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Bases de operações

Uma missão secreta que acabou em tragédia.


Em outubro do ano passado, quatro soldados dos Estados Unidos foram mortos em
uma emboscada no Níger, enquanto acompanhavam as tropas daquele país em
uma operação perto da fronteira com o Mali.
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O evento causou comoção e chamou atenção para as atividades pouco conhecidas


dos EUA naquela região da África Ocidental.
O país tem 200 mil militares espalhados pelo mundo. Em 7 territórios, contudo, as
tropas americanas realizam operações que implicam o uso de força militar,
conforme relatório não confidencial enviado pela Casa Branca na semana passada
e divulgada pelo jornal The New York Times.
A BBC lista quais são esses países e qual o envolvimento americano nos conflitos.

Os Estados Unidos têm 13.329 soldados no Afeganistão, onde chegaram logo após
os ataques de 11 de setembro de 2001 para lutar contra a Al-Qaeda e os talibãs.
As forças americanas permanecem no Afeganistão com a finalidade de deter o
ressurgimento de lugares seguros que permitam que os terroristas ameacem os
Estados Unidos ou seus interesses. O país apoia o governo e as forças armadas
afegãs enquanto enfrenta os talibãs para criar condições para apoiar um processo
político que permita alcançar uma paz duradoura", afirma o relatório.
"Os Estados Unidos se mantêm em um conflito armado - incluindo no Afeganistão e
contra a Al-Qaeda, o (grupo autodenominado) Estado Islâmico (EI), o Talibã e a
rede Talibã Haqqani - e as hostilidades são constantes", acrescenta.
Em 2017, as forças da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos
conseguiram "libertar 4,5 milhões de pessoas da opressão do EI". O grupo
extremista perdeu 98% do território que controlava no Iraque e na Síria.
Na Síria, há cerca de 1.500 soldados americanos que, entre outras ações, apoiam
as milícias das Forças Democráticas da Síria (SDF, sua sigla em inglês) na luta para
controlar o Vale do Eufrates.
"As operações dos EUA incluem bombardeios, assessoria e coordenação com as
forças terrestres locais, além de treinamento, equipamentos e outros tipos de ajuda
para esses grupos", afirmou o relatório.

No relatório enviado ao Congresso, o governo Trump reconhece que oferece "apoio


limitado" à coalizão liderada pela Arábia Saudita contra as milícias huties e forças
leais ao falecido ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
Esta ajuda inclui o uso compartilhado de informações de inteligência, bem como o
fornecimento de equipamentos e serviços de defesa para os países que participam
da coalizão.
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No entanto, este "apoio limitado militar e de inteligência" fornecido por Washington


"não inclui a participação das forças americanas nas hostilidades".

No país, as forças americanas viveram em 1993 uma de suas experiências mais


traumáticas, quando um grande contingente de tropas de operações especiais
participou de uma operação para capturar os tenentes ligados a um chefe militar
("war lord", na expressão em inglês) chamado Mohammed Farah Aideed.
A operação mostrou-se mais difícil do que o esperado, durou várias horas e deixou
um saldo de 18 soldados americanos mortos, mais de 70 feridos e dois helicópteros
caídos. O episódio ficou conhecido como a Batalha de Mogadíscio e foi recriada no
cinema com o filme Falcão Negro em Perigo, dirigido por Ridley Scott.
Atualmente, os soldados americanos assessoram, apoiam e acompanham as
operações de combate ao terrorismo às forças regionais, incluindo a missão da
União Africana que está presente no país.
6. Líbia
A presença das forças americanas na Líbia é oficialmente limitada a um punhado de
homens.

CRÉDITO,
GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Os Estados Unidos também dizem ter soldados na Líbia para combater o Estado
Islâmico
Ainda assim, de acordo com o relatório enviado ao Congresso, as forças dos EUA
realizam bombardeios contra alvos dos Estado Islâmico no país, incluindo seus
acampamentos no deserto.
Muitos desses ataques são realizados através do uso de drones operados fora das
fronteiras do país africano.
7. Níger
Os Estados Unidos têm quinhentos militares ativos no Níger.
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A participação das forças americanas em operações de combate nesse país da


África Ocidental era pouco conhecida até que, em outubro de 2017, quatro soldados
foram mortos em uma emboscada no deserto montada por forças alinhadas ao EI.
Essas mortes geraram um debate em Washington, entre outros motivos, porque a
participação em ações de combate era desconhecida para a maioria da sociedade
dos Estados Unidos, que até então acreditava que suas tropas se limitavam a
treinar e a assessorar o exército nigerino.

CRÉDITO,
GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Os soldados do Níger recebem assessoria e treinamento dos Estados Unidos, que
têm 500 militares ativos no país

Dois meses depois, em dezembro de 2017, soldados americanos acompanhados de


soldados nigerinos foram atacados por um grupo de extremistas, o que levou a um
enfrentamento no qual morreram 11 dos milicianos que acreditavam estarem ligados
ao Estado Islâmico.
De acordo com o jornal New York Times, entre 2015 e 2017, os soldados dos EUA
participaram de pelo menos 10 outros confrontos armados na região.
O relatório do governo Trump destaca que a missão militar no Níger continua sendo
para "treinar, aconselhar e ajudar" as forças do Níger e que nos episódios de
outubro e dezembro do último ano os soldados americanos agiram em legítima
defesa para repelir ataques.
Em todo caso, a presença militar dos Estados Unidos nesse país parece ser
projetada a longo prazo. Espera-se que até o fim deste ano seja criada uma base
operacional de drones avaliada em US$ 100 milhões.

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