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As funções exponencial e logaritmo.

Raı́zes, potências e funções trigonométricas

Funções de uma variável complexa

ICMC-USP
Verão de 2021

December 27, 2021

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 1 / 28
A função exponencial

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 2 / 28
A função exponencial

A função exponencial exp : C → C é definida por



X 1 n 1
exp(z) := e z = z = 1 + z + z2 + . . .
n! 2
n=0

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 2 / 28
A função exponencial

A função exponencial exp : C → C é definida por



X 1 n 1
exp(z) := e z = z = 1 + z + z2 + . . .
n! 2
n=0

Pelo Critério da razão, a série acima tem raio de convergência infinito,


logo exp : C → C é uma função inteira.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 2 / 28
A função exponencial

A função exponencial exp : C → C é definida por



X 1 n 1
exp(z) := e z = z = 1 + z + z2 + . . .
n! 2
n=0

Pelo Critério da razão, a série acima tem raio de convergência infinito,


logo exp : C → C é uma função inteira.
Sua derivada pode ser calculada derivando a série termo a termo:
∞ ∞
d X n X 1
exp z = z n−1 = z n = exp(z).
dz n! n!
n=1 n=0

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 2 / 28
A função exponencial

A função exponencial exp : C → C é definida por



X 1 n 1
exp(z) := e z = z = 1 + z + z2 + . . .
n! 2
n=0

Pelo Critério da razão, a série acima tem raio de convergência infinito,


logo exp : C → C é uma função inteira.
Sua derivada pode ser calculada derivando a série termo a termo:
∞ ∞
d X n X 1
exp z = z n−1 = z n = exp(z).
dz n! n!
n=1 n=0
P∞
Observação: Se S(z) = n=0 an z n é uma série de potências tal que
S 0 = S e a0 = 1, então S = exp:

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 2 / 28
A função exponencial

A função exponencial exp : C → C é definida por



X 1 n 1
exp(z) := e z = z = 1 + z + z2 + . . .
n! 2
n=0

Pelo Critério da razão, a série acima tem raio de convergência infinito,


logo exp : C → C é uma função inteira.
Sua derivada pode ser calculada derivando a série termo a termo:
∞ ∞
d X n X 1
exp z = z n−1 = z n = exp(z).
dz n! n!
n=1 n=0
P∞
Observação: Se S(z) = n=0 an z n é uma série de potências tal que
S 0 = S e a0 = 1, então S = exp:
S 0 = S =⇒ nan = an−1 para todo n ≥ 1 =⇒ an = 1/n!.

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Proposição: A exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ :

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 3 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ :

exp(a + b) = exp(a) exp(b) (1)

para quaisquer a, b ∈ C.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 3 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ :

exp(a + b) = exp(a) exp(b) (1)

para quaisquer a, b ∈ C.
Em particular, exp(z) 6= 0 e 1/ exp(z) = exp(−z) para todo z ∈ C.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 3 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ :

exp(a + b) = exp(a) exp(b) (1)

para quaisquer a, b ∈ C.
Em particular, exp(z) 6= 0 e 1/ exp(z) = exp(−z) para todo z ∈ C.
Reciprocamente, se S(z) = ∞ n
P
n=0 an z é uma série de potências que
satisfaz (1) e a1 = 1, então S = exp.

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Demonstração: Sejam
∞ ∞
X an X bn
S1 (z) = exp(az) = z n e S2 (z) = exp(bz) = z n.
n! n!
n=0 n=0

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 4 / 28
Demonstração: Sejam
∞ ∞
X an X bn
S1 (z) = exp(az) = z n e S2 (z) = exp(bz) = z n.
n! n!
n=0 n=0

n
P
Se T = n≥0 cn z é o produto formal de S1 e S2 , então

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Demonstração: Sejam
∞ ∞
X an X bn
S1 (z) = exp(az) = z n e S2 (z) = exp(bz) = z n.
n! n!
n=0 n=0

n
P
Se T = n≥0 cn z é o produto formal de S1 e S2 , então
a0 b n a1 b n−1 an b 0
cn = + + ... +
0! n! 1! (n − 1)! n! 0!

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 4 / 28
Demonstração: Sejam
∞ ∞
X an X bn
S1 (z) = exp(az) = z n e S2 (z) = exp(bz) = z n.
n! n!
n=0 n=0

n
P
Se T = n≥0 cn z é o produto formal de S1 e S2 , então
a0 b n a1 b n−1 an b 0
cn = + + ... +
0! n! 1! (n − 1)! n! 0!
n j n−j
X ab
=
j!(n − j)!
j=0

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Demonstração: Sejam
∞ ∞
X an X bn
S1 (z) = exp(az) = z n e S2 (z) = exp(bz) = z n.
n! n!
n=0 n=0

n
P
Se T = n≥0 cn z é o produto formal de S1 e S2 , então
a0 b n a1 b n−1 an b 0
cn = + + ... +
0! n! 1! (n − 1)! n! 0!
n j n−j
X ab
=
j!(n − j)!
j=0
n
1 X n!
= aj b n−j
n! j!(n − j)!
j=0

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Demonstração: Sejam
∞ ∞
X an X bn
S1 (z) = exp(az) = z n e S2 (z) = exp(bz) = z n.
n! n!
n=0 n=0

n
P
Se T = n≥0 cn z é o produto formal de S1 e S2 , então
a0 b n a1 b n−1 an b 0
cn = + + ... +
0! n! 1! (n − 1)! n! 0!
n j n−j
X ab
=
j!(n − j)!
j=0
n
1 X n!
= aj b n−j
n! j!(n − j)!
j=0
(a + b)n
= ,
n!

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Demonstração: Sejam
∞ ∞
X an X bn
S1 (z) = exp(az) = z n e S2 (z) = exp(bz) = z n.
n! n!
n=0 n=0

n
P
Se T = n≥0 cn z é o produto formal de S1 e S2 , então
a0 b n a1 b n−1 an b 0
cn = + + ... +
0! n! 1! (n − 1)! n! 0!
n j n−j
X ab
=
j!(n − j)!
j=0
n
1 X n!
= aj b n−j
n! j!(n − j)!
j=0
(a + b)n
= ,
n!
logo
X (a + b)n
exp(az) exp(bz) = (S1 · S2 )(z) = z n = exp((a + b)z).
n!
n≥0
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Fazendo-se z = 1 na relação anterior obtemos (1) pelo teorema de
multiplicação de séries de potências.

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Fazendo-se z = 1 na relação anterior obtemos (1) pelo teorema de
multiplicação de séries de potências.

Reciprocamente, se S(z) satisfaz (1), fazendo-se a = b = z obtemos


S(2z) = (S(z))2 .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 5 / 28
Fazendo-se z = 1 na relação anterior obtemos (1) pelo teorema de
multiplicação de séries de potências.

Reciprocamente, se S(z) satisfaz (1), fazendo-se a = b = z obtemos


S(2z) = (S(z))2 .
Em particular, a0 = S(0) = (S(0))2 = a02 , logo a0 = 0 ou a0 = 1.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 5 / 28
Fazendo-se z = 1 na relação anterior obtemos (1) pelo teorema de
multiplicação de séries de potências.

Reciprocamente, se S(z) satisfaz (1), fazendo-se a = b = z obtemos


S(2z) = (S(z))2 .
Em particular, a0 = S(0) = (S(0))2 = a02 , logo a0 = 0 ou a0 = 1.
Derivando a relação S(2z) = (S(z))2 obtemos 2S 0 (2z) = 2S(z)S 0 (z); para
z = 0 obtemos 2a1 = 2a0 a1 .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 5 / 28
Fazendo-se z = 1 na relação anterior obtemos (1) pelo teorema de
multiplicação de séries de potências.

Reciprocamente, se S(z) satisfaz (1), fazendo-se a = b = z obtemos


S(2z) = (S(z))2 .
Em particular, a0 = S(0) = (S(0))2 = a02 , logo a0 = 0 ou a0 = 1.
Derivando a relação S(2z) = (S(z))2 obtemos 2S 0 (2z) = 2S(z)S 0 (z); para
z = 0 obtemos 2a1 = 2a0 a1 .
Como a1 = 1, concluı́mos que a0 = 1.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 5 / 28
Fazendo-se z = 1 na relação anterior obtemos (1) pelo teorema de
multiplicação de séries de potências.

Reciprocamente, se S(z) satisfaz (1), fazendo-se a = b = z obtemos


S(2z) = (S(z))2 .
Em particular, a0 = S(0) = (S(0))2 = a02 , logo a0 = 0 ou a0 = 1.
Derivando a relação S(2z) = (S(z))2 obtemos 2S 0 (2z) = 2S(z)S 0 (z); para
z = 0 obtemos 2a1 = 2a0 a1 .
Como a1 = 1, concluı́mos que a0 = 1.
Então
S(z + h) − S(z) S(h) − 1
S 0 (z) = lim = lim S(z) = S 0 (0)S(z),
h→0 h h→0 h

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Fazendo-se z = 1 na relação anterior obtemos (1) pelo teorema de
multiplicação de séries de potências.

Reciprocamente, se S(z) satisfaz (1), fazendo-se a = b = z obtemos


S(2z) = (S(z))2 .
Em particular, a0 = S(0) = (S(0))2 = a02 , logo a0 = 0 ou a0 = 1.
Derivando a relação S(2z) = (S(z))2 obtemos 2S 0 (2z) = 2S(z)S 0 (z); para
z = 0 obtemos 2a1 = 2a0 a1 .
Como a1 = 1, concluı́mos que a0 = 1.
Então
S(z + h) − S(z) S(h) − 1
S 0 (z) = lim = lim S(z) = S 0 (0)S(z),
h→0 h h→0 h
logo S 0 = S, e portanto S = exp.

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Se z = x + iy , então (1) implica que

e z := exp(z) = exp(x + iy ) = e x · e iy .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 6 / 28
Se z = x + iy , então (1) implica que

e z := exp(z) = exp(x + iy ) = e x · e iy .

Proposição: A exponencial imaginária y ∈ R 7→ e iy ∈ C é uma


parametrização regular, periódica de perı́odo 2π, do cı́rculo S1 , com

e it = cos t + i sin t para todo t ∈ R.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 6 / 28
Se z = x + iy , então (1) implica que

e z := exp(z) = exp(x + iy ) = e x · e iy .

Proposição: A exponencial imaginária y ∈ R 7→ e iy ∈ C é uma


parametrização regular, periódica de perı́odo 2π, do cı́rculo S1 , com

e it = cos t + i sin t para todo t ∈ R.

Demonstração: Temos
X 1
e it = (it)n
n!
n≥0

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Se z = x + iy , então (1) implica que

e z := exp(z) = exp(x + iy ) = e x · e iy .

Proposição: A exponencial imaginária y ∈ R 7→ e iy ∈ C é uma


parametrização regular, periódica de perı́odo 2π, do cı́rculo S1 , com

e it = cos t + i sin t para todo t ∈ R.

Demonstração: Temos
X 1
e it = (it)n
n!
n≥0
X 1 X 1
= i ntn + i ntn
n par n! n!
n impar

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Se z = x + iy , então (1) implica que

e z := exp(z) = exp(x + iy ) = e x · e iy .

Proposição: A exponencial imaginária y ∈ R 7→ e iy ∈ C é uma


parametrização regular, periódica de perı́odo 2π, do cı́rculo S1 , com

e it = cos t + i sin t para todo t ∈ R.

Demonstração: Temos
X 1
e it = (it)n
n!
n≥0
X 1 X 1
= i ntn + i ntn
n par n! n!
n impar
∞ j ∞
X (−1) 2j X (−1)j 2j+1
= t +i t
(2j)! (2j + 1)!
j=0 j=0

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Se z = x + iy , então (1) implica que

e z := exp(z) = exp(x + iy ) = e x · e iy .

Proposição: A exponencial imaginária y ∈ R 7→ e iy ∈ C é uma


parametrização regular, periódica de perı́odo 2π, do cı́rculo S1 , com

e it = cos t + i sin t para todo t ∈ R.

Demonstração: Temos
X 1
e it = (it)n
n!
n≥0
X 1 X 1
= i ntn + i ntn
n par n! n!
n impar
∞ j ∞
X (−1) 2j X (−1)j 2j+1
= t +i t
(2j)! (2j + 1)!
j=0 j=0
= cos t + i sin t.
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Funções trigonométricas complexas

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 7 / 28
Funções trigonométricas complexas
Da relação e it = cos t + i sin t, t ∈ R, segue que
1 1 it
cos t = (e it + e −it ) e sin t = (e − e −it ).
2 2i

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Funções trigonométricas complexas
Da relação e it = cos t + i sin t, t ∈ R, segue que
1 1 it
cos t = (e it + e −it ) e sin t = (e − e −it ).
2 2i
Assim, as funções seno e cosseno podem ser estendidas a funções
holomorfas em C pondo
1 1
cos z = (exp(iz) + exp(−iz)) e sin z = (exp(iz) − exp(−iz)).
2 2i

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Funções trigonométricas complexas
Da relação e it = cos t + i sin t, t ∈ R, segue que
1 1 it
cos t = (e it + e −it ) e sin t = (e − e −it ).
2 2i
Assim, as funções seno e cosseno podem ser estendidas a funções
holomorfas em C pondo
1 1
cos z = (exp(iz) + exp(−iz)) e sin z = (exp(iz) − exp(−iz)).
2 2i

Portanto,

X (−1)j z2 z4
cos z = z 2j = 1 − + − ···
(2j)! 2! 4!
j=0

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Funções trigonométricas complexas
Da relação e it = cos t + i sin t, t ∈ R, segue que
1 1 it
cos t = (e it + e −it ) e sin t = (e − e −it ).
2 2i
Assim, as funções seno e cosseno podem ser estendidas a funções
holomorfas em C pondo
1 1
cos z = (exp(iz) + exp(−iz)) e sin z = (exp(iz) − exp(−iz)).
2 2i

Portanto,

X (−1)j z2 z4
cos z = z 2j = 1 − + − ···
(2j)! 2! 4!
j=0
e

X (−1)j 2j+1 z3 z5
sin z = z =z− + − ···
(2j + 1)! 3! 5!
j=0

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 7 / 28
Proposição: Valem as seguintes propriedades:

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 8 / 28
Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;

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Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 8 / 28
Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;
cos2 z + sin2 z = 1 para todo z ∈ C;

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 8 / 28
Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;
cos2 z + sin2 z = 1 para todo z ∈ C;
cos(a + b) = cos a cos b − sin a sin b para quaisquer a, b ∈ C;

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 8 / 28
Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;
cos2 z + sin2 z = 1 para todo z ∈ C;
cos(a + b) = cos a cos b − sin a sin b para quaisquer a, b ∈ C;
sin(a + b) = sin a cos b + sin b cos a para quaisquer a, b ∈ C;

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 8 / 28
Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;
cos2 z + sin2 z = 1 para todo z ∈ C;
cos(a + b) = cos a cos b − sin a sin b para quaisquer a, b ∈ C;
sin(a + b) = sin a cos b + sin b cos a para quaisquer a, b ∈ C;
cos−1 (0) = {kπ + π/2 : k ∈ Z} e sin−1 (0) = {kπ : k ∈ Z}.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 8 / 28
Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;
cos2 z + sin2 z = 1 para todo z ∈ C;
cos(a + b) = cos a cos b − sin a sin b para quaisquer a, b ∈ C;
sin(a + b) = sin a cos b + sin b cos a para quaisquer a, b ∈ C;
cos−1 (0) = {kπ + π/2 : k ∈ Z} e sin−1 (0) = {kπ : k ∈ Z}.

Demonstração:

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Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;
cos2 z + sin2 z = 1 para todo z ∈ C;
cos(a + b) = cos a cos b − sin a sin b para quaisquer a, b ∈ C;
sin(a + b) = sin a cos b + sin b cos a para quaisquer a, b ∈ C;
cos−1 (0) = {kπ + π/2 : k ∈ Z} e sin−1 (0) = {kπ : k ∈ Z}.

Demonstração: Exercı́cio!

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Proposição: Valem as seguintes propriedades:
d d
dz (cos z) = − sin z e dz (sin z) = cos z;
As funções seno e cosseno são periódicas de perı́odo 2π;
cos2 z + sin2 z = 1 para todo z ∈ C;
cos(a + b) = cos a cos b − sin a sin b para quaisquer a, b ∈ C;
sin(a + b) = sin a cos b + sin b cos a para quaisquer a, b ∈ C;
cos−1 (0) = {kπ + π/2 : k ∈ Z} e sin−1 (0) = {kπ : k ∈ Z}.

Demonstração: Exercı́cio!

Observação: As demais funções trigonométricas são definidas como no


caso real.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 8 / 28
Exercı́cios: 1) Prove que:
(i) 1 + tan2 z = sec2 z;
(ii) tan z = tan z 0 se, e somente se, z − z 0 = kπ para algum k ∈ Z;
(iii) tan é periódica de perı́odo π;
3 tan(z) − tan3 (z)
(iv) tan(3z) = .
1 − 3 tan2 (z)
2) Seja f : U → C uma função holomorfa tal que sin(f (z)) = z para todo
z ∈ U. Prove que (f 0 (z))2 = 1/(1 − z 2 ) e que π/2 6∈ f (U).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 9 / 28
1 1
2) Defina cosh z = (exp z + exp(−z)) e sinh z = (exp z − exp(−z)).
2 2
Mostre que:
(i) cosh2 z = − sinh2 z = 1;
(ii) cosh(iz) = cos(z) e sinh(iz) = i sin(z);
(iii) cosh e sinh são periódicas de perı́odo 2πi;
d d
(iv) (cosh) = sinh e (sinh) = cosh;
dz dz
(v) cosh(z1 + z2 ) = cosh(z1 ) cosh(z2 ) + sinh(z1 ) sinh(z2 ) e
sinh(z1 + z2 ) = cosh(z1 ) sinh(z2 ) + sinh(z1 ) cosh(z2 );
(vi) Se cosh(z1 ) = cosh(z2 ), então z2 − z1 = 2kπi ou z2 + z1 = 2kπi para
algum k ∈ Z;
(vii) cosh(z + πi/2) = sinh(z) e sinh(z + πi/2) = cosh(z).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 10 / 28
2) Determine, em cada um dos casos abaixo, uma série de potências
n
P
S = n≥0 an z que satisfaça às equações e condições abaixo:
(i) S 00 + λ2 S = 0, em que λ 6= 0, a0 = 0 e a1 = 1;
(ii) S(2z) = 2S(z) + z 2 , a1 = 1;
(iii) S 00 = (S 0 )2 , a0 = 0 e a1 = 1.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 11 / 28
A função argumento

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 12 / 28
A função argumento

Dado z ∈ C∗ , a representação polar de z é

z = |z|(cos θ + i sin θ) = |z|e iθ .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 12 / 28
A função argumento

Dado z ∈ C∗ , a representação polar de z é

z = |z|(cos θ + i sin θ) = |z|e iθ .

O número θ ∈ R é chamado um argumento de z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 12 / 28
A função argumento

Dado z ∈ C∗ , a representação polar de z é

z = |z|(cos θ + i sin θ) = |z|e iθ .

O número θ ∈ R é chamado um argumento de z.

Observe que, se θ é um argumento de z ∈ C∗ , então θ0 = θ + 2kπ é


também um argumento de z para qualquer ∈ Z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 12 / 28
A função argumento

Dado z ∈ C∗ , a representação polar de z é

z = |z|(cos θ + i sin θ) = |z|e iθ .

O número θ ∈ R é chamado um argumento de z.

Observe que, se θ é um argumento de z ∈ C∗ , então θ0 = θ + 2kπ é


também um argumento de z para qualquer ∈ Z.

Definição: Uma função contı́nua f : U → C, definida em um subconjunto


z
aberto U ⊂ C∗ , é um ramo do argumento em U se = e if (z) para todo
|z|
z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 12 / 28
A função argumento

Dado z ∈ C∗ , a representação polar de z é

z = |z|(cos θ + i sin θ) = |z|e iθ .

O número θ ∈ R é chamado um argumento de z.

Observe que, se θ é um argumento de z ∈ C∗ , então θ0 = θ + 2kπ é


também um argumento de z para qualquer ∈ Z.

Definição: Uma função contı́nua f : U → C, definida em um subconjunto


z
aberto U ⊂ C∗ , é um ramo do argumento em U se = e if (z) para todo
|z|
z ∈ U.

Observe que, se f : U → C é um ramo do argumento em U, então f + 2kπ


é também um ramo do argumento em U para qualquer k ∈ Z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 12 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo periódico de perı́odo 2πi
do grupo aditivo C sobre o grupo multiplicativo C∗ .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 13 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo periódico de perı́odo 2πi
do grupo aditivo C sobre o grupo multiplicativo C∗ .
Já vimos que a exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 13 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo periódico de perı́odo 2πi
do grupo aditivo C sobre o grupo multiplicativo C∗ .
Já vimos que a exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ .
Agora,
exp(z + 2πi) = exp(z) · e 2πi = exp(z),
logo 2πi é um perı́odo de exp.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 13 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo periódico de perı́odo 2πi
do grupo aditivo C sobre o grupo multiplicativo C∗ .
Já vimos que a exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ .
Agora,
exp(z + 2πi) = exp(z) · e 2πi = exp(z),
logo 2πi é um perı́odo de exp.
Por outro lado, se T = a + ib é um perı́odo de exp, então

e a e ib = e T = e 0 = 1.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 13 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo periódico de perı́odo 2πi
do grupo aditivo C sobre o grupo multiplicativo C∗ .
Já vimos que a exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ .
Agora,
exp(z + 2πi) = exp(z) · e 2πi = exp(z),
logo 2πi é um perı́odo de exp.
Por outro lado, se T = a + ib é um perı́odo de exp, então

e a e ib = e T = e 0 = 1.

Em particular, e a = |e a e ib | = 1, portanto a = 0 e e ib = 1, o que implica


que b = 2kπ para algum k ∈ Z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 13 / 28
Proposição: A exponencial é um homomorfismo periódico de perı́odo 2πi
do grupo aditivo C sobre o grupo multiplicativo C∗ .
Já vimos que a exponencial é um homomorfismo do grupo aditivo C no
grupo multiplicativo C∗ .
Agora,
exp(z + 2πi) = exp(z) · e 2πi = exp(z),
logo 2πi é um perı́odo de exp.
Por outro lado, se T = a + ib é um perı́odo de exp, então

e a e ib = e T = e 0 = 1.

Em particular, e a = |e a e ib | = 1, portanto a = 0 e e ib = 1, o que implica


que b = 2kπ para algum k ∈ Z.
Finalmente, se z 6= 0 então z = exp(x + iy ), em que x = ln |z| e y é um
argumento de z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 13 / 28
O logaritmo complexo

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 14 / 28
O logaritmo complexo

Definição: Uma função contı́nua g : U → C, definida em um subconjunto


aberto U ⊂ C, é um ramo do logaritmo em U se exp(g (z)) = z para todo
z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 14 / 28
O logaritmo complexo

Definição: Uma função contı́nua g : U → C, definida em um subconjunto


aberto U ⊂ C, é um ramo do logaritmo em U se exp(g (z)) = z para todo
z ∈ U.

Observe que, se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g + 2kπi


é também um ramo do logaritmo em U para qualquer k ∈ Z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 14 / 28
O logaritmo complexo

Definição: Uma função contı́nua g : U → C, definida em um subconjunto


aberto U ⊂ C, é um ramo do logaritmo em U se exp(g (z)) = z para todo
z ∈ U.

Observe que, se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g + 2kπi


é também um ramo do logaritmo em U para qualquer k ∈ Z.

Proposição: Seja U ⊂ C∗ um subconjunto aberto.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 14 / 28
O logaritmo complexo

Definição: Uma função contı́nua g : U → C, definida em um subconjunto


aberto U ⊂ C, é um ramo do logaritmo em U se exp(g (z)) = z para todo
z ∈ U.

Observe que, se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g + 2kπi


é também um ramo do logaritmo em U para qualquer k ∈ Z.

Proposição: Seja U ⊂ C∗ um subconjunto aberto.


Se f : U → C é um ramo do argumento em U, então g : U → C,
dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , é um ramo do
logaritmo em U;

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 14 / 28
O logaritmo complexo

Definição: Uma função contı́nua g : U → C, definida em um subconjunto


aberto U ⊂ C, é um ramo do logaritmo em U se exp(g (z)) = z para todo
z ∈ U.

Observe que, se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g + 2kπi


é também um ramo do logaritmo em U para qualquer k ∈ Z.

Proposição: Seja U ⊂ C∗ um subconjunto aberto.


Se f : U → C é um ramo do argumento em U, então g : U → C,
dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , é um ramo do
logaritmo em U;
Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então f : U → C, dada
por f (z) = Im g (z) para todo z ∈ U, é um ramo do argumento em U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 14 / 28
Demonstração:

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 15 / 28
Demonstração: (i) Se f : U → C é um ramo do argumento em U e
g : U → C é dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , então

exp(g (z)) = exp(ln |z| + if (z)) = |z|e if (z) = z,

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 15 / 28
Demonstração: (i) Se f : U → C é um ramo do argumento em U e
g : U → C é dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , então

exp(g (z)) = exp(ln |z| + if (z)) = |z|e if (z) = z,

logo g é um ramo do logaritmo em U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 15 / 28
Demonstração: (i) Se f : U → C é um ramo do argumento em U e
g : U → C é dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , então

exp(g (z)) = exp(ln |z| + if (z)) = |z|e if (z) = z,

logo g é um ramo do logaritmo em U.

(ii) Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então, escrevendo


g (z) = u(z) + iv (z) para todo z ∈ U, temos

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 15 / 28
Demonstração: (i) Se f : U → C é um ramo do argumento em U e
g : U → C é dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , então

exp(g (z)) = exp(ln |z| + if (z)) = |z|e if (z) = z,

logo g é um ramo do logaritmo em U.

(ii) Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então, escrevendo


g (z) = u(z) + iv (z) para todo z ∈ U, temos

z = exp(u(z) + iv (z)) = exp(u(z)) exp(iv (z)).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 15 / 28
Demonstração: (i) Se f : U → C é um ramo do argumento em U e
g : U → C é dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , então

exp(g (z)) = exp(ln |z| + if (z)) = |z|e if (z) = z,

logo g é um ramo do logaritmo em U.

(ii) Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então, escrevendo


g (z) = u(z) + iv (z) para todo z ∈ U, temos

z = exp(u(z) + iv (z)) = exp(u(z)) exp(iv (z)).

Como | exp(iv (z))| = 1, obtemos exp(u(z)) = |z|, logo


z
exp(iv (z)) = .
|z|

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 15 / 28
Demonstração: (i) Se f : U → C é um ramo do argumento em U e
g : U → C é dada por g (z) = ln |z| + if (z) para todo z ∈ C∗ , então

exp(g (z)) = exp(ln |z| + if (z)) = |z|e if (z) = z,

logo g é um ramo do logaritmo em U.

(ii) Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então, escrevendo


g (z) = u(z) + iv (z) para todo z ∈ U, temos

z = exp(u(z) + iv (z)) = exp(u(z)) exp(iv (z)).

Como | exp(iv (z))| = 1, obtemos exp(u(z)) = |z|, logo


z
exp(iv (z)) = .
|z|

Portanto v = Im(g ) é um ramo do argumento em U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 15 / 28
Proposição:

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).


Como exp0 (w0 ) = e w0 6= 0, pelo Teorema da função inversa para funções
holomorfas existe um aberto V contendo w0 tal que exp(V ) = W é aberto
e exp : V → W é um difeomorfismo.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).


Como exp0 (w0 ) = e w0 6= 0, pelo Teorema da função inversa para funções
holomorfas existe um aberto V contendo w0 tal que exp(V ) = W é aberto
e exp : V → W é um difeomorfismo.
Como exp(w0 ) = exp(g (z0 )) = z0 , segue que z0 ∈ W ∩ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).


Como exp0 (w0 ) = e w0 6= 0, pelo Teorema da função inversa para funções
holomorfas existe um aberto V contendo w0 tal que exp(V ) = W é aberto
e exp : V → W é um difeomorfismo.
Como exp(w0 ) = exp(g (z0 )) = z0 , segue que z0 ∈ W ∩ U.
Seja h : W → V a inversa de exp |V .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).


Como exp0 (w0 ) = e w0 6= 0, pelo Teorema da função inversa para funções
holomorfas existe um aberto V contendo w0 tal que exp(V ) = W é aberto
e exp : V → W é um difeomorfismo.
Como exp(w0 ) = exp(g (z0 )) = z0 , segue que z0 ∈ W ∩ U.
Seja h : W → V a inversa de exp |V . Podemos supor, sem perda de
generalidade, que W seja conexo.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).


Como exp0 (w0 ) = e w0 6= 0, pelo Teorema da função inversa para funções
holomorfas existe um aberto V contendo w0 tal que exp(V ) = W é aberto
e exp : V → W é um difeomorfismo.
Como exp(w0 ) = exp(g (z0 )) = z0 , segue que z0 ∈ W ∩ U.
Seja h : W → V a inversa de exp |V . Podemos supor, sem perda de
generalidade, que W seja conexo.
Como exp(h(z)) = z = exp(g (z)) para todo z ∈ W , obtemos
h(z) − g (z) = 2πik(z), em que k(z) ∈ Z para todo z ∈ W .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).


Como exp0 (w0 ) = e w0 6= 0, pelo Teorema da função inversa para funções
holomorfas existe um aberto V contendo w0 tal que exp(V ) = W é aberto
e exp : V → W é um difeomorfismo.
Como exp(w0 ) = exp(g (z0 )) = z0 , segue que z0 ∈ W ∩ U.
Seja h : W → V a inversa de exp |V . Podemos supor, sem perda de
generalidade, que W seja conexo.
Como exp(h(z)) = z = exp(g (z)) para todo z ∈ W , obtemos
h(z) − g (z) = 2πik(z), em que k(z) ∈ Z para todo z ∈ W .
Como k(z) = (h(z) − g (z))/2πi, vemos que k : W → Z é contı́nua, logo
k ≡ k0 é constante, já que W é conexo.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo em U, então g é
holomorfa e g 0 (z) = 1/z para todo z ∈ U.

Demonstração: Sejam z0 ∈ U e w0 = g (z0 ).


Como exp0 (w0 ) = e w0 6= 0, pelo Teorema da função inversa para funções
holomorfas existe um aberto V contendo w0 tal que exp(V ) = W é aberto
e exp : V → W é um difeomorfismo.
Como exp(w0 ) = exp(g (z0 )) = z0 , segue que z0 ∈ W ∩ U.
Seja h : W → V a inversa de exp |V . Podemos supor, sem perda de
generalidade, que W seja conexo.
Como exp(h(z)) = z = exp(g (z)) para todo z ∈ W , obtemos
h(z) − g (z) = 2πik(z), em que k(z) ∈ Z para todo z ∈ W .
Como k(z) = (h(z) − g (z))/2πi, vemos que k : W → Z é contı́nua, logo
k ≡ k0 é constante, já que W é conexo.
Do Teorema da função inversa obtemos
1 1 1
g 0 (z) = h0 (z) = 0
= = .
exp (h(z)) exp(h(z)) z
Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 16 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.
Demonstração: Sejam g1 e g2 dois ramos do logaritmo definidos em um
mesmo subconjunto aberto e conexo U ⊂ C∗ .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.
Demonstração: Sejam g1 e g2 dois ramos do logaritmo definidos em um
mesmo subconjunto aberto e conexo U ⊂ C∗ .
Como g10 (z) = 1/z = g20 (z) para todo z ∈ U, segue que g2 − g1 é uma
constante, uma vez que U é conexo.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.
Demonstração: Sejam g1 e g2 dois ramos do logaritmo definidos em um
mesmo subconjunto aberto e conexo U ⊂ C∗ .
Como g10 (z) = 1/z = g20 (z) para todo z ∈ U, segue que g2 − g1 é uma
constante, uma vez que U é conexo.

Coloquemos g2 − g1 = c. Como z = exp(g2 (z)) = exp(g1 (z) + c) = e c z


para todo z ∈ U, obtemos e c = 1, logo c = 2kπi, k ∈ Z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.
Demonstração: Sejam g1 e g2 dois ramos do logaritmo definidos em um
mesmo subconjunto aberto e conexo U ⊂ C∗ .
Como g10 (z) = 1/z = g20 (z) para todo z ∈ U, segue que g2 − g1 é uma
constante, uma vez que U é conexo.

Coloquemos g2 − g1 = c. Como z = exp(g2 (z)) = exp(g1 (z) + c) = e c z


para todo z ∈ U, obtemos e c = 1, logo c = 2kπi, k ∈ Z.
Se g1 (z0 ) = g2 (z0 ) para algum z0 ∈ U, então c = 0, logo g1 ≡ g2 em U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.
Demonstração: Sejam g1 e g2 dois ramos do logaritmo definidos em um
mesmo subconjunto aberto e conexo U ⊂ C∗ .
Como g10 (z) = 1/z = g20 (z) para todo z ∈ U, segue que g2 − g1 é uma
constante, uma vez que U é conexo.

Coloquemos g2 − g1 = c. Como z = exp(g2 (z)) = exp(g1 (z) + c) = e c z


para todo z ∈ U, obtemos e c = 1, logo c = 2kπi, k ∈ Z.
Se g1 (z0 ) = g2 (z0 ) para algum z0 ∈ U, então c = 0, logo g1 ≡ g2 em U.

Corolário: Dois ramos do argumento, definidos em um mesmo subconjunto


aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπ,
k ∈ Z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
Corolário: Dois ramos do logaritmo, definidos em um mesmo subconjunto
aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπi, com
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.
Demonstração: Sejam g1 e g2 dois ramos do logaritmo definidos em um
mesmo subconjunto aberto e conexo U ⊂ C∗ .
Como g10 (z) = 1/z = g20 (z) para todo z ∈ U, segue que g2 − g1 é uma
constante, uma vez que U é conexo.

Coloquemos g2 − g1 = c. Como z = exp(g2 (z)) = exp(g1 (z) + c) = e c z


para todo z ∈ U, obtemos e c = 1, logo c = 2kπi, k ∈ Z.
Se g1 (z0 ) = g2 (z0 ) para algum z0 ∈ U, então c = 0, logo g1 ≡ g2 em U.

Corolário: Dois ramos do argumento, definidos em um mesmo subconjunto


aberto e conexo U ⊂ C∗ , diferem por uma constante da forma 2kπ,
k ∈ Z. Em particular, se ambos assumem o mesmo valor em um ponto de
U então coincidem em todo ponto de U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 17 / 28
O ramo principal do logaritmo

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 18 / 28
O ramo principal do logaritmo

Seja α : (−π, π) → S1 \ {−1} definida por α(t) = e it .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 18 / 28
O ramo principal do logaritmo

Seja α : (−π, π) → S1 \ {−1} definida por α(t) = e it .


Então α é uma bijeção contı́nua cuja inversa β : S1 \ {−1} → (−π, π) é
também contı́nua.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 18 / 28
O ramo principal do logaritmo

Seja α : (−π, π) → S1 \ {−1} definida por α(t) = e it .


Então α é uma bijeção contı́nua cuja inversa β : S1 \ {−1} → (−π, π) é
também contı́nua.
O ramo principal do argumento é a função Arg : U0 → (−π, π), em que
U0 = C \ {x ∈ R : x ≤ 0}, definida por Arg (z) = β(z/|z|).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 18 / 28
O ramo principal do logaritmo

Seja α : (−π, π) → S1 \ {−1} definida por α(t) = e it .


Então α é uma bijeção contı́nua cuja inversa β : S1 \ {−1} → (−π, π) é
também contı́nua.
O ramo principal do argumento é a função Arg : U0 → (−π, π), em que
U0 = C \ {x ∈ R : x ≤ 0}, definida por Arg (z) = β(z/|z|).
Observe que

exp(iArg (z)) = e iβ(z/|z|) = α(β(z/|z|)) = z/|z|,

logo Arg é de fato um ramo do argumento.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 18 / 28
O ramo principal do logaritmo

Seja α : (−π, π) → S1 \ {−1} definida por α(t) = e it .


Então α é uma bijeção contı́nua cuja inversa β : S1 \ {−1} → (−π, π) é
também contı́nua.
O ramo principal do argumento é a função Arg : U0 → (−π, π), em que
U0 = C \ {x ∈ R : x ≤ 0}, definida por Arg (z) = β(z/|z|).
Observe que

exp(iArg (z)) = e iβ(z/|z|) = α(β(z/|z|)) = z/|z|,

logo Arg é de fato um ramo do argumento.


O ramo principal do logaritmo é o ramo do logaritmo associado a Arg , isto
é,
Log (z) = ln |z| + iArg (z).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 18 / 28
Proposição: Os ramos principais do argumento e do logaritmo têm as
seguintes propriedades:

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 19 / 28
Proposição: Os ramos principais do argumento e do logaritmo têm as
seguintes propriedades:
Arg (x) = 0 se x > 0, pois Arg (x) = β(x/|x|) = β(1) = 0

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 19 / 28
Proposição: Os ramos principais do argumento e do logaritmo têm as
seguintes propriedades:
Arg (x) = 0 se x > 0, pois Arg (x) = β(x/|x|) = β(1) = 0;
Se x > 0, então Log (x) = ln |x| + iArg (x) = ln x

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 19 / 28
Proposição: Os ramos principais do argumento e do logaritmo têm as
seguintes propriedades:
Arg (x) = 0 se x > 0, pois Arg (x) = β(x/|x|) = β(1) = 0;
Se x > 0, então Log (x) = ln |x| + iArg (x) = ln x;
Se z1 , z2 ∈ U0 são tais que |Arg (zj )| < π/2, j = 1, 2, então
Arg (z1 z2 ) = Arg (z1 ) + Arg (z2 ) e Log (z1 z2 ) = Log (z1 ) + Log (z2 ).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 19 / 28
Proposição: Os ramos principais do argumento e do logaritmo têm as
seguintes propriedades:
Arg (x) = 0 se x > 0, pois Arg (x) = β(x/|x|) = β(1) = 0;
Se x > 0, então Log (x) = ln |x| + iArg (x) = ln x;
Se z1 , z2 ∈ U0 são tais que |Arg (zj )| < π/2, j = 1, 2, então
Arg (z1 z2 ) = Arg (z1 ) + Arg (z2 ) e Log (z1 z2 ) = Log (z1 ) + Log (z2 ).
Se z = x + iy é tal que |y | < π, então Log (exp(z)) = z:

Log (exp(z)) = Log (e x e iy ) = ln(e x ) + iArg (e iy ) = x + iy = z.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 19 / 28
Proposição: A função h : W → C, em que W = {z : 1 − z ∈ U0 }, dada
por h(z) = Log (1 − z), satisfaz
X zn
h(z) = − , se |z| < 1.
n
n≥1

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 20 / 28
Proposição: A função h : W → C, em que W = {z : 1 − z ∈ U0 }, dada
por h(z) = Log (1 − z), satisfaz
X zn
h(z) = − , se |z| < 1.
n
n≥1

Demonstração: Pelo critério da razão, a série acima tem raio de


convergência 1.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 20 / 28
Proposição: A função h : W → C, em que W = {z : 1 − z ∈ U0 }, dada
por h(z) = Log (1 − z), satisfaz
X zn
h(z) = − , se |z| < 1.
n
n≥1

Demonstração: Pelo critério da razão, a série acima tem raio de


convergência 1.
Seja g : D(0; 1) → C a função tal que g (z) é a soma da série acima.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 20 / 28
Proposição: A função h : W → C, em que W = {z : 1 − z ∈ U0 }, dada
por h(z) = Log (1 − z), satisfaz
X zn
h(z) = − , se |z| < 1.
n
n≥1

Demonstração: Pelo critério da razão, a série acima tem raio de


convergência 1.
Seja g : D(0; 1) → C a função tal que g (z) é a soma da série acima.
Vemos que g (0) = 0 = Log (1). Além disso,

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 20 / 28
Proposição: A função h : W → C, em que W = {z : 1 − z ∈ U0 }, dada
por h(z) = Log (1 − z), satisfaz
X zn
h(z) = − , se |z| < 1.
n
n≥1

Demonstração: Pelo critério da razão, a série acima tem raio de


convergência 1.
Seja g : D(0; 1) → C a função tal que g (z) é a soma da série acima.
Vemos que g (0) = 0 = Log (1). Além disso,

X X −1
g 0 (z) = − z n−1 = − zn = .
1−z
n≥1 n≥0

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 20 / 28
Por outro lado, pela Regra da Cadeia,
d −1
Log (1 − z) = = g 0 (z).
dz 1−z

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 21 / 28
Por outro lado, pela Regra da Cadeia,
d −1
Log (1 − z) = = g 0 (z).
dz 1−z
Logo f : D(0; 1) → C, f (z) = Log (1 − z) − g (z), tem derivada nula em
D(0; 1) e, além disso, f (0) = 0.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 21 / 28
Por outro lado, pela Regra da Cadeia,
d −1
Log (1 − z) = = g 0 (z).
dz 1−z
Logo f : D(0; 1) → C, f (z) = Log (1 − z) − g (z), tem derivada nula em
D(0; 1) e, além disso, f (0) = 0.

Portanto f é identicamente nula, ou seja, g (z) = Log (1 − z) se |z| < 1.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 21 / 28
Por outro lado, pela Regra da Cadeia,
d −1
Log (1 − z) = = g 0 (z).
dz 1−z
Logo f : D(0; 1) → C, f (z) = Log (1 − z) − g (z), tem derivada nula em
D(0; 1) e, além disso, f (0) = 0.

Portanto f é identicamente nula, ou seja, g (z) = Log (1 − z) se |z| < 1.

Observação: Decorre do Teorema de Abel (e do critério de Leibiniz para


série alternadas) que
X (−1)n 1 1
− = 1− + − ···
n 2 3
n≥1

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 21 / 28
Por outro lado, pela Regra da Cadeia,
d −1
Log (1 − z) = = g 0 (z).
dz 1−z
Logo f : D(0; 1) → C, f (z) = Log (1 − z) − g (z), tem derivada nula em
D(0; 1) e, além disso, f (0) = 0.

Portanto f é identicamente nula, ou seja, g (z) = Log (1 − z) se |z| < 1.

Observação: Decorre do Teorema de Abel (e do critério de Leibiniz para


série alternadas) que
X (−1)n 1 1
− = 1− + − ···
n 2 3
n≥1
= lim g (r (−1))
r →1

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 21 / 28
Por outro lado, pela Regra da Cadeia,
d −1
Log (1 − z) = = g 0 (z).
dz 1−z
Logo f : D(0; 1) → C, f (z) = Log (1 − z) − g (z), tem derivada nula em
D(0; 1) e, além disso, f (0) = 0.

Portanto f é identicamente nula, ou seja, g (z) = Log (1 − z) se |z| < 1.

Observação: Decorre do Teorema de Abel (e do critério de Leibiniz para


série alternadas) que
X (−1)n 1 1
− = 1− + − ···
n 2 3
n≥1
= lim g (r (−1))
r →1
= lim h(r (−1))
r →1

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 21 / 28
Por outro lado, pela Regra da Cadeia,
d −1
Log (1 − z) = = g 0 (z).
dz 1−z
Logo f : D(0; 1) → C, f (z) = Log (1 − z) − g (z), tem derivada nula em
D(0; 1) e, além disso, f (0) = 0.

Portanto f é identicamente nula, ou seja, g (z) = Log (1 − z) se |z| < 1.

Observação: Decorre do Teorema de Abel (e do critério de Leibiniz para


série alternadas) que
X (−1)n 1 1
− = 1− + − ···
n 2 3
n≥1
= lim g (r (−1))
r →1
= lim h(r (−1))
r →1
= Log(1 + (−1)) = Log2 = ln 2.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 21 / 28
Raı́zes e potências generalizadas

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 22 / 28
Raı́zes e potências generalizadas

Definição: Uma função contı́nua f : U → C, em que U ⊂ C é um aberto,


é um ramo da raiz n-ésima em U se (f (z))n = z para todo z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 22 / 28
Raı́zes e potências generalizadas

Definição: Uma função contı́nua f : U → C, em que U ⊂ C é um aberto,


é um ramo da raiz n-ésima em U se (f (z))n = z para todo z ∈ U.

Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo, em que U ⊂ C é um


aberto, então f : U → C, dada por f (z) = exp(g (z)/n) para todo z ∈ U, é
um ramo da raiz n-ésima em U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 22 / 28
Raı́zes e potências generalizadas

Definição: Uma função contı́nua f : U → C, em que U ⊂ C é um aberto,


é um ramo da raiz n-ésima em U se (f (z))n = z para todo z ∈ U.

Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo, em que U ⊂ C é um


aberto, então f : U → C, dada por f (z) = exp(g (z)/n) para todo z ∈ U, é
um ramo da raiz n-ésima em U. Além disso,
f (z)
f é holomorfa e f 0 (z) = para todo z ∈ U;
nz

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 22 / 28
Raı́zes e potências generalizadas

Definição: Uma função contı́nua f : U → C, em que U ⊂ C é um aberto,


é um ramo da raiz n-ésima em U se (f (z))n = z para todo z ∈ U.

Proposição: Se g : U → C é um ramo do logaritmo, em que U ⊂ C é um


aberto, então f : U → C, dada por f (z) = exp(g (z)/n) para todo z ∈ U, é
um ramo da raiz n-ésima em U. Além disso,
f (z)
f é holomorfa e f 0 (z) = para todo z ∈ U;
nz
se U é conexo e h : U → C é outro ramo da raiz n-ésima em U, então
existe k ∈ {0, . . . , n − 1} tal que h(z) = e 2πik/n f (z) para todo z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 22 / 28
Demonstração:

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 23 / 28
Demonstração: Temos

(f (z))n = (exp(g (z)/n))n = exp(g (z)) = z

para todo z ∈ U,

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 23 / 28
Demonstração: Temos

(f (z))n = (exp(g (z)/n))n = exp(g (z)) = z

para todo z ∈ U, logo f é um ramo da raiz n-ésima em U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 23 / 28
Demonstração: Temos

(f (z))n = (exp(g (z)/n))n = exp(g (z)) = z

para todo z ∈ U, logo f é um ramo da raiz n-ésima em U.

Observe que f (z) 6= 0 para todo z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 23 / 28
Demonstração: Temos

(f (z))n = (exp(g (z)/n))n = exp(g (z)) = z

para todo z ∈ U, logo f é um ramo da raiz n-ésima em U.

Observe que f (z) 6= 0 para todo z ∈ U.


Temos
1 0 f (z)
f 0 (z) = exp(g (z)/n) · · g (z) = .
n nz

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 23 / 28
Demonstração: Temos

(f (z))n = (exp(g (z)/n))n = exp(g (z)) = z

para todo z ∈ U, logo f é um ramo da raiz n-ésima em U.

Observe que f (z) 6= 0 para todo z ∈ U.


Temos
1 0 f (z)
f 0 (z) = exp(g (z)/n) · · g (z) = .
n nz

Suponhamos que U seja conexo e que h : U → C seja outro ramo da raiz


n-ésima em U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 23 / 28
Demonstração: Temos

(f (z))n = (exp(g (z)/n))n = exp(g (z)) = z

para todo z ∈ U, logo f é um ramo da raiz n-ésima em U.

Observe que f (z) 6= 0 para todo z ∈ U.


Temos
1 0 f (z)
f 0 (z) = exp(g (z)/n) · · g (z) = .
n nz

Suponhamos que U seja conexo e que h : U → C seja outro ramo da raiz


n-ésima em U.
Seja ϕ : U → C dada por ϕ(z) = h(z)/f (z), z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 23 / 28
Se z ∈ U, então
(h(z))n
(ϕ(z))n = = 1,
(f (z))n
logo ϕ(z) é solução da equação w n = 1 para cada z ∈ U.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 24 / 28
Se z ∈ U, então
(h(z))n
(ϕ(z))n = = 1,
(f (z))n
logo ϕ(z) é solução da equação w n = 1 para cada z ∈ U.

Portanto, para cada z ∈ U, existe k(z) ∈ {0, . . . , n − 1} tal que


ϕ(z) = exp(2πik(z)/n).

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 24 / 28
Se z ∈ U, então
(h(z))n
(ϕ(z))n = = 1,
(f (z))n
logo ϕ(z) é solução da equação w n = 1 para cada z ∈ U.

Portanto, para cada z ∈ U, existe k(z) ∈ {0, . . . , n − 1} tal que


ϕ(z) = exp(2πik(z)/n).

Como ϕ é contı́nua, a função z 7→ k(z) é localmente constante, logo


constante, já que U é conexo.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 24 / 28
Se z ∈ U, então
(h(z))n
(ϕ(z))n = = 1,
(f (z))n
logo ϕ(z) é solução da equação w n = 1 para cada z ∈ U.

Portanto, para cada z ∈ U, existe k(z) ∈ {0, . . . , n − 1} tal que


ϕ(z) = exp(2πik(z)/n).

Como ϕ é contı́nua, a função z 7→ k(z) é localmente constante, logo


constante, já que U é conexo.

Logo ϕ é constante e h(z) = e 2πik/n f (z) para todo z ∈ U e para algum


k ∈ {0, . . . , n − 1}.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 24 / 28

O ramo principal da raiz n-ésima é a função n = ( )1/n : U0 → C
definida por

n
z = (z)1/n = exp(Log (z)/n), n > 0, z ∈ U0 .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 25 / 28

O ramo principal da raiz n-ésima é a função n = ( )1/n : U0 → C
definida por

n
z = (z)1/n = exp(Log (z)/n), n > 0, z ∈ U0 .

Observe que, se x > 0, então y = (x)1/n = exp(ln(x)/n) > 0 e y n = x,


logo a função acima coincide com a função raiz n-ésima real.

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 25 / 28
Potências de expoente complexo

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 26 / 28
Potências de expoente complexo

Definição: Se λ ∈ C e g : U → C é um ramo do logaritmo, então a função


f : U → C, dada por
f (z) = exp(λg (z))
é o ramo da potência λ associado a g .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 26 / 28
Potências de expoente complexo

Definição: Se λ ∈ C e g : U → C é um ramo do logaritmo, então a função


f : U → C, dada por
f (z) = exp(λg (z))
é o ramo da potência λ associado a g .

Se g = Log , então f é o ramo principal da potência λ e é denotado por


f (z) = z λ .

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 26 / 28
Potências de expoente complexo

Definição: Se λ ∈ C e g : U → C é um ramo do logaritmo, então a função


f : U → C, dada por
f (z) = exp(λg (z))
é o ramo da potência λ associado a g .

Se g = Log , então f é o ramo principal da potência λ e é denotado por


f (z) = z λ .

Exemplo: O valor principal de i i é

ii = exp(iLog i)

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 26 / 28
Potências de expoente complexo

Definição: Se λ ∈ C e g : U → C é um ramo do logaritmo, então a função


f : U → C, dada por
f (z) = exp(λg (z))
é o ramo da potência λ associado a g .

Se g = Log , então f é o ramo principal da potência λ e é denotado por


f (z) = z λ .

Exemplo: O valor principal de i i é

ii = exp(iLog i)
= exp(i(ln |i| + iArg(i)))

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 26 / 28
Potências de expoente complexo

Definição: Se λ ∈ C e g : U → C é um ramo do logaritmo, então a função


f : U → C, dada por
f (z) = exp(λg (z))
é o ramo da potência λ associado a g .

Se g = Log , então f é o ramo principal da potência λ e é denotado por


f (z) = z λ .

Exemplo: O valor principal de i i é

ii = exp(iLog i)
= exp(i(ln |i| + iArg(i)))
= exp(i(iπ/2))

Funções de uma variável complexa (ICMC-USP) As funções exponencial e logaritmo. December 27, 2021 26 / 28
Potências de expoente complexo

Definição: Se λ ∈ C e g : U → C é um ramo do logaritmo, então a função


f : U → C, dada por
f (z) = exp(λg (z))
é o ramo da potência λ associado a g .

Se g = Log , então f é o ramo principal da potência λ e é denotado por


f (z) = z λ .

Exemplo: O valor principal de i i é

ii = exp(iLog i)
= exp(i(ln |i| + iArg(i)))
= exp(i(iπ/2))
= e −π/2 .

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Proposição: Sejam U ⊂ C∗ um aberto conexo, λ ∈ C e f : U → C um
ramo da potência λ.

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Proposição: Sejam U ⊂ C∗ um aberto conexo, λ ∈ C e f : U → C um
ramo da potência λ.
Se λ = n ∈ Z, então f (z) = z n = z · · · z (n vezes) se n > 0 e
f (z) = (z −1 )|n| se n < 0;

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Proposição: Sejam U ⊂ C∗ um aberto conexo, λ ∈ C e f : U → C um
ramo da potência λ.
Se λ = n ∈ Z, então f (z) = z n = z · · · z (n vezes) se n > 0 e
f (z) = (z −1 )|n| se n < 0;
f (z) 6= 0 para todo z ∈ U e 1/f (z) é um ramo da potência −λ em U;

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Proposição: Sejam U ⊂ C∗ um aberto conexo, λ ∈ C e f : U → C um
ramo da potência λ.
Se λ = n ∈ Z, então f (z) = z n = z · · · z (n vezes) se n > 0 e
f (z) = (z −1 )|n| se n < 0;
f (z) 6= 0 para todo z ∈ U e 1/f (z) é um ramo da potência −λ em U;
Se g é um ramo da potência µ em U, então f (z)g (z) é um ramo da
potência λ + µ em U;

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Proposição: Sejam U ⊂ C∗ um aberto conexo, λ ∈ C e f : U → C um
ramo da potência λ.
Se λ = n ∈ Z, então f (z) = z n = z · · · z (n vezes) se n > 0 e
f (z) = (z −1 )|n| se n < 0;
f (z) 6= 0 para todo z ∈ U e 1/f (z) é um ramo da potência −λ em U;
Se g é um ramo da potência µ em U, então f (z)g (z) é um ramo da
potência λ + µ em U;
f é holomorfa e f 0 (z) = λg (z), em que g (z) é um ramo da potência
λ − 1 em U;

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Proposição: Sejam U ⊂ C∗ um aberto conexo, λ ∈ C e f : U → C um
ramo da potência λ.
Se λ = n ∈ Z, então f (z) = z n = z · · · z (n vezes) se n > 0 e
f (z) = (z −1 )|n| se n < 0;
f (z) 6= 0 para todo z ∈ U e 1/f (z) é um ramo da potência −λ em U;
Se g é um ramo da potência µ em U, então f (z)g (z) é um ramo da
potência λ + µ em U;
f é holomorfa e f 0 (z) = λg (z), em que g (z) é um ramo da potência
λ − 1 em U;
Se g é outro ramo da potência λ em U, então g (z) = e 2πikλ f (z) para
todo z ∈ U e algum k ∈ Z.

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Observação: Em termos do ramo principal da potência λ, λ ∈ C, as
propriedades acima ficam:

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Observação: Em termos do ramo principal da potência λ, λ ∈ C, as
propriedades acima ficam:
Se λ = n ∈ Z, então exp(nLog z) = z n , z ∈ U0 ;

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Observação: Em termos do ramo principal da potência λ, λ ∈ C, as
propriedades acima ficam:
Se λ = n ∈ Z, então exp(nLog z) = z n , z ∈ U0 ;
1/z λ = z −λ , z ∈ U0 ;

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Observação: Em termos do ramo principal da potência λ, λ ∈ C, as
propriedades acima ficam:
Se λ = n ∈ Z, então exp(nLog z) = z n , z ∈ U0 ;
1/z λ = z −λ , z ∈ U0 ;
z λ · z µ = z λ+µ , z ∈ U0 ;

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Observação: Em termos do ramo principal da potência λ, λ ∈ C, as
propriedades acima ficam:
Se λ = n ∈ Z, então exp(nLog z) = z n , z ∈ U0 ;
1/z λ = z −λ , z ∈ U0 ;
z λ · z µ = z λ+µ , z ∈ U0 ;
d λ
(z ) = z λ−1 , z ∈ U0 ;
dz
Se f (z) é um ramo da potência λ em U0 , então f (z) = e 2πikλ z λ para
todo z ∈ U0 e algum k ∈ Z.

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