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ÍNDICE

1. Razão e Proporção...................... 04
2. Geometria Espacial...................... 05
3. Funções........................................ 11
4. Geometria Plana........................... 17
5. Probabilidade............................... 22
6. Estatística..................................... 23
7. Aritmética..................................... 24
8. Conjuntos Numéricos...................26
9. Geometria Analítica...................... 29
10. Trigonometria............................. 35
11. Extra - Notação científica........... 40

03
RAZÃO E PROPORÇÃO

O que é razão?

Bom, entender o significado das palavras pode ajudar! Na


matemática, uma razão refere-se a divisão, ou seja, é uma
relação entre dois números. Por exemplo, a razão entre 10 e
2 é 5, pois 10/2 = 5. E em geral, dados dois números reais a
e b (lembrando que o denominador b deve ser diferente de
zero), representamos a razão como a/b ou a:b

O que é proporção?

Agora que você já sabe como é a razão, fica fácil entender


uma proporção! Isso porque, a proporção, nada mais é do
que uma igualdade entre duas razões, veja:

a/b = c/d

E podemos ler isso da seguinte forma: “a está para b, assim


como c está para d”.

Exemplo e passo a passo

Um exemplo clássico de aplicação das proporções é a


elaboração de mapas, pois devem manter as proporções
para que representem corretamente a realidade.
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Mais especificamente, na cartografia, chamamos essa
proporção de escala, e ela é dada por:
escala = comprimento do desenho/comprimento real

Assim, se tivermos um mapa na escala 1:400000, significa que


a cada 1 cm de mapa, temos 400.000 cm de território real

Dica Top

Quanto temos uma grandeza diretamente proporcional,


significa que as razões entre os correspondentes são iguais.
Em grandezas inversamente proporcionais, os números são
diretamente proporcionais ao inverso do correspondente.

GEOMETRIA ESPACIAL

O que é geometria espacial?

A geometria espacial é o estudo dos objetos tridimensionais,


ou seja, objetos com três dimensões: altura, largura
e comprimento - que também pode ser chamada de
profundidade.
ALTURA

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O
PR

05
Assim, se você se deparar com uma figura geométrica que
contenha essas três dimensões, fique atento pois usaremos
a geometria espacial!

Conhecendo as figuras geométricas:

Cubo
Essa é, provavelmente, a figura geométrica mais conhecida
— um exemplo do cotidiano é o cubo mágico. O cubo
ou o hexaedro é um poliedro composto por seis faces
quadrangulares de mesmo tamanho, 8 vértices e 12 arestas.

� Área lateral: A = 4 . a²
� Área total: At = 6 . a²
� Volume: V = a³

Tetraedro
O tetraedro, também conhecido como pirâmide triangular, é
um poliedro com 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas.

� Área total: At = 4 . a² √3/4


� Volume: V = ⅓ . Ab . h

Dodecaedro
O dodecaedro é um poliedro composto por 12 faces
pentagonais, 20 vértices e 30 arestas.

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� Área total: A = 3 . a² √(25 + 10√5)
� Volume: V = ¼ . a³ (15 + 7√5)

Cilindro
O cilindro é uma figura alongada, em que sua base é circular.
Ele tem o mesmo diâmetro ao longo de todo o comprimento.

� Área lateral: Al = 2 . π . r . h
� Área da base: Ab = π . r²
� Área total: At = Al + 2 . Ab ou At = 2 . π . r (h + r)
� Volume: V = Ab . h

Esfera
A esfera é simetricamente proporcional, sendo formada por
uma superfície curva contínua. Um exemplo do dia a dia é a
bola de futebol.

� Área: A = 4 . π . r²
� Volume: V = (4 . π . r³)/3

Octaedro
O octaedro também é um poliedro, só que é composto por
8 faces triangulares de lados iguais (triângulos equiláteros),
6 vértices e 12 arestas. É uma figura que também pode ser
vista nos dados de jogos de tabuleiro.

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� Área: A = 2 . a³√3
� Volume: V = ⅓ . a³ √2

Prisma
O prisma é uma figura com algumas particularidades a mais
— por exemplo, ele pode ter a base de diferentes formatos:

triangular; hexagonal;
retangular; heptagonal;
pentagonal; octagonal.

Além disso, ele pode ser inclinado (prisma oblíquo), fazendo


com que em sua lateral se forme um paralelogramo, ou reto
(prisma reto), fazendo com que sua lateral seja formada por
retângulos.

De um modo geral, o prisma é um poliedro com as


características citadas acima.

� Área da face: Af = a . h
� Área lateral: Al = 6 . a . h
� Área da base: Ab = 3 . a²√3/2
� Volume: V = Ab . h

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Icosaedro
O icosaedro é um poliedro convexo, composto por 20 faces
triangulares, 12 vértices e 30 arestas. Essa também é uma
figura espacial que pode ser utilizada como dado em jogos
de tabuleiro.

� Área total: At = 5 . a²√3


� Volume: V = 5/12 . a³(3 + √5)

Pirâmide
A pirâmide é uma figura que também tem particularidades,
como o prisma. Ela é um poliedro composto por uma base
— que pode ser triangular, pentagonal, quadrada, retangular
ou paralelogramo — e um vértice que une todas as laterais
triangulares.

A altura da pirâmide é a distância entre o vértice e a base.


Além disso, ela é classificada em oblíqua, quando é inclinada,
ou reta, quando o ângulo é de 90º.

As pirâmides do Egito, por exemplo, têm base quadrada e


são retas.

� Área total: At = Al + Ab
� Volume: V = ⅓ . Ab . h

O significado de cada letra:


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a é o comprimento de uma aresta;
Ab é a área da base;
h é a altura.
r é o raio (metade do diâmetro) da base;
h é a altura do cilindro;
π (pi) é uma constante que vale, aproximadamente, 3,14.

Exemplo e passo a passo

Normalmente os exercícios são contextualizados e contam


com uma interpretação de texto aguçada para a resolução
do problema. Mas o passo a passo é o mesmo:

1. Observe atentamente qual é o sólido geométrico


2. Organize as informações já disponibilizadas e aquela(s)
que será(ão) necessário(as) encontrar
3. Utilize a fórmula mais adequada

Dica Top

Os sólidos geométricos são classificados em sólidos


poliedros e não poliedros. Os poliedros são formados apenas
por superfícies planas, como o cubo, prisma e pirâmide. Já
os não poliedros possuem superfícies planas e curvas no
mesmo sólido, ou apenas superfícies curvas, como o cone,
cilindro e a esfera.

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FUNÇÕES

O que é uma função?

Função é uma relação matemática estabelecida entre


duas variáveis que se correspondem. As funções podem
ser classificadas como de 1° grau, 2° grau, exponencial e
logarítmica a depender das variáveis que estão em jogo, e
cada uma delas possui um gráfico característico.
A função de 1° grau é escrita da seguinte forma: y = ax + b.
Traduzindo… é uma expressão cuja incógnita (normalmente a
letra “x”) está elevada à potência 1 e que tem um coeficiente
“a” diferente de zero. E o gráfico é aquele mais simples:
uma reta! Mas a reta é crescente ou decrescente? Bom, isso
depende do coeficiente “a” - se ele for maior que zero, a reta
é crescente, se for menor que zero, a reta é decrescente

Exemplo e passo a passo:

Considere a função: y = 4x + 3.

1. Veja se o coeficiente “a” é positivo (maior que zero) ou


negativo (menor que zero)
2. Neste caso, como é positivo, trata-se de uma reta
crescente

Agora, suponha que x = 2


11
3. Substitua o x pelo valor indicado: y = 4.2 + 3
4. Ao efetuar as operações, achamos y = 11.

Seguindo esse raciocínio, se x = 5, y = 23.

Perceba que o aumento de “x” implica o aumento de “y”,


caracterizando assim uma função crescente.

Para o estudo da função decrescente, a análise é reversa,


isto é, se aumentamos o “x”, o valor de “y” decresce. Veja
abaixo o exemplo:

Considere a função: y = – 2x + 1.

Se x = 1, ao substituirmos, achamos y = – 1.

Adotando o mesmo raciocínio, se x = 2, y = – 3.

Portanto, “x” aumenta enquanto que “y” diminui na mesma


proporção, evidenciando assim uma função decrescente.

Dica Top

Organize as informações fornecidas em um rascunho (pode


ser o cantinho da folha) para não se perder nos dados.

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A função do 2° grau é escrita da seguinte forma: y = ax² +
bx + c. Perceba que, neste caso, a incógnita (normalmente
a letra “x”) está elevada ao quadrado, e o coeficiente “a”
continua sendo diferente de zero. E o gráfico é um pouco
diferentão: uma parábola! Se a equação tiver um coeficiente
“a” positivo, sua concavidade sempre será para cima (U).
Já para um coeficiente “a” negativo, a concavidade sempre
será para baixo ( ).

Exemplo e passo a passo

Dada a equação y = x² -5x +4, podemos extrair 3


informações: as raízes, o vértice e qual será a concavidade
da parábola

Calculando as raízes

1. Por ser uma função de 2° grau, usaremos a fórmula de


Bháskara (∆ = b² – (4.a.c)) para encontrar o delta (∆)
2. Repare que, na fórmula de Bháskara, as letras se
correspondem às da equação fornecida. Por isso, podemos
substituir: ∆ = (-5)² – (4.1.4)
3. Resolvendo a equação, chegamos em ∆ = 25 – 16.
Logo, ∆ = 9.
4. Depois, x = (-b ± √∆) / 2.a
5. Com o valor de delta, temos: x = (5 ±√9) / 2.1 que resulta
em x1 = 1 e x2 = 4
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Calculando o vértice

Por meio de duas fórmulas conseguimos achar o X do vértice


(Xv) e o Y do vértice (Yv):

Xv = – b/2.a
Yv = – ∆/4.a

1. Xv = – b/2.a 1. Yv = – ∆/4.a
2. Xv = -(-5)/2.1 2. Yv = – 9/4.1
3. Xv = 5/2. 3. Yv = -9/4.

Como o coeficiente “a” deste exemplo é positivo (1), a


concavidade da parábola será para cima.

Dica Top

Caso prefira, ao invés de usar a fórmula de Bháskara, você


pode descobrir as raízes utilizando soma e produto, que é
uma variação da fórmula de Bháskara.

A função exponencial possui um número real como base e a


incógnita, neste caso, aparece no expoente. Lembrando que
o valor do expoente corresponde à quantidade de vezes que
a base será multiplicada:

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2⁴: 2.2.2.2 = 16
3³: 3.3.3 = 27

Exemplo e passo a passo

Considere a função f(x) = 5x, calcule f(2) e f(3):

1. Observe que o exercício colocou 2 comandos: o cálculo


da função quando o x vale 2 e quando vale 3
2. Feita essa interpretação, podemos substituir:
(I) f(2) = 52 e (II) f(3) = 53
3. Logo, 5.5 = 25 e 5.5.5 = 125

Dica Top

Se a base for maior que 1, temos uma função crescente


e, consequentemente, um gráfico crescente. Se a base
estiver entre 0 e 1, temos uma função decrescente e,
consequentemente, um gráfico decrescente.

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A função logarítmica é dada por f(x) = log2x, sendo que a
condição de existência (assim como em qualquer cálculo
envolvendo log) é que a base a seja maior que 0 e sempre
diferente de 1.

Exemplo e passo a passo

Seja f(x) = log2x, calcule f (8):

1. O raciocínio é sempre o mesmo: vamos substituir onde


aparece x pelo valor indicado, neste caso 8, logo, log2 8
2. Para resolver logaritmo, precisamos reescrever a equação
da seguinte maneira:

loga b = x

Observe que a base a será elevada ao valor de x e essa


exponenciação resulta em b

ax = b

3. Assim, 2x = 8. Agora o objetivo é encontrar o valor de x,


e para isso precisamos pensar na seguinte frase: “qual é o
expoente que na base 2 resulta em 8?”
4. Pensando em exponenciação, veremos que 2.2.2 = 8.
Logo, 23

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Dica Top

Se a base for maior que 1, a função é crescente. Se menor


que 1, é decrescente.

GEOMETRIA PLANA

Em capítulos anteriores, vimos que a geometria espacial


analisa objetos tridimensionais. Agora veremos a geometria
plana, que estuda objetos bidimensionais, ou seja, figuras
com duas dimensões, sendo elas: o comprimento e a largura.
Um ponto importante a se atentar são os ângulos das figuras
geométricas, que podem ser classificados de quatro formas
diferentes:

• agudo, com uma abertura que varia entre 0° e 90°;


• reto, que possui exatamente 90°;
• obtuso, com uma medida maior que 90°,
mas inferior a 180°;
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• raso, formando um ângulo exato de 180° ou, metade de
uma circunferência.

Exemplo e passo a passo

Agora vamos à parte que mais interessa: os números! Vamos


aos cálculos? Aqui o que nos interessa muito é calcular a
área, que nada mais é do que o tamanho da superfície da
figura. Mas o cálculo varia de acordo com a figura, isto é,
cada uma tem um jeito de ser calculada. Veja:

Triângulo
Para encontrar a área de um triângulo retângulo — que
possui um ângulo de 90º, dividimos por 2 o resultado da
multiplicação da base (b) pela altura (h). Assim, chegamos
à fórmula:

A= b.h/2. 1. Aplicando a fórmula A= b.h/2 e


efetuando as substituições pelas
correspondências, chegamos
em: A = 23.12/2
2. Logo, A = 138

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No caso dos triângulos equiláteros (todos os lados são iguais
e os ângulos internos são de 60º), a fórmula utilizada é:

A= l2.√3/4
1. Aplicando a fórmula A = l2.√3/4
e efetuando as substituições pelas
correspondências, chegamos em:
A = 82. √3/4
2. Fazendo os cálculos: A = 64.√
3/4.
3. Logo, A = 16√3

E quando falamos de triângulos que não possuem o ângulo


de 90º, utilizaremos fórmulas que exigem o conhecimento
de conceitos como seno e cosseno, combinado?

Retângulo
A fórmula utilizada para determinar a área de um retângulo é
uma das mais simples da geometria. Basta multiplicar a base
pela altura, da seguinte forma:

A = b.h.

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1. Aplicando a fórmula A = b.h,
ficará assim: A = 8 . 5
2. Logo, A = 40 m²

Quadrado
A fórmula para o cálculo de área de um quadrado segue a
mesma lógica do retângulo. No entanto, considerando que
esta figura possui os 4 lados iguais, basta termos em mãos a
medida de um dos lados e elevar este número ao quadrado.
Assim, chegamos à fórmula:

A = l2

1. A partir da fórmula,
temos que A = 32
2. Logo, A = 9

Trapézio
No caso de trapézio, precisamos multiplicar a altura (h) pelo
valor da soma da base maior e da base menor, representadas
respectivamente por B e b, e, na sequência, dividir o valor por
2, chegando à seguinte fórmula:

A = (B + b) x h/2.
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1. Usando a fórmula , temos:
A = (14+8).10 / 2
2. Após as operações
chegamos em A = 22.10 / 2
3. Logo, A= 110

Losango
Para descobrir a área total do losango, basta multiplicar o
valor da diagonal maior (D) e da menor (2) e, em seguida
dividir o resultado por 2, de acordo com a fórmula A = D.d/2.

1. Substituindo pelos valores


correspondentes: (12 × 10) / 2
2. Assim, 120 / 2
3. Logo, A = 60cm²

Círculo
Na figura do círculo, em que temos a constante π e o raio,
representado pela letra R, basta elevar este último ao
quadrado e, na sequência, multiplicar os valores, de acordo
com a seguinte fórmula:

A = πR2

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1. Substituindo, A = 3,14.152
2. Calculando, A = 3,14.225
3. Logo, A = 706,5cm2

PROBABILIDADE

Com certeza, em algum momento da sua vida, você já


se deparou com alguma situação e se perguntou “qual a
chance de isso acontecer?”. Bom, probabilidade é isso!

Basicamente, o que fazemos é levar em consideração


todas as possibilidades. Para isso, fazemos o número de
elementos do evento dividido pelo número de elementos
do espaço amostral

Exemplo e passo a passo:

Qual é a probabilidade de jogar um dado e cair um número


ímpar? O nosso evento é “cair um número ímpar”. Nós
precisamos descobrir qual é a chance disso acontecer.
Como nosso dado é de 1 a 6, temos apenas 3 chances de
ter um resultado ímpar.

1. Qual o número de elementos? 3 números ímpares, sendo


eles: 1, 3 e 5

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3. Logo, 3/6
4. Assim, podemos simplificar e chegar a uma probabilidade
de ½ ou 50% de chances de cair um número ímpar

Dica Top

Se atente à simplificação do resultado (pode ser que o valor


encontrado esteja nas alternativas mas escrito de outra
forma, então não desespere, ok? :)). Ah! E aqui vai outra dica:
podemos escrever o resultado em porcentagem também!

ESTATÍSTICA

O que é estatística?

Assim como a probabilidade, a estatística é o estudo das


probabilidades! A estatística leva em consideração dados
e analisa a probabilidade dos eventos. Para isso, usamos
alguns conceitos:

Moda = aquilo que mais aparece no espaço amostral


Mediana = valor central do espaço amostral
Média = soma aritmética seguida da divisão pela quantidade
de itens somados

Exemplo e passo a passo:

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As notas de Matemática de um grupo de 6 alunos foram:
8, 5, 9, 7, 10, 7

1. Organizar o espaço amostral em ordem crescente (isso é


importante para determinarmos a mediana): 5, 7, 7, 8, 9, 10
2. Qual a moda? Repare que a nota 7 foi a que mais
apareceu, logo, a moda é o número 7
3. Qual a mediana? Por termos um espaço amostral com uma
quantidade par de números, ou seja, a nota de 6 alunos, não
temos um número no “meio”. Então, o valor central será
7+8/2 = 7,5
4. Qual a média? 5 + 7 + 7 + 8 + 9 + 10 = 46/6 = 7,6

Dica Top

Sempre organize o espaço amostral em ordem crescente!

ARITIMÉTICA

O que é aritmética?

Na aritmética lidamos com números e como eles conversam


entre si! É o estudo das 4 operações fundamentais: soma,
subtração, divisão e multiplicação.

Exemplo e passo a passo


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Soma
Tenho 3 chocolates e ganhei outros 7. Quantos chocolates
fico ao todo?
3 + 7 = 10

Subtração
Dos 10 chocolates, comi 2. Quantos restam?
10 - 2 = 8

Divisão
Vou doar metade dos meus chocolates para alguém.
Com quantos ficarei? E a outra pessoa?
8/2=4

Multiplicação
Outras pessoas também compartilharam seus chocolates
com esta mesma pessoa. Ao final, ela percebeu que tinha
o triplo da quantidade inicial de chocolates que recebeu na
primeira doação.
4.3 = 12

Dica Top

Repare que é muito importante a interpretação de texto e


a organização dos dados fornecidos pelo enunciado! Ele
sempre virá acompanhado de um comando e é ele que vai
te orientar sobre qual operação e dados utilizar.
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CONJUNTOS NUMÉRICOS

O que são conjuntos numéricos?

Os conjuntos numéricos são agrupamentos de números que


têm características semelhantes:

� Números naturais (representados pela letra N)

Os números contidos nesse grupo são: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,


7, 8, 9, 10, …}

� Números inteiros (representados pela letra Z)

Esse grupo inclui os valores positivos e os negativos, além


de, claro, o zero. Z = {… -3, -1, 0, 1, 5, 13, 24, …}

� Números racionais (representados pela letra Q)

O conjunto dos racionais inclui os números naturais e os


inteiros, logo, nele está contido: números inteiros positivos,
números inteiros negativos, números decimais, números
com fração e as dízimas periódicas.

� Números irracionais (representados pela letra I)

Aqui estão os decimais infinitos não periódicos.


26
São aqueles números que têm muitas casas após a vírgula, mas
que não são uma dízima periódica, como o π que costumamos
utilizar somente o valor 3,14 mas, na verdade, seu valor é
3,14159265…

� Números reais (representado pela letra R)

Este é conjunto que engloba todos os conjuntos mencionados


acima. Por isso, ele contém elementos dos números inteiros,
racionais, irracionais, naturais e assim por diante.

Exemplo e passo a passo

As operações em conjuntos numéricos são:

� União
Como o nome sugere, a União, representada pela letra U, é o
encontro de pelo menos dois conjuntos. Veja o exemplo:

A = {1, 2, 3}
B = {1, 5, 6}
A U B = {1, 2, 3, 5, 6}

� Intersecção
A intersecção é representada pelo símbolo e é a responsável
U

por identificar quais são os números presentes em ambos os


conjuntos dispostos. Exemplo:
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A = {1, 2, 3}
B = {1, 5, 6}
A B = {1}
U

� Diferença
A diferença é representada pelo símbolo - e é o inverso
da intersecção. Ou seja, tendo dois conjuntos, este será
composto pelos elementos que não aparecem no outro
grupo.

A = {1, 2, 3}
B = {1, 5, 6}
A – B = {5, 6}

Dica Top

Os conjuntos numéricos são organizados assim:

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GEOMETRIA ANALÍTICA

O que é?

Quando a geometria e a álgebra se encontram, temos


a geometria analítica! Existem alguns elementos que
são fundamentais para a resolução de exercícios, bora
conhecê-los? ;)

� Ponto

É um lugar no espaço e ele é representado por um número


real. A partir de dois pontos/dois lugares, podemos
estabelecer qual é o intervalo entre um ponto e outro, ou
seja, a distância entre eles dentro de um mesmo plano

Como calcular a distância entre dois pontos?

Dada a localização do ponto A e do ponto B em um mesmo


eixo — que vamos chamar de X — basta subtraí-los seguindo
o seguinte raciocínio: DAB = |XA| – |XB|.
29
O ponto médio corresponde ao marco central de um
segmento de reta.

Como calcular o ponto médio?

A partir do conhecimento das coordenadas dos pontos A e


B de um segmento no plano cartesiano, é possível calcular
a sua média aritmética para chegar ao ponto médio, o que
nos leva à seguinte fórmula: Xm = XA + XB/2.

� Retas
Sem curvas e com diferentes direções — horizontal, vertical
ou diagonal — esse elemento pode, ainda, ser classificado
como paralela. Todo tipo de reta (horizontal, vertical ou
oblíqua) tem a seguinte equação geral: ax + by + c = 0, em
que x e y são variáveis e as demais letras são números reais,
considerando que a e b não podem ser simultaneamente
nulos.

30
� Parábolas
As parábolas descrevem curvas e podem ser definidas como
um conjunto de pontos que têm a mesma distância de um
ponto fixo específico no plano e aqui utilizamos os conceitos
das funções de segundo grau. Essa figura geométrica é
formada pelos seguintes elementos:

1. foco: indicado pela letra F, é o ponto fixo do plano


cartesiano a partir do qual será definida a parábola;

31
2. diretriz: representa a reta fixa do plano que, juntamente ao
foco, definirá a parábola;
3. parâmetro: distância entre o foco e a diretriz;
4. vértice: o ponto mais próximo à diretriz;
5. eixo de simetria: reta que divide a parábola em duas
partes simétricas, sendo perpendicular à diretriz e passa
pelo vértice.

Como calcular?

No caso da parábola, podemos destacar 4 tipos diferentes


de equação:

y2 = 2px, quando o eixo de simetria é horizontal, mas a


concavidade está voltada para a direita;
y2 = -2px, quando o eixo de simetria é horizontal, mas a
concavidade está voltada para a esquerda;
x2 = 2py, quando o eixo de simetria é vertical, mas a
concavidade está voltada para cima;
x2 = -2py, quando o eixo de simetria é vertical, mas a
concavidade está voltada para baixo.

� Elipses
Diferentemente das parábolas, as elipses têm 2 focos, além
de um eixo maior e um eixo menor.

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Como calcular?

Para chegarmos à equação da elipse, devemos considerar a


posição do seu eixo maior, da seguinte forma:

se for horizontal: x2/a2 + y2/b2 = 1;


se for vertical: y2/a2 + x2/b2 = 1.

� Circunferências
Essas figuras geométricas são compostas pelos seguintes
elementos:

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1. centro, que é, como o nome indica, o ponto central da
circunferência, identificado pela letra “o”;
2. arco, formado por um segmento curvilíneo com suas
extremidades em pontos distintos da circunferência;
3. corda, que, assim como o arco, tem suas extremidades
em pontos distintos da circunferência, porém, é composta
por um segmento de reta;
4. diâmetro, também um segmento de reta, mas que
atravessa a circunferência, passando pelo seu centro;
5. raio, que é a distância entre a extremidade e o centro da
circunferência.

Como calcular:

Por fim, para os cálculos relativos à circunferência, como


a posição relativa entre retas e pontos, é importante que
você tenha em mente a constante π e conheça as seguintes
equações:

comprimento da circunferência: C = 2πR;


comprimento do arco: C = πRα/180°, em que o alfa
corresponde ao ângulo do arco;
área da circunferência: A = πR2.

34
TRIGONOMETRIA

O que é trigonometria?

A trigonometria é o estudo dos triângulos retângulos —


polígonos que possuem três lados e um ângulo de 90º.

O triângulo retângulo é formado por catetos e pela


hipotenusa. Ok, mas… como identificar qual é qual?

� Os catetos são classificados em cateto adjacente e cateto


oposto: O cateto adjacente é o que está “encostado” no
ângulo. Já o cateto oposto, como o próprio nome já diz, é o
que está “afastado” do ângulo.

� Hipotenusa: A hipotenusa fica localizada no lado oposto


ao ângulo reto. É o maior lado de um triângulo retângulo.

35
Podemos dizer que o objetivo da trigonometria é o estudo
das funções trigonométricas relacionadas aos ângulos e
lados e, para isso, usamos razões trigonométricas existentes.
Vem ver!

Seno (sen)
É a razão trigonométrica formada com divisão do cateto
oposto pela hipotenusa.

• sen = cateto oposto (X) / Hipotenusa (Y)

Cosseno (cos)
A razão cosseno é dada pelo cateto adjacente sobre a
hipotenusa.

• cos = cateto adjacente (Z) / hipotenusa (Y)

Tangente (tan)
A tangente é a razão encontrada pela fórmula: cateto oposto
sobre cateto adjacente.

• tan = cateto oposto (X) / cateto adjacente (Z)

Observe que com essas relações (seno, cosseno e tangente)


podemos relacionar as informações disponibilizadas pelo
enunciado e aquilo que queremos encontrar.

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Exemplo e passo a passo

Calcule a altura da árvore:

1. Primeiro é importante definir qual é o cateto oposto, o


adjacente e a hipotenusa, pois isso é fundamental para
escolhermos a razão trigonométrica correta!

2. Agora, precisamos extrair as informações que estão sendo


disponibilizadas pelo exercício por meio da figura, são elas:

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Cateto oposto = h (altura)
Obs: é essa informação que o exercício pede para
calcularmos!

Cateto adjacente = 30m

Hipotenusa = a medida não foi disponibilizada

3. Chegou a hora de relacionar aquilo que queremos


encontrar e aquilo que temos à disposição! E para isso tem
um macete: monte uma razão em que o numerador será
quem você quer descobrir e o denominador, aquele que
você já possui a medida. Da seguinte maneira:

quem eu quero
quem eu tenho

4. Como definido no passo 2, observe que ficaria da seguinte


forma:

quem eu quero cateto oposto


=
quem eu tenho cateto adjacente

5. Sabendo que vamos relacionar o cateto oposto com o


adjacente, sabemos que a tangente é a razão trigonométrica
correspondente! Logo:
h
Tg30º =
30m
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E como saberemos quanto vale a tangente de 30°? Bom,
para solucionar essa conta, já iremos emendar na Dica Top
deste capítulo! A maioria dos exercícios utilizam 3 ângulos:
30°, 45° e 60° (e caso não sejam esses ângulos, fique
tranquilo pois ele será informado no enunciado). A tabela
a seguir relaciona esses ângulos famosos com a razão
trigonométrica que será utilizada, olhe só:

Agora podemos substituir pela correspondência:

E multiplicando cruzado: 3h = 30√3, podemos resolver


dividindo o 30 por 3: 3h = 30√3

Com isso, temos que a altura da árvore é 10√3.

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CAPÍTULO EXTRA - NOTAÇÃO CIÊNTIFICA

O que é?

Sabe aqueles números gigantescos que de vez em quando


aparecem nas questões, cheios de zero? Ou mesmo
aqueles que são tão pequenos, com também uma grande
quantidade de números zero depois da vírgula? Em ambos
os casos, resolvemos o problema recorrendo à notação
científica. A notação científica é uma maneira de expressar
números muito grandes ou muito pequenos de maneira
simplificada, e isso se dá a partir de um número entre 1 e 10
e a exponenciação de base 10. Ou seja, a notação científica
permite escrever valores de outra forma sem alterar a
quantia numérica.

Exercício e passo a passo

O raio da Terra é 6.400.000m. Como expressar esse valor em


notação científica?

Passo a passo: Primeiro, atente-se à posição da vírgula,


que sempre aparece ‘escondida’ depois do último zero:
6.400.000,0

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Reescreva o valor com um número entre 1 e 10. Para isso,
andamos com a vírgula 6 casas para a esquerda: 6,4
Após encontrar o 6,4, coloque o expoente na base de 10, que
é equivalente à quantidade de casas que a vírgula andou:
10⁶. Assim: 6,4.10⁶

Dica Top

Quando o expoente é negativo, a vírgula anda para a


direita; quando o expoente é positivo, a vírgula anda para a
esquerda.

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