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IDADE RELATIVA
São as rochas sedimentares que estão na base da datação relativa.
Avalia-se a idade das formações geológicas relacionando-se com outras
formações tendo em conta vários princípios.
Para este método de datação, os fósseis de idade são muito importantes
assim como há que ter em conta o princípio de sobreposição (lei de Steno),
o Princípio da identidade paleontológica, o principio da intercepção e o
princípio da inclusão.
-As rochas têm a mesma idade dos fósseis que contém.
-Um fóssil de idade corresponde a seres que viveram um curto espaço de
tempo geológico e que tiveram uma grande distribuição geográfica. Ex:
trilobite
- Princípio de sobreposição: a camada que está por baixo é sempre mais
antiga que a que está por cima desde que não haja deformações geológicas
(dobras e falhas que podem causar inversões de camadas).
- Princípio da identidade paleontológica: estratos que contenham o mesmo
tipo de fósseis, tiveram a sua origem em ambientes semelhantes (fóssil de
fácies - carateriza o ambiente de formação da rocha).
- Princípio da interceção - Todas as estruturas que intersetam formações
(intrusões magmáticas, falhas) são mais recentes.
- Princípio da inclusão - Um fragmento que incorpora num outro é mais
recente.
IDADE RADIOMÉTRICA
Hoje, devido ao avanço da Ciência e à descoberta da radioactividade é
possível datar as rochas em unidades de medida, normalmente milhões de
anos. Enquanto que na datação relativa dizemos que uma rocha é mais
antiga ou mais recente que outra, neste tipo de datação atribuímos uma
idade (ex: a rocha tem 260 Ma).
A radioatividade corresponde à desintegração de um isótopo radiactivo ao
longo do tempo com o intuito de ficarem mais estáveis, levando à libertação
de partículas nucleares originando um outro isótopo.
Esta desintegração é independente das condições do ambiente e por esta
razão podem servir para medir a idade.
Cada par de isótopo (isótopo-pai, o de origem e o isótopo-filho, o que se
forma a partir do original), tem um tempo de desintegração característico e
sabendo a quantidade relativa de cada um destes numa amostra de rocha,
é possível determinar a idade das rochas a partir da quantidade relativa de
cada um do par de isótopos.
O intervalo de tempo que leva à desintegração de um par de isótopos em
que a quantidade de isótopo-pai é a mesma que o do isótopo-filho designa-
se por período de semitransformação, semivida ou meia-vida.
Uns isótopos levam centenas ou milhares de anos a desintegrar-se, outros
fazem-no quase instantaneamente. Dependendo do que se estuda (antigo
ou recente), cabe ao geólogo determinar o isótopo radiactivo a estudar para
determinar a idade absoluta.
A relação entre o isótopo-pai e isótopo-filho permite calcular a idade da
formação da rocha, tendo em conta que no início da formação da rocha o
número de isótopos-pai era de 100%. Conhecendo o período de semivida do
isótopo em estudo, chega-se à idade da rocha.
Este tipo de datação implica trabalho de laboratório mais complexo que o
de datação relativa. Os isótopos mais utilizados na datação radiométrica
são o Potássio-40, o Urânio-238 o Carbono-14 (este último é utilizado para
arqueologia, dado que o período de semivida é muito curto 5730 anos).
MEMÓRIAS DO TEMPO GEOLÓGICO
Éon Arcaico: 4000 – 2500 Ma
As rochas mais antigas que se conhecem são
deste período.
Aparecem as primeiras formas de vida , seres unicelulares procariotas,
assexuados, bactérias (ancestrais) e cianobactérias. As cianobactérias são
fotossintéticas e foram os seres responsáveis pelo aparecimento de
oxigénio livre na água e na atmosfera. Surgem os seres eucariotas
unicelulares.
Era Cenozóica: 65 – 0 Ma
Desenvolvimento dos mamíferos, aparece o homem.