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Engenharia Civil

Tempo de escape em edificações: os


desafios do modelamento de incêndio no
Brasil
Antônio Maria Claret de Gouveia
Professor Adjunto, D.Sc, Departamento de Engenharia de Controle e Automação Escola de Minas, UFOP
E-mail: claret@em.ufop.br

Paula Etrusco
Arquiteta, Mestranda em Engenharia Civil, Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Escola de Minas, UFOP

Resumo Abstract
Nesse trabalho, discute-se a formulação, dada na In this work, the modern performance based
moderna normalização baseada em desempenho, do tem- formulation of escape time in buildings is discussed. In
po necessário para o escape em edificações. Em paralelo, parallel, Brazilian fire safety institutions have shown
demonstra-se a necessidade de desenvolver ensaios na- that they must acquire capability to do some essential
cionais que viabilizem o modelamento de incêndios no fire experiments needed to model compartment fires in
País, o que permitirá a determinação do tempo disponível Brazil. Conclusions show that it is important to develop
para o escape seguro nas edificações brasileiras. As con- proper actions to reduce the evacuation time needed
clusões mostram a necessidade de atuar nessas duas di- and to evaluate the available safe escape time to assure
reções para assegurar níveis aceitáveis de risco de incên- adequate fire risks in Brazilian buildings.
dio nas edificações brasileiras.
Keywords. Evacuation time; Available escape time; Fire
Palavras-chave: Tempo necessário para escape; Tempo Modelling.
disponível para escape; Modelamento de incêndio.

Artigo recebido em 23/07/2002 e aprovado em 22/10/2002

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(4): 257-261, out. dez. 2002 257
1. Introdução to das prescrições da regulamentação mento do início e desenvolvimento do
oficial, aplicáveis ao projeto de seguran- incêndio, bem como do movimento de
O fato de os incêndios serem fenô- ça contra incêndio, pode ser feito seguin- seus efluentes. Portanto TDES é uma
menos extremamente violentos e essen- do alguns passos de relativa simplicida- função direta da reação ao fogo dos ma-
cialmente aleatórios faz da evacuação de. Há casos, porém, em que a regula- teriais.
dos locais de maior risco a estratégia mais
mentação, face à complexidade dos ce-
confiável de salvamento de vidas huma-
nários de incêndio mais prováveis, limi-
nas. De fato, não sendo possível con-
trolar, no nível desejável, a severidade
ta-se a estabelecer o requisito de segu- 3. Tempo necessário
rança, deixando aos profissionais de pro-
dos incêndios, os projetos de edifica-
jeto a incumbência de efetuar os estu-
para o escape
ções devem incluir medidas ativas e pas- Em um enfoque de Engenharia de
sivas que facilitem o escape das pessoas. dos da segurança da edificação. Essa
complexidade é, em geral, resultante de Incêndio, o tempo necessário para o es-
A reação ao fogo dos materiais, características dos usuários, das edifi- cape costuma ser composto de várias
notadamente os de revestimento de pi- cações e da interação de ambos em situ- parcelas. Supondo o instante inicial de
sos, paredes e tetos, tem grande influên- ação de incêndio. referência no início de ignição, a sua de-
cia sobre o tempo disponível para a eva- tecção somente ocorrerá após Dtdet se-
cuação dos compartimentos envolvidos Quanto aos usuários, alguns parâ- gundos, dependendo de diversos fato-
em incêndios. A velocidade com que metros podem torná-los mais ou menos res, entre os quais das características fí-
condições insustentáveis são criadas em suscetíveis aos efeitos de um incêndio, sicas do sistema de detecção e da sua
um ambiente depende de parâmetros elevando, conforme o caso, a severida- localização em relação à fonte de calor
como a velocidade de propagação das de de um evento. São eles: seu estado ou de fumaça. Do mesmo modo, decor-
chamas, o volume e a densidade ótica da de saúde, mormente no que diz respeito rem Dta segundos até que o alarme seja
fumaça gerada e da razão de liberação de à sua mobilidade; seu estado de aten-
acionado. A reação ao alarme, isto é, o
calor do incêndio. ção, enquanto situados na edificação;
intervalo de tempo decorrido entre o aci-
A determinação de exigências mí- seu treinamento para o escape nas situ-
onamento do alarme e o primeiro movi-
nimas dos materiais de construção quan- ações de início de incêndio. No que tan-
mento em direção de uma saída de emer-
to à reação ao fogo pode ser feita no ge à edificação, a sua arquitetura pode
gência, se dá com um atraso que se de-
contexto de uma estrutura de regulamen- ou não facilitar a orientação dos usuári-
nomina tempo de pré-movimento, Dtpre.
tação prescritiva. Nesse caso, valores os; pode ser maior ou menor a sua ade-
O tempo que a população da edificação
extremos de determinados parâmetros quação ao número de usuários efetiva-
gasta até a passagem através da saída é
são estabelecidos empiricamente, sem- mente nela admitidos. No que concerne
Dte. Portanto deve-se ter o tempo de
pre tendo em vista a semelhança com à interação usuário-edificação, a familia-
escape de toda a população de usuários
regulamentações estrangeiras. No con- ridade do usuário com o espaço que uti-
da edificação, Dtesc, dado por:
texto de uma regulamentação baseada liza e a eficiência da sinalização de emer-
em desempenho, os parâmetros de rea- gência no contexto do uso da edificação Dtesc = Dtdet + Dta + Dtpre + Dte (1)
ção ao fogo não são, em si mesmos, cri- são parâmetros que podem influir na se-
A equação anterior somente pode
térios de aceitação dos materiais; nesse veridade de um incêndio.
ser aplicada após a elaboração minucio-
caso, o modelamento de incêndios é que
Em um enfoque prescritivo, o tem- sa de um perfil de escape da população
determinará a eventual adequação do ma-
po disponível para o escape seguro da edificação. Para tanto, alguns parâ-
terial.
(TDES) é determinado de forma subjeti- metros são discutidos a seguir.
Nesse trabalho, discute-se a formu- va, em geral tendo em vista a experiência
lação para o cálculo do tempo de escape das autoridades públicas de segurança
de edificações com ênfase para a deter- contra incêndio e reflete as exigências 3.1 Capacidade de ocupação
minação de parâmetros fundamentais, mínimas estabelecidas para cada ocupa-
como a densidade populacional e o tem- ção. Mas, do ponto de vista do modela- No que concerne à ocupação, os
po de pré-movimento, ainda não pesqui- mento determinístico do incêndio, TDES estabelecimentos de centros comerciais
sados no Brasil. A formulação utilizada pode ser calculado, dentre outros parâ- parecem ter especificidades no Brasil que
é descrita pormenorizadamente no do- metros, em função: os distinguem dos seus similares em
cumento BSI DD240 (1999) e no docu- outros países do primeiro mundo. A Ta-
mento BSI DD240 DRAFT (1994). (a) da altura, z, do colchão de fumaça, a bela 1 fornece valores do fator de ocu-
partir do teto; pação em pessoas/m2 dados pela norma
(b) da distância de visibilidade, S; inglesa Fire Safety Approved Document
2. Modelamento do B (1992) e pela norma espanhola NBE
(c) da temperatura média, qc, do colchão
incêndio e tempo de de fumaça.
CPI (1991). MALHOTRA (1993), em re-
latório de consultoria que tratou de uma
escape Dentro dessa perspectiva, a deter- proposta de regulamentação para o Es-
Em certas situações, o atendimen- minação de TDES depende do modela- tado de São Paulo, adotou os mesmos

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índices de ocupação da norma inglesa 3.3 Características do largura efetiva, We. Os valores da cama-
citada para o Brasil. movimento da-limite efetiva são dados na Tabela 3
A norma NBR 9077 (1993) estabele- para uso na Grã-Bretanha e, a princípio,
Em analogia ao escoamento de flui-
ce para os centros comerciais brasileiros podem ser usados universalmente.
dos, quando as pessoas se movimentam
o fator de ocupação de 0,33 pessoas/m2, Deve-se notar que em um corredor, por
através de um corredor ou escada pro-
valor esse inferior ao que estabelece a duzem uma camada-limite. Em conse- exemplo, 0,20 m deve ser diminuído da
norma britânica citada (0,5 pessoas/m2). qüência, a largura da camada-limite deve largura livre em cada lado, dando um to-
Porém dados estatísticos publicados pela ser subtraída da largura livre para dar a tal de 0,40 m a ser subtraído.
ABRASCE (Associação Brasileira de
Shopping Centers) parecem indicar que
a adoção desses parâmetros de ocupa- Tabela 1 - Fatores de ocupação dados pelas normas inglesa e espanhola.
ção é inadequada. Segundo Alves (2001),
em 2000, os centros comerciais corres- Fator de ocupação
2
pondiam a cerca de 5 milhões de metros Tipo de ocupação (pessoas/m )
quadrados de área bruta locável e eram
visitados por 100 milhões de pessoas a FS-BR NBE
cada mês. Com esses dados, chega-se a Área de espectadores de pé (estádios de
um fluxo de usuários de centros comer- 3,0 4,0
futebol, praças e locais públicos).
ciais da ordem de 5 pessoas/m2/semana,
adotando-se a hipótese de uma distri- Bares, danceterias, clubes, salas para
2,0 1,0
buição uniforme em todos os centros co- concertos.
merciais. Assumindo que 35% desse flu-
Restaurantes, salas de espera. 1,0 0,6
xo se concentre nas sextas-feiras e nos
sábados, sendo 70% dele com perma-
Galerias de arte. 0,2 0,5
nência no local entre 19h e 22h, conclui-
se que o fator de ocupação pode chegar 2
0,2 0,5
Escritórios com mais de 60 m , fábricas.
a ser (0,35 x 0,70 x 5) pessoas/m2, ou seja,
1,22 pessoas/m2. Outros escritórios, cozinhas, lavanderias. 0,14 0,5
Ainda que meramente indicativo, o
fator de ocupação de 1,22 pessoas/m2 Estacionamentos. 2 pessoas/vaga -
mostra que pode ser ingênuo adotar va-
Centros comerciais. 0,5 0,3
lores do fator de ocupação em centros
comerciais brasileiros menores que os
adotados no Reino Unido, consideran- Tabela 2 - Valores do tempo de pré-movimento.
do as características do espaço urbano
nos dois países (por exemplo, quanto à Tempo de pré-movimento tpre (s)
segurança pública, diversidade de op-
Ocupação Ruído do Evacuação Evacuação
ções para lazer, poder aquisitivo da po-
pulação) e as características culturais da alarme não orientada orientada
população.
Hospitais 480 300 180
Residencial 360 240 120
3.2 Características dos
ocupantes e tempo de pré- Hotéis 300 240 120
movimento Locais de assembléias 300 180 120
Segundo o documento BSI DD240 Estádio 300 180 120
(1999), o tempo de pré-movimento, con-
Centros Comerciais 300 180 120
forme o tipo de ocupação, é dado na Ta-
bela 2 para as situações de evacuação Lojas 300 180 120
iniciada apenas pelo sinal de alarme, não
orientada e orientada por sistema de som Estações de metrô 240 180 60
interno com auto-falantes. Escritórios 240 180 60

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Nos corrimãos, o valor dado anteri- O fluxo específico é a taxa de pes- gem, ∆ tp, dado por:
ormente deve ser usado somente se eles soas que passam em um ponto na rota
estão a mais que 0,6 m da parede. Ainda tp = P / Fc (6)
de escape por unidade de tempo e por
segundo o documento BSI DD240 unidade de largura efetiva, e é dado por: onde tp é o período de passagem (em s);
(1999), a largura livre deve ser tomada P é o número de pessoas.
como: a) em corredores: de parede a pa- Fs = St Dpop (4)
rede; b)em escadas: a largura do degrau; O tempo de escape, te, é o tempo
onde Fs é o fluxo específico (em pesso-
c) nos vãos das portas: a largura livre da necessário, uma vez começado o movi-
as/m.s). O fluxo calculado é a taxa total
abertura quando a porta está completa- mento, para que todas as pessoas pas-
de pessoas que passam em um ponto na
mente aberta; d) em corredores de cine- sem através de uma saída para um lugar
rota e é dado por:
mas e teatros: a largura mínima entre os de segurança. Se tp é o período de pas-
assentos em qualquer dos dois lados; e) Fc = Fs We (5) sagem, o tempo do fluxo é dado por:
entre as fileiras de assentos em uma ar-
onde Fc é o fluxo calculado (em pesso- te = tmin + tp (7)
quibancada: a largura mínima entre a as-
as/s); We é a largura efetiva (em m).
sento de uma e o encosto da outra (quan- onde te é o tempo do fluxo (em s); tmin
do ocupadas). A distância de desloca- Para deslocamentos horizontais, em é o tempo levado pela primeira pessoa
mento é a distância real a ser percorrida rampas ou através de portas, o valor para se deslocar para a saída (em s).
ao longo do pavimento ou ao longo das máximo de Fs deve ser tomado como 1,3.
escadas de qualquer ponto a qualquer Para deslocamentos em escadas, os va-
outro mais próximo da saída. Se o layout lores da Tabela 4 devem ser usados. Nos 4. Os desafios do
das divisões não for conhecido, a dis- locais em que as pessoas se movimen-
tância direta deve ser acrescida de 50% modelamento de
tem vagarosamente, deve-se assumir que
para propostas preliminares de projeto sua velocidade máxima seja a metade do incêndio no Brasil
de cálculo. valor máximo para pessoas capacitadas, O tempo disponível para o escape
isto é, 0,6 m/s. O tempo de escape para seguro depende fundamentalmente da
um grupo de pessoas que passa um cer- geração de fumaça pelo incêndio e da
3.4 Modelamento to ponto da rota é o período de passa- eventual existência de um sistema de
A velocidade de deslocamento para
adultos capacitados em áreas niveladas
Tabela 3 - Larguras de camada-limite.
ou em rampas, onde a densidade popu-
lacional é menor ou igual a 0,54 pessoas
Elemento da rota de escape Camada-limite (m)
por metro quadrado, pode ser tomada
como 1,2 m/s. Se a densidade populacio- Escadas, parede ou lado do degrau 0,15
nal excede 3,8 pessoas por metro qua-
drado, andar será extremamente difícil e Guarda-corpos, corrimãos 0,09
o movimento pode cessar efetivamente.
Entre estes limites, se aplica a seguinte Assentos de teatros, arquibancadas de estádios 0,00
equação:
Corredor, paredes de rampas 0,20
St = 1,4 (1 - 0,266 Dpop) (2)
Obstáculos 0,10
onde St é a velocidade de deslocamento
(em m/s); Dpop é a densidade populacio- Amplos saguões, travessias 0,46
nal no piso nivelado (em pessoas por
m2). No caso de escadas, a velocidade Porta, arcos 0,15
máxima de deslocamento dependerá da
densidade populacional e da inclinação Tabela 4 - Velocidade de deslocamento em escadas.
da escada. A equação seguinte pode ser
usada: Fluxo específico
Espelho Constante Velocidade
St = k (1 - 0,266 Desc) (3) Piso (m) máximo Fs
(m) (k) máxima St (m/s)
onde St é a velocidade de deslocamento (pessoas/s.m)
(em m/s); k é uma constante dada na Ta-
0,20 0,25 1,00 0,85 0,95
bela 4; Desc é a densidade populacional
nos degraus (em pessoas por m2) (a área 0,18 0,25 1,10 0,95 1,00
do degrau é a profundidade do piso x
largura efetiva). O valor máximo de St 0,17 0,30 1,15 1,00 1,10
não deve exceder os valores dados na
0,17 0,33 1,25 1,05 1,15
Tabela 4.

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controle. Para garantir que o sistema de resultados obtidos no exterior. A simples do os projetos, como única alternativa, a
controle seja adequado, o modelamento importação de resultados de ensaios es- se situarem na faixa conservadora com
de incêndio deve ser feito de modo a trangeiros é inviável conquanto os pa- dispêndio de maior volume de recursos.
determinar as propriedades da fumaça râmetros que se necessita avaliar e que Por outro lado, a determinação de tem-
gerada. Em alguns cálculos são neces- são essenciais na determinação do tem- pos realísticos de escape somente pode
sários para avaliar as propriedades da po necessário para a criação de condi- ser feita mediante ensaios próprios con-
fumaça (temperatura, toxicidade e visibi- ções insustentáveis para a vida humana duzidos em cada tipo de edificação.
lidade) que pode ser gerada em locais em um incêndio são muito sensíveis a
variados da edificação. Para tanto, al- fatores tipicamente geográficos, como o
guns desafios se põem ao modelamento clima, os aspectos sócio-culturais, geo- Referências
de incêndio no Brasil, entre os quais, ci- metria dos compartimentos, os materiais Bibliográficas
tam-se: de acabamento, a taxa de ventilação e o ALVES, R. M. Risco de incêndio em edificações
montante da carga de incêndio. comerciais tipo shopping centers.
[a] Determinação das razões de libera-
Academia de Polícia Militar, Polícia Militar
ção de calor, seja em ensaios com ca- Em projeto, o tempo disponível para de Minas Gerais, 2001. p.90. (Monografia
lorímetros de mobília, seja em ensai- o escape pode ser avaliado, no nível pre- de Especialização).
os de compartimentos para caracte- liminar, na ausência de modelos mais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
rizar os incêndios ocorridos no País sofisticados, através do estabelecimen- TÉCNICAS. Saídas de emergência em
edifícios: NBR 9077. Rio de Janeiro: ABNT,
em função da arquitetura típica, da to de critérios de sustentabilidade da 1993.
ventilação mais utilizada e da geo- vida a serem estabelecidos em regula- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
metria dos compartimentos. mentos específicos. Segundo o docu- TÉCNICAS. Exigências de resistência ao
mento BSI DD240 (1999), alguns critéri- fogo de elementos construtivos de
[b] Determinação da quantidade de ca- edificações - Procedimento: NBR 14432.
os que se consideram aplicáveis a edifi- ABNT, 2000.
lor carreada pelas chamas em função
cações européias são: a) visibilidade mí- BRITISH STANDARDS. Code of practice on
do material combustível e dos índi-
nima de 10m; b) exposição máxima a radi- the application of fire safety engineering
ces de ventilação típicos das edifica- principles to the design of buildings: BS
ação de 2,5 kW/m2; c) temperatura máxi-
ções brasileiras. 7974. BSI, 2002.
ma a 1,70m do piso igual a 120ºC. BRITISH STANDARDS INSTITUTUION. BSI
[c] Determinação das distribuições de Draft for Public Comment. BSI DD240,
temperaturas típicas para determina- 1994.
das ocupações, levando em conta as 5. Conclusões COX, G., CHITTY, R. A study of the
deterministic properties of unbounded fire
características comuns de ventilação No Brasil, a determinação realística plumes. Combustion and Flame, 39, 191,
e geometria dos ambientes nas edifi- dos tempos de escape em edificações 1980.
cações brasileiras, agrupadas em demanda a implementação das técnicas
FIRE SAFETY APPROVED DOCUMENT B,
função da ocupação ou de outra ca- Building Regulations: FS-BR, 1992.
de modelamento do incêndio com a rea- MALHOTRA, H. L. Proposed code for fire
racterística do tipo construtivo. lização de ensaios que são fundamen- safety in buildings for the State of Sao
Ensaios que permitam a avaliação tais para esse fim. Sem o aporte desse Paulo. Technical Report. Agniconsult.
Radlett, UK. 1993.
desses três parâmetros característicos tipo de informação, a determinação do NORMA BÁSICA DE LA EDIFICACIÓN.
dos incêndios devem ser feitos no País. tempo disponível para o escape seguro Condiciones de Proteción contra Incêndio
Para esse fim, servem de orientação os torna-se perigosamente inexata, levan- en los edifícios: NBE CPI 1991.

Em Janeiro de 2003 a
Rem completa 67 anos.
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REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(4): 257-261, out. dez. 2002 261

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