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UNIVERSIDADE ESTADUAL

ESTADUAL DE CAMPINAS
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica

Monografia: Números Complexos

Augusto Kody R.A.: 150553


Ana Carolina Mecenero R.A.: 150541
João Hipólito R.A.: 146642
Jean Carlos R.A.: 149233
Guilherme Artoni R.A.: 160318
Andrey Pereira R.A.: 154682
Youssef Kanso R.A.: 157609
Felipe Vieira R.A.: 160424
Rebeca de Oliveira R.A.: 157126
Josiani Tulio R.A.: 150688
Sofia Accorsi R.A.: 157276
Andrey Pereira R.A.: 154682
Rodolfo Fordiani R.A.: 103994
Cléu Costa R.A.:159658

20 de Junho de 2014
Sumário

Apresentação.................................................02
Definição de Número Complexo .................03
História dos Números Complexos................04
Referencias Bibliográficas............................06

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Apresentação
O trabalho a seguir, foi uma atividade proposta pelo Prof. Dr. Fernando Eduardo Torres
Orihuela, na disciplina MA148 – Fundamentos da Matemática, ministrada no primeiro
semestre de 2014 para a turma Z do curso de Licenciatura Matemática (29), do Instituto
de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) da Universidade Estadual
de Campinas - UNICAMP.

Nas páginas que se seguem, abordaremos o tema: Conjunto dos Números Complexos.
Os números complexos representam uma das estruturas mais importantes da Ciência.
Atualmente, é impossível imaginar a Engenharia Elétrica, a Aerodinâmica, ou a
Dinâmica dos Fluidos, sem os números complexos. A Mecânica Quântica faz uso dos
números complexos e, na Teoria da Relatividade de Einstein, o espaço tridimensional é
visto como real e a dimensão relativa ao tempo como imaginário.

Iremos tentar explicar um pouco a origem deste conjunto, algumas das aplicações e
fatos históricos. Com este artigo, temos o objetivo de apresentar, de uma forma simples,
como podemos fazer com que o aluno compreenda em que universo é aplicada a tão
sugestiva unidade imaginária i.

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Definição de Número Complexo
O conjunto dos números complexos é representado por , e definido como o conjunto dos
pares ordenados compostos por números reais, onde são definidas a adição e a
multiplicação e a igualdade.

• Adição: ( a, b) + ( c, d ) = ( a + c, b + d ).
• Multiplicação: ( a, b) . ( c, d ) = ( ac - bd, ad + bc ).
• Igualdade: ( a, b) = ( c, d ) , onde a = c, b = d.

Deve-se
se considerar que o conjunto está contido no conjunto . Sendo que, por
exemplo, o a possui comomo parte complexa 0. Ele será o número complexo (a, 0).
Unidade imaginária é indicada pela letra i, sendo que seu valor é ( 0, 1), onde se
realizarmos i² teremos i.i = ( 0, 1). ( 0, 1) = ( 0.0 – 1.1, 0.1 + 1.0 ) = (–1,0).
1,0).

Assim temos a notação usual que i²= – 1. E que i= raiz quadrada de -1


Tomando-se se um número z = ( a, b), teremos que z = a + bi.
b . Portanto se assim
considerarmos termos que a é a parte real de z e b a parte complexa de z.
Para esta nova notação iremos definir as operações novamente de maneira mais usual.

• Adição: (a + bi) + ( c + dii) = (a + c) + (b + d)i


• Multiplicação: (a + bi).( c + di) = ( ac – bd) + (ad + bc)i
• Igualdade: (a + bi)) = ( c + di),
d onde a = c, b = d
Conjugado de um número complexo.
Se z = a + bi então Z = a – bi

Os números complexos são utilizados em várias áreas do conhecimento, tais como


engenharia, eletromagnetismo, física quântica, teoria do caos, além da própria
matemática, em que são estudadas análise complexa, álgebra linear complexa, álgebra
de Lie complexa, com aplicações em resolução de equações algébricas e equações
diferenciais.

Em algumas situações, é comum a troca da letra i pela letra j,, devido ao frequente uso
da primeira como indicação de corrente elétrica.
elétrica Há muito tempo, em nossos currículos
de ensino
ino médio, trabalhamos com números complexos. Muitas vezes, passamos a
nossos alunos a idéia de que a unidade imaginária i,, serve apenas para extrair uma raiz
negativa e não proporcionamos a eles a oportunidade de perceber o quão importante o
conjunto dos números complexos é em suas aplicações.

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História dos Números Complexos
A Teoria dos Números é o ramo da Matemática que investiga as propriedades dos
números naturais ou inteiros positivos: 1, 2, 3, 4, 5.... Os números naturais surgem do
processo de contagem e é impossível imaginar a humanidade desprovida da habilidade
de contar.
O conceito de número natural foi axiomatizado (axiomas são afirmações aceitas como
verdades iniciais sem demonstração) em 1889 pelo matemático italiano Giuseppe Peano
(1858-1932), numa das primeiras manifestações da Axiomática Moderna e da Abstração
Matemática. Os matemáticos estenderam os números naturais aos inteiros, aos
racionais, aos irracionais, aos complexos, aos quatérnios, aos octonions, aos números de
Cayley.... É impossível imaginar a Teoria dos Números desprovida da rica e poderosa
Teoria das Funções de Uma Variável Complexa. Um dos exemplos mais importantes é
a função de uma variável complexa denominada função Zeta de Riemann que dá
informações sobre a distribuição dos números primos. Ela é definida por:

onde s=c+id é um número complexo e c>1. Essa função é a chave da demonstração do


Teorema do Número Primo que afirma que o número (x), de primos p tais que p é
menor ou igual a x, é aproximadamente:

ln 
quando x é muito grande. Esse teorema foi conjeturado por Gauss e Legendre, e
demonstrado por Hadamard e de La Vallée Poussin, em 1898. A história dos números
complexos revela-se fascinante. Registros históricos mostram que, em 2500a.C., os
Sumérios já tinham necessidade da subtração. Os números que conhecemos como
inteiros negativos são resultados de certas subtrações. Por exemplo, em notação
moderna, o resultado da subtração 5 – 10 é –5. Matemáticos não resistiram, ao longo da
História, à pressão da curiosidade de multiplicar números negativos dando origem ao
conjunto numérico que atualmente denominamos de conjunto dos Números Inteiros: {0,
±1, ±2, ±3...}. Os Pitagóricos (550a.C) acreditavam que o mundo poderia ser
compreendido por meio de razões da forma m/n (racionais) com m e n naturais e n
distinto de zero. Contudo, esse modelo do mundo ruiu quando se descobriu que a
medida da diagonal do quadrado, de lados medindo 1, é √2. Ora, √2 não é razão de
naturais! Além disso, os Pitagóricos descobriram muitos outros desse tipo:√3, √5….

Portanto, por necessidades intrínsecas da investigação matemática, o universo dos


números naturais foi expandido amplamente. Durante o desenvolvimento da Álgebra,
na Idade Média, os matemáticos italianos exploraram vários tipos de equações e
classificaram suas soluções. Essa investigação mostrou que algumas equações não
possuíam solução em termos dos números conhecidos. Um dos problemas enfrentados
consistia na solução da equação x² + 1 = 0. Essa equação não parecia ter solução, pois
contrariava o fato de que todo número real distinto de zero, quando elevado ao
quadrado, é positivo. Os matemáticos indianos e árabes, quando se deparavam com
essas equações se recusavam a definir algum símbolo para expressar a raiz quadrada de

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um número negativo, pois consideravam o problema completamente sem sentido. No
Século XVI, raízes quadradas de números negativos começaram a aparecer em textos
algébricos, porém os autores frisavam que as expressões não possuíam significado e
utilizavam termos tais como ”fictícias”, “impossíveis”, “sofisticadas”, para mencioná-
las. O matemático alemão Leibniz (1646-1716), um dos inventores do Cálculo
Diferencial, atribuía à raiz quadrada de –1 um certo caráter metafísico interpretando-a
como uma manifestação do “Espírito Divino”; a mesma sensação de espanto sucedeu
com o matemático suíço Lenhard Euler.

Alguns matemáticos europeus, em particular os italianos Gerolamo Cardano e Rafaello


Bombelli, introduziram os números complexos na Álgebra, durante o Século XVI,
quando eles assumiram a existência de raízes quadradas de números negativos, apesar
de considerarem tais raízes “números impossíveis” e, assim, denominá-los “números
imaginários”. Por esse motivo, até hoje perdura o nome de números imaginários quando
nos referimos a raízes quadradas de números negativos. Postulando a existência de
raízes quadradas de inteiros negativos, e assumindo que i é solução da equação x² + 1 =
0, ou seja, axiomatizando–se que i satisfaz a relação i² = –1 pode-se efetuar operações
envolvendo i e os números reais. Dessa forma, para qualquer número real positivo a, a
raiz quadrada do número negativo –a é i√−
, ou seja, √−
=i√
. Dados os números
reais c e d, podemos multiplicar d por i e obter i d, e adicionar a c para obtermos c+id.
Em geral, qualquer número complexo é escrito como c+di, onde c é denominado “parte
real” e d “parte imaginária”. Portanto, obtemos números da forma c+id formando o
conjunto dos números complexos. No conjunto dos números complexos, podemos
adicionar e multiplicar formando uma estrutura algébrica denominada corpo dos
números complexos.
Os matemáticos costumam representar os números reais como pontos em uma reta
denominada de reta real, onde a cada ponto corresponde um único número real e a cada
número real associam um único ponto dessa reta. Como a raiz quadrada de um número
negativo não pode ser representada nessa reta, persistiu um impasse até o século XIX.O
primeiro a propor uma visualização dos complexos identificando-os como pontos do
plano bidimensional foi o autodidata norueguês Caspar Wessel em 1797. Essa ideia foi
redescoberta por Jean-Robert Argand, um contador suíço, que publicou um livro em
1860 sobre o assunto, e também pelo genial matemático alemão Karl Friedrich Gauss.
Como era impossível associar um ponto da reta real à raiz quadrada de um número
negativo, a questão foi resolvida associando-se aos números imaginários pontos sobre
uma reta perpendicular à reta real, passando pelo ponto zero, e dessa forma criando um
sistema de coordenadas cartesianas. Nesse sistema, os números reais são colocados
sobre o eixo horizontal, denominado eixo real, e todos os números imaginários sobre a
reta perpendicular à reta real, passando pelo zero da reta real horizontal, denominado de
eixo imaginário. Como = √−
=√ √
=i√
, todos os números imaginários podem ser
colocados no eixo imaginário como múltiplos de i= √−1. Portanto, não só os
imaginários passam a ter uma representação gráfica, como as combinações possíveis de
reais e imaginários, ou seja, os números complexos, são representados por pontos no
plano definido pelos eixos real e imaginário, denominado plano complexo. O talento e a
genialidade de Gauss levaram a um dos resultados mais profundos da Matemática, o
Teorema Fundamenta Álgebra, que afirma que toda equação polinomial possui solução
no corpo dos números complexos. Além desse resultado importantíssimo, a álgebra dos
números complexos originou uma nova área de investigação — a Análise Complexa —
que tem um papel fundamental no desenvolvimento da Álgebra e da Teoria dos
Números.

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Referencias Bibliográficas:
[1] Brasil Escola: Números Complexos Por Gabriel Alessandro de Oliveira Graduado em Matemática
http://www.brasilescola.com/matematica/numeros-complexos.htm

[2] Números Complexos Por Por Thomas Carvalho


http://www.infoescola.com/matematica/numeros-complexos/

[3] CAEM - Centro de Aperfeiçoamento de Ensino de Matemática (IME-USP) Por: Professoras Cristina
Cerri e Martha S. Monteiro
http://www.igm.mat.br/cursos/fvc/complexos.pdf

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