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“ATENÇÃO: O(s) caso(s) utilizado(s) nessa avaliação possui(em) caráter fictício. Qualquer semelhança
nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência. Nenhuma pessoa,
animal, bem móvel ou imóvel foi ferido durante a gravação da história. Considerando-se”.
Abaixo vocês encontrarão uma Situação Problema. A situação problema descreve uma dada situação que
configura um problema jurídico relativo à posse. Vocês devem ler o caso e apresentar a solução
processual cabível, ex: petição inicial, contestação, recurso, entre outros. Pode ocorrer de um caso não ser
passível de judicialização na opinião jurídica de vocês, então é necessário produzir um Parecer Jurídico
analisando o caso e justificando o posicionamento. Além do caso há uma pergunta mais simples para ser
respondida também. Obs: Coloquei instruções sobre como elaborar um parecer no Moodle.
1. CASO
Estela Borges se dirigiu para Dourados/MS em 10 janeiro de 2014 com sua família sem
conhecer nem a cidade, nem qualquer pessoa ali residente. Estela é mãe solo, tendo três
filhos: Lea, Mariano e Nathan, que na ocasião contavam com 08, 06 e 02 anos. Quando
de sua chegada, Estela foi acolhida pela Comunidade do Divino Filho da Misericórdia,
tendo a permissão de ficar provisoriamente por uma semana até que conseguisse
emprego e moradia. Em suas saídas para entrega de currículo e oferecimento de serviços
de diária e lavagem de roupa, Estela vislumbrou uma casa sem muro, quintal com mato
alto e com parte considerável do teto arrancada – talvez pela ação do vento. Após passar
por ali por cinco dias sem ver movimento e chegando a perguntar para dois ou três
transeuntes sobre quem era o proprietário do local não obteve resposta. No quinto dia
seguinte, antes de amanhecer, Estela, promoveu a limpeza da casa de posse de baldes e
equipamentos de limpeza e gentilmente cedidos pela Igreja, enquanto um dos membros
da Comunidade roçou o mato e ajudou a tirar os entulhos do local, bem como afixou
portas novas no imóvel – as portas de madeira já estavam apodrecidas e tão empenadas
que se desconectaram e caíram sem ação humana, isso, inclusive tornava o imóvel local
para usuários de entorpecentes, abrigo de animais abandonados e animais peçonhentos
de toda natureza. Assim, no sétimo dia, Estela saiu da casa paroquial logo que escureceu
mudou-se com os filhos para o interior da casa ali se estabelecendo desde então.
Estela após algum tempo, à custa de trabalho seu, mandou trocar o telhado, repintou a
casa, cercou o muro e desde então tem oferecido séria e cuidadosa manutenção no bem.
O teto, trocado, todavia, começou a sofrer perecimento natural em razão do tempo e
demanda nova troca, ainda que não possua nenhum tipo de dano que lhe impeça o uso
regular.
entrar em contato com o padre da Comunidade, foi orientada a apenas fechar o portão e
não permitir a entrada do Sr. Xavier.
O Padre, naquele mesmo dia, foi visitar a família e, vendo que o proprietário ainda
continuava lá, tentando encontrar força policial que o ajudasse a desocupar o imóvel. O
Padre informou que havia tomado ciência que o Sr. Xavier era proprietário de muitos
imóveis e que tinha cinco outros imóveis naquela mesma cidade. O sacerdote invocou o
direito à moradia como um direito fundamental, recitando a Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988, Art. 6. O Sr. Xavier, disse que não se alteraria com o
Padre, mas que não deixaria as coisas como estavam. Foi embora dizendo que tomaria
providências. O Padre orientou Estela que, por sua vez, também tomasse providências.
Lembre-se que é necessário, qualquer que seja a resposta, que esteja presente a
classificação da posse da Sra. Estela Borges e os efeitos da posse aplicáveis (ou não) ao
problema mencionado, bem como a classificação da posse em face do Sr. Ferdinando
Xavier.