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Colégio Tiradentes da Brigada Militar de Porto Alegre

Disciplina: Matemática
Professor: João
Grupo: Erika Cardoso, Yasmin, Eduardo Santos, Viegas, Ana Genro, Djenifer
Turma: 32

Números Complexos

1. INTRODUÇÃO
Uma das primeiras menções de números complexos vem do matemático
italiano Gerolamo Cardano, que em seu livro "Ars Magna" (1545) observou que
equações cúbicas (ou seja, equações do tipo ) às vezes
têm soluções que envolvem raízes quadradas de números negativos. Na época,
essas soluções foram consideradas paradoxais ou "falsas", mas seu trabalho
estabeleceu as bases para o desenvolvimento dos números complexos nos anos
seguintes.
No século XVII, os matemáticos John Wallis e Rafael Bombelli começaram a
trabalhar com raízes quadradas de números negativos, reconhecendo que esses
números paradoxais poderiam ser usados para resolver equações que não tinham
soluções reais. O matemático alemão Carl Friedrich Gauss também fez
contribuições significativas para o estudo dos números complexos, desenvolvendo a
ideia de que eles poderiam ser representados geometricamente como pontos no
plano.
Mais tarde, no século XIX, o matemático irlandês William Rowan Hamilton
desenvolveu um sistema de números complexos que permitia a multiplicação
desses números e a criação de uma estrutura algébrica mais completa. Hamilton
chamou esses números de "números imaginários" e desenvolveu uma notação que
ainda é usada hoje em dia. Os números complexos são, assim, atualmente
amplamente usados ​em muitas áreas da matemática, da física e da engenharia, e
são considerados uma parte fundamental da teoria matemática moderna.
(OBS: linha do tempo)
2. DEFINIÇÃO DO CONJUNTO NUMÉRICO E DE UM NÚMERO COMPLEXO

Conjuntos numéricos: Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos


elementos, são formados pelos:
Naturais( ), são os números que usamos para contar sendo infinito.(
0,1,2,3,4…)
Inteiros ( ), são todos os elementos dos números naturais (N) e seus
opostos.(-3,-2,-1,0,1,2,3)
Racionais ( ), são todos os números que podem ser escritos na forma
fracionária ou inteira.(+1,-1,+1/2,-1/2…)
Os números irracionais( )são os números não exatos, ou os “quebrados”.
(3,417. 5,54….)
Reais ( ) são formados pelos números racionais e irracionais.

- (o que "quebra" cada conjunto e cria a necessidade de outro;)


Números complexos: O conjunto dos números complexos é um conjunto que
apresenta todos os números da forma , onde e são números reais e é
uma unidade imaginária. O "a" representa a parte real e o "b" a parte imaginária de
um número complexo, uma vez que está ligada a e é independente.
Unidade imaginária ( ) é o par ordenado (0;1), onde obrigatoriamente responde a
igualdade .
Sendo então o número complexo representado por:
, onde:
3. REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA E GEOMÉTRICA DE UM NÚMERO
COMPLEXO
A representação algébrica de um número complexo é dada por

Para definir-se a forma algébrica a letra é utilizada.


unidade imaginária de um número complexo

UNIDADE IMAGINÁRIA

Os problemas são resolvidos normalmente, com os recursos do plano real, apenas


adicionando a unidade imaginária - como no caso da equação abaixo:

(SEPARAR)

Representação geométrica:
Para a representação geométrica o plano de Argand-Gauss é utilizado.
Ele é uma adaptação no plano cartesiano.
O eixo horizontal é: eixo da parte real .
Eixo vertical: eixo da parte imaginária .

gera o par ordenado , sendo a parte real , a parte imaginária e


o afixo

(mostrar forma geral no plano)


na forma geométrica

OBSERVAÇÕES:
Quando a parte real é nula: o número é imaginário puro.
são imaginários puros.
Quando a parte imaginária é nula: o número complexo também é um número real.
(mostrar algebricamente e no plano)

EXEMPLO - EQUAÇÃO:

UNIDADE IMAGINÁRIA
4. OPERAÇÕES COM NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA ALGÉBRICA
Como já foi dito, todo número complexo pode ser escrito na forma algébrica,
, onde é chamado de parte real e , de parte imaginária. É importante
considerar essas informações quando for fazer os cálculos.

Adição:
Basta somar a parte real de um com a parte real do outro e proceder da
mesma forma com a parte imaginária.

Exemplo: Dados os números complexos , e ,


calcule:
a)

b)

Subtração:
Na subtração a ideia é a mesma. Basta diminuir a parte real de um com a
parte real do outro e proceder da mesma forma com a parte imaginária.

Exemplo:
a)

b)

Multiplicação:
Na multiplicação aplicamos a propriedade distributiva. Se e
, então :
(aplicar a distributiva, famoso chuveirinho)
(mas, )
Com essa fórmula/forma geral, é possível encontrar o produto de quaisquer
dois números complexos, mas ela não é necessária, já que é só aplicar a
propriedade distributiva.

Divisão:
Para realizarmos a divisão de dois números complexos, precisamos saber o
que é o conjugado de um número complexo. Para encontrarmos o conjugado de um
número complexo, basta trocarmos o sinal da parte imaginária.

(separar em um bloco; pois conjugado não é só referente aos números complexos)


Para realizarmos a divisão de dois números complexos, precisamos
multiplicar a fração pelo conjugado do denominador para que fique bem definido o
que é a parte real e o que é a parte imaginária.

Exemplo:

5. POTÊNCIAS DE “i”
As potências de i nos números complexos seguem o seguinte padrão:
(adicionar um “bloco” ao lado lembrando propriedades de potência;)
(adicionar a forma de encontrar o valor dividindo o expoente por 4)

A partir daí, as potências de i repetem esse padrão a cada quatro expoentes.


Ou seja, para qualquer número natural n, temos:

Essa sequência é conhecida como a sequência periódica de potências de i.

6. O PLANO COMPLEXO E A REPRESENTAÇÃO DO NÚMERO COMPLEXO


NESSE PLANO
Para a representação geométrica o plano de Argand-Gauss é utilizado. Ele é
uma adaptação no plano cartesiano.
O eixo horizontal: é oeixo da parte real Re(z).
Eixo vertical: é o eixo da parte imaginária Im(z).

Sendo a parte real e a parte imaginária .


Z = afixo.

Há regiões no plano complexo.


(trazer pro final do doc)
Imagens: Edson Leite Araújo
7. |Z|
(obs: explicar o que é módulo; de onde vem no plano)
O módulo (ou valor absoluto) de um número complexo z é dado por:

Onde é um número complexo, é a parte real e é a parte imaginária.


O módulo representa a distância de até a origem do plano complexo, ou seja, a
magnitude do vetor que representa .

Por exemplo, se , então seu módulo é:

Portanto, o módulo de z é igual a 5.

(obs: retirar a menção a arctan)

8. FORMA TRIGONOMÉTRICA OU POLAR


Os números complexos também possuem uma forma trigonométrica ou polar
(obs: adicionar sobre a associação sen/cos no plano polar). Na representação
trigonométrica, um número complexo é determinado pelo módulo da
distância entre o número complexo e a origem do plano complexo e pelo ângulo
que ele faz com o semi-eixo positivo das abscissas.

Considerando o número complexo , em que (explciar pq


não pode ser zero), dessa forma temos que:

e
Essa relações podem ser escritas de outra forma:

Depois é só substituir os valores de a e b no complexo .

ou,
Essa fórmula é muito utilizada em cálculos que envolvem potenciação e radiciação.

Exemplo:
Represente o número complexo na forma trigonométrica.
Sabemos: e
A forma trigonométrica do complexo é .
(obs: reverter e mostrar que continuando, z reverteria a forma original)

9. OPERAÇÕES COM NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA TRIGONOMÉTRICA


(obs: adicionar potenciação)
Multiplicação:
Multiplica-se os módulos e soma os argumentos
(obs: adicionar demonstração)

Exemplo: e

Divisão:
Divide os módulos e subtrai os argumentos (obs: adicionar
demonstração)

Exemplo: e

11. IDENTIDADE DE EULER


A identidade de Euler remete a uma relação matemática que utiliza uma base
natural , a unidade imaginária e a constante . É dado através da fórmula de
Euler, que em si é a relação:
Se utiliza então a constante pelo ângulo . Como e
, observamos que:

Que é a chamada identidade de Euler:

Esta identidade é um resultado direto do trabalho de Leonhard Euler, que


publicou seu trabalho monumental de matemática analítica em 1748, "Introductio in
analysin infinitorum", onde apresentou a fórmula de Euler – e por isso recebe
também seu nome, já que embora seja questionável se ele mesmo havia
expressado esta forma de seus cálculos, ainda é nele que se baseia.
A identidade de Euler é, assim, importante pois demonstra que os números
complexos podem ser usados em termos de funções trigonométricas e
exponenciais, usadas em áreas da matemática e da física. É considerada “bela” por
utilizar cinco constantes fundamentais; , e é também por isso que é tão
conhecida e evidenciada.

10. FORMA EXPONENCIAL


Para encontrar a forma exponencial de um número complexo, é preciso
primeiro reiterar tanto sua forma polar quanto a fórmula de Euler.
Respectivamente, e .
Comparando as duas, então, vemos que basta multiplicar a fórmula de Euler
pelo módulo de z para conseguirmos uma igualdade:

Sendo assim, é a nossa forma exponencial. O módulo |z| muitas


vezes pode aparecer como , então também seria correto escrever como .

(obs: adicionar como a fórmula de Euler é verdadeira)


12. HIPERCOMPLEXOS
Os números hipercomplexos são extensões dos números complexos que
possuem mais de uma unidade imaginária além da unidade " " e têm propriedades
e estruturas matemáticas diferentes dos números complexos, construídos por
álgebra abstrata - que foca não em valores numéricos específicos mas nas
estruturas algébricas (como grupos, anéis, corpos, espaços vetoriais, módulos e
álgebras). São estudados principalmente em matemática avançada, física teórica, e
com aplicações em várias áreas da física, engenharia e ciência da computação.
Exemplos de hipercomplexos são:
Quaterniões (ou quatérnios): envolvem três unidades imaginárias, e ,
escritos na forma onde é chamada de parte escalar do
quaternião e é chamada de parte vetorial.
Octoniões (ou octônios): envolvem sete unidades imaginárias,
e , escritos na forma
. Essa forma é
obtida aplicando-se a construção de Cayley-Dickson aos números quaterniões.
Depois das octoniões, as álgebras contêm divisores de zero ( não implica
mais em ou ), o que implica que suas multiplicações não mantêm mais
as normas.
Sedeniões (ou sedênios): envolvem quinze unidades imaginárias, e podem
ser representados também com a construção de Cayley-Dickson.
Em geral, a forma que seguem é de dimensão , num formato linear de
. Então, os octoniões por exemplo, têm seu nome advindo de "oito"
pois contém sete unidades imaginárias e ainda uma real.

(Adicionar resumo/síntese; só fórmulas e etc)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-complexos.htm> Acesso em:
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Acesso em: 30 abr. 2023.

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