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Fevereiro
2024
Soluções de Onsager para o
modelo bidimensional de Ising
Nicolas Getúlio Rodolfo
28 de fevereiro de 2024
1 Resumo
Neste semestre os estudos foram mais baseados nos capı́tulos 4 e 5 do livro Equi-
librium states in ergodic theory, onde entramos de vez no assunto de sistemas
de grades finitas, definindo conceitos essenciais para entender melhor o Modelo
de Ising. Após isso, foi estudado acerca de Estados de Equilı́brio e Estados de
Gibbs, desenvolvendo a relação entre eles. Por fim, voltamos para o modelo de
Ising, onde serão vistos Estados de equilı́brio nesse modelo. Essses assuntos são
abordados nos capı́tulos 2.2, 2.3 e 2.4 desse relatório.
2 Desenvolvimento de atividades
Nesse semestre a frequência dos encontros presenciais aumentou, pois passamos
a nos encontrar a cada duas semanas para tirar dúvidas, notificar as atualizações
do projeto ou apontar quais tópicos deveriam ser seguidos. Apenas na época da
greve, os encontros diminuı́ram, pois eles eram realizados no imecc. Além disso,
a partir desse semestre eu realizei apresentações na lousa do que foi estudado,
para que o professor corrigisse ou lapidasse algo que deveria ser entendido.
3 Introdução
Primeiramente, para uma maior compreensão e contextualização do que será
visto posteriormente acerca do modelo de Ising, serão apresentados, nessa in-
trodução, pré-requisitos algébricos e fı́sicos para que possamos entrar de vez no
estudo de Sistemas de grades, Estados de equilı́brio, Estado de Gibbs, entre ou-
tros. Todos os conceitos e definições serão amplamente utilizados durante todo
o artigo.
1
3.1 Álgebra Associativa
Definição 3.1.1 Corpo
• + (adição): K × K → K
• · (multiplicação): K × K → K
x + (y + z) = (x + y) + z
∃ 0 ∈ K tal que 0 + x = x + 0 = x, ∀ x ∈ K
∀ x ∈ K, ∃ y ∈ K tal que x + y = y + x = 0
A4 .) Comutatividade ds adição:
x + y = y + x, ∀ x, y ∈ K
x.(y.z) = (x.y).z, ∀ x, y, z ∈ K
P8 .) Comutatividade da multiplicação:
x · y = y · x, ∀ x, y ∈ K
2
(x + y) · z = x · z + y · z (à direita) z · (x + y) = x · y + y · z (à esquerda)
É uma estrutura algébrica menos restritiva que a noção de corpos, não deman-
dando 3 propriedades que os regem, sendo essas:
• P6 .) Existe elemento neutro na multiplicação.
• P8 .) Comutatividade da multiplicação.
Dessa forma, um corpo pode ser descrito utilizando o conceito de anel, designando-
o como: anel comutativo com unidade com existência de inverso mul-
tiplicativo.
• Um anel que possui como elementos matrizes quadradas sobre algum corpo
K pode ser utilizado como exemplo de uma K − álgebra, sendo aplicada
a multiplicação usual de matrizes.
Sendo A uma álgebra sobre o corpo K, uma norma em A é definida como uma
aplicação || · || : A → R tal que:
3
• ||a|| ≥ 0, ∀ x ∈ A e ||a|| = 0 ⇔ a = 0
• ||λ.a|| = |λ|.||a||, ∀ a ∈ A e ∀ λ ∈ K
||ab|| ≤ ||a||.||b||, ∀ a, b ∈ A
• d(x, y) ≥ 0 e d(x, y) = 0 ⇔ x = 0
• d(x, y) = d(y, x)
4
Seja Mm (R) um conjunto de matrizes m × m sobre R que, utilizando a multi-
plicação usual de matrizes, é, dessa forma, considerado uma álgebra.
Mm (R) pode ser considerada uma álgebra normada, a partir da seguinte de-
finição de norma matricial:
||a|| = sup{||av||2 : v ∈ Rm , ||v||2 ≤ 1}, ∀ a ∈ Mm (R)
sendo av a multiplicação da matriz a pelo vetor m (que é a matriz coluna m × 1)
e || · ||2 a norma usual euclidiana para vetores.
5
Definição 3.2.5 C*-algebra
• (x + y)∗ = x∗ + y ∗
• (λx)∗ = λx∗
• (xy)∗ = y ∗ x∗
• (x∗ )∗ = x
• ||x∗ || = ||x||
Exemplo de C*-algebra:
Seja Mn (C) um conjunto de matrizes n × n sobre C que, a partir da multi-
plicação usual de matrizes, é, dessa forma, uma álgebra complexa.
Mn (C) pode ser considerada uma álgebra normada, utilizando para isso a se-
guinte definição de norma matricial mencionada anteriormente:
6
• Poisitividade: < u, u >≥ 0, com < u, u >= 0 se, e somente se, ⃗u = ⃗0.
Exemplo:
O espaço l2 (espaço de sequências de quadrados somáveis) é um espaço veto-
∞
|xn |2 < ∞} com x ∈ l2 , possuindo como norma
P
rial tal que x = {(xn );
n=1
Euclidiana (|| · ||) :
1
||x|| = ( |xn |2 ) 2
P
n
7
Sendo isso provado da seguinte forma:
E a segunda relação:
(2) [A, [B, C]] + [B, [C, A]] + [C, [A, B]] = 0
E sua prova:
σa = {λ ∈ C : λ · I − a ∈
/ Inv(A)}
ρ(a) = {λ ∈ C : λ · I − a ∈ Inv(A)}
8
Em um sistema fı́sico, há associado em todos seus parâmetros mensuráveis um
operador mecânico quântico. O hamiltoniano então seria o operador associado
à energia total desse sistema.
Na mecânica clássica, a energia mecânica total de um sistema é equivalente à
soma das energias potencial e cinética. Dessa forma, na mecânica quântica, essas
formas de energia são expressas nos seus correspondentes operadores. Sendo
assim, o Hamiltoniano conta com as operações de ambas energias cinética e
potencial do sistema. Um operador Hamiltoniano para uma partı́cula em um
espaço unidimensional pode ser expresso da seguinte forma :
ℏ2 ∂ 2
Hoperador = + V (x)
2m ∂x2
Sendo a primeira expressão relacionada com a energia cinética e a segunda com
a energia potencial da partı́cula.
Os autovalores ou o espectro desse operador são de extrema importância, pois
eles são os possı́veis resultados dos valores da energia total do sistema quântico,
sendo chamados então de espectro de energia ou autovalores de energia.
9
Definição 3.3.4 Modelo de Ising
10
4.1 Noções Fı́sicas Preliminares
Um sitema fı́sico com muitas partı́culas pode ser descrito de dois jeitos. Micros-
copicamente, o qual será determinado pela sua configuração, ou seja, posições
e momentos de todas as partı́culas. Saber a configuração de um sistema que
obedece as leis da mecânica clássica e que não sofre influência externa permite,
em princı́pio, a determinação exata desse sistema em um tempo futuro. Porém
isso não é de grande relevância, pois um sistema real grande não possui uma
configuração que possa ser aproximada facilmente. Contudo, a partir de outro
jeito, ainda é possı́vel haver uma boa descrição das propriedades macroscópicas,
as quais são providas a partir de alguns parâmetros observáveis como energia,
temperatura, entropia, etc.... Matematicamente, essas propriedades estão asso-
ciadas com distribuições de probabilidades no espaço de todas as configurações.
Essa distribuição denomina-se estado. Agora, seja Ω um conjunto finito, ele
será tratado como nosso (abstrato) espaço de configuração.
Então, tem-se
11
E, a partir disso, define-se
sendo β uma constante que geralmente assume parâmetros complexos, mas aqui
assumirá usualmente parâmetros reais, sendo também proporcional ao inverso
da temperatura.
caso u(ω) > u(ω ′ ). Dessa forma, quando β → +∞, µβ converge para uma
equidistribuição em Ωmin = {ω : u(ω) = min u}, sendo esse o espaço de mı́nima
Ω
energia. Note então que
1
e−βu(ω) u(ω) 1
P P
lim µβ (u) = lim = |Ωmin | u(ω) = min u(ω)
β→+∞ β→+∞ Z(β) ω∈Ω ω∈Ωmin ω∈Ω
(log Z)′ (β) = −µβ (u) e (log Z)′′ (β) = Vµβ (u) ≥ 0
Prova:
P
Como Z(β) = exp(−βu(ω)) é analı́tica e diferente de zero para β ∈ R,
ω∈Ω
resulta que log Z(β) é real analı́tica. Então temos os seguintes resultados de
diferenciações elementares:
′
(log Z)′ (β) = ZZ(β)
(β) 1
u(ω)e−βu(ω) = −µβ (u),
P
= − Z(β)
ω∈Ω
′′ ′
Z (β)
(log Z)′′ (β) = − ( ZZ(β)
(β) 2 1
u2 (ω)e−βu(ω) − (µβ (u))2 = Vµβ (u).
P
Z(β) ) = Z(β)
ω∈Ω
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Teorema: Princı́pio Variacional
Recordando que M denota o conjunto de todos os estados, cada medida Gibbs
satisfaz:
Lema 2
dH(µβ ) dµβ (u)
=β·
dβ dβ
Prova:
Lembre-se do princı́pio variacional em que H(µβ ) = log Z(β) + βµβ (u).
Pelo lema apresentado anteriormente, tem-se
d log Z(β)
= −µβ (u)
dβ
Por isso,
dH(µβ ) dµβ (u) dµβ (u)
= −µβ (u) + µβ (u) + β dβ = β dβ
dβ
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como uma mudança de transformação em Ω, nomeada (Twg ) := wi+g .
M (τ ) denota o conjunto de todos os vetores probabilidade v em Ω que são in-
variantes sob τ , para o qual v(T −g w) = v(w) ∀ g ∈ G.
Se v ∈ M (τ ), então v(u◦T g ) = v(w)u(T g w) = v(T −g w)u(w) = v(w)u(w) =
P P P
w w w
v(u).
ψ(T g w) com uma função de
P
A função de energia u tem a forma u(w) =
g∈G
energia local ψ : Ω → R. Nesse caso u(T g w) = u(w) ∀ g ∈ G. Como
1
µβ (w) = Z(β) e−βu(w) , segue que µβ ∈ M (T ). Em particular, v(u) = |G|v(ψ)
para cada v ∈ M (τ ).
1
Definindo a pressão de −βψ como p(−βψ) = sup ( G H(v) + v(−βψ)). Dessa
v∈M (T )
forma, o princı́pio variacional pode ser escrito como:
1 1
|G| H(µβ ) + µβ (−βψ) = G log Z(β) = p(−βψ)
Obs: Do ponto de vista fı́sico essa não seria literalmente a pressão do sistema
, sendo mais apropriado chamar β1 p(−βψ) de pressão.
1
Além disso, o termo |G| H(µβ ) que está na definição de pressão pode ser inter-
pretado como a entropia por rede de grade da medida µβ .
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(como Estado Fundamental) em duas fases, uma com domı́nio de +1 e a outra
com −1. Em modelos finitos essa questão não tem uma resposta definitiva,
porque, em uma grade finita, cada estado é invariante sob a ação de um grupo
G que pode ser representado como uma grande soma de equidistribuições em
grupos de orbitas Gw = {T g ω : g ∈ G}(w ∈ Ω) e se β é finito, então µβ (Gw ) > 0
para cada w ∈ Ω. Contudo, a maioria da massa de mβ está concentrada em
configurações tı́picas, e esse efeito torna-se cada vez mais óbvio quanto maior for
o tamanho da grade (propriedade dos grandes desvios). Portanto não é tão sur-
preendente que um teorema de não decomponibilidade de estados de equilı́brio
requer sistemas em grade infinitas G = Zd , e, de fato, será visto que, em di-
mensão d = 1, não há ”fase de decomposição”para o Modelo de Ising, então
há sempre um único estado de equilı́brio, enquanto em d ≥ 2 há ao menos 2,
mutualmente singulares, estados de equilı́bro para um β tão grande.. Sendo
isso interpretado como fase de transição (para um β suficientemente pequeno,
o equilı́brio é único, tal como para altas dimensões).
Isso motiva as seguintes colocações:
G = Zd ou G = Zd+ é um reticulado infinito que nos fornece o espaco de con-
figuração: Ω = ΣG . Dotado com a topologia produto da topologia discreta em
Σ, o espaço Ω é um espaço topológico compacto (Teorema de Tychonov). Essa
′ ′ ′
topologia também é gerada pela métrica d(ω, ω ) = 2−n(ω,ω ) em que n(ω, ω ) =
′
sup{n ∈ N : ωg = ωg para g ∈ Λn } e Λn = {(g1 , . . . , gd ) ∈ G : |g1 |, . . . , |gd | ≤ n}
é um “cubo”de lado com tamanho n (se G = Zd+ ) ou 2n (se G = Zd ). Em
particular Λ0 = {(0, . . . , 0)}.
Um estado é agora uma Medida de Probabilidade Borel em Ω.
15
Figura 1: Isometria de τ
2. ψ tem alcance finito, se há algum n0 ∈ N tal que δn (ψ) = 0 para todo
n ≥ n0 .
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Seja (X, A) um espaço mensurável. A função µ → [0, A] é uma medida finita se
∞
i) µ(∅) = 0 e ii) µ(∪∞
P
n=1 An ) = µ(An ) para cada sequência de conjuntos An ∈
n=1
A disjuntos aos pares (intersecção vazia). Se µ(X) = 1, então µ é uma medida
de probabilidade. E nesse caso (X, A, µ) é chamado de espaço de probabilidade.
ψ ◦ T g.
P
onde, como já é usual, ψn =
g∈Λn
Então tem-se o limite
τ µ = µ · eΨτ
τ (aµ1 + bµ2 ) = a(τ µ1 ) + b(τ µ2 ) = a(µ1 · eΨτ ) + b(µ2 · eΨτ ) = (aµ1 + bµ2 ) · eΨτ .
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de conjuntos mensuráveis de X é uma µ−partição de X se µ(Ai ∩ Aj ) = 0 para
i ̸= j, µ(X/ ∪i∈I Ai ) = 0 e µ(Ai ) > 0 para todo i ∈ I.
Z Z
Seja τ uma ação contı́nua de G = d ou G = d+ sobre o espaço métrico
N
compacto (X, ρ). Para δ > 0, n ∈ e x ∈ X defina
• (n, δ) − separado se y ∈
/ U (n, δ, x) ∀ x, y ∈ E com x ̸= y.
onde
P
P (ψ, E) = log exp(ψ(x)),
x∈E
Teorema 4.3.1 Há uma constante Cψ tal que para cada µ ∈ GS(ψ) e cada
ω∈Ω
µ(An (ω))
exp(−Cψ nd−1 ) ≤ ≤ exp(Cψ nd−1 .
eψn (ω)−Pn,1 (ψ)
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Essas desigualdades levam também a seguinte desigualdade (a qual será utilizada
posteriormente):
Obs. Agora serão colocadas algumas definições, que foram ou serão utilizadas,
para que haja melhor compreensão do texto. Entropia da medida preser-
vando o sistema dinâmico (x,B,µ, T ) é
hT (µ) = sup{h(α, T ) : α ∈ P0 }
GS(ψ, T ) ⊆ ES(ψ, T ).
Prova:
Tenha µ ∈ GS(ψ, T ). A partir da desigualdade obtida anteriormente, obtem-se
para cada n > 0
Portanto
1
(Hµ (αΛn ) ψn dµ) ≥ lim sup λ1n Pn,1 (ψ) = p1 (ψ).
R R
h(µ) + ψdµ = lim +
n→∞ λn n→∞
R
Tem-se também p(ψ) = p1 (ψ), dessa forma, obtemos h(µ) + ψdµ = p(ψ).
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ψβ,B (ω) = −β · (ψ − Bϕ)(ω) = −β(ψ(ω) − Bω0 )
• B = 0: Há µ+ , µ− ∈ ES(ψβ,0 , T )
Prova do Teorema
Lembre-se primeiro que para sistemas de transformação a função de entropia é
semicontı́nua superiora e que p1 (ψ) = supδ>0 pδ (ψ) para todo ψ ∈ U SC(x) de
tal forma que todos os resultados até agora são aplicáveis.
Obs. U SC é a denotação da classe de todas funções semicontı́nuas superioras.
a) No caso de d = 1, a unidade do estado de equilı́brio é uma consequência do
seguinte corolário:
Se G = Z, então há exatamente uma medida de Gibbs para cada função regular
de energia local ψ. Essa medida é também o único estado de equilı́brio para ψ
(e é por isso ergódico).
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b) Agora, no caso de d ≥ 2, melhor, primeiramente para d = 2, é mostrado que
para grandes β e B = 0 há no mı́nimo 2 estados de equilı́brio. Apresentamos
uma versão desse argumento nos restringindo para o caso d = 2. Um raciocı́nio
mais sutı́l, mas similar é usado para d > 2.
Devido à simetria do modelo, basta considerar o caso B ≥ 0. Abaixo é provada
a existência de uma medida µ+ ∈ ES(−βψ, T ) tal que
µ+ {ω0 = +1} ≥ 1 − ϵ
Prova: Temos
Isso funciona para B > 0. Para ver que µ+ pode ser escolhido como um ”limite
fraco“ da medida µ+ +
i ∈ ES(ψβ,B , T ) com Bi ↘ 0, tenha µ̃ como um ponto de
acumulação dessa sequência. Tem-se que µ̃ ∈ ES(−βψ, T ) e µ̃+ {ω0 = +1} =
+
En+ = {ω ∈ Ω : ωg = +1 ∀ g ∈ G\Λn }.
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′ ′
L = {{g, g } : g − g ∈ {e1 , e2 }}.
Tal como um tabuleiro real, segmentos adjacentes podem ser conectados por
um caminho, o qual é fechado, sendo simplesmente um caminho denotado pela
letra C. Por causa da noção geométrica imediata dessa ideia, dispensa-se uma
definição mais satisfatoriamente formal. Para nossos propósitos, é suficiente
pensar na curva C como um subespaço particular de L. Como uma curva
fechada simplesmente conectada possui um domı́nio interior conectado (Teorema
das curvas de Jordan), nós podemos falar sobre um interior I(C) de cada curva
C e associar para C um mapa τ ∈ ε definido por:
−ωi , (i ∈ I(C))
(τC ω)i =
ωi , (i ∈
/ I(C)).
≤ −2β|C|.
Com {h, h′ } ∈ C.
Agora tenha g ∈ Λn e um SCCC C tal que g ∈ I(C) ⊆ Λn .
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Como τC é uma bijeção de En+ , isso segue que
X
exp(−βψn (ω) − P (−βψn , En+ ))
+
ω∈En ∩Ωg,C
X
≤ exp(−2β|C| − βψn (τC ω) − P (−βψn , En+ ))
+
ω∈En ∩Ωg,C
X
≤ exp(−2β|C|) · exp(−βψn (ω)) · exp(−P (−βψn , En+ ))
ω∈E+ n
= exp(−2β|C|). (∗)
Por isso
µ̃n {ω : ω0 = −1}
1 X
= π̃n {ω : ωg = −1}
λn
g∈Λn
1 X X
= exp(−βψn (ω) − P (−βψn , En+ ))
λn +
g∈Λn ω∈En ,ωg =−1
1 X X X
= exp(−βψn (ω) − P (−βψn , En+ ))
λn +
g∈Λn C∈C(g) ω∈En ∩Ωg,C
∞
1 X X X
≤ exp(−2β|C|) (∗)
λn
g∈Λn l=4 C∈C(g),|C|=l
∞
1 X X
≤ l · 3l−1 e−2βl
λn
g∈Λn l=4
∞
X
= l · 3l−1 e−2βl
l=4
→ 0 como β → ∞.
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5 Considerações finais
Por fim, isso que foi trabalhado no decorrer do segundo semestre de 2023 e no
inı́cio de 2024 e para uma compreensão e um estudo mais avançado em relação
às definições apresentadas nesses capı́tulos, temos como referências as obras [1],
[2], [3], [4] e [5]
Referências
[1] da Costa, L. M. O modelo de ising 2d. Fı́sica Estatı́stica (2006). page.2424
[3] Keller, G. Equilibrium states in ergodic theory, vol. 42. Cambridge uni-
versity press, 1998. page.1717, page.2424
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