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Exercícios de Complementos de

Álgebra Linear e Geometria Analítica

Autores: Irene Brito e Gaspar J. Machado


Instituição: Universidade do Minho
Data: dezembro 2020
Versão: 1.0
Índice

1 Produto interno em Rn 1
1.1 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2 Espaços afins 41
2.1 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

3 Cónicas e Quádricas 77
3.1 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
3.2 Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
ÍNDICE

D
Capítulo 1 Produto interno em Rn

1.1 Exercícios

1. Sejam u = (2, −2, 3), v = (1, −3, 4) e w = (3, 6, −4). Calcule as seguintes expressões:

(a) ku + vk. (d) k3u − 5v + wk.


1
(b) kuk + kvk. (e) u.
kwk
(c) k − 2uk + 2kuk. 1
(f) kwk u .

2. Suponha que u, v e w são vetores tais que u · v = 2, v · w = −3, u · w = 5, kuk = 1,


kvk = 2, kwk = 7. Calcule as seguintes expressões:

(a) (u + v) · (v + w). (d) ku + vk.


(b) (2v − w) · (3u + 2w). (e) k2w − vk.
(c) (u − v − 2w) · (4u + v). (f) ku − 2v + 4wk.

3. Sejam (V, ·) um espaço euclidiano, u, v, w ∈ V e k ∈ R. Explique porque é que as


seguintes expressões não fazem sentido:
(a) u · (v · w).
(b) (u · v) + w.
(c) k · (u + v).
4. Sejam (V, ·) um espaço euclidiano e u, v ∈ V . Mostre que:
(a) ku + vk2 + ku − vk2 = 2kuk2 + 2kvk2 .
(b) u · v = 41 ku + vk2 − 41 ku − vk2 .
5. Sejam (V, ·) um espaço euclidiano e a aplicação
k·k: V −→ R

x 7−→ x · x.
Mostre que (V, k · k) é um espaço normado.
6. Mostre que a Desigualdade de Cauchy-Schwarz é válida considerando os seguintes vetores
usando o produto interno usual:
(a) u = (3, 1), v = (4, −1).
(b) u = (−3, 1, 0), v = (2, −1, 3).
(c) u = (0, −2, 2, 1), v = (−1, −1, 1, 1).
7. Considere o espaço euclidiano Rn .
(a) Prove que a Desigualdade de Cauchy-Schwarz se transforma numa igualdade se e só
se os vetores em causa são linearmente dependentes.
Capítulo 1 Produto interno em Rn

(b) Prove que a Desigualdade Triangular se transforma numa igualdade se e só se um


dos vetores em causa se escreve à custa do outro por meio de um coeficiente real não
negativo.
8. Considere R3 com o produto interno usual. Calcule o seno e o cosseno do ângulo formado
pelos vetores a = (1, 1, 1) e b = (1, −2, 3).
9. Considere R4 com o produto interno usual. Calcule o cosseno do ângulo formado pelos
vetores a = (4, 3, 1, −2) e b = (−2, 1, 2, 3).
10. Sejam (e1 , e2 , e3 ) uma base ortonormada de R3 e u = e1 + e2 e v = e2 + e3 dois vetores
de R3 . Determine os comprimentos dos vetores u e v e o ângulo θ por eles definido.
11. Sejam u = (α, β, 5), v = (α, β, −1), w = (−β, 1, 0) ∈ R3 . Determine para que valores
reais de α e β os vetores u, v, w são perpendiculares dois a dois.
12. Considere os vetores a = (1, 0, 1) e b = (0, 1, 1) de R3 . Determine o vetor c de

comprimento igual a 6 do plano definido pelos vetores a e b, tal que o ângulo θ que faz
com o vetor a coincide com o ângulo que o mesmo vetor faz com b. Determine também o
ângulo θ.
13. Mostre que se u e v são vetores ortogonais de um espaço euclidiano, então ku + vk2 =
kuk2 + kvk2 .
14. Mostre que se u e v são vetores ortogonais de um espaço euclidiano tais que kuk = kvk =

1, então ku − vk = 2.
15. Sejam a = (2, 1, 2) b = (−2, 2, 1) vetores de R3 . Mostre que a e b são perpendiculares
entre si e determine todos os vetores que são perpendiculares simultaneamente a a e b de
comprimento igual a kakkbk.
1 2 2 2 1 2
, v3 = − 23 , 23 , 13 de R3 .
  
16. Considere os vetores v1 = 3, 3, −3 , v2 = 3, 3, 3

(a) Mostre que v1 , v2 , v3 formam uma base ortogonal.


(b) Mostre que v1 , v2 , v3 formam uma base ortonormada.
17. Considere os seguintes conjuntos de vetores de R2 :

A = {(0, 1), (2, 0)},


   
1 1 1 1
B= −√ , √ , √ ,√ ,
2 2 2 2
   
1 1 1 1
C= −√ , −√ , √ ,√ ,
2 2 2 2
D = {(0, 0), (0, 1)}.

(a) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortogonais.


(b) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortonormados.
18. Considere os seguintes conjuntos de vetores de R3 :
     
1 1 1 1 1 1 1
A= √ , 0, √ , √ ,√ ,√ , − √ , 0, √ ,
2 2 3 3 3 2 2
     
2 2 1 2 1 2 1 2 2
B= ,− , , , ,− , , , ,
3 3 3 3 3 3 3 3 3

2
1.1 Exercícios
   
1 1
C= (1, 0, 0) , 0, √ , √ , (0, 0, 1) .
2 2
(a) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortogonais.
(b) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortonormados.
19. Seja {v1 , v2 , v3 } uma base ortonormada de um espaço euclidiano (V, ·). Mostre que se
w ∈ V , então kwk2 = (w · v1 )2 + (w · v2 )2 + (w · v3 )2 .
20. Sejam (V, ·) um espaço euclidiano e W um subespaço de V . Mostre que W ⊥ é um
subespaço de V .
21. Considere R3 com o produto interno usual. Determine os complementos ortogonais dos
seguintes conjuntos:
(a) X = {(1, 0, 1)}.
(b) Y = {(1, 0, 1), (1, 2, −1)}.
(c) F = h(1, 0, 0)i.
(d) G = h(1, 0, 1), (1, 2, −1)i.
22. Determine o complemento ortogonal do subespaço de R3 gerado pelos seguintes vetores:
(a) v1 = (1, −1, 3), v2 = (5, −4, −4), v3 = (7, −6, 2).
(b) v1 = (2, 0, −1), v2 = (4, 0, −2).
(c) v1 = (1, 4, 5, 2), v2 = (2, 1, 3, 0), v3 = (−1, 3, 2, 2).
(d) v1 = (1, 2, 3).
h 1 2 −1 2 i
23. Seja A = 3 5 0 4 .
11 2 0
(a) Determine bases para o espaço das linhas de A e para o espaço nulo de A.
(b) Verifique que todo o vetor do espaço das linhas de A é ortogonal a todo o vetor do
espaço nulo de A.
(c) Determine bases para o espaço das colunas de A e para o espaço nulo de AT .
(d) Verifique que todo o vetor do espaço das colunas de A é ortogonal a todo o vetor do
espaço nulo de AT .
24. Determine a projeção ortogonal de u sobre a e também o vetor u−proja u, que é ortogonal
a proja u, considerando os seguintes vetores:
(a) u = (2, −1, 3), a = (4, −1, 2).
(b) u = (6, 2), a = (3, −9).
(c) u = (−1, −2), a = (−2, 3).
(d) u = (3, 1, −7), a = (1, 0, 5).
(e) u = (1, 0, 0), a = (4, 3, 8).
25. Determine k proja uk para os seguintes vetores:
(a) u = (1, −2), a = (−4, −3).
(b) u = (5, 6), a = (2, −1).
(c) u = (3, 0, 4), a = (2, 3, 3).
(d) u = (3, −2, 6), a = (1, 2, −7).
26. Considere o vetor x = (1, 0, 2) de R3 . Determine a projeção ortogonal de x sobre um

3
Capítulo 1 Produto interno em Rn

vetor y do plano definido pelos vetores e1 = (1, 0, 0) e e2 = (0, 1, 0). Sabe-se que y faz
um ângulo igual a π/4 com e1 e um ângulo igual a π/4 com e2 .
27. Considere o espaço vetorial R3 com o produto interno usual. Usando o método de Gram-
Schmidt, obtenha a partir dos vetores da base e1 = (1, 2, −2), e2 = (4, 3, 2), e3 = (1, 2, 1)
uma base ortonormada {w1 , w2 , w3 }.
28. Considere o subespaço F = h(1, −1, 0), (2, 0, 1)i ⊆ R3 . Determine uma base ortonor-
mada de F .
29. Aplique o processo de Gram-Schmidt para transformar as seguintes bases de R2 em bases
ortonormadas:
(a) {(1, −3), (2, 2)}.
(b) {(1, 0), (3, −5)}.
30. Aplique o processo de Gram-Schmidt para transformar as seguintes bases de R3 em bases
ortonormadas:
(a) {(1, 1, 1), (−1, 1, 0), (1, 2, 1)}.
(b) {(1, 0, 0), (3, 7, 2), (0, 4, 1)}.
31. Aplique o processo de Gram-Schmidt para transformar a base

{(0, 2, 1, 0), (1, −1, 0, 0), (1, 2, 0, −1), (1, 0, 0, 1)}

de R4 numa base ortonormada.


32. Sejam W = h(1, 2, 1), (2, 1, −1)i e v = (−1, 1, 2). Determine projW v e projW ⊥ v.
33. Seja W um subespaço de Rn e x ∈ W . Mostre que projW x = x.
34. Sejam a projeção ortogonal de u no subespaço de R3 gerado pelos vetores v1 e v2 .
(a) u = (2, 1, 3), v1 = (1, 1, 0), v2 = (1, 2, 1).
(b) u = (1, −6, 1), v1 = (−1, 2, 1), v2 = (2, 2, 4).
35. Determine a decomposição QR das seguintes matrizes:
(a) A = 12 −1
 
.
h 1 23i
(b) B = 0 1 .
h 114 1 i
(c) C = −2 1 .
h 12 0 12 i
(d) D = 0 1 1 .
h 11 2 20 i
(e) E = −1 0 .
0 1
1 −1
h i
36. Seja (S) o sistema de equações lineares cuja matriz dos coeficientes é A = 3 2 e
h4i −2 4
cujo vetor dos termos independentes é b = 1 .
3
(a) Determine a sua solução de mínimos quadrados.
(b) Determine a projeção ortogonal de b no espaço das colunas de A.
37. Determine o sistema normal associado a Ax = b para os seguintes sistemas de equações
lineares:
h 1 −1 i h 2
i
(a) A = 2 3 e cujo vetor dos termos independentes é b = −1 .
4 5 5

4
1.1 Exercícios
2 −1 0
   −1 
(b) A = 3 1 2 e cujo vetor dos termos independentes é b = 01 .
−1 4 5
1 2 4 2
38. Determine a solução de mínimos quadrados dos seguintes sistemas de equações lineares
Ax = b e calcule a projeção ortogonal de b no espaço das colunas de A:
h1 1i h1i
(a) A = 1 2 , b = 1 .
h 12 −2
3 i h2 2 i
(b) A = 1 1 , b = −1 .
3 1 1
39. Determine a projeção ortogonal de u = (1, −6, 1) no subespaço de R3 gerado pelos
vetores v1 = (−1, 2, 1) e v2 = (2, 2, 4) usando o Método dos mínimos quadrados.
40. Considere as seguintes observações que são resultados de uma experiência:

x -1 0 1 2
y 0 1 3 9

Suspeita-se que y seja uma função quadrática de x

y = a + bx + cx2 .

Determine a função quadrática usando o método de mínimos quadrados.


41. Determine a solução de mínimos quadrados do sistema de equações lineares Ax = b,

"A
sabendo que
1
= QR,
1
# com as matrizes Q, R e b dadas a seguir.
√ √ h1i
2 2
(a) Q = √1 − √1 , R = [ 10 11 ], b = 1 .
2 2 1
" 10 0 0 0 #  1 
√1 √1 11 √
h i
(b) Q = 0 12 − 1 2 , R = 0 1 , b = √2 .
0 √ √ 00 − 2
2 2
 1 −1  −1 
42. Sejam A = 11 −1 4 e b = 65 . Usando a decomposição QR, determine a solução de
1 4 7
mínimos quadrados de Ax = b.

5
Capítulo 1 Produto interno em Rn

1.2 Resoluções

1. Sejam u = (2, −2, 3), v = (1, −3, 4) e w = (3, 6, −4). Calcule as seguintes expressões:

(a) ku + vk. (d) k3u − 5v + wk.


1
(b) kuk + kvk. (e) u.
kwk
(c) k − 2uk + 2kuk. 1
(f) kwk u .

(a)
√ √
ku + vk = k(2, 2, −3) + (1, −3, 4)k = k(3, −5, 7)k = 9 + 25 + 49 = 83.

(b)

kuk + kvk = k(2, 2, −3)k + k(1, −3, 4)k


√ √
= 4 + 4 + 9 + 1 + 9 + 16
√ √
= 17 + 26.

(c)

k − 2uk + 2kuk = k − 2(2, 2, −3)k + 2k(2, 2, −3)k



= k(−4, −4, 6)|k + 2 17
√ √
= 68 + 2 17.

(d)

k3u − 5v + wk = k3(2, −2, 3) − 5(1, −3, 4) + (3, 6, −4)k


= k(6, −6, 9) − (5, −15, 20) + (3, 6, −4)k
= k(4, 15, −15)k

= 16 + 225 + 225

= 466.

(e)
1 1 1 1
u= (2, −2, 3) = √ (2, −2, 3) = √ (2, −2, 3).
kwk k(3, 6, −4)k 9 + 36 + 24 61
(f)

1 1
kwk u = k(3, 6, −4)k (2, −2, 3)


1
= √
61 (2, −2, 3)

1
= √ k(2, −2, 3)k
61
1 √
=√ 17
61
r
17
= .
61

6
1.2 Resoluções

2. Suponha que u, v e w são vetores tais que u · v = 2, v · w = −3, u · w = 5, kuk = 1,


kvk = 2, kwk = 7. Calcule as seguintes expressões:

(a) (u + v) · (v + w). (d) ku + vk.


(b) (2v − w) · (3u + 2w). (e) k2w − vk.
(c) (u − v − 2w) · (4u + v). (f) ku − 2v + 4wk.

(a)

(u + v) · (v + w) = u · v + u · w + v · v + v · w
= 2 + 5 + kvk2 − 3
=2+5+4−3
= 8.

(b)

(2v − w) · (3u + 2w) = 2 × 3 × (v · u) + 2 × 2 × (v · w) − 3(w · u) − 2(w · w)


= 6 × 2 + 4 × (−3) − 3 × 5 − 2kwk2
= 12 − 12 − 15 − 2 × 49
= −113.

(c)

(u − v − 2w) · (4u + v) = 4 ((u · u) − (v · u) − 2(w · u)) + u · v − v · v − 2(w · v)


= 4 kuk2 − 2 − 10 + 2 − kvk2 + 6


= 4(−11) + 2 − 4 + 6
= −40.

(d)
p
ku + vk = (u + v) · (u + v)
p
= kuk2 + 2(u · v) + kvk2

= 1+4+4
= 3.

(e)
p √ √
k2w − vk = 4kwk2 − 4(w · v) + kvk2 = 4 × 49 + 12 + 4 = 212.

(f)
p
ku − 2v + 4wk = kuk2 − 4(u · v) + 8(u · w) + 4kvk2 − 16(v · w) + 16kwk2

= 1 − 8 + 40 + 16 + 48 + 16 × 49

= 881.

7
Capítulo 1 Produto interno em Rn

3. Sejam (V, ·) um espaço euclidiano, u, v, w ∈ V e k ∈ R. Explique porque é que as


seguintes expressões não fazem sentido:
(a) u · (v · w).
(b) (u · v) + w.
(c) k · (u + v).

(a) Como v · w é um escalar, não é possível calcular o produto interno entre u e v · w.


(b) Como u · v é um escalar, não é possível calcular a soma deste escalar com o vetor w.
(c) Como k é um escalar e u + v é um vetor, não está definido o produto interno entre k
e u + v.
4. Sejam (V, ·) um espaço euclidiano e u, v ∈ V . Mostre que:
(a) ku + vk2 + ku − vk2 = 2kuk2 + 2kvk2 .
(b) u · v = 41 ku + vk2 − 41 ku − vk2 .

(a)

ku + vk2 + ku − vk2 = ( (u + v) · (u + v))2 + ( (u − v) · (u − v))2


p p

=u·u+u·v+v·u+v·v+u·u−u·v
−v·u+v·v
= 2(u · u) + 2(v · v)
= 2kuk2 + 2kvk2 .

(b)
1 1 1 p 1
ku + vk2 − ku − vk2 = ( (u + v) · (u + v))2 − ((u − v) · (u − v))2
4 4 4 4
1
= (u · u + u · v + v · u + v · v)
4
1
− (u · u − u · v − v · u + v · v)
4
1 1
= (u · v) + (u · v)
2 2
= u · v.

5. Sejam (V, ·) um espaço euclidiano e a aplicação


k·k: V −→ R

x 7−→ x · x.
Mostre que (V, k · k) é um espaço normado.

(V, k · k) é um espaço normado se a aplicação x · x verifica as propriedades da definição
de norma.
Condição (a): ∀x, y ∈ V [kx + yk 6 kxk + kyk] (desigualdade triangular).
Sejam x, y ∈ V . Tem-se

kx + yk2 = (x + y) · (x + y)
= x · x + 2(x · y) + y · y

8
1.2 Resoluções

= kxk2 + 2(x · y) + kyk2


≤ kxk2 + 2|x · y| + kyk2
≤ kxk2 + 2kxkkyk + kyk2
= (kxk + kyk)2 ,

onde na primeira desigualdade se usou a propriedade de para qualquer escalar k ∈ R


se tem k ≤ |k| e na segunda desigualdade se aplicou a Desigualdade de Cauchy-
Schwarz. Então, aplicando a raiz quadrada às duas expressões da desigualdade
kx + yk2 ≤ (kxk + kyk)2 conclui-se que kx + yk 6 kxk + kyk.
Condição (b): ∀x ∈ V, ∀α ∈ R[kαxk = |α|kxk].
Sejam x ∈ V e α ∈ R. Então,
p p √ √ √
kαxk = (αx) · (αx) = α2 (x · x) = α2 x · x = α2 kxk = |α|kxk.

Condição (c): ∀x ∈ V \{0V }[kxk > 0].



Seja x ∈ V \{0V }. Como kxk = x · x e x · x > 0 (pela propriedade (d) definição

de produto interno), então x · x > 0 e assim conclui-se que kxk > 0.
Condição (d): k0V k = 0.
√ √
Tem-se k0v k = 0V · 0V = 0 = 0, onde se usou a propriedade (e) da definição
de produto interno.
Assim, como as condições da definição de norma são válidas, conclui-se que a
aplicação dada é uma norma e (V, k · k) é um espaço normado.

6. Mostre que a Desigualdade de Cauchy-Schwarz é válida considerando os seguintes vetores


usando o produto interno usual:

(a) u = (3, 1), v = (4, −1).


(b) u = (−3, 1, 0), v = (2, −1, 3).
(c) u = (0, −2, 2, 1), v = (−1, −1, 1, 1).

(a) Como

|u · v| = |(3, 1) · (4, −1)| = |12 − 1| = 11

e
√ √ √ √
kukkvk = k(3, 1)kk(4, −1)k = 10 17 = 170(> 121 = 11),

é válido que |u · v| ≤ kukkvk.


(b) Tem-se

|u · v| = |(−3, 1, 0) · (2, −1, 3)| = | − 6 − 1| = 7

e
√ √ √ √
kukkvk = k(−3, 1, 0)kk(2, −1, 3)k = 10 14 = 140(> 49 = 7),

logo |u · v| ≤ kukkvk.

9
Capítulo 1 Produto interno em Rn

(c) Tem-se

|u · v| = |(0, −2, 2, 1) · (−1, −1, 1, 1)| = |2 + 2 + 1| = 5

e
√ √
kukkvk = k(0, −2, 2, 1)kk(−1, −1, 1, 1)k = 9 4 = 6,

logo é válido que |u · v| ≤ kukkvk.


7. Considere o espaço euclidiano Rn .
(a) Prove que a Desigualdade de Cauchy-Schwarz se transforma numa igualdade se e só
se os vetores em causa são linearmente dependentes.
(b) Prove que a Desigualdade Triangular se transforma numa igualdade se e só se um
dos vetores em causa se escreve à custa do outro por meio de um coeficiente real não
negativo.
(a) Pretende-se provar que |x·y| = kxkkyk se e só se x e y são linearmente dependentes.
(⇐): Sejam x, y ∈ V dois vetores linearmente dependentes. Então, existe
k ∈ R tal que y = kx. Calculando |x · y| e kxkkyk, obtém-se

|x · y| = |x · kx| = |k||x · x| = |k|kxk2

(note que x · x ≥ 0) e

kxkkyk = kxkkkxk = |k|kxk2 ,

respetivamente, donde se conclui que as expressões |x · y| e kxkkyk coincidem.


(⇒): Sejam x, y ∈ V tais que |x · y| = kxkkyk.
Supondo que se dá a igualdade, então, na demonstração da Desigualdade de
Cauchy-Schwarz tem que se ter

4(x · y)2 − 4kxk2 kyk2 = 0,

o que significa que o polinómio

(tx + y) · (tx + y) ⇔ t2 kxk2 + 2t(x · y) + kyk2

tem uma raiz de multiplicidade 2. Logo,


x·y x·y
t=− =−
2kxk2 kxk2
e como t é raiz do polinómio, tem-se

(tx + y) · (tx + y) = 0 ⇔ ktx + yk = 0,

donde se conclui que tx + y = 0V . Substituindo a expressão de t nesta última


igualdade obtém-se
   
x·y x·y
tx + y = 0V ⇔ − x + y = 0V ⇔ y = x,
kxk2 kxk2
x·y
donde se conclui que y é uma combinação linear de x, i.e. y = kx com k = kxk2
,
o que significa que x e y são linearmente dependentes.
(b) Pretende-se provar que kx + yk = kxk + kyk se e só se y = kx, k ≥ 0.

10
1.2 Resoluções

(⇒): Sejam x, y ∈ V dois vetores tais que kx + yk = kxk + kyk. Então, pela
demonstração da desigualdade triangular (ver resolução do exercício 5.), para
haver igualdade tem que se ter

x · y = |x · y| = kxkkyk.

Como |x · y| = kxkkyk, conclui-se pelo exercício anterior que x e y são


linearmente dependentes, sendo por exemplo y = kx, k ∈ R. Então x · y =
x · kx = k(x · x) e, como kxkkyk ≥ 0 ⇒ x · y ≥ 0, é válido que k ≥ 0, porque
x · x ≥ 0. Assim, provou-se que y = kx, onde k ≥ 0.
(⇐): Sejam x, y ∈ V dois vetores tais que y = kx, k ≥ 0. Então, pelo exercício
anterior, como x e y são linearmente dependentes, tem-se |x · y| = kxkkyk. Por
outro lado, verifica-se

x · y = x · kx = k(x · x) ≥ 0.

Logo, x · y = |x · y| = kxkkyk e pela demonstração da desigualdade triangular


(ver resolução do exercício 5.) conclui-se que kx + yk2 = (kxk + kyk)2 , que
implica kx + yk = kxk + kyk.

8. Considere R3 com o produto interno usual. Calcule o seno e o cosseno do ângulo formado
pelos vetores a = (1, 1, 1) e b = (1, −2, 3).
Seja θ = ∠(a, b). Então,

a·b (1, 1, 1) · (1, −2, 3) 1−2+3 42
cos θ = = = √ √ = ,
kakkbk k(1, 1, 1)kk(1, −2, 3)k 3 14 21
r r r
p 42 2 19
sen θ = 1 − cos2 θ = 1 − 2 = 1 − = .
21 21 21
9. Considere R4 com o produto interno usual. Calcule o cosseno do ângulo formado pelos
vetores a = (4, 3, 1, −2) e b = (−2, 1, 2, 3).
Seja θ = ∠(a, b). Então,
a·b
cos θ =
kakkbk
(4, 3, 1, −2) · (−2, 1, 2, 3)
=
k(4, 3, 1, −2)kk(−2, 1, 2, 3)k
−8 + 3 + 2 − 6
=√ √
16 + 9 + 1 + 4 4 + 1 + 4 + 9
−9
=√ √
30 18

15
=− .
10
10. Sejam (e1 , e2 , e3 ) uma base ortonormada de R3 e u = e1 + e2 e v = e2 + e3 dois vetores
de R3 . Determine os comprimentos dos vetores u e v e o ângulo θ por eles definido.
Os comprimentos dos vetores u e v são

kuk = ke1 + e2 k

11
Capítulo 1 Produto interno em Rn
p
= (e1 + e2 ) · (e1 + e2 )
p
= e1 · e1 + 2(e1 · e2 ) + e2 · e2
p
= ke1 k2 + 0 + ke2 k2

= 1+1

= 2

kvk = ke2 + e3 k
p
= (e2 + e3 ) · (e2 + e3 )
p
= e2 · e2 + 2(e2 · e3 ) + e3 · e3
p
= ke2 k2 + 0 + ke3 k2

= 1+1

= 2,

respetivamente.
Seja θ = ∠(u, v). Então,
u·v
cos θ =
kukkvk
(e1 + e2 ) · (e2 + e3 )
=
ke1 + e2 kke2 + e3 k
e1 · e2 + e1 · e3 + e2 · e2 + e2 · e3
= √ √
2 2
ke2 k 2
=
2
1
= ,
2
logo θ = arccos 12 = π3 .


11. Sejam u = (α, β, 5), v = (α, β, −1), w = (−β, 1, 0) ∈ R3 . Determine para que valores
reais de α e β os vetores u, v, w são perpendiculares dois a dois.
Os vetores u, v, w são perpendiculares dois a dois se u · v = 0, u · w = 0 e v · w = 0.
Assim, tem-se

u · v = (α, β, 5) · (α, β, −1) = α2 + β 2 − 5 = 0


u · w = (α, β, 5) · (−β, 1, 0) = −αβ + β = 0
v · w = (α, β, −1) · (−β, 1, 0) = −αβ + β = 0,

que é equivalente ao sistema de equações


  
α 2 + β2 = 5 2 2
 α =5  β =4

 
 


β(−α + 1) = 0 ⇔ β=0 ∨ α=1 ⇔

 
 

β(−α + 1) = 0 0=0 0=0
  

12
1.2 Resoluções
 √ √ 


 α = 5 ∨ α = − 5  β = 2 ∨ β = −2


β=0 ∨ α=1

 

0=0 0 = 0.
 

Logo, u, v, w são perpendiculares dois a dois se e só se


 √ √ 
α ∈ {− 5, 5} ∧ β = 0 ∨ (α = 1 ∧ β ∈ {−2, 2}) .

12. Considere os vetores a = (1, 0, 1) e b = (0, 1, 1) de R3 . Determine o vetor c de



comprimento igual a 6 do plano definido pelos vetores a e b, tal que o ângulo θ que faz
com o vetor a coincide com o ângulo que o mesmo vetor faz com b. Determine também o
ângulo θ.
Seja c = (c1 , c2 , c3 ) ∈ R3 . Como ∠(a, c) = ∠(b, c), então tem-se
a·c b·c (1, 0, 1) · (c1 , c2 , c3 ) (0, 1, 1) · (c1 , c2 , c3 )
= ⇔ =
kakkck kbkkck k(1, 0, 1)kk(c1 , c2 , c3 )k k(0, 1, 1)kk(c1 , c2 , c3 )k
c1 + c3 c2 + c3
⇔ √ = √
2kck 2kck
⇔ c1 = c2 ,

logo c = (c1 , c1 , c3 ).
Como c pertence ao plano definido por a e b, então existem α, β ∈ R tais que

α(1, 0, 1) + β(0, 1, 1) = (c1 , c1 , c3 ),


h1 0i
o que significa que o sistema de equações lineares Ax = b com A = 0 1 , x = [ αβ ] e
h c1 i 11
b = c1 é possível. Aplicando o Método de Gauss, vem
c
3
   
1 0 c1 ←−−−−−−−−−→ 1 0 c1 ←−−−−−−−−−→
   
 0 1 c1   0 1 c1 
   
1 1 c3 `3 ← `3 + `1 0 1 c3 − c1 `3 ← `3 − `2
 
1 0 c1
 
 0 1 c1 .
 
0 0 c3 − 2c1
Como car(A) = 2, então o sistema é possível se e só se c3 − 2c1 = 0 ⇔ c3 = 2c1 . Assim,
o vetor c fica definido da forma c = (c1 , c1 , 2c1 ).

Tem-se ainda que o comprimento de c é igual a 6, então
√ q √ q √
kck = 6 ⇔ c21 + c21 + 4c21 = 6 ⇔ 6c21 = 6 ⇔ 6c21 = 6 ⇔ c21 = 1,

donde se obtém c1 = −1 ∨ c1 = 1.
Assim, conclui-se que

c = (−1, −1, −2) ∨ c = (1, 1, 2).

Para c = (−1, −1, −2) o ângulo θ = ∠(a, c) = ∠(b, c) é dado por


 
(1, 0, 1) · (−1, −1, −2)
θ = arccos
k(1, 0, 1)kk(−1, −1, −2)k

13
Capítulo 1 Produto interno em Rn
 
−1 − 2
= arccos √ √
2 6
√ !
3
= arccos −
2
π
=π−
6
5
= π
6
e para c = (1, 1, 2) obtém-se
    √ !
(1, 0, 1) · (1, 1, 2) 1+2 3 π
θ = arccos = arccos √ √ = arccos = .
k(1, 0, 1)kk(1, 1, 2)k 2 6 2 6
13. Mostre que se u e v são vetores ortogonais de um espaço euclidiano, então ku + vk2 =
kuk2 + kvk2 .
Sabe-se que u · v = 0 e que kuk = kvk = 1. Então, tem-se
p 2
ku − vk2 = (u − v) · (u − v)

= u · u + 2(u · v) + v · v
=u·u+v·v
= kuk2 + kvk2 .

14. Mostre que se u e v são vetores ortogonais de um espaço euclidiano tais que kuk = kvk =

1, então ku − vk = 2.
Sabe-se que u · v = 0 e que kuk = kvk = 1. Então, tem-se
p
ku − vk = (u − v) · (u − v)
p
= u · u + 2(u · v) + v · v

= u·u+v·v
p
= kuk2 + kvk2

= 2.

15. Sejam a = (2, 1, 2) b = (−2, 2, 1) vetores de R3 . Mostre que a e b são perpendiculares


entre si e determine todos os vetores que são perpendiculares simultaneamente a a e b de
comprimento igual a kakkbk.
Como a · b = (2, 1, 2) · (−2, 2, 1) = −4 + 2 + 2 = 0, então conclui-se que a e b são
perpendiculares entre si.
Seja v = (x, y, z) ∈ R3 tal que v ⊥ a ⇔ v · a = 0 e v ⊥ b ⇔ v · b = 0. Estas condições
são equivalentes ao sistema de equações lineares

 2x + y + 2z = 0
−2x + 2y + z = 0.

14
1.2 Resoluções
hxi
2 12 , x̄ = yz e b = [ 00 ] pelo Método de
 
Resolvendo o sistema Ax̄ = b, com A = −2 2 1
Gauss, vem
   
2 1 2 0 ←−−−−−−−−−→ 2 1 2 0
   .
−2 2 1 0 `2 ← `2 + `1 0 3 3 0
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, conclui-se
que o sistema é possível e indeterminado, tendo z como incógnita livre. O sistema é
equivalente ao sistema de equações lineares
 
2x + y + 2z = 0  x = −z
2

 3y + 3z = 0  y = −z.
Assim, tem-se v = − z2 , −z, z , onde z ∈ R.

√ √
Sabe-se ainda que kvk = kakkbk = 9 9 = 9, logo
r r
z 2 9z 2
kvk = 9 ⇔ − + (−z)2 + z 2 = 9 ⇔ = 9 ⇔ z 2 = 36.
2 4
Daqui resulta que z = −6 ∨ z = 6.
Então, o vetor que verifica as condições pretendidas é v = (−3, −6, 6) para z = −6 ou
v = (3, 6, −6) para z = 6.
1 2 2 2 1 2
, v3 = − 23 , 23 , 13 de R3 .
  
16. Considere os vetores v1 = 3, 3, −3 , v2 = 3, 3, 3

(a) Mostre que v1 , v2 , v3 formam uma base ortogonal.


(b) Mostre que v1 , v2 , v3 formam uma base ortonormada.

(a) Tem-se
   
1 2 2 2 1 2 2 2 4
v1 · v2 = , ,− · , , = + − =0
3 3 3 3 3 3 9 9 9
   
1 2 2 2 2 1 2 4 2
v1 · v3 = , ,− · − , , =− + − =0
3 3 3 3 3 3 9 9 9
   
2 1 2 2 2 1 4 2 2
v2 · v3 = , , · − , , = − + + = 0,
3 3 3 3 3 3 9 9 9
pelo que os vetores v1 , v2 , v3 são ortogonais dois a dois. Além disso, como

1 2
− 2
3 3 3

2 1 2 =
1 8 8 4 4 4 27
3 3 3 3
− 3 − 3 − 3 − 3 − 3 = − 3 6= 0,
2 2 1
3 3 3 3 3 3 3

3 3 3
então v1 , v2 , v3 são linearmente indendentes e, como dim(R3 ) = 3 é igual ao número
de vetores considerados, formam uma base de R3 . Assim, conclui-se que v1 , v2 , v3
formam uma base ortogonal.
(b) Dado que os vetores v1 , v2 , v3 formam uma base ortogonal (pela alínea anterior) e
como r
1 4 4
kv1 k = + + =1
9 9 9
r
4 1 4
kv2 k = + + =1
9 9 9

15
Capítulo 1 Produto interno em Rn
r
4 4 1
kv3 k = + + = 1,
9 9 9
então, v1 , v2 , v3 formam uma base ortonormada.

17. Considere os seguintes conjuntos de vetores de R2 :

A = {(0, 1), (2, 0)},


   
1 1 1 1
B= −√ , √ , √ ,√ ,
2 2 2 2
   
1 1 1 1
C= −√ , −√ , √ ,√ ,
2 2 2 2
D = {(0, 0), (0, 1)}.

(a) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortogonais.


(b) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortonormados.

(a) A é um conjunto ortogonal, porque (0, 1) · (2, 0) = 0.


B é um conjunto ortogonal, porque
   
1 1 1 1 1 1
−√ , √ · √ ,√ = − + = 0.
2 2 2 2 2 2
C não é um conjunto ortogonal, porque
   
1 1 1 1 1 1
−√ , −√ · √ ,√ = − − = −1 6= 0.
2 2 2 2 2 2
D é um conjunto ortogonal, porque (0, 0) · (0, 1) = 0.
(b) A não é um conjunto ortonormado, porque k(2, 0)k = 2 6= 1.
B é um conjunto ortonormado, porque é um conjunto ortogonal e, além disso,
 1 1  r1 1
−√ , √ = + = 1,

2 2 2 2
 1 1  r1 1
√ ,√ = + = 1.

2 2 2 2
C não é um conjunto ortonormado, porque não é um conjunto ortogonal.
D não é um conjunto ortonormado, porque k(0, 0)k = 0 6= 1.

18. Considere os seguintes conjuntos de vetores de R3 :


     
1 1 1 1 1 1 1
A= √ , 0, √ , √ ,√ ,√ , − √ , 0, √ ,
2 2 3 3 3 2 2
     
2 2 1 2 1 2 1 2 2
B= ,− , , , ,− , , , ,
3 3 3 3 3 3 3 3 3
   
1 1
C = (1, 0, 0) , 0, √ , √ , (0, 0, 1) .
2 2
(a) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortogonais.
(b) Determine quais dos conjuntos são conjuntos ortonormados.

(a) A não é um conjunto ortogonal, porque


   
1 1 1 1 1 1 1 2
√ , 0, √ · √ ,√ ,√ =√ +√ =√ = 6 0.
2 2 3 3 3 6 6 6

16
1.2 Resoluções

B é um conjunto ortogonal, porque


   
2 2 1 2 1 2 4 2 2
,− , · , ,− = − − =0
3 3 3 3 3 3 9 9 9
   
2 2 1 1 2 2 2 4 2
,− , · , , = − + =0
3 3 3 3 3 3 9 9 9
   
2 1 2 1 2 2 2 2 4
, ,− · , , = + − = 0.
3 3 3 3 3 3 9 9 9
 
C não é um conjunto ortogonal, porque , 0, √12 , √12 · (0, 0, 1) = √1
2
6= 0
(b) A não é um conjunto ortonormado, porque não é um conjunto ortogonal.
B é um conjunto ortonormado, porque é um conjunto ortogonal e, além disso,
2 2 1 r4 4 1
,− , = + + =1

3 3 3 9 9 9

2 1 2 r4 1 4
, ,− = + + =1

3 3 3 9 9 9

1 2 2 r1 4 4
, , = + + = 1.

3 3 3 9 9 9

C não é um conjunto ortonormado, porque não é um conjunto ortogonal.

19. Seja {v1 , v2 , v3 } uma base ortonormada de um espaço euclidiano (V, ·). Mostre que se
w ∈ V , então kwk2 = (w · v1 )2 + (w · v2 )2 + (w · v3 )2 .
Como {v1 , v2 , v3 } é uma base ortonormada, então existem α, β, γ ∈ R tais que

w = αv1 + βv2 + γv3 .

Tem-se

kwk2 = kαv1 + βv2 + γv3 k2


= (αv1 + βv2 + γv3 ) · (αv1 + βv2 + γv3 )
= α2 + β 2 + γ 2

(w · v1 )2 + (w · v2 )2 + (w · v3 )2 = ((αv1 + βv2 + γv3 ) · v1 )2


+ ((αv1 + βv2 + γv3 ) · v2 )2
+ ((αv1 + βv2 + γv3 ) · v3 )2
= α2 + β 2 + γ 2 ,

pelo que kwk2 = (w · v1 )2 + (w · v2 )2 + (w · v3 )2 .


20. Considere R3 com o produto interno usual. Determine os complementos ortogonais dos
seguintes conjuntos:

(a) X = {(1, 0, 1)}.


(b) Y = {(1, 0, 1), (1, 2, −1)}.
(c) F = h(0, 1, 0)i.
(d) G = h(1, 0, 1), (1, 2, −1)i.

17
Capítulo 1 Produto interno em Rn

(a)

X ⊥ = {(a, b, c) ∈ R3 : (a, b, c) ⊥ (1, 0, 1)}


= {(a, b, c) ∈ R3 : (a, b, c) · (1, 0, 1) = 0}
= {(a, b, c) ∈ R3 : a + c = 0}
= {(a, b, c) ∈ R3 : c = −a}
= {(a, b, −a) : a, b ∈ R}
= h(1, 0, −1), (0, 1, 0)i.

(b)

Y ⊥ = {(a, b, c) ∈ R3 : (a, b, c) ⊥ (1, 0, 1) ∧ (a, b, c) ⊥ (1, 2, −1)}


= {(a, b, c) ∈ R3 : (a, b, c) · (1, 0, 1) = 0 ∧ (a, b, c) · (1, 2, −1) = 0}
= {(a, b, c) ∈ R3 : a + c = 0 ∧ a + 2b − c = 0}

Considere o sistema de equações lineares dado por



a +c=0
a + 2b − c = 0,

1 , x̄ = a
h i
ou seja Ax̄ = b, com A = 11 02 −1 b e b = [0
 
c 0 ]. Então, tem-se
   
1 0 1 0 ←−−−−−−−−−→ 1 0 1 0
   .
1 2 −1 0 `2 ← `2 − `1 0 2 −2 0
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, conclui-
se que o sistema é possível e indeterminado, em que c é uma incógnita livre. O
sistema é equivalente ao sistema de equações lineares
 
a + c=0  a = −c

 2b − 2c = 0  b = c.

Assim, tem-se Y ⊥ = {(−c, c, c) : c ∈ R} = h(−1, 1, 1)i.


(c)

F ⊥ = {(a, b, c) ∈ R3 : ∀(0, y, 0) ∈ F [(a, b, c) ⊥ (0, y, 0)]}


= {(a, b, c) ∈ R3 : ∀(0, y, 0) ∈ F [(a, b, c) · (0, y, 0) = 0]}
= {(a, b, c) ∈ R3 : ∀y ∈ R [by = 0]}
= {(a, b, c) ∈ R3 : b = 0}
= {(a, 0, c) : a, c ∈ R}
= h(1, 0, 0), (0, 0, 1)i,

(d)

G⊥ = {(a, b, c) ∈ R3 : ∀(α + β, 2β, α − β) ∈ G, α, β ∈ R


[(a, b, c) ⊥ α(1, 0, 1) + β(1, 2, −1)]}

18
1.2 Resoluções

= {(a, b, c) ∈ R3 : ∀(α + β, 2β, α − β) ∈ G, α, β ∈ R


[(a, b, c) · (α + β, 2β, α − β) = 0]}
= {(a, b, c) ∈ R3 : ∀α, β ∈ R [a(α + β) + b2β + c(α − β) = 0]}
= {(a, b, c) ∈ R3 : ∀α, β ∈ R [α(a + c) + β(a + 2b − c) = 0]}
= {(a, b, c) ∈ R3 : a + c = 0 ∧ a + 2b − c = 0]}.

Considere o sistema de equações lineares dado por



a +c=0
a + 2b − c = 0,

1 , x̄ = a
h i
ou seja Ax̄ = b, com A = 11 02 −1 b e b = [0
 
c 0 ]. Então, tem-se
   
1 0 1 0 ←−−−−−−−−−→ 1 0 1 0
   .
1 2 −1 0 `2 ← `2 − `1 0 2 −2 0
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, conclui-
se que o sistema é possível e indeterminado, em que c é uma incógnita livre. O
sistema é equivalente ao sistema de equações lineares
 
a + c=0  a = −c

 2b − 2c = 0  b = c.

Assim, tem-se G⊥ = {(−c, c, c) : c ∈ R} = h(−1, 1, 1)i.

h 1 2 −1 2 i
21. Seja A = 35 0 4 .
11 2 0

(a) Determine bases para o espaço das linhas de A e para o espaço nulo de A.
(b) Verifique que todo o vetor do espaço das linhas de A é ortogonal a todo o vetor do
espaço nulo de A.
(c) Determine bases para o espaço das colunas de A e para o espaço nulo de AT .
(d) Verifique que todo o vetor do espaço das colunas de A é ortogonal a todo o vetor do
espaço nulo de AT .

(a) O espaço das linhas de A é dado por

EL(A) = h(1, 2, −1, 2), (3, 5, 0, 4), (1, 1, 2, 0)i.


 1 3 1
Considere a matriz C = −12 5 1 com colunas c = (1, 2, −1, 2), c = (3, 5, 0, 4),
02 1 2
2 40
c3 = (1, 1, 2, 0). Como
   
1 3 1 ←−−−−−−−−−→ 1 3 1
←−−−−−−−−−→
   
 2 5 1 
 `2 ← `2 − 2`1  0 −1 −1 

 
   
 −1 0 2 
 `3 ← `3 + `1  0 3 3  `3 ← `3 + 3`2


2 4 0 `4 ← `4 − 2`1 0 −2 −2 `4 ← `4 − 2`2

19
Capítulo 1 Produto interno em Rn
 
1 3 1
 
 0 −1 −1 
,
 

 0 0 0 
 
0 0 0
observa-se que a matriz em forma escada tem as duas primeiras colunas como colunas
pivô, então conclui-se que

EL(A) = h(1, 2, −1, 2), (3, 5, 0, 4), (1, 1, 2, 0)i = h(1, 2, −1, 2), (3, 5, 0, 4)i.

Pelo facto da característica da matriz em forma escada formada só pelas primeiras


duas colunas ser 2 e o sistema homogéneo α(1, 2, −1, 2) + β(3, 5, 0, 4) = (0, 0, 0, 0)
ter duas incógnitas, conclui-se que os vetores (1, 2, −1, 2), (3, 5, 0, 4) são linearmente
independentes. Logo, {(1, 2, −1, 2), (3, 5, 0, 4)} é uma base de EL(A).
Para determinar o espaço nulo N(A) = CS(Ax=0) , resolve-se o sistema de equações
h 1 2 −1 2 i a
lineares Ax = 0, onde A = 3 5 0 4 e x = cb , vindo
11 2 0 d
   
1 2 −1 2 0 ←−−−−−−−−−→ 1 2 −1 2 0
   
 3 5 0 4 0  `2 ← `2 − 3`1  0 −1 −2 0  3
   
1 1 2 0 0 `3 ← `3 − `1 0 −1 3 −2 0
 
←−−−−−−−−−→ 1 2 −1 2 0
 

 0 −1 3 −2 0 

`3 ← `3 + `2 0 0 0 0 0
Como car(A) = car(A|0) = 2 < n = 4, onde n é o número de incógnitas, conclui-
se que o sistema é possível e indeterminado, em que c e d são incógnitas livres. O
sistema é equivalente ao sistema de equações lineares
 
a + 2b − c + 2d = 0  a = −5c + 2d

 − b + 3c − 2d = 0  b = 3c − 2d.

Assim, tem-se

N(A) = {(−5c + 2d, 3c − 2d, c, d) : c, d ∈ R}


= h(−5, 3, 1, 0), (2, −2, 0, 1)i.

Resolvendo o sistema homogéneo α(−5, 3, 1, 0) + β(2, −2, 0, 1) = (0, 0, 0, 0),


α, β ∈ R, vem
   
−5 2 0 ←−−−−−−−−−→ −5 2 0 ←−−−−−−−−−→
   
3
 3 −2
 0 
 `2 ← `2 + 5 `1
 0
 − 45 0 

1 2 1
   
 1 0 0  `3 ← `3 + 5 `1
 0 0 
   5  `3 ← `3 − 2 `2
0 1 0 0 1 0 `4 ← `4 + 45 `2

20
1.2 Resoluções
 
−5 2 0
 
 0 − 54 0 
.
 

 0 0 0 
 
0 0 0
Como a característica da matriz dos coeficientes é igual a 2 e coincide com a ca-
racterística da matriz ampliada e é igual ao número de incógnitas, então o sistema
homogéneo é possível e determinado. Logo, os vetores (−5, 3, 1, 0), (2, −2, 0, 1) são
linearmente independentes. Assim, como os vetores são linearmente independentes
e formam um conjunto do espaço nulo de A, então {(−5, 3, 1, 0), (2, −2, 0, 1)} é
uma base de N(A).
(b) Seja v ∈ EL(A). Então

v = α(1, 2, −1, 2) + β(3, 5, 0, 4) = (α + 3β, 2α + 5β, −α, 2α + 4β),

onde α, β ∈ R. Seja w ∈ N(A). Então,

w = γ(−5, 3, 1, 0) + δ(2, −2, 0, 1) = (−5γ + 2δ, 3γ − 2δ, γ, δ),

onde γ, δ ∈ R.
Então, v ⊥ w se e só se

∀α, β, γ, δ ∈ R[(α + 3β, 2α + 5β, −α, 2α + 4β) · (−5γ + 2δ, 3γ − 2δ, γ, δ) = 0].

Daqui obtém-se

(α + 3β, 2α + 5β, −α, 2α + 4β) · (−5γ + 2δ, 3γ − 2δ, γ, δ) = 0


⇔ (α + 3β)(−5γ + 2δ) + (2α + 5β)(3γ − 2δ) − αγ + (2α + 4β)δ = 0
⇔ −5αγ − 15βγ + 2αδ + 6βδ + 6αγ + 15βγ − 4αδ − 10βδ − αγ
+2αδ + 4βδ = 0
⇔ 0 = 0,

donde se conclui que v ⊥ w.


(c) O espaço das colunas de A é dado por

EC(A) = h(1, 3, 1), (2, 5, 1), (−1, 0, 2), (2, 4, 0)i.


h 1 2 −1 2 i
Considere a matriz C = 3 5 0 4 com colunas c1 = (1, 3, 1), c2 = (2, 5, 1),
11 2 0
c3 = (−1, 0, 2), c4 = (2, 4, 0). Como
   
1 2 −1 2 ←−−−−−−−−−→ 1 2 −1 2 ←−−−−−−−−−→
   
 3 5 0 4  `2 ← `2 − 3`1  0 −1 3 −2 
   
1 1 2 0 `3 ← `3 − `1 0 −1 3 −2 `3 ← `3 − `2
 
1 2 −1 2
 
 0 −1 3 −2  ,
 
0 0 0 0

21
Capítulo 1 Produto interno em Rn

observa-se que a matriz em forma escada tem as duas primeiras colunas como colunas
pivô, então conclui-se que

EC(A) = h(1, 3, 1), (2, 5, 1), (−1, 0, 2), (2, 4, 0)i = h(1, 3, 1), (2, 5, 1)i.

Pelo facto da característica da matriz em forma escada formada só pelas primeiras


duas colunas ser 2 e o sistema homogéneo α(1, 3, 1) + β(2, 5, 1) = (0, 0, 0) ter duas
incógnitas, conclui-se que os vetores (1, 3, 1), (2, 5, 1) são linearmente independen-
tes, além de formarem um conjunto gerador de EC(A). Logo, {(1, 3, 1), (2, 5, 1)} é
uma base de EC(A).
Para determinar o espaço nulo N(AT ) = CS(AT x=0) , resolve-se o sistema de equa-
 1 3 1
2 51 ex= a
h i
T T
ções lineares A x = 0, onde A = −1 b , vindo
02 c
2 40
   
1 3 1 0 ←−−−−−−−−−→ 1 3 1 0
←−−−−−−−−−→
   
 2 5 1 0 
 `2 ← `2 − 2`1
 0 −1 −1 0 
  
   
 −1 0 2 0 
 `3 ← `3 + `1
 0 3 3 0 
   `3 ← `3 + 3`2
2 4 0 0 `4 ← `4 − 2`1 0 −2 −2 0 `4 ← `4 − 2`2
 
1 3 1 0
 
 0 −1 −1 0 
 
 
 0 0 0 0 
 
0 0 0 0
Como car(AT ) = car(AT |0) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas,
conclui-se que o sistema é possível e indeterminado, em que c é uma incógnita livre.
O sistema é equivalente ao sistema de equações lineares
 
a + 3b + c = 0  a = 2c

 − b−c=0  b = −c.

Assim, tem-se

N(AT ) = {(2c, −c, c) : c ∈ R}


= h(2, −1, 1)i.

Assim, como o conjunto {(2, −1, 1)} é um conjunto gerador de N(AT ) e é li-
nearmente independente, porque contém apenas um vetor que é não nulo, então
{(2, −1, 1)} é uma base de N(AT ).
(d) Seja v ∈ EC(A). Então v = α(1, 3, 1)+β(2, 5, 1), com α, β ∈ R. Seja w ∈ N(AT ).
Então, w = γ(2, −1, 1). Pretende-se mostrar que v ⊥ w (⇔ v ·w = 0). Substituindo
as combinações lineares dos vetores v e w nesta condição, obtém-se

v · w = 0 ⇔ (α(1, 3, 1) + β(2, 5, 1)) · γ(2, −1, 1) = 0


⇔ (α + 2β, 3α + 5β, α + β) · (2γ, −γ, γ) = 0
⇔ 2αγ + 4βγ − 3αγ − 5βγ + αγ + βγ = 0

22
1.2 Resoluções

⇔ 0 = 0,

ficando assim provado que ∀v ∈ EC(A), ∀w ∈ N(AT )[v ⊥ w].


22. Determine a projeção ortogonal de u sobre a e também o vetor u−proja u, que é ortogonal
a proja u, considerando os seguintes vetores:
(a) u = (2, −1, 3), a = (4, −1, 2).
(b) u = (6, 2), a = (3, −9).
(c) u = (−1, −2), a = (−2, 3).
(d) u = (3, 1, −7), a = (1, 0, 5).
(e) u = (1, 0, 0), a = (4, 3, 8).

(a)
u·a (2, −1, 3) · (4, −1, 2) 8+1+6
proja u = 2
a= 2
(4, −1, 2) = (4, −1, 2)
kak k(4, −1, 2)k 16 + 1 + 4
5
= (4, −1, 2).
7
5 1
u − proja u = (2, −1, 3) − (4, −1, 2) = (−6, −2, 11).
7 7
(b)
u·a (6, 2) · (3, −9) 18 − 18
proja u = 2
a= 2
(3, −9) = (3, −9) = (0, 0).
kak k(3, −9)k 9 + 81

u − proja u = (6, 2) − (0, 0) = (6, 2).

(c)
u·a (−1, −2) · (−2, 3) 2−6 1
proja u = 2
a= 2
(−2, 3) = (−2, 3) = (8, −12).
kak k(−2, 3)k 4+9 13
1 1
u − proja u = (−1, −2) − (8, −12) = (−21, −14).
13 13
(d)
u·a (3, 1, −7) · (1, 0, 5) 3 − 35
proja u = 2
a= 2
(1, 0, 5) = (1, 0, 5)
kak k(1, 0, 5)k 1 + 25
16
= − (1, 0, 5).
13
16 1
u − proja u = (3, 1, −7) + (1, 0, 5) = (55, 13, −11).
13 13
(e)
u·a (1, 0, 0) · (4, 3, 8) 4
proja u = 2
a= 2
(4, 3, 8) = (4, 3, 8)
kak k(4, 3, 8)k 16 + 9 + 64
4
= (4, 3, 8).
89
4 1
u − proja u = (1, 0, 0) − (4, 3, 8) = (73, −12, −32).
89 89
23. Determine k proja uk para os seguintes vetores:
(a) u = (1, −2), a = (−4, −3).
(b) u = (5, 6), a = (2, −1).

23
Capítulo 1 Produto interno em Rn

(c) u = (3, 0, 4), a = (2, 3, 3).


(d) u = (3, −2, 6), a = (1, 2, −7).

(a)
|u · a| |(1, −2) · (−4, −3)| | − 4 + 6| 2
k proja uk = = = √ = .
kak k(−4, −3)k 16 + 9 5
(b)

|u · a| |(5, 6) · (2, −1)| |10 − 6| 4 4 5
k proja uk = = = √ =√ = .
kak k(2, −1)k 4+1 5 5
(c)
|u · a| |(3, 0, 4) · (2, 3, 3)| |6 + 12| 18
k proja uk = = =√ =√
kak k(2, 3, 3)k 4+9+9 22

9 22
= .
11
(d)
|u · a| |(3, −2, 6) · (1, 2, −7)| |3 − 4 − 42| 43
k proja uk = = =√ =√
kak k(1, 2, −7)k 1 + 4 + 49 54

43 54
= .
54
24. Considere o vetor x = (1, 0, 2) de R3 . Determine a projeção ortogonal de x sobre um
vetor y do plano definido pelos vetores e1 = (1, 0, 0) e e2 = (0, 1, 0). Sabe-se que y faz
um ângulo igual a π/4 com e1 e um ângulo igual a π/4 com e2 .
Seja y = αe1 + βe2 = (α, β, 0), com α, β ∈ R\{0}. Então, tem-se
x·y (1, 0, 2) · (α, β, 0) α
projy x = 2
y= 2
(α, β, 0) = 2 (α, β, 0)
kyk k(α, β, 0)k α + β2
e, como
π  y · e1 α
cos = =p
4 kykke1 k α2 + β 2
e
π  y · e2 β
cos = =p ,
4 kykke2 k α + β2
2

obtém-se
α β
p =p ⇔ α = β.
α2 + β 2 α2 + β 2
Então, o vetor y é dado por (α, α, 0) e, como consequência,
 
α 1 1
projy x = (α, α, 0) = , ,0 .
2α2 2 2
25. Considere o espaço vetorial R3 com o produto interno usual. Usando o método de Gram-
Schmidt, obtenha a partir dos vetores da base e1 = (1, 2, −2), e2 = (4, 3, 2), e3 = (1, 2, 1)
uma base ortonormada {w1 , w2 , w3 }.
Aplicando o método de Gram-Schmidt obtém-se:
e1 (1, 2, −2) 1
w1 = = = (1, 2, −2);
ke1 k k(1, 2, −2)k 3

z2 = e2 − w1 (e2 · w1 )

24
1.2 Resoluções
 
1 1
= (4, 3, 2) − (1, 2, −2) (4, 3, 2) · (1, 2, −2)
3 3
2
= (4, 3, 2) − (1, 2, −2)
 3
10 5 10
= , , ,
3 3 3
   
z2 1 10 5 10 3 10 5 10 1
w2 = =q , , = , , = (2, 1, 2);
kz2 k 100 25 100 3 3 3 15 3 3 3 3
9 + 9 + 9

z3 = e3 − w1 (e3 · w1 ) − w2 (e3 · w2 )
 
1 1
= (1, 2, 1) − (1, 2, −2) (1, 2, 1) · (1, 2, −2)
3 3
 
1 1
− (2, 1, 2) (1, 2, 1) · (2, 1, 2)
3 3
1 2
= (1, 2, 1) − (1, 2, −2) − (2, 1, 2)
3 3
= (0, 1, 1) ,
√ √ !
z3 1 2 2
w3 = = √ (0, 1, 1) = 0, , .
kz3 k 2 2 2
Assim, conclui-se que a base ortonormada {w1 , w2 , w3 } obtida a partir dos vetores
e1 , e2 , e3 é dada por
( √ )
1 1 2
(1, 2, −2), (2, 1, 2), (0, 1, 1) .
3 3 2
26. Considere o subespaço F = h(1, −1, 0), (2, 0, 1)i ⊆ R3 . Determine uma base ortonor-
mada de F .
Os vetores (1, −1, 0), (2, 0, 1) são linearmente independentes, porque nenhum deles é com-
binação linear do outro, i.e. @k ∈ R : (1, −1, 0) = k(2, 0, 1), pelo que {(1, −1, 0), (2, 0, 1)}
é um a base de F .
Aplicando o método de Gram-Schmidt obtém-se:
e1 (1, −1, 0) 1
w1 = = = √ (1, −1, 0);
ke1 k k(1, −1, 0)k 2

z2 = e2 − w1 (e2 · w1 )
 
1 1
= (2, 0, 1) − √ (1, −1, 0) (2, 0, 1) · √ (1, −1, 0)
2 2
= (2, 0, 1) − (1, −1, 0)
= (1, 1, 1) ,
z2 1
w2 = = √ (1, 1, 1).
kz2 k 3
Assim, conclui-se que
( )
1 1
√ (1, −1, 0), √ (1, 1, 1)
2 3

25
Capítulo 1 Produto interno em Rn

é uma base ortonormada de F .


27. Aplique o processo de Gram-Schmidt para transformar as seguintes bases de R2 em bases
ortonormadas:

(a) {(1, −3), (2, 2)}.


(b) {(1, 0), (3, −5)}.

(a) Os vetores (1, −3), (2, 2) são linearmente independentes, porque 21 −3



= 2+
2
6 = 8 6= 0, e como dim(R2 ) = 2 é igual ao número de vetores dados, então
{(1, −3), (2, 2)} é uma base de R2 .
Sejam e1 = (1, −3) e e2 = (2, 2). Aplicando o método de Gram-Schmidt obtém-se:
e1 (1, −3) 1
w1 = = = √ (1, −3);
ke1 k k(1, −3)k 10

z2 = e2 − w1 (e2 · w1 )
 
1 1
= (2, 2) − √ (1, −3) (2, 2) · √ (1, −3)
10 10
2
= (2, 2) + (1, −3)
5
1
= (12, 4),
5
z2 5 1 1
w2 = =√ (12, 4) = √ (3, 1).
kz2 k 160 5 10
Assim, conclui-se que a base ortonormada {w1 , w2 } obtida a partir dos vetores e1 , e2
é dada por
( )
1 1
√ (1, −3), √ (3, 1) .
10 10
(b) Os vetores (1, 0), (3, −5) são linearmente independentes, porque 13 −5
0
= −5 6= 0,
e como dim(R2 ) = 2 é igual ao número de vetores dados, então {(1, 0), (3, −5)} é
uma base de R2 .
Sejam e1 = (1, 0) e e2 = (3, −5). Aplicando o método de Gram-Schmidt obtém-se:
e1 (1, 0)
w1 = = = (1, 0);
ke1 k k(1, 0)k

z2 = e2 − w1 (e2 · w1 )
= (3, −5) − (1, 0) ((3, −5) · (1, 0))
= (3, −5) − (3, 0)
= (0, −5),
z2 1
w2 = = (0, −5) = (0, −1).
kz2 k 5
Assim, conclui-se que a base ortonormada {w1 , w2 } obtida a partir dos vetores e1 , e2
é dada por

{(1, 0), (0, −1)}.

26
1.2 Resoluções

28. Aplique o processo de Gram-Schmidt para transformar as seguintes bases de R3 em bases


ortonormadas:
(a) {(1, 1, 1), (−1, 1, 0), (1, 2, 1)}.
(b) {(1, 0, 0), (3, 7, 2), (0, 4, 1)}.
1 1 1
(a) Sejam e1 = (1, 1, 1), e2 = (−1, 1, 0), e3 = (1, 2, 1). Como −1 1 0 = −1 6= 0, os

1 21
vetores e1 , e2 , e3 são linearmente independentes, e como dim(R3 ) = 3 é igual ao
número de vetores, então {e1 , e2 , e3 } é uma base de R3 .
Aplicando o método de Gram-Schmidt obtém-se:

e1 (1, 1, 1) 1 3
w1 = = = √ (1, 1, 1) = (1, 1, 1);
ke1 k k(1, 1, 1)k 3 3

z2 = e2 − w1 (e2 · w1 )
 
1 1
= (−1, 1, 0) − √ (1, 1, 1) (−1, 1, 0) · √ (1, 1, 1)
3 3
1
= (−1, 1, 0) − 0
3
= (−1, 1, 0) ,

z2 1 2
w2 = = √ (−1, 1, 0) = (−1, 1, 0) ;
kz2 k 2 2

z3 = e3 − w1 (e3 · w1 ) − w2 (e3 · w2 )
 
1 1
= (1, 2, 1) − √ (1, 1, 1) (1, 2, 1) · √ (1, 1, 1)
3 3
√ √ !
2 2
− (−1, 1, 0) (1, 2, 1) · (−1, 1, 0)
2 2
4 1
= (1, 2, 1) − (1, 1, 1) − (−1, 1, 0)
3 2
1
= (1, 1, −2) ,
6

z3 6 1 1 6
w3 = = √ (1, 1, −2) = √ (1, 1, −2) = (1, 1, −2) .
kz3 k 66 6 6
Assim, conclui-se que a base ortonormada {w1 , w2 , w3 } obtida a partir dos vetores
e1 , e2 , e3 é dada por
(√ √ √ )
3 2 6
(1, 1, 1), (−1, 1, 0) , (1, 1, −2) .
3 2 6

1 0 0
(b) Sejam e1 = (1, 0, 0), e2 = (3, 7, 2), e3 = (0, 4, 1). Como 3 7 2 = −1 6= 0, os
041
vetores e1 , e2 , e3 são linearmente independentes, e como dim(R3 ) = 3 é igual ao
número de vetores, então {e1 , e2 , e3 } é uma base de R3 .
Aplicando o método de Gram-Schmidt obtém-se:
e1 (1, 0, 0)
w1 = = = (1, 0, 0);
ke1 k k(1, 0, 0)k

z2 = e2 − w1 (e2 · w1 )

27
Capítulo 1 Produto interno em Rn

= (3, 7, 2) − (1, 0, 0) ((3, 7, 2) · (1, 0, 0))


= (3, 7, 2) − (3, 0, 0)
= (0, 7, 2) ,
z2 1
w2 = = √ (0, 7, 2) ;
kz2 k 53

z3 = e3 − w1 (e3 · w1 ) − w2 (e3 · w2 )
= (0, 4, 1) − (1, 0, 0) ((0, 4, 1) · (1, 0, 0))
 
1 1
− √ (0, 7, 2) (0, 4, 1) · √ (0, 7, 2)
53 53
30
= (0, 4, 1) − 0 − (0, 7, 2)
53
1
= (0, 2, −7) ,
53
z3 53 1 1
w3 = =√ (0, 2, −7) = √ (0, 2, −7) .
kz3 k 53 53 53
Assim, conclui-se que a base ortonormada {w1 , w2 , w3 } obtida a partir dos vetores
e1 , e2 , e3 é dada por
( )
1 1
(1, 0, 0), (0, 7, 2) , √ (0, 2, −7) .
53 53
29. Sejam W = h(1, 2, 1), (2, 1, −1)i e v = (−1, 1, 2). Determine projW v e projW ⊥ v.
Como os vetores (1, 2, 1), (2, 1, −1) formam um conjunto gerador de W e são linearmente
independentes (porque nenhum deles é combinação linear do outro, i.e. @k ∈ R :
(1, 2, 1) = k(2, 1, −1)), então {(1, 2, 1), (2, 1, −1)} é uma base de W .
Aplicando o método de Gram-Schmidt aos vetores da base, obtém-se
e1 (1, 2, 1) 1
w1 = = = √ (1, 2, 1);
ke1 k k(1, 2, 1)k 6

z2 = e2 − w1 (e2 · w1 )
 
1 1
= (2, 1, −1) − √ (1, 2, 1) (2, 1, −1) · √ (1, 2, 1)
6 6
1
= (2, 1, −1) − (1, 2, 1)
2
1
= (3, 0, −3) ,
2
z2 1
w2 = = √ (1, 0, −1) .
kz2 k 2
Então,
( )
1 1
√ (1, 2, 1), √ (1, 0, −1)
6 2
é uma base ortonormada de W .
Tem-se

projW v = (v · w1 )w1 + (v · w2 )w2

28
1.2 Resoluções
 
1 1
= (−1, 1, 2) · √ (1, 2, 1) √ (1, 2, 1)
6 6
 
1 1
+ (−1, 1, 2) · √ (1, 0, −1) √ (1, 0, −1)
2 2
1 3
= (1, 2, 1) − (1, 0, −1)
2 2
= (−1, 1, 2)

projW ⊥ v = v − projW v = (−1, 1, 2) − (−1, 1, 2) = (0, 0, 0).

30. Determine a projeção ortogonal de u no subespaço de R3 gerado pelos vetores v1 e v2 .

(a) u = (2, 1, 3), v1 = (1, 1, 0), v2 = (1, 2, 1).


(b) u = (1, −6, 1), v1 = (−1, 2, 1), v2 = (2, 2, 4).

(a) Seja W = h(1, 1, 0), (1, 2, 1)i. Como os vetores (1, 1, 0), (1, 2, 1) formam um con-
junto gerador de W e são linearmente independentes (porque nenhum deles é combi-
nação linear do outro, i.e. @k ∈ R : (1, 1, 0) = k(1, 2, 1)), então {(1, 1, 0), (1, 2, 1)}
é uma base de W .
Aplicando o método de Gram-Schmidt aos vetores da base, obtém-se
v1 (1, 1, 0) 1
w1 = = = √ (1, 1, 0);
kv1 k k(1, 1, 0)k 2

z2 = v2 − w1 (v2 · w1 )
 
1 1
= (1, 2, 1) − √ (1, 1, 0) (1, 2, 1) · √ (1, 1, 0)
2 2
3
= (1, 2, 1) − (1, 1, 0)
2
1
= (−1, 1, 2) ,
2
z2 1
w2 = = √ (−1, 1, 2) .
kz2 k 6
Então,
( )
1 1
√ (1, 1, 0), √ (−1, 1, 2)
2 6
é uma base ortonormada de W .
Assim, tem-se

projW u = (u · v1 )v1 + (u · v2 )v2


 
1 1
= (2, 1, 3) · √ (1, 1, 0) √ (1, 1, 0)
2 2
 
1 1
+ (2, 1, 3) · √ (−1, 1, 2) √ (−1, 1, 2)
6 6
3 5
= (1, 1, 0) + (−1, 1, 2)
2 6
1
= (2, 7, 5).
3

29
Capítulo 1 Produto interno em Rn

(b) Seja W = h(−1, 2, 1), (2, 2, 4)i. Como os vetores (−1, 2, 1), (2, 2, 4) formam um
conjunto gerador de W e são linearmente independentes (porque nenhum deles
é combinação linear do outro, i.e. @k ∈ R : (−1, 2, 1) = k(2, 2, 4)), então
{(−1, 2, 1), (2, 2, 4)} é uma base de W .
Aplicando o método de Gram-Schmidt aos vetores da base, obtém-se
v1 (−1, 2, 1) 1
w1 = = = √ (−1, 2, 1);
kv1 k k(−1, 2, 1)k 6

z2 = v2 − w1 (v2 · w1 )
 
1 1
= (2, 2, 4) − √ (−1, 2, 1) (2, 2, 4) · √ (−1, 2, 1)
6 6
= (2, 2, 4) − (−1, 2, 1)
= (3, 0, 3) ,
z2 1
w2 = = √ (1, 0, 1) .
kz2 k 2
Então,
( )
1 1
√ (−1, 2, 1), √ (1, 0, 1)
6 2
é uma base ortonormada de W .
Assim, tem-se

projW u = (u · v1 )v1 + (u · v2 )v2


 
1 1
= (1, −6, 1) · √ (−1, 2, 1) √ (−1, 2, 1)
6 6
 
1 1
+ (1, −6, 1) · √ (1, 0, 1) √ (1, 0, 1)
2 2
= −2(−1, 2, 1) + (1, 0, 1)
= (3, −4, −1).

31. Determine a decomposição QR das seguintes matrizes:


(a) A = 12 −1
 
3 .
h1 2i
(b) B = 0 1 .
h 114 1 i
(c) C = −2 1 .
h 12 0 12 i
(d) D = 0 1 1 .
120

(a) Aplicando o método de Gram-Schmidt aos vetores coluna

{e1 , e2 } = {(1, 2), (−1, 3)}

de A — que são linearmente independentes porque 12 −1



3 = 5 6= 0 — para construir

uma base ortonormada {q1 , q2 }, obtém-se
e1 1
q1 = = √ (1, 2),
ke1 k 5
w2 = e2 − (e2 · q1 )q1

30
1.2 Resoluções
 
1 1
= (−1, 3) − (−1, 3) · √ (1, 2) √ (1, 2)
5 5
= (−2, 1) ,
w2 1
q2 = = √ (−2, 1).
kw2 k 5
Então, A = QR, onde
 
√1 − √2
Q= 5 5
√2 √1
5 5
e
   
e1 · q1 e2 · q1 √5 √5
R=   =  5 5 .
0 e 2 · q2 0 √5
5
(b) Aplicando o método de Gram-Schmidt aos vetores coluna

{e1 , e2 } = {(1, 0, 1), (2, 1, 4)}

de A — que são linearmente independentes, porque porque nenhum deles é combi-


nação linear do outro, i.e. @k ∈ R : (1, 0, 1) = k(2, 1, 4) — para construir uma base
ortonormada {q1 , q2 }, obtém-se
e1 1
q1 = = √ (1, 0, 1),
ke1 k 2
w2 = e2 − (e2 · q1 )q1
 
1 1
= (2, 1, 4) − (2, 1, 4) · √ (1, 0, 1) √ (1, 0, 1)
2 2
= (−1, 1, 1) ,
w2 1
q2 = = √ (−1, 1, 1).
kw2 k 3
Então, A = QR, onde
 
√1 − √1
 2 3
√1 

Q= 0
 3 
√1 √1
2 3
e
   
e1 · q1 e2 · q1 √2 √6
R= = 2 2 .
0 e 2 · q2 0 √3
3
(c) Aplicando o método de Gram-Schmidt aos vetores coluna

{e1 , e2 } = {(1, −2, 2), (1, 1, 1)}

de A — que são linearmente independentes, porque porque nenhum deles é combi-


nação linear do outro, i.e. @k ∈ R : (1, −2, 2) = k(1, 1, 1) — para construir uma
base ortonormada {q1 , q2 }, obtém-se
e1 1
q1 = = (1, −2, 2),
ke1 k 3
w2 = e2 − (e2 · q1 )q1

31
Capítulo 1 Produto interno em Rn
 
1 1
= (1, 1, 1) − (1, 1, 1) · (1, −2, 2) (1, −2, 2)
3 3
1
= (8, 11, 7) ,
9
w2 1
q2 = = √ (8, 11, 7).
kw2 k 3 26
Então, A = QR, onde
 
1 √8
3 3 26
2 11 
 
Q=
− 3 √
3 26 
2 √7
3 3 26
e
   
1
e1 · q1 e2 · q1 3
R= = √3  .
26
0 e 2 · q2 0 3
(d) Aplicando o método de Gram-Schmidt aos vetores coluna

{e1 , e2 , e3 } = {(1, 0, 1), (0, 1, 2), (2, 1, 0)}



1 0 2
de A — que são linearmente independentes porque 0 1 1 = −4 6= 0 — para
120
construir uma base ortonormada {q1 , q2 , q3 }, obtém-se
e1 1
q1 = = √ (1, 0, 1),
ke1 k 2
w2 = e2 − (e2 · q1 )q1
 
1 1
= (0, 1, 2) − (0, 1, 2) · √ (1, 0, 1) √ (1, 0, 1)
2 2
= (−1, 1, 1) ,
w2 1
q2 = = √ (−1, 1, 1),
kw2 k 3

w3 = e3 − (e3 · q2 )q2 − (e3 · q1 )q1


 
1 1
= (2, 1, 0) − (2, 1, 0) · √ (−1, 1, 1) √ (−1, 1, 1)
3 3
 
1 1
− (2, 1, 0) · √ (1, 0, 1) √ (1, 0, 1)
2 2
1
= (2, 1, 0) − (1, 0, 1) + (−1, 1, 1)
3
1
= (2, 4, −2) ,
3
w3 1
q3 = = √ (2, 4, −2) .
kw3 k 2 6
Então, A = QR, onde
 
√1 − √1 √1
 2 3 6
√1 √2 

Q= 0
 3 6 
√1 √1 − √16
2 3

32
1.2 Resoluções

e
   
e1 · q1 e2 · q1 e3 · q1 √2 √2 √2
  2 2 2
√3 − √13 
 
R=
 0 = 0
e 2 · q2 e 3 · q2  
.
3
0 0 e 3 · q3 0 0 √4
6
1 −1
h i
32. Seja (S) o sistema de equações lineares cuja matriz dos coeficientes é A = 3 2 e
h4i −2 4
cujo vetor dos termos independentes é b = 1 .
3

(a) Determine a sua solução de mínimos quadrados.


(b) Determine a projeção ortogonal de b no espaço das colunas de A.

(a) Seja x = [ xx12 ]. Tem-se


 
  1 −1  
1 3 −2 14 −3
AT A = 
 
=
 3 2  
−1 2 4 −3 21

−2 4
e
 
  4  
1 3 −2 1
AT b = 
 
 1 =   .
−1 2 4 10
 
3
Então o sistema normal associado AT Ax = AT b é
    
14 −3 x1 1
   =  .
−3 21 x2 10
Resolvendo este sistema pelo Método de Gauss, vem
   
14 −3 1 ←−−−−−−−−−→ 14 −3 1
   .
3
−3 21 10 `2 ← `2 + 14 `1 0 28514
143
14

Como car(AT A) = car(AT A|AT b) = 2 = n, onde n é o número de incógnitas,


então o sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de
equações lineares
 
14x1 − 3x2 = 1  x = 17
1 95

285 143  x2 = 143
14 x2 = 285 .

14
Logo, a solução de mínimos quadrados é dada por
   
17
x
 1  =  95  .
143
x2 285

(b) A projeção ortogonal de b no espaço EC(A) é Ax, onde x é a solução de mínimos


quadrados:
   
92
1
−1  17  − 285
  95  
Ax =     439 
3  143 =  285  .
2
285 17
−2 4 95

33
Capítulo 1 Produto interno em Rn

33. Determine o sistema normal associado a Ax = b para os seguintes sistemas de equações


lineares:
h 1 −1 i h 2 i
(a) A = 2 3 e cujo vetor dos termos independentes é b = −1 .
 42 5−1 0
 5
−1

(b) A = 3 1 2 e cujo vetor dos termos independentes é b = 0 .
−1 4 5 1
1 2 4 2
(a) Tem-se
 
 1 −1
  
1 2 4 21 25
AT A = 
 
 2 3  =  
−1 3 5 25 35
 
4 5
e
 
    2
2 4 1 20
AT b = 
 
 −1 =   .
−1 3 5 20
 
5
Então, o sistema normal associado AT Ax = AT b é
    
21 25 x 20
   1 =   .
25 35 x2 20
(b) Tem-se
 
  2 −1 0  
3 −1 1  2  15 −1 5
T
  3 1 2  
A A=−1 1 4 2
 =−1 22 30 
−1 4 5
   
0 2 5 4   5 30 45
1 2 4
e
 
  −1  
2 3 −1 1   −1
T
  0  
A b=
−1 1 4 2   =  9 .
  
1  
0 2 5 4   13
2
Então, o sistema normal associado AT Ax = AT b é
   
15 −1 5   −1
  x1  
−1 22 30   =  9  .
x2
   
5 30 45 13
34. Determine a solução de mínimos quadrados dos seguintes sistemas de equações lineares
Ax = b e calcule a projeção ortogonal de b no espaço das colunas de A:
h1 1i h1i
(a) A = 1 2 , b = 1 .
h 12 −2
3 i h2 2 i
(b) A = 1 1 , b = −1 .
3 1 1
(a) Seja x = [ xx12 ].
Tem-se
 
  1 1  
1 1 1  3 6
AT A = 

 1 2 =  
1 2 3 6 14
 
1 3

34
1.2 Resoluções

e
 
  1  
1 1 1 4
AT b = 
 
 1 =   .
1 2 3 9
 
2
Então o sistema normal associado AT Ax = AT b é
    
3 6 x 4
   1 =   .
6 14 x2 9
Resolvendo este sistema pelo Método de Gauss, vem
   
3 6 4 ←−−−−−−−−−→ 3 6 4
   .
6 14 9 `2 ← `2 − 2`1 0 2 1
Como car(AT A) = car(AT A|AT b) = 2 = n, onde n é o número de incógnitas,
então o sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de
equações lineares
 
3x1 + 6x2 = 4  x =1
1 3

1
 2x2 = 1  x 2 = 2.
Logo, a solução de mínimos quadrados é dada por
   
1
x
 1 =  3  .
1
x2 2

A projeção ortogonal de b no espaço EC(A) é Ax, onde x é a solução de mínimos


quadrados:
   
5
1 1 1
  3 6
Ax =     4 
1 2 1 =  3  .
2 11
1 3 6
(b) Seja x = [ xx12 ]. Tem-se
 
  2 −2  
2 1 3 14 0
AT A = 
 
 1 1  =  
−2 1 1 0 6
 
3 1
e
 
  2  
2 1 3 6
AT b = 
 
 −1 =   .
−2 1 1 −4
 
1
Então o sistema normal associado AT Ax = AT b é
    
14 0 x 6
   1 =   .
0 6 x2 −4
Considerando a matriz amplicada
 
14 0 6
 ,
0 6 −4

35
Capítulo 1 Produto interno em Rn

tem-se car(AT A) = car(AT A|AT b) = 2 = n, onde n é o número de incógnitas,


pelo que o sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de
equações lineares
 
14x1 =6  x =3
1 7

2
 6x2 = −4  x 2 = − 3.
Logo, a solução de mínimos quadrados é dada por
   
3
x
 1 =  7  .
x2 − 23
A projeção ortogonal de b no espaço EC(A) é Ax, onde x é a solução de mínimos
quadrados:
   
46
2 −2  3 
  7  21 
Ax = 1 1    = − 5  .
 21 
− 23
 
13
3 1 21
35. Determine a projeção ortogonal de u = (1, −6, 1) no subespaço de R3 gerado pelos
vetores v1 = (−1, 2, 1) e v2 = (2, 2, 4) usando o Método dos mínimos quadrados.
h −1 2 i
Seja W = EC(A) = hv1 , v2 i. Então, projW u = Ax, onde A = 2 2 e x = [ xx12 ] é a
1 4
solução de mínimos quadrados de Ax = u.
Tem-se
 
  −1 2  
−1 2 1  6 6
AT A = 

  2 2 =  
2 2 4 6 24
 
1 4
e
 
  1  
−1 2 1 −12
AT u = 
 
 −6 =  .
2 2 4 −6
 
1
Então, o sistema normal associado AT Ax = AT u é
    
6 6 x1 −12
   =  .
6 24 x2 −6
Resolvendo este sistema pelo Método de Gauss, vem
   
6 6 −12 ←−−−−−−−−−→ 6 6 −12
   
6 24 −6 `2 ← `2 − `1 0 18 6
Como car(AT A) = car(AT A|AT u) = 2 = n, onde n é o número de incógnitas, então o
sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de equações lineares
 
6x1 + 6x2 = −12  x = −7
1 3

1
 18x2 = 6  x2 = 3 .
h −1 2 i  7  h 3 i
−3
Logo, projW u = Ax = 2 2 1 = −4 .
1 4 3 −1

36
1.2 Resoluções

36. Considere as seguintes observações que são resultados de uma experiência:

x 0 1 2 3
y 3 2 4 4

Suspeita-se que y seja uma função quadrática de x

y = a0 + a1 x + a2 x2 ,

onde a0 , a1 , a2 ∈ R. Determine a função quadrática usando o método de mínimos


quadrados.
Considere o polinómio de segundo grau f (x) = a0 + a1 x + a2 x2 , a0 , a1 , a2 ∈ R.
Substituindo os dados (x, y) na equação y = f (x), obtém-se
a0 =3





a + a + a = 2


0 1 2



a0 + 2a1 + 4a2 = 4



a0 + 3a1 + 9a2 = 4.

1 0 0 3
Este sistema pode ser escrito na forma matricial Az = y, onde A = 1 2 4 , y = 24
1 1 1
h a0 i h 4 6 14 i h 13 i 139 4
T T
e z = aa1 . Então, A A = 6 14 36 e A y = 22 . Resolvendo o sistema normal
2 14 36 98 54
AT Az = AT y
    
4 6 14 a0 13
    
 6 14 36 a1  = 22
    
14 36 98 a2 54
pelo Método de Gauss, vem
   
4 6 14 13 ←−−−−−−−−−→ 4 6 14 13 ←−−−−−−−−−→
   
 6 14 36 22  `2 ← `2 − 3 `1  0 5 15 5 
  2  2 
14 36 98 54 `3 ← `3 − 27 `1 0 15 49 17
2 `3 ← `3 − 3`2
 
4 6 14 13
 
 0 5 15 5  .
 2 
0 0 4 1
Como car(AT A) = car(AT A|AT y) = 3 = n, onde n é o número de incógnitas, então o
sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de equações lineares

4a0 + 6a1 + 14a2 = 13

11
 a0 = 4

 

 
5a1 + 15a2 = 52 ⇔ a1 = − 14
 
a2 = 14 .

 

4a2 = 1

Então, o polinómio de regressão linear f (x) = a0 + a1 x + a2 x2 fica definido por


11 1 1
f (x) = − x + x2 = 2.75 + 0.25x + 0.25x2 .
4 4 4

37
Capítulo 1 Produto interno em Rn

5
dados
11
regressão linear f (x) = 4
− 14 x + 14 x2
4

y 2

0
0 1 2 3
x

37. Determine a solução de mínimos quadrados do sistema de equações lineares Ax = b,

"A
sabendo que = QR, # com as matrizes Q, R e b dadas a seguir.
√1 1
√ h1i
2 2
(a) Q = √1 − √1 , R = [ 10 11 ], b = 1 .
2 2 1
" 10 0 0 0 #  1 

h1 1i
0 √1 − √1
(b) Q = 2 2 , R = 0 1 , b = √2 .
0 1√ 1 √ 00 2
2 2

(a) A solução de mínimos quadrados é a solução do sistema Rx = QT b. Como


 
  1 √ 
√1 √1 0 2
QT b =  2 2
 
 1 =   ,
√1 − √12 0 0
 
2 1
então a matriz ampliada do sistema Rx = QT b é
 √ 
1 1 2
 .
0 1 0
Observa-se que car(R) = car(QT b) = 2 = n, onde n é o número de incógnitas,
então o sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de
equações lineares

 x = √2
 
x1 + x2 = 2
1

 x2 = 0  x2 = 0.
h√ i
Logo, a solução de mínimos quadrados é x = 2 .
0
(b) A solução de mínimos quadrados é a solução do sistema Rx = QT b. Como
    
1 0 0 1 1
T
 1 1
 √   
Q b = 0 √2
 √  
2 
2 = 2
 
,

0 − √12 √12 2 0

38
1.2 Resoluções

então a matriz ampliada do sistema Rx = QT b é


 
1 1 1
 
 0 1 2 .
 
0 0 0
Observa-se que car(R) = car(QT b) = 2 = n, onde n é o número de incógnitas,
então o sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de
equações lineares
 
x1 + x2 = 1  x = −1
1

 x2 = 2  x2 = 2.
 −1 
Logo, a solução de mínimos quadrados é x = 2 .
 1 −1   −1 
38. Sejam A = 1 4 e b = 65 . Usando a decomposição QR, determine a solução de
1 −1
1 4 7
mínimos quadrados de Ax = b.
Como os vetores coluna c1 = (1, 1, 1, 1) e c2 = (−1, 4, −1, 4) de A são linearmente
independentes, porque nenhum vetor é combinação linear do outro (@k ∈ R : (1, 1, 1, 1) =
k(−1, 4, −1, 4)), então A admite uma única decomposição QR. Aplicando o Método de
Gram-Schmidt a {c1 , c2 } para construir uma base ortonormada {q1 , q2 } obtém-se
c1 1
q1 = = (1, 1, 1, 1),
kc1 k 2
w2 = c2 − (c2 · q1 )q1 =
 
1 1
= (−1, 4, −1, 4) − (−1, 4, −1, 4) · (1, 1, 1, 1) (1, 1, 1, 1)
2 2
5
= (−1, 1, −1, 1),
2
w2 1
q2 = = (−1, 1, −1, 1).
kw2 k 2
Então A = QR, com
 
1 1

2 2    
1 1 
c · q c · q 2 3
1 1 2 1
Q = 2 2 
, R =  = .

1 −1 0 c2 · q 2 0 5
2 2
1 1
2 2

A solução de mínimos quadrados é a solução do sistema Rx = QT b. Como


 
  −1  
1 1 1 1  17
2  6 

QT b =  2 2 2
=  2 ,
− 12 12 − 21 12  9
 
5

2
7
então a matriz ampliada do sistema Rx = QT b é
 
17
2 3 2
 .
0 5 92

39
Capítulo 1 Produto interno em Rn

Observa-se que car(R) = car(QT b) = 2 = n, onde n é o número de incógnitas, então o


sistema é possível e determinado. O sistema é equivalente ao sistema de equações lineares
 
2x1 + 3x2 = 17 2
 x = 29
1 10

9 9
 5x2 = 2  x2 = 10 .
 
29
Logo, a solução de mínimos quadrados é x = 10 9 .
10

40
Capítulo 2 Espaços afins

2.1 Exercícios

1. Considere o espaço afim R3 associado ao espaço vetorial R3 . Mostre que o conjunto


H = {(x, y, z) ∈ R3 : x + y + z = 5} é um subespaço afim de R3 , associado ao
subespaço vetorial H = h(1, 0, −1), (0, 1, −1)i.
2. Considere no espaço afim R3 , o conjunto F = {(1 + x, 1, 1 + x) : x ∈ R}. Mostre que
F é um subespaço afim de R3 , associado ao subespaço vetorial F = h(1, 0, 1)i.
3. Considere no espaço afim R4 o conjunto F = {(x1 , x2 , x3 , x4 ) ∈ R4 : x1 + x2 =
x3 − x4 + 1}. Verifique que F constitui um subespaço afim de R4 associado ao subespaço
vetorial F = h(1, 0, 1, 0), (0, 1, 1, 0), (0, 0, 1, 1)i.
4. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelo ponto P = (1, 1, 1) e tem a direção do vetor u = (1, 0, 2).
5. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelos pontos A = (2, 0, 1) e B = (−1, 2, −1).
6. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelos pontos A = (2, 4, 0) e B = (3, 7, 1).
7. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelos pontos A = (1, −1, 0) e B = (1, 0, 3).
8. Considere a reta R representada pelo sistema de equações

x + y − z = 2
x − y + z = 0.

Determine uma equação vetorial da reta R.


9. Considere a reta R representada pelo sistema de equações

x + y + z = 0
x − y − z = 2.

Determine uma equação vetorial da reta R.


10. Sejam u = (−1, 1, 2), v = (0, −1, 2) e w = (2, −1, −3) vetores de R3 . Calcule as
seguintes expressões:
(a) u × v.
(b) v × w.
(c) u × w.
(d) (u · v) × w.
(e) u × (v · w).
(f) (u + v) × w.
Capítulo 2 Espaços afins

11. Considere em R3 uma base ortonormada {e1 , e2 , e3 }. Sejam u = e1 −e2 +e3 , v = e2 +2e3
e w = e1 + e2 . Calcule as seguintes expressões:
(a) u × v.
(b) v × w.
(c) (u × v) × w.
(d) u × (v × w).

(e) um vetor ortogonal a u e v com norma 15.
12. Determine uma equação vetorial, equações paramétricas e uma equação cartesiana do
plano definido pelos pontos A = (1, 1, 1), B = (0, 1, 0), C = (0, 0, 1).
13. Determine uma equação vetorial, equações paramétricas e uma equação cartesiana do
plano definido pelos pontos A = (2, 1, −1), B = (0, 1, 0), C = (1, 0, 1).
14. Determine uma equação vetorial, equações paramétricas e uma equação cartesiana do
plano definido pelos pontos A = (1, −1, 2), B = (2, 1, −1), C = (1, 1, 5).
15. Considere o plano P representado pela equação x + 2y − z = 4. Determine por dois
processos distintos uma equação vetorial de P.
16. Considere o plano P representado pela equação x + 5z = 2. Determine uma equação
vetorial de P.
17. Considere o plano P representado pela equação z = x − 2y. Determine por dois processos
distintos uma equação vetorial de P.
18. Seja P o plano que passa pelo ponto P = (2, 2, 1) e contém a reta R representada pelo
seguinte sistema de equações

x + y − z = 2
x − y + z = 0.

Determine:
(a) Uma equação vetorial e uma equação cartesiana do plano P.
(b) As equações cartesianas da reta S que passa pelo ponto P e é perpendicular ao plano
P.
(c) Uma equação vetorial do plano T que passa pela origem do sistema de eixos e contém
a reta S.
19. Considere a reta R definida pelas seguintes equações cartesianas
x−1 y−2
= = z.
2 3
(a) Determine uma equação vetorial do plano P que passa pelo ponto P = (1, 2, 0) e é
perpendicular à reta R.
(b) Verifique se a reta S que passa pelo ponto A = (0, 0, 8) e tem a direção do vetor
u = (1, −1, 1, ) está contida no plano P.
20. Seja P o plano definido pelos pontos A = (2, 1, −1), B = (0, 1, 0), C = (1, 0, 1).
Determine um sistema de equações paramétricas e as equações cartesianas da reta R

42
2.1 Exercícios

perpendicular ao plano P e que passa pelo ponto B.


21. Escreva equações vetoriais das retas em R3 que são formadas pelos pontos (x, y, z) que
satisfazem as seguintes condições:
(a) x = 0, y = 3z.
(b) y = − 21 z, z = −4.
22. Verifique se a reta R = (3, 1, 2)+h(1, 1, 0)i e o plano P = (2, 1, −1)+h(1, −1, 1), (2, 0, 1)i
são paralelos.
23. Verifique se a reta R = (3, 1, 2) + h(1, 1, 0)i e a reta S dada pela equação vetorial
(x, y, z) = (1, 1, 2) + λ(1, 1, −1), λ ∈ R são paralelas.
24. Considere os planos P1 e P2 definidos pelas equações vetoriais

(x, y, z) = (1, 0, −1) + λ(1, 1, 1) + µ(1, 0, 1), λ, µ ∈ R

(x, y, z) = (2, 4, −3) + λ(3, 1, 3) + µ(0, 1, 0), λ, µ ∈ R,

respetivamente. Verifique se os planos são paralelos.


25. Considere o plano P definido pelos pontos A = (1, 0, 1), B = (2, 1, 2), C = (0, 2, 1).
Determine a equação cartesiana do plano Q paralelo a P contendo a origem do sistema
de eixos e a equação cartesiana do plano T paralelo a P, que passa pelo ponto P =
(−1, 0, −2).
26. Considere a reta R definida pelo sistema de equações

 x=y+3
 z = −y + 1

e o plano P dado por 2x − 3y + 4z = 5. Verifique se R k P.


27. Considere, no espaço R3 , os pontos A = (1, 2, 3), B = (1, 0, 1), C = (0, 2, 0) e
D = (1, 2, 1). Determine:
(a) a reta r definida pelos pontos A e B;
(b) a reta s que contém o ponto C e que é paralela à reta r;
(c) o plano α definido pelas retas r e s;
(d) o plano β definido pela reta r e pelo ponto D;
(e) o ponto de intersecção da reta r com o plano α.
28. Seja T o plano perpendicular ao vetor w = (1, 1, −1) e que passa pelo ponto A =
(0, 0, −3). Seja P = (1, −1, 0) um ponto de R3 . Determine a distância de P ao plano T .
29. Determine a distância entre o ponto P = (0, 1, −2) e o plano α cuja equação cartesiana é
x + y + z = 1.
30. Considere o plano T definido pela equação vetorial (x, y, z) = (2, 0, 0) + λ(−2, 1, 0) +
µ(2, 0, −1), λ, µ ∈ R e a reta R definida pelas equações

 x=y+1
 z = −y − 1.

43
Capítulo 2 Espaços afins

Calcule as coordenadas dos pontos da reta R que distam uma unidade do plano T .
31. Seja T o plano paralelo ao plano T 0 de equação 2x − y + 3z = 10 e que passa pelo ponto
Q = (2, 3, 4). Seja P = (3, 4, 5) ∈ R3 . Determine a distância do ponto P ao plano T .
32. Seja R a reta definida pela equação vetorial (x, y, z) = (2, 1, 2) + λ(1, 2, 2), λ ∈ R e
P = (2, 3, 3) um ponto de R3 . Determine a distância de P à reta R.
33. Considere a reta R definida pelo sistema de equações

x + y − z = 4
x + 2y − 3z = 4

e o ponto P = (1, 0, 1) ∈ R3 . Determine a distância de P à reta R.


34. Considere os planos P e T definidos pelas equações 2x−y+3z−1 = 0 e 3x+2y+5z+2 =
0, respetivamente. Determine a distância entre os dois planos.
35. Sejam P o plano definido pela equação

(x, y, z) = (1, 1, −1) + λ(0, 1, −1) + µ(4, −1, −1), λ, µ ∈ R

e T o plano definido por x + αy + 2z + β = 0, α, β ∈ R. Determine os valores de α e β


para que os dois planos distam três unidades.
36. Sejam R a reta definida pela equação vetorial

(x, y, z) = (2, 4, 6) + λ(2, −1, 3), λ ∈ R

e P o plano definido por 2x − y + 3z = 2. Determine a distância da reta ao plano.


37. Considere o plano P de equação x − y + z = 1 e R a reta definida pelo sistema

 x = 2y − 1
 z = −y + 3.

Determine a distância entre R e P.


38. Sejam R e S as retas definidas pelos sistemas

 y = βx − β
 z = −2x + 4
e 
 y =x−1
,
 z = −2x + 2 + β

respetivamente. Determine a distância entre R e S em função do parâmetro β supondo


que:

(a) R e S são concorrentes.


(b) R e S são paralelas.

39. Considere a reta R que passa pelo ponto A = (3, 1, 2) e tem a direção do vetor u = (1, 1, 0),
o plano P definido pela equação 2x + y − z = −9, e o ponto Q = (4, 3, 3). Determine:

(a) o ângulo entre a reta R e o plano P.


(b) o ângulo entre o plano P e o plano Q que contém a reta R e passa pelo ponto Q.

44
2.1 Exercícios

(c) o ângulo entre a reta R e a reta S que passa pelos pontos A e Q.


40. Considere o plano P definido por (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(1, 0, 1) + µ(0, 2, 1), λ, µ ∈ R,
e o plano Q definido pelos pontos A = (1, 2, 3), B = (2, 0, 1) e C = (0, 0, 0). Determine
o ângulo entre os dois planos.
41. Sejam A = (1, 2, −2), R a reta de equação (x, y, z) = (2, 1, 0) + λ(1, 0, 1) e P o plano
de equação x + 3y + 4z = 0. Determine:
(a) o ângulo entre a reta R e o plano P.
(b) a equação cartesiana do plano Q paralelo a P que passa por A.
(c) a distância entre P e Q.
(d) a distância entre R e P.
42. Considere as retas R e S definidas pelas equações (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(4, 0, −3), λ ∈
R, e
x−2 y−2 z+4
= = ,
3 3 4
respetivamente. Determine o ângulo entre as duas retas.
43. Considere, no espaço R3 , o plano α : x + 2y = 3, o plano β : x + y − z = 0, a reta
r definida pelos pontos A = (1, 2, 3) e B = (1, 0, 1) e a reta s definida pelas equações
x + y − z = 4 e x + 2y − 3z = 4. Determine:
(a) ∠(r, s).
(b) ∠(α, r).
(c) ∠(α, β).
(d) A reta t que contém o ponto A e que é perpendicular ao plano α.
(e) d(A, α).
(f) d(B, s).
(g) O plano que contém a reta r e que é perpendicular ao plano α.
44. Seja R a reta definida pelo sistema de equações

 2x − 2 = y − 1
 αx − α = z.

Determine os valores de α ∈ R para os quais R é paralela ao plano P de equação


2x + 4y + z = −5 e calcule a distância de R a P.
45. Sejam P, Q, O os planos definidos pelas equações −2x + 4y − 2z = −3, x + 2z = 1, e
2x + 4y + 6z = −2, respetivamente.
(a) Determine o ângulo entre os planos P e Q.
(b) Determine a reta R que está contida simultaneamente nos planos P e Q.
(c) Calcule a distância da reta R ao plano O.
46. Considere as retas R e S definidas pelas equações (x, y, z) = (1, 0, 1) + λ(0, 1, −2), λ ∈
R e (x, y, z) = (2, 0, 1) + µ(0, 2, 1), µ ∈ R respetivamente. Determine:
(a) a distância entre as retas R e S.

45
Capítulo 2 Espaços afins

(b) a equação cartesiana do plano P que contém a reta R e é paralelo à reta S.


(c) a distância entre a reta S e o plano P.

46
2.2 Resoluções

2.2 Resoluções

1. Considere o espaço afim R3 associado ao espaço vetorial R3 . Mostre que o conjunto


H = {(x, y, z) ∈ R3 : x + y + z = 5} é um subespaço afim de R3 , associado ao
subespaço vetorial H = h(1, 0, −1), (0, 1, −1)i.
H é um subespaço afim de R3 , associado ao subespaço vetorial H, se as duas condições
da definição de subespaço afim são válidas.
Condição (i): ∀A, B ∈ H [vAB ∈ H].
Sejam A = (x, y, 5 − x − y), B = (z, w, 5 − z − w) ∈ H. Então,

vAB = B − A
= (z − x, w − y, 5 − z − w − (5 − x − y))
= (z − x, w − y, −(z − x) − (w − y))
= (z − x)(1, 0, −1) + (w − y)(0, 1, −1) ∈ H.

Assim, conclui-se que a condição (i) é válida.


Condição (ii): ∀A ∈ H, ∀v ∈ H [A + v ∈ H].
Sejam A = (x, y, 5 − x − y) ∈ H e v = (α, β, −α − β) ∈ H. Então,

A + v = (x, y, 5 − x − y) + (α, β, −α − β)
= (x + α, y + β, 5 − x − y − α − β)
= (x + α, y + β, 5 − (x + α) − (y + β) ∈ H.

Assim, conclui-se que a condição (ii) é válida.


Como as condições (i) e (ii) são válidas, conclui-se que H é um subespaço afim associado
ao subespaço vetorial H.
2. Considere no espaço afim R3 , o conjunto F = {(1 + x, 1, 1 + x) : x ∈ R}. Mostre que
F é um subespaço afim de R3 , associado ao subespaço vetorial F = h(1, 0, 1)i.
F é um subespaço afim de R3 , associado ao subespaço vetorial F , se as duas condições
da definição de subespaço afim são válidas.
Condição (i): ∀A, B ∈ F [vAB ∈ F ].
Sejam A = (1 + x, 1, 1 + x), B = (1 + y, 1, 1 + y) ∈ F. Então,

vAB = B − A
= (y − x, 0, y − x)
= (y − x)(1, 0, 1) ∈ F.

Assim, conclui-se que a condição (i) é válida.


Condição (ii): ∀A ∈ F, ∀v ∈ F [A + v ∈ F].
Sejam A = (1 + x, 1, 1 + x) ∈ F e v = (α, 0, α) ∈ F . Então,

A + v = (1 + x, 1, 1 + x) + (α, 0, α)

47
Capítulo 2 Espaços afins

= (1 + x + α, 1, 1 + x + α)
= (1 + x̄, 1, 1 + x̄) ∈ F,

onde x̄ = x + α. Assim, conclui-se que a condição (ii) é válida.


Como as condições (i) e (ii) são válidas, conclui-se que F é um subespaço afim associado
ao subespaço vetorial F .
3. Considere no espaço afim R4 o conjunto F = {(x1 , x2 , x3 , x4 ) ∈ R4 : x1 + x2 =
x3 − x4 + 1}. Verifique que F constitui um subespaço afim de R4 associado ao subespaço
vetorial F = h(1, 0, 1, 0), (0, 1, 1, 0), (0, 0, 1, 1)i.
F é um subespaço afim de R3 , associado ao subespaço vetorial F , se as duas condições
da definição de subespaço afim são válidas.
Condição (i): ∀A, B ∈ F [vAB ∈ F ].
Sejam A = (x1 , x2 , x1 + x2 + x4 − 1, x4 ), B = (y1 , y2 , y1 + y2 + y4 − 1, y4 ) ∈ F.
Então,

vAB = B − A
= (y1 − x1 , y2 − x2 , y1 + y2 + y4 − 1 − x1 − x2 − x4 + 1, y4 − x4 )
= (y1 − x1 )(1, 0, 1, 0) + (y2 − x2 )(0, 1, 1, 0) + (y4 − x4 )(0, 0, 1, 1) ∈ F.

Assim, conclui-se que a condição (i) é válida.


Condição (ii): ∀A ∈ F, ∀v ∈ F [A + v ∈ F].
Sejam A = (x1 , x2 , x1 + x2 + x4 − 1, x4 ) ∈ F e v = (α, β, α + β + γ, γ) ∈ F .
Então,

A + v = (x1 , x2 , x1 + x2 + x4 − 1, x4 ) + (α, β, α + β + γ, γ)
= (x1 + α, x2 + β, x1 + x2 + x4 − 1 + α + β + γ, x4 + γ)
= (x̄1 , x̄2 , x̄1 + x¯2 + x¯4 − 1, x¯4 ) ∈ F,

onde x̄1 = x1 + α, x̄2 = x2 + β e x̄4 = x4 + γ. Assim, conclui-se que a condição


(ii) é válida.
Como as condições (i) e (ii) são válidas, conclui-se que F é um subespaço afim associado
ao subespaço vetorial F .
4. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelo ponto P = (1, 1, 1) e tem a direção do vetor u = (1, 0, 2).
A equação vetorial da reta é

(x, y, z) = (1, 1, 1) + α(1, 0, 2), α ∈ R,

podendo-se escrever

R = (1, 1, 1) + h(1, 0, 2)i.

Da equação vetorial obtém-se as equações paramétricas:

x = 1 + α, y = 1, z = 1 + 2α, α ∈ R.

48
2.2 Resoluções

Eliminando o parâmetro α das equações paramétricas, obtém-se as equações cartesianas:


z−1
x−1= ∧ y = 1 ⇔ 2x − z = 1 ∧ y = 1.
2
5. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelos pontos A = (2, 0, 1) e B = (−1, 2, −1).
A equação vetorial da reta que tem vAB = B − A = (−3, 2, −2) como vetor diretor é

(x, y, z) = (2, 0, 1) + α(−3, 2, −2), α ∈ R,

podendo-se escrever

R = (2, 0, 1) + h(−3, 2, −2)i.

Da equação vetorial obtém-se as equações paramétricas:

x = 2 − 3α, y = 2α, z = 1 − 2α, α ∈ R.

Eliminando o parâmetro α das equações paramétricas, obtém-se as equações cartesianas:


x−2 y z−1
= = .
−3 2 −2
6. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelos pontos A = (2, 4, 0) e B = (3, 7, 1).
A equação vetorial da reta que tem vAB = B − A = (1, 3, 1) como vetor diretor é

(x, y, z) = (2, 4, 0) + α(1, 3, 1), α ∈ R,

podendo-se escrever

R = (2, 4, 0) + h(1, 3, 1)i.

Da equação vetorial obtém-se as equações paramétricas:

x = 2 + α, y = 4 + 3α, z = α, α ∈ R.

Eliminando o parâmetro α das equações paramétricas, obtém-se as equações cartesianas:


y−4
x−2= = z.
3
7. Determine a equação vetorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da reta
que passa pelos pontos A = (1, −1, 0) e B = (1, 0, 3).
A equação vetorial da reta que tem vAB = B − A = (0, 1, 3) como vetor diretor é

(x, y, z) = (1, −1, 0) + α(0, 1, 3), α ∈ R,

podendo-se escrever

R = (1, −1, 0) + h(0, 1, 3)i.

Da equação vetorial obtém-se as equações paramétricas:

x = 1, y = −1 + α, z = 3α, α ∈ R.

Eliminando o parâmetro α das equações paramétricas, obtém-se as equações cartesianas:


z
x=1∧y+1= .
3

49
Capítulo 2 Espaços afins

8. Considere a reta R representada pelo sistema de equações



x + y − z = 2
x − y + z = 0.

Determine uma equação vetorial da reta R.


Seja Ax = b o sistema de equações lineares que representa a reta R. Então, tem-se
   
1 1 −1 2 ←−−−−−−−−−→ 1 1 −1 2
   .
1 −1 1 0 `2 ← `2 − `1 0 −2 2 −2
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, então o
sistema é possível e indeterminado, sendo z uma incógnita livre. O sistema é equivalente
ao sistema de equações lineares
 
x + y − z = 2  x=1

 − 2y + 2z = −2  y = 1 + z.

Logo, a equação vetorial da reta é

(x, y, z) = (1, 1, 0) + α(0, 1, 1), α ∈ R,

9. Considere a reta R representada pelo sistema de equações



x + y + z = 0
x − y − z = 2.

Determine uma equação vetorial da reta R.


Seja Ax = b o sistema de equações lineares que representa a reta R. Então, tem-se
   
1 1 1 0 ←−−−−−−−−−→ 1 1 1 0
   .
1 −1 −1 2 `2 ← `2 − `1 0 −2 −2 2
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, então o
sistema é possível e indeterminado, sendo z uma incógnita livre. O sistema é equivalente
ao sistema de equações lineares
 
x + y + z = 0  x=1

 − 2y − 2z = 2  y = −1 − z.

Logo, a equação vetorial da reta é

(x, y, z) = (1, −1, 0) + α(0, −1, 1), α ∈ R,

10. Sejam u = (−1, 1, 2), v = (0, −1, 2) e w = (2, −1, −3) vetores de R3 . Calcule as
seguintes expressões:
(a) u × v.
(b) v × w.
(c) u × w.
(d) (u · v) × w.
(e) u × (v · w).
(f) (u + v) × w.

50
2.2 Resoluções

(a)

e e e
1 2 3

u × v = −1 1 2 = 2e1 + e3 + 2e1 + 2e2 = (4, 2, 1).

0 −1 2
(b)

e
1 e2 e3


v × w = 0 −1 2 = 3e1 + 4e2 + 2e3 + 2e1 = (5, 4, 2).

2 −1 −3
(c)

e e e
1 2 3

u × w = −1 1 2 = −3e1 + 4e2 + e3 − 2e3 + 2e1 − 3e2 = (−1, 1, −1).

2 −1 −3
(d) Como u · v é um escalar, então o produto vetorial (u · v) × w não está definido.
(e) Como v · w é um escalar, então o produto vetorial u × (v · w) não está definido.
(f) Tem-se u + v = (−1, 0, 4) e, assim,

e
1 e2 e3


(u + v) × w = −1 0 4 = 8e2 + e3 + 4e1 − 3e2 = (−4, 5, 1).

2 −1 −3

11. Considere em R3 uma base ortonormada {e1 , e2 , e3 }. Sejam u = e1 −e2 +e3 , v = e2 +2e3
e w = e1 + e2 . Calcule as seguintes expressões:

(a) u × v.
(b) v × w.
(c) (u × v) × w.
(d) u × (v × w).

(e) um vetor ortogonal a u e v com norma 15.

(a)

e
1 e2 e3


u × v = 1 −1 1 = −2e1 + e3 − e1 − 2e2 = (−3, −2, 1).

0 1 2
(b)

e e e
1 2 3

v × w = 0 1 2 = 2e2 − e3 − 2e1 = (−2, 2, −1).

1 1 0
(c)

e
1 e2 e3


(u × v) × w = −3 −2 1 = e2 − e3 + 2e3 − e1 = (−1, 1, 1).

1 1 0

51
Capítulo 2 Espaços afins

(d)

e e e
1 2 3

u × (v × w) = 1 −1 1 = e1 − 2e2 + 2e3 − 2e3 − 2e1 + e2 = (−1, −1, 0).

−2 2 −1
(e) Como u × v é ortogonal a u e v, então pretende-se determinar n = k(u × v), onde

k ∈ R é tal que knk = 15.
Calculando o produto vetorial, obtém-se

e e e
1 2 3

u × v = 1 −1 1 = −2e1 + e3 − e1 − 2e2 = (−3, −2, 1),

0 1 2
então n = k(−3, −2, 1) e

√ p √ 15
2
knk = 15 ⇔ k (9 + 4 + 1) = 15 ⇔ |k| = √ .
14
√ √
Daqui obtém-se k = √15 ∨ k = − √15 e, assim, o vetor que tem as propriedades
√ 14 14 √ √
pretendidas é n = √15 (−3, −2, 1), para k = √15 , ou n = − √15 (−3, −2, 1), para
√ 14 14 14
k = − √15
14
.

12. Determine uma equação vetorial, equações paramétricas e uma equação cartesiana do
plano definido pelos pontos A = (1, 1, 1), B = (0, 1, 0), C = (0, 0, 1).
Usando vAB = B − A = (−1, 0, −1) e vAC = C − A = (−1, −1, 0), então

(x, y, z) = A + λvAB + µvAC


= (1, 1, 1) + λ(−1, 0, −1) + µ(−1, −1, 0), λ, µ ∈ R,

é uma equação vetorial do plano P. A partir da equação vetorial obtém-se as seguintes


equações paramétricas

 x=1−λ−µ


y =1−µ


z = 1 − λ,

onde λ, µ ∈ R. O vetor

n = vAB × vAC

e
1 e2 e3


= −1 0 −1

−1 −1 0

= e2 + e3 − e1
= (−1, 1, 1)

é perpendicular a P. Seja P = (x, y, z) ∈ P. Então, obtém-se

vAP · n = 0 ⇔ (P − A) · n = 0
⇔ (x − 1, y − 1, z − 1) · (−1, 1, 1) = 0

52
2.2 Resoluções

⇔ −x + 1 + y − 1 + z − 1 = 0
⇔ −x + y + z = 1,

donde se conclui que −x + y + z = 1 é uma equação cartesiana de P.


13. Determine uma equação vetorial, equações paramétricas e uma equação cartesiana do
plano definido pelos pontos A = (2, 1, −1), B = (0, 1, 0), C = (1, 0, 1).
Usando vAB = B − A = (−2, 0, 1) e vAC = C − A = (−1, −1, 2), então

(x, y, z) = A + λvAB + µvAC


= (2, 1, −1) + λ(−2, 0, 1) + µ(−1, −1, 2), λ, µ ∈ R,

é uma equação vetorial do plano P. A partir da equação vetorial obtém-se as seguintes


equações paramétricas

 x = 2 − 2λ − µ


y =1−µ


z = 1 + λ + 2µ,

onde λ, µ ∈ R. O vetor

n = vAB × vAC

e e e
1 2 3

= −2 0 1

−1 −1 2

= −e2 + 2e3 + e1 + 4e2


= (1, 3, 2)

é perpendicular a P. Seja P = (x, y, z) ∈ P. Então, obtém-se

vAP · n = 0 ⇔ (P − A) · n = 0
⇔ (x − 2, y − 1, z + 1) · (1, 3, 2) = 0
⇔ x − 2 + 3y − 3 + 2z + 2 = 0
⇔ x + 3y + 2z = 3,

donde se conclui que x + 3y + 2z = 3 é uma equação cartesiana de P.


14. Considere o plano P representado pela equação x + 2y − z = 4. Determine por dois
processos distintos uma equação vetorial de P.

Processo 1:
O plano P pode ser representado da seguinte forma

P = {(x, y, x + 2y − 4) : x, y ∈ R}
= {x(1, 0, 1) + y(0, 1, 2) + (0, 0, −4) : x, y ∈ R}
= (0, 0, −4) + h(1, 0, 1), (0, 1, 2)i,

53
Capítulo 2 Espaços afins

logo, uma equação vetorial de P é

(x, y, z) = (0, 0, −4) + λ(1, 0, 1) + µ(0, 1, 2), λ, µ ∈ R.

Processo 2:
Escolhendo três pontos do plano P, por exemplo,

A = (4, 0, 0), B = (0, 2, 0), C = (0, 0, −4) ∈ P,

tem-se vAB = B − A = (−4, 2, 0) e vAC = C − A = (−4, 0, −4), e, assim,

(x, y, z) = (4, 0, 0) + λ(−4, 2, 0) + µ(−4, 0, 4), λ, µ ∈ R

é uma equação vetorial de P.

15. Considere o plano P representado pela equação x + 5z = 2. Determine uma equação


vetorial de P.
O plano P pode ser representado da seguinte forma

P = {(2 − 5z, y, z) : y, z ∈ R}
= {y(0, 1, 0) + z(−5, 0, 1) + (2, 0, 0) : y, z ∈ R}
= (2, 0, 0) + h(0, 1, 0), (−5, 0, 1)i,

logo, uma equação vetorial de P é

(x, y, z) = (2, 0, 0) + λ(0, 1, 0) + µ(−5, 0, 1), λ, µ ∈ R.

16. Considere o plano P representado pela equação z = x − 2y. Determine por dois processos
distintos uma equação vetorial de P.

Processo 1:
O plano P pode ser representado da seguinte forma

P = {(x, y, x − 2y) : x, y ∈ R}
= {x(1, 0, 1) + y(0, 1, −2) + (0, 0, 0) : x, y ∈ R}
= (0, 0, 0) + h(1, 0, 1), (0, 1, −2)i,

logo, uma equação vetorial de P é

(x, y, z) = (0, 0, 0) + λ(1, 0, 1) + µ(0, 1, −2), λ, µ ∈ R.

Processo 2:
Escolhendo três pontos do plano P, por exemplo,

A = (0, 0, 0), B = (2, 1, 0), C = (1, 0, 1) ∈ P,

tem-se vAB = B − A = (2, 1, 0) e vAC = C − A = (1, 0, 1), e, assim,

(x, y, z) = (0, 0, 0) + λ(2, 1, 0) + µ(1, 0, 1), λ, µ ∈ R

é uma equação vetorial de P.

54
2.2 Resoluções

17. Seja P o plano que passa pelo ponto P = (2, 2, 1) e contém a reta R representada pelo
seguinte sistema de equações

x + y − z = 2
x − y + z = 0.

Determine:

(a) Uma equação vetorial e uma equação cartesiana do plano P.


(b) As equações cartesianas da reta S que passa pelo ponto P e é perpendicular ao plano
P.
(c) Uma equação vetorial do plano T que passa pela origem do sistema de eixos e contém
a reta S.

(a) Seja Ax = b o sistema de equações lineares que representa a reta R. Então, tem-se
   
1 1 −1 2 ←−−−−−−−−−→ 1 1 −1 2
   .
1 −1 1 0 `2 ← `2 − `1 0 −2 2 −2
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, então
o sistema é possível e indeterminado, sendo z uma incógnita livre. O sistema é
equivalente ao sistema de equações lineares
 
x + y − z = 2  x=1

 − 2y + 2z = −2  y = 1 + z.

Então, a equação vetorial da reta é dada por

(x, y, z) = (1, 1, 0) + α(0, 1, 1), α ∈ R,

Considere dois pontos da reta, por exemplo A = (1, 1, 0), que corresponde a α = 0,
e B = (1, 2, 1), que corresponde a α = 1. Como vP A = A − P = (−1, −1, −1) e
vP B = B − P = (−1, 0, 0) são dois vetores diretores do plano P, então

(x, y, z) = (2, 2, 1) + λ(−1, −1, −1) + µ(−1, 0, 0), λ, µ ∈ R,

é uma equação vetorial de P.


Para determinar uma equação cartesiana de P calcula-se um vetor n perpendicular a
P. Tem-se

e
1 e2 e3


n = vP A × vP B = −1 −1 −1 = e2 − e3 = (0, 1, −1).

−1 0 0
Então, a equação cartesiana é da forma y − z = d e, como, por exemplo P ∈ P,
obtém-se d = 2 − 1 = 1. Logo, y − z = 1 é uma equação cartesiana de P.
(b) Sabe-se da alínea anterior que n = (0, 1, −1) é um vetor perpendicular ao plano P.
Então, a reta S tem n como vetor diretor e passa pelo ponto P , pelo que

(x, y, z) = (2, 2, 1) + α(0, 1, −1), α ∈ R,

55
Capítulo 2 Espaços afins

é uma equação vetorial da reta S Da equação vetorial obtém-se as equações paramé-


tricas: 



x=2

y =2+α


z = 1 − α,

com α ∈ R. Eliminando o parâmetro α das equações paramétricas, obtém-se as


equações cartesianas:

x = 2 ∧ y − 2 = 1 − z.

(c) Como o plano T contém a reta S dada pela equação vetorial

(x, y, z) = (2, 2, 1) + α(0, 1, −1), α ∈ R,

e contém a origem O = (0, 0, 0), então vP O = O − P = (−2, −2, −1), onde


P = (2, 2, 1) ∈ S, é um vetor diretor de T . Então,

(x, y, z) = (2, 2, 1) + λ(0, 1, −1) + µ(−2, −2, −1), λ, µ ∈ R,

é uma equação vetorial de T .

18. Considere a reta R definida pelas seguintes equações cartesianas


x−1 y−2
= = z.
2 3
(a) Determine uma equação vetorial do plano P que passa pelo ponto P = (1, 2, 0) e é
perpendicular à reta R.
(b) Verifique se a reta S que passa pelo ponto A = (0, 0, 8) e tem a direção do vetor
u = (1, −1, 1, ) está contida no plano P.

(a) A partir das equações cartesianas de R, obtém-se as equações paramétricas



 x = 1 + 2α


y = 2 + 3α , α ∈ R.


z=α

Assim,

(x, y, z) = (1, 2, 0) + α(2, 3, 1), α ∈ R,

é uma equação vetorial de R, sendo (2, 3, 1) um vetor diretor de R. Então, como


n = (2, 3, 1) ⊥ P, a expressão da equação cartesiana é da forma 2x + 3y + z = d.
Como P = (1, 2, 0) ∈ P, obtém-se d = 2 × 1 + 3 × 2 = 8. Logo,

2x + 3y + z = 8

é uma equação cartesiana de P. O plano P pode ser representado por

P = {(x, y, 8 − 2x − 3y) : x, y ∈ R}
= {x(1, 0, −2) + y(0, 1, −3) + (0, 0, 8) : x, y ∈ R},

56
2.2 Resoluções

donde se obtém a equação vetorial

(x, y, z) = (0, 0, 8) + λ(1, 0, −2) + µ(0, 1, −3), λ, µ ∈ R.

(b) Sejam `1 = (1, 0, −2) e `2 = (0, 1, −3) os vetores diretores de P e `3 = (1, −1, 1)
h 1 0 −2 i
o vetor diretor de S. Considere a matriz A = 0 1 −3 com linhas `1 , `2 , `3 . Como
1 −1 1
   
1 0 −2 ←−−−−−−−−−→ 1 0 −2 ←−−−−−−−−−→
   
 0 1 −3   0 1 −3 
   
1 −1 1 `3 ← `3 − `1 0 −1 3 `3 ← `3 + `2
 
1 0 −2
 
 0 1 −3  ,
 
0 0 0
então car(A) = 2, logo dim(h`1 , `2 , `3 i) = 2. Note que, além disso, o ponto
A = (0, 0, 8) está contido no plano P. Então, conclui-se que a reta S está contida
no plano P.

19. Seja P o plano definido pelos pontos A = (2, 1, −1), B = (0, 1, 0), C = (1, 0, 1).
Determine um sistema de equações paramétricas e as equações cartesianas da reta R
perpendicular ao plano P e que passa pelo ponto B.
Considere vBA = A − B = (2, 0, −1) e vBC = C − B = (1, −1, 1). Então, o vetor
n = vBA × vBC é um vetor diretor da reta R. Tem-se

e e e
1 2 3

n = 2 0 −1 = −e2 − 2e3 − e1 − 2e2 = (−1, −3, −2).

1 −1 1
Como B ∈ R, então conclui-se que

(x, y, z) = (0, 1, 0) + α(−1, −3, −2), α ∈ R,

é uma equação vetorial de R. Desta equação obtém-se as equações paramétricas



 x = −α


y = 1 − 3α


z = −2α,

onde α ∈ R. Eliminando o parâmetro α, conclui-se que as equações cartesianas de R são


definidas por
y−1 z
x= = .
3 2
20. Escreva equações vetoriais das retas em R3 que são formadas pelos pontos (x, y, z) que
satisfazem as seguintes condições:

(a) x = 0, y = 3z.
(b) y = − 21 z, z = −4.

57
Capítulo 2 Espaços afins

(a) A reta em R3 pode ser representada por {(0, 3z, z) : z ∈ R}, donde se obtém a
equação vetorial

(x, y, z) = (0, 0, 0) + α(0, 3, 1), α ∈ R.


4
(b) Como z = −4, então y = 2 = 2. Assim, a reta em R3 pode ser representada por
{(x, 2, −4) : x ∈ R}, donde se obtém a equação vetorial

(x, y, z) = (0, 2, −4) + α(1, 0, 0), α ∈ R.

21. Verifique se a reta R = (3, 1, 2)+h(1, 1, 0)i e o plano P = (2, 1, −1)+h(1, −1, 1), (2, 0, 1)i
são paralelos.
Sejam `1 = (1, 1, 0) o vetor diretor de R e `2 = (1, −1, 1), `3 = (2, 0, 1) os vetores
h1 1 0i
diretores de P. Considere a matriz A = 1 −1 1 com linhas `1 , `2 , `3 . Como
2 0 1
   
1 1 0 ←−−−−−−−−−→ 1 1 0 ←−−−−−−−−−→
   
 1 −1 1  `2 ← `2 − `1  0 −2 1 
   
2 0 1 `3 ← `3 − 2`1 0 −2 1 `3 ← `3 − `2
 
1 1 0
 
 0 −2 1  ,
 
0 0 0
então car(A) = 2, logo dim(h`1 , `2 , `3 i) = 2. Tem-se h(1, 1, 0)i ⊆ h(1, −1, 1), (2, 0, 1)i.
Assim, conclui-se que a reta R e o plano P são paralelos.
22. Verifique se a reta R = (3, 1, 2) + h(1, 1, 0)i e a reta S dada pela equação vetorial
(x, y, z) = (1, 1, 2) + λ(1, 1, −1), λ ∈ R são paralelas.
As retas R e S são paralelas se h(1, 1, 0)i = h(1, 1, −1)i, pois dim(R) = dim(S) = 1.
Como os vetores (1, 1, 0) e (1, 1, −1) são linearmente independentes, porque nenhum
deles é combinação linear do outro ( @k ∈ R : (1, 1, 0) = k(1, 1, −1)), então tem-se que
h(1, 1, 0)i =
6 h(1, 1, −1)i e assim conclui-se que R e S não são paralelas.
23. Considere os planos P1 e P2 definidos pelas equações vetoriais

(x, y, z) = (1, 0, −1) + λ(1, 1, 1) + µ(1, 0, 1), λ, µ ∈ R

(x, y, z) = (2, 4, −3) + λ(3, 1, 3) + µ(0, 1, 0), λ, µ ∈ R,

respetivamente. Verifique se os planos são paralelos.


Como dim(P1 ) = dim(P2 ) = 2, então os planos P1 e P2 são paralelos se

h(1, 1, 1), (1, 0, 1)i = h(3, 1, 3), (0, 1, 0).i

Sejam `1 = (1, 1, 1), `2 = (1, 0, 1) os vetores diretores de P1 e `3 = (3,


 1, 3), `4 =
111
(0, 1, 0) os vetores diretores de P2 . Considere a matriz A = 13 01 13 com linhas
010

58
2.2 Resoluções

`1 , `2 , `3 , `4 . Como
   
1 1 1 ←−−−−−−−−−→ 1 1 1
←−−−−−−−−−→
   
 1 0 1  ` ←` −`  0 −1 0 
  2 2 1  
   
 3 1 3  `3 ← `3 − 3`1  0 −2 0 
    `3 ← `3 − 2`2
0 1 0 0 1 0 `4 ← `4 + `2
 
1 1 1
 
 0 −1 0 
,
 

 0 0 0 
 
0 0 0
então car(A) = 2, logo dim(h`1 , `2 , `3 , `4 i) = 2. Assim, tem-se

h(1, 1, 1), (1, 0, 1)i = h(3, 1, 3), (0, 1, 0)i

e pode então concluir-se que os planos P1 e P2 são paralelos.


24. Considere o plano P definido pelos pontos A = (1, 0, 1), B = (2, 1, 2), C = (0, 2, 1).
Determine a equação cartesiana do plano Q paralelo a P contendo a origem do sistema
de eixos e a equação cartesiana do plano T paralelo a P, que passa pelo ponto P =
(−1, 0, −2).
Considere vAB = B − A = (1, 1, 1) e vAC = C − A = (−1, 2, 0). Então

e
1 e2 e3


n = vAB × vAC = 1 1 1 = −e2 + 2e3 + e3 − 2e1 = (−2, −1, 3)

−1 2 0
é um vetor perpendicular a Q. A equação cartesiana de Q tem a expressão −2x − y + 3z =
d. Como (0, 0, 0) ∈ Q, então d = 0, logo a equação cartesiana de Q é

−2x − y + 3z = 0.

Para determinar a equação cartesiana de T , como T k P, então −2x − y + 3z = d e dado


que P = (−1, 0, −2) ∈ T , então d = 2 − 6 = −4. Logo, a equação cartesiana de T é
dada por

−2x − y + 3z = −4.

25. Considere a reta R definida pelo sistema de equações



 x=y+3
 z = −y + 1

e o plano P dado por 2x − 3y + 4z = 5. Verifique se R k P.


A partir do sistema de equações que define a reta R obtém-se a equação vetorial

(x, y, z) = (3, 0, 1) + α(1, 1, −1), α ∈ R.

59
Capítulo 2 Espaços afins

Então, v = (1, 1, −1) é um vetor diretor de R. Como n = (2, −3, 4) é um vetor


perpendicular ao plano P, tem-se que R k P se e só se n · v = 0. Como

n · v = (2, −3, 4) · (1, 1, −1) = −5 6= 0,

então conclui-se que R ∦ P.


26. Considere, no espaço R3 , os pontos A = (1, 2, 3), B = (1, 0, 1), C = (0, 2, 0) e
D = (1, 2, 1). Determine:

(a) a reta r definida pelos pontos A e B;


(b) a reta s que contém o ponto C e que é paralela à reta r;
(c) o plano α definido pelas retas r e s;
(d) o plano β definido pela reta r e pelo ponto D;
(e) o ponto de intersecção da reta r com o plano α.

(a) Seja P = (x, y, z). Como P ∈ r se e só se vAP k vAB , onde vAB = (0, −2, −2),
ou seja, P − A = αvAB , α ∈ R, então

(x, y, z) = A + αvAB = (1, 2, 3) + α(0, −2, −2), α ∈ R.

As equações cartesianas correspondentes são obtidas a partir de



 x=1


y−2
 −2 = α
 z−3

−2 = α,
com α ∈ R, de onde se conclui, após eliminar α, que: x = 1, y − z = −1.
(b) Seja P = (x, y, z). Como C ∈ s e vAB k s, então P ∈ s ⇔ (P − C) = αvAB ,
α ∈ R, de onde se obtém

P = C + αvAB ⇔ (x, y, z) = (0, 2, 0) + α(0, −2, −2).

As equações cartesianas correspondentes são obtidas de



 x=0


y−2
 −2 = α
z

−2 = α,

com α ∈ R, de onde se conclui, após eliminar α, que: x = 0, y − z = 2.


(c) Como s ⊂ α e r ⊂ α, então vAB k α e vAC k α. Logo n = vAB × vAC ⊥ α, sendo

e
1 e2 e3


n = vAB × vAC = 0 −2 −2 = 6e1 + 2e2 − 2e3 = (6, 2, −2).

−1 0 −3
Seja P = (x, y, z) ∈ α. Então,

(P − A) · n = 0 ⇔ (x − 1, y − 2, z − 3) · (6, 2, −2) = 0 ⇔ 3x + y − z = 2.

60
2.2 Resoluções

(d) Como r ⊂ β e D ∈ β, então vAB k α e vAD k α. Logo n = vAB × vAD ⊥ α, sendo



e e e
1 2 3

n = vAB × vAD = 0 −2 −2 = 4e1 = (4, 0, 0).

0 0 −2
Seja P = (x, y, z) ∈ α. Então,

(P − A) · n = 0 ⇔ (x − 1, y − 2, z − 3) · (4, 0, 0) = 0 ⇔ x = 1.

(e) Como r ⊂ α (ver alínea c)), então todos os pontos da reta r são pontos de interseção
com o plano α, ou seja r ∩ α = r.
27. Seja T o plano perpendicular ao vetor w = (1, 1, −1) e que passa pelo ponto A =
(0, 0, −3). Seja P = (1, −1, 0) um ponto de R3 . Determine a distância de P ao plano T .
Sabe-se que A = (0, 0, −3) ∈ T e que w = (1, 1, −1) é um vetor perpendicular a T .
Tem-se vAP = P − A = (1, −1, 3) e a distância do ponto P ao plano T pode ser calculada
do seguinte modo:
|vAP · w| |(1, −1, 3) · (1, 1, −1)| | − 3| √
d(P, T ) = k projw vAP k = = = √ = 3.
kwk k(1, 1, 1)k 3
28. Determine a distância entre o ponto P = (0, 1, −2) e o plano α cuja equação cartesiana é
x + y + z = 1.
Considere a reta r, perpendicular a α que passa em P , que é dada pela equação vetorial

(x, y, z) = (0, 1, −2) + λ(1, 1, 1), λ ∈ R.

O ponto de interseção Q = π ∩r é obtido substituindo primeiro (x, y, z) = (λ, 1+λ, −2+


λ) na equação cartesiana de α:
2
λ + 1 + λ − 2 + λ = 1 ⇔ 3λ = 2 ⇔ λ = ;
3
2
e o valor λ = 3 na equação de r:
 
2 2 5 4
Q = (0, 1, −2) + × (1, 1, 1) = , ,− .
3 3 3 3
Então,

2 2 3
d(P, π) = d(P, Q) = kvP Q k = kQ − P k = k (1, 1, 1)k = .
3 3
29. Considere o plano T definido pela equação vetorial (x, y, z) = (2, 0, 0) + λ(−2, 1, 0) +
µ(2, 0, −1), λ, µ ∈ R e a reta R definida pelas equações

 x=y+1
 z = −y − 1.

Calcule as coordenadas dos pontos da reta R que distam uma unidade do plano T .
O vetor n = (−2, 1, 0) × (2, 0, −1) é perpendicular ao plano T . Tem-se

e e e
1 2 3

n = −2 1 0 = −e1 − 2e3 − 2e2 = (−1, −2, −2).

2 0 −1
Os pontos P que pertencem à reta R têm coordenadas (y + 1, y, −y − 1), onde y ∈ R.

61
Capítulo 2 Espaços afins

Considere um ponto M qualquer do plano T , por exemplo M = (2, 0, 0) ∈ T e considere


vM P = P − M = (y − 1, y, −y − 1), onde y ∈ R. Então, a distância dos pontos P da
reta R ao plano T é

d(P, T ) = k projn vM P k
|vM P · n|
=
knk
|(y − 1, y, −y − 1) · (−1, −2, −2)|
=
k(−1, −2, −2)k
| − y + 1 − 2y + 2y + 2|
=
3
| − y + 3|
= .
3
Assim, tem-se
| − y + 3|
d(P, T ) = 1 ⇔ = 1 ⇔ (−y + 3 = 3 ∨ y − 3 = 3) ⇔ (y = 0 ∨ y = 6).
3
Substituindo estes dois valores de y nas expressões das coordenadas dos pontos P , concui-
se que P = (1, 0, −1) (correspondente a y = 1) e P = (7, 6, −7) (correspondente a
y = 6) são os pontos da reta R que distam de T uma unidade.
30. Seja T o plano paralelo ao plano T 0 de equação 2x − y + 3z = 10 e que passa pelo ponto
Q = (2, 3, 4). Seja P = (3, 4, 5) ∈ R3 . Determine a distância do ponto P ao plano T .
Como T k T 0 , então n = (2, −1, 3) é um vetor perpendicular a T . Assim, considerando
vP Q = Q − P = (−1, −1, −1), vem

d(P, T ) = k projn vP Q k
|vP Q · n|
=
knk
|(−1, −1, −1) · (2, −1, 3)|
=
k(2, −1, 3)k
| − 4|
= √
14

2 14
= .
7
31. Seja R a reta definida pela equação vetorial (x, y, z) = (2, 1, 2) + λ(1, 2, 2), λ ∈ R e
P = (2, 3, 3) um ponto de R3 . Determine a distância de P à reta R.
Seja A um ponto qualquer da reta R, por exemplo A = (2, 1, 2) ∈ R. Seja n = (1, 2, 2)
o vetor diretor de R e considere vAP = P − A = (0, 2, 1). Então,
vAP · n (0, 2, 1) · (1, 2, 2) 6 2
projn vAP = n= (1, 2, 2) = (1, 2, 2) = (1, 2, 2)
n·n (1, 2, 2) · (1, 2, 2) 9 3
e, assim,

d(P, R) = kvAP − projn vAP k



2
= (0, 2, 1) − (1, 2, 2)

3

62
2.2 Resoluções
 
2 2 1
= −3, 3, −3

r
4 4 1
= + +
9 9 9
= 1.

32. Considere a reta R definida pelo sistema de equações



x + y − z = 4
x + 2y − 3z = 4

e o ponto P = (1, 0, 1) ∈ R3 . Determine a distância de P à reta R.


 1 1 −1 
Seja Ax̄ = b o sistema de equações lineares que representa a reta R, onde A = 1 2 −3 ,
hxi
b = [ 44 ], x̄ = yz . Então, tem-se
   
1 1 −1 4 ←−−−−−−−−−→ 1 1 −1 4
A|b =    .
1 2 −3 4 `2 ← `2 − `1 0 1 −2 0
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, então o
sistema é possível e indeterminado, sendo z uma incógnita livre. O sistema é equivalente
ao sistema de equações lineares
 
x + y − z = 4  x=4−z

 y − 2z = 0  y = 2z.

Então, a equação vetorial da reta é dada por

(x, y, z) = (4, 0, 0) + α(−1, 2, 1), α ∈ R,

Seja A um ponto qualquer da reta R, por exemplo A = (4, 0, 0) ∈ R. Seja n = (−1, 2, 1)


o vetor diretor de R e considere vAP = P − A = (−3, 0, 1). Então,
vAP · n
projn vAP = n
n·n
(−3, 0, 1) · (−1, 2, 1)
= (−1, 2, 1)
(−1, 2, 1) · (−1, 2, 1)
4
= (−1, 2, 1)
6
2
= (−1, 2, 1)
3
e, assim,

d(P, R) = kvAP − projn vAP k



2
= (−3, 0, 1) − (−1, 2, 1)

3
 
7 4 1
= − ,− ,
3 3 3
r
4 4 1
= + +
9 9 9

66
= .
3

63
Capítulo 2 Espaços afins

33. Considere os planos P e T definidos pelas equações 2x−y+3z−1 = 0 e 3x+2y+5z+2 =


0, respetivamente. Determine a distância entre os dois planos.
Sejam n1 = (2, −1, 3) e n2 = (3, 2, 5) os vetores perpendiculares aos planos P e T ,
respetivamente. Como n1 e n2 são linearmente independentes, pois nenhum deles é
combinação linear do outro (i.e. @k ∈ R : n1 = kn2 ), então os planos P e T intersetam-
se. Assim, conclui-se que d(P, T ) = 0.
34. Sejam P o plano definido pela equação

(x, y, z) = (1, 1, −1) + λ(0, 1, −1) + µ(4, −1, −1), λ, µ ∈ R

e T o plano definido por x + αy + 2z + β = 0, α, β ∈ R. Determine os valores de α e β


para que os dois planos distam três unidades.
Sabe-se que vetor n1 = (0, 1, −1) × (4, −1, −1) é perpendicular ao plano P. Tem-se

e e e
1 2 3

n1 = 0 1 −1 = −e1 − 4e2 − 4e3 − e1 = (−2, −4, −4).

4 −1 −1
Para que a distância entre os dois planos seja igual a três unidades, os planos têm que
ser paralelos. Assim, os vetores perpendiculares a P e T , que são n1 = (−2, −4, −4) e
n2 = (1, α, 2), respetivamente, têm que ser linearmente dependentes, ou seja, é possível
escrever um deles como combinação linear do outro. Logo, existe k ∈ R tal que

 k = −2
(−2, −4, −4) = k(1, α, 2) ⇔
 αk = −4,

donde se conclui que α = 2.


Seja Q um ponto arbitrário de P, por exemplo Q = (1, 1, −1) ∈ P. Considere ainda
um ponto arbitrário A ∈ T , por exemplo escolhendo y = 0 e z = 0 obtém-se o ponto
A = (β, 0, 0) ∈ T , e o vetor normal n2 = (1, 2, 2) ao plano T . Então, como

d(P, T ) = d(Q, T ) = k projn2 vAQ k,

onde vAQ = Q − A = (1 − β, 1, −1), pode calcular-se a distância da seguinte forma

d(P, T ) = k projn2 vAQ k


|vAQ · n2 |
=
kn2 k
|(1 − β, 1, −1) · (1, 2, 2)|
=
k(1, 2, 2)k
|1 − β + 2 − 2|
=
3
|1 − β|
= .
3
Como a distância deve ser igual a três unidades, então
|1 − β|
d(P, T ) = 3 ⇔ = 3 ⇔ 1 − β = 9 ∨ 1 − β = −9 ⇔ β = −8 ∨ β = 10.
3
Assim, conlcui-se que d(P, T ) = 3 para α = 2 e β ∈ {−8, 10}.

64
2.2 Resoluções

35. Sejam R a reta definida pela equação vetorial

(x, y, z) = (2, 4, 6) + λ(2, −1, 3), λ ∈ R

e P o plano definido por 2x − y + 3z = 2. Determine a distância da reta ao plano. Seja


n = (2, −1, 3) o vetor normal a P e v = (2, −1, 3) o vetor diretor de R. Como n = v,
então a reta R interseta P ortogonalmente, logo d(P, R) = 0.
36. Considere o plano P de equação x − y + z = 1 e R a reta definida pelo sistema

 x = 2y − 1
 z = −y + 3.

Determine a distância entre R e P.


A partir do sistema de equações que define a reta, obtém-se a equação vetorial

(x, y, z) = (−1, 0, 3) + α(2, 1, −1), α ∈ R

de R
Seja n = (1, −1, 1) o vetor normal a P e v = (2, 1, −1) o vetor diretor de R. A reta R é
paralela ao plano P, porque

n · v = (2, 1, −1) · (1, −1, 1) = 0.

Tem-se ainda que R 6⊂ P, porque, por exemplo Q = (−1, 0, 3) ∈ R e Q ∈


/ P. Seja A um
ponto qualquer de P, por exemplo A = (1, 0, 0) ∈ P. Então,

d(P, R) = d(P, Q) = k projn vAQ k.

Como vAQ = Q − A = (−2, 0, 3), obtém-se



|vAQ · n| |(−2, 0, 3) · (1, −1, 1)| 1 3
d(P, R) = k projn vAQ k = = =√ = .
knk k(1, −1, 1)k 3 3
37. Sejam R e S as retas definidas pelos sistemas

 y = βx − β
 z = −2x + 4
e 
 y =x−1
,
 z = −2x + 2 + β

respetivamente. Determine a distância entre R e S em função do parâmetro β supondo


que:

(a) R e S são concorrentes.


(b) R e S são paralelas.

(a) As retas R e S são concorrentes se existe um ponto de intersecção entre R e S para


algum β ∈ R. Isto significa que o sistema de equações lineares correspondente à
igualdade entre as coordenadas dos pontos pertencentes a R e a S

(x, βx − β, −2x + 4) = (x, x − 1, −2x + 2 + β)

65
Capítulo 2 Espaços afins

tem que ser possível para algum β ∈ R. Igualando as coordenadas correspondentes,


obtém-se

 x=x
 
  x=1
βx − β = x − 1 ⇔

  β=2
−2x + 4 = −2x + 2 + β

Assim, conclui-se que para β = 2 as retas são concorrentes e d(R, S) = 0.


(b) Considere as equações vetoriais das retas R e S dadas por

(x, y, z) = (0, −β, 4) + λ(1, β, −2), λ ∈ R

(x, y, z) = (0, −1, 2 + β) + µ(1, 1, −2), µ ∈ R,

respetivamente. As retas são paralelas se e só se os vetores diretores de R e S são


linearmente dependentes. Assim, existe k ∈ R tal que

 k=1
(1, β, −2) = k(1, 1, −2) ⇔
 β = 1.

Assim, conclui-se que para β = 1 as retas R e S são paralelas com equações vetorias
dadas por

(x, y, z) = (0, −1, 4) + λ(1, 1, −2), λ ∈ R

(x, y, z) = (0, −1, 3) + µ(1, 1, −2), µ ∈ R,

respetivamente. Note que R ∩ S = ∅, porque as duas retas passam em pontos


distintos ((0, −1, 4) e (0, −1, 3)).
Neste caso, a distância entre as duas retas pode ser obtida a partir da distância de
uma das reta a um ponto da outra reta.
Seja A um ponto qualquer da reta R, por exemplo A = (0, −1, 4) ∈ R. Seja
n = (1, 1, −2) o vetor diretor de R e considere P = (0, −1, 3) ∈ S e vAP =
P − A = (0, 0, −1). Então,
vAP · n
projn vAP = n
n·n
(0, 0, −1) · (1, 1, −2)
= (1, 1, −2)
(1, 1, −2) · (1, 1, −2)
2
= (1, 1, −2)
6
1
= (1, 1, −2)
3
e, assim,

d(P, R) = kvAP − projn vAP k



1
= (0, 0, −1) − 3 (1, 1, −2)

66
2.2 Resoluções
 
1 1 1
= −3, −3, −3


3
= .
3
38. Considere a reta R que passa pelo ponto A = (3, 1, 2) e tem a direção do vetor u = (1, 1, 0),
o plano P definido pela equação 2x + y − z = −9, e o ponto Q = (4, 3, 3). Determine:
(a) o ângulo entre a reta R e o plano P.
(b) o ângulo entre o plano P e o plano Q que contém a reta R e passa pelo ponto Q.
(c) o ângulo entre a reta R e a reta S que passa pelos pontos A e Q.
(a) Sendo u = (1, 1, 0) um vetor diretor de R e n = (2, 1, −1) ⊥ P, então
 
|u · n|
∠(R, P) = arcsen
kukknk
 
|(1, 1, 0) · (2, 1, −1)|
= arcsen
k(1, 1, 0)kk(2, 1, −1)k
 
3
= arcsen √ √
2 6
√ !
3
= arcsen
2
π
= .
3
(b) Sabe-se que n = (2, 1, −1) ⊥ P.
Como A, Q ∈ Q, então vAQ = Q − A = (1, 2, 1) é um vetor diretor de Q. Além
disso u = (1, 1, 0) também é um vetor diretor de Q, porque R ⊂ Q. Para determinar
um vetor m perpendicular a Q calcula-se u × vAQ . Assim, obtém-se

e e e
1 2 3

m = u × vAQ = 1 1 0 = e1 + 2e3 − e3 − e2 = (1, −1, 1).

1 2 1
Sendo n = (2, 1, −1) ⊥ P e m = (1, −1, 1) ⊥ Q, então
 
|n · m|
∠(P, Q) = arccos
knkkmk
 
|(2, 1, −1) · (1, −1, 1)|
= arccos
k(2, 1, −1)kk(1, −1, 1)k
 
|2 − 1 − 1|
= arccos √ √
4+1+1 1+1+1
 
0
= arccos √ √
6 3
= arccos (0)
π
= .
2
(c) A reta S que passa pelos pontos A e Q tem vetor diretor v = vAQ = Q−A = (1, 2, 1).
Então, o ângulo entre R e S é dado por
 
|u · v|
∠(R, s) = arccos
kukkvk

67
Capítulo 2 Espaços afins
 
|(1, 1, 0) · (1, 2, 1)|
= arccos
k(1, 1, 0)kk(1, 2, 1)k
 
|1 + 2|
= arccos √ √
1+1 1+4+1
 
3
= arccos √ √
2 6
√ !
3
= arccos
2
π
= .
6
39. Considere o plano P definido por (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(1, 0, 1) + µ(0, 2, 1), λ, µ ∈ R,
e o plano Q definido pelos pontos A = (1, 2, 3), B = (2, 0, 1) e C = (0, 0, 0). Determine
o ângulo entre os dois planos.
Sejam n1 ⊥ P e n2 = vAB × vAC ⊥ Q. Então, tem-se

e e e
1 2 3

n1 = 1 0 1 = 2e3 − 2e1 − e2 = (−2, −1, 2).

0 2 1
Como vAB = B − A = (1, −2, −2) e vAC = C − A = (−1, −2, −3), vem

e
1 e2 e3


n2 = vAB ×vAC = 1 −2 −2 = 6e1 +2e2 −2e3 −2e3 −4e1 +3e2 = (2, 5, −4).

−1 −2 −3
Assim, obtém-se
 
|n1 · n2 |
∠(P, Q) = arccos
kn1 kkn2 k
 
|(−2, −1, 2) · (2, 5, −4)|
= arccos
k(−2, −1, 2)kk(2, 5, −4)k
 
| − 4 − 5 − 8|
= arccos √ √
4 + 1 + 4 4 + 25 + 16
 
17
= arccos √ √
9 45
√ !
17
= arccos √ .
9 5
40. Sejam A = (1, 2, −2), R a reta de equação (x, y, z) = (2, 1, 0) + λ(1, 0, 1) e P o plano
de equação x + 3y + 4z = 0. Determine:

(a) o ângulo entre a reta R e o plano P.


(b) a equação cartesiana do plano Q paralelo a P que passa por A.
(c) a distância entre P e Q.
(d) a distância entre R e P.

(a) Sendo (1, 0, 1) um vetor diretor de R e (1, 3, 4) ⊥ P, então


 
|(1, 0, 1) · (1, 3, 4)|
∠(R, P) = arcsen
k(1, 0, 1)kk(1, 3, 4)k

68
2.2 Resoluções
 
|1 + 4|
= arcsen √ √
1 + 1 1 + 9 + 16
 
5
= arcsen √ √
2 26
 
5
= arcsen √ .
2 13
(b) Como Q k P, então (1, 3, 4) é um vetor perpendicular a Q. Então, a equação
cartesiana de Q é dada por x + 3y + 4z = d e, como A = (1, 2, −2) ∈ Q, vem
d = 1 + 3 × 2 + 4 × (−2) = −1. Logo, a equação cartesiana de Q é

x + 3y + 4z = −1.

(c) Os planos P e Q são paralelos porque têm o mesmo vetor normal n = (1, 3, 4). Seja
Q um ponto arbitrário de P, por exemplo Q = (3, −1, 0) ∈ P. Considere ainda um
ponto arbitrário de Q, por exemplo A = (1, 2, −2) ∈ Q. Então, como

d(P, Q) = d(Q, Q) = k projn vAQ k,

pode calcular-se a distância da seguinte forma

d(P, Q) = k projn vAQ k


|vAQ · n|
=
knk
|(Q − A) · n|
=
knk
|(2, −3, 2) · (1, 3, 4)|
=
k(1, 3, 4)k
|2 − 9 + 8|
=√
1 + 9 + 16
1
=√
26

26
= .
26
(d) Considere o vetor diretor v = (1, 0, 1) de R e o vetor perpendicular a P, dado por
n = (1, 3, 4). Como

v · n = (1, 0, 1) · (1, 3, 4) = 1 + 4 = 5 6= 0,

então conclui-se que R e P não são paralelos. Logo, a reta R interseta P e,


assim, d(R, P) = 0. (Note que R não está contida em P, porque (2, 1, 0) ∈ R e
(2, 1, 0) ∈
/ P, porque

2 + 3 × 1 + 4 × 0 = 5 6= 0.

41. Considere as retas R e S definidas pelas equações (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(4, 0, −3), λ ∈
R, e
x−2 y−2 z+4
= = ,
3 3 4
respetivamente. Determine o ângulo entre as duas retas.

69
Capítulo 2 Espaços afins

A partir das equações cartesianas de S obtém-se


  
 x−2 = y−2  x−2=y−2  x=y
3 3
⇔ ⇔
 y−2 = z+4  4y − 8 = 3z + 12  z = − 20 + 4 y,
3 4 3 3
donde se conclui que a equação vetorial de S é
   
20 4
(x, y, z) = 0, 0, − + µ 1, 1, , µ ∈ R.
3 3
Então, o ângulo entre R e S é dado por
  
(4, 0, −3) · 1, 1, 43
∠(R, S) = arccos   
4
k(4, 0, −3)k 1, 1, 3

 
|4 − 4|
= arccos  √ q 
16 + 9 1 + 1 + 16 9

= arccos (0)
π
= .
2
42. Considere, no espaço R3 , o plano α : x + 2y = 3, o plano β : x + y − z = 0, a reta
r definida pelos pontos A = (1, 2, 3) e B = (1, 0, 1) e a reta s definida pelas equações
x + y − z = 4 e x + 2y − 3z = 4. Determine:
(a) ∠(r, s).
(b) ∠(α, r).
(c) ∠(α, β).
(d) A reta t que contém o ponto A e que é perpendicular ao plano α.
(e) d(A, α).
(f) d(B, s).
(g) O plano que contém a reta r e que é perpendicular ao plano α.

(a) O vetor vAB = B − A = (0, −2, −2) é um vetor diretor da reta r. Para determinar
um vetor diretor da reta s, tendo em conta que r é dada por um sistema de duas
equações lineares, determina-se o seu conjunto solução:
   
1 1 −1 4 ←−−−−−→ 1 1 −1 4
   ,
1 2 −3 4 `2 ← `2 −`1 0 1 −2 0
Assim, z é a incógnita livre, vindo: y− 2z = 0 ⇔ y = 2z e x+y−z = 4 ⇔ x = 4−z,
pelo que CS = {(4 − z, 2z, z) : z ∈ R}. Assim, conclui-se que a equação vetorial
de s é

(x, y, z) = (4, 0, 0) + λ(−1, 2, 1), λ ∈ R,

e (−1, 2, 1) é um vetor diretor de s. Então, o ângulo entre r e s é dado por


 
|(0, −2, −2) · (−1, 2, 1)|
∠(r, s) = arccos
k(0, −2, −2)kk(−1, 2, 1)k
 
| − 4 − 2|
= arccos √ √
4+4 1+4+1

70
2.2 Resoluções
 
6
= arccos √ √
8 6
√ !
3
= arccos
2
π
=.
6
(b) Como vAB = B − A = (0, −2, −2) é um vetor diretor de r e (1, 2, 0) ⊥ α, então
 
|(0, −2, −2) · (1, 2, 0)|
∠(r, α) = arcsen
k(0, −2, −2)kk(1, 2, 0)k
 
| − 4|
= arcsen √ √
4+4 1+4
√ !
10
= arcsen .
5
(c) Sendo (1, 2, 0) ⊥ α e (1, 1, −1) ⊥ β, então
 
|(1, 2, 0) · (1, 1, −1)|
∠(α, β) = arccos
k(1, 2, 0)kk(1, 1, −1)k
 
|1 + 2|
= arccos √ √
1+4 1+1+1
 
3
= arccos √ √
5 3
√ !
15
= arccos .
5
(d) Como A ∈ t e t ⊥ α, então n = (1, 2, 0) é um vetor diretor de t e a equação vetorial
de t é dada por: (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(1, 2, 0), λ ∈ R. Das equações paramétricas
correspondentes

 x=1+λ


y = 2 + 2λ , λ ∈ R,


z=3

obtém-se

x−1
 2 =λ


y−2
2 =λ
, λ ∈ R,


z=3

e eliminando o parâmetro λ, vem: 2x − y = 0, z = 3.


(e) Seja h a reta perpendicular a α que passa em A, então a equação vetorial de h
é: (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(1, 2, 0), λ ∈ R. Seja Q = α ∩ h. Substituindo
(x, y, z) = (1 + λ, 2 + 2λ, 3) na equação cartesiana de α, obtém-se
2
1 + λ + 2(2 + 2λ) = 3 ⇔ 5λ = −2 ⇔ λ = − ,
5
logo, Q = (1, 2, 3) − 25 × (1, 2, 0). Então,

d(A, α) = d(A, Q)
= kvAQ k

71
Capítulo 2 Espaços afins
2
= − × (1, 2, 0)

5
2
= − × k(1, 2, 0)k

√ 5
2 5
= .
5
(f) Seja π o plano perpendicular a s que passa em B. Como (−1, 2, 1) é um vetor diretor
de s (ver alínea a)), então o plano π é dado pela equação −x + 2y + z = d. Como
B ∈ π, então d = −1 + 0 + 1 = 0, logo π : −x + 2y + z = 0. Seja Q = π ∩ s.
Substituindo (x, y, z) = (4 − λ, 2λ, λ) – obtido a partir da equação vetorial de s da
alínea a) – na equação cartesiana de π, obtém-se
2
−4 + λ + 4λ + λ = 0 ⇔ 6λ = 4 ⇔ λ = .
3
Então,
2 1
Q = (4, 0, 0) + × (−1, 2, 1) = (10, 4, 2)
3 3
e
  √
7 4 1 66
d(B, s) = d(B, Q) = kvBQ k = 3, 3, −3 = 3 .

(g) Seja π o plano tal que r ⊂ π e α ⊥ π. Como (1, 2, 0) ⊥ α e (0, −2, −2) é um vetor
diretor da reta r (ver alínea a)), então n = (1, 2, 0) × (0, −2, −2) ⊥ π. Calculando
o produto vetorial, obtém-se

n = (1, 2, 0) × (0, −2, −2)



e
1 e2 e3


= 1 2 0

0 −2 −2

= −4e1 − 2e3 + 2e2


= (−4, 2, −2).

Assim, o plano π é dado pela equação −4x + 2y − 2z = d e como (1, 2, 3) ∈ π,


porque A ∈ r ⇒ A ∈ π, então d = −4 + 4 − 6 = −6, logo

π : −4x + 2y − 2z = −6 ⇔ 2x − y + z = 3.

43. Seja R a reta definida pelo sistema de equações



 2x − 2 = y − 1
 αx − α = z.

Determine os valores de α ∈ R para os quais R é paralela ao plano P de equação


2x + 4y + z = −5 e calcule a distância de R a P.
O sistema de equações que define a reta R pode ser reescrito da forma

 y = 2x − 1
 z = αx − α,

72
2.2 Resoluções

donde se obtém a equação vetorial

(x, y, z) = (0, −1, α) + λ(1, 2, α), λ ∈ R.

Considere o vetor diretor v = (1, 2α), α ∈ R de R e seja n = (2, 4, 1) um vetor


perpendicular ao plano dado, que será designado por P. A reta R é paralela ao plano P
se e só se

n · v = 0 ⇔ (2, 4, 1) · (1, 2, α) = 0 ⇔ 2 + 8 + α = 0 ⇔ α = −10.

Então, para α = −10 a reta R é paralela ao plano e o vetor diretor é definido por
v = (1, 2, −10).
Tem-se ainda que R não está contida no plano porque, por exemplo Q = (0, −1, −10) ∈ R
eQ∈
/ P, porque 2 × 0 + 4 × (−1) − 10 = −14 6= −5. Seja A um ponto qualquer de P,
por exemplo A = (0, 0, −5) ∈ P. Então,

d(P, R) = d(P, Q) = k projn vAQ k,

onde n = (2, 4, 1) é um vetor perpendicular a P. Como vAQ = Q − A = (0, −1, −5),


obtém-se

d(P, R) = k projn vAQ k


|vAQ · n|
=
knk
|(0, −1, −5) · (2, 4, 1)|
=
k(2, 4, 1)k
| − 4 − 5|
=√
4 + 16 + 1
9
=√ .
21
44. Sejam P, Q, O os planos definidos pelas equações −2x + 4y − 2z = −3, x + 2z = 1, e
2x + 4y + 6z = −2, respetivamente.

(a) Determine o ângulo entre os planos P e Q.


(b) Determine a reta R que está contida simultaneamente nos planos P e Q.
(c) Calcule a distância da reta R ao plano O.

(a) Sejam n1 = (−2, 4, −2) ⊥ P e n2 = (1, 0, 2) ⊥ Q. Então, vem


 
|n1 · n2 |
∠(P, Q) = arccos
kn1 kkn2 k
 
|(−2, 4, −2) · (1, 0, 2)|
= arccos
k(−2, 4, −2)kk(1, 0, 2)k
 
| − 2 + 0 − 4|
= arccos √ √
4 + 16 + 4 1 + 4
 
6
= arccos √ √
24 5
 
3
= arccos √ .
30

73
Capítulo 2 Espaços afins

(b) Como ∠(P, Q) 6= 0 (pela alínea anterior), então os planos intersetam-se numa reta
R que está contida simultaneamente nos planos P e Q.
Considere o sistema das equações cartesianas de P e Q

−2x + 4y − 2z = −3
,
 x + 2z = 1
hxi
que será representado por Ax̄ = b, onde A = −2
 4 −2   −3 
1 0 2 , b = 1 e x̄ = y .
z
Então, tem-se
   
−2 4 −2 −3 ←−−−−−−−−−→ −2 4 −2 −3
A|b    .
1 0 2 1 `2 ← `2 + 12 `1 0 2 1 − 12
Como car(A) = car(A|b) = 2 < n = 3, onde n é o número de incógnitas, então
o sistema é possível e indeterminado, sendo z uma incógnita livre. O sistema é
equivalente ao sistema de equações lineares
 
−2x + 4y − 2z = −3  x = 1 − 2z

 2y + z = − 1  y = − 1 − 1 z.
2 4 2
Então, a equação vetorial da reta R é dada por
   
1 1
(x, y, z) = 1, − , 0 + α −2, − , 1 , α ∈ R.
4 2
(c) Seja n = (2, 4, 6) o vetor normal a O e v = −2, − 21 , 1 o vetor diretor de R. A


reta R é paralela ao plano O, porque


 
1
n · v = (2, 4, 6) · −2, − , 1 = −4 − 2 + 6 = 0.
2
Tem-se ainda que R 6⊂ O, porque, por exemplo Q = 1, − 14 , 0 ∈ R e Q ∈

/ O,
1

porque 2 × 1 + 4 × − 4 + 6 × 0 = 1 6= −2. Seja A um ponto qualquer de O, por
exemplo A = (−1, 0, 0) ∈ O. Então,

d(O, R) = d(O, Q) = k projn vAQ k.

Como vAQ = Q − A = 2, − 41 , 0 , obtém-se




d(O, R) = k projn vAQ k


|vAQ · n|
=
knk
| 2, − 14 , 0 · (2, 4, 6)|

=
k(2, 4, 6)k
4−1
=√
4 + 16 + 36
3
=√ .
56
45. Considere as retas R e S definidas pelas equações (x, y, z) = (1, 0, 1) + λ(0, 1, −2), λ ∈
R e (x, y, z) = (2, 0, 1) + µ(0, 2, 1), µ ∈ R respetivamente. Determine:

(a) a distância entre as retas R e S.


(b) a equação cartesiana do plano P que contém a reta R e é paralelo à reta S.

74
2.2 Resoluções

(c) a distância entre a reta S e o plano P.

(a) As retas R e S não são paralelas, porque os vetores diretores (0, 1, −2) e (0, 2, 1)
são linearmente independentes (porque nenhum deles é combinação linear do outro,
i.e. @k ∈ R[(0, 1, −2) = k(0, 2, 1)]). As retas não se intersetam porque igualando
as coordenadas dos pontos pertencentes a R e a S, obtém-se

 1=2


λ=µ


1 − 2λ = 1 + µ,

que é um sistema impossível. Assim, conclui-se que R ∩ S = ∅, logo as retas R e


S são enviezadas.
Seja T o plano que contém S tal que T k R. Seja n um vetor normal a T . Então, n
pode ser calculado a partir de n = (0, 2, 1) × (0, 1, −2). Tem-se

e e
1 2 e3


n = (0, 2, 1) × (0, 1, −2) = 0 2 1 = −4e1 − e1 = (−5, 0, 0).

0 1 −2
Considere um ponto A ∈ T , por exemplo A = (2, 0, 1) ∈ S ⊂ T e seja P um ponto
quaquer de R, por exemplo P = (1, 0, 1) ∈ R. Tem-se vAP = P − A = (−1, 0, 0).
Então, como d(R, S) = d(R, T ) = d(P, T ), obtém-se
|vAP · n| |(−1, 0, 0) · (−5, 0, 0)| 5
d(R, S) = k projn vAP k = = = √ = 1.
knk k(−5, 0, 0)k 25
(b) Como R ⊂ P e P k S tem-se que

(x, y, z) = (1, 0, 1) + λ(0, 1, −2) + µ(0, 2, 1), λ, µ ∈ R,

é uma equação vetorial de P. Um vetor perpendicular a P pode ser calculado da


seguinte forma

e e
1 2 e3


n = (0, 1, −2) × (0, 2, 1) = 0 1 −2 = e1 + 4e1 = (5, 0, 0).

0 2 1
Então, a equação cartesiana de P é dada pela expressão 5x = d e para determinar
d substitui-se por exemplo as corrdenadas do ponto (1, 0, 1) ∈ P na expressão da
equação cartesiana, pelo que d = 5. Assim, conclui-se que a equação cartesiana de
P é definida por 5x = 5.
(c) Seja n = (5, 0, 0) o vetor normal a P e v = (0, 2, 1) o vetor diretor de S. A reta S é
paralela ao plano P, porque

n · v = (5, 0, 0) · (0, 2, 1) = 0.

Tem-se ainda que S 6⊂ P, porque, por exemplo Q = (2, 0, 1) ∈ S e Q ∈


/ P, porque
5 × 2 = 10 6= 5. Seja A um ponto qualquer de P, por exemplo A = (1, 0, 0) ∈ P.

75
Capítulo 2 Espaços afins

Então,

d(P, S) = d(P, Q) = k projn vAQ k.

Como vAQ = Q − A = (1, 0, 1), obtém-se


|vAQ · n| |(1, 0, 1) · (5, 0, 0)| 5
d(P, S) = k projn vAQ k = = = √ = 1.
knk k(5, 0, 0)k 25

76
Capítulo 3 Cónicas e Quádricas

3.1 Exercícios

1. Escreva as seguintes cónicas na forma matricial.


(a) x2 + 6xy + y 2 = 2.
(b) x2 − xy + 5x + 8y − 3 = 0.
(c) 5xy = 8.
(d) 2x2 − 3xy + 4y 2 − 7x + 2y + 7 = 0.
(e) 4x2 − 2y 2 = 7.

2. Identifique e esboce as seguintes cónicas:

(a) x2 + y 2 = 2. (e) y = 2x2 .


(b) x2 + y 2 − 2x + 4y + 4 = 0. (f) x2 + y − 1 = 0.
(c) x2 + 2y 2 = 1. (g) x2 − 2y 2 − 1 = 0.
(d) x2 + 2y 2 − 2x = 0. (h) x2 − 2y 2 + 1 = 0.

3. Para cada uma das seguintes cónicas, determine a mudança de coordenadas de modo que
a cónica resultante esteja na forma reduzida e identifique e esboce a cónica.
(a) x2 − 4x − y 2 + 6y = 14.
(b) 5x2 + 24xy − 5y 2 = 13.
(c) x2 + 4xy + y 2 = 1.
(d) 5x2 − 4xy + 2y 2 = 36.
(e) 2x2 + 2xy + 2y 2 = 9.

(f) −5x2 + 2 3xy − 3y 2 = −6.

(g) 2x2 + 2xy + 2y 2 + 2y = 32 .

4. Escreva as seguintes quádricas na forma matricial.


(a) x2 + y 2 + z 2 = 2.
(b) 3x2 + 7z 2 + 2xy − 3xz + 4yz − 3x = 4
(c) xy + xz + yz + 1 = 0.
(d) 3z 2 + 3xz − 12y = 6.
(e) 2x2 − 3xy + 4y 2 − 7x + 2y + 7 = 0.
(f) 2z 2 + 2xz + y 2 + 2x − y + 3z = 0.

5. Identifique as quádricas dadas pelas seguintes equações:


Capítulo 3 Cónicas e Quádricas

(a) x2 + 2y 2 + z 2 = 2; (i) x2 + 2y 2 = z;
(b) 2x2 + 2y 2 + 2z 2 − 1 = 0; (j) x2 + 2y 2 = 1;
(c) x2 − 3y 2 + 2z 2 = 7; (k) 2y 2 = z;
(d) −4x2 − 4y 2 + z 2 = 4; (l) x2 − 2y 2 = 1;
(e) x2 + 2z 2 − 4y = 0; (m) y 2 + 2z 2 − 4x = 0;
(f) 2x2 + 2z 2 + 3y = 0; (n) y 2 + 2z 2 = 4x2 ;
(g) 3x2 − 2y 2 = z; (o) x2 + 2y 2 − z 2 = 1;
(h) x2 + 2y 2 = z 2 ; (p) 2x2 + 2y 2 = 1.

6. Classifique as seguintes quádricas:


(a) 4x2 + 4y 2 + 4z 2 + 4xy + 4xz + 4yz − 3 = 0
(b) 2xy + z = 0
(c) x2 − y 2 − z 2 + 4x − 6y − 9 = 0
(d) 2x2 + y 2 + 2z 2 + 4xz + 2x + 2z − 3 = 0
(e) x2 − y 2 + z 2 − 4xy − 4yz − 1 = 0
(f) x2 + 2y 2 + z 2 + 2xy + 2yz − z = 0
(g) 2x2 + y 2 + z 2 + 4yz − 6 = 0
Nota: Escreva a equação da quádrica na forma matricial X T AX +BX +c = 0. Determine
uma matriz P que diagonaliza A e mostre que P T AP = D, onde D é uma matriz diagonal.
Escreva a equação da quádrica na forma reduzida e identifique a quádrica.

78
3.2 Soluções

3.2 Soluções

1. Escreva as seguintes cónicas na forma matricial.


(a) x2 + 6xy + y 2 = 2.
(b) x2 − xy + 5x + 8y − 3 = 0.
(c) 5xy = 8.
(d) 2x2 − 3xy + 4y 2 − 7x + 2y + 7 = 0.
(e) 4x2 − 2y 2 = 7.
(a) A forma matricial da cónica é

X T AX + BX + c = 0,

onde A = [ 13 31 ], B = [ 0 0 ], X = [ xy ] e c = −2.
(b) A forma matricial da cónica é

X T AX + BX + c = 0,
 
1 − 12
onde A = − 1 0 , B = [ 5 8 ], X = [ xy ] e c = −3.
2
(c) A forma matricial da cónica é

X T AX + BX + c = 0,
 
0 52
onde A = 5 0 , B = [ 0 0 ], X = [ xy ] e c = −8.
2
(d) A forma matricial da cónica é

X T AX + BX + c = 0,
 
2 − 32
onde A = − 3 4 , B = [ −7 2 ], X = [ xy ] e c = −7.
2
(e) A forma matricial da cónica é

X T AX + BX + c = 0,

onde A = 40 −2 , B = [ 0 0 ], X = [ xy ] e c = −7.
 0 

2. Identifique e esboce as seguintes cónicas:

(a) x2 + y 2 = 2. (e) y = 2x2 .


(b) x2 + y 2 − 2x + 4y + 4 = 0. (f) x2 + y − 1 = 0.
(c) x2 + 2y 2 = 1. (g) x2 − 2y 2 − 1 = 0.
(d) x2 + 2y 2 − 2x = 0. (h) x2 − 2y 2 + 1 = 0.


(a) Circunferência (de centro (0, 0) e raio 2).
(b) Circunferência (de centro (1, −2) e raio 1).

2
(c) Elipse (de centro (0, 0) e semi-eixos 1 e ).
√2
2
(d) Elipse (de centro (1, 0) e semi-eixos 1 e 2 ).
(e) Parábola (de vértice (0, 0) voltada para cima).
(f) Parábola (de vértice (0, 1) voltada para baixo).

79
Capítulo 3 Cónicas e Quádricas

(g) Hipérbole.
(h) Hipérbole.

3. Para cada uma das seguintes cónicas, determine a mudança de coordenadas de modo que
a cónica resultante esteja na forma reduzida e identifique e esboce a cónica.
(a) x2 − 4x − y 2 + 6y = 14.
(b) 5x2 + 24xy − 5y 2 = 13.
(c) x2 + 4xy + y 2 = 1.
(d) 5x2 − 4xy + 2y 2 = 36.
(e) 2x2 + 2xy + 2y 2 = 9.

(f) −5x2 + 2 3xy − 3y 2 = −6.

(g) 2x2 + 2xy + 2y 2 + 2y = 23 .
(a) Hipérbole.
(b) Hipérbole.
(c) Hipérbole.
(d) Elipse.
(e) Elipse.
(f) Elipse.
(g) Elipse.
4. Escreva as seguintes quádricas na forma matricial.
(a) x2 + y 2 + z 2 = 2.
(b) 3x2 + 7z 2 + 2xy − 3xz + 4yz − 3x = 4
(c) xy + xz + yz + 1 = 0.
(d) 3z 2 + 3xz − 12y = 6.
(e) 2x2 − 3xy + 4y 2 − 7x + 2y + 7 = 0.
(f) 2z 2 + 2xz + y 2 + 2x − y + 3z = 0.
h1 0 0i
(a) A forma matricial da quádrica é X T AX + BX + c = 0, onde A = 0 1 0 ,
hxi 001
B = [ 0 0 0 ], X = yz e c = −2.
 3 1 −3 
T 2
(b) A forma matricial da quádrica é X AX + BX + c = 0, onde A = 13 0 2 ,
−2 2 7
hxi
B = [ −3 0 0 ], X = yz e c = −4.
h0 1 1i
(c) A forma matricial da quádrica é X T AX + BX + c = 0, onde A = 1 0 1 ,
hxi 110
B = [ 0 0 0 ], X = yz e c = 1.
0 0 3
T 2
(d) A forma matricial da quádrica é X AX + BX + c = 0, onde A = 03 0 0 ,
2
0 3
hxi
B = [ 0 −12 0 ], X = yz e c = −6.
 2 −3 0 
T 2
(e) A forma matricial da quádrica é X AX + BX + c = 0, onde A = − 32 4 0 ,
hxi 0 0 0
B=[ −7 2 0 ], X = z e c = 7.
y

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3.2 Soluções
h0 0 1i
(f) A forma matricial da quádrica é X T AX + BX + c = 0, onde A = 010 ,
hxi 102
B = [ 2 −1 3 ], X = yz e c = 0.

5. Identifique as quádricas dadas pelas seguintes equações:

(a) x2 + 2y 2 + z 2 = 2; (i) x2 + 2y 2 = z;
(b) 2x2 + 2y 2 + 2z 2 − 1 = 0; (j) x2 + 2y 2 = 1;
(c) x2 − 3y 2 + 2z 2 = 7; (k) 2y 2 = z;
(d) −4x2 − 4y 2 + z 2 = 4; (l) x2 − 2y 2 = 1;
(e) x2 + 2z 2 − 4y = 0; (m) y 2 + 2z 2 − 4x = 0;
(f) 2x2 + 2z 2 + 3y = 0; (n) y 2 + 2z 2 = 4x2 ;
(g) 3x2 − 2y 2 = z; (o) x2 + 2y 2 − z 2 = 1;
(h) x2 + 2y 2 = z 2 ; (p) 2x2 + 2y 2 = 1.

(a) Elipsóide. (i) Parabolóide elítico.


(b) Esfera. (j) Cilindro elítico.
(c) Hiperbolóide de uma folha. (k) Cilindro parabólico.
(d) Hiperbolóide de duas folhas. (l) Cilindro hiperbólico.
(e) Parabolóide elítico. (m) Parabolóide elítico.
(f) Parabolóide circular. (n) Cone.
(g) Parabolóide hiperbólico. (o) Hiperbolóide de uma folha.
(h) Cone. (p) Cilindro circular.

6. Classifique as seguintes quádricas:


(a) 4x2 + 4y 2 + 4z 2 + 4xy + 4xz + 4yz − 3 = 0
(b) 2xy + z = 0
(c) x2 − y 2 − z 2 + 4x − 6y − 9 = 0
(d) 2x2 + y 2 + 2z 2 + 4xz + 2x + 2z − 3 = 0
(e) x2 − y 2 + z 2 − 4xy − 4yz − 1 = 0
(f) x2 + 2y 2 + z 2 + 2xy + 2yz − z = 0
(g) 2x2 + y 2 + z 2 + 4yz − 6 = 0
Nota: Escreva a equação da quádrica na forma matricial X T AX +BX +c = 0. Determine
uma matriz P que diagonaliza A e mostre que P T AP = D, onde D é uma matriz diagonal.
Escreva a equação da quádrica na forma reduzida e identifique a quádrica.
(a) Elipsóide
(b) Parabolóide hiperbólico
(c) Hiperbolóide de duas folhas
(d) Cilindro elíptico
(e) Hiperbolóide de uma folha
(f) Parabolóide elíptico

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Capítulo 3 Cónicas e Quádricas

(g) Hiperbolóide de uma folha

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