidade entre 88% e
93,1% e especificidade entre, e a utilização desse exame como método de
rastreamento reduz a mortalidade em 25%.
Em 1992, em virtude da campanha da Sociedade Americana de
Cancerologia na qual todas as mulheres acima de 40 anos devem ser
submetidas à mamografia de triagem.
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O objetivo da mamografia é produzir imagens detalhadas com alta
resolução espacial da estrutura interna da mama para possibilitar bons
resultados diagnóstico.
A diferença radiográfica entre o tecido normal e o tecido doente é
extremamente tênue; portanto, a alta qualidade do exame é indispensável para
alcançar uma resolução de alto contraste que permita essa diferenciação.
Cada componente na formação sequencial da imagem é indispensável
para o seu sucesso, desde o posicionamento do paciente para a aquisição da
imagem até a qualidade e estado do negatoscópio.
Para garantir o desempenho da mamografia, a imagem obtida deve ter
alta qualidade e, para tanto, são necessários: equipamento adequado, técnica
radiológica correta, conhecimento, prática e dedicação dos profissionais
envolvidos.
Quando que um tumor é classificado como benigno?
Quando ele não invade os tecidos vizinhos ou se transloca, através da
corrente sanguínea, para outros órgãos. Esses tumores são quase sempre
facilmente removidos cirurgicamente.
Por outro lado, as células tumorais crescem e se dividem, invadindo
outros locais, são denominadas de malignas ou cancerosas. Essas células
podem ter a habilidade de se espalhar pelos tecidos sadios do corpo, por um
processo conhecido como METÁSTASE, invadindo outros órgãos e formando
novos tumores.
Portanto, o câncer pode ser definido como uma doença degenerativa
resultantes do acúmulo de lesões no material genético das células em questão,
o que induz o processo de crescimento, reprodução e dispersão normal das
células (metástase).
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Equipamentos e Noções de Física
Objetivo: produzir imagens de alta resolução e contraste utilizando à menor
doze de radiação possível.
A física na mamografia merece atenção devido a:
1-Microcalcificações (tão pequeno quanto 0,1 a 0,3)
2-Detectabilidade de Baixo Contraste;
3-Dose de radiação.
Partes do Equipamento
Tubo de raios-x
Painel de controle
Sistema de compressão
Barreira protetora
Sistema bucky
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A mamografia necessita de tubos especiais que, devido às propriedades
especificas de seu ânodo e o emprego de filtros especiais, que dão origem a
uma radiação de baixa energia, quando comparada com os demais métodos de
diagnósticos por imagem que se utiliza de radiação ionizante. Essa radiação se
faz necessária na mamografia, para que se possa ter um alto contraste entre
os tecidos.
1-MANUAL.
2-FORÇA: entre 11 e 18 kgf;
3-Bandeja com ângulo reto;
4-Aumenta a resolução espacial;
5-Diminui a magnificação;
6-Diminui espalhamento;
7-Reduz superposição;
8-Tecido mamário uniforme;
9-Redução da dose absorvida pelo tecido.
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densidade óptica no filme ou mais próxima a parede torácica ou mais próxima
ao mamilo.
A Paciente da Mamografia
Ao realizar um exame para rastreamento mamário (mamografia), dois
fatores devem ser levados em conta o primeiro é o fator técnico, o segundo
fator de extrema importância, são os sentimentos da paciente. Todas as vezes
que uma mulher ela é submetida a este tipo de exame, diferente de qualquer
outro tipo de exame, ela é submetida a um stress, pelo fato da mama ser um
símbolo da sensualidade feminina. Tensão que a cliente apresenta contração
muscular, dificultado a técnica de posicionamento, causando dor no momento
compressão, fazendo com que o exame seja incômodo do que realmente é.
O grupo de mulheres que recorrem ao exame mamo gráfico, pode ser
dividido em dois grupos:
1-Com sintomas nos tecidos mamários (dor, nódulos palpáveis, etc.).
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2-Assintomáticas, que fazem o exame para detecção precoce de câncer de
mama.
O que deve ser levado em conta que alguns sentimentos que a paciente
venha apresentar independente do motivo que leva a mesma a realizar o
exame.
Vergonha de ter sua privacidade invadida, na medida em que ela é
“obrigada” a expor uma parte de seu corpo tão íntima e tão importante para a
sua sensualidade.
Ansiedade pelo resultado do exame, pois o diagnóstico de um câncer de
mama pode significar, para ela, a mutilação de sua mama.
Medo de forma como o exame é realizado, pois, muitas mulheres que já
tiveram a experiência desagradável anteriormente, espalham uma péssima
fama deste exame.
A Ansiedade da Paciente
Infelizmente é quase inevitável a comparação entre a mamografia e o
câncer de mama.
Quando uma paciente é submetida à mamografia é quase que
automática e, neste caso devemos lembrar que, o fato de se diagnosticar um
câncer de mama leva a uma cirurgia que, dependendo do estágio da doença,
significa uma mutilação para essa mulher. A ansiedade da mulher pode variar
desde uma leve apreensão a um estado francamente patológico. Em alguns
momentos, a ansiedade da paciente pode se revelar em atitudes distintas, tais
como:
Demonstração de hipersensibilidade das mamas, na tentativa de impedir
a realização do exame e, assim “fugir” do resultado.
Agressividade em relação ao serviço ou ao profissional que está
realizando o seu exame.
Paciente não colaborativa, se mostrando resistente à realização dos
procedimentos normais do exame, mostrando recusa em relação a responder o
questionário prévio, aceitar a compressão ou os posicionamentos, aceitar
incidências complementares ou os prazos normais, estipulados pelo serviço
para a entrega do resultado.
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Dependendo do tipo de procedimento que a paciente vai realizar, o grau
de ansiedade pode se apresentar em diferentes níveis. A mamografia em
paciente assintomática costuma causar um menor grau de ansiedade, mas,
qualquer procedimento adicional, como a repetição de uma radiografia ou a
realização de uma incidência adicional pode elevá-lo. Desta forma, os exames
que saem da rotina, tais como realização de exame em pacientes com nódulos
palpáveis ou procedimentos invasivos (biópsias ou agulhamento pré-cirúrgico)
também costumam elevar o grau de ansiedade.
Anatomia da Mama
O tamanho da mama varia de uma mulher para outra e, inclusive, na
mesma mulher, dependendo da sua idade e da influência dos vários
hormônios. No entanto, a mama se estende, para baixo, da porção anterior da
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segunda costela, até sexta ou sétima costela, e da borda lateral do esterno até
a axila.
Anatomia da Superfície
A anatomia da superfície inclui o mamilo, uma pequena projeção que
contém uma coleção de aberturas de ductos provenientes das glândulas
secretoras no interior do tecido mamário.
A área pigmentada que circunda o mamilo é denominada aréola, definida
como uma área circular de cor diferente que circunda um ponto central.
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A junção da parte inferior da mama com a parede anterior do tórax é
chamada de prega inframamária.
O prolongamento axilar é uma faixa de tecido que envolve o músculo
peitoral lateralmente.
Há Tecido mamário que chega até a axila é denominada cauda da mama ou
prolongamento axilar da mama.
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Anatomia – Visão Frontal
O tecido glandular da mama é dividido em 15 a 20 lobos dispostos como
os raios de uma roda em torno do mamilo.
Os lobos glandulares, constituídos de lóbulos individuais, não estão
separados, mas se encontram agrupados em um arranjo radial. Distalmente, os
lóbulos menores consistem em aglomerados de alvéolos arredondados. Esses
grupos de alvéolos que formam os lóbulos são interconectados e drenam
através de ductos individuais. Cada ducto se dilata em uma pequena ampola
que serve como um reservatório de leite, um pouco antes de terminar em uma
minúscula abertura na superfície do mamilo.
Uma camada do tecido adiposo logo abaixo da pele circunda e recobre o
tecido glandular. O tecido adiposo dos lóbulos mamários, a gordura
subcutânea, está entremeada nos elementos glandulares. O tecido conjuntivo
(ou fibroso) interlobular circunda e dá apoio aos lobos e a outras estruturas
glandulares. Extensões formando faixas de tecido fibroso são conhecidas como
ligamentos de Cooper (ou suspensor) da mama, e sua função é dar suporte às
glândulas mamárias.
Cada mama é abundantemente suprida por vasos sanguíneos, nervos e
vasos linfáticos.
Geralmente, algumas veias maiores podem ser distinguidas na
mamografia.
O termo trabéculas é usado pelos radiologistas para descrever as várias
estruturas de pequeno tamanho encontradas na radiografia, como vasos
sanguíneos, ductos e outras, que não podem ser diferenciadas.
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Classificação da Mama
Na Mamografia, tanto a espessura da mama comprimida quanto a
densidade do tecido contribuem para a seleção técnica. É fácil determinar o
tamanho ou espessura da mama, mas a densidade dela é menos evidente e
requer informações adicionais. A densidade relativa da mama é afetada
basicamente pelas características mamárias inerentes do paciente, estado
hormonal, idade e gestações.
Portanto, as mamas podem ser classificadas em três categorias,
dependendo das quantidades relativas de tecido glandular versus adiposo,
sendo:
Mama Fibroglandular
A mama jovem geralmente é muito densa, pois contém quantidade
relativamente pequena de tecido adiposo. A faixa etária comum para a mama
fibroglandular varia da pós-puberdade até cerca de trinta anos, mas, as
mulheres com mais de 30 anos que nunca amamentaram provavelmente
também pertencerão a este grupo. Mulheres grávidas ou lactentes de qualquer
idade também sã incluídas neste porque um tipo de mama muito denso.
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adiposo para uma distribuição mais igual de tecido gorduroso e fibroglandular,
este grupo varia dos 30 aos 50 anos idade, a mama não é tão denso quanto no
grupo jovem. Radiologicamente, esta mama tem densidade média e requer
menor exposição que a mama do tipo fibroglandular. Várias gestações na vida
reprodutiva de uma mulher acelerarão o desenvolvimento de sua mama para
esta categoria Fibrogordurosa.·.
Mama Gordurosa
Ocorre após a menopausa, comumente a partir dos 50 anos de idade.
Após a idade reprodutora da mulher, a maior parte do tecido glandular da
mama sofre atrofia, sendo convertida em tecido adiposo em um processo
denominado involução. É necessária uma exposição ainda menor neste tipo de
mama que nos primeiros dois tipos. As mamas das crianças e da maioria dos
homens contêm principalmente gordura em pequenas proporções e, portanto,
também pertencem a esta categoria.
Métodos de Localização
Dois métodos são comumente usados para subdividir a mama em
pequenas áreas com o propósito de descrever a localização de lesões
encontradas.
Sistema de Quadrante: é mais fácil de ser usado. Podem ser descritos quatro
quadrantes que utilizam o mamilo como o centro.
QSE _quadrante superior externo
QSI _ quadrante superior interno
QIE _ quadrante inferior externo
QII _ quadrante inferior interno
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Deve ser ter o cuidado de escolher a posição correta, para evitar áreas
de pele para que não ocorra subexposição. A posição 2 (meia lua central) é a
mais indicada. Se a mesma for colocada na posição 1 (meia lua mais próxima
do tórax) o detector iria receber a radiação emergente da área de gordura
(tecido adiposo) resultando em uma imagem com hiperdensidade (clara).
Quando na posição 3 apesar de esta indicando o local sobre a mama o em
algumas ocasiões o detector irá fazer a mensuração da radiação emergente de
uma área mal comprimida que apresenta uma espessura menor do que a
encontrada na posição 1 e 2.
Assim quando for necessária a seleção entre posicionar o AEC sobre
uma área de tecido adiposo ou área de parênquima, deve então se optar pelo
parênquima, por ser uma estrutura mais densa.
Incidências de Rotina
As incidências básicas ou padrões, também algumas vezes
denominadas incidências de rotina ou rotinas do serviço, são as incidências ou
posições comumente realizadas na maioria dos serviços de mamografia.
(CC) Crânio-Cauldal.
A mama é projetada com o feixe de raios x em uma projeção supero
inferior. Deve-se tomar o cuidado de tracioná-la para que não seja excluída
nenhuma região de interesse. Como a mama possui certa mobilidade em
relação à caixa torácica, pode-se lançar mão desse recurso para um melhor
posicionamento em CC. A radiografia com a mama relaxada não possibilita um
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bom posicionamento da mesma. Deve ser realizada uma suspensão do tecido
mamário até um ponto máximo de mobilidade, levando a mama até o vértice da
mama com o limite do abdômen região denominada de sulco inframamário,
para então realizar uma tração da mama.
Após realizar a suspensão da mama deve fazer a tração sem soltar e
realizar assim a compressão.
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Feixe de raios x perpendicular à margem lateral do músculo peitoral
maior.
A paciente deve ser colocada em frente ao mamógrafo com o MS do
lado que será radiografado formando um ângulo de 90º em relação à caixa
torácica.·.
O músculo peitoral maior e a axila e o tecido mamário sobre o bucky,
para isso traciona-se a mama desde a região lateral para a medial e superior
para que o sulco inframamário seja evidenciado. Centralizar a mama, o mamilo
deve estar paralelo em relação ao filme.
O receptor de imagem deve permanecer mais próximo dos quadrantes
externos. A mama deve ser posicionada e pressionada de modo que fique
assimétrica.
OBS: Durante o posicionamento a técnica deve estar atenta e continuar tendo
atenção no posicionamento para que a paciente não recue ou contraia a
musculatura, daí então a técnica deve com uma das mãos tracionarem para
frente e suspender a mama. Com a outra mão sobre o ombro da paciente,
abraçando-a, atentar para que ela mantenha o ombro relaxado sobre o bucky,
efetuando então a compressão.
Incidências Complementares
As incidências complementares são incidências ou posições mais
comuns realizadas como extras ou adicionais para demonstrar melhor certas
condições patológicas ou partes específicas do corpo.
Compressão Seletiva
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A compressão seletiva pode ou não ser acompanhada por ampliação.
Esta manobra é realizada utilizando para tal um compressor pequeno, sua
forma quadricular ou redonda. Esses compressores têm a finalidade dissociar
estruturas que causam dúvidas no diagnóstico, como por exemplo, uma
densidade assimétrica. Essa técnica pode ser utilizada em qualquer incidência
tanto na MLO, CC etc. O método mais prático é localizar primeiramente a área
de interesse ma radiografia. Após essa localização utilizando os dedos, medir o
quanto está área assimétrica está distante do mamilo. Repetir a mesma
medição na mama e marcar a área com uma caneta, daí então realizar a
compressão do tecido mamário.
Incidência Tangencial
A exposição do tecido mamário após cirurgia necessita de uma atenção
especial por parte do profissional em radiologia, para uma aquisição de boa
qualidade visando distinguir achados radiológicos diretamente relacionados à
cirurgia como, por exemplo, pacientes que foram submetidos à
quadrantectomia, esse local pode existir pontos cirúrgicos calcificados ou uma
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recidiva de um tumor. A incidência tangencial com marcadores metálicos se faz
necessária quando a cliente apresenta cicatriz cirúrgica prévia. Algumas
aquisições apresentam imagens com calcificações que podem ser oriundas de
pontos cirúrgicos calcificados ou de sinais de pele. As alterações teciduais,
como verruga, por terem uma densidade mais aumentada quando comparadas
com a pele, podem aparecer na imagem mamográfica como nódulos,
microcalcificações, favorecendo para um falso diagnóstico. Para que tal dúvida
não ocorra ao se deparar com uma mama com alterações na pele, é importante
a realização de incidências rotineiras como CC e MLO, no caso de uma
alteração na imagem adquirida realiza uma dessas incidências levando em
conta a que melhor produz essa alteração, com um marcador metálico sobre a
lesão.
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tracionam-se as mamas colocando-as sobre o bucky, em consequência desta
manobra ambos tecidos mamários em sua porção média sofrerão exposição da
radiação, sendo então visualizadas após o processo de revelação.
Caudocranial
É uma incidência craniocaudal, inverso, ou seja, com uma projeção
ínfero-superior (RCC = reverse craniocaudal).
Indicações:
Mama masculina ou mama feminina muito pequena (se houver
dificuldade de realizar a craniocaudal, face ao pequeno volume da mama),
paciente com marca-passo, paciente com cifose acentuada, Paciente gestante
(nos raros casos em que há indicação de mamografia em gestantes, o exame
deve ser realizado com avental de chumbo no abdome e as incidências básicas
também são CC e MLO, podendo a CC ser substituída pela RCC se o volume
abdominal permitir).
Incidência "Rolada"
Está incidência tem por finalidade descartar a imagem com alteração,
imagens essas que podem ter sido criadas pela soma de duas ou mais
estruturas, assim a incidência (rolada) poderá ser útil para dissociar as
imagens. A mama é então posicionada em uma projeção supero inferior CC e
(rolada) para direita ou para a esquerda e, após isso se efetua a compressão.
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Incidência Axilar
Esta incidência deve incluir, obrigatoriamente, parte do prolongamento
axilar.
Indicação:
Suspeita de nódulo na região axilar e que não pode ser visibilizada na
incidência média lateral oblíqua. Mamas tratadas com cirurgia conservadora e
esvaziamento axilar, verificação do posicionamento do fio metálico, após
marcação pré-cirúrgica de lesões não palpáveis e manobra angular.
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BIRAD’S
O termo BIRADS é um acrônimo para Breast Imaging Reporting and Data
System, ou seja, é uma sistematização internacional para a avaliação mamária,
interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem
especificamente da mama. Esta classificação deve ser aplicada nos laudo
de mamografia, ultrassonografia mamária e ressonância nuclear magnética
das mamas e assegura maior confiabilidade ao exame. É uma padronização
mundialmente adotada - em qualquer lugar do mundo, qualquer médico
especialista nesta área entenderia uma classificação BIRADS 5, por exemplo.
O BIRADS é um manual de padronização que permite analisar as
características das lesões mamárias (cistos, nódulos, calcificações) e estimar o
risco de ser câncer de mama. Já aproveitamos para ressaltar que a maioria
dos nódulos e das microcalcificações mamárias são benignos, ou seja, a
presença em si de nódulos ou microcalcificações não quer dizer de forma
alguma que o paciente está com câncer de mama.
A categorização é usada da seguinte maneira: o profissional médico que esta
fazendo e/ou analisando o exame de imagem irá avaliar as alterações
presentes no teste e classificá-las dentro dos critérios do BIRADS. A
categorização é separada por notas, que vão de zero a seis:
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de mama
Exame limitado - avaliação Não é possível Necessita de exames
0
incompleta estimar adicionais
1 Exame normal Muito baixo Controle anual
2 Alterações benignas Muito baixo Controle anual
Exame provavelmente Controle semestral por
3 2%
benigno um período de tempo
Necessita realização
4 Lesão suspeita para câncer 20%
de biópsia
Lesão altamente suspeita Necessita realização
5 95%
para câncer de biópsia
Lesão já com diagnóstico de
6 100% Tratamento oncológico
câncer
BIRADS 1 e 2
O mais comum é exames normais - nota 1 e 2 - passarem para notas 3 e 4 de
acordo ao envelhecimento, podendo estar associados a doenças benignas e
malignas da mama. Ou seja, ao longo da vida da mulher podem ocorrer
algumas alterações na mama que necessitam de uma conduta mais especifica
por parte do médico.
BIRADS 3
Mulheres cujo exame de mama tem nota 3 devem fazer o controle semestral
por 1 a 2 anos. Se estiverem estáveis neste período poderão ser
reclassificadas para BIRADS 2. A pesar de ter um risco de câncer estimado de
2%, a biópsia não se faz uma necessidade obrigatória, pois a própria biópsia
pode trazer problemas e malefícios para a paciente. A conduta mais
recomendada neste grupo, conforme recomendação da Sociedade Brasileira
de Mastologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e demais
sociedades médicas mundiais, é o controle semestral com um médico
especialista.
BIRADS 4
Mulheres que apresentam BIRADS 4 necessitam de biópsia. A biópsia pode ser
de agulha fina ou de agulha grossa (core biopsy ou mamotomia) a depender de
cada caso. Desta biópsia poderíamos ter as seguintes situações:
Laudo benigno: basta apenas controle. Terá a sua nota rebaixada para 2
Laudo suspeito (presença de alteração): poderá ser necessária uma
pequena cirurgia para adquirir mais material e descartar de vez a
suspeita de câncer
Laudo maligno: será necessária uma cirurgia oncológica.
BIRADS 5
Uma mamografia ou demais exames de mama com BIRADS 5 demonstra que
a suspeita de câncer neste grupo é altíssima. Nesse caso, elas necessitam
obrigatoriamente de cirurgia. O médico ou médica pode até optar por uma
biópsia antes da cirurgia, mas esta lesão precisa ser completamente removida
cirurgicamente.
BIRADS 6
Nesse caso, a mulher está apenas fazendo um acompanhamento. Por algum
motivo o médico necessitou fazer mais exames mamários, e os testes de
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princípio já terão nota 6 por questão de normatização do manual BIRADS.
Também é de tratamento cirúrgico.
Os resultados podem alterar?
É importante ressaltar que as notas podem se alterar com o passar do tempo,
conforme o avanço ou a regressão do câncer. Para as pacientes com suspeita
ou com diagnóstico de câncer de mama (BIRADS 4 ou 5) é esperado que os
exames venham com laudos BIRADS 2 após completarem o tratamento,
denotando que o problema realmente está eliminado.
Outra dúvida frequente é que os exames de imagem podem ter classificação
BIRADS completamente distintas entre si, por exemplo, a mamografia pode ser
nota 2, a ultrassonografia nota 3 e a ressonância mamária nota 4 - pois a
classificação é aplicada para cada exame de forma independente. Nesses
casos, o médico irá avaliar qual a melhor conduta.
BIRADS 0
Uma outra possibilidade é o BIRADS 0, cuja tradução é que o exame detectou
alguma coisa, mas não conseguiu esclarecer o problema. Esta classificação
não é motivo nem para preocupação e nem para tranquilidade, pois o exame
não serviu para se alcançar um diagnóstico preciso. Nesta classificação se faz
necessário a realização de exames adicionais.
Referências Bibliográficas
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