Analisando o contexto, percebemos que a empresa inicia com enormes falhas, a princípio a

sociedade é composta por três sócios, sem técnicas e conhecimentos de gestão empresarial,
percebe-se que um dos sócios apenas investiu, sem compromissos com a administração, o
problema é que, devido à relação de intimidade, acabam não formalizando as condições
pactuadas em contrato, tais como: a participação efetiva desse sócio no capital da empresa, os
seus direitos de interferir nas decisões e a forma de retirada desse capital, dentre outras.
Ocorre que, alguns anos mais tarde, muito possivelmente quando a empresa está vivenciando
um momento de crescimento, aquela pessoa que havia “abandonado o barco” volta exigindo a
sua parte, e como não há nada escrito, muitas vezes surgem disputas acirradas que interferem
diretamente no crescimento da empresa. Além disso, temos o rápido crescimento do negócio
por se tratar de um ramo de atividade fácil e sem muita concorrência, impactando em um
ritmo elevado de crescimento econômico, a falta de experiência e de pessoas incapacitadas
impediu que mantivessem o controle organizacional e financeiro, é bastante desafiador tentar
manter o ritmo de crescimento, mas sem perder a essência do negócio, as organizações que se
encontram no estágio de rápido crescimento precisam garantir uma excelente infraestrutura,
ferramentas que ajudem a impulsionar todo o seu desenvolvimento, investir em tecnologias
modernas é um dos principais caminhos para que o seu trabalho funcione de maneira
eficiente. Outro ponto importante que percebemos é a gravidade financeira realizada em
operações com Dólar, o não acompanhamento do mercado internacional, especulações e
capacitação de enxergar os perigos nessas operações fizeram a empresa ter um prejuízo
altíssimo aumentando o seu endividamento. Mediante todos os fatos controversos para um
bom funcionamento dos negócios vieram os resultados negativos, perca de crédito no
mercado, auto elevação da dívida com terceiros, dependência de empréstimos para
sobrevivência, a falta de capital de giro próprio. Outra falha enorme está voltada para a falta
de controle de estoque, o endividamento faz com que a empresa perca credibilidade com
fornecedores e não conseguem prazos para pagamento nas compras de mercadorias, sendo
obrigados a terem disponibilidades para compras avistas, como não existe um fluxo de caixa
controlado não existirá possibilidades de obter seus produtos, sendo assim é necessário
recorrer novamente a empréstimos e financiamentos, vejamos que essa situação ficará
insustentável e sem condições dos pagamentos desses títulos financeiros, importante salientar
que os produtos são importados e encontramos mais uma dificuldade gerencial, o prazo de
entrega dessas mercadorias.

A partir de todas as análises, faz-se necessário a presença do controle externo, as consultorias

nas instituições tem sido de extrema importância para a manutenção do bom funcionamento
operacional, as informações passadas de forma imparcial, independente e técnica. Com o
mapeamento de todos os processos operacionais e situação financeira, Seria necessário a
concentração das operações de produção em uma só empresa, percebe-se que não existem
processos internos definidos, pessoas despreparadas e gestores inseguros nas tomadas de
decisões, sendo aconselháveis as consultorias para um Planejamento Estratégico e Gestão de
Pessoas através do RH, a partir desse momento será desenvolvidos processos de treinamentos
e capacitação operacional, consequentemente os funcionários que não estão aptos as
mudanças e não possuem condições práticas e teóricas para o desenvolvimento das atividades
seguindo os processos serão desligados resultando na redução de custos com a folha de
pagamento, seguindo, o próximo passo será a análise do endividamento e as possíveis
soluções para estancar o crescimento dessas dívidas, será fundamental a renegociação de
juros junto as instituições financeiras, o aumento do prazo de parcelas restante do saldo
devedor será outra opção para aumentar o fluxo de caixa.