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ATIVIDADE MOTORA
MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA
ATIVIDADE MOTORA
Batatais
Claretiano
2020
© Ação Educacional Claretiana, 2020 – Batatais (SP)
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forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Medidas e Avaliação da Atividade Motora
Versão: fev./2020
Formato: 15x21 cm
Páginas: 102 páginas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 10
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 12
5. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 12
Unidade 1 – ANTROPOMETRIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA.............................................................. 15
2.1. ANAMNESE E QUESTIONÁRIO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCOS.......... 16
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR................................................................. 36
3.1. ANAMNESE, AVALIAÇÕES EM COMPOSIÇÃO CORPORAL, APTIDÃO
FÍSICA E DIÂMETROS ÓSSEOS.................................................................. 36
3.2. QUESTIONÁRIO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO À SAÚDE .37
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS........................................................................ 37
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 38
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 39
Conteúdo ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Testes, medidas e avaliações. Antropometria. Avaliação Postural. Testes
indiretos para avaliar a capacidade anaeróbia alática e lática. Força explosiva.
Coordenação geral. Flexibilidade. Equilíbrio. Percepção motora e cinestésica.
Agilidade e ritmo. Avaliação do componente cardiorrespiratório.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Bibliografia Básica
NATIONAL STRENGTH AND CONDITIONING ASSOCIATION (NSCA). Guia de
condicionamento físico: diretrizes para elaboração de programas. Barueri: Manole,
2015 (Biblioteca Digital Pearson).
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole,
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação & prescrição de atividade física: guia
prático. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
Bibliografia Complementar
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual do ACSM para avaliação da
aptidão física relacionada à saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Fox: Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para avaliação em educação física.
Barueri: Manole, 2006.
MACHADO, A. Manual de avaliação física. São Paulo: Ícone, 2010.
NATIONAL STRENGTH AND CONDITIONING ASSOCIATION (NSCA). Desenvolvendo
agilidade e velocidade. Barueri: Manole. 2015 (Biblioteca Digital Pearson).
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
E-referências
ANDREAZZI, I. M. et al. Exame pré-participação esportiva e o par-q, em
praticantes de academias. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 22, n. 4,
p. 272-276, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922016000400272&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 24 out. 2019.
CARVALHO, T. de et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte:
atividade física e saúde. Rev Bras Med Esporte, v. 2, n. 4, p. 79-81, 1996. Disponível
em: <http://www.cirurgiadejoelho.med.br/wp-content/uploads/2015/04/
ATIVIDADE-F%C3%8DSICA-E-SA%C3%9ADE.pdf>. Acesso em: 24 out. 2019.
GLANER, M. F. Importância da aptidão física relacionada à saúde. Rev Bras Cineantropom
Desempenho Hum, v. 5, n. 2, p. 75-85, 2003. Disponível em: <https://www.researchgate.
net/profile/Maria_Glaner/publication/26452378_The_importance_of_
health-related_physical_fitness/links/09e4150ca36cf85361000000.pdf >.
Acesso em: 24 out. 2019.
REIS, G. M. S. et al. Circunferência do pescoço como indicador de excesso de peso em
idosas. RBONE – Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n.
75, p. 942-947, 2019. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/ rbone/
article/view/822>: Acesso em: 24 out.. 2019.
ROSA, C. D.; PROFICE, C. C. Avaliações antes da prescrição de exercícios físicos em
academias de ginástica em uma cidade sul baiana. RBPFEX-Revista Brasileira de
Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 75, p. 509-514, 2018. Disponível em:
<http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1444>. Acesso em: 24
out. 2019.
1. INTRODUÇÃO
Os benefícios da atividade física são inquestionáveis, para
quem a pratica de maneira regular. Independentemente da faixa
etária e do nível de condicionamento do indivíduo, e quaisquer
que sejam os objetivos (saúde, estética ou performance), é
necessário estabelecer um controle para a prática da atividade.
Portanto, algumas variáveis mensuráveis, relacionadas aos níveis
inicial, intermediário e avançado de exercícios, são necessárias
para a atividade física se tornar segura e, também, garantir os
resultados esperados.
Para tanto, prezado aluno, nesta obra, você terá condições
de entender sobre o tema Medida e Avaliação da Atividade
Motora. É muito comum e, você poderá encontrar na prática
profissional, indivíduos que começam uma atividade física sem
nenhum tipo de avaliação, embora seja de extrema importância
a realização de avaliações, especialmente as iniciais, pois podem
revelar informações relevantes da condição física dos praticantes.
Dessa forma, avaliações iniciais e periódicas devem fazer
parte de qualquer rotina de exercícios sistematizados, e uma boa
conversa, para que você perceba a situação em que seu cliente
se encontra, já é um bom começo. Posteriormente, uma ficha do
tipo anamnese, em que você possa inserir um questionário de
estratificação de risco, como o questionário Par-Q, sigla de Physical
Activity Readiness Questionnaire, ou Questionário de Prontidão
para Atividade Física, facilitará ainda mais essa avaliação.
Após a aplicação desse tipo de questionário, você poderá
passar para uma avaliação antropométrica que fornecerá dados
iniciais, permitindo comparações futuras nas reavaliações e
proporcionando a oportunidade de ajustes necessários ao
programa de treinamento.
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados.
1) Avaliação: consiste na coleta de dados e determina a
importância ou o valor da informação coletada, com
base em escala de valores.
2) Avaliação diagnóstica: realizada no começo de um
programa de exercício, a avaliação diagnóstica procura
identificar, em um indivíduo ou determinado grupo,
as necessidades iniciais, permitindo um planejamento
com base nessas informações iniciais.
3) Avaliação formativa: realizada com mais frequência,
essa avaliação analisa se os objetivos traçados
inicialmente estão sendo atingidos e se há necessidade
de ajustes no programa de exercícios, a fim de garantir
os objetivos iniciais.
Medidas
Testes
Instrumento Procedimento Técnica
Avaliações
Diagnóstica Formativa Somativa
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Medida e Avaliação da Atividade Motora.
© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. Manual prático para avaliação em educação física.
Barueri: Manole, 2006.
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação & prescrição de atividade física: guia
prático. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole,
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
5. E-REFERÊNCIAS
MADASCHI, V.; PAULA, C. S. Medidas de avaliação do desenvolvimento infantil: uma
revisão da literatura nos últimos cinco anos. Cadernos de Pós-graduação em Distúrbios
do Desenvolvimento, v. 11, n. 1, 2018. Disponível em: <http://editorarevistas.
mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/11173>. Acesso em: 28 out. 2019.
ROSA, C. D.; PROFICE, C. C. Avaliações antes da prescrição de exercícios físicos em
academias de ginástica em uma cidade sul baiana. RBPFEX-Revista Brasileira de
Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 75, p. 509-514, 2018. Disponível em:
<http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1444>: Acesso em: 28
out. 2019.
TORQUATO, A. C. et al. Comparação entre os resultados obtidos por diferentes métodos
de avaliação da composição corporal em mulheres com síndrome de fibromialgia.
RBONE – Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 13, n. 77, p.
103-110, 2019. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/
view/891>: Acesso em: 28 out. 2019.
Objetivos
• Compreender os conceitos de testes e medidas.
• Distinguir as triagens de saúde, pré-participação e estratificação de riscos.
• Evidenciar a importância das avaliações antropométricas.
• Conhecer como é feita a medição da altura e do peso corporal.
• Identificar os pontos referenciais para realizar a mensuração de diâmetros
ósseos, perímetros corporais e dobras cutâneas.
Conteúdos
• Anamnese.
• Questionário de estratificação de riscos.
• Antropometria.
• Diâmetros ósseos.
• Medidas de perimetria e de dobras cutâneas.
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UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
1. INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade, apresentaremos a você a
importância de se utilizar questionários relevantes, que possam
auxiliá-lo na estratificação de riscos junto aos seus clientes, e
de se realizar a anamnese, que possibilita, entre outras coisas,
traçar um histórico da condição física da pessoa avaliada. Esses
questionários são extremamente importantes e necessários, e
sua aplicação deve ser feita antes de qualquer prática esportiva.
Tais questionamentos levantam reflexões sobre as
possibilidades de o nosso cliente apresentar alguma doença,
restrições físicas, riscos para participar ou não de um determinado
tipo de aula e necessidades especiais, além de permitirem que
se conheça o condicionamento físico do indivíduo.
Por meio do estudo desta unidade, você poderá conhecer
também as avaliações antropométricas: diâmetros ósseos,
circunferências e dobras cutâneas. Elas fornecem parâmetros
essenciais na possibilidade de uma melhor prescrição de um
programa de exercícios com base nos objetivos individuais
possíveis.
Fundamentado-se no propósito a ser alcançado, espera-se
que você faça uma boa leitura e tenha excelentes descobertas.
Antropometria
A avaliação antropométrica é um método simples, não
invasivo e de baixo custo, que permite a avaliação da composição
corporal por meio de altura, peso, circunferências e dobras
cutâneas (REIS et al., 2019).
A altura compreende a distância entre dois planos, um
que tangencia o ponto mais alto da cabeça (vértex) e outro que
tangencia a planta dos pés. O instrumento utilizado para medir
a estatura de um indivíduo é conhecido como estadiômetro,
mas também podem ser utilizados antropômetros específicos
(GUEDES; GUEDES, 2006).
Os autores referidos descrevem essa metodologia da
seguinte maneira:
• Colocar o avaliado em pé, descalço, de forma ereta, com
roupas leves, com a finalidade de perceber a posição do
seu corpo.
• Os membros superiores devem estar relaxados ao lado
do corpo, os pés, unidos pelo calcanhar e as pontas dos
pés, afastadas em torno de 60°.
• O peso corporal deve estar igualmente distribuído sobre
os membros inferiores e a cabeça, orientada no plano
de Frankfurt (GUEDES; GUEDES, 2006).
Diâmetros ósseos
Os diâmetros ósseos estabelecem distâncias entre duas
proeminências ósseas, referenciadas perpendicularmente ao
eixo longitudinal do corpo (GUEDES; GUEDES, 2006). Existe a
possibilidade de mensuração desses diâmetros em ambos os
lados do corpo, mas se aconselha, preferencialmente, a utilização
do lado direito. Os instrumentos utilizados para mensurar esses
diâmetros são os paquímetros, ilustrados na Figura 2.
Perimetria corporal
Os valores de circunferências de um segmento corporal
situado perpendicularmente ao eixo longitudinal do mesmo
segmento permite o acompanhamento do desenvolvimento
dos diferentes grupos musculares, da proporcionalidade e da
harmonia dos segmentos corporais. Portanto, as medições
periódicas são importantes. O instrumento indicado para
essas medidas é a trena antropométrica (Figura 9), mas pode-
se utilizar, por exemplo, uma fita métrica, desde que tenha
propriedades de flexão e seja inextensível, para se evitar erro de
medida (GUEDES; GUEDES, 2006).
Dobras cutâneas
Por meio da leitura da gordura subcutânea, podemos
relacioná-la com a gordura corporal total, estimando, dessa
forma, a gordura corporal total. Para tanto, realiza-se o destaque
da dobra cutânea, medindo-se a gordura que se encontra
na espessura de duas camadas de pele (GUEDES; GUEDES,
2006). A segurança e a fidedignidade das medidas das dobras
cutâneas dependem de fatores extrínsecos, como experiência
do avaliador, tipo de adipômetro, protocolo utilizado para o
cálculo da gordura corporal total e fatores intrínsecos, como as
características do indivíduo avaliado. Recomenda-se o uso de
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Qual é a finalidade de se elaborar uma ficha de anamnese?
5. CONSIDERAÇÕES
O principal objetivo desta primeira unidade foi apresentar
a importância de uma avaliação inicial, possibilitando uma
estratificação de riscos dos indivíduos que iniciam uma atividade
física. Abordamos, também, os conceitos e as metodologias
envolvidos em uma avaliação antropométrica.
Esperamos que os seus estudos sobre os conteúdos
abordados nesta unidade inicial tenham colaborado para o
seu aprendizado, bem como para as associações entre os
conhecimentos adquiridos e a sua futura prática profissional. Na
próxima unidade, você conhecerá as possibilidades da avaliação
postural.
6. E-REFERÊNCIAS
ANDREAZZI, I. M. et al. Exame pré-participação esportiva eo par-q, em
praticantes de academias. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 22, n. 4,
p. 272-276, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922016000400272&script= sci_abstract&tlng=es>. Acesso em: 5 nov. 2019.
CARVALHO, T. de et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte:
atividade física e saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 2, n. 4, p. 79-81,
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para avaliação em educação física.
Barueri: Manole, 2006.
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e prescrição de atividade física: guia
prático. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
NATIONAL STRENGTH AND CONDITIONING ASSOCIATION (NSCA). Guia de
condicionamento físico: diretrizes para elaboração de programas. Barueri: Manole,
2015 (Biblioteca Digital Pearson).
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole,
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
SOUZA, E. F. de; PEREIRA, J. L. Medidas e Avaliações [livro eletrônico]. Curitiba:
Intersaberes, 2019 (Biblioteca Digital Pearson).
Objetivos
• Compreender os conceitos relacionados à postura.
• Conhecer as alterações posturais.
• Evidenciar a importância da avaliação postural.
• Conhecer as possibilidades de avaliação postural.
Conteúdos
• Postura.
• Hiperlordose.
• Hipercifose.
• Escoliose.
• Métodos avaliativos posturais.
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UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
1. INTRODUÇÃO
A boa postura está associada ao equilíbrio adaptado em
todas as articulações, no qual os músculos entram em situações
de contração e relaxamento, permitindo um alinhamento dos
segmentos corporais, relacionando-se de maneira estática e
dinâmica com a força da gravidade (NIEMAN, 2010; BARROS et
al., 2018).
Esse alinhamento dos segmentos corporais, consiste em
uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, e conduz à
eficiência máxima do corpo, refletindo em uma postura ideal. Por
outro lado, uma postura defeituosa não afeta necessariamente as
articulações, pois as pessoas acabam compensando, de alguma
maneira, essa alteração, o que provoca um aumento de sobrecarga
em determinada região do corpo, por alongamento ou contração
muscular excessiva, alterando o alinhamento dos segmentos
corporais, resultando em alguma doença (MAGEE, 2010).
Um fator relevante de problemas posturais é o mau hábito:
por exemplo, pessoas que mantêm a mesma postura, em pé
ou sentadas, por longos períodos de tempo (NIEMAN, 2010). A
postura correta, também, pode ser afetada por alguns fatores
anatômicos (MAGEE, 2010). São eles:
1) Contornos ósseos (exemplo: hemivértebra).
2) Frouxidão ligamentar.
3) Contração fascial ou musculotendínea (exemplo:
tensor da fáscia lata).
4) Tônus muscular (exemplo: glúteo máximo, abdômen e
eretores da espinha).
5) Ângulo pélvico (normal: 30°).
6) Posição e mobilidade articular.
Figura 1 Simetrógrafo.
digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/2030/1/O%20
contributo%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20
F%C3%ADsica%20na%20dete%C3%A7%C3%A3o%20
e%20preven%C3%A7%C3%A3o%20de%20proble-
mas%20posturais%20nos%20alunos%20.pdf>. Acesso
em: 8 nov. 2019.
• RIBEIRO, R. P. et al. Relação entre a dor lombar crônica
não específica com a incapacidade, a postura estática
e a flexibilidade. Fisioterapia e Pesquisa, v. 25, n. 4, p.
425-431, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/
pdf/fp/v25n4/2316-9117-fp-25-04-425.pdf>. Acesso
em: 8 nov. 2019.
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O que é considerada uma boa postura?
4. CONSIDERAÇÕES
Nesta segunda unidade, vimos como é importante manter
uma postura adequada e evitar maus hábitos, que podem refletir
em problemas posturais, produzindo alterações anatômicas e
consequências de ordem estrutural.
Estudamos, também, as principais alterações fisiológicas
da coluna vertebral, lordose, cifose, escoliose, e a possibilidade
de realização de uma avaliação de inspeção visual, que, apesar
da sua subjetividade, apresenta ótimos resultados.
Dessa forma, esperamos que os seus estudos sobre
os conteúdos abordados nesta unidade possam refletir nas
possibilidades de prática profissional relacionadas à avaliação
postural. Cabe lembrar que nós, profissionais de educação
física, não temos a competência de diagnosticar problemas
relacionados à postura mas, sim, identificar tais problemas.
5. E-REFERÊNCIAS
Figura
Figura 4 – Programa SAPO: posições de análise. BMClab Laboratório de Biomecânica e
Controle Motor. Disponível em: <http://demotu.org/sapo/>. Acesso em: 21 nov. 2019.
Sites pesquisados
BARROS, M. de L. N. et al. Um aplicativo de realidade virtual para auxiliar a reabilitação
postural. XVI Congresso Brasileiro de Informática em Saúde. Fortaleza/CE Disponível
em: <https://www.researchgate.net/publication/330544671_Um_Aplicativo_de_
Realidade_Virtual_para_Auxiliar_a_Reabilitacao_Postural>. Acesso em: 21 nov. 2019.
BARONI, B. M. et al. Postural alterations prevalence in weight training practitioners.
Fisioterapia em Movimento, v. 23, n. 1, p. 129-139, 2010. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/fm/v23n1/13.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2019.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALTHOFF, S. A.; HEYDEN, S. M.; ROBERTSON, L. D. Posture screening: a program that
works. Journal of Physical Education, Recreation & Dance, v. 59, n. 8, p. 26-32, 1988.
MAGEE, D. J. Avaliação musculoesquelética. Tradução de Luciana Cristina Baldini. 5.
ed. Barueri: Manole, 2010.
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole,
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
SANTOS, J. B. dos et al. Descrição do método de avaliação postural de Portland State
University. Fisioter. Bras, v. 6, n. 5, p. 392-395, 2005.
Objetivos
• Conhecer o que é capacidade funcional.
• Identificar as capacidades funcionais condicionantes e coordenativas.
• Conhecer e compreender os testes de capacidade funcional.
Conteúdos
• Testes de Velocidade.
• Testes de Agilidade.
• Testes de Equilíbrio.
• Teste de Coordenação Motora.
• Testes de Força Muscular.
• Testes de Resistência Muscular.
• Teste de Flexibilidade.
• Testes de Ritmo.
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UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR
• Afaste tudo que possa desviar seu foco e não deixe de conferir os materiais
complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador.
1. INTRODUÇÃO
O desempenho motor está relacionado com aspectos de
conduta e solicitação motora, cujas implicações de cunho fisiológico
sofrem influência de fatores ambientais e comportamentais. Na
infância e na adolescência, o acompanhamento do desempenho
motor pode contribuir na tentativa da prática esportiva,
por exemplo, ou acompanhamento de maturação biológica
(GUEDES; GUEDES, 2006). Em contrapartida, no adulto, pode ser
relacionado à saúde e à capacidade de realizar tarefas diárias,
e demonstrar traços e características que estão associados
ao desenvolvimento precoce de doenças relacionadas ao
sedentarismo (GLANER, 2003, NIEMAN, 2010).
Segundo Guedes e Guedes (2006), as capacidades motoras
estão classificadass em:
• Capacidades físicas condicionantes: relacionadas
às ações musculares e à disponibilidade de energia
biológica, com atribuições ligadas a resistência, força,
velocidade e suas combinações.
• Capacidades físicas coordenativas: relacionadas aos
processos de controle motor, organização e formação
dos movimentos, por meio de analisadores táteis,
visuais, acústicos, estático-dinâmicos e cinestésicos.
Teste de Velocidade
Segundo Guedes (2006), a capacidade motora de
velocidade se relaciona diretamente com a agilidade. Portanto,
velocidade é o resultado da interação de um conjunto de atributos
que envolvem implicações de ordem neurofisiológica, com
repercussões em diferentes solicitações motoras. Concisamente,
Teste de Agilidade
A agilidade é a capacidade de mudança rápida de direção
em resposta a um estímulo (GUEDES, 2006). A agilidade é uma
qualidade física fundamental na prática de esportes como
futebol, ginástica artística e lutas, nos quais a mudança de
direção é muito frequente, com manutenção do equilíbrio e
coordenação. Além disso, segundo a NSCA (2015), a agilidade
pode ser dividida em subcomponentes, qualidades físicas e
habilidades cognitivas.
Assim como nos testes de velocidade, os testes que
buscam avaliar a agilidade (GUSMÃO, 2019) devem ser baseados
na especificidade, nos fatores biomecânicos e no padrão de
movimento. Há uma divergência entre as duas capacidades,
pois, diferente do que se avalia na velocidade, os testes de
agilidade envolvem interrupção e reinício do movimento
corporal em outra direção (NSCA, 2015).
Um dos testes mais utilizados para se avaliar a agilidade
é o shuttle-run, especialmente em relação à distância limitada
em aproximadamente 10 m e às mudanças na altura de
movimentos, devido à necessidade de recuperar, transportar e
depositar os tacos e a mudança de direção de 180°, reduzindo,
dessa maneira, o fator velocidade durante a realização do teste
(GUEDES, 2006).
Outro exemplo é o teste de Ida e Volta Pró-Agilidade, que
avalia a técnica enquanto são realizadas múltiplas mudanças de
direção. Aplicado na avaliação da grande maioria dos esportes,
por meio dele é possível avaliar posições corporais e mecânicas,
além da capacidade de iniciar, acelerar e desacelerar (NSCA,
2015).
Testes de Equilíbrio
O equilíbrio se define como a capacidade de manter o
centro de gravidade dentro da base de suporte e depende da
ação eficaz dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial.
É definido como estático ou dinâmico (MARINS, 2003; NSCA,
2015; PAVANTE, 2018).
Essa capacidade física se deteriora com o envelhecimento,
devido às modificações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas,
ocasionando deficit do equilíbrio e distúrbios e provocando
limitações funcionais, especialmente nos idosos. Portanto,
avaliações constantes de equilíbrio nessa população se tornam
necessárias (SOUZA et al., 2019).
Segundo Marins (2003), podemos avaliar o equilíbrio
estático por meio do teste do Flamingo, no qual o avaliado deve
se manter, durante o maior tempo possível, equilibrado em seu
Figura 2 Burpee.
Teste de Flexibilidade
O conceito de flexibilidade está relacionado ao movimento
articular e sua amplitude, dentro dos limites impostos pela
articulação, sem causar nenhum dano estrutural (MARINS,
2003). A integridade da flexibilidade diminui o risco para
o desenvolvimento de doenças hipocinéticas ou crônico-
degenerativas (OLIVEIRA; DE OLIVEIRA, 2019).
O teste de sentar e alcançar, proposto por Johnson e Nelson
(1979), possibilita avaliar a flexibilidade da cadeia posterior
(quadril, dorso e músculos posteriores da coxa) e identificar
Testes de Ritmo
Segundo Marins (2003), o ritmo está relacionado a outras
capacidades físicas, tais como a cinesia, a velocidade e a agilidade.
Por essa razão, torna-se difícil defini-la. Talvez a definição de
Tubino (1984) seja a mais aceita: "ritmo é a qualidade física
explicada por um encadeamento dinâmico energético, uma
mudança de tensão e repouso, enfim, uma variação regular com
repetições periódicas".
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
4. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, verificamos as possibilidades de se avaliar
as capacidades físicas, bem como as suas definições. Salientamos
que existem inúmeros testes desenvolvidos especificamente para
cada esporte ou população específica. Portanto, aconselhamos
a você que busque um maior entendimento sobre o assunto,
pesquisando mais sobre as possibilidades de testes específicos,
bem como sobre suas aplicações nas avaliações.
Na próxima, e última, unidade, abordaremos os conceitos
e métodos avaliativos das capacidades aeróbias e anaeróbias
5. E-REFERÊNCIAS
Figura
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ELIVIA SILVA, et al. Análise do tempo de reação simples e do paradigma oddball
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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______. Guia para avaliações do condicionamento físico. Barueri: Manole, 2015.
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole,
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
POLLOCK, M. L., WILMORE, J. H. Exercícios na Saúde e na Doença: Avaliação e
Prescrição para Prevenção e Reabilitação. MEDSI Editora Médica e Científica Ltda.,
233-362, 1993.
Objetivos
• Definir aptidão cardiorrespiratória.
• Identificar as potências aeróbias e anaeróbias.
• Conhecer os testes aeróbios e anaeróbios.
Conteúdos
• Aptidão cardiorrespiratória.
• Testes aeróbios.
• Testes anaeróbios.
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© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 4 – AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
1. INTRODUÇÃO
Segundo a American College of Sports Medicine (ACMS,
2010), a aptidão cardiorrespiratória é um componente
fundamental relacionado à saúde, pois níveis baixos dessa
aptidão apresentam uma relação direta com o desenvolvimento
de doenças cardiovasculares. Outro ponto importante é a
relação entre essa aptidão com a capacidade funcional, uma vez
que indivíduos com alta capacidade aeróbia realizam exercícios
dinâmicos de intensidade moderada a alta por longos períodos
e atividades ocupacionais e/ou recreativas de maneira mais
efetiva do que indivíduos com menor capacidade aeróbia, que
realizariam as mesmas atividades, porém com um maior nível de
exigência.
A aptidão cardiorrespiratória é definida como a capacidade
de se realizar exercícios dinâmicos com envolvimento de um
grande grupo muscular, nas intensidades submáxima e máxima.
Para se determinar os níveis dessa aptidão, são necessários
testes específicos que verifiquem o estado funcional dos sistemas
respiratório, cardiovascular e musculoesquelético (HEYWARD,
2013; MELLO et al, 2018).
Para determinar a capacidade aeróbia, é necessária a
realização de alguns testes, que apontam valores mensuráveis
sobre:
• A função cardíaca, por meio da frequência cardíaca (FC).
• A função respiratória, mediante o consumo máximo de
oxigênio (VO2máx).
• A função circulatória, por meio da pressão arterial (PA).
Os testes com predominância aeróbia possuem duração
superior a dois minutos, sendo os mais efetivos os desenvolvidos
Teste de Ellestad
Esse teste submáximo é realizado em ambiente controlado
e que possua esteira com a função de inclinação. Portanto, pode
ser utilizado na prática profissional em laboratórios ou, até
mesmo, em academias. Segundo Souza (2019), o teste consiste
em oito estágios, sendo que cada estágio possui uma inclinação
e tempo específico (verificar Quadro 1). No final do teste, é
possível predizer o VO2máx por meio da seguinte fórmula:
• VO2máx = 4,46 x (3,933 x T).
• T= tempo total em minutos.
50 anos
Classificação 13 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos
ou +
Muito Fraca
Homens > 15:31 > 16:01 > 16:31 > 17:31 > 19:01
Mulheres > 18:31 > 19:01 > 19:31 > 20:01 > 20:31
Fraca
Muito
Idade Fraca Regular Boa Excelente Superior
Fraca
43,8 a
40-49 < 30,2 30,3-33,5 33,6-38,9 39,0-43,7 > 48,1
48,0
41,0 a
50-59 < 26,1 26,2-30,9 31,0-35,7 35,8-40,9 > 45,4
45,3
36,5 a
+ 60 < 20,5 20,6-26,0 26,1-32,3 32,3-36,4 > 44,3
44,2
Fonte: Cooper, 1982.
2) Potência Mínima
70 x 352 / 4,703
70 x 1225 / 130,82
85750 / 130,82 = 655,48 W
655,48 / 70 = 9,36 W/kg
3) Potência Média
70 x 352/ (4,50 + 4,52 + 4,54 + 4,60 + 4,65 + 4,70 / 6)3
70 x 1225 / (27,51/6)3
85750 / 4,583
85750 / 90,07 = 952,03 W
952,03 / 70 = 13,60 W/kg
4) Índice de fadiga
(941,06 – 655,48) x 100/941,06
285,58 x 0,10 = 28,55 W
28,55 / 70 = 0,40 W/kg
Teste de Margaria-Kalamen
O teste de Margaria-Kalamen consiste em subir uma
escada de nove degraus, de 3 em 3 degraus, o mais rápido possível,
sendo que o indivíduo a ser avaliado permanece, inicialmente, a
uma distância de 6 m da escada. Para se registrar o tempo, o
cronômetro deve ser disparado no momento em que o avaliado
toca o terceiro degrau e travado quando ele toca o nono degrau.
Nesse teste, é permitida a realização de três execuções, com um
intervalo em torno de dois minutos entre cada tentativa. Como
resultado final, utiliza-se a média das três tentativas. Outro dado
importante no teste é a mensuração da altura dos degraus, pois é
necessário o conhecimento da altura vertical percorrida (SOUZA,
2019).
Segundo Guedes (2006), a potência anaeróbia alática
(PAnkgm/s) deverá ser calculada usando a equação (PAnkgm/s = Peso
do indivíduo x distância em metros x 9,81 m/s) / tempo. Confira
o exemplo a seguir:
Teste de Wingate
O teste Wingate é realizado em um cicloergômetro com
frenagem mecânica ou eletromagnética, cujo procedimento
avaliativo consiste em pedalar com a máxima velocidade possível
em um período de 30 s, com uma carga constante ao peso do
avaliado (GUEDES, 2006; PEREIRA, 2018; LOPES-SILVA; REALE;
FRANCHINI, 2019).
É importante verificar a regulagem ideal do guidão e do
selim, pois a perna do avaliado, em média, deve flexionar a
articulação do joelho em torno de 10° a 15° graus. Após um
aquecimento prévio, o avaliado realiza sprints máximos de 4 a
5 segundos a cada 3 a 5 minutos, em um período máximo de 20
minutos. O indivíduo deve realizar um esforço supramáximo em
um período de 30 s, sem se levantar do selim (GUEDES, 2006).
Segundo o autor supracitado, para a realização desse teste,
é necessário o cálculo da carga de trabalho em torno de 0,075
kgf/kg para homens e 0,090 kgf/kg para mulheres, sendo que,
para atletas, esse valor pode subir para 0,100 a 0,110 kgf/kg
(lembrando que kgf é a sigla de quilograma-força).
Ainda segundo Guedes (2006), as informações colhidas no
teste de Wingate, como pico máximo de potência, pico mínimo de
4) Capacidade anaeróbia:
CAn(kpm) = Carga x rotações – 30 s x distância.
5) Índice de fadiga:
IF
Na (%) = PAnpico máx (kpm) – PAnpico mín (kpm) / PAnpico máx (kpm)
x 100.
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
4. CONSIDERAÇÕES
Com o término da Unidade 4, chegamos ao final das
nossas descobertas, nesta obra sobre “Medidas e Avaliação da
Atividade Motora”. Nesta unidade, procuramos nos familiarizar
com os testes que envolvem tanto a capacidade aeróbia como
a capacidade anaeróbia. Vale ressaltar que, para esta obra,
buscamos na literatura informações importantes sobre a
temática, porém não temos a pretensão de finalizar os conteúdos
abordados, e sim despertar em você o sentimento investigativo,
que possibilitará a ampliação dos seus conhecimentos na busca
incessante de novas fontes fidedignas.
Para nós, resta apenas agradecer pela leitura e confiança, e
esperamos que este estudo contribua de maneira extremamente
positiva na sua formação profissional e humana.
Boas descobertas!
5. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
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