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Instituto Superior Técnico

Departamento de Matemática

Álgebra Linear
Cursos: LMAC e LEFT
Exercı́cios sobre espaços vetoriais com produto interno
(Os exercı́cios marcados com ∗ têm um conteúdo mais teórico.)

1. Indique justificadamente se as seguintes aplicações são produtos internos nos espaços


vetoriais indicados

(a) h(x, y), (u, v)i = xu + 2xv + yv em R2 .


(b) h(x, y), (u, v)i = xu + 2xv + 2yu + yv em R2 .
(c) h(x, y), (u, v)i = 2xu − xv − yu + 2yv em R2 .
(d) h(x, y), (u, v)i = x2 u + xv 2 em R2 .
(e) hA, Bi = tr(AB) em Mn×n (R).

2. Considere o produto interno em R3 definido por

h(x, y, z), (u, v, w)i = 2xu − yu + 2yv − xv + zw

(a) Calcule h(1, 0, 2), (1, −2, 1)i.


(b) Calcule k(1, 1, 1)k.
(c) Determine a distância de (0, 0, 1) a (1, 0, 0).
(d) Determine o conjunto dos vetores ortogonais a (1, 2, 3).
(e) Determine se os seguintes conjuntos são ortogonais ou ortonormados:

S = {(1, 1, 1), (2, 2, 2)} X = {(1, 2, 1), (0, −1, 3), (11, 1, −3)}

3. Considere o espaço vetorial C3 com o produto interno usual

(a) Calcule h(1, 2 + i, 1 − i), (i, 1 − 3i, i)i.


(b) Determine k(i + 2, 3i, −1)k.
(c) Calcule a distância de (1, 2 + i, i) a (1, 3 + 2i, 2).
(d) Determine o plano perpendicular a (i + 2, 2, 3 − i).

4. Seja V = {a + bt + ct2 : a, b, c ∈ R} o espaço vetorial dos polinómios de grau menor ou


igual a 2.

1
(a) Mostre que a função h·, ·i : V × V → R definida por

hp, qi = p(−1)q(−1) + p(0)q(0) + p(1)q(1)

é um produto interno em V .
(b) Determine uma base ortogonal para V (isto é, uma base de V que seja um conjunto
ortogonal).
(c) Determine a matriz da métrica (ou de Gram) deste produto interno com respeito à
base ordenada B = (1, t, t2 )

5. Considere o espaço vetorial C([0, π], R) das funções contı́nuas de [0, π] para R com o
produto interno usual dado por
ˆ π
hf, gi = f (x)g(x)dx
0

(a) Calcule hx, 2 + x2 i.


(b) Determine uma base ortonormada para o subespaço formado pelos polinómios de
grau ≤ 2.
(c) Mostre que os conjuntos S1 = {cos(nx) : n ≥ 0} e S2 = {sen(nx) : n ≥ 1} são
ambos conjuntos ortogonais e calcule as normas dos seus elementos.

6. Determine um produto interno em R2 para o qual {(1, 2), (−1, 1)} seja uma base ortonor-
mada (isto é uma base que forma um conjunto ortonormado).

7. Mostre que um conjunto ortogonal que não contém 0 é linearmente independente.

8. Considere o subespaço vetorial

V = {(z1 , z2 , z3 , z4 ) ∈ C4 : z1 + z2 + iz3 = 0}

de C4 .

(a) Determine uma base B para V .


(b) Determine a matriz da métrica para a restrição do produto interno usual em C4 a
V.
(c) Determine a equação nas coordenadas dadas pela base B para o plano W ⊂ V
perpendicular ao vetor (0, 1, i, 2).

9. Seja V = Mn×n (R).

(a) Mostre que hA, Bi = tr(AT B) é um produto interno em V .

2
(b) Determine a matriz da métrica para este produto interno com respeito à base
       
1 2 1 0 0 −1 0 0
, , ,
−1 0 0 1 2 0 2 −3
para M2×2 (R).
 
1 2
(c) Qual é a matriz simétrica mais próxima de ?
1 0
10. Seja V um espaço vetorial (real ou complexo) com produto interno h·, ·i, e S ⊂ V .
(a) Mostre que S ⊥ = {v ∈ V : hx, vi = 0 para todo o x ∈ S} é um subespaço vetorial
de V .
(b) Mostre que L(S) ⊂ (S ⊥ )⊥ .
∗ 11. Seja V um espaço vetorial e h·, ·i um produto interno em V . Recorde que o dual de V é
o espaço vetorial V ∗ das transformações lineares de V para o corpo dos escalares (R ou
C). Para cada v ∈ V seja φv ∈ V ∗ o elemento definido pela fórmula
φv (w) = hv, wi
(a) Mostre que se V é real e tem dimensão finita, a aplicação v 7→ φv é um isomorfismo
entre V e o seu dual.
(b) Se V é um espaço vetorial complexo define-se o espaço vetorial conjugado V como
sendo o mesmo conjunto V , com a mesma operação de soma de vetores mas com
uma nova operação ·V de multiplicação por escalar definida em termos da operação
de produto por escalar em V por
α ·V v = α · v
Mostre que se V é um espaço vetorial complexo de dimensão finita, a aplicação
v 7→ φv determina um isomorfismo entre V e V ∗ .
∗ 12. Seja V um espaço vetorial real ou complexo. Uma função k · k : V → R+
0 diz-se uma
norma se
kvk = 0 ⇒ v = 0, kαvk = |α|kvk, kv+wk ≤ kvk+kwk para todos os α, v, w
(a) Verifique que se uma norma provém de um produto interno então é válida a identi-
dade do paralelogramo (que relaciona o comprimento das diagonais de um paralel-
ogramo com os comprimentos das arestas):
2kvk2 + 2kwk2 = kv + wk2 + kv − wk2
Pode mostrar-se que, reciprocamente, se a identidade acima é satisfeita, então a
norma provém de um produto interno dado pela expressão:
1
hv, wi = (kv + wk2 − kv − wk2 )
4
3
(b) Mostre que a função de Rn para R+
0 definida pela expressão

k(x1 , . . . , xn )k = |x1 | + . . . + |xn |

é uma norma que não provém de um produto interno. Para n = 2, 3 esboce o


conjunto {x ∈ Rn : kxk ≤ 1} (que se chama a bola de raio 1 para a norma dada).

∗ 13. Relação entre os produtos internos real e complexo. Seja (V, h·, ·i) um espaço
vetorial complexo de dimensão finita. Recorde que V tem uma estrutura natural de
espaço vetorial real, restringindo o produto por escalar aos números reais. Neste exercı́cio
designamos este espaço vetorial real por VR .

(a) Considere as funções VR × VR → R definidas por

g(v, w) = Rehv, wi, ω(v, w) = Imhv, wi

Mostre que g é um produto interno em VR e ω é uma forma bilinear não degenerada


em VR tal que ω(v, w) = −ω(w, v) para todos os v, w ∈ VR (diz-se que ω é
anti-simétrica).
(b) Verifique que g e ω satisfazem

ω(v, w) = −g(v, iw), ω(v, iw) = g(v, w)

onde iw denota a multiplicação (em V ) de w pelo escalar complexo i.


(c) Sendo g e ω respetivamente um produto interno e uma forma bilinear anti-simétrica
num espaço vetorial real W de dimensão finita mostre que existe um único endo-
morfismo J : W → W tal que

g(v, Jw) = ω(v, w) para todos os v, w ∈ W

e que um tal endomorfismo satisfaz necessariamente a relação

g(v, Jw) = −g(Jv, w) para todos os v, w ∈ W

Que condição tem J que verificar para que g e ω possam ser obtidos de um produto
interno complexo pelo procedimento da alı́nea (a)?

14. Seja V um espaço vetorial com produto interno. Determine em que condições é que a
igualdade kx + yk = kxk + kyk se verifica, e mostre que kx + yk ≥ |kxk − kyk| para
todos os x, y ∈ V .

15. Mostre que a reflexão no plano perpendicular a um vetor u ∈ Rn \ {0} é dada pela
fórmula
hu, vi
R(v) = v − 2 proju (v) = v − 2 u
hu, ui

4
16. Determine uma base ortonormada para R4 (com o produto interno usual) que contenha
os vetores ( √12 , 0, √12 , 0) e (− √13 , 0, √13 , √13 ), e calcule as coordenadas do vetor (1, 2, 3, 4)
nessa base.
17. Considere o produto interno usual em Rn . Sendo (u1 , . . . , uk ) uma base ortonormada
para o subespaço U ⊂ Rn e A a matriz n × k que tem os vetores u1 , . . . , uk como
colunas, mostre que a matriz que representa a projeção ortogonal PU com respeito à
base canónica é AAT . Sugestão: Pense qual é o significado da matriz coluna que se
obtém multiplicando um vetor por AT .
18. Determine a expressão para a projeção ortogonal de R4 (com o produto interno usual)
no plano
{(x, y, z, w) ∈ R4 : x + y + w = 0, y + z + 2w = 0}

19. A transformação linear definida por P (x, y) = x2 + y2 , x2 + y2 é uma projeção ortogonal?




Justifique.
20. Considere o produto interno em R3 que tem {(1, 0, 1), (0, 1, 0), (1, 0, −1)} como base
ortonormada.
(a) Determine uma base ortonormada (relativamente à restrição deste produto interno)
para o subespaço U = {(x, y, z) : x + y + z = 0}.
(b) Decomponha o vetor (1, 2, −1) como a soma de um vetor em U e de outro em U ⊥ .
21. Considere o produto interno em M2×2 (R) dado por hA, Bi = tr(AT B).
   
1 2 1 1
(a) Calcule o ângulo entre as matrizes e .
−1 0 1 1
 
1 2
(b) Determine a projeção ortogonal de no subespaço
−1 0
U = {A ∈ M2×2 (R) : tr A = 0}.
22. Determine a expressão para a projeção ortogonal do espaço dos polinómios de grau menor
ou igual que 2 no subespaço dos polinómios
´1 de grau menor ou igual a 1 com respeito ao
produto interno definido por hp, qi = 0 p(x)q(x)dx.
23. Considere o espaço C([0, π], R) das funções contı́nuas com o produto interno usual.
Determine a projeção ortogonal de f (x) = x no subespaço gerado pelas funções sen x,
sen(2x) e sen(3x). Veja o gráfico da função obtida num computador.
24. Determine
(a) A equação cartesiana de uma reta que é perpendicular ao plano −x + 2y + 3z = 1
e que passa pelo ponto (1, 0, 0).
(b) A equação cartesiana de um plano U ⊂ R4 que é perpendicular aos vetores (1, 0, 2, 1)
e (0, 1, 2, −1) e passa pelo ponto (1, 1, 1, 1).

5
25. Calcule as seguintes distâncias (sempre para o produto interno usual no Rn indicado).

(a) A distância em R3 do ponto (0, 1, 2) ao plano definido pela equação x + y + z = 1.


(b) A distância em R3 de (1, 2, 1) à reta {α(0, 3, −1) : α ∈ R}.
(c) A distância em R4 entre os planos definidos pelas equações x + y − z + 3w = 5 e
x + y − z + 3w = 2.
(d) A distância em R3 do ponto (−1, 0, 1) à reta definida pelas equações x + z =
2, x + y + z = 1.

26. Mais sobre ângulos. Considere Rn com o seu produto interno usual. O ângulo entre
dois subespaços não nulos U, V ⊂ Rn tais que U ∩ V = {0} define-se como o mais
pequeno ângulo entre vetores (não nulos) u ∈ U e v ∈ V .

(a) Mostre que o ângulo entre dois planos U, V pertence a [0, π2 ].


(b) Em Cn o ângulo entre dois vetores v, w não nulos define-se como o ângulo entre
eles para o produto interno real em Cn definido por (v, w) 7→ Re(hv, wi) (ver o
Exercı́cio 13 (a)). Calcule o ângulo entre (1 + i, i) e (2 − i, 1 + i) em C2 .
(c) Mostre que o ângulo entre as linhas complexas geradas por vetores não colineares
|hv,wi|
v e w em Cn (encaradas como planos em R2n ) é arccos kvkkwk
(d) O ângulo dihedral entre dois planos U, V que se intersetam num subespaço não
nulo W = U ∩ V (e tais que nenhum deles é igual à interseção) é definido como o
ângulo entre os planos U ∩W ⊥ e V ∩W ⊥ . Calcule o ângulo dihedral entre os planos
U = {(x, y, z, w) : x − y + z − w = 0} e V = {(x, y, z, w) : 2x + y − z + 3w = 0}.

27. Determine pelo método dos quadrados mı́nimos.

(a) A reta y = ax + b que melhor aproxima os pontos (−1, 2), (0, 3), (2, 6) ∈ R2 .
(b) A função da forma α cos x+β sen x cujo que melhor aproxima os pontos (− π2 , 1), (0, 0), ( π2 , 2).
(c) O polinómio do segundo grau que melhor aproxima os pontos (0, 0), (1, 1), (2, 2), (−1, 1).
(d) O plano z = a+bx+cy que melhor aproxima os pontos (0, 0, 0), (1, 0, 1), (−1, 2, 0), (1, 2, 3).

28. Seja V um espaço vetorial com produto interno. Mostre que as seguintes afirmações
acerca de uma transformação T : V → V são equivalentes:

(i) T é unitária/ortogonal.
(ii) T é uma isometria, isto é kT (x) − T (y)k = kx − yk para todos os x, y ∈ V .
(iii) T envia a esfera unitária de V nela própria, isto é kT (x)k = 1 para todo o x ∈ V
com kxk = 1.

29. Diga se existe uma matriz simétrica real com os vetores próprios indicados e em caso
afirmativo ache uma

6
(a) Vetores próprios (1, −1, 1), (1, 1, −1) com valores próprios 1, 2.
(b) Vetores próprios (1, −1, 1), (1, 1, −1) ambos com valor próprio 1.
(c) Vetores próprios (1, 0, −1), (1, 1, 1), (1, −2, 1) com valores próprios −1, 0, 1 respeti-
vamente.
30. Classifique as seguintes formas quadráticas.
(a) f (x, y) = 3x2 + xy − y 2
(b) f (x, y) = x2 + 2xy + y 2
(c) f (x, y) = −x2 + 3xy − 3y 2
  
  1 4 x
(d) f (x, y) = x y
0 1 y
(e) f (x, y, z) = x2 + 2xy + xz − y 2 + yz + z 2
31. Determine em cada caso se a curva plana é uma elipse, uma hipérbole ou uma parábola
e ache os eixos.
(a) 2x2 + xy + 3y 2 = 5
(b) x2 + 2xy + y 2 + x − y = 3
(c) x2 + 4xy + y 2 = 1
32. Escreva uma expressão para as seguintes transformações ortogonais de R3 :
(a) Rotação de 30 graus em torno do eixo (1, 1, 0) num sentido que parece o horário
quando visto do ponto (10, 10, 0).
(b) Rotação de 45 graus em torno do eixo dos zz num sentido que parece o anti-
horário quando visto de muito acima do plano xy, seguida de uma reflexão no plano
ortogonal ao vetor (0, 1, −1).
 1 1 1 1 1

2
+ √
2 2
− 2
+ √
2 2
− 2
33. Determine o eixo e o ângulo da rotação descrita pela matriz  − 12 + 2√1 2 21 + 2√1 2 − 21 
 
1 1 √1
2 2 2

34. Seja V o espaço vetorial dos polinómios de grau ≤ 2 com o produto interno definido por

hp, qi = p(−1)q(−1) + p(0)q(0) + p(1)q(1)

e W = M2×2 (R) com o produto interno definido por hA, Bi = tr(AT B). Sendo T : V →
W a transformação linear definida por
 
p(1) p(0) + p(1)
T (p) =
p(−1) p(2)
calcule a transformação adjunta T ∗ : W → V .

7
35. (a) Sendo A ∈ Mn×n (R) uma matriz simétrica semi-definida positiva, mostre que existe
uma única matriz simétrica definida positiva B tal que B 2 = A (que se chama a
raı́z quadrada simétrica de A). Sugestão: Diagonalize.
(b) Conclua que toda a matriz simétrica definida positiva é a matriz da métrica do
produto interno usual em Rn com respeito a alguma base de Rn .
(c) Calcule s 
2 1
1 2

36. Determine as matrizes hermitianas A ∈ M2×2 (C) tais que


 
2 1 −i
A +A=
i 1

Sugestão: Diagonalize.

37. Determine a decomposição polar das seguintes matrizes


   
2 + i 1 + 2i a −b
(a) ; (b) com (a, b) 6= (0, 0)
1 + 2i 2 + i b a
38. Determine uma decomposição em valores singulares das seguintes matrizes
 
  1 −1  
1 2 1 0 1 0
(a) (b)  0 1  (c)
2 1 0 1 0 1
1 0

39. Seja A ∈ Mm×n (R) e A = U1 DU2 uma decomposição singular de A e suponha que
σ1 , . . . , σk são os valores singulares de A. Mostre que:

• A caracterı́stica de A é k.
• As primeiras k colunas de U1 são uma base ortonormada para EC(A) e as restantes
m − k uma base ortonormada para N (AT ).
• As primeiras k linhas de U2 são uma base ortonormada para EL(A) e as últimas
n − k são uma base ortonormada para N (A).

40. Mais sobre rotações. Seja O(n) = {A ∈ Mn×n (R) : At A = I} o conjunto das
transformações ortogonais de Rn (que se costuma chamar o grupo ortogonal).

(a) Mostre que se A ∈ O(n) então det(A) = ±1. Escrevemos

SO(n) = {A ∈ O(n) : det(A) = 1}, O(n)− = {A ∈ O(n) : det(A) = −1}

8
(b) Mostre que   
cos α − sen α
SO(2) = : α ∈ [0, 2π]
sen α cos α
  
cos α sen α
O(2)− = : α ∈ [0, 2π]
sen α − cos α
(c) Mostre que os elementos de O(2)− são reflexões (na reta gerada por (cos α2 , sen α2 ))
e que os elementos de SO(2) se podem escrever como o produto de duas reflexões.
(d) Dada A in O(3) mostre que existe uma base ortonormada de R3 na qual a expressão
de A é da forma
   
1 0 0 −1 0 0
 0 cos α − sin α  ou  0 cos α − sin α 
0 sin α cos α 0 sin α cos α

consoante A ∈ SO(3) ou A ∈ O(3)− respetivamente.


(e) Dado A ∈ O(n), mostre que existe uma base ortonormada de Rn na qual a expressão
de A é da forma
   
A1 0 0 0 ±1 0 0 0
 0 A2 0 0   0 A1 0 0 
ou
   
 ...   ... 
 0 0 0   0 0 0 
0 0 0 A n2 0 0 0 A n−1
2

consoante n é par ou ı́mpar, onde Ai ∈ SO(2) para i ≥ 2; A1 ∈ O(2) se n é par e


A1 ∈ SO(2) quando n é ı́mpar.
(f) Mostre que todo o elemento de O(n) pode ser escrito como um produto de k
reflexões com k ≤ n.

∗ 41. A norma de uma matriz quadrada. Seja V 6= {0} um espaço vetorial de dimensão
finita com produto interno e T : V → V um endomorfismo. Define-se a norma de T por

kT (v)k
kT k = sup
v∈V \{0} kvk

(a) Mostre que kT k está bem definida, isto é, que o conjunto { kTkvk
(v)k
: v ∈ V \ {0}} é
limitado superiormente.
(b) Mostre que para todo o v ∈ V se tem kT (v)k ≤ kT kkvk.
(c) Mostre que T 7→ kT k é de facto uma norma no espaço vetorial L(V, V ) (veja o
exercı́cio 12).
(d) Mostre que se T é diagonalizável por uma base ortogonal então kT k = max{|λ1 |, . . . , |λk |}
onde λi são os valores próprios de T .

9
p
(e) Mostre que, em geral, kT k = kT ∗ T k, isto é, a norma é o maior dos valores
singulares de T .
 
2 1 1
(f) Para o produto interno usual em R , calcule a norma de .
0 1
(g) A exponencial de matrizes. O limite de uma sucessão de vetores num espaço de
dimensão finita é definido coordenada a coordenada (em qualquer base). Mostre
que para qualquer T ∈ L(V, V ) a expressão

X 1 n
v 7→ T (v)
n=0
n!
 
3t t  
define um endomorfismo de V (que se denota por eT ). Calcule e 0 3t .

∗ 42. Este exercı́cio caracteriza as transformações lineares que são diagonalizávels com respeito
a uma base ortogonal. Uma matriz A ∈ Mn×n (C) diz-se normal se A∗ A = AA∗ .

(a) Verifique que se A é unitária, hermitiana ou anti-hermitiana então A é normal.


(b) Verifique que se A = U DU −1 com U unitária e D diagonal então A é normal.
(c) Nas restantes alı́neas, assuma que A é normal. Mostre que AA∗ é hermitiana e
semi-definida positiva.
(d) Verifique que A comuta com AA∗ e portanto os espaços próprios de AA∗ são
invariantes por A.
(e) Mostre que se E(λ) é o espaço próprio de AA∗ correspondente ao valor próprio
λ > 0 então a restrição de √1λ A a E(λ) é uma transformação unitária.
(f) Conclua que se A é normal existe uma matriz unitária U e uma matriz diagonal D
tal que A = U DU −1 .
(g) Determine se é possı́vel achar uma matriz unitária que diagonalize as seguintes
matrizes:  
  1 1 0
2 3
(i) (ii)  0 1 1 
−1 2
1 0 1

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