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Distância entre dois pontos

Na geometria analítica, nós aprendemos como calcular a distância entre os


pontos.

Se tivermos como base os pontos A (xa, ya) e B (xb, yb), a distância é


representada pelo segmento de reta AB (dAB).

Note que a distância entre os pontos A e B é a hipotenusa do triângulo.


Portanto, vamos utilizar o teorema de Pitágoras para definir uma fórmula
genérica.

Tudo isso foi representado na imagem acima!

Observe que fizemos “xb – xa” para achar a medida do cateto (lado) do
triângulo que é paralelo ao eixo x. O mesmo foi feito com a operação “yb – yb”
para achar a medida do cateto paralelo ao eixo y.

Com essas medidas podemos aplicar o teorema e encontrar a hipotenusa!

• Exemplo

Calcule a distância entre os pontos A (0, 0) e B (4, 2).

Resolução:
Coordenadas do ponto médio

Na geometria plana, o conceito de ponto médio (M) é aquele que divide um


segmento ao meio exato, ou seja, em duas partes iguais.

Na geometria analítica, podemos calcular as coordenadas do ponto médio


com a fórmula na imagem acima!

• Exemplo

Determine o ponto médio do segmento AB, sabendo que A (2, 1) e B (6, 5).

Resolução:
Condição de alinhamento de três pontos

Imagine que você precise saber se três pontos estão alinhados (na mesma
reta) ou não, sem ter um desenho do plano para ver…

Pois é, é possível saber com certeza por meio da álgebra desde que
tenhamos seus pares de coordenadas!

Considere três pontos genéricos: A (xa, ya), B (xb, yb) e C (xc, yc). Dizemos que
os pontos são colineares se o determinante entre eles for nulo (igual a zero).

Lembre-se: determinante é uma função que vem da matriz, sempre sinalizada


pelos dois traços ao lado dela! Ele transforma aquela matriz, resumindo suas
informações em um único número final!
Estudo da Reta
Segundo a geometria plana, a reta é formada por infinitos pontos seguidos.
Ela tem uma dimensão, ou seja, é uma “linha” com comprimento e sem
largura.

Ela costuma ser representada por uma letra minúscula.

É importante definir que é preciso no mínimo dois pontos para traçar uma
reta. Assim, a reta é infinita, não tem começo ou fim, embora nós só
representemos uma parte.

Dizemos que há apenas uma reta que passa por dois pontos específicos. Mas,
por um ponto qualquer e sozinho, podem passar infinitas retas porque são
várias as possibilidades de ele se agrupar com outro ponto!

Agora, vamos ver como isso se relaciona com a álgebra:

Equação geral da reta

A equação geral das retas é definida genericamente por:

ax + by + c = 0

Isso significa que todas as equações das retas seguem esse molde, só mudam
os números que irão diferenciar a posição dessas retas.

Nesta fórmula, os números dos pontos que a compõem são colocados no lugar
de “x” e “y”, referindo as coordenadas. “a”, “b” e “c” são coeficientes que
determinam outras características, como inclinação.
Na realidade, nós temos o costume de usar mais a fórmula reduzida
(aprenderemos em seguida). Então, o importante aqui é você saber como achar
a equação geral de uma reta a partir de pares ordenados!

Para determinarmos a equação geral de uma reta, precisamos aplicar a regra


de Sarrus no determinante dos pontos que estarão alinhados para formar a
reta.

Ela também envolve matrizes e determinantes, e precisamos de no mínimo


dois pares ordenados que pertençam à reta!

Na matriz, colocamos os pares ordenados que devem ser informados: (x1, y1)
e (x2, y2) e um ponto genérico representado por (x, y). Esse último é o que
compõe a fórmula genérica.

Observe que a 3º coluna da matriz é completada com o algarismo 1, pois só


conseguimos fazer contas com uma matriz quadrada, ou seja, simétrica (3×3).

Assim, completando a coluna faltante com o número 1, não alteraremos o


resultado e teremos como prosseguir calculando o determinante!

A regra de Sarrus nos indica

• 1º passo: repetir a 1º e a 2º coluna da matriz.


• 2º passo: somar os produtos dos termos da diagonal principal.
• 3º passo: somar os produtos dos termos da diagonal secundária.
• 4º passo: subtrair a soma total dos termos da diagonal principal dos
termos da diagonal secundária.
• Exemplo

Encontre a equação geral da reta que passa pelos pontos A(1, 2) e B(3,8):

Ponto A: x1 = 1 e y1 = 2

Ponto B: x2 = 3 e y2 = 8

Ponto genérico C (x, y)


Portanto, os pontos A(1, 2) e B(3,8) pertencem a seguinte equação geral da reta:
–6x + 2y + 2 = 0.

Equação reduzida da reta


A equação reduzida da reta é dada por:

y = mx + n

A essa altura, você deve ter notado a influência dessa fórmula na composição da
nossa famosa “f(x) = ax + b”, não é?

Realmente, a função de primeira grau possui um gráfico cujo desenho é uma


reta! Então, leia esse artigo antes de continuar, porque usaremos alguns
conceitos adiante (m é o coeficiente angular e n é o coeficiente linear)!

Para encontrar a equação reduzida de uma reta, é necessário descobrir os


valores do coeficientes e montar a equação final!

Há ainda a possibilidade de encontrar o valor do coeficiente angular e conhecer


um ponto. Só é preciso duas informações para encontrar o resto!
O coeficiente linear (n ou b) é simples: basta saber que ele é o valor da
ordenada (y) quando x = 0. Isso significa que n é onde a reta corta o eixo y, o
ponto (0,n).

Para calcular o coeficiente angular (m ou a)da reta, existem duas


possibilidades:

• Saber que ele é igual à tangente do ângulo α:

m = tg α

• Usar a fórmula quando se tem dois pontos coordenados da reta:

Seja A(x1,y1) e B (x2,y2), então o coeficiente angular pode ser calculado por:

m = y2 – y1 / x2 = x1

Para tomar a decisão sobre qual método utilizar para calcular o coeficiente
angular da reta, primeiro é necessário analisar quais são as informações que
temos.

Intersecção entre retas

Chegamos à uma parte mais teórica da matéria, sem fórmulas!

Imagine que temos retas que se interceptam de forma transversal ou


perpendicular.

É importante notar que todos os ângulos formados por um cruzamento


perpendicular são de 90°.
Contudo, no caso de retas paralelas e transversais, temos diferentes ângulos
como esquematizado na imagem acima!

Observe que as retas r e s são paralelas (r//s), não possuem ponto em comum. A
reta t é transversal às retas r e s, formando quatro ângulos com a reta s e quatro
ângulos com a reta t.

Esses 8 ângulos recebem nomes de acordo com a posição:

• Ângulos correspondentes: a, b, c, d, e, f, g, h.

Isso significa que cada um tem um par congruente (mesmo valor), porque ocupa
uma mesma posição relativa, análoga: a = e, b = f, c = g, d = h

• Ângulos colaterais externos: a, b, h, g.

Isso significa que estão do mesmo lado em relação a reta t e externos às retas
paralelas (mais distantes, nas extremidades). Eles acabam sendo suplementares:
a + h = 180º e b + g = 180º

• Ângulos alternos externos: a, b, g, h.

Isso significa que estão em lados opostos da reta t, mas externos em relação às
retas paralelas: a e g, b e h.

• Ângulos alternos internos: c, e,d,f.

Significa que estão em lados opostos mas na região de dentro formado entre as
retas paralelas:c e e , d e f. Eles também são congruentes!

• Ângulos colaterais internos: c,f,d,e.

São aqueles que estão no mesmo lado em relação à reta t e na área interna das
retas paralelas: c e f, d e e. Eles são suplementares!
Distância entre ponto e reta

Pode acontecer de você se deparar com um ponto aleatório no meio do plano,


que não passa por sua reta.

Neste caso você precisará calcular a distância entre esses elementos. A


distância entre um ponto e uma reta é representada por um segmento que
une eles, formando um ângulo reto (90°) no encontro.

Antes de iniciar os cálculos, precisamos ter a equação geral da reta (ax + by +


c = 0) e a coordenada do ponto (x0,y0). É por meio desses dois elementos que
os matemáticos criaram a fórmula que nos dará a distância:

• Exemplo

Dado o ponto A(3, -6), estabeleça a distância entre o ponto e a reta r: 4x + 6y + 2


= 0.

Resolução:
Estudo da Circunferência
Segundo a geometria plana, a circunferência é uma linha (não reta) formada
por todos os pontos que estão a uma mesma distância de um ponto central.
Essa distância é chamada de raio (r).

Então, a circunferência (C) é o contorno que delimita o círculo e o círculo é a


região que fica limitada pela circunferência.

Agora, vamos ver como isso se relaciona com a álgebra:

Equação reduzida da circunferência


Assim como para as reta, é possível determinar a equação de uma
circunferência. Para isso, é necessário conhecer as coordenadas do seu
centro e a medida do seu raio!

Essa equação é tão importante que tem muita aplicação no nosso dia a dia.
Exemplo disso é o funcionamento dos radares aéreos, marinhos e terrestres!

Na realidade, existe mais de uma forma algébrica de representarmos uma


circunferência. Mas, a que você precisa saber é a equação reduzida indicada
na imagem acima.

Para conferirmos se realmente se trata de uma circunferência, é preciso


que a distância entre o centro e um ponto qualquer da superfície seja
exatamente o valor do raio. Ou seja:

dPC = r

Assim, basta pegar a fórmula da distância entre dois pontos e igualar com o
raio. Desenvolvendo o cálculo, chegamos a fórmula reduzida da circunferência
apresentada na imagem acima!

Atenção: Note que se nos for dada uma fórmula nesse estilo, já batemos o olho
e identificamos a posição do centro e até o valor do raio.

Basta notar que os sinais anteriores aos pontos são negativos, portanto o
ponto será o inverso. O valor que representa o raio está elevado ao quadrado,
portanto basta tirar a raiz do número.

• Exemplo:

A equação (x – 3)2 + (y – 4)2 = 169 representa uma circunferência de centro C (3,


4) e raio r2 = 169, ou seja, r = 13.

A equação x2 + y2 = 4 representa uma circunferência centrada na origem do


sistema (0,0) e raio 2.

Posições relativas entre ponto e


circunferência
Quando comparamos as posições que um ponto tem em relação ao raio,
podemos ter 3 diferentes fenômenos acontecendo. Veja:

• Ponto interno à circunferência: a distância do ponto P até o centro é


menor do que o raio da circunferência.
• Ponto externo à circunferência: a distância do ponto P até o centro é
maior do que o raio.
• Ponto pertence à circunferência: a distância do ponto P ao centro é
igual ao raio.

Para identificarmos se a distância do ponto é maior ou menor que raio,


precisamos usar a fórmula da distância entre dois pontos, vista nos tópicos
anteriores.

• Exemplo:

Analise as posições relativas entre os pontos A(-2,2). B (-4,1), D(1,1), E(-4,-1) e a


circunferência c: (x+1)2 + (y+1)2 = 9.

Resolução:
Posições relativas entre reta e circunferência

Quando comparamos uma reta com a circunferência, também há 3 possíveis


posições que recebem nomes específicos dependendo da intersecção que há
entre elas:

• Reta externa à circunferência: é aquela reta que não possui nenhum


ponto em comum com a circunferência. Assim, a distância do centro da
circunferência até o ponto mais próximo da reta s é maior que o raio da
circunferência: D > r.
• Reta tangente à circunferência: é aquela que possui 1 único ponto de
intersecção. Assim, a distância do centro O até o ponto mais próximo da
reta s possui a mesma medida do raio: D = r. Lembre-se que o segmento
que liga o centro à reta forma um ângulo reto no encontro!
• Reta secante à circunferência: é aquela que possui 2 pontos de
intersecção. Assim, a distância do centro da circunferência até o ponto
mais próximo da reta é menor que o raio da circunferência: D < r.
Posições relativas entre duas circunferências

Por fim, podemos dizer que, ao comparar duas circunferências, também há


nomes próprios para as posições que elas assumem!

• Não possuem pontos em comum

Quando elas não possuem pontos em comum, podem estar dispostas uma
dentro da outra ou completamente do lado de fora. (Observe a imagem
acima)

No primeiro caso, dizemos que são internas e a distância entre elas é dada por
D < r1 – r2.

No segundo caso, dizemos que são externas e a relação é dada por D > r1 + r2.

• Possuem 1 ponto em comum (Tangentes)

Quando elas possuem 1 ponto de intersecção, também podem estar dispostas


uma dentro da outra ou do lado de fora. (Observe a imagem acima)

No primeiro caso, dizemos que são tangentes internas e a distância entre elas
é dada por D = r1 – r2.

No segundo caso, dizemos que são tangentes externas e a relação é dada por
D = r1 + r2.

• Possuem 2 pontos em comum (Secantes)

Quando elas possuem 2 pontos de intersecção, só podem estar dispostas de


uma forma. (Observe a imagem acima)
A relação de serem secantes é representada por r1 – r2 < D < r1 + r2.

• O que são Circunferências concêntricas?

Chamamos de circunferências concêntricas aquelas que têm o centro


ocupando o mesmo ponto, independente do tamanho de seus raios. Nesse
caso, a distância entre os centos é nula: D = 0.

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