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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
que pode afetar a qualidade do painel já acabado. Ainda comenta que a umidade
ajuda na transferência de calor para o centro do colchão e com isso facilita a
solidificação de cura aumentando a qualidade do material já acabado com maior
distribuição de densidade por igual nas extremidades do painel.
A influência do teor de umidade no colchão de fibras mais alto permite a
redução de pressão exercida sobre o colchão, e aumenta a transferência de calor para
o centro. Outra desvantagem é o tempo de prensagem que deve ser diminuído para
que haja tempo da retirada total da umidade excedente, no entanto, para cada material
existe a faixa de umidade ideal a ser aplicada (KELLY, 1977).
O spray de água nas faces do colchão ajuda na transferência de calor para o
centro do painel e melhora a qualidade superficial aumentando várias características
do painel em relação à resistência, a flexão, tração e aumento de velocidade de
solidificação da resina (KOLMANN et al 1975: MALONEY, 1989).
O colchão, após distribuído uniformemente e aglutinado com resina pode ser
prensado em prensas contínuas com maior produtividade, ou prensas estáticas de
pratos que tem uma produtividade limitada (IWANKIRI, 2005).
O Processo de prensagem significa o contato da prensa com o colchão e a
sua finalidade principal é polimerização do adesivo, ou a consolidação do painel
propriamente dita (BELINI, 2007).
A Norma NBR 15316:1 (2006) indica que, para fins de mercado, os painéis
MDF são classificados em:
a) HDF: densidade ≥ 800 kg/m³;
b) Standard: densidade > 650 kg/m³ e < 800 kg/m³;
c) Light: densidade ≥ 650 kg/m³;
d) Ultra Light: densidade ≥ 550 kg/m³
A (ABNT, 2006a). A Norma NBR 15316:2 (2006) cita que a variação da
densidade do painel MDF deve ser, no máximo, ± 7% em relação à densidade nominal
adotada (ABNT, 2006b).
A densidade do painel é muito importante pós-prensagem, pois através da
análise do perfil de densidade o responsável de produção pode reduzir consumos de
madeira, cola e energia e ter um ótimo custo de produção.
O perfil de densidade é afetado pelos parâmetros de pressão da prensa,
sendo particularmente importante na produção de MDF, que o perfil seja de densidade
maior na face superior e inferior, ou seja, maior aplicação de pressão e que no centro
do painel, esta densidade seja menor para que o peso de cada chapa seja aprimorado,
visando melhor manuseio e para otimizar o custo de frete para entrega do produto
final.
A análise do Perfil de densidade deve ser tomada pelo desenho gráfico que
se obtém após o raio-X do painel de amostras de 50 x 50 mm que são colocados no
aparelho
Curva medidor que faz a leitura interna do painel de MDF através de densitometria.
Referência:
Os 03perfil podem ser comparados através de sobreposição, onde tem uma
gráficos de
referência padrão
Curva real: 04 de melhor perfil a ser aplicado. (Fig. 01)
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3 MATERIAL E MÉTODOS
3.2 MATÉRIA-PRIMA
A realização dos testes foi feita escolhendo a principal espessura
realizada em uma fábrica de MDF sendo uma espessura nominal de 15 mm standart
com fibras de madeira 100% de Pinus taeda densidade média de 650 kg/m³ até 730
kg/m³ de fibra seca conforme a especificação da Norma NBR 15316:1 (2006).
Foram avaliados na linha de produção, diferentes dosagens de spray
sendo 55 ml/m², 60 ml/m² e 65 ml/m² e também sem a dosagem de spray. Para cada
dosagem foi separado uma amostra da chapa de MDF de 150 mm de largura do painel
sendo comprimento 2790 mm e realizados testes de Perfil de densidade e tração
perpendicular. Para o teste de solidificação da resina sendo comparação das
velocidades foi realizado 08 testes completos para cada dosagem com aparelho de
sonda no centro do colchão conforme procedimento descrito abaixo, onde são
descritos passo a passo todos os testes realizados.
igual à massa dividida pelo volume) que nos expressa a densidade média do painel
de MDF em Kg/m³.
A densidade do painel é fornecida automaticamente pela planilha de testes,
através da média aritmética dos resultados de todos os corpos de prova, retirados do
mesmo painel, o resultado do teste bem como os valores das dimensões, peso e peso
específico (peso por superfície) estarão contidos no relatório de testes fornecido pelo
equipamento IMAL DPX 200, conforme figura 04.
Figura 05 – Exemplo da leitura que o equipamento realiza para obtenção do gráfico de perfil
Fonte: O Autor (2013)
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o que também é auxiliado pela aplicação do spray. O rolo superior da prensa pode ser
abaixado até altura do colchão na linha da formação ou até tangenciar o colchão, o
mesmo ajuda na retirada de ar. O ar é um bom isolante e é necessário removê-lo o
máximo possível para que seja possível obter uma rápida transferência de calor para
dar consistência sólida ao colchão.
A umidade do colchão ajuda a transferência de calor enquanto que a água se
transforma em vapor. O vapor gerado transporta a energia térmica que existe ao
centro do produto e, em muitos casos, elimina parte do ar. O calor gerado facilita a
deformação da fibra, ajudando o colchão a ocupar menos espaço.
Se a umidade estiver baixa, não é possível alcançar a deformação plena e a
transferência de calor. Existem algumas dúvidas com relação aos possíveis
mecanismos de formação das camadas superficiais. Algumas pessoas acreditam que
a camada superficial do colchão é abrandada pela aplicação inicial de calor e assim,
facilmente densificada. A experiência prática de produção indica que se aplica um
mecanismo diferente na densificação do painel. É nesse ponto em que a resina cura
e mantém a densidade desejada. Se for possível parar a prensa e realizar um perfil
de densidade nesse ponto, prevêque o seguinte perfil de densidade a ser observado.
Figura 08.
Kg/m³
mm
Kg/m³
mm
Kg/m³
mm
Kg/m³
mm
Kg/m³
mm
4 CONCLUSÃO
Conforme o resultado obtido para os testes realizados pode-se constatar que
a melhor dosagem de spray obtida foi de 60 ml/m², onde se obteve os melhores
resultados de tração perpendicular “ligação interna” e ainda a melhor distribuição de
fibra analisadas pelo perfil de densidade.
Os resultados de resistência a tração perpendicular foram também
considerados os melhores para a dosagem 60 ml/m², pois a média dos testes
realizados foi a melhor dentre as dosagens conforme tab.02 com diferentes dosagens
e tab.01 sem dosagem de spray.
Para os resultados obtidos no perfil de densidade baseando-se nas
informações e referência da (WEKOBIEL AG, 2012) pode se comprovar realmente um
ganho de perfil, na comparação entre o melhor resultado de dosagem e sem a
dosagem o ganho ocorre tanto para face como para o núcleo, podendo assim
comprovar o ganho de densidade.
Para estes testes realizados entre os tratamentos com dosagens, foi
verificado que para a mesma velocidade de prensa, mesma dosagem de resina os
resultados são alterados consideravelmente, ainda pode-se analisar que, para
dosagem de 55 ml/m² de spray a transferência de calor é deficiente para o centro do
painel, pois a cura não ocorre antes da zona de resfriamento, podendo assim,
acarretar em perdas produtivas e para a dosagem de 55 ml/m² a solidificação da resina
ocorre de forma precoce podendo alterar a estrutura interna do painel.
Já os resultados obtidos sem a dosagem de spray, se torna inviável para uma
Empresa de produção de painéis de fibra de madeira, visto que a velocidade é
reduzida em torno de 21% afetando a taxa produtiva consideravelmente.
Então finalmente podemos constatar que para os tratamentos realizados, a
melhor dosagem de spray considerada foi de 60 ml/m², ou seja, chega a um fator de
dosagem adequada sendo de 4 ml/mm de espessura a ser produzido.
REFERÊNCIAS