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ABNT/CB-31

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15316-3


SETEMBRO:2008

Chapas de fibras de média densidade - Parte 3: Métodos de ensaio

APRESENTAÇÃO
1) Este 1º Projeto foi elaborado pela CE-31:000.07 - Comissão de Estudos de Painéis de Fibra
de Madeira - do ABNT/CB-31 - Comitê Brasileiro de Madeira, nas reuniões de:

19/07/2007 17/10/2007 28/11/2007


16/01/2008 12/03/2008 15/04/2008

2) Este Projeto é previsto para cancelar e substituir a ABNT NBR 15316-3:2006, quando
aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor;

3) Não tem valor normativo;

4) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Participante Representante

Abimci Luciane Torquato


Abipa Rosane Dill Donati
Berneck Leonir Antonio da Silveira
Duratex José Reinaldo S. Astolphi
Eucatex Marcos Cesar Forti Passaroni
Georgia Pacific Jonatan Carlos de Souza
Ufpr Sidon Keinert Jr.
Masisa Atilio Formagio
Arauco Anderson Ribeiro de Assunção
Tecpar Lúcio Bolognesi
Ufrrj Edvá Oliveira Brito
Ufpr/Ltm Jorge Luis M. de Matos
Ufpr/Ltm Silvia A.A. Romão
Tafisa Ricardo Y. Kizuka
Ufpr Setsuo Iwakiri
Battistella Luciano Battistella
Berneck Luis César Ribeiro
Sudati Carlos Buest

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15316-3
SETEMBRO:2008

Chapas de fibras de média densidade - Parte 3: Métodos de ensaio

MEDIUM DENSITY TIBERBOARD - Part 3 Testing Methods

Palavras-chave: Chapas de Fibras de Média Densidade


Descriptors: MEDIUM DENSITY TIBERBOARD.

Sumário
Prefácio
1 Escopo
2 Referências Normativas
3 Definições
4 Generalidades
5 Obtenção, preparação e acondicionamento de corpos-de-prova para ensaios.
5.1 Aparelhagem
6 Métodos de ensaio
6.1 Determinação da densidade
6.2 Determinação do empenamento
6.3 Determinação da espessura
6.4 Determinação do esquadro
6.5 Determinação da expansão linear
6.6 Determinação do perfil de densidade
6.7 Determinação do inchamento e absorção de água
6.8 Determinação da largura e do comprimento
6.9 Determinação da resistência ao arrancamento de parafuso
6.10 Determinação da resistência à flexão e módulo de elasticidade
6.11 Determinação da resistência superficial
6.12 Determinação da resistência à tração perpendicular
6.13 Determinação da retilineidade
6.14 Determinação do teor de formaldeído pelo método perforator
6.15 Determinação do teor de umidade
6.16 Determinação de resistência à umidade: Opção 1: Teste cíclico
6.17 Determinação de resistência à umidade: Opção 2: Ensaio em água em ebulição
6.18 Determinação do teor de sílica em painéis de fibra de madeira de média densidade
(MDF)
6.19 Determinação de absorção superficial em painéis de fibra de madeira de média
densidade (MDF)
6.20 Determinação do teor de formaldeído pelo método da câmara
7 Anexo A (informativo)
8 Anexo B (informativo)
9 Anexo C (normativo)
10 Anexo d (informativo)
11 Anexo E (informativo)
12 Anexo F (informativo)
13 Anexo G (normativo)

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14 Anexo H (informativo)
15 Anexo J (informativo)
16 Anexo L (informativo)
17 Anexo M (informativo)
18 Anexo N (informativo)
19 Anexo P (normativo)
20 Anexo Q (informativo)
21 Anexo R (informativo)
22 Anexo S (informativo)
23 Anexo T (normativo)
24 Anexo U (normativo)
25 Anexo V (normativo)

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de
Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudos Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

Esta parte da ABNT NBR 15316, sob o título geral “Chapas de fibras de média densidade”, tem previsão de conter
três partes:
- Parte 1: Terminologia;
- Parte 2: Requisitos;
- Parte 3: Métodos de ensaio.

Esta parte da ABNT NBR 15316 contém os anexos A, B, D, E, F, H, J, L, M, N, Q, R e S de caráter informativo, e


os anexos C, G, P, T, U e V, de caráter normativo.
Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus
comentários, com documentação comprobatória.

1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR 15316-3 estabelece os métodos para a obtenção, preparação e acondicionamento de
corpos-de-prova de chapas de fibras de média densidade (MDF) e para a determinação das propriedades físicas,
mecânicas e químicas destes ou de chapas de fibras de média densidade (MDF) inteiras.

This part of the ABNT NBR 15316-3 establishes the methods of obtaining, preparing and conditioning of medium
density tiberboard (MDF) teste pieces and for the determination if phisics, mechanics and chemicals properties of
the test pieces and the full medium density tiberboard (MDF).

2 Referências Normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

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ABNT NBR 5429:1985 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por variáveis - Procedimento
ABNT NBR 5430:1985 – Guia de utilização da ABNT NBR 5429 - Planos de amostragem e procedimentos na
inspeção por variáveis - Procedimento
ABNT NBR 15316-1 – Chapas de fibras de média densidade – Parte 1:Terminologia
ABNT NBR 15316-2 – Chapas de fibras de média densidade – Parte 2: Requisitos

3 Definições

Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15316, aplicam-se as definições da ABNT NBR 15316-1

4 Generalidades
A metodologia especificada para a determinação das propriedades físicas, mecânicas e químicas de corpos-de-
prova ou de chapas de fibras de média densidade (MDF) inteiras contida nesta parte da ABNT NBR 15316, bem
como os planos de amostragem e procedimentos na inspeção por variáveis, estabelecidos pelas ABNT NBR 5429
e ABNT NBR 5430, devem ser usados para determinar a conformação dos produtos aos requisitos especificados
na ABNT NBR 15316-2, bem como para determinar outras propriedades que não façam parte dos requisitos nela
especificados.

5 Obtenção, preparação e acondicionamento de corpos-de-prova para ensaios.

5.1 Aparelhagem

A aparelhagem necessária para a obtenção, preparação e acondicionamento de corpos-de-prova para ensaios é a


descrita a seguir:
a) giz de cera azul ou preto;
b) paquímetro;
c) escala milimetrada com 2 m de comprimento, ou superior;
d) serra circular com dentes de metal duro, com guia.
5.1.1 Procedimento

5.1.1.1 Amostragem

Amostrar aleatoriamente conforme critério estabelecido nas ABNT NBR 5429 e ABNT NBR 5430.
5.1.1.2 Corpos-de-prova

Os corpos-de-prova devem ser obtidos da chapa amostrada nas dimensões e quantidades necessárias para
execução dos ensaios, conforme especificado na tabela 1.
5.1.1.3 Preparação dos corpos-de-prova

5.1.1.3.1 Estabilização

Antes de serem ensaiados, os corpos-de-prova necessariamente devem sofrer um período de estabilização de no


mínimo 72 h após a produção.
5.1.1.3.2 Acondicionamento

Antes de serem submetidos aos ensaios, os corpos-de-prova devem ser acondicionados em câmara climática até
atingir a umidade de equilíbrio, nas condições de (65 ± 5)% de umidade relativa e temperatura de (20 ± 3)°C.
NOTA Para o ensaio de teor de umidade, deve-se desconsiderar este acondicionamento. Para mais esclarecimentos, ver
6.18.

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Tabela 1 - Dimensões dos corpos-de-prova para ensaios de avaliação de chapas de fibras de


média densidade (MDF)

Comprimento Largura Quantidade


Avaliações fisico-mecânicas Notas
mm mm de corpos-de-
prova

Densidade 50 50 10 1
Tração perpendicular 50 50 10
Resistência superficial 50 50 10 5
Flexão estática 20*e+50 50 10 2e3
Teor de umidade 50 50 10
Inchamento 50 50 10
Absorção de água 50 50 10
Arranque de parafuso
- Superfície 75 50 10 4
- Topo 75 50 10
Empenamento 1000 100 2 2
Expansão linear 200 50 10 2
Absorção superficial 300 100 3 6
Teor de formaldeído método
25 25 - 7
perforator
Teor de formaldeído método da
2000 1000 3
câmara de teste grande
Teor de formaldeído método da 8
500 500 2
câmara de teste de 1m³
Teor de formaldeído método da
280 200 2
câmara de teste de 0,225m³
NOTAS
1 Podem ser utilizados corpos-de-prova até 100 mm x 100 mm.
2 Os corpos-de-prova devem ser obtidos metade no sentido transversal e metade no sentido longitudinal
das chapas.
3 Para chapas de fibras de média densidade, em espessuras < 5 mm, o comprimento do CP é fixo em
150 mm, e para espessuras > 22 mm, o comprimento do CP é fixo em 500 mm.
4 A espessura mínima exigida é de 14 mm.
5 Para chapas de fibras de média densidade de espessura ≤ 9 mm, deve ser colado ao CP corpo-de-
prova auxiliar para garantir espessura mínima de 12 mm (evitar deflexão do CP e resultado incorreto).
6 A dimensão de comprimento deve ser na direção do lixamento. Para cada painel devem ser retirados
três corpos-de-prova.
7 O grupo de amostras de 25mm x 25mm x espessura deve ter no mínimo 500 g de massa
8 Número mínimo de amostras para o método da câmara

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6 Métodos de ensaio
6.1 Determinação da densidade
6.1.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) medidor de espessura com resolução de 0,1 mm;
b) paquímetro;
c) balança com resolução de 0,1 g.

6.1.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.

6.1.3 Procedimento
6.1.3.1 Determinação da espessura
Após os corpos-de-prova terem sido devidamente identificados, determinar a espessura com resolução de 0,1
mm. Medir a espessura em cinco pontos de cada corpo-de-prova, sendo um no centro e os demais como
mostrado na figura 1.
6.1.3.2 Determinação do comprimento e da largura
Após os corpos-de-prova terem sido devidamente identificados, determinar o comprimento e a largura, utilizando
um paquímetro com resolução de 0,1 mm.
6.1.3.3 Determinação do peso
Pesar os corpos-de-prova em balança com resolução de 0,1 g e anotar as medidas efetuadas.
Dimensões em milímetros

Figura 1 - Pontos de medição no corpo-de-prova

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6.1.4 Cálculos e expressão dos resultados


6.1.4.1 Cálculos
Calcular a densidade de um corpo-de-prova, através da equação:
M
D= x 1 000 000
V

sendo :
V=LxCxE
onde:
D é a densidade do corpo-de-prova, em quilogramas por metro cúbico;
M é a massa do corpo-de-prova, em gramas;
V é o volume do corpo-de-prova, em milímetros cúbicos;
L é a largura do corpo-de-prova, em milímetros;
C é o comprimento do corpo-de-prova, em milímetros;
E é a espessura do corpo-de-prova, em milímetros.
NOTA Para fins práticos, o peso determinado em 6.1.3.3 é considerado massa.

6.1.4.2 Expressão dos resultados


O resultado deve ser a média das densidades dos corpos-de-prova ensaiados, expressas em quilogramas por
metro cúbico, com exatidão de 1 kg/m3.
6.2 Determinação do empenamento
6.2.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) escala milimetrada;
b) câmara de climatização;
c) dispositivo para medir empenamento, acoplado com relógio comparador (ver figura A.1).
6.2.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.2.3 Procedimento
6.2.3.1 Acondicionamento
As amostras devem ser climatizadas por 24 h em câmara de climatização a (65 ± 5)% de umidade relativa e (25 ±
3)°C, permanecendo suspensas em posição vertical com apoio somente na parte superior.
6.2.3.2 Regulagem
O relógio comparador dever ser regulado, zerando-o através de uma chapa-guia (padrão), colocada no local da
amostra.

6.2.3.3 Medição
Após o período de climatização, as amostras devem ser colocadas no dispositivo para medir o empenamento,
fazendo-se a leitura da flecha máxima no relógio comparador.

6.2.4 Expressão dos resultados


Os resultados devem ser expressos em milímetros por metro, com exatidão de 0,01 mm.

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6.3 Determinação da espessura


6.3.1 Aparelhagem
Para a execução do ensaio é utilizado um medidor de espessura com resolução de 0,1 mm.
6.3.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.3.3 Procedimento
6.3.3.1 Medição em corpos-de-prova
A determinação da espessura da chapa com a utilização de corpos-de-prova deve ser efetuada conforme 6.1.3.1.
6.3.3.2 Medição na chapa
a) levar o medidor de espessura até a borda da chapa, numa posição nunca inferior a 20 mm desta borda, de
modo que o ponto a ser medido esteja situado entre a base inferior e a base superior do aparelho de medição;
b) pressionar a cabeça da haste do medidor de espessura até que a base superior encoste na superfície da
chapa e efetuar a leitura;
c) efetuar as operações de a) e b) nos seis pontos indicados na figura 2, sendo quatro pontos nos cantos e dois
pontos intermediários ao longo do comprimento das chapas, no sentido longitudinal.

Dimensões em milímetros

Figura 2 - Pontos da superfície da chapa adotados para a determinação da espessura

6.3.4 Expressão dos resultados


6.3.4.1 Espessura dos corpos-de-prova
O valor obtido pelo medidor de espessura deve ser registrado em milímetros, com exatidão de uma casa decimal.
6.3.4.2 Espessura das chapas
O valor deve ser a média dos seis pontos avaliados, conforme leitura obtida pelo medidor de espessura, registrada
em milímetros, com exatidão de 0,1 mm.
6.4 Determinação do esquadro
6.4.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária à execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) paquímetro;
b) esquadro de metal, com dois lados adjacentes com comprimentos de 1 m.
6.4.2 Procedimento
6.4.2.1 Posicionamento do esquadro
Posicionar o esquadro sobre a superfície da chapa, em um de seus cantos, de forma que um dos lados adjacentes
seja coincidente com a borda transversal da chapa.

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6.4.2.2 Medição
Utilizando-se do paquímetro, medir a eventual diferença entre o extremo do outro lado adjacente do esquadro e a
borda transversal da chapa.
6.4.3 Expressão dos resultados
Os resultados devem ser expressos em milímetros por metro, com exatidão de 1 mm.
6.5 Determinação da expansão linear
6.5.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) dispositivo capaz de medir a expansão linear, acoplado com relógio comparador com resolução de 0,03 mm;
b) escala milimetrada;
c) câmara de climatização que opere na faixa de 50% a 100% de umidade relativa.

6.5.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.5.3 Procedimento
6.5.3.1 Comprimento inicial
Manter os corpos-de-prova na câmara de climatização a (65 ± 5)% de umidade relativa e a (25 ± 3)°C. Medir os
corpos-de-prova no seu comprimento com resolução de 0,03 mm, registrando-se os valores como condição inicial.
6.5.3.2 Acondicionamento
Acondicionar as amostras a (90 ± 5)% de umidade relativa e (25 ± 3)°C, por 24 h, em câmara de climatização.
6.5.3.3 Comprimento final
Após o período de acondicionamento, medir as amostras em seu comprimento com resolução de 0,03 mm,
registrando-se os valores como condição final.
6.5.4 Cálculos e expressão dos resultados
6.5.4.1 Cálculos
Calcular a expansão linear, utilizando a seguinte equação:
L90 - L65
EL = x 100
L65
onde:
EL é a expansão linear do corpo-de-prova, em porcentagem;
L90 é a medida do comprimento à umidade relativa de (90 ± 5)%;
L65 é a medida do comprimento à umidade relativa de (65 ± 5)%.
6.5.4.2 Expressão dos resultados
Os resultados devem ser expressos em porcentagem, com exatidão de 0,1%.
6.6 Determinação do perfil de densidade
Determinado em equipamentos específicos através de radioisótopos ou raios X.
6.7 Determinação do inchamento e absorção de água
6.7.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) micrômetro com resolução de 0,01 mm;
b) balança semi-analítica com resolução de 0,1 g;
c) recipiente com água destilada, com temperatura controlada termostaticamente a ± 1,0°C ;
d) dispositivo para manter o corpo-de-prova submerso no recipiente, conforme sugerido na figura B.1.

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6.7.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.7.3 Procedimento
6.7.3.1 Determinação da espessura e da massa
Após ter cortado e identificado o corpo-de-prova, proceder às determinações e anotações dos dados referentes à
medição da espessura no centro deste, com uma resolução de 0,01 mm, e de sua massa determinada em balança
semi-analítica, com resolução de 0,1 g.
6.7.3.2 Preparo do recipiente
Encher o recipiente com água destilada, de modo que, quando o corpo-de-prova ficar submerso, o nível de água
esteja cerca de 25 mm acima da superfície superior do corpo-de-prova.

6.7.3.3 Temperatura da água


Regular a temperatura do termostato para 20°C e ligar o equipamento; aguardar até a água atingir a temperatura
pretendida.
6.7.3.4 Imersão do corpo-de-prova
Após a água do recipiente atingir a temperatura desejada, submergir o corpo-de-prova com o auxílio de um
dispositivo, como descrito na figura B.1.

6.7.3.5 Medição da espessura e massa


Após 2 h ± 3 min e/ou 24 h ± 36 min de imersão, ou ambos os tempos, retirar o corpo-de-prova do recipiente e
remover o excesso de água com papel absorvente. Subseqüentemente, medir novamente a espessura do corpo-
de-prova em seu centro, com uma resolução de 0,01 mm, e obter o novo peso em balança semi-analítica com
resolução de 0,1 g, anotando os respectivos dados, bem como o(s) tempo(s) de imersão utilizado(s).

6.7.4 Cálculos e expressão dos resultados


6.7.4.1 Cálculos
Para o cálculo de inchamento da espessura do corpo-de-prova, utilizar a seguinte equação:
E1 - E 0
I= x 100,
E0
onde:
I é o inchamento em espessura do corpo-de-prova, em porcentagem;
E1 é a espessura do corpo-de-prova após o período de imersão considerado, em milímetros;
E0 é a espessura do corpo-de-prova antes da imersão, em milímetros.
Para o cálculo de absorção de água, utilizar a seguinte equação:
M1 - M 0
A= x 100
M0
onde:
A é a absorção de água, em porcentagem;
M1 é a massa do corpo-de-prova após imersão, em gramas;
M0 é a massa do corpo-de-prova antes da imersão, em gramas.
6.7.4.2 Expressão dos resultados
Os resultados devem ser referentes às médias dos valores avaliados, entre corpos-de-prova, expressos em
porcentagem, com exatidão de 0,1%.
6.7.4.3 Relatório de ensaio
O relatório de ensaio deve conter informação sobre o(s) tempo(s) de imersão utilizado(s) em 6.7.3.5, bem como
os valores médios para o inchamento em espessura e a absorção de água, avaliados em porcentagem em
6.7.4.1.

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6.8 Determinação da largura e do comprimento


6.8.1 Aparelhagem
Para a execução do ensaio é utilizada uma escala de 5 m de comprimento, com resolução em milímetros.
6.8.2 Procedimento
A determinação das dimensões das chapas é efetuada pela medição das quatro laterais, em milímetros, pelo
posicionamento da escala apoiada completamente sobre a chapa, mantendo-se uma distância de
aproximadamente 100 mm da lateral e observando o seu paralelismo com a lateral da chapa em toda a extensão a
ser medida.
6.8.3 Expressão dos resultados
O valor obtido na escala graduada deve ser registrado em milímetros, com exatidão de uma unidade.
6.9 Determinação da resistência ao arrancamento de parafuso
6.9.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária à execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) chave de fenda;
b) máquina furadeira;
c) escala milimetrada;
d) máquina universal de ensaios;
e) broca de 2,7 mm de diâmetro;
f) guia para introdução do parafuso no corpo-de-prova (ver figura C.1);
g) parafuso para madeira nº 10 (ver especificação na figura C.2);
h) acessórios para serem acoplados na máquina universal de ensaios, conforme mostrado nas figuras D.1 e
E.1.

6.9.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.9.3 Procedimento
6.9.3.1 Arrancamento de parafuso na superfície
6.9.3.1.1 Perfuração do corpo-de-prova
Perfurar, com o auxílio de uma broca de 2,7 mm de diâmetro, um orifício com profundidade de 15 mm, centrado na
superfície do corpo-de-prova.
6.9.3.1.2 Introdução do parafuso
Com o auxílio de um guia, demonstrado na figura C.1, introduzir o parafuso especificado na figura C.2 no corpo-
de-prova, a uma profundidade de 15 mm.
6.9.3.1.3 Acoplagem do corpo-de-prova
Acoplar o corpo de prova já com o parafuso fixado, nos acessórios da máquina universal de ensaios, conforme
figura F.1.
6.9.3.1.4 Execução do ensaio
Zerar o indicador de cargas, acionar o sistema de tração com velocidade de 10 mm/min e anotar a leitura obtida
do indicador de cargas.
6.9.3.2 Arrancamento de parafuso no topo
6.9.3.2.1 Perfuração do corpo-de-prova
Perfurar, com o auxílio de uma broca de 2,7 mm de diâmetro, um orifício com profundidade de 15 mm, centrado no
topo do corpo-de-prova.

6.9.3.2.2 Introdução do parafuso

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Com o auxílio de um guia, demonstrado na figura C.1, introduzir o parafuso especificado no corpo-de-prova.
6.9.3.2.3 Acoplagem do corpo-de-prova
Acoplar o corpo-de-prova já com o parafuso fixado nos acessórios da máquina universal de ensaios, conforme
figura F.2.
6.9.3.2.4 Execução do ensaio
Zerar o indicador de cargas da máquina universal de ensaios, acioná-la com velocidade de 10 mm/min e anotar a
leitura obtida no indicador de cargas.
6.9.4 Expressão dos resultados
O resultado deve ser a média dos valores obtidos através de leitura direta no indicador de cargas da máquina
universal de ensaios, devendo ser expressos em newtons, com exatidão de 0,1 N.
6.10 Determinação da resistência à flexão e módulo de elasticidade
6.10.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária à execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) máquina universal de ensaios com controle de velocidade;
b) medidor de espessura com resolução de 0,1 mm;
c) paquímetro;
d) escala milimetrada.
6.10.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.10.3 Procedimento
6.10.3.1 Posição do corpo-de-prova
Colocar os extremos do corpo-de-prova sobre os dois apoios da máquina universal de ensaios (ver figura G.1),
sendo que o comprimento do vão é de 20 vezes a dimensão da espessura, com comprimento mínimo de 100 mm,
de modo que o dispositivo para aplicar a carga coincida com o centro do corpo-de-prova. Previamente à colocação
dos corpos-de-prova, medir as dimensões de suas seções transversais, com resolução de 0,1 mm.
6.10.3.2 Execução do ensaio
Zerar o indicador de carga da máquina universal de ensaios e acioná-la com velocidade constante, sendo que o
rompimento do corpo-de-prova deve acontecer no intervalo de (60± 30)s.
6.10.3.3 Registro dos dados
Anotar as dimensões do corpo-de-prova e a carga no limite proporcional (P1) registrada no indicador de cargas da
máquina universal de ensaios, bem como o valor da força de ruptura lido no indicador de cargas da máquina
universal de ensaios.

6.10.4 Cálculos e expressão dos resultados


6.10.4.1 Cálculos
6.10.4.1.1 Módulo de ruptura
Calcular a resistência à flexão do corpo-de-prova através da seguinte equação:
1,5 x (P x D )
MOR =
B x (E ) 2
onde:
MOR é o módulo de ruptura, em newtons por milímetro quadrado;
P é a carga de ruptura lida no indicador de cargas, em newtons;
D é a distância entre apoios do aparelho, em milímetros;
B é a largura do corpo-de-prova, em milímetros;
E é a espessura média tomada em três pontos do corpo-de-prova, em milímetros.
6.10.4.1.2 Módulo de elasticidade

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/1


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Calcular o módulo de elasticidade do corpo-de-prova através da seguinte equação:


P1 x D 3
MOE=
d x 4 x B x E3
onde:
MOE é o módulo de elasticidade, em newtons por milímetro quadrado;
P1 é a carga no limite proporcional lida no indicador de cargas, em newtons;
D é a distância entre os apoios do aparelho, em milímetros;
d é a deflexão, em milímetros, correspondente à carga P1;
B é a largura do corpo-de-prova, em milímetros;
E é a espessura média tomada em três pontos do corpo-de-prova, em milímetros.
6.10.4.2 Expressão dos resultados
O resultado deve ser expresso em newtons por milímetro quadrado, com exatidão de 1 N/mm2 para o MOR e de
10 N/mm2 para o MOE.
6.11 Determinação da resistência superficial
6.11.1 Reagentes e materiais
Os reagentes e materiais necessários à execução do ensaio são os descritos a seguir:
a) adesivo termofusível, uréia-formol ou outro adesivo indicado;
b) lixa de grana 80;
c) escala milimetrada;
d) serra-copo com diâmetro interno de 35,7 mm.
6.11.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é descrita a seguir:
a) máquina universal de ensaios;
b) dispositivo metálico circular, conforme figura H.1;
c) acessórios da máquina universal de ensaios para que o dispositivo circular seja acoplado, conforme
mostrado na figura J.1.
6.11.3 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.11.4 Procedimento
6.11.4.1 Dimensionamento
Para produtos ainda na espessura bruta, lixar homogeneamente ambas as faces do corpo-de-prova, até atingir a
espessura nominal do produto em questão. Caso o produto já esteja na espessura nominal, dispensar esta
operação.
6.11.4.2 Confecção da ranhura
Marcar na superfície a ser ensaiada do corpo-de-prova seu centro geométrico com auxílio de uma régua. Em
seguida, confeccionar na superfície a ser ensaiada uma ranhura anelar, tendo como ponto central o centro
geométrico do corpo-de-prova. A área de ensaio deve ter 35,7 mm de diâmetro, e a ranhura uma profundidade
entre 0,3 mm e 1,0 mm.
6.11.4.3 Adesão do dispositivo de ensaio
Utilizando o adesivo, colar sobre a superfície ranhurada do corpo-de-prova um dispositivo metálico circular de
diâmetro semelhante à ranhura feita, conforme mostrado na figura H.1. Cuidar para que o excesso de adesivo
não ultrapasse a área determinada pela ranhura anelar. O centro do dispositivo metálico deve ser o mesmo do
corpo-de-prova.
NOTA: Para chapas de fibras de média densidade (MDF) de espessura ≤ 9 mm, é necessária a colagem de corpo auxiliar na
contraface do corpo-de-prova, de modo que o conjunto tenha espessura ≥12 mm, evitando assim deflexão do corpo-de-prova,
e resultado incorreto.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 12/1


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6.11.4.4 Acoplagem à maquina de ensaios


Após a cura total do adesivo, acoplar o conjunto nos acessórios da máquina universal de ensaios, conforme
mostrado na figura J.1.
6.11.4.5 Execução do ensaio
O rompimento do corpo de prova deve acontecer no intervalo de (60±30) segundos.
6.11.5 Cálculos e expressão dos resultados
6.11.5.1 Cálculos
Calcular a resistência superficial de um corpo-de-prova através da seguinte equação:
L
RS =
S
onde:
RS é a resistência superficial, em newtons por milímetro quadrado;
L é a leitura do indicador de cargas da máquina universal de ensaios, em newtons;
S é a área de rompimento do corpo-de-prova, em milímetros quadrados.
6.11.5.2 Expressão dos resultados
O resultado deve ser a média dos valores obtidos, expressa em newtons por milímetro quadrado, com exatidão
de 0,01 N/mm2.
6.12 Determinação da resistência à tração perpendicular
6.12.1 Reagentes ou materiais
Os reagentes e materiais necessários à execução do ensaio são os descritos a seguir:
a) adesivo termofusível (cola hot-melt), uréia-formol, PVAc ou outro adesivo indicado para colagem dos blocos
de tração aos corpos-de-prova;
b) lixa de grana 80.

6.12.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) máquina universal de ensaios com controle de velocidade;
b) dois blocos de tração de material com resistência compatível com as chapas de fibras de média densidade
(MDF) (blocos metálicos, madeira, etc), conforme exemplificado na figura L.1;
c) dispositivos para prender os blocos de tração, conforme mostrado na figura M.1;
d) paquímetro.
6.12.3 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.12.4 Procedimento
6.12.4.1 Homogeneização das faces
Para produtos ainda com superfície bruta, lixar homogeneamente ambas as faces do corpo-de-prova.
6.12.4.2 Determinação das dimensões
Medir com paquímetro a largura e o comprimento do corpo-de-prova, com resolução de 0,1 mm.

6.12.4.3 Preparo do corpo-de-prova


Colar o corpo-de-prova nos blocos de tração pelas superfícies, aplicando pressão moderada. Após a colagem, o
conjunto formado pelo bloco de tração, corpo-de-prova e bloco de tração, conforme a figura N.1, deve ser
acondicionado conforme 5.1.1.3.2.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/1


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6.12.4.4 Execução do ensaio


O rompimento do corpo de prova deve acontecer no intervalo de (60±30) segundos.

6.12.5 Cálculos e expressão dos resultados


6.12.5.1 Cálculos
Calcular a resistência à tração perpendicular do corpo-de-prova através da equação:
P
TP =
S
onde:
TP é a resistência à tração perpendicular, em newtons por milímetro quadrado;
P é a carga na ruptura, em newtons;
S é a área da superfície do corpo-de-prova, em milímetros quadrados.
6.12.5.2 Expressão dos resultados
O resultado deve ser a média dos corpos-de-prova ensaiados, expresso em newtons por milímetro quadrado, com
exatidão de 0,01 N/mm2.
6.13 Determinação da retilineidade
6.13.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) paquímetro;
b) linha de náilon.
6.13.2 Procedimento
Deixar a chapa em posição horizontal e, passando uma linha esticada entre os pontos inicial e final das bordas,
medir o maior desvio entre a chapa e a linha.
6.13.3 Cálculos e expressão dos resultados
6.13.3.1 Cálculos
O desvio de retilineidade deve ser calculado pela equação:
d
R=
c
onde:
R é o desvio de retilineidade, em milímetros por metro;
d é o desvio observado entre as duas bordas, em milímetros;
c é o comprimento da chapa, em metros.
6.13.3.2 Expressão dos resultados
Os resultados devem ser expressos em milímetros por metro, com exatidão em unidade de milímetro.
6.14 Determinação do teor de formaldeído pelo método perforator

Introdução:

O “Valor Perforator” como determinado pelo método descrito nesta norma é considerado como o
“conteúdo de formaldeído” do painel testado.

Os resultados devem ser considerados em relação às condições específicas do painel no momento do


ensaio.

A emissão de formaldeído de painéis de madeira reconstituída (como aglomerados, compensados e MDF)


é um processo complexo. Para um dado painel, os resultados dependem da idade, condições de
envelhecimento, umidade, etc no momento do ensaio.

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Além disso, a correlação entre o “Valor Perforator” e a emissão de formaldeído de um painel depende
também do seu tipo.

Princípio:

O formaldeído é extraído dos corpos-de-prova através de tolueno em fervura e, então, transferido para
água destilada ou deionizada. O conteúdo de formaldeído na solução aquosa é determinado
espectrométricamente pelo método da acetilacetona.

6.14.1 Reagentes ou materiais

Os reagentes necessários para a execução do ensaio são os descritos a seguir:

a) solução de acetato de amônio 20% (m/v);


b) solução de acetilacetona 0,4% (m/v);
c) solução de ácido sulfúrico 1N;
d) água destilada ou deionizada;
e) solução de hidróxido de sódio 1N;
f) solução de iodo 0,05N;
g) suspensão de amido 1% (m/v);
h) solução de tiossulfato de sódio 0,1 N;
i) tolueno p.a..

6.14.2 Aparelhagem

a) agitador magnético;
b) balões volumétricos de 50 mL, 100 mL, 1.000 mL e 2.000 mL;
c) banho termostatizado com temperatura regulada para 40ºC;
d) balanças com precisão de 0,1g e 0,001 g;
e) bureta de 25 mL e 50 mL;
f) cubetas (ver tamanho)
g) dessecador;
h) frasco de Erlenmeyer de 250 mL, com e sem tampa esmerilhada;
i) espectrofotômetro de UV;
j) estufa de ventilação, temperatura de (105 ±5)ºC;
k) pipetas volumétricas de 10 mL, 25 mL, 50 mL e 100 mL;
l) refrigerador.

6.14.3 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme ítem 5.
NOTA - Os corpos-de-prova obtidos são armazenados à temperatura ambiente, em recipiente hermeticamente fechado.

6.14.4 Procedimento
6.14.4.1 Aparelho de extração
Providenciar montagem do aparelho de extração conforme mostrado na figura P.1. Detalhes do aparelho de
extração são apresentados na figura P.2.
6.14.4.2 Número de determinações

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As determinações devem ser efetuadas em duplicata. O desvio máximo admitido entre as duas determinações
deve ser inferior a 20% do maior valor. Caso o desvio seja superior, realizar mais uma determinação e descartar o
valor de maior discrepância.
6.14.4.3 Determinação do teor de formaldeído
A determinação de formaldeído deve ser realizada dentro de 72 h, após coletadas as amostras; utilizar as
amostras nas dimensões de 25 mm x 25 mm, obtidas conforme item 5, para a determinação de umidade conforme
6.15.
6.14.4.4 Procedimento para extração de formaldeído

a) isolar termicamente a coluna ascendente do perforator, a fim de possibilitar a circulação do tolueno;


b) pesar cerca de 110g de corpos-de-prova, com precisão de 0,1 g, e colocá-los no balão de fundo redondo,
adicionando 600 mL de tolueno;
c) conectar o balão de fundo redondo no perforator;
d) colocar 1000 mL de água destilada ou deionizada no perforator , sendo que deve existir espaço de 20 a 30
mm entre a superfície da água e a abertura de drenagem do sifão;
e) conectar o condensador e o dispositivo de absorção do gás (Erlenmeyer de 250 mL ou frasco lavador),
que deve conter 100 mL de água destilada ou deionizada. Após a montagem do equipamento, ligar o
aquecimento e o resfriamento;
f) durante todo o período de extração deve existir um refluxo constante de tolueno, da ordem de 70 a 90
gotas por minuto;
g) deve-se cuidar para que a água do dispositivo de absorção do gás (frasco lavador) (parte B) não penetre
em nenhuma outra parte do equipamento, durante a extração;
h) a extração deve ser feita por um período de 2 h, contadas a partir do instante em que as primeiras bolhas
atravessarem o filtro dispersor. O sistema de aquecimento deve ser regulado de tal forma que este
instante ocorra entre 20 min e 30 min após estar ligado;
i) após este período, desligar o aquecimento e desconectar o dispositivo de absorção do gás;
j) após resfriamento até temperatura ambiente, recolher no balão volumétrico de 2000 mL a água existente
no perforator, através da torneira de purga.
k) lavar o perforator duas vezes, introduzindo pela entrada de cima do condensador 200 mL de água
destilada em cada lavagem;
l) recolher a água de lavagem no balão volumétrico, rejeitando o tolueno;
m) recolher também no balão a água existente no dispositivo de absorção de gás;
n) completar o volume com água destilada ou deionizada.

6.14.4.5 Checagem do tolueno


Repetir a extração, sem corpos-de-prova, a cada lote de tolueno adquirido.

NOTA: A qualidade do tolueno é checada por este ensaio. Se o valor de formaldeído da checagem do tolueno for maior que
1 mg/600mL, este reagente deve ser rejeitado.

6.14.4.6 Determinação do formaldeído extraído


Princípio: A determinação pelo método da acetilacetona é baseada na reação de Hantzch
na qual o formaldeído reage com íons amônio e acetilacetona formando
diacetildihidrolutidina (DDL) que tem uma absorbância máxima em 412 nm, sendo uma
reação altamente específica para formaldeído.
NOTA 1: Outro procedimento espectrofotométrico adequado também pode ser utilizado, neste caso
descrever ou citar o método na expressão dos resultados.

a) com pipeta volumétrica, retirar 10 mL da solução obtida na extração;


b) transferir para um balão volumétrico de 50 ou 100 mL;
c) adicionar aos balões 10 mL de solução de acetil acetona 0,4% (m/v) e 10 mL de solução de acetato de
amônio 20% (m/v);
d) tampar os balões, homogeneizar e levar ao banho termostatizado a 40oC por 15 min;
e) deixar em repouso ao abrigo da luz, para atingir a temperatura ambiente por cerca de 1 h;
f) ler a absorbância da solução a 412 nm.

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g) realizar ensaio em branco com 10 mL de água destilada ou deionizada, seguindo todo o procedimento a
partir do item b, para obter o valor de absorbância do branco que será utilizado no cálculo do valor do
perforator.

6.14.4.7 Curva de calibração

A curva de calibração é produzida a partir de uma solução padrão de formaldeído preparada e determinada por
iodometria, de acordo com o descrito a seguir:
a) pesar 2,5 g de solução de formaldeído p.a. (concentração entre 35% a 40%) e diluir para 1.000 mL com
água destilada, em um balão de 1.000 mL (solução-estoque);
b) retirar exatamente 20 mL desta solução em um frasco de Erlenmeyer de 250 mL;
c) adicionar 20 mL de iodo 0,05 N e 10 mL de hidróxido de sódio 1 N e homogeneizar;
d) após 15 min de repouso protegido da luz, adicionar 15 mL de ácido sulfúrico 1 N e homogeneizar;
e) titular com solução padronizada de tiossulfato de sódio 0,1 N, até que a solução contida no frasco de
Erlenmeyer adquira coloração amarelo-palha. Adicionar solução indicadora de amido, que deixará a
solução com coloração azul intenso e continuar a titulação até a viragem do azul intenso para incolor (V);
f) fazer um branco com 20 mL de água destilada (V0);
g) transferir o volume correspondente a 15 mg de formaldeído (ver cálculos) utilizando bureta, para um balão
de 1.000 mL diluindo até a marca com água destilada (solução padrão, 1 mL equivale a 15 µg de
formaldeído);
(V 0 − V ) × 15 × 0,1 × fc × 1000
C=
20
Onde:
C é a concentração da solução de formaldeído, em miligramas por litro;
V0 é o volume de tiossulfato de sódio 0,1 N gasto na titulação do branco, em mililitros;
V é o volume de tiossulfato de sódio 0,1 N gasto na titulação da solução, em mililitros;
fc é o fator de correção da solução de tiosssulfato de sódio 0,1 N.

h) pipetar os volumes especificados na tabela 2 para os respectivos balões de 100 mL;


i) diluir até a marca com água destilada;
j) após diluição, pipetar 10 mL de cada solução para os respectivos balões de 50 mL, conforme tabela 2;
k) adicionar aos balões 10 mL de acetil acetona 0,4% e 10 mL de acetato de amônio 20% em massa (não
completar o volume do balão);
l) tampar os balões, homogeneizar e levar ao banho termostatizado a 40oC por 15 min;
m) deixar em repouso ao abrigo da luz, por 1 h.
n) ler a absorbância da solução a 412 nm, contra o branco;
o) plotar os valores de absorbância contra a concentração das soluções no gráfico, conforme exemplo no
anexo Q;

Tabela 2 – Soluções-padrão para curva de calibração

Volume solução padrão Identificação balão Concentração da solução no


no balão de 100 mL de 50 mL balão de 50 mL (em mg/mL)

Zero PB Zero
5 75 µg 0,00075

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10 150 µg 0,00150
20 300 µg 0,00300
50 750 µg 0,00750
100 (*) 1500 µg 0,01500
(*) Não há necessidade de ter este balão. Para facilitar, pipetar 10 mL da
solução padrão diretamente no balão de 50 mL.

6.14.5 Cálculos e expressão dos resultados


6.14.5.1 Teor de formaldeído

( As − Ab ) × f × (100 + U ) × 2000
TF =
mh

Onde:
TF é o teor de formaldeído, em miligramas por 100 gramas de chapa de madeira;
As é a absorbância da solução analisada;
Ab é a absorbância da análise em branco (com água destilada ou deionizada)
f é o fator de conversão da curva (média do quociente entre os valores do eixo y (concentração) e os valores
do eixo x (absorbância)) em mg/mL;
U é a umidade dos corpos de prova, em porcentagem, obtido conforme item 6.15;
mh é a massa da amostra utilizada na extração, em gramas.

NOTA: O teor de formaldeído obtido deve ser corrigido em função da umidade da chapa de madeira, de acordo com os
seguintes cálculos:

Para chapas com umidade 4 ≤ U ≤ 9%:


F = - 0,133 U + 1,86
Para chapas com umidade < 4% e > 9 % :
F = 0,636 + 3,12 e (- 0,346 U), onde:
U é a umidade da chapa, em porcentagem;
F é o fator de correção.
6.14.5.2 Expressão dos resultados
Expressar os resultados em mg/100 g de chapa, com precisão de 0,1.
6.15 Determinação do teor de umidade
6.15.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária à execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) balança com resolução de 0,001 g;
b) estufa com termostato regulador;
c) dessecador.
6.15.2 Corpos-de-prova
Obtenção e preparação conforme ítem 5.
6.15.3 Procedimento
6.15.3.1 Determinação da massa úmida
Pesar os corpos-de-prova individualmente, com resolução de 0,1 g, e anotar os dados como sendo massa úmida.
NOTA: Para a determinação de umidade para o método perforator (no mínimo em duplicata) pesar em vidro de
relógio, no mínimo 20 g de material provenientes de no mínimo 4 corpos-de-prova de 25 mm x 25 mm em cada
determinação, anotar os valores com resolução de 0,001 g como sendo massa úmida.

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6.15.3.2 Secagem
Colocar os corpos-de-prova em estufa mantida a (103 ± 2)°C até obter-se massa constante (cerca de 12 horas).
Esta deve ser considerada constante quando, passadas no mínimo 6 h na estufa entre duas pesagens
consecutivas, a massa não variar mais que 0,1%.
6.15.3.3 Resfriamento
Logo após a retirada dos corpos-de-prova da estufa, esfriá-los em dessecador.
6.15.3.4 Determinação da massa seca
Após terem esfriado, pesar individualmente os corpos-de-prova com resolução de 0,1 g, anotando-os como massa
seca.
NOTA: No caso do método perforator, após terem esfriado, pesar cada vidro de relógio contendo os corpos-de-
prova, com resolução de 0,001 g, anotando-os como massa seca.
6.15.4 Cálculos e expressão dos resultados
6.15.4.1 Cálculos
Para o cálculo da porcentagem do teor de umidade, utilizar a seguinte equação:
MU - MS
U= x 100
MS
onde:
U é a umidade residual do corpo-de-prova, em porcentagem;
MU é a massa úmida do corpo-de-prova, em gramas;
MS é a massa seca do corpo-de-prova, em gramas.
6.15.4.2 Expressão dos resultados
O resultado deve ser referente à média dos corpos-de-prova analisados, expresso em porcentagem, com exatidão
de 0,1%.
NOTA: No caso do método perforator, o resultado deve ser referente à média dos vidros de relógio contendo os
corpos-de-prova analisados, expresso em porcentagem, com exatidão de 0,1%.
6.16 Determinação de resistência à umidade: Opção 1: Teste cíclico

6.16.1 Aparelhagem

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:

a) micrômetro com resolução de 0,01 mm;

b) banho termostatizado equipado com aquecedor e controle de temperatura;

c) estufa com capacidade de manutenção de temperatura de (70 ± 2)ºC;

d) freezer capaz de atingir temperatura entre – 12ºC e 20ºC em 1h após a colocação dos corpos-de-prova.

6.16.2 Corpos-de-prova

Obtenção e preparação conforme item 5. Os corpos-de-prova devem ser acondicionados para observação de
massa constante em ambiente com temperatura de (20 ± 2)ºC e umidade relativa de (65 ± 5)%. Massa constante
é considerada quando o resultado de duas pesagens em um intervalo de 24 h não diferir mais que 0,1% da massa
do corpo-de-prova.

6.16.2.1 Determinação das dimensões

Medir com paquímetro a largura e o comprimento do corpo-de-prova, com resolução de 0,1 mm.

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6.16.3 Ciclo dos testes

Expor os corpos-de-prova a três ciclos, cada um contendo:

- imersão em água a (20 ± 1)ºC durante (72 ± 1)h;

- freezer entre – 12ºC e – 20ºC durante (24 ± 0,25)h;

- secagem a (70 ± 1)ºC durante (72 ± 1)h.


NOTA Para completar os três ciclos são necessários 21 dias.

6.16.3.1 Imersão em água

Imergir os corpos-de-prova com suas faces na posição vertical em água a (20 ± 1)ºC. Deve haver no mínimo 15
mm de separação entre eles e o fundo do recipiente, sendo que sua face superior deve estar coberta por no
mínimo uma lâmina de água de (25 ± 5)mm.

6.16.3.2 Freezer

Após cada período de imersão, os corpos-de-prova devem ser removidos do recipiente e secos superficialmente,
sendo imediatamente colocados no freezer com suas faces na posição vertical e devidamente separados.

6.16.3.3 Secagem

Após etapa de freezer, os corpos-de-prova devem ser imediatamente transferidos para a estufa, onde devem
permanecer com suas faces em posição vertical e devidamente separados. A proporção do volume dos corpos-de-
prova em relação ao volume da estufa deve ser entre 5% a 10%.

6.16.4 Recondicionamento

O ciclo completo de ensaio de 168 h (uma semana) é repetido três vezes. Rotacionar os corpos-de-prova 90º após
cada ciclo completo. Após cada ciclo de ensaio, os corpos-de-prova devem ser recondicionados até massa
constante.

6.16.5 Determinação das dimensões

Medir com paquímetro a largura e o comprimento do corpo-de-prova com resolução de 0,1 mm.

6.16.6 Determinação da resistência à tração perpendicular

De acordo com 6.12.

6.16.7 Expressão dos resultados

6.16.7.1 Inchamento em espessura

Determinado de acordo com 6.7

6.16.7.2 Resistência à tração perpendicular

Determinada de acordo com 6.12


6.17 Determinação de resistência à umidade: Opção 2: Ensaio em água em ebulição

6.17.1 Aparelhagem

A aparelhagem necessária à execução do ensaio é a descrita a seguir:

a) micrômetro com resolução de 0,01 mm;

b) banho termostatizado ou tanque, equipado com aquecedor e controle de temperatura capaz de atingir o
ponto de ebulição conforme faixa especificada (ver 6.1) e mantê-lo por pelo menos 2 h;

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c) estufa com capacidade de manutenção de temperatura de (70 ± 2)ºC.

d) máquina universal de ensaios com controle de velocidade;


e) dois blocos de tração de material com resistência compatível com as chapas de fibras de média
densidade (blocos metálicos, madeira etc,), conforme exemplificado na figura L.1.

6.17.2 Reagentes
a) adesivo termofusível (cola hot-melt), uréia-formol, PVAc ou outro adesivo indicado para colagem dos blocos
de tração aos corpos-de-prova.

6.17.3 Corpos-de-prova

Retirar oito corpos-de-prova por painel, com dimensões conforme descrito em 6.12.3.

6.17.4 Condicionamento

Os corpos-de-prova devem ser acondicionados para observação de massa constante em ambiente com
temperatura de (20±2)ºC e umidade relativa de (65± 5)%. Massa constante é considerada quando o resultado de
duas pesagens em um intervalo de 24 h não diferir mais que 0,1% da massa do corpo-de-prova.

6.17.5 Determinação das dimensões

Medir com paquímetro a largura e o comprimento do corpo-de-prova com resolução de 0,1 mm.

6.17.6 Preparo do corpo-de-prova


Para realização do ensaio de tração após ciclo de ebulição, colar o corpo-de-prova nos blocos de tração pelas
superfícies, aplicando pressão moderada. Após a colagem, o conjunto formado pelo bloco de tração, corpo-de-
prova e bloco de tração, conforme a figura N.1, deve ser acondicionado conforme 5.1.1.3.2.

6.17.7 Procedimentos

6.17.7.1 Ensaio em água em ebulição

Ordenar os corpos-de-prova no banho termostatizado, observando uma distância mínima de separação entre suas
faces e topos de 15 mm, para livre circulação de água, sendo que esta distância mínima deve ser observada
durante o decorrer do tratamento. Cobrir os corpos-de-prova com água a (20± 5)ºC e pH de 7 ± 0,5, devendo ser
prevista troca de água para início de cada ensaio.

Iniciar o aquecimento até o ponto de ebulição (~100ºC), sendo que esta temperatura deve ser atingida em um
período de (90±10)min. Continuar a fervura por mais (120±5)min. Posteriormente, remover e esfriar os corpos-de-
prova.

6.17.7.2 Resfriamento dos corpos-de-prova antes do ensaio

Após a exposição em água em ebulição durante (120±5)min, remover os corpos-de-prova e imergir em água a
(20±5)ºC durante (60± 5)min Os corpos-de-prova devem ter suas faces na posição vertical e separadas entre si e
do fundo do recipiente não menor que 15 mm. Remover os corpos-de-prova da água e secar com papel toalha,
colocando-os com a face horizontal em estufa a (70±2)ºC durante (960±15)min. Posteriormente, deixar os corpos-
de-prova resfriar à temperatura ambiente para posterior colagem de suas faces aos blocos de tração (para
avaliação da tração perpendicular).

6.18 Determinação do teor de sílica em painéis de fibra de madeira de média densidade (MDF)

6.18.1 Reagentes
O reagente necessário para a execução do ensaio é o ácido clorídrico 4 normal.

6.18.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) capela com exaustão forçada;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 21/2


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b) forno tubular (ver figura R.1)


c) forno mufla a (750°± 5)°C;
d) estufa a (103°± 2)°C;
e) dessecador com sílica-gel;
f) cadinho de porcelana;
g) cápsula de porcelana;
h) proveta de 50 mL;
i) pinça ou tenaz;
j) filtro de papel porosidade 4 com baixo teor de sílica;
k) sistema de filtragem a vácuo;
l) copo béquer de 250 mL;
m) chapa ou manta aquecedora;
n) pisseta com água destilada;
o) pisseta com álcool;
p) caixa de fósforos ou isqueiro;
q) 200g da amostra do painel a ser analisado, em pedaços de 25 mm x 25 mm ± 2 mm;
r) tira de papel ou painel de (20x1)cm aproximadamente.
NOTA Os corpos-de-prova obtidos são armazenados à temperatura ambiente e recipiente adequado.

6.18.3 Procedimentos

6.18.4 Pesagem e queima


Posicionar o forno tubular dentro de capela, colocar a cápsula de porcelana sob o mesmo para a coleta das cinzas
do material.
Pesar 200 g da amostra do painel a ser analisado (M), colocar dentro do forno tubular e umedecer ligeiramente
com álcool para iniciar a queima.
Com o auxílio do fósforo e de uma tira de papel ou painel, acender o fogo dentro do forno tubular para iniciar a
queima do material. Aguardar até a queima completa de todo o material.
Terminada a queima, certificar-se da limpeza de todas as cinzas do forno tubular para a cápsula de porcelana e
levá-la para a calcinação no forno-mufla a (750 ± 5)°C por 1h, juntamente com o cadinho de porcelana, que deve
ser calcinado para limpeza por 15 min.
Terminado os 15 min, retirar o cadinho e colocá-lo no dessecador para resfriar à temperatura ambiente.
Decorrida 1h de calcinação no forno-mufla, retirar a cápsula e levá-la para o dessecador para resfriar à
temperatura ambiente.
Encher a proveta de 50 mL com ácido clorídrico – 4 normal.
Retirar a cápsula do dessecador.
Com cuidado, lavar a cápsula com o ácido clorídrico – 4 normal, contido na proveta, transferindo as cinzas para o
copo béquer de 250 mL.
Aquecer a solução do copo béquer com o auxílio da chapa aquecedora até que se obtenha uma coloração
amarelada. Adicionar 50 mL de água destilada e deixar repousar por 10 min.
Colocar o papel-filtro no sistema de filtragem a vácuo e filtrar a solução do copo béquer, lavando-o bem, com um
pouco de água destilada sem que ela escorra para fora do papel. Deixar secar bem o papel.
Retirar o cadinho do dessecador, pesá-lo e anotar o peso juntamente com o peso dos corpos-de-prova (M1).
Retirar o papel-filtro do sistema de filtragem, dobrar e colocar no cadinho.
Colocar o cadinho com o papel-filtro no forno-mufla para calcinação do papel por 30 min.
Terminado o tempo de calcinação, retirar o cadinho do forno-mufla e deixá-lo resfriar em dessecador até
temperatura ambiente.
Terminado o tempo de resfriamento, retirar o cadinho do dessecador e pesá-lo (M2).

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 22/2


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6.18.5 Cálculo e expressão do resultado


6.18.6 Teor de sílica
%SiO2 = (M2 – M1) x 100
M
Onde:

M é a massa dos corpos-de-prova pesados para a análise (200 g);


M1 é o peso de cadinho de porcelana calcinado;
M2 é o peso do cadinho de porcelana mais a sílica contida na amostra.
6.18.7 Expressão do resultado
Expressar o resultado em porcentagem de sílica de cada painel analisado com precisão de duas casas decimais
(0,01).
6.19 Determinação de absorção superficial em painéis de fibra de madeira de média densidade (MDF)

6.19.1 Reagente
a) tolueno de grau analítico

6.19.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:
a) suporte no qual o corpo-de-prova deve ser apoiado, com ângulo de (60 ± 5)° (figura S.1);
b) pipeta graduada classe A, tipo 2, com capacidade nominal de 2 mL.

6.19.3 Corpos-de-prova
6.19.3.1 Determinação das dimensões.
Obtenção e preparação conforme item 5.
6.19.4 Procedimentos
6.19.4.1 Posicionamento
Posicionar o corpo-de-prova no suporte com inclinação (60 ± 5)°, com o sentido do lixamento apontando para
baixo.
Posicionar a pipeta em um ângulo de (90 ± 5)° e a uma distância de (1±0,1)mm da superfície do corpo-de-prova.
6.19.4.2 Descaga do tolueno
Descarregar 1 mL do tolueno com a pipeta graduada, na face do corpo-de-prova durante (4±1)s, possibilitando
que o tolueno escorra livremente pela superfície do corpo-de-prova.
Para painéis com as duas faces lixadas, ambas devem ser ensaiadas.
6.19.4.3 Medição
Medir o comprimento máximo da mancha causada pelo escorrimento do tolueno, paralelo às bordas do corpo-de-
prova, com precisão de ± 1,0 mm.
6.19.5 Expressão dos resultados
A absorção superficial do corpo-de-prova é expressa pelo comprimento da mancha causada pelo escorrimento do
tolueno, em milímetros. Quando ensaiados painéis com as duas superfícies lixadas, o menor desses dois valores
deve ser considerado.
A absorção superficial do painel é a média aritmética dos resultados dos seus corpos-de-prova, expressa em
milímetros.
6.20 Determinação do teor de formaldeído pelo método da câmara

6.20.1 Fundamento
Colocam-se os corpos-de-prova de superfície conhecida em uma câmara a uma temperatura, umidade relativa,
velocidade do ar e fator de renovação que se mantêm constantes com valores determinados. O formaldeído emitido
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pelos corpos-de-prova mistura-se com o ar da câmara. O ar da câmara tem amostragem periódica. A concentração
de formaldeído é determinada fazendo que o ar da câmara passe por recipientes de lavagem de gás cheios de água
que absorve o formaldeído. Determina-se a concentração de formaldeído na água. A concentração de formaldeído
no ar da câmara é calculada a partir da concentração da água nos recipientes de lavagem de gás e do volume de ar
da amostragem. É expressa em miligramas por metro cúbico (mg/m3). A coleta das amostras continua
periodicamente até que a concentração de formaldeído na câmara atinja o regime estacionário.
NOTA - A influência da temperatura, da umidade relativa, do fator de carga e do fator de renovação do ar na concentração de formaldeído na
atmosfera da câmara pode ser descrita por fórmulas (por exemplo, a fórmula de Andersen). Existe também uma relação aparente entre a
estrutura dos corpos-de-prova, em particular, entre suas superfícies e a velocidade do ar, mas não é possível descrever de forma exata por
meio de uma fórmula.

6.20.2 Reagentes
6.20.2.1 Generalidades
Para a análise, deve-se utilizar água e reagentes de pureza analítica reconhecida.
6.20.2.2 Solução de acetilacetona
Adicionam-se 4 mL de acetilacetona em um balão volumétrico de 1.000 mL e se completa com água até o
nivelamento.
6.20.2.3 Solução de acetato de amônia
Em um balão volumétrico de 1.000 mL, dissolvem-se 200 g de acetato de amônia em água e se completa com água
até o nivelamento.
OBSERVAÇÃO - Podem ser utilizadas soluções comerciais preparadas.

6.20.2.4 Solução padronizada de formaldeído

a) Solução padronizada de iodo c(l2) = 0,05 mol/L.

b) Solução padronizada de tiossulfato de sódio c(Na2S2O3) = 0,1 mol/L.

c) Solução padronizada de hidróxido de sódio c(NaOH) = 1 mol/L.

d) Solução padronizada de ácido sulfúrico c(H2SO4) = 1 mol/L.

6.20.3 Utensílios

6.20.3.1 Câmara de teste

6.20.3.1.1 Generalidades Esta norma é aplicada às diferentes câmaras de teste descritas no anexo A para
determinação da emissão de formaldeído.

Nos itens 6.20.3.1.2 a 6.20.3.1.8 são estabelecidas as especificações e exigências gerais aplicáveis a todos os
tipos de câmara de ensaio incluídos nesta norma.

6.20.3.1.2 Materiais da câmara de teste. Os materiais utilizados nas paredes interiores e nos tubos das
câmaras de teste devem ter uma superfície lisa que possa ser limpa com eficácia antes do teste. A superfície deve
ser inerte e o menos absorvente possível ao formaldeído.

NOTA - Aço inoxidável ou alumínio (tratado superficialmente com jateamento de areia ou polido), vidro e determinados tipos de materiais
plásticos (PVC, PMMA), são materiais testados para esta aplicação.

6.20.3.1.3 Hermeticidade do ar da câmara. A câmara de teste deve ser hermética para que se evitem
trocas incontroladas de ar.

No ítem 6.20.5.2.2 estabelecem-se os critérios de hermeticidade do ar.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 24/2


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6.20.3.1.4 Circulação do ar na câmara de teste. A câmara de teste deve incluir dispositivos (tais como
ventiladores) capazes de manter:

- intensa troca de ar na câmara;


- velocidade de ar compreendida entre 0,1 m/s e 0,3 m/s na superfície dos corpos-de-prova (consultar item
6.20.5.2.5).

6.20.3.1.5 Dispositivos de renovação do ar. A câmara de teste deve incorporar dispositivos de entrada
e/ou saída do ar capazes de regular o fluxo de ar e, portanto, o fator de renovação do ar (substituição do ar na
câmara por ar limpo e acondicionado) com uma margem de erro de 5% para um fator de renovação do ar de 1/h.

Devem-se adotar precauções para assegurar que a entrada de ar limpo e o sistema de circulação do ar estejam
corretamente colocados de forma que se garanta uma mistura suficiente e a impossibilidade de que o ar ambiente
penetre pela saída de ar, inclusive durante a coleta de amostras.

6.20.3.1.6 Fornecimento de ar limpo à câmara. Equipamento capaz de fornecer ar limpo com um conteúdo
máximo de formaldeído de 0,006 mg/m3 (0,005 ppm).

6.20.3.1.7 Sistemas de ajuste da temperatura e da umidade relativa. Equipamento capaz de manter a


temperatura e a umidade relativa na câmara de teste dentro dos limites a seguir:

- Temperatura: (23 ± 0,5) ºC;


- Umidade relativa (45 ± 3)%.

6.20.3.1.8 Equipamento de controle das condições de teste. Dispositivos de medição e registro capazes de
controlar de forma contínua ou com freqüência as condições de teste estabelecidas com as seguintes margens de
erro:

- Temperatura: 0,1 ºC;


- Umidade relativa: 1%;
- Fator de renovação do ar: 0,03/h;
- Velocidade do ar: 0,05 m/s.

6.20.3.2 Sistema de amostragem do ar

6.20.3.2.1 Generalidades A figura 3 mostra o princípio de um sistema de coleta de amostras para determinação
da concentração de formaldeído no ar da câmara. O tubo de coleta de amostras deve ser colocado na saída de ar
ou no interior da câmara, próximo da saída de ar.

NOTA - Podem ser utilizados outros sistemas de coleta de amostras sempre que se puder demonstrar que resultados equivalentes são
oferecidos.

6.20.3.2.2 Equipamento

O sistema de coleta de amostras do ar está integrado pelos seguintes componentes expostos na figura 3. Os
números entre parênteses se referem aos números da figura 3.

a) Tubo de coleta de amostras (1)

b) Dois frascos de lavagem de gás de 100 mL contendo água para absorção e posterior determinação do
formaldeído (2).

c) Absorvente de sílica para secagem do ar (3).

d) Válvula de fluxo de ar (4).

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e) Bomba de coleta de amostras de gás (5).

f) Medidor de fluxo de gás (6).

g) Dispositivo de medição de gás (com termômetro) para medir o volume de ar (7).

h) Manômetro (8).

6.20.3.3 Equipamento de análise química

a) Espectrofotômetro adaptado para utilização de células com, no mínimo, 50 mm de comprimento de passagem


e capazes de medir absorbância a 412 nm.

b) Banho de água capaz de manter temperatura de (40 ± 1) ºC.

c) Seis balões volumétricos de 100 mL (calibrados a 20 ºC).

d) Seis balões volumétricos de 1.000 mL (calibrados a 20 ºC).

e) Pipetas volumétricas de 5 mL, 10 mL, 15 mL, 20 mL, 25 mL, 50 mL e 100 mL (calibradas a 20 ºC).

f) Microbureta.

g) Três frascos de, no mínimo, 50 mL, com tampões.

h) Balança, com precisão de 0,001 g.

6.20.3.4 Equipamento de verificação do fator de renovação do ar

a) Cilindro de gás comprimido, com gás detector.

b) Detector para controle contínuo do fluxo de gás

c) Registrador

NOTA - Comprovou-se ser adequado o uso de monóxido de nitrogênio (N2O) com um detector de infravermelhos (IR).

6.20.4 Corpos-de-prova

Os corpos-de-prova são cortados em um tamanho correspondente a um fator de carga total de 1 m2/m3 (consultar
anexo T). Acondicionam-se hermeticamente os corpos-de-prova logo depois de terem sido cortados e
permanecem acondicionados até o início do teste.

6.20.5 Procedimento operacional

6.20.5.1 Condições de teste

Devem ser mantidas na câmara as seguintes condições durante todo o teste:

- Temperatura (23 ± 0,5) ºC;

- Umidade relativa (45 ± 3)%.

- Fator de carga (1,0 ± 0,02) m2/m3;

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- Fator de renovação do ar (1,0 ± 0,05)/h;

- Velocidade de ar na superfície dos corpos-de-prova (consultar a item 6.20.5.2.5) (0,1 a 0,3) m/s.

6.20.5.2 Verificação das condições de teste

6.20.5.2.1 Fornecimento de ar limpo à câmara. Quando é determinado conforme o item 6.20.6, o conteúdo de
formaldeído do ar fornecido à câmara não deve exceder 0,006 mg/m3 (0,005 ppm).

6.20.5.2.2 Hermeticidade do ar da câmara. A fim de evitar trocas descontroladas de ar por entrada de ar do


ambiente, a câmara deve funcionar com um leve excesso de pressão.

Deve-se verificar regularmente a hermeticidade do ar medindo-se a diminuição da pressão ou comparando-se a


medida simultânea dos fluxos nas entradas e saídas da câmara ou, ainda, medindo-se a diluição do gás detector.

A câmara de teste será considerada suficientemente hermética se forem atendidas, no mínimo, uma das seguintes
condições:

- a fuga de ar for inferior a 10-2 × volume da câmara por minuto, com sobre pressão de 1.000 Pa;

- os fluxos de ar de entrada e de saída diferem em menos de 2%;

- a diluição de gás detector é inferior a 0,05/h.

6.20.5.2.3 Sistema de controle da umidade relativa e da temperatura. A temperatura da câmara deve ser
controlada posicionando-a em um local cuja temperatura controlada seja adequada ou controlando a temperatura
em seu interior.

Nesse caso, deve-se isolar com eficácia as paredes da câmara a fim de que não se produza condensação da
umidade nas superfícies internas.

A umidade relativa deve ser controlada mediante o controle da umidade externa do ar de entrada limpo ou
mediante o controle da umidade interna do ar da câmara. Nesse caso, devem-se adotar precauções para evitar a
condensação ou pulverização de água no interior da câmara.

A temperatura e a umidade relativa da câmara devem ser controladas continuamente ou com freqüência,
independente do sistema de acondicionamento do ar. As sondas devem ser colocadas em posições que
representem o interior da câmara.

Depois de carregar a câmara, deve-se registrar qualquer desvio inicial da temperatura e da umidade relativa
provocada pelo ar ambiente e pelos corpos-de-prova não acondicionados.

6.20.5.2.4 Renovação do ar. Deve-se controlar continuamente ou com freqüência o fornecimento de ar


limpo e acondicionado à câmara. No anexo T, métodos adequados são descritos.

O fator de renovação do ar não deve variar em mais de 0,05 renovações de ar por hora.

Deve-se controlar regularmente a taxa real de renovação do ar, utilizando-se um dispositivo de medição de gás
calibrado 0 ou pelo método do gás detector, descrito no anexo U.

6.20.5.2.5 Velocidade do ar na câmara. Antes de realizar o teste, deve-se regular a velocidade do ar na


câmara de teste carregada com os corpos-de-prova para um valor compreendido entre 0,1 m/s e 0,3 m/s; essa
velocidade deve ser medida em locais representativos e a uma distância inferior a 20 mm da superfície dos
corpos-de-prova.

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NOTA - Os anemômetros de fio ou de filme quente, calibrados no intervalo de 0 m/s a 0,5 m/s são adequados para a medição da velocidade do
ar.

A localização dos pontos de medição depende do volume da câmara e do tipo de circulação do ar.

Nas câmaras grandes (> 12 m3), deve-se medir a velocidade do ar em, no mínimo, quatro posições, ao passo em
que nas câmaras pequenas (1 m3 ou 0,225 m3) deve-se medir em, no mínimo, duas posições.

6.20.5.3 Preparação da câmara

São estabelecidas na câmara as condições indicadas no ítem 6.20.5.1. A determinação da concentração de


formaldeído (consultar o ítem 6.20.5.6) na câmara vazia (“nível de fundo”) deve-ser realizada, no mínimo, 1 hora
após o estabelecimento das condições de teste conforme o ítem 6.20.5.1.

Se a concentração de formaldeído na atmosfera da câmara for igual ou inferior a 0,006 mg/m3, pode-se dar início
ao preenchimento da câmara com os corpos-de-prova.

Se a concentração de formaldeído for superior a 0,006 mg/m3, deve-se purificar a câmara, ligando-a vazia para
levar a concentração de formaldeído ao nível mínimo aceitável, de 0,006 mg/m3. Se for necessário, deve-se
eliminar o pó e outras partículas que forem encontradas na parte inferior da câmara e limpar as paredes e outras
superfícies internas antes do início do teste.

6.20.5.4 Preparação dos corpos-de-prova

6.20.5.4.1 Generalidades. Os corpos-de-prova são desembalados, suas extremidades são vedadas, se


necessário, e eles são colocados na câmara. A relação entre o comprimento de extremidades abertas (não
vedadas) U e a superfície das faces A deve ser de U/A = 1,5 m/m2.
2
NOTA - Como conseqüência do fator constante U/A = 1,5 m/m , a porcentagem de superfície de extremidades abertas sobre a superfície das
faces do painel depende da espessura dos corpos-de-prova, conforme mostrado nos exemplos a seguir:

Espessura do painel Relação entre a superfície de extremidades abertas e a superfície total

10 mm 1,5%

19 mm 2,8%

32 mm 4,8%

6.20.5.4.2 Câmaras grandes (consultar o ítem T.1). Não devem ser vedadas as extremidades dos corpos-
de-prova 1 m x 2 m testados em câmaras grandes (> 12 m3). O perímetro, ou seja, o comprimento de
extremidades abertas (não vedadas) U para os corpos-de-prova de 1 m x 2 m é de 6 m e a superfície das faces A
é de 4 m2. Portanto, a relação U/A é de 1,5 m/m2.

6.20.5.4.3 Câmaras pequenas (consultar os ítens T.2 e T.3). A fim de manter a mesma relação U/A = 1,5
m/m2 para corpos-de-prova menores em câmaras menores, é necessário vedar parcialmente as extremidades dos
corpos-de-prova. A vedação deve ser realizada com uma faixa de alumínio autocolante.
3
NOTA - O comprimento de extremidades a serem vedadas é indicado no ítem T.2.3 para as câmaras de 1 m e no ítem T.3.3 para as câmaras
3
de 0,225 m .

6.20.5.5 Procedimento de carga e início do teste

Os corpos-de-prova são colocados na câmara de teste. Devem ficar na posição vertical e aproximadamente no
centro da câmara, com suas superfícies paralelas à corrente de ar, e separados, no mínimo, 200 mm uns dos
outros (consulte as figuras T.1 a T.5 e T.7). A primeira coleta de amostras de ar deve ser realizada, no mínimo, 3
horas depois do carregamento da câmara e do início do teste.
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6.20.5.6 Sistema de amostragens do ar e de análise

Acrescentam-se, no mínimo, 25 mL de água nos dois frascos de lavagem de gás e são conectados ao aparelho
(consultar o ítem 6.20.3.2 e a figura 3). Realiza-se a amostragem do ar da câmara periodicamente, fazendo-o
atravessar os frascos de lavagem do gás, no mínimo, 120 L, com vazão aproximada de 2 L/min. Introduzem-se
com uma pipeta 10 mL de cada uma das soluções de absorção em um balão de 50 mL e acrescentam-se 50 mL
da solução de acetilacetona (consultar o ítem 6.20.2.2) e 10 mL da solução de acetato de amônia (consultar o ítem
6.20.2.3). Os frascos são tampados e se determina o conteúdo em formaldeído das soluções, seguindo o
procedimento descrito no ítem 6.20.6.

NOTA - O volume da amostra de ar depende de sua concentração de formaldeído. Em caso de determinação fotométrica, o procedimento
3
operacional descrito anteriormente é adequado para concentrações superiores a 0,005 mg/m . Para determinar concentrações
menores, deve-se aumentar o volume de ar da amostragem e/ou reduzir o volume da solução. Também é possível aumentar a
sensibilidade da análise, utilizando uma determinação fluorométrica do reagente (diacetildihidrolutidina), em vez da determinação
fotométrica.

6.20.5.7 Duração do teste

A coleta de amostras é realizada duas vezes por dia até que haja um número suficiente de dados para poder
calcular o regime estacionário (consultar o anexo V).

O intervalo de tempo entre duas coletas de amostras deve ser superior a 3 horas.

6.20.6 Determinação da emissão de formaldeído

6.20.6.1 Generalidades

O conteúdo em formaldeído das soluções aquosas de cada período de amostragem deve ser determinado
fotometricamente por meio do método da acetilacetona.

NOTA 1 - A fim de melhorar a sensibilidade na análise, também é possível determinar o conteúdo do formaldeído fluorometricamente.

NOTA 2 - Também é possível realizar a determinação segundo a Norma Internacional ISO 16000-3 (DNPH).

6.20.6.2 Princípio

A determinação se baseia na reação de Hantzsch, segundo a qual o formaldeído reage com os íons de amônia e
a acetilacetona, produzindo diacetildihidrolutidina (DDL) (consultar a figura 4). A DDL apresenta absorbância
máxima a 412 nm. A reação é específica do formaldeído.

6.20.6.3 Procedimento operacional

Os frascos são aquecidos com tampão (consultar o ítem 6.20.5.6) durante 15 minutos em banho-maria a (40 ± 1)
ºC. Deixa-se as soluções esfriarem à temperatura ambiente durante 1 hora, protegidas da luz. Determina-se a
absorbância das soluções a um comprimento de onda de 412 nm em relação à água, utilizando-se um
espectrofotômetro com uma celular de 50 nm de comprimento de passagem (consultar a letra a do ítem 6.20.3.3).

Paralelamente, um teste em branco é realizado utilizando-se uma solução composta de 10 mL de água, 10 mL de


solução de acetilacetona (consultar o ítem 6.20.2.2) e 10 mL de solução de acetato de amônia (consultar o ítem
6.20.2.3) e se leva em conta o cálculo do conteúdo em formaldeído da solução de amostra.

NOTA - É possível utilizar células com comprimentos de passagem superiores, mas as curvas de calibração serão diferentes e, nesse caso,
seria preciso empregar um procedimento operacional modificado para a avaliação.

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6.20.6.4 Curva de calibração

6.20.6.4.1 Generalidades

A curva de calibração (consultar o anexo Q) é obtida a partir de uma solução padronizada de formaldeído, cuja
concentração tenha sido determinada mediante avaliação iodométrica. Essa curva de calibração deve ser
comprovada uma vez por semana, no mínimo.

6.20.6.4.2 Solução padronizada de formaldeído

Reagentes:

a) Solução padronizada de iodo c(I2) = 0,05 mol/L.

b) Solução padronizada de tiossulfato sódico c(Na2S2O3) = 0,1 mol/L.

c) Solução padronizada de hidróxido de sódio c(NaOH) = 1 mol/L.

d) Solução padronizada de ácido sulfúrico c(H2SO4) = 1 mol/L.

e) solução de amido a 1% em peso.

NOTA: As soluções de a) a d) devem ser padronizadas antes de sua utilização.

Dilui-se aproximadamente 1 g de solução de formaldeído (com uma concentração compreendida entre 35% e
40%) em um balão volumétrico de 1.000 mL e se completa até nivelar com água. A concentração exata de
formaldeído é determinada conforme indicado a seguir:

Misturam-se 20 mL da solução padronizada de formaldeído com 25 mL de solução de iodo e 10 mL de solução de


hidróxido de sódio. A solução resultante fica em repouso durante 15 minutos, protegida da luz e a ela são
acrescentados 15 mL de solução de ácido sulfúrico. O excesso de iodo é retroavaliado com a solução de
tiossulfato de sódio. No final da avaliação, acrescentam-se umas gotas de solução de amido como indicador.
Paralelamente, realiza-se um teste em branco com 20 mL de água.

O conteúdo do formaldeído é calculado mediante a seguinte fórmula:

c(HCHO) = (V0 - V) x 15 x c(Na2S2O3) x 1 000/20

onde:

c(HCHO) é a concentração de formaldeído, em miligramas por litro;

V é o volume de tiossulfato consumido na avaliação da solução, em mililitros;

V0 é o volume de tiossulfato consumido no teste em branco, em mililitros;

c(Na2S2O3) é a concentração de tiossulfato, em mols por litro.

NOTA 1 - 1 mL da solução de tiossulfato corresponde a 1 mL da solução de iodo 0,05 mol/L e 1,5 mg de formaldeído.

NOTA 2 - Pode-se reduzir os volumes das soluções com pipetas digitais automáticas sempre que exibirem os mesmos resultados.

6.20.6.4.3 Solução de calibração de formaldeído. Utilizando-se a concentração determinada no ítem


6.20.6.4.2, calcula-se o volume de solução de formaldeído necessário para se obter 3 mg de formaldeído.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 30/3


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Transfere-se esse volume para um balão volumétrico de 1.000 mL, utilizando-se uma microbureta e se completa
até nivelar com água. 1 mL dessa solução de calibração contém aproximadamente 3 μg de formaldeído.

6.20.6.4.4 Determinação da curva de calibração. Pipetam-se 0 mL, 5 mL, 10 mL, 20 mL, 50 mL e 100 mL,
respectivamente, da solução de calibração de formaldeído (consultar o ítem 6.20.6.4.3) em balões volumétricos
distintos, de 100 mL, e se completa até nivelar com água. Analisam-se fotometricamente 10 mL de cada diluição
mediante o processo descrito anteriormente no ítem 6.20.6.3. Os valores de absorbância são representados em
comparação com as concentrações c de formaldeído (entre 0 mg/mL e 0,003 mg/mL, consultar o exemplo no
anexo Q). A diminuição f da curva é determinada graficamente ou mediante cálculo matemático.

6.20.6.5 Cálculo da quantidade de formaldeído absorvido

A quantidade de formaldeído captada na água dos frascos de lavagem de gás é calculada mediante a seguinte
equação:

G = (As-Ab)×f×Vsol

onde:

G é a quantidade formaldeído em cada uma das soluções de captação, em miligramas;

As é a absorvência da solução contida no frasco de lavagem de gás;

Ab é a absorbância no teste em branco (consultar o ítem 6.20.6.3);

f é a diminuição da curva de calibração para a solução padronizada de formaldeído, em miligramas por mililitro;

Vsol é o volume da solução de captação, em mililitros.

Os valores de G correspondentes às duas soluções de captação são somados a fim de se obter o volume total de
formaldeído Gtot.

6.20.6.6 Cálculo da emissão de formaldeído

A emissão de formaldeído dos painéis testados derivados da madeira é expressa como a concentração no ar na
câmara de teste e é calculada mediante a seguinte equação:

c = Gtot/Var

onde:

c é a concentração de formaldeído, em miligramas por metro cúbico;

Gtot é a quantidade total formaldeído captado, em miligramas;

Var é o volume da amostra de ar, em metros cúbicos.

NOTA: O volume de ar da amostragem deve ser corrigido a uma temperatura padrão de 23 ºC e uma pressão padrão de 1 013 hPa.

6.20.7 Determinação do valor de emissão em regime estacionário

O valor de emissão em regime estacionário é calculado seguindo-se o procedimento descrito no anexo V. Para
esse cálculo, a duração mínima do teste de câmara é de 10 dias, realizando medições da concentração de
formaldeído durante, no mínimo, 7 dias (não necessariamente consecutivos). É necessário medir a concentração
de formaldeído, no mínimo, duas vezes por dia. Considera-se que se atingiu o regime estacionário quando, em um

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 31/3


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período de 4 dias, a diminuição da curva de concentração calculada for inferior ou igual a 5% (δ = 0,05, consultar o
anexo V). Se esse estado não for atingido em um período de 10 dias, deve-se continuar o teste. Se o regime
estacionário não for atingido em 38 dias (672 horas), define-se como valor de emissão de formaldeído em regime
estacionário o valor calculado pela função de potência para o vigésimo - oitavo dia de teste.

O teste pode ser interrompido após um mínimo de 4 dias de teste, sempre que nenhum resultado de teste durante
4 dias sucessivos superar o valor limite, levando-se em conta a precisão do método de teste e que a função de
regressão linear obtida com os valores dos 4 dias de teste não demonstre aumento superior a 2 µg/m3.

6.20.8 Expressão dos resultados

O valor da emissão em regime estacionário é expresso em miligramas por metro cúbico (mg/m3), arredondando-se
para a seguinte fração de 0,01 mg/m3. Deve-se indicar entre parênteses, após o valor, a duração do teste (em
horas) para se atingir o valor de emissão em regime estacionário.

Se o teste for interrompido antes do previsto, o resultado fornecido do teste é o valor médio entre as medidas
coletadas no último dia do teste.

NOTA - Testes de comparação entre distintos laboratórios europeus demonstraram que os desvios típicos para diferentes materiais de teste
variam entre 14% (material com forte emissão) a 20% (material com pouca emissão).

6.20.9 Relatório de ensaio

Deve incluir a seguinte informação:

a) tipo de câmara (opcional);

b) se é apropriado e conhecido, nome do fabricante assim como data e local de fabricação, condições de
fornecimento e manipulação entre a chegada ao laboratório de teste e o início do teste;

c) datas de início e fim do teste;

d) breve descrição das condições de testes e do procedimento operacional analítico empregado;

e) valor de emissão em regime estacionário, em miligramas de formaldeído por metro cúbico (mg/m3).

f) duração do teste até atingir o valor de emissão em regime estacionário;

g) descrição de aspectos adicionais (por exemplo, relatório de procedimentos que não estejam em
conformidade com o estabelecido.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 32/3


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Legenda

1 Tubo de coleta de amostras


2 Frascos de lavagem de gás
3 Absorvente de sílica
4 Válvula de fluxo de gás
5 Bomba de coleta de amostragens de gás
6 Medidor de fluxo de gás
7 Dispositivo de medição de gás com termômetro
8 Manômetro

Fig. 3 - Exemplo de um dispositivo de coleta de amostras para determinação da concentração de


formaldeído no ar

acetilacetona formaldeído íon de amônia diacetildihidrolutidina (amarelo)

Fig. 4 - Esquema da reação do método da acetilacetona

7 Anexo A (informativo)
Dispositivo para medir empenamentos

Figura A.1 - Esquema do dispositivo utilizado para a medição de empenamento

8 Anexo B (informativo)

Dispositivo para manter o corpo-de-prova submerso no recipiente

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 33/3


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Dimensões em milímetros

Figura B.1 - Detalhes do dispositivo sugerido para submergir os corpos-de-prova

9 Anexo C (normativo)

Guia para introdução do parafuso no corpo-de-prova e especificações do parafuso

Figura C.1 - Guia utilizado para a introdução do parafuso no corpo-de-prova

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 34/3


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Variáveis Dimensões
mm
P 1,4
d máximo 4,2
I 38

Figura C.2 - Dimensões do parafuso a ser utilizado no ensaio

10 Anexo d (informativo)

Dispositivo para tracionar o parafuso


Dimensões em milímetros

Figura D.1 - Dimensões do dispositivo para tracionar o parafuso

11 Anexo E (informativo)

Dispositivo para fixar a amostra

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 35/3


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Dimensões em milímetros

Figura E.1 - Dimensões do dispositivo para fixar a amostra

12 Anexo F (informativo)

Conjunto formado pelos acessórios, parafuso e corpo-de-prova

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 36/3


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Figura F.1 - Esquema do ensaio para arranque de superfície

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 37/3


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Figura F.2 - Esquema do ensaio para arranque de topo

13 Anexo G (normativo)

Esquema de colocação do corpo-de-prova na máquina de ensaio


Dimensões em milímetros

Figura G.1 - Forma de colocação do corpo-de-prova sobre os apoios da máquina universal de ensaios

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 38/3


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14 Anexo H (informativo)

Acessórios da máquina de tração


Dimensões em milímetros

Figura H.1 - Dispositivo metálico circular

15 Anexo J (informativo)

Conjunto acoplado nos acessórios da máquina de tração

Figura J.1 - Acessório para acoplar o dispositivo metálico circular

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 39/4


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16 Anexo L (informativo)

Blocos de tração
Dimensões em milímetros

Figura L.1 - Dimensões dos blocos de tração

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 40/4


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17 Anexo M (informativo)

Dispositivo para prender os blocos de tração


Dimensões em milímetros

Figura M.1 - Dimensões do dispositivo para prender os blocos de tração

18 Anexo N (informativo)

Forma do corpo-de-prova e seu acoplamento ao dispositivo de tração

Figura N.1 - Corpo-de-prova entre os blocos de tração formando um conjunto

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 41/4


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19 Anexo P (normativo)

Aparelho perforator

Figura P.1 - Forma de montagem do aparelho de extração

Dimensões em milímetros

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 42/4


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Figura P.2 - Detalhes de componentes do aparelho de extração

20 Anexo Q (informativo)

Gráfico dos valores de absorbância contra a concentração das soluções (exemplo)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 43/4


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RETA DE CALIBRAÇÃO FORMALDEÍDO - 412 nm


y = 0,0113x
0,016 fc = 0,0113

0,014

0,012
concentração

0,01

0,008

0,006

0,004

0,002

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4

Seqüência1
Absorbância
Linear

Absorbância Concentração

0,069 0,00075

0,144 0,0015

0,201 0,003

0,69 0,0075

1,315 0,015

21 Anexo R (informativo)

Exemplo de forno tubular para análise de teor de sílica

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 44/4


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Figura R.1 Figura R.2

22 Anexo S (informativo)

Suporte para Determinação de Absorção Superficial

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 45/4


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Figura S.1 - Detalhes do suporte para determinação da absorção superficial

23 Anexo T (normativo)

CÂMARAS DE TESTE

T.1 Opção 1: Câmara de teste grande

T.1.1 Volume e funcionamento da câmara

Nesta norma, definem-se como câmaras grandes as que têm um volume líquido mínimo de 12 m3.

NOTA - O volume líquido da câmara de teste é o volume da parte da câmara destinada a alojar os corpos-de-prova e, nesse caso, a parte da
câmara utilizada para o acondicionamento do ar e sua circulação.

As câmaras grandes podem funcionar com dois tipos diferentes de circulação de ar:

- corrente de ar paralela (consultar a figura T.1); ou

- corrente de ar circular (consultar a figura T.2).

A temperatura e a umidade relativa podem ser estabelecidas dentro da câmara mediante dispositivos de
acondicionamento especiais (aquecedores de ar, injetores de vapor) ou mediante a utilização de ar de entrada
pré-acondicionado. As câmaras que funcionam dessa maneira precisam de um isolamento eficaz das paredes.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 46/4


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A temperatura no interior da câmara também pode ser atingida colocando-a em um recinto de temperatura
controlada. Não se deve isolar as câmaras que funcionam dessa forma.

O volume de ar de entrada é ajustado por meio de um sistema de ventilação ou de ar comprimido, e pode ser
controlado por meio de um medidor de fluxo de gás ou medindo-se a velocidade do ar na entrada. O fator real de
renovação do ar deve ser medido com regularidade (consultar o ítem 6.20.5.2.4).

T.1.2 Princípio de construção

O dispositivo de teste (consultar as figuras T.1 e T.2) inclui os seguintes componentes principais (os números
entre parênteses dizem respeito aos números das figuras T.1 e T.2):

a) Câmara de teste acondicionada (1)

As câmaras grandes devem ter um volume que seja múltiplo de 4 m3, com um volume mínimo de 12 m3, com o
objetivo de permitir a utilização de tamanhos uniformes de corpos-de-prova (1,0 m x 2,0 m x espessura do painel).

b) Entrada de ar com regulador de fluxo (2)

O ar de entrada deve ser purificado se necessário e pré-acondicionado a uma temperatura próxima à do teste.

c) Ventilação (3)

O ventilador (um ou vários) mistura o ar na câmara por meio de intensa circulação. O princípio de construção da
câmara provoca a mistura do ar mediante uma forte corrente e através do espaço livre da câmara.

d) Equipamento para ajuste da temperatura (4)

e) Injetor de vapor para controlar a umidade relativa do ar (5)

f) Saída de ar (6)

g) Corpos-de-prova (7)

h) Instrumentação e sondas para medição e registro da temperatura, umidade relativa do ar e fluxo de ar de saída
e entrada.

T.1.3 Corpos-de-prova

Os corpos-de-prova são fabricados e preparados conforme o estabelecido nos ítens 6.20.4 e 6.20.5.4. O tamanho
dos painéis deve ser de 1,0 m × 2,0 m x espessura do painel. A câmara é carregada com um painel desse
tamanho a cada 4 m3 de volume da câmara. As figuras T.1 e T.2 exibem a colocação dos corpos-de-prova na
câmara, com suas faces paralelas à corrente de ar e separadas entre si por, no mínimo, 200 mm.

T.2 Opção 2: Câmara de teste de 1 m3

T.2.1 Volume e funcionamento da câmara

O volume total das câmaras desse tipo é de 1 m3. As câmaras de 1 m3 funcionam com uma forte corrente de ar
circular (consultar as figuras T.3, T.4 e T.5).

As condições de climatização do teste (temperatura e umidade relativa) podem ser estabelecidas no interior da
câmara mediante dispositivos de acondicionamento especiais (aquecedores de ar, injetores de vapor) ou mediante
a utilização de ar de entrada pré-acondicionado. As câmaras que funcionam dessa maneira precisam de um
isolamento eficaz das paredes.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 47/4


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A temperatura no interior da câmara também pode ser atingida colocando-a em um recinto de temperatura
controlada. Não se deve isolar as câmaras que funcionam dessa forma.

NOTA - A figura T.6 exibe um aparelho adequado para o estabelecimento de uma umidade relativa de (45 ± 3)%.

O volume de ar de entrada é medido e ajustado por meio de um sistema de bomba de gás ou um sistema de ar
comprimido equipado com medidores de fluxo de gás (consultar a figura T.6) e pode ser medido também por um
medidor de fluxo de gás calibrado, localizado na saída. O fator real de renovação do ar deve ser medido com
regularidade (consultar o ítem 6.20.5.2.4).

T.2.2 Princípio de construção

O dispositivo de teste (consultar as figuras T.3, T.4 e T.5) consta dos seguintes componentes (os números entre
parênteses dizem respeito aos números das figuras T.3, T.4 e T.5):

a) Câmara com um volume total de (1 ± 0,1) m3 (1)

As câmaras de teste de 1 m3 representadas como exemplo nas figuras estão construídas com placas de metal,
vidro ou materiais plásticos.

b) Entrada de ar (2)

O ar de entrada deve ser purificado se necessário e pré-acondicionado a uma temperatura próxima à do teste. O
volume do fluxo de ar que passa pela câmara é medido por um medidor de gás.

c) Ventilador (no mínimo um) (3)

O ventilador mistura o ar na câmara por meio de forte corrente.

d) Entrada para introdução das sondas destinadas à continuação regular ou constante da temperatura e da
umidade relativa do ar (4)

e) Saída de ar (5)

f) Placas defletoras, janela divisória ou suporte perfurado

g) Corpos-de-prova (7)

T.2.3 Corpos-de-prova

Os corpos-de-prova são fabricados e preparados conforme o estabelecido nos ítens 6.20.4 e 6.20.5.4. O tamanho
dos corpos-de-prova deve ser de 0,5 m × 0,5 m x espessura do painel. Como esse tamanho, é preciso vedar 1,25
m das extremidades para atingir o fator U/A = 1,5 m/m2 segundo determinação do item 6.20.5.4; 0,75 m das
extremidades ficam sem vedação. Dois corpos-de-prova com essas características são introduzidos na câmara.
Os corpos-de-prova são colocados próximos do centro da câmara, paralelos à corrente de ar, com suas faces
separadas entre si, no mínimo, a 200 mm.

T.3 Opção 3: Câmara de teste de 0,225 m3

T.3.1 Volume e funcionamento da câmara

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 48/4


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O volume dessa câmara é de 0,225 m3. A câmara funciona com uma corrente de ar circular (consultar a figura
T.7). A temperatura no interior da câmara de teste é atingida colocando-a em um recinto maior, de temperatura
controlada.

NOTA 1 - Na câmara representada na figura T.7, a temperatura no interior é atingida por meio da temperatura do ambiente onde está
localizada essa câmara.

A umidade relativa é atingida por meio do controle do ponto de orvalho do ar de entrada. A aplicação desse
princípio permite a purificação do ar de entrada na mesma operação. A umidade relativa é atingida por
umidificação do ar de entrada até chegar ao valor exigido de (45 ± 3)%.

NOTA 2 - A figura T.6 representa um aparelho adequado para se atingir a umidade relativa de (45 ± 3)%.

O volume de ar de entrada é medido e ajustado por meio de um sistema de bomba de gás ou um sistema de ar
comprimido equipado com medidores de fluxo de gás (consultar a figura T.6) e pode ser medido por um medidor
de fluxo de gás calibrado, localizado na saída. O fator real de renovação do ar deve ser medido com regularidade
(consultar o ítem 6.20.5.2.4).

T.3.2 Princípio de construção

O aparelho de teste (consultar a figuras T.7) inclui os seguintes componentes (os números entre parênteses dizem
respeito aos números das figuras T.7):

a) Câmara de teste com um volume de (0,225 ± 0,0045 ) m3 (1)

As dimensões da câmara são de 0,7 m × 0,5 m × 0,65 m. A câmara está situada em um recinto acondicionado
maior, mantendo no interior da câmara uma temperatura constante de (23 ± 0,5) ºC .

b) Entrada de ar (2)

A entrada de ar na câmara está situada próxima à entrada do ventilador.

c) Ventilador com motor elétrico externo (3)

O ventilador de tambor acionado por motor elétrico externo garante uma corrente de ar circular e simétrica ao
redor dos corpos-de-prova.

d) Entrada para introdução das sondas destinadas à continuação regular ou constante da temperatura e da
umidade relativa do ar (4)

e) Saída de ar (5)

Os bocais das saídas de ar estão localizados longe dos bocais de entrada. Os tubos de coleta de amostras de ar são
inseridos nos dutos de saída e a coleta de amostras é realizada no ambiente dessas saídas.

f) Corpos-de-prova (6)

T.3.3 Corpos-de-prova

Os corpos-de-prova são fabricados e preparados conforme o estabelecido nos ítens 6.20.4 e 6.20.5.4. O tamanho
dos corpos-de-prova deve ser de 0,2 m × 0,28 m x espessura do painel. Como esse tamanho, é preciso vedar
0,792 m das extremidades para atingir a relação U/A = 1,5 m/m2 segundo determinação do ítem 6.20.5.4; 0,168 m
das extremidades ficam sem vedação. Dois corpos-de-prova com essas características são introduzidos na
câmara. Os corpos-de-prova são colocados próximos do centro da câmara, paralelas à corrente de ar, com suas
faces separadas entre si, no mínimo, a 200 mm.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 49/5


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Legenda

1 Câmara de teste
2 Entrada de ar
3 Ventilador
4 Dispositivo de controle de temperatura
5 Injetor de vapor para controle da umidade relativa
6 Saída de ar
7 Corpos-de-prova

Fig. T.1 - Exemplo de esquema de construção de uma câmara grande com corrente de ar paralela

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 50/5


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Legenda

1 Câmara de teste
2 Entrada de ar
3 Ventilador
4 Dispositivo de controle de temperatura
5 Injetor de vapor para controle da umidade relativa
6 Saída de ar
7 Corpos-de-prova

Fig. T.2 - Exemplo de esquema de construção de uma câmara grande com corrente de ar circular

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 51/5


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Legenda

3
1
Câmara de teste de 1 m
2 Entrada de ar
3 Ventilador
4 Entrada das sondas e dispositivos de controle
5 Saída de ar
6 Placas defletoras
7 Corpos-de-prova
8 Suporte perfurado

Fig. T.3 - Exemplo 1 de esquema de construção de uma câmara de teste de 1 m3

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 52/5


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Legenda

3
1
Câmara de teste de 1 m
2 Entrada de ar
3 Ventilador de alimentação elétrica
4 Entrada das sondas e dispositivos de controle
5 Saída de ar
6 Parede divisória
7 Corpos-de-prova

Fig. T.4 - Exemplo 2 de esquema de construção de uma câmara de teste de 1 m3

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 53/5


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Legenda

3
1
Câmara de teste de 1 m
2 Entrada de ar
3 Ventilador de alimentação elétrica
4 Entrada das sondas e dispositivos de controle
5 Saída de ar
6 Corpos-de-prova

Fig. T.5 - Exemplo 3 de esquema de construção de uma câmara de teste de 1 m3

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 54/5


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Legenda

a
Ar (entrada)
b
55% da corrente de ar
b
45% da corrente de ar
d
A câmara

1 Bomba de gás
2 Filtro de carbono
3 Medidor de fluxo de gás e ajuste do fluxo
4 Filtro de gel de sílica
5 Frasco de lavagem (umidificação) de um volume mínimo de 1.000 ml
6 Regulador de fluxo ou medidor de gás

Fig. T.6 - Exemplo de dispositivo de estabelecimento de corrente de ar acondicionada a uma


umidade relativa de 45%

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 55/5


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Legenda

3
1
Câmara de teste de 0,225 m
2 Entrada de ar
3 Ventilador de alimentação elétrica
4 Entrada das sondas e dispositivos de controle
5 Saída de ar
6 Corpos-de-prova

Fig. T.7 - Exemplo de esquema de construção de uma câmara de teste de 0,225 m3

24 Anexo U (normativo)

DETERMINAÇÃO DO FATOR DE RENOVAÇÃO DO AR

U.1 Fundamento

A determinação do fator de renovação do ar n na câmara vazia se baseia na medição da evolução da


concentração de um gás indicador (gás detector) introduzido na câmara a partir de um cilindro de ar comprimido.
A concentração de gás indicador diminui com o tempo, segundo o fator de renovação do ar. Em condições ideais
de mistura de ar na câmara, a concentração satisfaz a equação:

ct = co e-nt (U.1)

n = (1/ t) ln (co / ct) (U.2)

onde:

c0 é a concentração inicial de gás detector, expressa em miligramas por metro cúbico;

ct é a concentração inicial de gás detector, expressa em miligramas por metro cúbico, no tempo t em horas;

n é a taxa de renovação do ar por hora (1/h);

t é o tempo, em horas.

NOTA - O monóxido de nitrogênio (N2O) é um gás detector adequado cuja concentração pode ser medida com um detector de infravermelhos
(IR) O monóxido de nitrogênio tem uma massa molecular de 44,01 g/mol e uma densidade de 1,53 vezes a do ar.

U.2 Equipamento de medição

U.2.1 Analisador de gás infravermelho (IR) capaz de medir concentrações de monóxido de nitrogênio de até 2.000
mg/m3, conectado a um registro contínuo.

U.2.2 Garrafa de gás comprimido, com válvula de ajuste, que contém N2O.

U.3 Procedimento operacional

A câmara funciona segundo as condições de teste definidas nesta norma (consulte o ítem 6.20.5.1). Para a
determinação exata do fator de renovação do ar, N2O é introduzido no cilindro de gás comprimido na câmara até
atingir a concentração máxima do intervalo de medição selecionado. Exibe-se a mistura ar/N2O na saída de ar da
câmara por meio de um tubo flexível conectado ao analisador de gás infravermelho (IR); registra-se a
concentração de N2O (consultar a figura U.1). Depois de alguns minutos, durante os quais a concentração de N2O

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no ar da câmara será instável, esta diminui de forma constante, segundo a expressão matemática dada na
equação (U.1).

NOTA - Mede-se o primeiro valor da concentração, co, depois de 10 minutos, e o segundo valor da concentração ct, aproximadamente aos 30
minutos. O procedimento pode ser repetido para outros grupos de valores. Os valores também podem ser linearizados com o objetivo de
determinar o fator de renovação do ar mediante a diminuição do gráfico, utilizando a equação (U.2).

U.4 Avaliação

Calcula-se o fator de renovação do ar n a partir dos valores de co e ct para um período determinado, utilizando-se
a equação (U.2). Se o valor calculado diferir em mais de 5% do valor prescrito 1/h, é necessário ajustar a
renovação de ar para o teste e deve-se repetir o procedimento de determinação.

No momento da leitura da concentração de N2O, deve-se ter presente a não-linearidade do dispositivo de leitura
instantânea ou do registrador.

tc

1 c
n = × ln o
t ct

Legenda

a) Concentração c de N2O
b) Tempo t

Fig. U.1 - Exemplo típico de diminuição da concentração de N2O com o tempo

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25 Anexo V (normativo)

DETERMINAÇÃO DO VALOR DE EMISSÃO NO REGIME ESTACIONÁRIO

V.1 Princípio

Para determinar o valor de emissão em regime estacionário, utiliza-se a função de potência completa (consultar a
equação (V.1)):

c = A/(1+BtD) (V.1)

onde:

c é a concentração na câmara, em miligramas por metro cúbico;

t é o tempo, em horas;

A, B e D são constantes positivas.

Para o ajuste ideal dessa equação, é necessário inevitavelmente utilizar um algoritmo de regressão (regressão
não linear por interação de mínimos quadrados). Esses algoritmos estão disponíveis comercialmente para
computadores pessoais em uma ampla variedade de programas de informática. Qualquer cálculo de regressão
não linear requer boa estimativa dos parâmetros iniciais com o objetivo de que a convergência seja ideal. A
experiência recomenda que o valor de A seja 10% -20% superior ao valor da primeira concentração considerada,
enquanto que os valores de 0,1 para B e de 0,5 para D são, em geral, adequados.

V.2 Determinação do valor de emissão em regime estacionário

Para determinar o valor de emissão em regime estacionário, registram-se os dados da câmara durante, pelo
menos, 10 dias (mínimo de 14 valores, preferencialmente considerados uniformemente no tempo). Então,
calculam-se os valores dos parâmetros funcionais da equação (V.1) (consultar a figura V.1) que dão o melhor
ajuste para os dados.

NOTA - De forma descritiva, a equação (V.1) parte de c = A quando t = 0 e tende a zero de forma decrescente quando t tende ao infinito. Em
princípio, essa equação só permite representar processos monótonos decrescentes. Conseqüentemente, com o objetivo de evitar
ajustes incorretos, se deveria, se for o caso, eliminar do conjunto de dados os primeiros valores de concentração crescentes
presentes no teste.

Para a verificação do regime estacionário, utiliza-se a seguinte equação:

[(ct-ct + 96)/ct+96]≤δ (V.2)

onde:

ct, ct + 96 são as concentrações de formaldeído calculadas aplicando a equação (V.1) nos tempos t e t+96 (ou seja,
quatro dias, (96 h) depois);

t = 0, 24, 48, 72, 96, 120, 144, 168, 192, etc. são os tempos em horas nos quais a equação deve ser
verificada (V.2) de forma sucessiva;

δ é a diminuição aceitável da concentração que ocorre em quatro dias.

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δ fixa-se nesta norma como 0,05 (5%). O regime estacionário é atingido no primeiro valor de t que satisfaz a
equação (V.2). Nesse instante, as duas concentrações podem ser consideradas como quase constantes e
se supõe que o regime estacionário seja equivalente ao que fornece ct + 96. Se δ for maior do que 0,05,
repete-se o procedimento após adicionar os dados da câmara para os dias seguintes e assim
sucessivamente até que se cumpram as condições ou até que se atinja a duração máxima do teste (28
dias).

V.3 Característica excepcional

A equação (V.1) parte de c = A para t = 0 e tende sempre a 0, diminuindo constantemente quando t tende ao
infinito. Conseqüentemente, a diminuição da concentração c é sempre negativa em todo o intervalo de tempos. No
entanto, segundo a configuração dos dados iniciais, a equação (V.1) pode assumir duas formas diferentes,
dependendo unicamente do valor do parâmetro D. A primeira, muito mais freqüente, corresponde a uma
diminuição rápida dos dados iniciais, sendo D inferior ou igual a 1. A segunda, menos freqüente, corresponde a
uma diminuição lenta dos dados iniciais e D resulta ser maior do que 1.

No primeiro caso, a diminuição da curva em valor absoluto parte do infinito ou de A · B, segundo D seja menor ou
igual a 1 para t = 0 e diminui constantemente com o tempo. No segundo caso, no entanto, a curva apresenta um
ponto de inflexão para o tempo t i (consultar a equação (V.3)).

ti={(D-1)/[B(c + 1)]}1/D (V.3)

e a diminuição da curva parte, então, do zero, aumenta até o ponto de inflexão e só depois disso começa a
diminuir constantemente (consultar a figura V.2).
Os casos nos que D ≤ 1, são indiscutivelmente válidos para a equação (V.2) porque a diferença calculada entre
duas concentrações sucessivas de formaldeído medidas a intervalos de tempo considerados (por exemplo, 96 h
conforme se recomenda nesta norma) é máxima no início e diminui com o tempo. Para D > 1, no entanto, isso não
ocorre até depois do ponto de inflexão. Em conseqüência e especificamente se o ponto de inflexão estiver situado
em um tempo superior a 96 h, a pouca diminuição da equação (V.1) durante os primeiros dias de teste, pode implicar
que o primeiro cálculo, a equação (V.2) indique um regime estacionário aparente, mas errôneo. Um procedimento
razoável para superar essa dificuldade pode consistir em identificar e, em seguida, eliminar com a ajuda de um
gráfico os primeiros dados crescentes de concentração. Esses dados são tais que provocam o aparecimento do
máximo no gráfico e se situam antes deste. Uma medida como esta pode fazer desaparecer o ponto de inflexão
potencial ou colocá-lo em uma posição praticamente sem influência, ou seja, justamente na origem do eixo de
tempos. Simplesmente desconsiderando os dados das primeiras 24 h seria possível, por outro lado, reter valores mal
ajustados ou, se forem excluídos os dados correspondentes ao início da diminuição, seria possível dificultar a
convergência suave do algoritmo de regressão com os parâmetros da curva.

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Legenda

Y Concentração de formaldeído c, em miligramas por metro cúbico.


X Tempo t em horas.
NOTA- A, B e D são constantes positivas da equação A = 0,185
B = 0,309
(V.1). r é o coeficiente de correlação da equação (V.1). D = 0,335
r = 0,988

Fig. V.1 - Ajuste ideal dos dados da concentração de formaldeído para um teste com painéis de fibras de
densidade média (MDF) em uma câmara de teste grande

Curva superior: D > 1

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Curva inferior: 0 < D ≤ 1

Legenda

Y concentração (unidades arbitrárias)

X duração do teste, em horas a ponto de inflexão

Fig. V.2 - Dependência do ajuste da curva de concentração com o valor de D

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