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1.INTRODUÇÃO
A quantidade de calor que provem do processo da combustão, e que não foi aproveitado
para a geração de potência, é rejeitada, primordialmente e em regime permanente, para
os gases de exaustão, para o sistema de arrefecimento e para o óleo lubrificante (Crouse
e Anglin, 1977).

Em condições não controladas de temperatura das partes metálicas do motor, elas


podem sofrer sérios danos, fazendo-se imprescindível a previsão de um apropriado
resfriamento das mesmas (Crouse e Anglin, 1977).Para manter os componentes do
motor em temperaturas médias compatíveis com as características dos materiais, e para
evitar a detonação nos motores de ciclo otto, há a necessidade de se retirar calor do
motor.

O calor é transmitido ao fluido de arrefecimento que circula no bloco e cabeçote do


motor e, posteriormente, dissipado para o ambiente ao passar pelo radiador.

O processo de refrigeração envolve o fluxo de calor dos gases, sempre que a


temperatura destes excede a da parede do cilindro. O atrito gerado pelas partes móveis
do motor também e uma fonte geradora do fluxo de calor para as diversas partes do
motor. O atrito mecânico eleva a temperatura do lubrificante e das partes envolvidas,
resultando em fluxo de calor para as partes vizinhas ao resfriador e dela para o fluido
refrigerante.
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2.CONCEITOS
O sistema de arrefecimento é um conjunto de dispositivos eletromecânicos que
tem como função controlar a temperatura dos motores de combustão interna, por meio
de um fluido de arrefecimento. O sistema de arrefecimento é o responsavel pela troca de
calor do motor com o meio ambiente, regulando sua temperatura de trabalho.
O sistema de arrefecimento de um motor de combustão interna esta divida em
duas partes:
 Sistema de arrefecimento direito (que é feita por ar)
 Sistema de arrefecimento indireto (que é feita por água)

2.1. SISTEMA DE ARREFECIMENTO DIREITO

Os sistemas de arrefecimento direito é efectuada por intermédio de ar, sendo um


sistema muito simples são utilizados geralmente em motores monocilíndricos, embora
alguns construtores os utilizem em tratores de potências mais elevadas. A simplicidade
destes sistemas resulta da maior segurança no funcionamento dos motores e na
diminuição dos cuidados de manutenção.

O sistema de arrefecimento direito apresenta-se de duas formas:


1. Sistema de arrefecimento direito natural;
2. Sistema de arrefecimento forçado.

2.1.1-SISTEMA DE ARREFECIMENTO DIREITO NATURAL

Neste sistema o arrefecimento feito com o ar, acontece pela presença das aletas
que encontram-se em volta do motor de combustão interna.Permitindo melhor troca de
calor com o meio.
No sistema a circulação de ar em volta dos cilindros é provocada pelo
deslocamento do veículo, como nas motocicletas, por exemplo.
A eficácia da refrigeração depende, portanto, da velocidade de deslocamento do
veículo, sera suficiente para velocidades normais e altas, porem, insuficiente quando o
veículo estiver parado ou a plena potência.

Fig.1-Sistema de arrefecimento direito natural.


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2.1.2-SISTEMA DE ARREFECIMENTO DIREITO FORÇADO

Os sistemas de arrefecimento direito forçados são compostos por um ventilador


ou por uma turbina acionada pelo motor. Essa solução é necessaria sempre que os
cilindros do motor localizam-se no interior do veículo. O ar recalcado pelo ventilador e
conduzido por tubulacoes ate as proximidades dos cilindros e dos cabeçotes. Em
seguida, o ar sai para a atmosfera.
O arrefecimento direito forçado permite uma refrigeração suficiente em todas as
condições de funcionamento do motor. Contudo, em condições climaticas desfavoráveis
(frio), a ventilação é excessiva, e a refrigeração tende a levar o motor a funcionar a uma
temperatura muito baixa. Corrige-se esse defeito pelo emprego de um obturador que
limita a quantidade de ar aspirado. Este obturador pode ser acionado por um comando
manual ou por um dispositivo termostático situado na corrente de ar quente que sai do
motor.
O comando por termostato e automático, sendo colocado de modo a ser atingido
pelo ar quente que vem dos cilindros. O calor provoca a dilatação do termostato que,
por um comando mecânico, abre o obturador situado a entrada do ventilador.
Para controlar a temperatura de funcionamento de um motor de refrigeração a ar,
coloca-se um termostato sobre o carter ou no óleo de lubrificação.
De um modo geral, a refrigeração a ar faz com que o motor funcione a
temperaturas muito variáveis. A ajustagem dos pistões, segmentos e válvulas exige
folgas de dilatação suficientes e um óleo lubrificante de excelente qualidade.

Fig.2-Sistema de arrefecimento direito forçado.

Atualmente este sistema é aplicado somente onde seja absolutamente necessário,


pois ele limita a potência do motor por litro de cilindrada, os cilindros devem ser
aletados, e há a necessidade de um circulador de ar, cuja potência consumida e custo são
equivalentes ou até maiores que os do sistema de arrefecimento a água.
A peça principal deste sistema é o ventilador que pode ser de palhetas,
produzindo uma corrente de ar paralela ao eixo de rotação (axial) ou centrífugo, em que
o ar entra pelo centro e é projectado para a periferia.
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Em relação ao seu acionamento este pode ser obtido diretamente da cambota ou


utilizando uma transmissão com correias e poleas.
Comparando este sistema com o da água, embora exija menos cuidados de
manutenção, não permite uma boa regulação da temperatura de funcionamento do motor
e são mais ruidosos; nos motores refrigerados a ar o óleo de lubrificação aquece mais
pelo que a refrigeração destes motores deve ser complementada com o circuito de
refrigeração de óleo.
Relativamente aos principais cuidados de manutenção destes sistemas tem-se:
- Aletas dos cilindros: limpeza frequente com escova dura ou com gasolina utilizando
um pincel limpando bem em seguida com um pano seco e absorvente;
- Ventilador: limpeza das pás e lubrificação dos rolamentos segundo instruções do
construtor, verificando-se a tensão das correias de transmissão.
Nestes sistemas a necessidade de ar é cerca de 30 % inferior à do sistema
refrigerados a água pois a transmissão do calor para o ambiente é mais direta. Estes
sistema consiste, fundamentalmente, em separar o bloco motor da cabeça motor e munir estes
elementos de várias palhetas por forma a aumentar a área de contacto com o ar movimentado
pela ventoinha; o ar é recolhido e canalizado para uma espécie de blindagem envolvente dos
órgãos a refrigerar, nomeadamente a cabeça motor, bloco motor e colector de escape.

VANTAGENS DO SITEMA DE ARREFECIMENTO POR AR

 Torna mais simples o projeto e a construção do sistema;


 É facilmente disponível e não requer reservatórios e tubulações fechadas para
sua condução;
 Não é corrosivo e não deixa incrustações;
 Não se evapora e não se congela para as mais severas condições de
funcionamento do motor

DESVANTAGEM DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO POR AR

 Baixa densidade, havendo necessidade de um volume muito maior de ar do que


de água para retirar 1 caloria do motor;
 Baixo calor específico, isto é, baixa capacidade de transferir calor entre um
sistema e sua vizinhança.
 Temperatura não é uniforme no motor e ocorre a formação de “pontos quentes”;
 Não existe um dispositivo para controlar a temperatura do motor nas diversas
rotações.
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2.2-SISTEMA DE ARREFECIMENTO INDIREITO

Para este sistema utiliza-se água como liquido arrefedor, tendo no seu sistema
constituido por: radiador, termostato, ventilador, bomba de água,e mangeiras de água.

2.2.1-BOMBA DE ÁGUA

É uma bomba centrífuga de baixa pressão e alta vazão que recalca a água do
radiador para o bloco do motor. Para que haja circulação forçada de água no interior do
motor e pelos trocadores de calor, possibilitando a troca térmica por convecção, o bloco
do motor utilizado conta com uma bomba centrífuga, ligada diretamente ao eixo
virabrequim do motor, e ao eixo da bomba de óleo.

Fig.3-Bombas de água de automóveis

Fig.4-Detalhes da bomba de água de automóveis


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2.2.2-TERMOSTÁTO

O termostáto e um dispositivo automático, que tem a função de normalizar


rapidamente a temperatura do motor e permitir a sua estabilizacao ideal durante todo o
tempo de funcionamento, independentemente da carga do motor ou de fatores
externos.Valvula termostatica que atua como um dispositivo automatico que permite
normalizarem rapidamente a temperatura do motor e a estabilização ideal de
funcionamento do motor.

Fig.5-Termostato.

A água é utilizada como condutor de calor entre o motor e o ar atmosferico. O


forte calor específico da água permite obter uma excelente refrigeracão pelo simples
contacto com o exterior dos cilindros e do cabeçote. Desse facto, resulta uma maior
estabilização da temperatura do motor e consequentemente as condições de
funcionamento tornam-se mais regulares.

2.2.2.1-FUNCIONAMENTO DO TERMOSTÁTO
Quando a água do arrefecimento esta fria, a válvula termostática impede sua
circulação pela colmeia do radiador, permitindo somente sua circulação pelo interior do
bloco e cabeçote do motor através da passagem de derivação para a bomba de água.

Fig.6-Esquema de funcionamento da válvula termostática – fechada


Fonte: Mercedes Benz do Brasil, 2006

Antes, porém, de a água de arrefecimento atingir a temperatura ideal, a válvula


termostática permanece semi-aberta, permitindo a passagem da água para o radiador e,
ao mesmo tempo, direitamente para o bloco através da passagem de derivação para a
bomba de água, evitando-se dessa forma que aconteça um choque térmico no bloco do
motor.
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Atingida a temperatura normal de funcionamento para o motor, a válvula


termostatica abre a passagem para o radiador e fecha a passagem de derivação para a
bomba de água. Esta abertura se processa gradativamente, bem como o fechamento da
derivação, evitando com isso variações bruscas de temperatura.

Fig.7-Esquema de funcionamento da válvula termostática – aberta


Fonte: Mercedes Benz do Brasil, 2006

2.2.3-RADIADOR

É o reservatório do fluido de arrefecimento, composto de aletas, conhecidas por


colmeias, que formam uma grande superficie de dissipação do calor. O radiador cujo
elemento de refrigeração tem a forma de um favo, tubular ou com tiras; a parte superior
do radiador possui sempre uma saida de seguranca chamada “registro”.
Essa saida limita a pressão na circulação quando, por aquecimento, o volume do líquido
aumenta.

Fig.8-Ilustração de um radiador automotivo.

Outros elementos importantes do subsistema de arrefecimento é o tanque de


expansão que atua como um reservatório incorporado ao sistema de arrefecimento cuja
finalidade e de receber o volume de agua proveniente da expansao pelo aquecimento e
de reintegrar este fluido ao sistema, quando da contração do volume pelo seu
resfriamento.
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A tampa do radiador, a qual tem a funcao de pressurizar a água do sistema de


arrefecimento para:

 Retardar o ponto de ebulição (ponto de fervura).


 Reduzir as perdas pela evaporação.
 Evitar o fenómeno da cavitação.

A tampa do radiador possui dois elementos de válvulas. Um maior e outro


menor: o maior limita a pressao formada pelo aquecimento da agua, e o menor
localizado no centro da tampa, limita a depressao que se forma como esfriamento da
agua (exemplo: uma parada prolongada do motor apos um periodo de funcionamento).

Fig.9-Tampa do radiador.

2.2.3.1-Elementos do radiador

Depósito superior: depósito de água proveniente do motor.

Depósito inferior: depósito de água após resfriada pela passagem pela colméia do
radiador.

Colméia: região central constituída de capilares verticais e aletas horizontais.

Fig.10-Elementos do radiador: depósito superior, depósito inferior e colméia.


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2.2.4-VENTILADOR
É um componente importante que faz parte do radiador. Sua atuação e de manter
o fluxo de ar em forma espiral, forcando a passagem desse ar impulsionado pelas pás
através das aletas do radiador, acelerando o processo de troca de calor. O acionamento
pode ser através de polia e correia com sincronismo do virabrequim ou motor elétrico
independente.

Fig.11-Ventilador.

O ventilador destina-se a provocar uma intensa circulação de ar através do


elemento de refrigeração do radiador. Sendo que a camara de água está em volta dos
cilindros,entre os assentos das válvulas e dos cabeçotes.
Essa camara possui na sua parte inferior uma entrada de água fria e na parte
superior uma saida de água quente; frequentemente, coloca-se um bujão de
esvaziamento no local mais baixo da camara de água.Costuma-se colocar o ventilador e
a bomba sobre o mesmo eixo,a meia altura do sistema de refrigeração. Portanto, a
bomba atua apenas como acelerador de circulação.

2.2.5-Mangueiras

Condução da água do radiador até a bomba d’água e do motor para o radiador.

2.2.6-Camisas d’água

Superfície externa a parede dos cilindros, a qual forma galerias por onde a água
circula retirando calor excedente do motor.
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2.3-PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE


ARREFECIMENTO POR ÁGUA
O funcionamento do sistema de arrefecimento pode ser descrito da seguinte
maneira:

1. O fluido de Arrefecimento é bombeado desde a parte inferior do radiador e


forçado a circular ao redor das paredes e do cabeçote.
2. Depois de trocar calor com o bloco de cilindros, o fluido de Arrefecimento
circula através da mangueira superior do radiador e chega até o tanque superior.
3. O fluido de Arrefecimento é resfriado pelo ar que atravessa a colméia do
radiador e desce até a mangueira inferior do radiador.
4. Finalmente, o fluido de Arrefecimento a baixa temperatura circula da mangueira
inferior à bomba para começar um novo ciclo.

Embora seja desejável retirar a maior quantidade de calor residual das partes do
motor, com o propósito de melhorar a sua eficiência volumétrica, um excesso de
resfriamento pode provocar uma inconveniente mistura de óleo e combustível não
vaporizado (Newton e Steeds, 1966). Portanto, somente uma faixa apropriada de
temperaturas pode permitir resultados satisfatórios à operação do motor.

Fig.12-Esquema do funcionamento do sistema de arrefecimento por água.


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2.4-ADITIVOS E ANTICOGELANTES
O aditivo para radiador é um líquido composto por etilenoglicol (um tipo de
álcool), aditivos e água, que deve ser adicionado ao radiador do carro para ajudar a
manter a temperatura do motor na faixa de funcionamento ideal e minimizar a corrosão
(ferrugem) das partes metálicas.

A função do etilenoglicol é alterar os pontos de ebulição (fervura) e


congelamento da água do motor. Os aditivos, por sua vez, equilibram o pH da água de
modo que não fique nem alcalina nem ácida. Para cumprir adequadamente essas
importantes funções químicas, o produto deve atender às especificações normativas que
estão diretamente relacionadas com a sua composição.

Para evitar que no inverno a água congele, junta-se a ela álcool ou glicerina
pura. O álcool dilui-se facilmente; a mistura permanece homogenea, mas como o alcool
se evapora mais facilmente que a água, deve-se verificar a sua proporção
periodicamente.
A resistência ao frio depende da quantidade de álcool ou de glicerina que se
adiciona a água. O acionamento de um motor cuja temperatura está baixa, proxima de
0 ºC, apresenta certas dificuldades e alguns perigos. Se nao houver lubrificacao, o metal
mais frágil podera sofrer, sob o efeito de choques, um começo de ruptura pelo atrito frio
(molas de válvulas, etc.).

Fig.13-Algus aditivos existentes no mercado.

2.4.1-Características

Protege contra a corrosão, contra a cavitação e não permite a formação de


espuma.
Assegura a máxima refrigeração dos diferentes componentes do motor por onde
circula o líquido.
Não ataca materiais elastoméricos, mangueiras, bomba d’água, auxiliando na
conservação dos componentes.
Lubrifica bomba d’água e válvula termostática.
Eleva o ponto de ebulição da água e diminui o ponto de congelamento.
Intervalo de troca entre 30.000km e 40.000km.
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2.4.2Aplicação

Sistema de arrefecimento de veículos leves e pesados,nacionais e importados.


Tratores.
Máquinas agrícolas.
Motores estacionários.

2.4.3-Modo de usar Solução (pronto uso)


Esvazie o sistema.
Limpe o sistema utilizando o Limpa Radiador e água.
Coloque a solução arrefecedora no sistema através do reservatório auxiliar, ou
conforme o veículo, diretamente no radiador, sem qualquer diluição, o produto é pronto
para uso.
A quantidade a ser colocada deve ser de acordo com o manual do veículo.
Funcione o motor, e se necessário complete o nível do reservatório.

2.5-REFRIGERAÇÃO POR ÓLEO

A refrigeração por óleo utiliza-se geralmente para complementar a refrigeração


por ar, pois esta é especialmente para os motores mais potentes, mas não é suficiente
para arrefecer o topo dos cilindros.Deste modo o circuito de lubrificação contribui
significativamente para o arrefecimento do motor, este pode ser melhorado caso se faça
circular o óleo em torno dos cilindros.

Fig.14- Representação de um motor refrigerado por ar e óleo. Fonte: CEMAGREF (1991)

1- Cabeça do motor
2- Ventilador
3- Radiador de óleo
4- Cavidades de refrigeração
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5- Condutas de óleo
6- Filtro
7- Bomba de óleo.

Em qualquer das soluções utilizadas é importante verificar a temperatura do motor,


com a maior frequência possível, durante o trabalho. Uma preciosa indicação sobre esta
temperatura é fornecida pelo termómetro da água ou do óleo, conforme o tipo de
refrigeração. Se a temperatura subir a valores perigosos (> que 100 oc) deve parar-se
imediatamente o trabalho, mantendo, no entanto, o motor a trabalhar ao "ralenti"
durante alguns segundos, de modo a evitar ainda maior sobreaquecimento por inércia
térmica, devendo depois parar o motor para tentar descobrir a causa do aquecimento
intempestivo constatado.

O funcionamento do sistema de arrefecimento pode ser descrito da seguinte


maneira:

O fluido de Arrefecimento é bombeado desde a parte inferior do radiador e forçado


a circular ao redor das paredes e do cabeçote.

Depois de trocar calor com o bloco de cilindros, o fluido de arrefecimento circula


através da mangueira superior do radiador e chega até o tanque superior.

O fluido de Arrefecimento é resfriado pelo ar que atravessa a colméia do radiador e


desce até a mangueira inferior do radiador.Finalmente, o fluido de Arrefecimento a baixa
temperatura circula da mangueira inferior à bomba para começar um novo ciclo.

Embora seja desejável retirar a maior quantidade de calor residual das partes do motor,
com o propósito de melhorar a sua eficiência volumétrica, um excesso de resfriamento pode
provocar uma inconveniente mistura de óleo e combustível não vaporizado (Newton e
Steeds, 1966). Portanto, somente uma faixa apropriada de temperaturas pode permitir
resultados satisfatórios à operação do motor.

Verifica-se, experimentalmente que 25% a 30% do calor gerado na combustão


devem ser transferidos para o sistema de arrefecimento, nos motores arrefecidos a água
e de 20% a 25% nos motores arrefecidos a ar.
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3.CONCLUSÃO

Um bom sistema de arrefecimento garante trabalho motor na faixa ideal de


funcionamento, permitindo maior vida aos componentes internos e reduzindo consumo
de combustivel.

O sistema de arrefecimento tem como objetivo retirar o excesso de calor do


motor mantendo a temperatura na faixa de 85-95ºC.

O primeiro e mais importante passo da manutenção do sistema de arrefecimento


é manter o líquido devidamente aditivado e no nível adequado, para evitar
principalmente a corrosão das peças internas.

O recomendado é que o sistema seja verificado de acordo com as instruções do


fabricante do veículo. Vale lembrar que os veículos comerciais trabalham com prazos
de manutenção distintos de acordo com as aplicações. É essencial que a proporção de
aditivo na água que circula seja correta também seguindo a aplicação.

O líquido é importante, mas outros componentes devem ser verificados.


Inspecione se não há ressecamento e deformações nas mangueiras, em seguida, faça o
teste do sistema de arrefecimento com a bomba manual para saber a pressão de trabalho
e identificar possíveis vazamentos.

O líquido de arrefecimento do motor funciona em alta temperatura e pressão,


portanto, cuidado ao abrir a tampa. Se precisar remover a tampa quando a temperatura
estiver acima de 90 °C utilize um pano para cobrir e girar até o 1º estágio. Somente
depois de deixar escapar o vapor, podemos retirar a tampa por completo. Não esquecer
usar luvas e óculos de proteção.
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4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOUREIRO, E. Máquinas térmicas I. Apresentação Power Point, 2010. Disponível
em:<http://www.eduloureiro.com.br/index_arquivos/MTAula1.pdf>. Acesso em: 10 set.
2010.

NEBRA, S. A. Máquinas térmicas. Motores alternativos de combustão interna. FEM.


UNICAMP, 2003. Disponível em: <www.fem.unicamp.br/apresentação/powerpoint>.
Acesso em: 14 out. 2008.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – COPPE. Máquinas térmicas.


Disciplina de Motores. Apostila 2005. 96 p. Disponível em:
<http://mecanica.scire.coppe.ufrj.br/util/b2evolution/media/silvio/apmotoresMCI05_01.
pdf>. Acesso em: 12 out. 2009.

VAN WYLEN, G.; SONNTAG, R.; BORGNAKKE, C. Fundamentos da


termodinâmica clássica. São Paulo: Edgard Blücher, 1994.

Briosa, F. (1984). Glossário ilustrado de mecanização agrícola. Sintra. Galucho.

CEMAGREF (1991). Les tracteurs agricoles. Technologies de l'agriculture. Antony.

CEMAGREF. CNEEMA- Livre du maitre. (1976). Tracteurs et machines agricoles.

Antony. CNEEMA. Estévez, S. (1976). Tecnologia do automóvel. Lisboa. Plátano


Editora.
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