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Abril de 2008
Índice
1 Matrizes 2
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Denição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Representação dos Elementos de uma Matriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Tipos Especiais de Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.5 Igualdade de Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.6 Matriz Transposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.7 Adição de Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.7.1 Propriedades da adição de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.8 Multiplicação por Escalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.8.1 Propriedades da multiplicação por escalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.9 Multiplicação de Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2 Determinante 14
2.1 Determinante de matriz quadrada de ordem 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2 Determinante de matriz quadrada de ordem 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 Determinante de matriz quadrada de ordem 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.4 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3 Matriz Inversa 17
4 Sistemas Lineares 19
4.1 Sistemas de equações Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.2 Classicação de um sistema linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1
Capítulo 1
Matrizes
1.1 Introdução
"Muitas vezes, para designar com clareza certas situações, é necessário formar um grupo orde-
nado de números que se apresentam dispostos em linhas e colunas numa tabela. Essas tabelas são
chamadas de Matrizes."(Dante - 2005)
Por exemplo, a tabela a seguir mostra o consumo mensal, em quilogramas, de três alimentos
básicos, durante um bimestre, por uma família.
Janeiro Março Maio
Arroz 8 7 9
Feijão 3 4 3
Carne 4 5 6
Para encontrarmos a quantidade de feijão consumida por essa família no mês de Maio, basta
procurarmos o número da segunda linha e terceira coluna da tabela: 3 kg.
Podemos representar essa tabela na forma de matriz com três linhas e três colunas (matriz 3×3)
da seguinte maneira:
8 7 9 8 7 9
3 4 3 ou 3 4 3 .
4 5 6 4 5 6
1.2 Denição
Matrizes são arranjos para organizar dados.
Nas matrizes, cada dado (ou entrada) é chamado de elemento da matriz, as las horizontais de
linhas e as verticais de colunas.
Veja a matriz a seguir:
−1 3 −1 3
4 −4
ou 4 −4 .
2 1 2 1
0 −2 0 −2
2
Neste exemplo, a matriz tem 4 linhas e 2 colunas. Dizemos que essa é uma matriz 4 × 3.
Outros exemplos
−1 −2 0
4 2 −1
matriz 1 × 3 matriz 4 × 3
a) −1 1 0 b)
−1
2 −2
0 −2 7
Exercícios
1. Escreva a matriz correspondente à tabela de preços em reais de televisões em três lojas e três
modelos diferentes:
−7 5 1
2
3
−2 0
9 −10 22
0 −2 0
a) A ordem da matriz;
b) Os números da segunda linha;
c) O número que está na segunda linha e terceira coluna;
d) O número que está na quarta linha e segunda coluna.
3
1.3 Representação dos Elementos de uma Matriz
Observe a seguinte matriz
7 10 −2 −4
−5 −22 10 2
−8 −12 22 19
Nela podemos vericar que:
(i) m o elemento 7 está na primeira linha e na primeira coluna. Indica-se a11 = 7.
(ii) o elemento −2 está na primeira linha e terceira coluna. Indica-se a13 = −2.
(iii) o elemento 22 está na terceira linha e terceira coluna. Indica-se a33 = 22.
(iv) o elemento 19 está na terceira linha e quarta coluna. Indica-se a34 = 19.
Dessa forma, podemos representar um elemento de uma matriz utilizando uma letra e dois
índices: o primeiro índice indica a linha a que elemento pertence e o segundo índice indica a coluna
a que elemento pertence. Por exemplo, o elemento a32 pertence à terceira linha e segunda coluna.
Um elemento genérico pertencente a uma matriz A será representado pelo elemento aij , em que i
representa a linha e j representa a coluna que ele pertence.
Obs. 1.1. Podemos representar uma matriz com m linhas e n colunas como A = (aij ])m×n .
Exemplo: Construa as seguintes matrizes:
a)A = (aij )1×3 tal que aij = 2i
− j
i + j se i 6 j
b) B = (bij )3×3 tal que bij =
i − j se i > j
Resolução:
a) A representação genérica da matriz A é A = , em que aij = 2i − j. Assim,
a11 a12 a13
a11 = 2 · 1 − 1 ⇒ a11 = 1
a12 = 2 · 1 − 2 ⇒ a12 = 0
a13 = 2 · 1 − 3 ⇒ a11 = −1
dessa forma, A =
1 0 −1 .
b11 b12 b13
i + j se i 6 j
b) A representação genérica da matriz B é B = b21 b22 b23 , em que bij = .
i − j se i > j
b31 b32 b33
Assim,
b11 = 1 + 1 ⇒ b11 = 2 b12 = 1 + 2 ⇒ b12 = 3 b13 = 1 + 3 ⇒ b13 = 4
b21 = 2 − 1 ⇒ b21 = 1 b22 = 2 + 2 ⇒ b22 = 4 b23 = 2 + 3 ⇒ b23 = 5
b31 = 3 − 1 ⇒ b31 = 2 b32 = 3 − 2 ⇒ b32 = 1 b33 = 3 + 3 ⇒ b33 = 6
2 3 4
dessa forma, B = 1 4 5 .
2 1 6
4
Exercícios
2 −3
3. Identique os elementos a12 , a22 e a31 da matriz A = −1 4 .
0 6
4. Escreva as matrizes:
a) A = (aij )2×3 tal que aij = 2i + j
2i, se i 6 j
c) C = (cij )2×2 tal que cij =
−2j, se i > j
2i − j, se i < j
i − 2j, se i < j
2
5
Denição 5. Matriz Quadrada n × n
Caracteriza-se por possuir o número de linhas igual ao número de colunas. Se A é uma matriz
n × n, dizemos que A é uma matriz quadrada de ordem n.
Numa matriz quadrada de ordem n, os elementos Aij em que i = j constituem a diagonal princi-
pal (ou simplesmente diagonal) da matriz. Já os elementos aij que compõem a diagonal secundária
possuem a propriedade de que i + j = n + 1.
Denição 6. Se A é uma matriz quadrada , então o traço de A, denotado por tr(A), é denido
pela soma dos elementos da diagonal principal, isto é a11 + a22 + . . . + ann .
Exemplo: O traço da matriz
2 −5 −2
A = −22 1 7
−1 −2 5
é tr(A)=2 + 1 + 5 = 8.
0 ,se i 6= j
2. Matriz Escalar: aij =
k ,se i = j (em que k é um escalar dado)
−3 0 0
Exemplo: E = 0 −3 0
0 0 −3
0 ,se i 6= j
3. Matriz identidade de ordem n: aij =
1 ,se i=j
1 0 0
1 0
Exemplos: I3 = 0 1 0 e I2 =
0 1
0 0 1
6
4. Matriz Triangular Superior: Todos os elementos abaixo da diagonal são nulos, isto é, aij = 0
se i > j .
−2 6 3 −1
0 3 1 −2
Exemplo: M =
0 0 8 3
0 0 0 1
5. Matriz Triangular Inferior: Todos os elementos acima da diagonal são nulos, isto é, aij = 0
se i < j .
2 0 0
Exemplo: N = −3 5 0
2 5 8
As duas matrizes tem a mesma ordem 2 × 2. Para serem iguais devemos ter 2x − 1 = x + 5 e
y − 3 = 3, ou seja, x = 6 e y = 6.
Exercícios
x + y 2a + b 3 −1
5. Determine a, b, x e y para que as matrizes A = 2x − y a − b
eB=
0 7
sejam iguais.
m+n m
6. Determine m e n para que se tenha 0 n
= I2 , em que I2 é a matriz identidade de
ordem 2.
Exemplos:
7
2 0
2 4 −2
1. A = e AT = 4 1 .
0 1 3
−2 3
2 −3 1 2 −3 1
2. M = −3 4 7 e M T = −3 4 7 .
1 7 0 1 7 0
Obs. 1.3. Observe que M é uma matriz simétrica e que satisfaz a propriedade : M = M T .
0 −2 3 0 2 −3
3. A = 2 0 1 e AT = −2 0 −1 .
−3 −1 0 3 1 0
Obs. 1.4. Observe que A é uma matriz anti-simétrica e que goza da propriedade: AT = −A,
(em que -A é a matriz oposta de A).
Propriedade: (AT )T = A
Exemplos:
−2 3 0 0 −4 −3 −2 −1 −3
1. 1 −4 2
+
2 7 −1
=
3 3 1
,
2. Uma fábrica de um certo produto produz três modelos A, B e C. Cada modelo é parcial-
mente fabricado na fábrica F1 em Formosa e F2 nos Estados Unidos. O custo total de cada produto
consiste no custo de manufatura e no custo de transporte. Então, os custos em cada fábrica (em
dólares) podem ser descritos pelas tabelas T1 e T2 :
Custo de Fabricação Custo de transporte
32 40 Modelo A
T1 :
50 80 Modelo B
70 20 Modelo C
Custo de Fabricação Custo de transporte
40 60 Modelo A
T2 :
50 50 Modelo B
130 20 Modelo C
Se denirmos as matrizes M1 e M2 relativas às tabelas T1 e T2 , respectivamente, temos M1 e
M2 da seguinte
forma:
32 40 40 60
M1 = 50 80 e M2 =
50 50
70 20 130 20
8
A matriz M1 + M2 fornece o custo total (manufatura + transporte) de cada produto. Assim, o
custo total do produto C é de 200 na fabricação e 40 dólares no transporte.
Obs. 1.5. Quando as matrizes tem ordem diferente, a operação soma não está denida.
Exemplo:
−2 3 0 1 −2
+ .
1 −4 2 0 4
Exercícios
2 1
−2 3 0 0 −2 1
7. Dadas as matrizes A = −1 2 4
,B =
−3 3 5
e C = −5 0 , resolva, se
−4 3
forem denidas, as operações a seguir:
a) A + B b) B + A c) A + C d) AT + B
e) AT + B T f) A + C T g) (A + B)T h)tr(A)
Exemplo:
0 −3 1 0 6 −2
−2 · =
2 5 −4 −4 −10 8
9
III- (k1 k2 )A = k1 (k2 A);
IV- (−1)A = −A, (-A é denominada a matriz oposta de A), onde A + (−A) = 0 (onde 0 é a matriz
nula mxn);
V- 0 · A = 0m×n ( o produto do número zero por uma matriz mxn resulta na matriz nula mxn)
VI- (kA)T = k(AT )
VII- É bom lembrar que A − B = A + (−B)
Exercícios
−2 5 3
8. Dada as matrizes A = −1 , B = −2 e C = 4 , resolva:
3 7 7
9. A e B são duas matrizes quadradas de ordem 2, cujos elementos são dados por aij = 2i − 3j
e bij = −2j + i. Calcule A − 3B + 2AT .
b) Se o custo dos alimentos depender somente do seu conteúdo de vitaminas e se o preço por
unidade das vitaminas A, B e C é, respectivamente, 20, 30 e 50 centavos, quanto pagaríamos pela
ingestão dos alimentos I e II?
Solução:
Vamos representar o consumo dos alimentos I e II, nesta ordem, pela matriz
M = [6 4]
A quantidade ingerida de cada vitamina será fornecida pela "combinação"da matriz M com as
colunas da matriz das vitaminas. Podemos representar essa combinação através da operação
4 5 4
6 4 · = 6·4+4·5 6·5+4·3 6·4+4·0 = 44 42 24
5 3 0
10
De acordo com o resultado acima podemos armar que serão ingeridas 44 unidades de vitamina
A, 42 de B e 24 de C.
Observamos que ao realizarmos os produtos envolvendo as matrizes nas questões (a) e (b), cada
elemento da matriz resultante foi obtido combinando a linha da primeira matriz com uma coluna
na segunda matriz. Vamos considerar as matrizes
b11 b12
a11 a12 a13
A2×3 = e B3×2 = b21 b22
a21 a22 a23
b31 b32
A matriz-produto A·B é a matriz C2×2 , em que cada elemento de C será obtido pela combinação
dos elementos de uma linha da primeira matriz com os elementos de uma coluna da segunda matriz,
isto é:
Assim:
c11 = a11 · b11 + a12 · b21 + a13 · b31 (Primeira Linha x Primeira Coluna) (1.1)
c12 = a11 · b12 + a12 · b22 + a13 · b32 (Primeira Linha x Segunda Coluna) (1.2)
c21 = a21 · b11 + a22 · b21 + a23 · b31 ( Segunda Linha x Primeira Coluna) (1.3)
c22 = a21 · b12 + a22 · b22 + a23 · b32 (Segunda Linha x Segunda Coluna) (1.4)
Obs. 1.6. Observe que só denimos o produto AB de duas matrizes quando o número de colunas
da matriz A for igual o número de linhas da matriz B; além disso, notamos que o produto AB
possui o número de linhas de A e o número de colunas de B.
11
3 0
1 3 2
Exemplo: Dados as matrizes A = e B = 4 −2 , determine AB.
0 5 −1
1 6
Como A é uma matriz 2 × 3 e B é uma matriz 3 × 2, o número de colunas de A á igual ao número
de linhas de B; assim o produto AB está denido, e será uma matriz de ordem 2 × 2.
c11 c12
AB =
c21 c22
c11 : usa-se a primeira linha de A e a primeira coluna de B
c11 = 1 · 3 + 3 · 4 + 2 · 1 = 17
c12 : usa-se a primeira linha de A e a segunda coluna de B
c12 = 1 · 0 + 3 · (−2) + 2 · 6 = 6
c21 : usa-se a segunda linha de A e a primeira coluna de B
c21 = 0 · 3 + 5 · 4 + (−1) · 1 = 19
c22 : usa-se a segunda linha de A e a segunda coluna de B
c22 = 0 · 0 + 5 · (−2) + (−1) · 6 = −16
Dessa forma temos
17 6
AB =
19 −16
Propriedades da Multiplicação
Sejam A , B e C matrizes cujas operações indicadas estejam denidas. Dessa forma, temos as
seguintes propriedades:
1) AB + AC = A(B + C) (distributiva)
2) (AB)C = A(BC)(Associativa)
3) k(AB) = (kA)B = A(kB), k = constante
4) (AB)T = B T AT .
Exercícios
10. Sejam as matrizes M3×2 , N3×2 , P2×5 , Q3×5 e R2×3 .
(i) Determine quais das seguintes expressões estão denidas:
(a) N · M (b)M · P + Q (c)(M t + R) · Q (d) Rt · M
(e) R · (M · P ) (f) R · (M + N ) (g) M · R + N (h)M · N + N
(ii) Para as expressões que estão denidas do item anterior determine o tipo da matriz
resultante.
2 3 1 −1
11. Sejam as matrizes A = 1 4
eB=
2 5
, determine:
a) A2 , em que A2 = A · A c) AB e) (A + B)2
b) B 2 em que B 2 = B · B d) 2AB f) A2 + 2AB + B 2
12
12. Sejam as matrizes
1 0 3 −1 3
3 −2
A = 12 21 34 , B = 2 1 , C = 4 1 5 , D= 2 4
,
3 2 2 1 3
2 −4 5
E = 0 1 4 e F = −4 2 3
5
,
3 2 1
Se possível, calcule:
a) C + E
b) AB e BA
c) 2D − 3F
d) CB + D
e) AB + DF
f) EB + F A
13. Para a fabricação de caminhões, uma indústria montadora precisa de eixos e rodas para seus
três modelos de caminhões, como a seguinte especicação:
Janeiro Fevereiro
Modelo A 30 20
Modelo B 25 18
Modelo C 20 15
Usando a multiplicação de matrizes, responda: nessas condições, quantos eixos e quantas
rodas são necessários em cada um dos meses para que a montadora atinja a produção plane-
jada?
13
Capítulo 2
Determinante
O determinante de uma matriz quadrada A, que representamos por detA ou |A|, é um número
obtido a partir de A por uma regra especíca (Vide Anton). Assim, podemos entender o determi-
nante como uma função que associa a cada matriz An×n um número detA.
14
a11 a12 a13
detA = a21 a22 a23 = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a32 a21 − (a13 a22 a31 + a12 a21 a33 + a11 a32 a23 )
a31 a32 a33
Também podemos obter detA como segue. Repita a primeira e a segunda colunas da matriz
A como abaixo. Forme a soma dos produtos dos coecientes sobre as diagonas da esquerda para
a direita e subtraia disto o produto dos coecientes sobre as diagonais da direita para a esquerda
(verique esta regra).
2.4 Propriedades
(1) Se A possui uma linha (ou coluna) nula, então det(A) = 0
(3) Se multiplicarmos uma linha (ou coluna) por uma constante, o determinante ca multiplicado
por esta constante.
(4) Ao trocarmos duas linhas (ou colunas) entre si, o determinante muda de sinal.
(5) O determinante de uma matriz não altera seu valor quando substituímos uma linha (ou col-
una) pela soma dela com outra linha (ou coluna) previamente multiplicada por uma constante.
(7) O determinante de uma matriz triangular (superior ou inferior) é igual ao produto dos ele-
mentos da diagonal principal.
15
Para o cálculo de determinantes de qualquer ordem utilizaremos as propriedades 3, 4, 5. Para
tal, vide Anton. Esse cálculo é feito através de redução de linhas.
Exercícios
14. Calcule
os determinantes:
1 2 1 0 −4 5
A= B= C=
2 −1 1 −3 3 7
1 2 −3 −3 5 2
D= 2 0 5 E = −2 10 0 .
3 −2 4 3 −1 1
1 2 −1
1 2
15. Dadas as matrizes A = [3], B =
2 −5
e C = 2 3 5 , calcule:
3 −2 5
a)detA b) detB c) detC
d) detA − detB e) detB · detC
i + j se i < j
16
Capítulo 3
Matriz Inversa
Denição 8. Uma matriz A de ordem n × n é inversível se existe uma matriz A−1 de ordem n × n
tal que
A · A−1 = A−1 · A = In .
onde In é a matriz identidade de ordem n. A matriz A−1 é chamada de matriz inversa de A.
Obs. 3.1. Uma condição necessária e suciente para uma matriz A ser inversível é ter o determi-
nante diferente de zero.
Trabalharemos aqui com inversas de marizes 2×2. É possível calcular inversa de qualquer matriz
quadrada desde que seu determinante seja diferente de zero. Para tal, vide (Kolman), (Anton) ou
(Dante).
5 8
Exemplo: Vamos calcular a inversa da matriz A = . Como detA = 5·3−8·2 = −1 6= 0,
2 3
a b
temos que a matriz A é inversível. Considere A =−1
. Da denição de matriz inversa, de-
c d
vemos ter A · A−1 = I2 , em que I2 é a matriz identidade de ordem 2. Assim,
5 8 a b 1 0
· = ,
2 3 c d 0 1
ou seja,
5a + 8c 5b + 8d 1 0
= .
2a + 3c 2b + 3d 0 1
17
−3 8
Dessa forma, temos A −1
= .
2 −5
Exercícios
19. Determine, se existir, a inversa de cada uma das seguintes matrizes:
1 3 5 10 2 3
A= B= C=
0 2 2 4 4 5
18
Capítulo 4
Sistemas Lineares
Denição 9. Denomina-se uma equação linear toda equação que pode ser escrita da forma
a1 x 1 + a2 x 2 + . . . + an x n = b
na qual
x1 , x2 , · · · , xn são as incógnitas;
a1 , a2 , · · · , an , são números reais chamados coecientes;
b é chamado de termo independente.
Exemplo de equações lineares:
a) 3x + 4y − 2z = 5
b) 3x1 − 2x2 + 4x3 − 5x4 = 9
Denição 10. Dada uma equação linear
a1 x 1 + a2 x 2 + . . . + an x n = b
dizemos que os números reais (α1 , α2 , . . . , αn ) é solução da equação se, e somente se,
a1 α1 + a2 α2 + . . . + an αn = b.
2 · 2 + 1 − (2 · 3) = −1.
Exercícios
20. Verique se o par
a) (6,2) é uma solução da equação linear 4x − 3y = 18
b) (3,-5) é uma solução da equação linear 2x + 3y = 21
21. Calcule k para que o par (3, k) seja uma solução da equação linear 3x − 2y = 5.
22. O terno (k, 2, k + 1) é uma das soluções da equação linear 4x + 5y − 3z = 10. Determine k.
19
4.1 Sistemas de equações Lineares
Denição 11. Denomina-se sistema linear de m equações e n incógnitas (m×n) da seguinte forma:
a11 x1 + a12 x2 + . . . + a1n xn = b1
a21 x1 + a22 x2 + . . . + a2n xn = b2
······························
am1 x1 + am2 x2 + . . . + amn xn = bm
2x − 3y + z = 4
Exemplo: é um sistema linear 2 × 3.
−x + 3y − z = 7
Denição 12. Dizemos que (α1 , α2 , . . . , αn ) é solução de um sistema linear quando (α1 , α2 , . . . , αn )
é solução de cada uma das equações lineares que compõem o sistema.
x + 2y + 3z = 1
Exemplo: (1, 3, −2) é solução do sistema 4x − y − z = 3 pois
x+y−z =6
1 + 2 · 3 + 3(−2) = 1
4 · 1 − 3 − (−2) = 3 .
1 + 3 − (−2) = 6
Solução:
a) Para
resolvermos o sistema, basta multiplicar a segunda linha do sisema por 2 e teremos:
2x − 3y = 1
−2x + 6y = 2
Somando as duas linhas, encontramos 3y = 3, onde concluímos y = 1. Substituindo y = 1 na
20
primeira equação, temos 2x − 3 · 1 = 1, onde concluímos que x = 2. Assim, temos um sistema
possível determinado, cuja solução é S = {(2, 1)}.
b) Para
resolvermos o sistema, basta multiplicar a primeira linha do sisema por -2 e teremos:
−2x + 8y = −6
2x − 8y = 6
Somando as duas linhas, encontramos 0 = 0. Neste caso, temos um sistema possível indeter-
minado, ou seja, o sistema possui innitas soluções. Para encontrarmos as soluções, devemos
considerar a incógnita y = α, em que α ∈ R. Substituindo na primeira equação temos,
x − 4α = 3, ou seja, x = 4α + 3. Dessa forma, o sistema é possível indeterminado, e a solução
é da forma S = {(4α + 3, α), α ∈ R}.
c) Para resolvermos o sistema, basta multiplicar a primeira linha por −3 e a segunda linha por
2 e teremos:
−6x + 12y = −6
6x − 12y = 0
Somando as duas linhas, encontramos 0 = −6, que é um absurdo. Logo o sistema não possui
solução. É chamado de sistema impossível.
d) Para anular os coecientes x na 2a e na 3a equação podemos:
−2x − 4y − 2z = −14
• Multiplicar a 1a lina por −2 e somar com a 2a , e teremos que
2x + 7y + z = 21
resulta em 3y − z = 7
3x + 6y + 3z = 21
• Multiplicar a 1 lina por 3 e somar com a 3 , e teremos
a a
que resulta
−3x − 5y + 2z = −8
em y + 5z = 13.
Para anular o
coeciente y na 3a equação podemos multiplicar a 3a linha por −3 e somar com
3y − z = 7
a 2a , ou seja, e encontramos −16z = −32.
−3y + −15z = −39
21
• 3y − 2 = 7 ⇒ y = 3
• x + 2 · 3 + 2 = 7 ⇒ x = −1
Sistema possível determinado com S = {(−1, 3, 2)}
e) Para anular os coecientes x na 2a e na 3a equação podemos:
−3x − 6y + 3z = −9
• Multiplicar a 1a lina por −3 e somar com a 2a , e teremos que
3x − y + z = 1
resulta em 7y + 4z = −8
−2x − 4y + 2z = −6
• Multiplicar a 1 lina por −2 e somar com a 3 , e teremos
a a
que
2x + 4y − 2z = 6
resulta em 0y + 0z = 0.
Que é um sistema possível determinado, ou seja, a incógnita z pode ser qualquer número real.
Considere z = α, tal que α ∈ R. Dessa forma, temos:
8 + 4α
• 7y + 4α = −8 ⇒ y = ;
7
8 + 4α 5−α
• x+2· − α = 3 ⇒ 7x + 16 + 8α − 7α = 21 ⇒ x = .
7 7
5 − α 8 + 4α
Solução geral: S = {( , , α), α ∈ R}
7 7
f) Para anular o coeciente x na 2a equação podemos:
• Multiplicar a 1a lina por −3 e somar
com a 2 linha multiplicada por 2, e teremos
a
Sistema impossível, S = ∅.
Exercícios
23. Resolva os sistemas via escalonamento e classifque-os como possível determinado, possível
indeterminado
ou impossível.
x − 5y = −4 4x + 2y = 4
a) b)
3x + 2y = 5 2x + y = 5
5x − 10y = 15 3x − 2y = −12
c) d)
2x − 4y = 6 5x + 6y = 8
x−y+z =4 x+y+z =6
e) 2x + 3y − 5z = −11 f) 2x − y − z = 0
3x − 2y + z = 7 3x + 3y + 3z = 9
22
2x + 3y + z = 1
x+y−z =2
g) 3x − 3y + z = 8 h)
2x + 3y + 2z = 5
2y + z = 0
x+y+z =3 x + y − 3z = 1
i) j)
2x + 3y + z = 0 2x − 3y + 4z = 2
23
Referências Bibliográcas
[1] Álgebra Linear com Aplicações Anton, H, Rorres, C Bookman Oitava Edição.
[2] Matemática contexto e aplicãções Dante, L. R. Editora Ática Segunda Edição.
[3] Álgebra Linear Kolman, B. Editora Guanabara, Primeira Edição.
[4] O Universo da Matemática, Cerqueira, D. S., Netto, E. T. , Cruz, E. S. Editora Escala
Educacional Primeira Edição.
[5] Matemática Fundamental Uma Nova Abordagem, Giovanni, J. R., Bonjorno, J. R, Jr, J. R. G.
Editora FTD Primeira Edição.
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