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PLANO DE AULA
Dados de identificação
Disciplina: Matemática
1.2. Justificativa:
A importância dos números complexos está marcada pelas suas múltiplas aplicações em
diversas áreas (Matemática, Física, Engenharia, Tecnologia,...). Números Complexos
introduzem-se para dar sentido à raiz quadrada de números negativos. Abre-se assim a porta a
um curioso e surpreendente mundo em que todas as operações (exceto a divisão por zero) são
possíveis.
Desta forma, se faz necessário aprender a expressão dos números complexos, a sua
representação gráfica, operações e forma trigonométrica/geométrica para facilitar sua
compreensão.
2. Objetivos:
As operações básicas;
Conjuntos numéricos;
Plano cartesiano e plano Argand Gauss.
4. Estratégias:
4.2. Técnicas: Aula expositiva e dialogada com utilização da maquete, atividades em sala de
aula.
5. Procedimentos:
5.1. Problematização
5.2. Historicização:
Após esta “luta” surge um problema inquietante que Cardano trouxe conhecido na
época como números “sofisticados”, ou seja, as raízes quadradas de números
negativos. Cardano concluiu que estas raízes seriam um número “tão sutil quanto inútil”. Ao
passar dos anos seria provado que estes números não eram inúteis como Cardano achava.
Mas, como resolver o problema dos números “sofisticados”? O que fazer com estes números?
Fica evidente que os números reais não eram suficientes para resolver este tipo de equação.
Assim, seguiram a mesma ideia que os pitagóricos seguiram quando descobriram o número
raiz quadrada de 2. Neste momento da história, se introduz a ideia de aceitar o imaginário, e
não somente o real.
Rafael Bombelli surge para trabalhar com este problema e mostrou que ao conhecer
uma raiz de uma equação cúbica, conseguimos encontrar as outras duas. Por exemplo, se x =
4. Sabemos que a soma das outras duas raízes deve ser 4, logo a parte real da equação é 2.
Bombelli teve a ideia de somar um número imaginário a esta parte real, e na outra raiz somar
o inverso relativo à adição deste número imaginário. Mais tarde, essa teoria vai ficar
conhecida como raiz conjugada.
René Descartes escreveu no seu livro Géométrie a seguinte frase: “Nem sempre as
raízes verdadeiras (positivas) ou falsas (negativas) de uma equação são reais. Às vezes elas
são imaginárias”. Com esta citação ficou definido que o número raiz quadrada de -1 seria
chamado de número imaginário e que poderia ser manipulado de acordo com as regras da
álgebra.
Tudo na matemática possui uma simbologia, seja o sinal de divisão, seja uma integral,
então como ficariam definidos estes números imaginários? Foi Leonhard Euler que criou
vários símbolos, assim à raiz quadrada de -1 seria simbolizada por i, em 1777. Segundo Euler,
os números complexos também podem possuir uma parte real. Logo, o número complexo é do
tipo: z = a + bi, onde a e b são números reais e i² = -1, mas esta ideia só foi aceita quando
Gauss introduziu esta ideia.
O surgimento dos números complexos levou a uma ampliação dos conjuntos numéricos
tendo sido criado, então, o conjunto dos números complexos.
₵ = 𝐳|𝐳 = 𝐚 + 𝐛𝐢, 𝐜𝐨𝐦 𝐚, 𝐛 ∈ ℝ 𝐞 𝐢𝟐 = −𝟏
Parte Parte
real imaginária
i é a unidade imaginária, tal que i2 = -1.
Exemplos:
Outros exemplos
z = w ⇔ a + bi = c + di ⇔ a = c e b = d
Na cidade Triângonópolis há vértices dos terrenos que são comuns, por exemplo:
Fulano e fulano tem em comum o vértice tal, logo z de fulano é igual a z de ciclano.
Exemplo:
Os números complexos z = 8 + bi e w = a − 2i, com a, b ∈ ℝ, são iguais se, e somente se:
Re(z) = Re(w) ⇒ 8 = a
Im(z) = Im(w) ⇒ b = − 2
Exemplos:
Sejam os números complexos z1 = 1 + 3i, z2 = i e z3 = -7. Vamos calcular:
a) z1 + z2 + z3 = (1 + 3i) + (0 + i) + (-7 + 0i) = 1 + 3i + 0 + i -7 + 0i
= (1 + 0 -7) + (3 + 1 + 0)i = -6 + 4i
b) z2 – (z1 + z3) = i – (1 + 3i -7) = i – (1 -7 + 3i) = i – (-6 + 3i) = i + 6 – 3i = 6 – 2i
As potências de i
i0 = 1 i4 = i2 . i2 = −1 . −1 = 1
i1 =i i5 = i2 . i2 . i = i
i2 =-1 i6 = i2 . i2 . i2 = −1
i3 = i2 . i = −1. i = −i i7 = i2 . i2 . i2 . i = −i
As potências de i se repetem em grupos de quatro valores, seguindo o padrão das
potências i0 , i1 , i2 e i3 . Então, para calcular a potência in , com n ∈ ℕ, efetuamos a divisão de
n por 4 e consideramos o resto dessa divisão como o novo expoente de i.
Exemplos:
3i 44 +12i 33 3.1+12.i 3+12i 3 12i
Simplificar: → = = + = 1 + 4i
−3i 50 −3.(−1) 3 3 3
i44 = i0 = 1
i33 = i1 = i
i50 = i2 = −1
5 3+ 2 15 + 5 2 15 + 5 2
. = =
3− 2 3+ 2 9−2 7
Primeiro questionar:
Porque precisamos racionalizar este número? (A racionalização é necessária para os casos em
que não se tem a disposição a calculadora, pois não é possível realizar a divisão com números
irracionais no divisor, e a racionalização converte este número irracional em racional tornando
possível a divisão).
Assim como sabemos que i = −𝟏 então sempre que temos i no denominador temos
que racionalizar e este processo correspondem à necessidade de representarmos o conjugado,
conforme segue:
1 1.(−i) −i −i −i
= = = = = −i
i i.(−i) −i 2 −(−1) 1
|z| = 𝛒 = 𝐚² + 𝐛²
Exemplo:
Representar geometricamente o número complexo z = 2 + 2i e obter o módulo e o argumento
de z.
OA Re (z) 2 1 2 2
cos θ = = = = . =
OP ρ 2 2 2 2 2
π
Como 0 ≤ θ < 2𝜋, temos θ = ou 45°.
4
Exemplo:
2) Escrever z = -1 + 1 na forma trigonométrica e representa-lo geometricamente.
ρ= a² + b² → ρ= (−1)² + 1² = 2
b 1 2 a −1 2
sen θ = = = cos θ = = =−
ρ 2 2 ρ 2 2
3𝜋
θ=
4
Logo: z = ρ(cos θ + i . senθ)
3𝜋 3𝜋
z = 2 . (cos + i . sen )
4 4
3𝜋
O número complexo z pode ser representado por um vetor de módulo 2 e direção θ =
4
ou 135°.
Exemplo:
π π π π
Dados os números complexos z1 = 3 . cos 2 + i . sen 2 e z2 = 4 . cos 4 + i . sen 4 , calcular:
z1 ρ1 3 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
a) → [cos θ1 − θ2 + i . sen(θ1 − θ2 )] = [cos − 4 + i . sen( 2 − 4 )]
z2 ρ2 4 2
3 𝜋 𝜋
= (cos 4 + i . sen 4 )
4
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
b) z1z1 → 3² . (cos 2 + i . sen 2 ) . (cos 2 − i . sen 2 ) = 9 . [(cos 2 )² − (i . sen 2 )²]
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
= 9 . (cos² 2 − i² . sen² 2 ) = 9 (cos² 2 +. sen² 2 ) = 9 . 1 = 9
Exemplo:
π π
Dado z = 2. (cos 3 + i. sen 3 ), vamos calcular z7.
π π 7π 7π
z 7 = 27 . [cos(7. ) + i. sen(7. )] = 128. (cos + i. sen )
3 3 3 3
5.4. Conclusão da aula (atividades e sugestão de atividade).
Lista de Exercícios:
1. Calcule as seguintes somas:
a) (2 + 5i) + (3 + 4i)
b) i + (2 - 5i)
2. Calcule as diferenças:
a) (2 + 5i) - (3 + 4i)
b) (1 + i) - (1 - i)
a) (2 + 3i) (3 - 2i)
b) (1 + 3i) (1 + i)
a) 3 + 4i
b) 1 - i
c) –3 + i
d) –2 –5i
a) (-10 + 15i) / (2 – i)
b) (1 + 3i) / (1 + i)
6. Avaliação:
7. Bibliografia
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: Contexto & Aplicações. 2. ed. - Ática. São Paulo,
2013.
PROVA
1) Classifique as afirmações abaixo como verdadeiras ou falsas. Justifique sua resposta para
as falsas.
( ) O número − 5 não é complexo ,pois não pode ser escrito na forma algébrica z = a + bi.
( ) Todo número complexo é real, mas nem todo número real é complexo.
( ) Com o aparecimento dos números complexos, tornou-se possível resolver equações do 2°
grau nas quais o discriminante (∆) é negativo.
( ) A parte imaginária de um número complexo pode ser um número irracional.
( ) A parte real de um número complexo não pode ser um número racional.
a) z = 3 − i. 5 d) z = 9i
1+2i
b) 𝑧 = e) z = 4
3
c) z = - i