Teorema de Cauchy Goursat

O Teorema de Cauchy-Goursat
SMA-Funções de uma variável complexa
ICMC-USP
Verão de 2021
December 23, 2021
SMA-Funções de uma variável complexa (ICMC-USP)

O Teorema de Cauchy-Goursat December 23, 2021 1 / 16
Caracterização de 1-formas diferenciais fechadas

Teorema: Se ω = Adx + Bdy é uma 1-forma contı́nua definida em um

aberto U ⊂ C, então as seguintes afirmações são equivalentes:


(a) ω é fechada;


(a) ω é fechada;
R
(b) ∂Q ω = 0 para qualquer retângulo Q ⊂ U com lados paralelos aos
eixos;


(a) ω é fechada;
R
(b) ∂Q ω = 0 para qualquer retângulo Q ⊂ U com lados paralelos aos
eixos;
Se ω é de classe C 1 , as afirmações acima são também equivalentes a
∂A ∂B
(c) ∂y = ∂x .

Demonstração:

Demonstração: A demonstração de que (a) =⇒ (b) decorre dos seguintes
fatos

fatos
Dado z ∈ U, se Vz é uma vizinhança
R de z tal que ω|Vz é exata e
Q ⊂ Vz é um retângulo, então ∂Q ω = 0;

fatos
Se Q ⊂ U é um retângulo e {Vz : z ∈ Q} é uma cobertura de Q por
abertos tais que Vz ⊂ U e ω|Vz é exata, existe δ > 0 (o número de
Lebesgue da cobertura) com a seguinte propriedade: se R é um
retângulo com diâmetro menor do que δ então R ⊂ Vz para algum
z ∈ Q;

fatos
Se Q ⊂ U é um retângulo e {Vz : z ∈ Q} é uma cobertura de Q por
abertos tais que Vz ⊂ U e ω|Vz é exata, existe δ > 0 (o número de
Lebesgue da cobertura) com a seguinte propriedade: se R é um
retângulo com diâmetro menor do que δ então R ⊂ Vz para algum
z ∈ Q;
Se Q = [a, b] × [c, d] ⊂ U é um retângulo e {Qij : i, j ∈ {1, . . . , n}}
é uma decomposição de Q em sub-retângulos
{Qij = {x + iy : ti−1 < x < ti , sj−1 < y < sj } determinados por
partições {a = t0 < · · · < tn = b} e {c = s0 < · · · < sn = d} de [a, b]
e [c, d], respectivamente, então
Z Xn Z
ω= ω.
∂Q i,j=1 ∂Qij

A afirmação de que (b) =⇒ (a) é consequência do seguinte

Lema: Se ω = AdxR + Bdy é uma 1-forma contı́nua em um aberto convexo
V ⊂ C tal que ∂Q ω = 0 para qualquer retângulo Q ⊂ U com lados
paralelos aos eixos, então ω é exata.

Demonstração: Afirmamos que

(I ) Se Rγ é uma poligonal fechada em V , com lados paralelos aos eixos,
então γ ω = 0,

então γ ω = 0,
ou, equivalentemente,

então γ ω = 0,
(II ) Se γ1 , γ2 ⊂ V são poligonais com lados paralelos
R aos eixos
R que
possuem os mesmos extremos inicial e final, então γ1 ω = γ2 ω.

então γ ω = 0,
R aos eixos
R que
Admitindo-se
R (II ), fixado z0 ∈ V está bem definida a aplicação
f (z) = γ ω, em que γ é uma poligonal com lados paralelos aos eixos
ligando z0 a z.

então γ ω = 0,
R aos eixos
R que
Admitindo-se
R (II ), fixado z0 ∈ V está bem definida a aplicação
f (z) = γ ω, em que γ é uma poligonal com lados paralelos aos eixos
ligando z0 a z.
Como na demonstração do Teorema de caracterização de 1-formas exatas,
vemos que df = ω|V .

Demonstração de (I ): A demonstração é feita por indução no número n de
segmentos de reta que formam a poligonal γ.

O resultado é imediato para poligonais fechadas com apenas dois
segmentos.

segmentos.
Suponhamos o resultado válido para poligonais fechadas com n segmentos.

segmentos.
Podemos supor que a poligonal não contenha dois segmentos consecutivos
que sejam ambos horizontais ou ambos verticais.

segmentos.
Seja m o valor mı́nimo da abscissa de um ponto da poligonal.

segmentos.
Então γ possui um segmento vertical α de abscissa m, cujos segmentos
adjacentes α1 e α2 são ambos horizontais (ver figura).

segmentos.
adjacentes α1 e α2 são ambos horizontais (ver figura). Escrevamos
γ = α1 ∗ α ∗ α2 ∗ γ1 .

segmentos.
γ = α1 ∗ α ∗ α2 ∗ γ1 .
Suponhamos que α1 ∗ α ∗ α2 = [z0 , z1 , z2 , z3 ], com Re (z0 ) ≤ Re (z3 ).

segmentos.
γ = α1 ∗ α ∗ α2 ∗ γ1 .
Seja z 0 o ponto no qual a reta vertical r1 por z0 corta α2 .

segmentos.
γ = α1 ∗ α ∗ α2 ∗ γ1 .
Seja z 0 o ponto no qual a reta vertical r1 por z0 corta α2 .
Seja Q o retângulo com vértices z0 , z1 , z2 e z 0 .

Como V é convexo, Q ⊂ V .

Como V é convexo, Q ⊂ V . Agora,
Z Z Z Z Z
ω = ω+ ω+ ω+ ω
γ α1 α α2 γ1

Z Z Z Z Z
ω = ω+ ω+ ω+ ω
γ α1 α α2 γ1
Z Z Z Z
= ω+ ω+ ω+ ω+
α1 α [z2 ,z 0 ] [z 0 ,z0 ]
Z Z Z
ω+ ω+ ω
[z0 ,z 0 ] [z 0 ,z3 ] γ1

Z Z Z Z Z
ω = ω+ ω+ ω+ ω
γ α1 α α2 γ1
Z Z Z Z
= ω+ ω+ ω+ ω+
α1 α [z2 ,z 0 ] [z 0 ,z0 ]
Z Z Z
ω+ ω+ ω
[z0 ,z 0 ] [z 0 ,z3 ] γ1
Z Z
= ω+ ω
∂Q [z0 ,z 0 ]∗[z 0 ,z3 ]∗γ1
Z Z
= ω+ ω,
∂Q γ1
já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

Z Z Z Z Z
ω = ω+ ω+ ω+ ω
γ α1 α α2 γ1
Z Z Z Z
= ω+ ω+ ω+ ω+
α1 α [z2 ,z 0 ] [z 0 ,z0 ]
Z Z Z
ω+ ω+ ω
[z0 ,z 0 ] [z 0 ,z3 ] γ1
Z Z
= ω+ ω
∂Q [z0 ,z 0 ]∗[z 0 ,z3 ]∗γ1
Z Z
= ω+ ω,
∂Q γ1
já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

R
Por hipótese, ∂Q ω = 0.

Z Z Z Z Z
ω = ω+ ω+ ω+ ω
γ α1 α α2 γ1
Z Z Z Z
= ω+ ω+ ω+ ω+
α1 α [z2 ,z 0 ] [z 0 ,z0 ]
Z Z Z
ω+ ω+ ω
[z0 ,z 0 ] [z 0 ,z3 ] γ1
Z Z
= ω+ ω
∂Q [z0 ,z 0 ]∗[z 0 ,z3 ]∗γ1
Z Z
= ω+ ω,
∂Q γ1
já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

R
R
Por outro lado, γ1 ω = 0 pela hipótese de indução.

Z Z Z Z Z
ω = ω+ ω+ ω+ ω
γ α1 α α2 γ1
Z Z Z Z
= ω+ ω+ ω+ ω+
α1 α [z2 ,z 0 ] [z 0 ,z0 ]
Z Z Z
ω+ ω+ ω
[z0 ,z 0 ] [z 0 ,z3 ] γ1
Z Z
= ω+ ω
∂Q [z0 ,z 0 ]∗[z 0 ,z3 ]∗γ1
Z Z
= ω+ ω,
∂Q γ1
já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

R
R
Por outro lado, γ1 ω = 0 pela hipótese de indução.
R
Logo γ ω = 0.
Suponhamos agora que ω = Adx + Bdy seja de classe C 1 .

Já vimos que, neste caso, uma condição necessária para que ω seja exata é
que ∂A/∂y = ∂B/∂x.

que ∂A/∂y = ∂B/∂x.
Basta portanto mostrar que (c) =⇒ (b).

que ∂A/∂y = ∂B/∂x.
Isto, por sua vez, é consequência do seguinte caso particular do Teorema
de Green:

que ∂A/∂y = ∂B/∂x.
Isto, por sua vez, é consequência do seguinte caso particular do Teorema
de Green:
Lemma: Se ω = Adx + Bdy é uma 1-forma de classe C 1 em um aberto
U ⊂ C e Q ⊂ U é um retângulo com lados paralelos aos eixos, então
Z Z Z
∂B ∂A
ω= − dxdy ,
∂Q Q ∂x ∂y
em que ∂Q é orientado no sentido anti-horário.

Demonstração: Fixemos um retângulo
Q = {x + iy : a ≤ x ≤ b e c ≤ y ≤ d}.

Q = {x + iy : a ≤ x ≤ b e c ≤ y ≤ d}.
Coloquemos ∂Q = γ1 ∗ γ2 ∗ γ3 ∗ γ4 , em que
γ1 (t) = tb + (1 − t)a + ic, 0 ≤ t ≤ 1,

γ1 (t) = b + i(td( 1 − t)c), 0 ≤ t ≤ 1,
γ1 (t) = ta + (1 − t)b + id, 0 ≤ t ≤ 1,
γ1 (t) = a + i(tc + (1 − t)d), 0 ≤ t ≤ 1.

Q = {x + iy : a ≤ x ≤ b e c ≤ y ≤ d}.
Coloquemos ∂Q = γ1 ∗ γ2 ∗ γ3 ∗ γ4 , em que
γ1 (t) = tb + (1 − t)a + ic, 0 ≤ t ≤ 1,

γ1 (t) = b + i(td( 1 − t)c), 0 ≤ t ≤ 1,
γ1 (t) = ta + (1 − t)b + id, 0 ≤ t ≤ 1,
γ1 (t) = a + i(tc + (1 − t)d), 0 ≤ t ≤ 1.
R R R R R
Então ∂Q ω = I1 + I2 , em que I1 = γ1 ω + γ3 ω e I2 = γ2 ω + γ4 ω.

Agora,
Z Z
I1 = ω+ ω
γ1 γ3

Agora,
Z Z
I1 = ω+ ω
γ1 γ3
Z b Z b
= A(x + ic) dx − A(x + id) dx
a a

Agora,
Z Z
I1 = ω+ ω
γ1 γ3
Z b Z b
a a
Z b
= (A(x + ic) − A(x + id)) dx
a

Agora,
Z Z
I1 = ω+ ω
γ1 γ3
Z b Z b
a a
Z b
= (A(x + ic) − A(x + id)) dx
a
Z b Z d
∂A
= − (x + iy ) dy dx
a c ∂y

Agora,
Z Z
I1 = ω+ ω
γ1 γ3
Z b Z b
a a
Z b
= (A(x + ic) − A(x + id)) dx
a
Z b Z d
∂A
= − (x + iy ) dy dx
a c ∂y
ZZ
∂A
= dxdy .
Q ∂y

ZZ
∂B
Analogamente, I2 = dxdy . Portanto
Q ∂x

ZZ
∂B
Q ∂x
Z ZZ ZZ ZZ
∂A ∂B ∂A ∂B
ω= dxdy − dxdy = − dxdy .
∂Q Q ∂y Q ∂x Q ∂y ∂x

ZZ
∂B
Q ∂x
Z ZZ ZZ ZZ
∂A ∂B ∂A ∂B
ω= dxdy − dxdy = − dxdy .
∂Q Q ∂y Q ∂x Q ∂y ∂x
Corolário: Toda 1-forma diferencial contı́nua fechada em um subconjunto

aberto e convexo U ⊂ C é exata.

Funções harmônicas

Definição: Uma função f : U → C de classe C 2 em um subconjunto aberto
U ⊂ C é harmônica se
∂2f ∂2f
+ ≡ 0.
∂x 2 ∂y 2

∂2f ∂2f
+ ≡ 0.
∂x 2 ∂y 2
Por exemplo, se f : U → C é holomorfa de classe C 2 , f = u + iv , então u
e v (e portanto f ) são harmônicas. De fato,

∂2f ∂2f
+ ≡ 0.
∂x 2 ∂y 2
∂2u

∂ ∂u ∂ ∂v
= =
∂x 2 ∂x ∂x ∂x ∂y

∂2f ∂2f
+ ≡ 0.
∂x 2 ∂y 2
∂2u

∂ ∂u ∂ ∂v
= =
∂x 2 ∂x ∂x ∂x ∂y

∂ ∂v ∂ ∂u
= =−
∂y ∂x ∂y ∂y

∂2f ∂2f
+ ≡ 0.
∂x 2 ∂y 2
∂2u

∂ ∂u ∂ ∂v
= =
∂x 2 ∂x ∂x ∂x ∂y

∂ ∂v ∂ ∂u
= =−
∂y ∂x ∂y ∂y
2
∂ u
= − 2,
∂y
e analogamente para v .
Corolário: Toda função harmônica u : U → C de classe C 2 definida em um
subconjunto aberto e convexo U ⊂ C é a parte real de uma função
holomorfa f : U → C.

Demonstração: Considere a 1-forma diferencial ω : U → L(R2 ; C) (de
classe C 1 ) dada por
∂u ∂u
ω = − dx + dy .
∂y ∂x

∂u ∂u
ω = − dx + dy .
∂y ∂x
Decorre do fato de que u é harmônica que a 1-forma diferencial ω é
fechada.

∂u ∂u
ω = − dx + dy .
∂y ∂x
fechada.
Como U é convexo, segue que ω é exata.

∂u ∂u
ω = − dx + dy .
∂y ∂x
fechada.
Logo existe v : U → C tal que
∂v ∂v ∂u ∂u
dx + dy = dv = ω = − dx + dy .
∂x ∂y ∂y ∂x

∂u ∂u
ω = − dx + dy .
∂y ∂x
fechada.
Logo existe v : U → C tal que
∂v ∂v ∂u ∂u
dx + dy = dv = ω = − dx + dy .
∂x ∂y ∂y ∂x
Portanto f = u + iv é holomorfa, uma vez que u e v satisfazem as
equações de Cauchy-Riemann.


Teorema: Se f : U → C é uma função holomorfa, então ω = f (z)dz é uma

1-forma diferencial fechada.


R
Demonstração: Basta mostrar que ∂Q ω = 0 para qualquer retângulo
Q ⊂ U com lados paralelos aos eixos.


R
Se Q = [a, b] × [c, d], decompondo [a, b] e [c, d] em duas partes iguais,
obtemos quatro sub-retângulos Q1 , Q2 , Q3 , Q4 .


R
R
Denotando I (Q) = | Q ω| e supondo que j0 ∈ {1, . . . , 4} seja tal que
I (Qj0 ) = max{I (Qj ) : j ∈ {1, . . . , 4}}, então I (Q) ≤ 4I (Qj0 ).


R
R
Denotando I (Q) = | Q ω| e supondo que j0 ∈ {1, . . . , 4} seja tal que
I (Qj0 ) = max{I (Qj ) : j ∈ {1, . . . , 4}}, então I (Q) ≤ 4I (Qj0 ).
Prosseguindo indutivamente este procedimento, obtemos uma sequência
de retângulos Q = Q (0) ⊃ Q (1) ⊃ · · · ⊃ Q (n) · · · tais que
I (Q) ≤ 4I (Q (1) ) ≤ · · · ≤ 4n I (Q (n) ) ≤ · · · ,
com limn→∞ diam(Q (n) ) = 0.

Basta portanto mostrar que limn→∞ 4n I (Q (n) ) = 0.

Como limn→∞ diam(Q (n) ) = 0, existe um único z0 ∈ (n) .
T
n≥0 Q

T
n≥0 Q
Como f é holomorfa em z0 , temos
f (z) = f (z0 ) + f 0 (z0 )(z − z0 ) + o(z − z0 ),
em que o é uma função definida em U \ {z0 } tal que limw →0 o(w )/w = 0.

T
n≥0 Q
f (z) = f (z0 ) + f 0 (z0 )(z − z0 ) + o(z − z0 ),
Assim,
Z
I (Q (n) ) = f (z) dz
∂Q (n)

T
n≥0 Q
f (z) = f (z0 ) + f 0 (z0 )(z − z0 ) + o(z − z0 ),
Assim,
Z
I (Q (n) ) = f (z) dz
∂Q (n)
Z Z
0
= (f (z0 ) + f (z0 )(z − z0 )) dz + o(z − z0 )) dz
∂Q (n) ∂Q (n)

T
n≥0 Q
f (z) = f (z0 ) + f 0 (z0 )(z − z0 ) + o(z − z0 ),
Assim,
Z
I (Q (n) ) = f (z) dz
∂Q (n)
Z Z
0
= (f (z0 ) + f (z0 )(z − z0 )) dz + o(z − z0 )) dz
∂Q (n) ∂Q (n)
Z
= o(z − z0 )) dz ,
∂Q (n)

T
n≥0 Q
f (z) = f (z0 ) + f 0 (z0 )(z − z0 ) + o(z − z0 ),
Assim,
Z
I (Q (n) ) = f (z) dz
∂Q (n)
Z Z
0
= (f (z0 ) + f (z0 )(z − z0 )) dz + o(z − z0 )) dz
∂Q (n) ∂Q (n)
Z
= o(z − z0 )) dz ,
∂Q (n)
uma vez que a 1-forma diferencial (f (z0 ) + f 0 (z0 )(z − z0 ))dz é exata (pois
tem a função g (z) = f (z0 )z + 12 f 0 (z0 )(z − z0 )2 como primitiva).
Agora precisamos do seguinte

Lema: Se g : U → C é uma função contı́nua e γ : [a, b] → U é um
caminho C 1 por partes, então
Z
g (z) dz ≤ M(g , γ)`(γ),
γ
em que M(g , γ) = sup{|g (z)| : z ∈ γ([a, b])} e `(γ) é o comprimento de

γ.

Z
g (z) dz ≤ M(g , γ)`(γ),
γ

γ.
Do lema acima decorre que
Z
I (Qn ) = o(z − z0 ) dz ≤ `n sup {|o(z − z0 )| : z ∈ ∂Q (n) },
∂Q (n)
em que `n é o comprimento de ∂Q (n) .

Z
g (z) dz ≤ M(g , γ)`(γ),
γ

γ.
Z
∂Q (n)
em que `n é o comprimento de ∂Q (n) . A partir daı́ é fácil concluir que

limn→∞ 4n I (Q (n) ) = 0.

Z
g (z) dz ≤ M(g , γ)`(γ),
γ

γ.
Z
∂Q (n)
em que `n é o comprimento de ∂Q (n) . A partir daı́ é fácil concluir que

limn→∞ 4n I (Q (n) ) = 0.
Corolário: Seja f : U → C uma função contı́nua definida em um
subconjunto aberto U ⊂ C. Se f é holomorfa em U \ r , em que r é um
segmento de reta, então ω = f (z)dz é uma 1-forma diferencial fechada.

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SMA-Funções de uma variável complexa

December 23, 2021

SMA-Funções de uma variável complexa (ICMC-USP)

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Teorema: Se ω = Adx + Bdy é uma 1-forma contı́nua definida em um

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já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

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já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

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já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

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já que ∂Q = α1 ∗ α ∗ [z2 , z 0 ] ∗ [z 0 , z0 ].

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em que ∂Q é orientado no sentido anti-horário.

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γ1 (t) = tb + (1 − t)a + ic, 0 ≤ t ≤ 1,

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γ1 (t) = tb + (1 − t)a + ic, 0 ≤ t ≤ 1,

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