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Funções de Variável

Complexa
Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Carlos Henrique de Jesus Costa

Revisão Textual:
Alessandra Fabiana Cavalcanti

Revisão Técnica
Prof. Ms. Fabio Douglas Farias
Forma Trigonométrica ou Polar
dos Números Complexos

• Plano de Argand Gauss


• Módulo e Argumento de um Número Complexo
• Forma Trigonométrica ou Polar
• Operações com Números Complexos na Forma Trigonométrica
• Potenciação (Fórmula De Moivre)

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar a representação geométrica dos números complexos,
módulo, argumento, forma trigonométrica e operações: multiplicação,
divisão, potenciação (fórmula De Moivre) e radiciação.
· Demonstrar como são representados os números complexos no
Plano de Argand Gauss, o cálculo do seu módulo e argumento e sua
forma trigonométrica ou polar.

ORIENTAÇÕES
A proposta desta aula é informá-lo (a) a respeito de como são representados
os números complexos geometricamente e sua localização no plano de
Argand Gauss.
Ao findar essa aula, esperamos que você seja capaz de resolver problemas
envolvendo:
• Módulo e Argumento de Números Complexos;
• Fórmula Trigonométrica ou Polar de Números Complexos;
• 
Operações com Números Complexos na Forma Trigonométrica:
Multiplicação, Divisão, Potenciação (Fórmula De Moivre) e Radiciação.
Para ajudar, realize a leitura do texto indicado no Conteúdo Teórico,
acompanhe e refaça os exemplos resolvidos, além de treinar com as
Atividades Práticas disponíveis e suas resoluções ao final do conteúdo. Não
deixe de assistir também à apresentação narrada do conteúdo, juntamente
com os exercícios resolvidos.
Finalmente, e o mais importante, fique atento às atividades avaliativas
propostas e o prazo de entregas.
Bons estudos!
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Contextualização
O Plano Complexo, segundo o autor Alex Bellos:
Em sua obra “Alex Através do Espelho”, o autor Alex Bellos destaca que o plano
complexo foi uma invenção brilhante. Não só fornece um mapa mostrando onde
estão os números complexos, mas também favorece nossa compreensão de como
eles se comportam.

Exemplo: Dado o número imaginário 3 + 2i , representado no plano complexo


a seguir:

Tomemos uma soma básica, digamos somar “ 1 ” (um) ao número 3 + 2i .

A resposta é 4 + 2i .

Ou somemos “i” ao número 3 + 2i .

A resposta é 3 + 3i .

Acrescentar “ 1 ” ao ponto 3 + 2i , faz-nos mover uma unidade para o lado, e


somar “i” faz-nos mover uma unidade para cima.

Quanto mais números “ 1 ” (um) forem somados, mais progredimos horizontal-


mente, e quanto mais “i” são somados, mais subimos verticalmente, como ilustrado
na figura a seguir. Com efeito, somar o número complexo a + bi equivale a mover-
-se “a” unidades para o lado, e “b” unidades para cima. Chamamos esse tipo de
movimento geométrico de translação.

6
Quadro do autor Alex Bellos (p.205)

E, agora, multiplicação. Se tomarmos nosso ponto 3 + 2i e o multiplicarmos


por “ 1 ” (um), vamos obter o mesmo número? Claro que sim! É o que o “ 1 ”
(um) sempre faz; no entanto, quando multiplicamos um número por “i” , algo
interessante acontece.

(3  2i).i  3i  2i 2  3i  2.(1)  2  3i

Veja na imagem a seguir que o ponto 3 + 2i girou 90º (noventa graus) em


sentido anti-horário em torno de O.

Quadro do autor Alex Bellos (p.206)

Se multiplicarmos esse novo ponto, 2  3i , por “i”, o resultado é de novo um


giro de 90º (noventa graus) em torno de O.

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UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

De fato, quando um número complexo é multiplicado por “i”, o ponto descrito


por esse número no plano complexo gira um quarto de volta em torno da origem.
Se multiplicarmos por i 2  1 , o ponto gira 180º (cento e oitenta graus), se
multiplicarmos por i3  i , o ponto gira 270º (duzentos e setenta graus), e se
multiplicarmos por i4  1 , o ponto vai girar de volta à posição de partida.

Agora tome-se um número arbitrário positivo “a” . Ele fica sobre o eixo real do
plano complexo. Multiplique “a” por “ – 1 ” e o resultado é “- a” . Esse número
também está sobre o eixo real, mas passou para a posição oposta, do outro lado
de O. Multiplique de novo por “ – 1 ” e o número retorna a “a” . No entanto, se
multiplicarmos “a” por “i” , o resultado é “a.i”. O número terá girado 90º (noventa
graus) e agora está sobre o eixo imaginário. Multiplique por “i”, novamente, e o
número gira para a posição “ −a ”, de volta ao eixo real. O plano complexo permite
que compreendamos o vaivém da multiplicação dos imaginários. Esse processo
não só nos permite uma percepção mais profunda do que são os números, mas
também nos provê uma poderosa notação para descrever “coisas” que giram.

Na Física de partículas, na engenharia elétrica e nos radares, por exemplo,


entre tantos outros campos científicos, tudo isso se baseia em números complexos
para expressar rotações. De fato, a equação de onda de Schrödinger (a equação
fundamental da mecânica quântica), contém o número imaginário “i”. A equação
expressa a probabilidade de uma partícula subatômica ser detectada em certa
localização. A probabilidade de algo acontecer deve estar, claro, entre 0 e 1, ou 0%
e 100%. Mas a melhor maneira de compreender como interagem as probabilidades
inerentes a partículas é tratá-las como números no plano complexo. Em vez de se
somarem como números reais, as probabilidades se reforçam ou se anulam umas
às outras, dependendo de suas posições relativas numa rotação.

Graças às equações como a de Schrödinger, os físicos usam agora números


imaginários para expressar a natureza da própria matéria. Como consequência,
os matemáticos não estão mais preocupados em saber se os números imaginários
têm ou não um significado. Atualmente é tão natural pensar em, digamos 2 + 3i
existindo no plano complexo quanto em, por exemplo, “ – 2 ” existindo na linha
de números.
 
A equação de onda de Schrödinger é: ih  H
t
em que i  1 , h é a constante de Planck reduzida,

Ψ é a função onda no sistema quântico e H é o
operador hamiltoniano.

Figura 1 – O físico austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961),


que, por seu trabalho de 1926, no qual propôs a equação que
ganhou seu nome para a descrição da dinâmica das partículas
quânticas, foi agraciado, juntamente com o físico inglês Paul
Dirac, com o Prêmio Nobel de Física de 1933.

8
Importante! Importante!

Se possível, complementando seus estudos, não deixe de ler o livro “Alex Através do
Espelho: Como a Vida Reflete os Números e como os Números Refletem a Vida”, do autor
Alex Bellos: tradução Paulo Geiger, Editora Companhia das Letras, 2015.

Plano de Argand Gauss


O “plano complexo” ou “plano de Argand Gauss” consiste numa linha horizontal
para os números reais, e numa linha vertical para os números imaginários, análogos
aos eixos de x e de y no gráfico de coordenadas (plano cartesiano). O número
complexo z  a  b.i representa o ponto no plano complexo com coordenadas
(a, b), ou seja, estabelece uma correspondência biunívoca entre os elementos do
campo dos complexos e os pontos do plano xy . Na ilustração veja que marcamos
o ponto z1  4  3.i , que é o ponto (4, 3).

0
-1i

Por exemplo, vamos representar geometricamente os números complexos:


z1  2  i , z 2  3  i , z 3  1  4 i , z 4  2  3i , z 5  4 e z 6  3i .

Temos:
O “afixo” de um número
• O afixo de z1  2  i é A ( 2, 1 ). complexo z = a + bi (sendo:
• O afixo de z 2  3  i é B ( 3, –1 ). i é a unidade imaginária;
a e b números reais) é o
• O afixo de z 3  1  4 i é C ( –1, 4 ). ponto de coordenadas (a, b)
no plano de Argand Gauss.

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UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

• O afixo de z 4  2  3i é D ( –2, –3 ).
• O afixo de z 5  4 é E ( –4, 0 ).
• O afixo de z 6  3i é F ( 0, 3 ).

Obs.:
• Todo número complexo da forma z = a ou (a , 0) , a   , é um número real e
sua imagem é um ponto localizado sobre o eixo O x ;
• Todo número complexo da forma z = bi ou (0 , b) , b   , é imaginário puro
e sua imagem é um ponto localizado sobre o eixo O y ;
• Se z  a  bi ou z = (a , b) tem imagem no ponto P, seu conjugado z  a  bi
ou z  (a ,  b) tem imagem P´, simétrico de P em relação ao eixo horizontal;
• Não é definida para o campo dos números complexos a relação de ordem, isto
é, não existe um complexo maior ou menor do que o outro.

Módulo e Argumento de um
Número Complexo
Módulo
Geometricamente, o módulo de um número complexo é a distância da origem
do sistema de coordenadas O ao ponto P (a, b).

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Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo destacado, temos:

 
2
z  a 2  b2  z  a 2  b 2 ou   a 2  b 2

A medida obtida é chamada “Módulo” de um número complexo e a indicamos


por z ou ρ (letra grega “rô”). Observe que o módulo de um número complexo
z  z  0  é sempre um número real positivo, que expressa a distância entre a
origem e o ponto z .

Argumento

Considere agora θ o ângulo formado por OP com o eixo real positivo O x ,
medido no sentido anti-horário, conforme mostra a figura anterior.
  arg(z) é chamado argumento principal ou argumento de z.

Este ângulo θ deve satisfazer a condição 0    2 .

Então, pelas razões trigonométricas, temos:

 cat.adjacente  a  a
cos   hipotenusa cos   z cos   
  
   ou 
sen  cat.oposto sen  b sen  b
 hipotenusa  z  p

Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1: Calcular o módulo, o argumento e fazer a representação geométrica


do complexo z  1  i .

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UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Resolução:
a  1
• Cálculo do Módulo: z 1 i 
b  1

z  a 2  b2
z  12  12
z  2

 a  1
cos   z cos  
  2
• Cálculo do Argumento:  
sen  b sen  1
 z  2

 1 2 2
cos   .  cos  
 2 2 2 
   ou   45º
 1 2 2 4
sen  2 . 2  sen  2

Observando a tabela trigonométrica,
concluímos que   arg(z)  45º
Racionalização
30° 45° 60°
1 2 3
seno
2 2 2

3 2 1
cosseno
2 2 2

3
tangente 1 3
3

• Representação Geométrica:

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Exemplo 2: Ache o módulo dos números complexos:
1  4i
a) 
i
(4  3i).(12  5i)
b) 
2.i
Resolução:
a) 1  4 i 
i
Primeiro passo: cálculo da divisão de complexos:


1  4 i  . (i)  i  4 i2 
4  i
 4  i
i (i) i 2 1

a  4
Segundo passo: cálculo do módulo: z 4i 
 b  1

z  a 2  b 2  z  4 2  (1)2  z  16  1  z  17

b) (4  3i).(12  5i) 
2.i
Primeiro passo: cálculo da multiplicação e divisão de complexos:

48  20i  36i  15i 2 48  15  56i 33  56i


  
2i 2i 2i
(33  56i) ( 2i) 33 2.i  56 2.i 2 56 2  33 2i
 .   
2i ( 2i) ( 2)2 .i 2 2.(1)
56 2  33 2i 56 2 33 2 33 2
   i ou  28 2  i
2 2 2 2
a  28 2
33 2 
Segundo passo: cálculo do módulo: z  28 2  i  33 2
2 b  
 2

z  a 2  b2
2
 33 2 
 28 2  1089.2
2
 z   
   z  784.2  
 2  4
2178 6272  2178 8450
 z  1568   z   z  
4 4 4
2.5 2.132 5.13 2 65 2
 z  2
 z   z 
2 2 2

Decomposição em fatores primos.

Exemplo 3: Qual é o argumento de z  3  i ?

Resolução:

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UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

a  3
Primeiro passo: Cálculo do Módulo: z  3 i 
 b  1

z  a 2  b 2  z  ( 3 ) 2  (1) 2  z  3  1  z  4  z 2

Segundo passo: Cálculo do Argumento:

 a
cos   z


b Representação
sen 
 z Geométrica de
z  3 i
 3
cos  
 2
sen   1
 2

Observando essa representação geométrica, vamos encontrar inicialmente o


ângulo α para determinar o argumento de z  3  i que é θ .
Observando a tabela trigonométrica, concluímos que α equivale
a 30º no I quadrante, mas θ pertence ao IV quadrante.

30° 45° 60°


1 2 3
seno
2 2 2

3 2 1
cosseno
2 2 2

3
tangente 1 3
3

Como     360º , temos a seguinte equação:


180.x  330.
  360º  330
180º   x .
  360º 30º     ou          180
330º  x
  330º 11
x  .
6
11 Para transformar graus em radianos,
Conclusão:   arg(z)  330 º ou  .
6 utilizamos a seguinte regra de três.

Agora é a sua vez!


Tente resolver os exercícios propostos e chegar aos resultados indicados.

14
Ao final deste conteúdo temos as resoluções detalhadas, ok!

Atividades Práticas
1. Calcule o módulo de cada um dos números complexos:
1 1 13
a) z   i Resp.: z =
2 3 6
b) z  4  3i Resp.: z = 5
c) z  7i Resp.: z = 7
d) z  3 Resp.: z = 3
2. Qual é o módulo dos números complexos a seguir:
a) z  2i.(1  2i) Resp.: z = 2 5
3i 3 2
b) z  Resp.: z =
1 i 2
c) z = 8.i19 Resp.: z = 8

d) z  (3  i).(2  i) Resp.: z = 5 2
3. Estabeleça o módulo, o argumento e dê a representação gráfica dos seguintes
números complexos:

a) z  1  3i Resp.: z  2 e  
3
2
b) z  2  2 3.i Resp.: z  4 e  
3
4. Observe o seguinte plano de Argand-Gauss e a representação gráfica dos
números complexos: z1 , z 2 e z 3 .

Calcule o módulo de:


a) z1 + z 2 + z 3 Resp.: z = 5
b) z1 − z 2 − z 3 Resp.: z = 73
c) z1 .z 2 .z 3 Resp.: z = 4 65
z 13
d) 1 Resp.: z =
z2 10

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UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Forma Trigonométrica ou Polar


Vamos observar novamente o plano de Argand-Gauss, no qual temos o número
complexo z  a  bi , representado pelo ponto P (a , b).

Então, temos pelas razões trigonométricas:

 a  a
cos   z
 a  z .cos 
cos     a  .cos 
 
   ou   
sen  b
 b  z .sen sen  b  b  .sen
 z  p

Agora vamos substituir os valores encontrados na forma algébrica z  a  bi :


z  a  bi z  a  bi
z  z .cos   z .sen.i z  .cos   .sen.i
  ou  

z  z .(cos   i.sen) z  .(cos   i.sen)

Colocando em “evidência” o módulo,


obtemos a Forma Trigonométrica ou
Polar de um Número Complexo.

Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1: Determinar a forma trigonométrica ou polar do número com-


plexo z  1  i .

Resolução:
a  1
• Cálculo do Módulo: z 1 i  
b  1

z  a 2  b 2  z  12  12  z  2

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 a  1
cos   z cos  
  2
• Cálculo do Argumento:  
sen  b sen  1
 z  2
 1 2 2
cos   .  cos  
 2 2 2 
   ou   45º
 1 2 2 4
sen  2 . 2  sen  2

• Representação Geométrica:

• Forma Trigonométrica ou Polar:


z  z .(cos   i.sen) Apenas substituímos os valores
calculados na fórmula da Forma
  
z  2.  cos  i.sen  Trigonométrica ou Polar de um
 4 4  número complexo.

Exemplo 2: Determinar a forma algébrica do número complexo


  
z  2.  cos  i.sen  .
 4 4

  2
Resolução: cos ou cos 45º 
 4 2
Calculando seno e cosseno: 
  2
sen 4 ou sen45º 
2
Trocando na forma trigonométrica do número complexo:

  
z  2.  cos  i.sen 
 4 4
 2 2 
z  2.   .i 
 2 2 


 2   2
2 2

2 2
z .i  z   .i  z 1 i
2 2 2 2

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17
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Agora é a sua vez!


Tente resolver os exercícios propostos e chegar aos resultados indicados.

Ao final deste conteúdo, temos as resoluções detalhadas, ok!

Atividades Práticas
5. Dê a forma trigonométrica dos seguintes números complexos:
a) z   2  2.i Resp.: z  2.(cos 225º i.sen 225º )
 7 7 
b) z  4 3  4.i Resp.: z  8.  cos  i.sen 
 6 6 
  
c) z = 8.i Resp.: z  8.  cos  i.sen 
 2 2
d) z  1  i  Resp.: z  2.  cos 270º i.sen 270º 
2

6. Expresse os números complexos a seguir na forma algébrica:


  
a) z  2.  cos  i.sen  Resp.: z  3  i
 6 6
b) z  4.  cos 180º i.sen180º  Resp.: z  4
5 5 1 3
c) z  cos  i.sen Resp.: z   .i
3 3 2 2
d) z  2.  cos 135º i.sen135º  Resp.: z  1  i
1  i7
7. Dado o número complexo z  , passar para forma trigonométrica
1 i
ou polar.
3 3
Resp.: z  cos  i.sen
2 2

Operações com Números Complexos


na Forma Trigonométrica
Multiplicação
Sejam dois números complexos abaixo em sua forma trigonométrica:
z1  z1 .  cos 1  i.sen1  ou z1  1 .  cos 1  i.sen1 

z 2  z 2 .  cos 2  i.sen2  ou z 2   2 .  cos 2  i.sen2 

Vamos calcular o produto z1 .z 2 :


z1 .z 2  z1 .  cos 1  i.sen1  . z 2 .  cos 2  i.sen2 

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z1 .z 2  z1 . z 2 .  cos 1  i.sen1  .  cos 2  i.sen2 


z1 .z 2  z1 . z 2 . cos 1 .cos 2  i.cos 1 .sen2  i.sen1 .cos 2  i 2 .sen1 .sen2 
z1 .z 2  z1 . z 2 .[(cos 1 .cos 2  sen1 .sen2 )  i.(cos 1 .sen2  sen1 .cos 2 )]

Logo: z1 .z 2  z1 . z 2 .[cos(1  2 )  i.sen(1  2 )]

Aplicando as Fórmulas da Adição de Arcos das “Transformações


Trigonométricas”, chegamos a essa fórmula. Observe que o
número complexo obtido é tal que:

- seu módulo é o resultado do produto dos módulos de z1 e z 2 ;

- seu argumento é o resultado da soma dos argumentos de z1 e z 2.

  
Exemplo: Vamos calcular o produto de z1 e z 2 , onde z1  2.  cos  i.sen  e
4 4  
  
z 2  3 .  cos  i.sen 
 3 3

Resolução:

Temos que:

z1 . z 2  2 . 3  6

  3  4  7
1  2    
4 3 12 12

Assim:
z1 .z 2  z1 . z 2 .[cos(1  2 )  i.sen(1  2 )]

 7 7 
z1 .z 2  6 .  cos  i.sen 
 12 12 

Divisão
Sejam dois números complexos abaixo em sua forma trigonométrica:

z1  z1 .  cos 1  i.sen1  ou z1  1 .  cos 1  i.sen1 

z 2  z 2 .  cos 2  i.sen2  ou z 2   2 .  cos 2  i.sen2 

z1
Vamos calcular o quociente :
z2

19
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UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

z1 z  cos 1  i.sen1 
 1 .
z2 z 2  cos 2  i.sen2 

z1 z  cos 1  i.sen1   cos 2  i.sen2 


 1 . .
z2 z 2  cos 2  i.sen2   cos 2  i.sen2 

z1 z (cos 1 .cos 2  i.cos 1 .sen2  i.sen1 .cos 2  i 2 .sen1 .sen2 )


 1 .
z2 z2 cos 2   i 2 .sen 2 

z1 z [(cos 1 .cos 2  sen1 .sen2 )  i.(sen1 .cos 2  cos 1 .sen2 )]


 1 .
z2 z2 cos 2   sen 2 

Identidade Trigonométrica
z1 z Fundamental:
Logo:  1 .[cos(1  2 )  i.sen(1  2 )]
z2 z2
sen 2   cos 2   1

Aplicando as Fórmulas da Adição de Arcos das “Transformações Trigonométricas”,


chegamos a essa fórmula. Observe que o número complexo obtido é tal que:

- seu módulo é o resultado do quociente dos módulos de z1 e z 2 ;

- seu argumento é o resultado da diferença dos argumentos de z1 e z 2 .


  
Exemplo: Vamos calcular o quociente de z1 e z 2 , onde z1  8.  cos  i.sen  e
 2 2
  
z 2  2.  cos  i.sen 
 5 5

Resolução:

Temos que:
z1 8
 4
z2 2

  5   2 3
1  2    
2 5 10 10

Assim:

z1 z
 1 .[cos(1  2 )  i.sen(1  2 )]
z2 z2

z1  3 3 
 4.  cos  i.sen
z2  10 10 

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Potenciação (Fórmula De Moivre)
Seja o número complexo em sua forma trigonométrica z  z .  cos   i.sen  ou
z  .  cos   i.sen  e um número natural “n” não nulo, temos:

z n  z
.z...z  z . z ... z .[cos(    ...  )  i.sen(    ...  )]
'' n '' fatores

n
z n  z .[cos (n)  i.sen (n)]
Logo:

Essa expressão é chamada fórmula “De Moivre” (Abraham de


Moivre, 1667-1754, matemático francês).

Observe que o número complexo obtido é tal que:

- seu módulo é elevado à mesma potência “n”;

- seu argumento é multiplicado pelo mesmo expoente “n”.

Exemplo: Vamos calcular a potência 1  i  .


10

Resolução:
Podemos calcular essa potência de algumas maneiras diferentes:

1ª escrever esse número complexo na 3ª desenvolver a expressão usando


forma trigonométrica e usar a fórmula binômio de Newton;
“De Moivre”;
4ª aplicar a propriedade de potência:
2ª multiplicar ( 1 + i ) por ele mesmo ( an ) m = a n.m .
10 (dez) vezes;

Vamos então, escrever esse número complexo na forma trigonométrica e utilizar


a fórmula de “De Moivre”.

n  10
z  (1  i) 10  
 z  (1  i)
a  1
• Cálculo do Módulo: z 1 i 
b  1

z  a 2  b 2  z  12  12  z  2

 a  1 2
cos   z
cos   
2
  2
• Cálculo do Argumento:  
sen  b  1 2
 z sen  2 
2


21
21
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Observando a tabela trigonométrica, verificamos que o argumento equivale a


  arg(z)  45º ou
4

Graus 0 30 45 60 90 120 135 150 180 210 225 240 270 300 315 330 360
π π π π 2π 3π 5π 7π 5π 4π 3π 5π 7π 11π
Radianos 0 p 2π
6 4 3 2 3 4 6 6 4 3 2 3 4 6

seno 1 2 3 3 2 1 1 2 3 3 2 1
0 1 0 − − − –1 − − − 0
(sen) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

cosseno 3 2 1 1 2 3 3 2 1 1 2 3
1 0 − − − –1 − − − 0 1
(cos) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

tangente 3 3 3 3
(tg)
0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0
3 3 3 3

• Forma Trigonométrica ou Polar:


z  z .(cos   i.sen)
  
z  2.  cos  i.sen  ou z  2.(cos 45º  i.sen45º )
 4 4

• Fórmula de “De Moivre”:


n
z n  z .[cos (n)  i.sen (n)]
     
z10  ( 2)10 . cos  10.   i.sen  10.   5 π equivale a 5 x180º = 450º ,
  4  4 
2 2
 5 5  assim temos que
z10  25.  cos  isen
 2 2 
450º 360º  90º ou π .
 5 5  2
z10  32.  cos  isen
 2 2 

Assim, na forma algébrica temos:

  
z10  32.  cos  isen 
 2 2
z  32.  0  i.1
10

z10  32.(0  i)
z10  32.i

Outra Resolução, aplicando a Propriedade de Potência: ( a n ) m


=a n.m
.

22
z  (1  i) 10
5 Propriedade da Potenciação:
z10  (1  i) 2  
(a n )m = a m.n (a=
2 5 2.5
) a= a10
z10  (1  2i  i 2 )5 
z10  (1  2i  1)5  Produto Notável “quadrado
10 5
z  (2i)  da soma de dois termos”:
10
z  25.i5  (A + B)² = A² + 2.A.B + B²
10 1
z  32.i 
10
z  32.i

Radiciação
Seja o número complexo em sua forma trigonométrica z  z .  cos   i.sen  ou
z  .  cos   i.sen  e as raízes de índice “n” de “z” que são dadas pela “segunda”
fórmula de “De Moivre”:

   2k    2k  
n
z  zk  n z . cos    i.sen   ; k  0, 1, 2,, 3,...n  1}
 n n 
n n  

“k” representa a quantidade de raízes (soluções)


de acordo com o índice “n” da raiz enunciada. Por
exemplo, se temos uma raiz quadrada (n=2), k ∈
{ 0 , 1 } , assim obteremos duas raízes distintas.

Exemplo: Calcule a raiz quadrada de z = 2.i e faça sua representação geométrica.

Resolução:

Vamos então, escrever esse número complexo na forma trigonométrica e utilizar


a “segunda” fórmula de “De Moivre”.

n  2 (raiz quadrada)

z  2i  k  {0, 1}
 z  2i

a  0
• Cálculo do Módulo: z = 2i 
b  2

z  a 2  b 2  z  0 2  22  z  4  z 2

 a 0
cos   
 z cos   2 0
• Cálculo do Argumento:  
sen  b sen  2 1
 z  2

23
23
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Observando a tabela trigonométrica, verificamos que o argumento equivale a


  arg(z)  90º ou
2

Graus 0 30 45 60 90 120 135 150 180 210 225 240 270 300 315 330 360
π π π π 2π 3π 5π 7π 5π 4π 3π 5π 7π 11π
Radianos 0 p 2π
6 4 3 2 3 4 6 6 4 3 2 3 4 6

seno 1 2 3 3 2 1 1 2 3 3 2 1
0 1 0 − − − –1 − − − 0
(sen) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

cosseno 3 2 1 1 2 3 3 2 1 1 2 3
1 0 − − − –1 − − − 0 1
(cos) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

tangente 3 3 3 3
(tg)
0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0
3 3 3 3

• Forma Trigonométrica ou Polar:


z  z .(cos   i.sen)
  
z  2.  cos  i.sen  ou z  2.(cos 90º  i.sen90º )
 2 2

• “Segunda” Fórmula de “De Moivre”:

   2k    2k  
n
z  zk  z . cos  
n  i.sen   ; k  0, 1, 2,, 3,...n  1}
 n n  
n n  
   
2k  2k  
z k  2 2. cos  2   i.sen  2  ; k  {0, 1}
  2 2   2 2 
    
   2k    2k  
z k  2. cos    i.sen  
 4 2 
4 2  

Como k ∈{0, 1} , obtemos duas raízes diferentes z 0 e z1 , assim:

1ª solução, para k=0, temos:


Na forma trigonométrica: Na forma algébrica:

  
   2k    2k   z 0  2.  cos  i.sen 
z k  2. cos    i.sen   4 4
 4 2 
4 2   
 2 2 
   2.0.    2.0.   z 0  2.   .i 
z 0  2. cos     i.sen    2 2 
 4 2  4 2   ou 
   ( 2 )2 ( 2 )2
z 0  2.  cos  i.sen  z0   .i
 4 4 2 2
z0  1  i

24
2ª solução, para k=1, temos:
Na forma trigonométrica: Na forma algébrica:
   2k    2k    5 5 
z k  2. cos    i.sen  
 4 2 
4 2   z1  2.  cos
 4
 i.sen
4 
   2.1.    2.1.    2 2 
z1  2. cos    i.sen  
 4 2  
4 2   z1  2 .  
 2

2 
.i 
ou 
    
z1  2. cos      i.sen      ( 2 )2 ( 2 )2
 4  4  z1    .i
2 2
 5 5  z1  1  i
z1  2.  cos  i.sen
 4 4 

• Representação Geométrica:

0 Para representarmos z 0  1  i e
z1  1  i no plano complexo,
utilizamos os seguintes pontos
P0 (1, 1) e P1 (−1, −1) .

Observando o gráfico ao lado P0


e P1 são pontos diametralmente
opostos de uma circunferência
de centro na origem e raio 2 .

Agora é a sua vez!


Tente resolver os exercícios propostos e chegar aos resultados indicados.

Ao final deste conteúdo, temos as resoluções detalhadas, ok!

Atividades Práticas
  
8. Sendo z1  5.(cos   i.sen) e z 2  3.  cos  i.sen  , calcule:
 3 3
 4 4 
a) z1 .z 2 Resp.: z  15.  cos  i.sen
 3 3 
z1 5  2 2 
b) Resp.: z  .  cos  i.sen
z2 3  3 3 

  
9. Sabendo que z  2.  cos  i.sen  , calcule as seguintes potências:
 3 3
a) z 2 Resp.: z 2  2  2 3 .i
b) z 3 Resp.: z 3  8
c) z 9 Resp.: z 9  512

25
25
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

10. Determine as raízes cúbicas de z  cos   i.sen em sua forma trigonométrica.


  5 5
Resp.: z 0  cos  i.sen , z1  cos   i.sen e z 3  cos  i.sen .
3 3 3 3
Resoluções de Atividades Práticas
1. Calcule o módulo de cada um dos números complexos:
 1
1 1 a  2
a) z   i 
2 3 b  1
 3
2 2
1 1 1 1
z  a 2  b2  z        z   
 2  3 4 9
94 13 13
 z   z   z 
36 36 6
a  4
b) z  4  3i 
b  3

z  a 2  b 2  z  (4)2  (3)2  z  16  9  z  25  z 5

a  0
c) z  7i 
 b  7
z  a 2  b 2  z  (0)2  (7)2  z  49  z 7

a  3
d) z  3 
b  0

z  a 2  b 2  z  (3)2  (0)2  z  9  z 3

2. Qual é o módulo dos números complexos a seguir:

a) z  2i.(1  2i)

a  4
z  2i  4 i 2  z  4  2i  
 b  2

z  a 2  b 2  z  (4)2  (2)2  z  16  4 
 z  20  z  22.5  z 2 5

3i
b) z 
1 i
 3
3i (1  i) 3i  3i 2
3  3i 3 3 a  2
z . z 2 2 z ou z   i  
(1  i) (1  i) 1 i 2 2 2 b  3
 2

26
2 2
3 3 9 9
2 2
z  a b  z       z   
 2  2 4 4
18 3 2.2 3 2
 z   z   z 
4 22 2

c) z = 8i19
19 4
3 4

a  0
z  8 i3  z  8.(i)  z  8i 
 b  8

z  a 2  b 2  z  (0)2  (8)2  z  64  z 8

d) z  (3  i).(2  i)

a  7
z  6  3i  2i  i 2  z  6  1  i  z  7  i 
b  1

z  a 2  b 2  z  7 2  12  z  49  1 
 z  50  z  5 2.2  z 5 2

3. Estabeleça o módulo, o argumento e dê a representação gráfica dos seguintes


números complexos:
a) z  1  3i
a  1
• Cálculo do Módulo: z  1  3i 
 b  3
2 2 2 2
z  a  b  z  1  ( 3)  z  1  3  z  4  z 2

 a  1
cos   z cos  
 2 
• Cálculo do Argumento:       60º ou  
sen  b sen  3 3
 z  2

Observando a tabela trigonométrica, concluímos que   arg(z)  60º .


30° 45° 60°
1 2 3
seno
2 2 2

3 2 1
cosseno
2 2 2

3
tangente 1 3
3

27
27
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

• Representação Geométrica:

b) z  2  2 3.i
a  2
• Cálculo do Módulo: z  2  2 3i 
 b  2 3

z  a 2  b 2  z  (2)2  (2 3 )2  z  4  4.3  z  4  12  z  16  z  4

 a
cos   z

• Cálculo do Argumento:  
sen  b
 z

 2  1
cos   4 cos    2 2
     120º ou  
sen  2 3 sen  3 3
 4  2

Observando a tabela trigonomé- 30° 45° 60°


trica, concluímos que θ equivale
a 60° no I quadrante, mas como 1 2 3
seno
o número complexo pertence ao 2 2 2
II quadrante, seu correspondente
3 2 1
equivale a 120°. cosseno
2 2 2

3
tangente 1 3
3

• Representação Geométrica:

28
4. Observe o plano de Argand-Gauss com a representação gráfica dos números
complexos: z1 , z 2 e z 3 .

Resolução:

Antes de tudo, vamos determinar os números complexos, observando o plano de


Argand-Gauss e seus conjugados: z1  3  2i e z1  3  2i
z2  3  i e z2  3  i
z 3  2  2i e z 3  2  2i

Calcule o módulo de:


a) z1 + z 2 + z 3

a  2
 3  2i  3  i  2  2i  2  i 
b  1

z  a 2  b 2  z  (2)2  (1)2  z  4  1  z  5

b) z1 − z 2 − z 3

 3  2i  (3  i)  (2  2i)  a  8



 3  2i  3  i  2  2i  8  3i  b  3

z  a 2  b 2  z  (8)2  (3)2  z  64  9  z  73

c) z1 .z 2 .z 3
 [(3  2i).(3  i)].(2  2i) 
a  16
 (9  3i  6i  2i 2 ).(2  2i)  
 b  28
 (11  3i)).(2  2i)  22  22i  6i  6i 2  16  28 i

z  a 2  b 2  z  (16)2  (28)2  z  256  784  z  1040 


z  4 2.5.13  z  4 65

29
29
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

z1
d)
z2
 7
(3  2i) (3  i) 9  3i  6i  2i 2
7  9i 7 9 a  10
 .  2 2
 ou  i 
(3  i) (3  i) 3 i 10 10 10 b  9
 10
2 2
 7   9  49 81
z  a 2  b2  z        z   
10
   10 100 100
130 13 130
 z   z  ou z 
100 10 10

5. Dê a forma trigonométrica dos seguintes números complexos:

Resolução:
a) z   2  2.i
a   2
• Cálculo do Módulo: z   2  2.i 
 b   2

z  a 2  b 2  z  ( 2 )2  ( 2 )2  z  2  2  z 2

 a  2
cos   z cos   
  2
• Cálculo do Argumento:  
sen  b  2
 z sen   2
Observando a tabela trigonométrica, verificamos que o ângulo
procurado que está no III (terceiro) Quadrante, corresponde ao
ângulo de 45º no I (primeiro) quadrante, portanto o argumento
equivale à   arg(z)  225º

30° 45° 60°


1 2 3
seno
2 2 2

3 2 1
cosseno
2 2 2

3
tangente 1 3
3

Para transformar 180.x  225.


graus em radianos, 180º   225
x .
utilizamos a seguinte 225º  x 180
regra de três. 5
x  .
4
5
Conclusão:   arg(z)  225 º ou  .
4

30
• Forma Trigonométrica ou Polar:
z  z .(cos   i.sen)
 5 5 
z  2.  cos  i.sen ou z  2.(cos 225º  i.sen225º )
 4 4 

b) z  4 3  4.i
a  4 3
• Cálculo do Módulo: z  4 3  4.i 
 b  4

z  a 2  b 2  z  (4 3 )2  (4)2  z  48  16  z 8

 a 
cos   4 3 3
 z cos    
• Cálculo do Argumento:   8 2
sen  b sen   4 1
 
z  8 2

Observando a tabela trigonométri- 30° 45° 60°


ca, verificamos que o ângulo pro-
curado que está no III (terceiro) 1 2 3
seno
Quadrante, corresponde ao ângulo 2 2 2
de 30º no I (primeiro) quadrante,
3 2 1
portanto o argumento equivale à cosseno
2 2 2
  arg(z)  210º
3
tangente 1 3
3

Para transformar 180.x  210.


graus em radianos, 180º   210
x .
utilizamos a seguinte 210º  x 180
regra de três. 7
x  .
6
7
Conclusão:   arg(z)  210 º ou  .
6
• Forma Trigonométrica ou Polar:
z  z .(cos   i.sen)
 7 7 
z  8.  cos  i.sen  ou z  8.(cos 210º  i.sen210º )
 6 6 

c) z = 8.i
a  0
• Cálculo do Módulo: z = 8.i 
b  8

z  a 2  b 2  z  0 2  8 2  z  64  z 8

31
31
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

 a  0
cos   z cos   8  0
 
• Cálculo do Argumento: 
sen  b sen  8  1
 z  8

Observando a tabela trigonométrica, verificamos que o argumento equivale a


  arg(z)  90º ou
2

Graus 0 30 45 60 90 120 135 150 180 210 225 240 270 300 315 330 360
π π π π 2π 3π 5π 7π 5π 4π 3π 5π 7π 11π
Radianos 0 p 2π
6 4 3 2 3 4 6 6 4 3 2 3 4 6

seno 1 2 3 3 2 1 1 2 3 3 2 1
0 1 0 − − − –1 − − − 0
(sen) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

cosseno 3 2 1 1 2 3 3 2 1 1 2 3
1 0 − − − –1 − − − 0 1
(cos) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

tangente 3 3 3 3
(tg)
0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0
3 3 3 3

• Forma Trigonométrica ou Polar:


z  z .(cos   i.sen)
  
z  8.  cos  i.sen  ou z  8.(cos 90º  i.sen90º )
 2 2

d) z  1  i 
2

z  1  2i  i 2
z  1  2i  1
z  2.i
a  0
• Cálculo do Módulo: z  2.i 
 b  2

z  a 2  b 2  z  0 2  (2)2  z  4  z 2

 a 0
cos   
 z cos   2  0
• Cálculo do Argumento:  
sen  b sen   2  1
 z  2

32
Observando a tabela trigonométrica, verificamos que o argumento equivale a

3
  arg(z)  270º ou
2

Graus 0 30 45 60 90 120 135 150 180 210 225 240 270 300 315 330 360
π π π π 2π 3π 5π 7π 5π 4π 3π 5π 7π 11π
Radianos 0 p 2π
6 4 3 2 3 4 6 6 4 3 2 3 4 6

seno 1 2 3 3 2 1 1 2 3 3 2 1
0 1 0 − − − –1 − − − 0
(sen) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

cosseno 3 2 1 1 2 3 3 2 1 1 2 3
1 0 − − − –1 − − − 0 1
(cos) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

tangente 3 3 3 3
(tg)
0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0
3 3 3 3

• Forma Trigonométrica ou Polar:


z  z .(cos   i.sen)
 3 3 
z  2.  cos  i.sen ou z  2.(cos 270º  i.sen270º )
 2 2 

6. Expresse os números complexos a seguir na forma algébrica:

Resolução:
  
a) z  2.  cos  i.sen 
 6 6
  3
cos ou cos 30º 
Calculando seno e cosseno:  6 2
sen  ou sen30º 
1
 6 2

Trocando na forma trigonométrica do número complexo:

  
z  2.  cos  i.sen 
 6 6
 3 1 
z  2.   .i 
 2 2 

2 3 2
z  .i  z 3i
2 2

b) z  4.  cos 180º i.sen180º 

cos  ou cos 180º  1


Calculando seno e cosseno: 
sen ou sen180º  0

33
33
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Trocando na forma trigonométrica do número complexo:

z  4.  cos 180º i.sen180º 


z  4.  1  0.i 
z  4
5 5
c) z  cos  i.sen
3 3 5 1

cos 3 ou cos 300º 
2
Calculando seno e cosseno: 
sen 5  ou sen300º  
3
 3 2

Trocando na forma trigonométrica do número complexo:


5 5
z  cos  i.sen
3 3
1 3
z  .i
2 2

d) z  2.  cos 135º i.sen135º 

 3 2
cos ou cos 135º  
 4 2
Calculando seno e cosseno: 
 3 2
sen 4 ou sen135º 
2

Trocando na forma trigonométrica do número complexo:

z  2.  cos 135º  i.sen135º 


 2 2 
z  2.    .i 
 2 2 


 2   2
2 2

2 2
z .ii  z    .i  z  1  i
2 2 2 2
1  i7
7. Dado o número complexo z  , passar para forma trigonométrica
1 i
ou polar.

Resolução:
1  i7 7 4 Potencias de “i” (vide Unidade II):
z
1 i 3 1 Dividimos o expoente “7” por 4.

z
1  i3
z
1  i  . 1  i   z  1  2i  i2  z  2i  z  i
1 i 1  i  1  i  12  i 2 2

a  0
• Cálculo do Módulo: z  i 
 b  1

z  a 2  b 2  z  0 2  (1)2  z  1  z 1

34
 a  0
cos   z cos   1  0

• Cálculo do Argumento:  
sen  b sen   1  1
 z  1

Observando a tabela trigonométrica, verificamos que o argumento equivale a

3
  arg(z)  270º ou
2

Graus 0 30 45 60 90 120 135 150 180 210 225 240 270 300 315 330 360
π π π π 2π 3π 5π 7π 5π 4π 3π 5π 7π 11π
Radianos 0 p 2π
6 4 3 2 3 4 6 6 4 3 2 3 4 6

seno 1 2 3 3 2 1 1 2 3 3 2 1
0 1 0 − − − –1 − − − 0
(sen) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

cosseno 3 2 1 1 2 3 3 2 1 1 2 3
1 0 − − − –1 − − − 0 1
(cos) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

tangente 3 3 3 3
(tg)
0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0 1 3 ∃ − 3 –1 − 0
3 3 3 3

• Forma Trigonométrica ou Polar:

z  z .(cos   i.sen)
 3 3 
z  1.  cos  i.sen ou z  1.(cos 270º  i.sen 270º )
 2 2 
3 3
z  cos  i.sen ou z  cos 270º  i.sen 270º
2 3
  
8. Sendo z1  5.(cos   i.sen) e z 2  3.  cos  i.sen  , calcule:
 3 3
Resolução:
a) z1 .z 2

Temos que:
z1 . z 2  5.3  15

 3   4
1  2     
3 3 3

Assim:
z1 .z 2  z1 . z 2 .[cos(1  2 )  i.sen(1  2 )]

 4 4 
z1 .z 2  15.  cos  i.sen
 3 3 

35
35
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

z1
b)
z2
Temos que:
z1 5
=
z2 3

 3   2
1  2     
3 3 3

Assim:

z1 z
 1 .[cos(1  2 )  i.sen(1  2 )]
z2 z2

z1 5  2 2 
 .  cos  i.sen
z2 3  3 3 

  
9. Sabendo que z  2.  cos  i.sen  , calcule as seguintes potências:
 3 3
Resolução:
a) z 2

Fórmula de “De Moivre”:


n
z n  z .[cos (n)  i.sen (n)]
     
z 2  (2)2 . cos  2.   i.sen  2.  
  3  3 
 2 2 
z 2  4.  cos  i.sen
 3 3 

Assim, na forma algébrica temos:

 2 2 
z 2  4.  cos  isen 2π 2x180º
 3 3  equivale a = 120º .
3 3
 1 3 
z 2  4.    i
 2 2 

4 4 3
z2    .i
2 2
z 2  2  2 3 .i

b) z 3

Fórmula de “De Moivre”:

36
n
z n  z .[cos (n)  i.sen (n)]
     
z 3  (2)3 . cos  3.   i.sen  3.  
  3  3 
z 3  8.  cos   i.sen 

Assim, na forma algébrica temos:

z 3  8.  cos   i.sen 
z 3  8.  1  0.i 
z 3  8

c) z 9

Fórmula de “De Moivre”:


n
z n  z .[cos (n)  i.sen (n)]
     
z 9  (2)9 . cos  9.   i.sen  9.  
  3  3 
z  512.  cos 3  i.sen3 
9

Assim, na forma algébrica temos:


3p equivale a 3x180° = 540°,
z 9  512.  cos 3  i.sen3 
assim temos que 540° – 360° ou p.
z 9  512.  1  0.i 
z 9  512

10. Determine as raízes cúbicas de z  cos   i.sen em sua forma trigonométrica.

Resolução:

n  3 (raiz cúbica)

z  cos   i.sen  k  {0, 1, 2}
z 1


• “Segunda” Fórmula de “De Moivre”:

   2k    2k  
n
z  zk  z . cos  
n  i.sen   ; k  0, 1, 2,, 3,...n  1}
 n n  
n n  
   2k    2k  
z k  3 1. cos    i.sen   ; k  {0, 1, 2}
 3

3  3 3  
    2k     2k  
z k  1. cos   i.sen 
  3  
 3  
   2k     2k 
z k  cos   i.sen 
 3  
 3 

37
37
UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Como k ∈{0, 1, 2} , obtemos três raízes diferentes z 0 , z 2 e z 2 , assim:

1ª solução, para k=0, temos:


Na forma trigonométrica:

   2k     2k 
Na forma algébrica:
z k  cos   i.sen 
 3  
 3   
z 0  cos i.sen
   2.0.     2.0.  ou 3 3
z 0  cos    i.sen  3 
 3    1 3
z0   .i
  2 2
z 0  cos  i.sen
3 3

2ª solução, para k=1, temos:


Na forma trigonométrica:

   2k     2k 
z k  cos    i.sen  Na forma algébrica:
 3   3 
   2.1.     2.1.  z1  cos   i.sen
z1  cos    i.sen   ou
 3   3  z1  1  i.0
3 3 z1  1
z1  cos  i.sen
3 3
z1  cos   i.sen

3ª solução, para k=2, temos:


Na forma trigonométrica:

   2k     2k  Na forma algébrica:


z k  cos   i.sen 
 3  
 3 
5 5
   2.2.     2.2.  z 2  cos  i.sen
z 2  cos    i.sen   ou 3 3
 3   3  1 3
5 5 z2   .i
z 2  cos  i.sen 2 2
3 3

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Me Salva! CPX05 – Números Complexos – Plano de Argand Gauss
https://goo.gl/fl4DSz
“Módulo e Argumento” – Matemática Show com Prof. Abraão Lincoln
https://goo.gl/k7h5MM
Me Salva! CPX07 – Forma trigonométrica dos números complexos
https://goo.gl/BahH6A
Números Complexos na Forma Trigonométrica – Matemática com Prof. Gui
https://goo.gl/H6WPCw
Me Salva! CPX06 – Números Complexos – Coordenadas Polares – Módulo e Argumento
http://goo.gl/7Ie4Gu
“Forma trigonométrica ou polar” – Matemática Show com Prof. Abraão Lincoln
https://goo.gl/IzDdlp
“Operações na forma trigonométrica” – Matemática Show com Prof. Abraão Lincoln
https://goo.gl/5lBT6O
Operações com Números Complexos na forma Trigonométrica – Prof. Abimael Teixeira
https://goo.gl/qg9OI3
Potenciação de números complexos na forma trigonométrica
https://goo.gl/gvS73o
Radiciação de números complexos na forma trigonométrica
https://goo.gl/Qk2nuK

Sites
Plano de Argand-Gauss.
http://goo.gl/6Lsk29
Forma Trigonométrica de um Número Complexo.
http://goo.gl/DSzrZX
Operações de Números Complexos na Forma Trigonométrica.
http://goo.gl/bmNGGX
Operações com números complexos na forma polar ou trigonométrica.
http://goo.gl/3D0quJ
Operações na forma trigonométrica.
http://goo.gl/njWpNM

39
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UNIDADE Forma Trigonométrica ou Polar dos Números Complexos

Referências
ÁVILA, G.S.S. Variáveis Complexas e Aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

BELLOS, A. Alex através do espelho: como a vida reflete os números e como os


números refletem a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

CAON, F. Números Complexos: inter-relações entre conteúdo e aplicações.


(Dissertação)-Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa. 2013. 74.
f. Disponível em: <http://bicen-tede.uepg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo
=926>. Acesso em 03 de agosto de 2015.

CERRI, C. MONTEIRO, M. S. História dos Números Complexos. CAEM -


Centro de Aperfeiçoamento de Ensino de Matemática (Instituto de Matemática
e Estatística da USP). Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~martha/caem/
complexos.pdf>. Acesso em 03 de agosto de 2015.

CERRI, C. Desvendando os Números Reais. São Paulo: IME-USP. Novembro


de 2006. Disponível em: <www.mat.ufg.br/bienal/2006/mini/cristina.cerri.pdf>.
Acesso em 03 de agosto de 2015.

CHURCHILL, R.V. Variáveis complexas e suas aplicações; tradução: Tadao


Yoshioka; revisão técnica: Alfredo Alves de Farias. São Paulo: McGraw-Hill do
Brasil e Editora da Universidade de São Paulo, 1975.

DANTE, L. R. Matemática, volume único, São Paulo: Ática, 2005.

DIAS, N. L. Pequena introdução aos números. Curitiba: InterSaberes, 2014.


(e-book)

GIOVANNI, J.R. Matemática Fundamental, 2º Grau: volume único. São Paulo:


FTD, 1994.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; DEGENSZAJN, D; PÉRIGO, R.; ALENDA, N. Matemática:


ciência e aplicações, 4 ed.São Paulo: Atual, 2006.

LEITE, Á. E.; CASTANHEIRA, N. P. Teoria dos números e teoria dos conjuntos.


Curitiba: InterSaberes, 2014. (e-book)

SHOKRANIAN, S. Uma introdução à variável complexa – 476 exercícios


resolvidos. São Paulo: Ciência Moderna, 2011.

SILVA, M. A. Da teoria à prática: uma análise histórica do desenvolvimento


conceitual dos números complexos e suas aplicações. Revista Brasileira de História
da Ciência, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 79-91, jan-jun 2011. Disponível em:
<http:www.sbhc.org.br/arquivo/download?ID_ARQUIVO=23>. Acesso em 03
de agosto de 2015.

SOARES, M. G. Cálculo em uma variável complexa. Rio de Janeiro: IMPA, 2014.

40

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