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Pretendo abordar aqui alguns passos mais a frente disso, vendo as relações
do RPG com o imaginário e, por conseguinte, a construção literária do individuo,
podendo pensar em sua infância e seus primeiros contatos com os livros e até
extrapolar aos tardios leitores, estes que embarcam no imaginário literário já
maduros e descobrem as maravilhas da escrita.
Do RPG em si, para que não fique por repetir o que tantos colegas já
publicaram, apenas algumas informações devam ser necessárias para localizar o
leitor do que falo. Role-Playing Game ou “Jogo de interpretar papéis” é uma
transformação dos jogos de tabuleiro situação-problema do final do sec. XIX para
guerra. Buscando do lúdico as regras de interação, do teatro o fator interpretativo e
da literatura as ambientações e idéias de roteiros gerais.. O RPG se constrói como
uma sinergia de tais fontes e cria algo novo que recria pode recriar a própria
literatura, teatro e ludos. Daqui trataremos de sua (re)criação literária no que tange o
imaginário.
De forma dialógica, cabe ao RPG criar imagens que serão absorvidas pelo
imaginário de certas comunidades. Vemos como um exemplo um Anime (animação
japonesa) de nome Record Of Lodoss War (SAKAI, 1990) é feita tendo por base
uma aventura de um grupo de RPG. Os jogadores construíram a história e
ambientação e depois transformaram o que viveram em desenho e logo após
mangas (histórias em quadrinhos japonesas). Cria-se assim um lócus no imaginário
com personas e fatos que tem como origem o RPG.
Vemos assim com o RPG pode criar o imaginário. Pela frente temos ainda
as alterações, o diálogo entre as artes e o transporte de uma a outra.
Na absorção, vemos – digo isso como jogador – muitas vezes acontecer nas
ambientações medievais. O imaginário medieval básico muitas vezes (pelo que
vemos em alguns filmes e livros), com elementos ou não de ficção, tem como
imagens o heróis, a princesa indefesa, os vilões e as feras. O que ele também tem e
esquecemos muita vez é a sujeira, as doenças e a precariedade. Enquanto a
literatura e o cinema nos mostra este lado, os cenário de RPG o constituem de outra
forma. Os mundos medievais de RPG são limpos, com cidadãos saudáveis e ruas
de paralelepípedo. Ou seja, nada de uma aldeão desdentado e fedido dando em
cima de sua personagem!
Possibilidades
Desejo incitar assim a pensar não no percurso percorrido pelo RPG, não só
no que já foi feito, mas sim no que pode ser.
Utilizemos pois este meio como acessório e talvez base do acesso literário,
levemos estas crianças ao tão rico imaginário e as vejamos brilhar, afinal uma
mente que se abre pra uma nova idéia nunca volta ao seu estado normal (Albert
Einstein).
Bibliografia
Livros e Atigos
________. Dungeons & Dragons: Livro dos Monstros. Trad. Bruno Cobbi,
Cláudio R. Fernandes, Henrique Amigo e Clarice Yusa Yamasaki. São Paulo: Devir,
2001.
Sites
Videos
Record of Lodoss War aka Lodoss to Senki. Akio SENKI. JAP. Kadokawa
Shoten Publishing Co. 1990