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REVISÃO DE ÚLTIMA

HORA PARA O SEGUNDO


DIA DO ENEM
ÁREA DOS TRIÂNGULOS
Um dos assuntos mais comuns cobrados no ENEM é o cálculo da área de triângulos.

Existem diversas fórmulas para se calcular a área de um triângulo. Além de conhecê-las,


precisamos saber quando usar cada uma delas. Faremos essa escolha dependendo de
quais informações temos sobre o triângulo.

Base e altura:
Na maioria das situações, utilizamos a fórmula que relaciona a
base de um triângulo (b) e a sua altura (h):

Fórmula de Heron:
Quando sabemos a medida de todos os lados de um triângulo, podemos calcular sua
área utilizando a fórmula de Heron. Nela vamos relacionar metade do perímetro (p) -
também conhecido como semiperímetro - com os lados do triângulo (a, b e c):

Lembrando que calculamos o semiperímetro p da seguinte forma:


Lei das áreas:
A lei das áreas nos permite calcular a área de um triângulo qualquer
dado dois dos seus lados (a e b) e o seno do ângulo entre eles (sen(Ĉ)):

Triângulo retângulo:
Para triângulos retângulos precisamos apenas conhecer a medida de
seus dois catetos (a e b) e aplicarmos a primeira fórmula usando “b”
como base e “a” como altura (ou vice-versa):

Importante: lembre-se que com triângulos retângulos podemos usar ferramentas como
senos, cossenos e o próprio teorema de pitágoras para resolver os problemas. Em alguns
casos essas ferramentas são necessárias para calcular os lados dos catetos.Importante:
lembre-se que com triângulos retângulos podemos usar ferramentas como senos, cosse-
nos e o próprio teorema de pitágoras para resolver os problemas. Em alguns casos essas
ferramentas são necessárias para calcular os lados dos catetos.

Área do triângulo equilátero:


Triângulos equiláteros são aqueles que possuem 3 lados iguais. Podemos
usar uma fórmula especial para calcular sua área a partir da medida dos
seus lados (l):
Raio da circunferência inscrita:
Quando sabemos o semiperímetro (p) de um triângulo e o raio da circun-
ferência inscrita (r) a ele, podemos relacionar essas duas medidas à área
utilizando a seguinte fórmula:

Raio da circunferência circunscrita:


Quando sabemos a medida dos lados (a, b, c) de um triângulo e o raio da
circunferência circunscrita (R) a ele, podemos calcular a área deste triân-
gulo a partir da seguinte fórmula:

Dica: essas últimas duas fórmulas tem uma segunda utilidade para questões em que você
quer descobrir os raios das circunferências inscrita ou circunscritas à triângulos. Para isso,
você só precisa substituir a área e a medida dos lados/semiperímetro e isolar o raio.
FUNÇÕES

Uma função f é uma relação binária entre dois conjuntos A e B que satisfaz o seguinte: para
todo x que está em A, existe apenas um y que está em B de forma que o par (x,y) pertençam à
relação f.

Lembre-se que: A é o domínio da função, B é o contradomínio da função e o conjunto dos


valores de y em B que pertencem à relação é o conjunto imagem da função.

Sendo assim, denotamos uma função da seguinte forma:

E podemos denotar também 𝑦⇐𝑓(𝑥).


Características das funções:

Podemos definir uma função através da lei de formação – que é uma regra que estabelece de
qual forma os elementos do conjunto A se relacionam com os elementos do conjunto B.

Podemos representar uma função graficamente as funções através do plano cartesiano.

com que 𝑓(𝑥)=0.


Zero de uma função ou raiz de uma função são os valores do domínio da função que fazem

Tipos de funções
Existem vários tipos de funções mas, para o Enem, focaremos em estudar a função afim e a
função quadrática.

Função afim:

A função afim ou função do 1º grau é definida da seguinte forma: 𝑓: ℝ→ℝ; 𝑓(𝑥)=𝑎𝑥+𝑏,com 𝑎≠0.
Para esta função, seu domínio e sua imagem são ambos o conjunto ℝ. O gráfico de uma função
afim é uma reta. O coeficiente a da função é o coeficiente angular da reta (ou declividade) e o
coeficiente b é o coeficiente linear.
O valor de a está associado à inclinação da reta em relação ao eixo 𝑥 e o valor de 𝑏 indica em
que altura o gráfico da função intersecta o eixo 𝑦.

A função afim possui apenas uma raiz e este valor é encontrado a partir de:

Função quadrática

A função quadrática (ou função do 2º grau ) é definida da seguinte forma: 𝑓: ℝ→ℝ; 𝑓(𝑥)⇐𝑎𝑥²
+b𝑥+c, com 𝑎≠0. O gráfico desta função é uma parábola. O coeficiente a relaciona-se com a

ta o eixo 𝑦 e o coeficiente c indica em que altura o gráfico da função intersecta o eixo 𝑦.


concavidade da parábola. O coeficiente b relaciona-se com o “jeito” que a parábola intersec-
Se 𝑎>0 a parábola é côncava para cima e se 𝑎<0 a parábola é côncava para baixo.

Se 𝑏>0 a parábola está “subindo” quando corta o eixo 𝑦 e se 𝑏<0 a parábola está “descendo”
quando corta o eixo 𝑦.

Para encontrarmos as raízes da função quadrática fazemos: 𝑎𝑥²+𝑏𝑥+𝑐⇐0.

A solução desta equação é dada por:

Se ∆>0 a função possui duas raízes reais distintas. Nesse caso o gráfico da função intersecta o
eixo 𝑥 em dois pontos distintos.

Se ∆=0 a função possui duas raízes reais iguais. Nesse caso o gráfico da função intersecta o
eixo 𝑥 em apenas 1 ponto.
Se ∆<0 a função não possui raízes reais. Nesse caso o gráfico da função não intersecta o eixo 𝑥.

Gráfico da função quadrática:

A parábola possui um eixo de simetria que é uma reta paralela ao eixo y e que passa pelo seu
vértice.

A imagem da função quadrática será do vértice “para cima” se 𝑎>0 ou será do vértice “para
baixo” se 𝑎<0.
O vértice é utilizado em exercícios que envolvem encontrar um ponto de máximo ou de mínimo
de uma certa função quadrática.

Podemos analisar o comportamento das funções, isto é, analisar em quais intervalos do domínio
a função é crescente, decrescente ou constante.

Podemos estudar os sinais das funções, isto é, analisar em quais intervalos do domínio a função
é positiva, negativa ou nula.

Existem funções chamadas de “funções definidas por várias sentenças”, as quais possuem uma
Atenção!

lei de formação para cada intervalo de seu domínio.


Podemos compor funções e inverter funções, quando satisfeitas algumas hipóteses.

DIVISÃO DE NÚMEROS COM VÍRGULA


Na divisão de números com vírgula, o número decimal pode estar no dividendo, no divisor, ou
até mesmo em ambos. Para todos esses casos, vamos seguir procedimentos parecidos.

É importante lembrar que precisamos igualar o número de casas decimais entre o dividendo e o
divisor. Uma maneira de fazer isso, é multiplicar ambas as partes por potências de 10 (10, 100,
1000, …) de forma a sumir com a vírgula - precisamos escolher a potência com o mesmo
número de zeros que o número de casas decimais depois da vírgula. Depois disto, basta efetuar
a divisão normalmente!
Exemplos:

Vírgula no dividendo:5,68 4

Veja que o número 5,86 possui duas casas decimais depois da vírgula, por isso, vamos multipli-
car o dividendo e o divisor por 100, dessa forma, eliminamos a vírgula da divisão. Veja que
embora o 4 seja um número inteiro (sem vírgula), também precisamos multiplicá-lo por 100. Ao
multiplicar ambas as partes por 100, obtemos: 568 400

Agora, é só resolver a divisão normalmente!

Vírgula no divisor e dividendo: 150,5 2,15

Nesse caso, ambas as partes possuem números decimais. Para resolver esse tipo de problema,
vamos comparar o dividendo e o divisor e ver qual deles possui mais casas decimais após a
vírgula. Aqui, o dividendo possui uma casa decimal depois da vírgula e o divisor possui duas,
portanto, vamos multiplicar ambas as partes por 100, para eliminar a vírgula do dividendo.
Assim, obtemos a seguinte divisão: 15050 215

Da mesma forma que no último exemplo, basta resolver a divisão.

GRÁFICOS DE SETORES
Gráficos de setores, comumente conhecidos como gráficos de pizza, são representações gráfi-
cas onde um conjunto é representado por um círculo completo (360º), este será dividido em
setores circulares de forma que cada setor representa parte do conjunto. Um gráfico de setores
bem organizado terá um título e legenda adequados.

É muito importante lembrar que a área de cada setor circular está diretamente relacionada à
frequência referente àquela parte do conjunto. Por exemplo, se um gráfico desse tipo é dividido
entre duas partes exatamente na metade, saberíamos que ambas as partes têm uma mesma
frequência de 50%. Da mesma forma, se um gráfico de setores for dividido em duas partes
sendo que uma é maior que a outra, saberíamos que a parte maior possui mais frequência que a
parte menor.

Temos três maneiras de representar um gráfico de setores numericamente. Além de


entendê-las, é importante que você saiba como converter uma para a outra:

Frequência absoluta: refere-se a representação em números concretos de cada parte. Exemplo:


em uma eleição 1100 dos eleitores votaram no candidato A.

Frequência percentual: refere-se a representação percentual da parte em relação ao todo.


Exemplo: em uma eleição 30% dos eleitores votaram no candidato B.

Frequência através de graus (º): refere-se a quantos graus do círculo aquela parte ocupa. Exem-
plo: em uma eleição os candidatos que votaram branco, nulo ou se ausentaram soma 54º no
gráfico de setores dessa eleição.
Você pode converter as frequências entre porcentagem e graus livremente, basta lembrar que
1% equivale a 3,6º. Exemplos:

Converter 30% em graus: como cada 1% vale 3,6º, 30% será 30 vezes 3,6º que é equivalente a 108º;

Converter 54º em porcentagem: como temos 1% a cada 3,6º, precisamos dividir os 54º por 3,6, o
equivalente a 15%.

Entretanto, o mesmo não pode ser dito sobre a frequência absoluta. Para converter dados
de frequência absoluta para frequência em graus ou percentual, precisamos saber o quanto
temos no todo.

Por exemplo, se considerarmos que o número total de eleitores do primeiro exemplo é


2000, podemos calcular a porcentagem de pessoas votaram no candidato A, bastaria
dividir 1100 por 2000.

Da mesma forma, se considerarmos a mesma estimativa de 2000 eleitores para o segundo


exemplo, podemos calcular o número absoluto de eleitores que votaram no candidato B,
bastando multiplicar 30% por 2000.

TIPOS DE FUNÇÕES
Funções trigonométricas: as funções desse tipo que mais aparecem são as funções seno e
cosseno, com a tangente aparecendo raramente. É crucial lembrar a relação dessas funções
com o círculo trigonométrico, já que ele nos permite comparar o valor dessas funções para
diferentes ângulos e também memorizar o valor delas para ângulos notáveis.

Algumas propriedades importantes para o ENEM:

Gráficos, periodicidade e valores de máximo e mínimo: algumas questões costumam abor-


dar os gráficos das funções trigonometria principais. Além de lembrar seus formatos,
também precisamos saber que eles são periódicos (se repetem) e que para o seno e o
cosseno os valores de máximo e mínimo são 1 e -1 respectivamente, já a tangente não tem
valores máximos nem mínimos

Relações no triângulo retângulo: lembre-se que, para um ângulo interno de um triângulo


retângulo, o seu seno é a razão entre o cateto oposto e a hipotenusa, o seu cosseno é a
razão entre o cateto adjacente e a hipotenusa e a sua tangente é a razão entre o cateto
oposto e o adjacente;

Ângulos notáveis: o ENEM normalmente não fornece


os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos
notáveis 30º, 45º e 60º. Para gravar esses valores, é
recomendado lembrar da tabela trigonométrica para
os ângulos notáveis:
Funções de primeiro grau: as funções de primeiro grau - ou funções afim - são funções com um

tem forma f(x)=ax+b com a = 0.


formato linear, isso significa que elas crescem ou decrescem com velocidade constante. Elas

Algumas propriedades importantes para o ENEM:

Coeficientes: em uma função de primeiro grau a constante “a” que acompanha o x é chamada
de coeficiente angular, já a constante “b” é chamada de coeficiente linear.

Crescente ou decrescente: esse tipo de função pode ser crescente ou decrescente, e essa carac-
terística vai depender do sinal do coeficiente angular. Se “a” for positivo a função será crescen-
te, se “a” for negativo, será decrescente;

Raíz: uma função de primeiro grau só terá uma raíz, você pode obter
ela usando a fórmula

Funções de segundo grau: as funções de segundo grau são aquelas com um formato parabólico
- que parecem um sorriso. Elas são definidas por

Algumas propriedades importantes para o ENEM:

Concavidade: a parábola de uma função de segundo grau pode ter a sua concavidade para
cima (positiva) ou para baixo (negativa). Podemos verificar a concavidade de uma parábo-
la através do sinal da constante “a” que acompanha x2, se a for positivo, a concavidade da
parábola será positiva (sorriso feliz), se a for negativo, a concavidade da parábola será
negativa (sorriso triste);

Pontos de vértice, máximo e mínimos: parábolas com concavidade positiva terão pontos de
mínimo, isto é, onde a função assume o menor valor possível. Já parábola com concavidade
negativa terão pontos de máximo. Ambos serão chamados de vértice da função e suas
coordenadas, x e y, podem ser encontradas usando as fórmulas

COMBINAÇÕES E ARRANJO
Quando falamos de combinação e arranjo estamos interessados em descobrir de quantas
formas possíveis podemos organizar certo grupo, dadas algumas condições.

Para exemplificar, considere um conjunto A de n elementos onde queremos selecionar r


elementos de A, com r<n, sendo que os elementos deste grupo podem ser ou não repetidos.
Calculamos o número total de possibilidades de seleção da seguinte forma para o caso de
elementos não repetidos:

Agora, considere novamente um conjunto A de n elementos e dessa vez queremos criar subg-
rupos de r elementos de A, com r<n.

Calculamos o número total de grupos que podem ser formados da seguinte forma para o caso
de elementos não repetidos:

Calculamos o número total de grupos que podem ser formados da seguinte forma para o caso
de elementos repetidos:

A diferença entre o arranjo e a combinação é que no arranjo a ordem dos elementos importa,
Atenção!

mas no caso da combinação, a ordem não importa. E faz parte da interpretação do exercício
entender se a ordem dos elementos importa ou não.

Exemplo de arranjo: pódio de uma corrida pois importa a ordem dos participantes para o rece-
bimento do prêmio.

Exemplo de combinação: Dadas 7 frutas, formar vitaminas contendo 3 frutas. Se você formou a
vitamina na seguinte ordem: mamão, morango e melancia este grupo é o mesmo que se você
tivesse formado na ordem morango, mamão e melancia.

PERMUTAÇÕES
PORCENTAGEM

isso, podemos usar a seguinte fórmula vf=vi+p100vi, onde vf é o valor final, vi é o valor inicial e p
Aumento percentual: é quando somamos a um valor inicial uma porcentagem dele próprio. Para

é a porcentagem de aumento.

Exemplo: uma ação que vale 10.000 reais cresceu em 30%. Qual o valor final da ação?

Neste caso, 10.000 reais é o valor inicial e 30% é a porcentagem de aumento. Usamos a fórmula
para calcular o valor final que fica em 13.000 reais.

próprio. Para isso, usamos a fórmula vf=vi+p100vi, onde vf é o valor final, vi é o valor inicial e p é
Desconto percentual: é quando descontamos de um valor inicial uma porcentagem dele

a porcentagem de desconto.

Exemplo: um produto que custava 200 reais teve um desconto de 15%. Qual o valor inicial
da ação?

Neste caso, 200 reais é o valor inicial e 15% é a porcentagem de desconto. Usamos a fór-
mula para calcular o valor final que é de 170 reais.

Aumento e desconto compostos: um tipo muito comum de questão é aquelas que


envolvem mais de um desconto ou aumento. Precisamos dar muita atenção a esse tipo de
questão, já que normalmente a segunda alteração não é baseado no valor inicial, veja bem:

Exemplo: um reservatório de água com capacidade de 1.000 litros está cheio, o nível de
água cai em 20% e logo em seguida volta a crescer mais 20% do nível atual. Ao final desse
intervalo, o reservatório continua cheio?

Embora uma resposta natural para essa pergunta seja positiva - já que a diminuição e o
aumento são iguais percentualmente - a resposta certa será “Não”. Isso acontece já que o
segundo aumento é baseado no nível de água depois do decrescimento. Isto é, precisamos
primeiro calcular o nível de água depois dele baixar 20% e, em seguida, usar esse valor
como valor inicial para o aumento de 20%:

Utilizamos o 800 como valor inicial no aumento:

Veja que o valor final será de 960 litros, 40 litros a menos que a capacidade máxima.

SISTEMAS 2X2
Um sistema de equações lineares é um conjunto de equações que têm um resultado em
comum. É um conteúdo que além de aparecer nas provas de matemática, pode também apare-
cer em outras áreas do conhecimento.
Para o ENEM, vamos focar nosso estudo em sistema de equações 2x2,
isto é, aqueles que possuem duas equações e duas variáveis. Eles vão
ter a seguinte forma:
Onde “a”, “b”, “c”, “d”, “e” e “f” são números reais. Além de aprender a resolver os sistemas
- achar soluções para x e y para ambas as equações - também precisamos aprender a
montar os sistemas a partir do enunciado das questões. Vamos ver um exemplo:

Em uma fábrica de canetas existem dois tipos de embalagens, “x” e “y”, com tamanhos
diferentes. Sabe-se que para encher uma embalagem “x” e uma embalagem “y” é
necessário um total de 17 canetas. Além disso, sabe-se que um cliente pode comprar 22
canetas, separadas em duas embalagens “x” e uma embalagem “y”. Quantas canetas
cabem em cada tipo de embalagem.

As variáveis são o número de canetas por tipo de embalagem. Da primeira parte do enun-

entes, ficamos com 17 canetas, dessa forma podemos escrever a equação: x+y=16
ciado, sabemos que se somarmos a quantidade de canetas em duas embalagens difer-

Onde x e y representam o número de canetas para cada tipo de embalagem. Seguindo a


mesma lógica, podemos inferir da segunda parte do enunciado que ao somarmos a quanti-

canetas. Portanto, podemos escrever: 2x+y=20


dade de canetas em duas embalagens “x” e em uma embalagem “y”, temos um total de 22

Com essas duas equações, podemos montar o sistema de equações:

Método de resolução: substituição


Um dos métodos de resolução para sistemas lineares que funciona muito bem para sistema
2x2. Lembre-se que quando queremos resolver um sistema linear, estamos procurando
valores de x e y que sejam válidos para ambas as equações.

O método da substituição consiste em uma das equações isolar uma das variáveis e em
seguida substituir o valor obtido para essa variável na outra equação. Saca só:

Vamos usar o sistema que montamos no exemplo anterior. Na equação x+y=16 vamos
isolar a variável y, dessa forma ficamos com: y=16-x

Vamos substituir esse valor de y na segunda equação: 2x+y=20 2x+16-x=20

Resolvendo para x, obtemos um valor para x: x=4

Por fim, substituímos esse valor de x na expressão encontrada para y: y=16-x y=16-4 y=12

Portanto, uma resposta para o sistema é x=4 e y=12, que são o número de canetas que
cabe em cada tipo de embalagem.

Atenção: é importante lembrar que um sistema linear pode ter uma, nenhuma ou infinitas
soluções.
PROBABILIDADE
Estudamos em probabilidade a chance de algo acontecer. Sendo assim, as noções de experi-
mento aleatório, espaço amostral e evento são a base para o estudo da probabilidade.

Atenção! Chamamos de experimento aleatório a todo e qualquer experimento que repetido


várias vezes nas mesmas condições, geram resultados que não são previstos com certeza.

Principais conceitos relacionados à probabilidade:

O espaço amostral, denotado por Ω, é o conjunto de todos os possíveis resultados de um exper-


imento aleatório.

Um evento é qualquer subconjunto do espaço amostral.

Como eventos são conjuntos, podemos ter: união de dois eventos, intersecção de dois eventos
e complementar de um evento. Veja:

A cada evento associamos um valor numérico que representa a chance daquele evento acon-
Atenção!

tecer, este valor é chamado de probabilidade do evento.


ECOLOGIA Relações ecológicas

Indivíduo Interespecíficas: Relações que ocorrem


Organismo entre espécies diferentes.
Exemplo: parasitismo de uma pulga em
População um cachorro.
Conjunto de seres da mesma espécie. Intraespecíficas: Relações que ocorrem
entre seres da mesma espécie.
Comunidade Exemplo: uma colônia de corais.
Conjunto de populações de determinada área.
Harmônicas: Reações ecológicas em
Ecossistema que nenhum ser vivo sai prejudicado. Ou
ambos os envolvidos têm benefícios, ou
Componentes bióticos + abióticos
apenas um é beneficiado, enquanto o
outro não ganha ou perder nada.
Bioma
Exemplo: relação de sociedade, como as
Conjunto de ecossistemas, constituído pelo formigas em um formigueiro.
agrupamento de tipos de vegetação contíguos
e que podem ser identificados a nível regional, Desarmônicas: Relações ecológicas em
com condições de geologia e clima semelhan- que um dos seres vivos envolvidos é
tes e que, historicamente, sofreram os mesmos prejudicado. Apesar disso, essas reações
processos de formação da paisagem. são essenciais para o equilíbrio dos
ecossistemas, já que auxiliam na ma-
nutenção do tamanho das populações.
Exemplo: predação e parasitismo.

Cadeias e teias alimentares

Produtor Produtores: Seres vivos autotróficos,


Consumidora primária
Autótrofo Heterótrofa como os seres fotossintéticos.
Herbívora Exemplo: plantas.

Consumidores: Seres vivos heterótrofos


que comem outros seres vivos. São clas-
sificados de acordo com a “ordem” em
que se alimentam na cadeia.
Decompositores Consumidora secundária
heterótrofos
Exemplo: animais.
Heterótrofa
Onívora
Decompositores: Seres vivos que
decompõem a matéria orgânica transfor-
mando em substâncias inorgânicas. São
os fungos e as bactéria.
* As setas indicam o fluxo de
energia e nutrientes na
Consumidora terciária
cadeia alimentar.
Heterótrofa
Carnívora
MEIO AMBIENTE E HUMANIDADES
AÇÕES HUMANAS E DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL

Desmatamento
e queimadas
Poluição

CITOLOGIA – Organelas celulares


Retículo endoplasmático liso: produção Lisossomo: responsável pela
de lipídios e desintoxicação da célula. digestão intracelular

Núcleo: região onde encontramos Retículo endoplasmático


o material genético da célula. É rugoso: possui ribosso-
delimitado pela carioteca. mos aderidos. Sendo
assim, produz proteínas.

Complexo de Golgi: arma-


zenamento e empacota- Centríolos: participam da
mento de substâncias que divisão celular ajudando
a célula irá secretar. a ancorar os fusos.

Mitocôndria: responsável
Célula procarionte: não pela respiração celular.
possui organelas celulares
membranosas e núcleo orga- Membrana plasmática: responsável
nizado (sem carioteca). Está por delimitar a célula, proteger e
presente nos domínios selecionar o que entra e sai do
Archaea e Bacteria. ambiente celular.

Célula eucarionte: célula mais complexa. Possui organelas membranosas


que delimitam e organizam os processos metabólicos celulares e carioteca
envolvendo o DNA (núcleo organizado). Encontradas no domínio Eukarya.
ÁCIDOS NUCLEICOS - DNA E RNA
Compostos por cadeias de nucleotídeos:

É responsável pela transmissão das Constituído por uma única


características hereditárias e pelo fita de nucleotídeos. Pode
comando dos processos metabólicos dobrar-se sobre si mesma
celulares. formando estruturas tridi-
mensionais.
Constituído por uma dupla fita de
nucleotídeos, formando uma dupla RNAm: RNA mensageiro –
hélice. leva informações do núcleo
para o citoplasma.
Ligações que formam as fitas:
ligações pentose-fosfato. RNAr: RNA ribossômico –
compõe os ribossomos.
Ligações que unem as duas fitas:
Ligação por ponte de hidrogênio. RNAt: RNA transportador –
transporta aminoácidos até
os ribossomos para a sín-
tese proteica.
BIOENERGÉTICA
ATP: Adenosina trifosfato – Moeda energética da célula. Molécula responsável por armaze-
nar energia temporariamente para a célula.
Respiração celular Ciclo de Krebs – também chamado de ciclo do
ácido cítrico, ocorre entre as membranas da
Processo metabólico em que a célula mitocôndria, na matriz mitocondrial. Nesse ciclo,
quebra moléculas de nutrientes energéti- a glicose é completamente quebrada. For-
cos (como a glicose) com o auxílio do mam-se NADH e FADH que serão usados na
oxigênio. A quebra dessas moléculas próxima etapa.
libera energia que é armazenada tempo-
rariamente pela célula na forma de ATP. Cadeia respiratória – ocorre nas cristas mitocon-
Através da quebra de uma molécula de driais. Nessa fase, os elétrons capturados pelo
glicose através desse processo, a célula NADH e FADH na fase anterior passam por um
obtém um saldo de 36 ATPs. processo de fosforilação oxidativa, onde ocor-
rerá a produção de grande quantidade de ATP
Glicólise – quebra inicial da molécula de com a participação da proteína ATPsintase. Além
glicose. Ocorre no citoplasma e forma disso, há a formação de água pela união de H
duas moléculas de ácido pirúvico que transportados pelos carregadores de elétrons
entrarão na mitocôndria. com o oxigênio (aceptor final).
Fermentação Fermentação alcóolica: Formação de álcool e gás
carbônico através da quebra parcial da glicose. É
Realizada por organismos anaer- amplamente utilizada na indústria alimentícia, para
óbios (facultativos ou obrigatóri- a produção de bebidas alcoólicas e como fermento
os). Nesse processo, não há a pre- para pães. Também é utilizada na produção de
sença de oxigênio. Nele, a glicose é álcool combustível (etanol C2H5OH).
pouco quebrada. Sendo assim, há
uma menor produção de ATP e a Fermentação lática: Formação de ácido lático
formação de produtos muito (C3H5O3) a partir da quebra parcial da glicose.
energéticos, como o álcool e o Também é largamente utilizada na indústria, em
ácido láctico. especial na produção de derivados do leite. Além
disso, pode ser realizada pelas células musculares
humanas durante uma atividade aeróbica intensa.

GENÉTICA
Conceitos básicos de genética Gene dominante: é o gene que expressa sua
característica fenotípica tanto em homozigose
Cromossomos homólogos: cromossomos quanto em heterozigose.
com mesmo formato e tamanho, perten-
centes a um mesmo par. Ex.: 22 pares de Gene recessivo: gene que expressa sua carac-
autossomos das células humanas. terística apenas em homozigose.
Cromossomos autossomos: todos os
cromossomos que não são sexuais. Homozigoto: indivíduo que possui alelos iguais
para um mesmo gene (em um mesmo lócus).
Cromossomos sexuais: na espécie humana,
são os cromossomos X e Y. Eles possuem os Heterozigoto: indivíduo que possui alelos
genes que determinam as características diferentes em um mesmo lócus.
sexuais, além de outros genes.
Lócus gênico: posição ocupada por um Genótipo: conjunto de genes de um indivíduo.
alelo no cromossomo.
Fenótipo: características expressadas em um
Alelos: genes que ocupam o mesmo lócus indivíduo. É resultado da interação entre o
nos cromossomos de um mesmo par e que genótipo e os componentes ambientais.
determinam variedades diferentes de um
mesmo caráter.

1ª Lei de Mendel 2ª Lei de Mendel

Lei da segregação dos fatores: Lei da segregação independente:

“ Nas células somáticas, os fatores (genes) “ Quando, num cruzamento, estão envolvidos
se encontram aos pares, mas durante a dois ou mais caracteres, os fatores que os
formação dos gametas eles se separam, determinam são distribuídos de modo inde-
mostrando-se isolados ou segregados.” pendente uns dos outros.”

Pode ser aplicada, por exemplo, para analis- Pode ser aplicada, por exemplo, para analisar-
armos casos de mono-hibridismo com mos casos de di-hibridismo, como a análise de
dominância completa, como no caso da Mendel em relação às cores e formatos das
herança do albinismo, da cor dos olhos e da sementes de ervilhas, características geradas
miopia. Assim como polialelia, como no por genes que se segregam independente-
caso da herança do sistema ABO. mente na formação dos gametas.
REPRODUÇÃO
Reprodução assexuada Reprodução assexuada

Reprodução em que não há a mistura de Reprodução em que há a mistura de materi-


material genético de dois indivíduos. Sendo al genético de dois indivíduos. Para que isso
assim, o ser vivo se reproduz sozinho ocorra, em geral, há a produção de gametas
quando encontra condições ambientais que, ao se unirem na fecundação, geram
favoráveis, produzindo “clones” de si uma célula-ovo ou zigoto que contém a
mesmo. Como não há a participação de combinação dos genótipos dos progeni-
gametas, chamamos de agâmica. tores. Já que geralmente envolve gametas,
é chamada de reprodução gâmica.
Vantagens: Como o indivíduo se reproduz
sozinho, não há necessidade de gasto de Vantagens: Como há mistura de material
energia na busca de um parceiro sexual. Sendo genético, consideramos que as populações
assim, essa reprodução é muito mais rápida. que realizam esse tipo de reprodução têm
uma alta variabilidade genética.
Desvantagens: Como os indivíduos-filhos
são clones do indivíduo-mãe, podemos dizer Desvantagens: Há gasto de energia e
que há baixa variabilidade genética nas popu- tempo na procura por um parceiro repro-
lações que realizam esse tipo de reprodução. dutivo. Sendo assim, em geral, a taxa
reprodutiva é mais lenta.

Alguns tipos de reprodução assexuada: Tipos de fecundação:

Cissiparidade: ser unicelular duplica materi- Externa: fecundação que ocorre no ambi-
al genético e depois se divide formando ente. Em geral, ocorre em seres vivos de
dois novos indivíduos. ambientes aquáticos ou úmidos, o que evita
a desidratação dos gametas. Ex.: peixes
Brotamento: formação de broto que pode ósseos.
ou não se descolar do indivíduo-mãe, como
o que ocorre nas esponjas. Interna: quando a fecundação ocorre no
interior de um dos indivíduos envolvidos.
Esporulação: formação de esporos, células Ex.: seres humanos.
de resistência que ao encontrar condições
favoráveis dá origem a um novo indivíduo.
Ex.: esporos liberados pelos cogumelos.

EVOLUÇÃO
Lamarckismo
O meio cria necessidades que induzem a mu- As características adquiri-
danças de comportamento e adaptações das por um indivíduo ao
anatômicas nos indivíduos. longo da vida são transmiti-
das aos seus descendentes.
As novas características surgem do uso e do Ao longo das gerações,
desuso repetido de determinado órgão ou parte essas características se
do corpo em resposta às exigências do meio. acumulam gradualmente.
O meio seleciona os indivíduos em determinada popu-
lação que apresenta as características mais adaptadas
às condições de um ambiente em determinado tempo.

Em uma população há características variadas entre os


indivíduos, surgidas ao acaso. Há certos indivíduos que
possuem características que lhes conferem uma melhor
adaptação ao meio quando se comparado aos demais.

Os indivíduos mais aptos sobrevivem por mais tempo


no ambiente e, consequentemente, têm maior sucesso
reprodutivo, transmitindo suas características a um
número maior de descendentes. Ao longo das ger-
ações, essas características passam a predominar.

DOENÇAS
Termos importantes: ISTs que você deve lembrar:
Agente etiológico: Agente causador da *HIV/AIDS: Causada pelo HIV, um retro-
doença. vírus que ataca os linfócitos T4 ou CD4,
responsáveis pelo reconhecimento dos
Agente transmissor: Também conhecido antígenos e ativação de outras células do
como vetor. Serve como meio de trans- sistema imune.
missão de uma doença.
*Sífilis: causada pela bactéria Treponema
Hospedeiro intermediário: Ser vivo onde
pallidum. Inicialmente causa feridas na
o parasita se desenvolve ou se reproduz
genitália, depois manchas pelo corpo e
assexuadamente.
culmina com comprometimento do siste-
Hospedeiro definitivo: Ser vivo onde o ma nervoso e cardiovascular.
parasita finaliza seu ciclo vital, reproduz-
indo-se sexuadamente. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Endemia: Doença que ocorre frequente- Dengue


mente em determinado local. Zika

Epidemia: Quando há um considerável Chicungunha


aumento dos casos de uma doença em Febre amarela
um determinado intervalo de tempo.
*Todas doenças virais. Apenas a febre
Pandemia: Quando o surto epidêmico se amarela tem vacina regularmente dis-
espalha a nível continental ou mundial. tribuída em nosso país.

Verminoses: Platelmintos importantes:


Foco no fato de que boa parte das Esquistossomo
verminoses podem ser mais facil- Tênia
mente transmitidas em locais com Nematelmintos importantes:
falta de condições de saneamento Lombriga
básico e higiene. Ancilóstomo
IMUNIDADE

Imunidade inata Imunidade adaptativa

Imunidade não específica, realizada Imunidade específica, gera memória e


pelas barreiras do corpo, como a pele e reconhece os antígenos com os quais o
o suco gástrico e também por células corpo já teve contato.
do sistema imune, como as células killer
e os macrófagos.

IMUNIDADE
ADAPTATIVA
REAÇÕES ORGÂNICAS
Reação de adição: ocorre em compostos insaturados, onde a insaturação será quebrada
em ciclanos.

Hidrogenação:

CH₂ = CH₂ + H₂ → CH₃ - CH₃


Nessa reação, um alcino se transforma em alceno, e este se transforma em alcano.

Adição de halogênios (F₂, Cl₂, I₂,).


Halogenação:

CH₃ - CH = CH - CH₃ + Cl - Cl → CH₃ - CH - CH - CH₃

Cl Cl

CH₃ - CH₂ - CH = CH₂ + H-Cl → CH₃ - CH₂ - CH - CH₃


Reação de haleto de hidrogênio (HX):

Cl
Pela Regra de Markovnikov, o átomo de hidrogênio entra preferencialmente no carbono
insaturado, que é o mais hidrogenado.

Reação de hidratação
Nessa reação, ocorre a adição de água, formando um álcool.

CH₃ - CH₂ - CH = CH₂ + H-OH → CH₃ - CH₂ - CH - CH₂

OH
Reação de adição em ciclanos:
Nessa reação, um alcino se transforma em alceno, e este se transforma em alcano.

+ H₂ → H - CH₂ - CH₂ - CH₂ - H

Reação de halogenação em ciclanos:


Nessa reação, um alcino se transforma em alceno, e este se transforma em alcano.

+ Cl - Cl → Cl - CH₂ - CH₂ - CH₂ - Cl

Reação de substituição: entrada de um átomo ou grupo de átomos com saída de outro.


Ocorre em alcanos, ciclanos (com cinco ou mais carbonos) e aromáticos.

Halogenação:

Cl
Nessa reação, um alcino se transforma em alceno, e este se transforma em alcano.

CH₃ - CH - CH₃ + Cl - Cl → CH₃ - C - CH₃


CH₃ CH₃
Substituição de um hidrogênio pelo grupo nitro (-NO₂)
Nitração:

NO₂
CH₃ - CH - CH₃ + + HNO₃ → CH₃ - C - CH₃ + H₂O
CH₃ CH₃

Substituição de um hidrogênio pelo grupo sulfônico (-SO₃H).


Sulfonação:

SO₃H
CH₃ - CH - CH₃ + H₂SO₄ → CH₃ - C - CH₃
CH₃ CH₃
Reação de substituição em compostos aromáticos:

Halogenação do benzeno:

+ Cl - Cl → + HCl

Cl
Reação com haleto de alquila:

+ CH₃ - CH₂ - Cl → + HCl

CH₂ - CH₃

Nitração: reação com ácido nítrico.

+ HNO₃ → + H₂O

NO₂

ELETROQUÍMICA
Eletroquímica representa o estudo de reações químicas que transferem elétrons, como o que ocorre na pilha
eletroquímica ou célula eletroquímica ou galvânica.

A pilha é uma reação química de oxirredução espontânea que gera corrente elétrica (i).
Quando uma substância sofre oxidação, ela perde elétrons, e quando sofre redução, ela recebe elétrons.
Vamos compreender como a pilha funciona utilizando a pilha de Daniel:
Pela imagem percebemos a existência de duas cubas eletro-
químicas, eletrodos metálicos, soluções e a ponte salina.

Os elétrons saem do zinco em direção ao eletrodo de cobre. O zinco


sofre oxidação, que corrói sua barra, com diminuição de massa. O
eletrodo de cobre sofre redução, com aumento de sua massa.

O lado que oxida é denominado de ânodo, e o lado que se reduz


é denominado de cátodo. O ânodo representa o polo negativo, e
o cátodo representa o polo positivo da pilha.

A ponte salina envia os ânions para o zinco, e os cátions para o cobre.

COMPOSTOS ORGÂNICOS
Eletroquímica representa o estudo de reações químicas que transferem elétrons, como o que ocorre na pilha
eletroquímica ou célula eletroquímica ou galvânica.

Alcanos : apresentam ligação simples entre os carbonos (CH₃ - CH₃)


Hidrocarbonetos:

Alcenos: apresentam dupla ligação (CH = CH)

Alcinos :apresentam tripla ligação (H₃C - CH = CH - CH₃)

Alcadienos (apresentam duas duplas ligações (H₂C = CH - CH = CH₂)

Compostos aromáticos Ciclanos Ciclenos


Apresentam o anel de benzeno. São compostos de cadeia fecha- São compostos de cadeia fecha-
da com ligações simples da com uma dupla ligação.

Álcool - presença da hidroxila (OH). Ex: CH₃ - CH₂ - CH₂ - OH


Compostos orgânicos com funções oxigenadas:

Fenol - presença da hidroxila no anel de benzeno. Ex: OH

Aldeído - presença do grupo carbonila (-C = O) na extremidade da cadeia. Ex:

Cetona - presença do grupo carbonila (-C = O) no meio da cadeia. Ex:

Ácido carboxílico - presença do grupo carboxila na extremidade da cadeia. Ex:


Éter - presença do oxigênio entre Éster - presença do
dois radicais orgânicos. Ex: grupo: (-C=OO) Ex:

CH₃ - CH₂ - CH₂ - O - CH₃

Compostos orgânicos com funções nitrogenadas:

Amina - presença do nitrogênio ligado ao átomo de carbono. Ex: CH₃-NH-CH₃

Amida - presença do grupo carbonila ligado ao nitrogênio. Ex:


NH₂
Nitrocompostos - presença do grupo nitro (-NO2) ligado a cadeia carbônica. Ex: CH₃ - CH₂ - NO₂

LEIS PONDERAIS E ESTEQUIOMETRIA


Lei de Lavoisier ou Conservação das massas = massa total dos reagentes é igual a massa total dos produtos.
Em uma equação química temos:

hidrogênio + carbono → metano


2g 6g 8g
(Observe que somando as massas dos reagentes
teremos a mesma quantidade para os produtos)

Em outra equação temos:

*Em azul estão dados que você pode obter através dos
dados em preto, caso eles se apresentem nos enunciados.

Lei de Proust ou lei das proporções constantes:


As massas dos reagentes e as massas dos produtos que participam da reação obedecem sempre a uma
proporção constante.

Em uma equação química temos:

REAÇÕES INORGÂNICAS
As reações químicas são rearranjos atômicos, onde os reagentes se transformam em produtos. Sendo assim,
nesse processo não há criação ou destruição de átomos ou moléculas.

Existem alguns fenômenos que podem identificar uma reação química, como: liberação de energia (calor,
luz); formação de gases; formação de um sólido (precipitado); mudança de coloração; mudanças de
cheiro/aroma, etc.
Temos quatro tipos de reações inorgânicas:
Síntese ou adição: reagentes interagem e formam Decomposição ou análise: uma substância

A + B → AB ABC → A + B +C
um produto. composta origina vários produtos.

S + O₂ → SO₂ 2 NaCl → 2 Na + Cl₂


CaCO₃ → CaO + CO₂

Simples troca ou deslocamento Dupla troca ou permutação: ocorrem trocas

AB + CD → AC + BD
ou substituição: Substância simples reage com entre os reagentes.

NaOH + AgNO₃ → NaNO₃ + AgOH


uma substância composta, formando uma nova

A + BC → AC + B
substância simples.
CaCO₃ + H₂SO₄ → CaSO₄ + H₂CO₃
Zn + Pb(NO₃)₂ → Zn(NO₃)₂ + Pb

TERMOQUÍMICA
A termoquímica compreende processos de transferência de calor nas reações químicas. Temos dois processos:

Endotérmico= absorve calor, com sensação de resfriamento, como por exemplo se passarmos álcool na
pele e assoprar.

Exotérmico = libera calor, com sensação de aquecimento, como nos processos de combustão.

Nos processos físicos de mudanças do estado sólido para o líquido e deste para o estado de vapor, temos um
processo endotérmico, com aumento de energia térmica. E nos processos inversos, do estado de vapor para o
líquido e deste para o sólido, temos um processo exotérmico, com diminuição de energia térmica.

Para uma reação química ocorrer ela absorve energia e quando forma produtos libera energia.

A entalpia (H) representa o conteúdo de energia que uma substância possui. A entalpia cresce à medida que se
avança nos estados físicos.
Calculamos a variação de energia (ΔH) para saber se houve absorção ou liberação de energia pela reação

∆H = Hp - Hr
química.

Reação endotérmica: Hp > Hr ; ∆H >0

A + calor → B
A → B ∆H >0

Reação exotérmica: Hp < Hr; ∆H < 0

A → B + calor
A → B ∆H < 0
MODELOS ATÔMICOS E DISTRIBUIÇÃO

Os elétrons ficam ao redor do núcleo divididos na eletrosfera em níveis de energia (K, L, M, N, O, P, Q).

Dentro dos níveis temos os subníveis de energia (s, p, d, f).


O subnível s comporta até dois elétrons; o subnível p comporta até seis elétrons; o subnível d comporta até
dez elétrons, e o subnível f comporta até quatorze elétrons.

Organizamos os elétrons nos níveis através do Diagrama de Linus Pauling.

As flechas indicam o sentido a ser seguido no diagrama, de cima para


baixo até o final de cada carreira ou até o valor desejado obtido.
SOLUÇÕES, SOLUBILIDADE,
HIDRÓLISE E EQUILÍBRIOSLETRÔNICA
As soluções são misturas homogêneas (apresentam uma única fase) formadas pelo soluto e pelo solvente.
Elas podem ser sólidas (ligas metálicas), líquidas (soro caseiro) e gasosas (ar atmosférico).

O soluto ocorre em menor quantidade e sofre dissolução, e o


Assim, solução é: soluto + solvente.
solvente ocorre em maior quantidade e provoca dissolução.

Definição de solubilidade
A solubilidade ou coeficiente de solubilidade é o limite máximo que o solvente pode dissolver em determina-
do soluto.

O que define a solubilidade é o soluto/solvente/temperatura.

Tipos de soluções:

Insaturada = quantidade de soluto é menor do que a solubilidade.


Saturada = quantidade de soluto é igual a solubilidade

Saturada com corpo de chão ou de fundo ou precipitado = quantidade do soluto é maior do que a solubilidade.

Concentrações
Para relacionar quantidade de soluto e de solvente usamos as seguintes fórmulas:

Hidrólise A hidrólise é um processo inverso da neutralização, onde ocorre quebra das moléculas em água,
devido a ação dos íons da água.
Atenção!

Somente ácidos e bases fracas sofrem o processo de hidrólise, além de apresentarem também reações
reversíveis.
A hidrólise salina ocorre quando os íons provenientes da dissociação de um sal dissolvido na água interagem
com os íons da água, formando um ácido ou uma base fraca.
Quando temos um ácido fraco e uma base forte teremos uma solução básica com pH > 7, pois a quantidade
de íons OH- é maior que os íons H+ (OH- >H+)
Quando temos um ácido forte e uma base fraca teremos uma solução ácida com pH < 7 (H+ > OH-)

Quando temos um ácido forte e uma base forte teremos uma solução neutra com pH = 7. Não entram em
equilíbrio.
Quando temos um ácido fraco e uma base devemos observar o valor de suas constantes, para saber qual será
mais forte.

Equilíbrio químico:

O equilíbrio químico é dinâmico, pois a reação não para e é representado pelas setas (⇋), que indicam ida e
volta. Sendo assim, podemos dizer que é um processo reversível.

N2 + 3 H₂ ⇋ 2 NH₃
Na equação química: Temos uma reação reversível, onde o reagente forma um produto, sendo esta uma
reação direta, e o produto forma reagente, sendo esta uma reação inversa.

Quando começa a reação existe somente os reagentes, à medida que estes começam a interagir, o produto
aumenta sua concentração e o reagente diminui sua concentração.

Nos processos físicos de mudanças do estado sólido para o líquido e deste para o estado de vapor, temos um
processo endotérmico, com aumento de energia térmica. E nos processos inversos, do estado de vapor para o
líquido e deste para o sólido, temos um processo exotérmico, com diminuição de energia térmica.

Para compreender melhor, observe o gráfico da velocidade pelo tempo:

Vamos observar agora o gráfico da concentração pelo tempo:

No gráfico à esquerda temos que: [ ] R = [ ] P, e no gráfico à direita


temos que: [ ] R > [ ] P.
ÁGUA
Ciclo da água
O ciclo da água representa o movimento contínuo da água entre a atmosfera e a superfície
terrestre, passando também através dos seres vivos.

O ciclo da água ocorre através da mudança de estados físicos:

O vapor de água sofre resfriamento e acumula-se na


atmosfera. Formam-se pequenas gotículas que originam
as nuvens. Quando as nuvens ficam cheias de água,
Ocorre o processo de condensação,
ocorre a precipitação na forma de chuva.
onde a água passa do estado gasoso
para o estado líquido.

Há formação de grande
Os raios solares promovem quantidade de água na
o aquecimento das águas atmosfera, ocorrendo o
terrestres, provocando o processo de precipita-
processo de evaporação, ção. Essa água cai na
onde a água passa do superfície terrestre em
estado líquido para o forma de chuva.
estado gasoso.

Quando essa água atinge a superfície terrestre, ocorre o processo


de infiltração no solo formando os lençóis subterrâneos e indo
também para os rios, mares, lagos e represas.

Chuva Ácida
A acidez natural da chuva é independente da ação do homem porque na atmosfera existem diversos gases
de efeito ácido, como os óxidos ácidos. Essas substâncias apresentam a capacidade de se combinar com a
água e formar ácidos.

Como exemplo de óxidos ácidos podemos citar o CO2, SO2, SO3, NO, etc.

CO2 + H2O. → H2CO3


Dessa forma, quando começa a precipitação da água, ela entra em contato com
o gás carbônico presente na atmosfera, formando o ácido carbônico (H2CO3).

O ácido carbônico é um ácido fraco com pH em torno de 5,8 que não causa prejuízos aos seres vivos. A chuva
para ser considerada ácida deve apresentar um pH abaixo de 5,5.

A ação do homem através da queima de combustíveis fósseis, que apresentam alto teor de enxofre, provoca a
liberação desses óxidos ácidos para a atmosfera, intensificando o problema da chuva ácida.
O ácido sulfúrico (H2SO4), um ácido forte, quando produzido,
aumenta a poluição e contribui para a ocorrência de chuva
ácida. Sua formação envolve as seguintes reações:

Isso provoca a diminuição do pH de rios, lagos, solos, etc. Além da corrosão dos metais (ferro) e a
degradação do mármore.

Quando se atinge uma alta temperatura, através de descarga elétrica ou motor à combustão interna, o nitrogênio do
ar reage com o oxigênio formando o óxido nítrico (NO), que se combina com o oxigênio originando o NO2.

O ácido nítrico (HNO3) também contribui para o


aumento da ocorrência de chuva ácida.

Tratamento de água - sepração de mistura


A água encaminhada para as estações de tratamento de água (ETA) é captada de rios, lagos e represas por
meio de bombas, e contém muita sujeira como galhos, folhas, lodo, etc. Ela passará por diferentes processos:
MEIO AMBIENTE
A camada de ozônio está localizada na estratosfera, entre 15 e 35 km de
altitude em relação à superfície terrestre.

É uma região com grande concentração de gás ozônio. Esse gás absorve
grande quantidade de radiação ultravioleta emitida pelo sol, mantendo
assim, a vida no nosso planeta.

Os poluentes responsáveis pela diminuição da quantidade de ozônio são os compostos CFCs, CO2 e óxidos
de nitrogênio.

Quando os CFCs são liberados na atmosfera, eles recebem


radiação ultravioleta liberando um átomo de cloro.

O átomo de cloro sozinho é um radical livre, e sobe às camadas mais altas da atmosfera encontrando o
ozônio. Os dois compostos reagem produzindo gás oxigênio e o ClO.
O ClO reage com radicais livres de oxigênio presentes na atmosfera produzindo gás oxigênio, e um radical
livre de cloro fica sozinho novamente podendo destruir outras moléculas de ozônio.

O efeito estufa é um fenômeno natural, onde os gases desse efeito formam um cobertor natural sobre a
Terra, impedindo que o calor se dissipe.

Sem os gases responsáveis pelo efeito estufa, o nosso planeta teria


uma temperatura muito baixa.

O sol emite radiação ultravioleta que atinge o planeta, aquecendo-o.


A radiação emitida pela Terra é a infravermelha, que é absorvida
pelos gases presentes na atmosfera como o CO2 e CH4. Estes
impedem que a radiação volte para a atmosfera.

Quando o gás carbônico recebe a radiação vinda da Terra, ele começa


a absorvê-la, aumentando a agitação de suas ligações químicas.
Ocorre o aumento da aproximação e do afastamento dessas ligações
gerando novas moléculas.

O armazenamento dessa energia provoca o aumento da temperatura no planeta.

Os biocombustíveis são produzidos a partir de matéria orgânica animal ou vegetal sendo assim, uma
energia renovável.

O biodiesel é obtido a partir de óleos ou gorduras em uma reação de transesterificação. É um combustível


menos poluente devido a ausência de enxofre em sua composição.

Na reação de transesterificação os triglicerídeos se transformam


em ésteres de ácidos graxos (biodiesel).
RADIOATIVIDADE
A radioatividade é um fenômeno nuclear, onde átomos instáveis precisam se transformar em átomos estáveis.

Durante essa transformação ocorre a liberação de partículas e de energia.


A radiação apresenta dois tipos de partículas, a alfa e a beta, e os raios gama.

A partícula alfa é uma emissão característica de núcleos muito pesados.


É carregada positivamente e representada por:

A partícula beta é uma emissão característica de núcle-


os com excesso de nêutrons em relação aos prótons. É
carregada negativamente e representada por:

Os raios gama são emissões características de núcleos com muita energia. São representados por:

O tempo de meia vida ou período de semidesintegração


representa o tempo necessário para que a atividade de
uma amostra radioativa se reduza à metade.

A fissão nuclear representa a quebra do núcleo de


um átomo formando dois novos átomos difer-
entes, dois ou três nêutrons e energia para
adquirir estabilidade. É o processo usado na
produção da bomba atômica.

A fusão nuclear representa a junção de dois núcleos formando um novo átomo e liberando um nêutron e
energia. Esse processo foi usado na produção da bomba de hidrogênio.

ENERGIA
A energia química está armazenada nas ligações das espécies químicas.
Quando formamos ou quebramos uma ligação, temos a absorção ou a liberação de energia em uma reação química.

A energia térmica está relacionada com o calor envolvido nos processos químicos. Podemos ter reações que
liberam energia, denominadas de exotérmicas, e reações que absorvem energia na forma de calor, denomina-
das de endotérmicas.
A eletroquímica representa a energia elétrica envolvida nos processos químicos. A produção espontânea de
energia química é feita pelas pilhas, e as eletrólises necessitam de energia elétrica para ocorrer através de um
gerador.

Tipos de geradores de energia que podem aparecer nas questões de química:

As usinas termelétricas produzem energia a As usinas nucleares produzem energia pela fissão
partir da queima de carvão mineral, óleo combus- do átomo de urânio. O urânio é um elemento muito
tível e gás natural em uma caldeira, ou pela fissão radioativo, e quando enriquecido, libera grande
de material radioativo, como o urânio. quantidade de energia térmica na forma de calor,
Ocorre a conversão de energia térmica em energia originando reações nucleares.
elétrica através do calor de combustão, onde o Ocorre pelo aquecimento da água, e esta quando é
calor gerado transforma em vapor a água que se transformada em vapor movimenta turbinas gerado-
encontra em tubos nas paredes da caldeira. ras que geram calor através de elementos radioativos.
MU E MUV
Tipos de Movimentos
Movimento Retilíneo Uniforme

Movimento que se efetua com o vetor velocidade constante em módulo, direção e sentido.
Vetor aceleração é nulo.
O MRU pode ser descrito pela equação horária:

Exemplo:

Note que o vetor velocidade é


sempre constante em módulo,
direção e sentido..

Movimento Retilíneo Uniformemente Variado

Movimento que se efetua com o vetor velocidade variável em módulo e constante na


direção.
Vetor aceleração é constante em módulo, direção, sentido e não nulo.
O MRUV pode ser descrito pelas equações a seguir:

Exemplo:

Note que o vetor velocidade é variável em


módulo, primeiro acelera e depois retarda.
Já a direção e o sentido são constantes.

CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS

Progressivo: x aumenta ⇔ v +
Retrógrado: x diminui ⇔ v -
Movimento que se efetua com o vetor velocidade

Acelerado: |v| aumenta ⇔ v e a mesmo sinal


constante em módulo, direção e sentido.

Retardado: |v| diminui ⇔ v e a sinais diferentes


Vetor aceleração é nulo.
O MRU pode ser descrito pela equação horária:

PROPRIEDADES GRÁFICAS

Posição x tempo
Velocidade x tempo Aceleração escalar x tempo

MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME


Equação horária Velocidade escalar

Equação horária Velocidade escalar

MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORMEMENTE VARIADO


Equação horária Velocidade escalar

Aceleração escalar Equação de Torriceli


DINÂMICA (LEIS DE NEWTON)
Conceitos Básicos
Na cinemática estudamos os movimentos sem se preocupar com as suas causas, apenas
descrevemos os mesmos de forma matemática, através do uso de equações e gráficos. Já
na Dinâmica, estaremos abordando a relação e existente entre a grandeza física FORÇA
(interação entre dois corpos) e o estado de movimento dos corpos. Para isso vamos iniciar
o nosso estudo relembrando alguns conceitos básicos.

PESO

Constitui uma força de natureza gravitacional


(“matéria atrai matéria”). Por ser uma força, o Fig. I – Na Terra todos
Peso é uma grandeza vetorial, possui módulo, os corpos próximos a
direção e sentido. O seu módulo é sempre superfície terrestre são
calculado pela equação , onde m é a atraídos para o centro
da mesma, essa força
massa do corpo (quantidade de substância gravitacional (massa da
que forma o corpo) e g é a aceleração da Terra atraindo a massa
gravidade local. do corpo) é denomina-
da de força PESO.

Dica : Lembre-se que Peso (grandeza veto-


rial) é diferente de massa (grandeza escalar).

FORÇA NORMAL
Constitui uma força de contato entre o corpo e uma determinada superfície. Somente
haverá força Normal quando existir um contato entre corpos ou entre um corpo e uma
superfície.

Leis de Newton
A relação FORÇA x movimento, citada anteriormente, será estruturada de acordo com as
três Leis de Newton.

1ª Lei de Newton (Lei da Inércia)


A Inércia constitui uma característica natural do corpo
em manter a sua velocidade vetorial constante, ou seja,
manter o seu módulo, a sua direção e o seu sentido
constantes. Por isso:
2ª Lei de Newton (Princípio Fundamental)
Pela 1ª Lei de Newton verificamos que se a força resultante
sobre o sistema é nulo, então o mesmo terá velocidade
constante e aceleração nula. E se a força resultante sobre
o sistema for diferente de zero, o que acontecerá com a
velocidade e a aceleração do sistema ?

3ª Lei de Newton (Ação e Reação)

“Toda AÇÃO corresponde a uma REAÇAO de mesmo módulo, mesma direção, sentidos
contrários e que atuam em corpos diferentes.”

INTERAÇÕES A DISTÂNCIA INTERAÇÕES A DISTÂNCIA

Força de Atrito

A força de atrito é uma força que sempre se opõe ao


deslizamento ou a tendência de deslizamento de um
corpo sobre uma determinada superfície. Caso o corpo
possua uma tendência de deslizamento atuará sobre
ele o atrito estático, cuja função é evitar que o corpo
inicie o deslizamento. Caso o corpo encontre-se desli-
zando atuará sobre ele o atrito dinâmico ou cinético,
cuja função é evitar a continuação do deslizamento. Corpo com uma tendência de deslizamento,
mas sem deslizar. Atua sobre o mesmo a
força de atrito ESTÁTICO.

Corpo deslizando sobre a superfície. Atua sobre o mesmo a força de


atrito DIN MICO OU CINÉTICO.

A intensidade da força de atrito depende da força NORMAL (N) e do


Coeficiente de Atrito (μ) entre o corpo e a superfície

DICA:
A força de atrito estático é variável até um limite máximo, denominada força de atrito de destaque.
A força de atrito independe da área de contato entre corpo e superfície.
A força de atrito dinâmico ou cinético independe da velocidade do corpo.
O coeficiente de atrito estático é sempre maior que o coeficiente de atrito dinâmico ou cinético.
ENERGIA MECÂNICA
A Energia Mecânica de um corpo ou de um sistema de corpos corresponde à soma das
Energias Cinética e Potencial (Gravitacional e Elástica).

Sistema Conservativo (conservação da Energia Mecânica)


A Energia Mecânica de um sistema será conservada quando nele atuarem somente forças
conservativas: força Peso, força Elástica, força Elétrica e forças cujo trabalho total é nulo,
ou seja, o sistema deve estar livre da ação de forças dissipativas como o atrito cinético e a
resistência do ar.

Sistema Dissipativo (dissipação da Energia Mecânica)


Dizemos que um sistema é dissipativo quando atuam forças não-conservativas, como o
atrito cinético e a força de resistência do ar. A presença destas forças provoca uma dissi-
pação da energia mecânica, via o trabalho das forças dissipativas. Essa energia mecânica
transforma-se, principalmente, em energia térmica (Calor).
ÓPTICA DA VISÃO
LENTES ESFÉRICAS

Tipos de Lentes Comportamento Óptico das Lentes

ANOMALIAS DA VISÃO
ONDAS

CONCEITO DE ONDA

Onda consiste numa perturbação ou vibração que se propaga transmitindo ENERGIA, sem
transporte de matéria.

NATUREZA

MECÂNICA ELETROMAGNÉTICA
São ondas que resultam de uma vibração material São ondas que resultam da vibração de cargas
por isso se propagam somente em meios materiais elétricas por isso podem se propagar em meios
(sólido, líquido e gasoso). Por exemplo: Som, materiais e até mesmo no vácuo (vazio). Por
ondas do mar, ondas em uma corda. exemplo: Luz, ondas de rádio, microondas, laser.

PROPAGAÇÃO

UNIDIMENSIONAL BIDIMENSIONAL TRIDIMENSIONAL


Propagam-se em apenas uma direção. Propagam-se em duas direções. Por Propagam-se em três direções.
Por exemplo: onda em uma corda. exemplo: ondas produzidas em um Por Exemplo: Som e Luz.
líquido em repouso.

VIBRAÇÃO/PERTURBAÇÃO x PROPAGAÇÃO

TRANVERSAL LONGITUDINAL
Neste tipo de onda a vibração ou perturbação Neste tipo de onda a vibração ou perturbação
se efetua numa direção perpendicular a direção se efetua numa direção paralela a direção de
de propagação da onda. Por exemplo: todas as propagação da onda. Por exemplo: Som.
ondas eletromagnéticas, ondas em uma corda.

EQUAÇÃO FUNDAMENTAL
DA ONDULATÓRIA
ONDE:
v = velocidade de propagação da onda
λ = comprimento de onda (distância que a onda percorre
para completar um ciclo ou uma oscilação.
T = período (tempo que a onda leva para completar um
ciclo ou uma oscilação).
f = freqüência (númeor de oscilações ou ciclos que a onda
completa na unidade de tempo.
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

A onda encontra um obstáculo, bate


e volta para o mesmo meio de
REFLEXÃO propagação, podendo ocorrer
mudança na fase da onda.

A onda muda de meio de propaga-


ção, mudando a sua velocidade, o
REFRAÇÃO seu comprimento de onda e man-
tendo a sua freqüência constante.

A onda contorna/desvia um deter-


minado obstáculo, desde que o
DIFRAÇÃO comprimento da onda seja maior ou
igual ao tamanho do obstáculo em
questão.

Duas ondas se encontram, sendo


que após o encontro as ondas
INTERFE-RÊNCIA continuam a sua propagação
normalmente.

Só ocorre com ondas transversais.


Com a luz pode ocorrer e com o
POLARIZA-ÇÃO som não pode ocorrer.

Ocorre com o som e com a luz e


consiste na variação (aumento ou
diminuição) da freqüência devido a
EFEITO DOPPLER um movimento relativo entre a fonte
de ondas e o observador que capta
as mesmas.
POTENCIA E CONSUMO
Potência Elétrica

A Potência associada a uma força é definida


como o trabalho realizado por essa força por
unidade de tempo.

No caso de um circuito elétrico, onde o equi-


pamento elétrico esteja submetido a uma
ddp igual a V, se a carga transportada no
intervalo de tempo Δt é Δq, o trabalho das
forças elétricas vale:

Portanto a Potência Elétrica


desenvolvida será:

É usual gravar nos aparelhos elétricos a potência elétrica e a ddp a que eles devem ser
ligados. Assim, um aparelho em que se lê “60 W / 220 V” indica que o equipamento dissipa
uma potência elétrica de 60 W quando ligado entre dois pontos cuja ddp é 220 V.

Potência Elétrica Dissipada

A transformação de energia elétrica em energia térmica (calor) denomina-se Efeito Joule.


Vimos que esse efeito possui aplicações em aparelhos como o chuveiro, ferro elétrico,
torneira elétrica e outros dispositivos elétricos de aquecimento. Considere o circuito elétri-
co a seguir:

Já vimos que a potência elétrica pode ser calculada por:


Já vimos que a potência elétrica
pode ser calculada por:

Como , temos:

ou

Energia Elétrica Consumida

Lembrando a definição de Potência (P), temos:

A energia elétrica transformada em calor por


um resistor pode ser expressa por:

Observação:
O Kilowatt-hora (KWh) é a unidade usual
de consumo de energia elétrica.

RESISTENCIA ELÉTRICA E CIRCUITO SÉRIE


E PARALELO
Potência Elétrica

Resistência elétrica.
A partir do momento que se estabelece uma
corrente elétrica, os elétrons livres possuem uma
certa resistência ao sua movimentação ordenada
no interior do condutor. Os mesmos chocam-se
com os nódulos da rede cristalina da matéria que
é feito o material condutor.

Definição matemática:

Efeito Joule
Neste choque ocorre um aquecimento, ou seja, uma
transformação de Energia Elétrica em Energia Térmica.
Esta transformação denomina-se Efeito Joule.
Os aparelhos resistivos são formados por um fio metálico enrolado que é chamado de
resitor. Quando o aparelho entra em funcionamento, a corrente elétrica no circuito faz com
que o aquecimento fique mais concentrado no resistor. Por exemplo, nas lâmpadas, esse
aquecimento é super e o filamento atinge temperaturas acima de 2000 oC. Já nos chu-
veiros e torneiras elétricas, a temperatura atingida é menor, até porque ele está em contato
com a Água. A mesma coisa acontece nos aquecedores que são utilizados nos dias frios
onde o resistor adquire a cor vermelha. Sua temperatura está entre 650oC e 1000oC,
dependendo da intensidade da cor.

Onde houver corrente elétrica haverá aquecimento.

Primeira Lei de Ohm

Voltagem é diretamente
proporcional a corrente
elétrica, sendo a resistência
elétrica constante (resistor
ôhmico).

Segunda Lei de Ohm

A resistência elétrica
depende do material e das
carcterísticas geométricas
do contudor.

Onde:
R = resistência elétrica (Ω)
ρ = resistividade elétrica do material (Ω m)
L = comprimento do condutor (m)
A = área da secção reta do condutor (m2)
Associação de Resistores

SÉRIE

Corrente elétrica é a mesma que passa em


todos os resistores.
Voltagem se divide entre os resistores.
PARALELO

Corrente elétrica se divide ao longo do circuito elétrico, por isso nem sempre é a mesma
que passa por todos os resistores.
Voltagem (ddp) é a mesma para todos os resistores da associação.

(para dois resistores diferentes) (para n resistores iguais)

LEI DE FARADAY -GERADOR DE ENERGIA

Fluxo Magnético Lei de Faraday


APLICAÇÃO
Lei de Lens
“A corrente elétrica induzida surge a partir
da oposição à variação do fluxo magnético”.

CALOR SENSÍVEL E CALOR LATENTE

Calor Sensível x Calor Latente

Calor Sensível
Quantidade de energia necessária para variar a temperatura
de uma certa quantidade de substância.

Q = Quantidade de calor sensível


m = massa da substância
Dica:
c = calor específico da substância O calor específico é uma característica
própria da substância e indica o quanto é
fácil ou difícil de variar a sua temperatura.

Calor Latente
Quantidade de energia necessária para mudar o estado
físico de uma substância, sob temperatura constante.

Q = Quantidade de calor latente


m = massa da substância
L = calor Latente de mudança de estado.
Capacidade Térmica

A capacidade térmica indica a quantidade de calor sensível


que um corpo ou sistema perde ou ganha para variar a sua
temperatura.

Propagação do Calor

Condução
Processo de transferência de calor que ocorre preferencialmente nos matérias sólidos.
Neste processo, a energia (calor) é transferida através de choques moleculares que ocor-
rem no interior das substâncias, portanto não há transporte de matéria neste processo. Os
melhores condutores de calor são os metais e dentre os péssimos condutores (isolantes
térmicos) podemos destacar: vidro comum, gelo, ar, madeira, isopor, couro...

Dica:
A condução ocorre também nos líquidos e gases, porém a condutibilidade nestes meios é
extremamente baixa.

Convecção
Processo de transferência de calor que ocorre nos fluidos (líquidos e gases). Neste proces-
so, a energia (calor) é transferida através do transporte de matéria que se efetua em virtude
da diferença de densidade proporcionada no interior de um fluido. Um fluido quente como
é menos denso tende a subir e um fluido frio por ser mais denso tende a descer.

Irradiação ou Radiação Dica:


Todo corpo quente emite radiação na
Processo de transferência de calor que se faixa do infravermelho, também denomi-
dá através de ondas eletromagnéticas. Em nada de ondas de calor. É a retenção
virtude disto, este é o único processo que, deste infravermelho que proporciona o
além de ocorrer nos meios sólido, líquido e chamado Efeito Estufa.
gasoso, pode ocorrer no vácuo.

1º LEI DA TERMODIN MICA Energia Interna (U)

Trabalho Termodinâmico (τ)


Lembre-se de que as moléculas de um corpo possuem movimenta-
ção (translação e/ou rotação) e para que elas tenham esta movimen-
tação devem ser dotadas de energia. Portanto ao somarmos a
energia de cada uma das moléculas que formam o corpo teremos
uma energia total, denominada Energia Interna.
Pode-se observar na equação mais abaixo que a Energia Interna é
diretamente proporcional ao número de moléculas do corpo e
diretamente proporcional a Temperatura absoluta (Kelvin) do corpo.
REVISÃO DE ÚLTIMA
HORA PARA O PRIMEIRO
DIA DO ENEM
GRÉCIA
Sobre a história da Grécia Antiga é importante lembrarmos que ela se divide em cinco
períodos:

PRÉ-HOMÉRICO (SÉC. XX – XII A.C.):


Corresponde ao das civilizações Cretense e Micênica e é nele que são inspiradas muitas
das conhecidas histórias da Grécia Antiga, como a Guerra de Tróia e a lenda do Minotauro.
Após uma violenta invasão dos Dórios, a civilização creto-micênica entra em declínio, o
que leva a uma dispersão dos Aqueus para as ilhas do mar Egeu e da Ásia Menor.

HOMÉRICO (SÉC. XII – VIII A.C.):


Após essa dispersão, surge então o período Homérico, marcado por uma nova unidade
familiar e patriarcal: os genos. Nesses grupos era praticada a agricultura de subsistência.
Com o passar do tempo a população foi crescendo e a propriedade rural passou a se con-
centrar na mão dos eupátridas (os bem nascidos), levando então a uma segunda diáspora
grega. É no período Homérico que surgem as principais obras de referência da cultura
grega: A Ilíada e a Odisseia, de Homero, e a Teogonia, de Hesíodo.

ARCAICO (SÉC. VIII – V A.C.):


O Período Arcaico é marcado pelo surgimento das: 1) cidades-Estado (as pólis); 2) pela
cunhagem de moedas; 3) pelo surgimento da democracia ateniense. É importante lembrar
que a democracia (governo do povo) era direta e, inicialmente, restrita aos eupátridas.

CLÁSSICO (SÉC. V – IV A.C.) E 5) HELENÍSTICO (SÉC. IV – III A.C.).


Só no Período Clássico, com reformas de governantes como Sólon, Clístenes e Péricles que
mais grupos ganharam direito a cidadania, ou seja, participar das tomadas de decisões da
pólis. Para ser cidadão era necessário ser: 1) ser homem; 2) ser livre; 3) filho de pai e mãe
ateniense; 4) ter mais de 18 anos.

É no período clássico também que ocorrem as Guerras Médicas, contra os persas, e a


Guerra do Peloponeso, entre atenienses e espartanos. Por fim, no Período Helenístico a
Grécia é dominada pelos Macedônios liderados por Felipe II e seu filho Alexandre. Alexan-
dre estende o império Macedônio até a Índia e devido as suas conquistas ficou conhecido
como “o Grande” ou “Magno”.

BAIXA IDADE MÉDIA

3
Com o fim da alta Idade Média, há um aumen-
to da produção agrícola devido ao uso de
técnicas agrícolas como: o arado de ferro, os
moinhos e a rotação trienal de culturas. Este
aumento da produção aquece o comércio, o
que propicia o retorno ao uso de moedas e a
formação de cidades.

Como complemento a este cenário, nobres e


religiosos promovem cruzadas contra muçul-
manos e outros grupos considerados hereges.
Estas cruzadas funcionam ao mesmo tempo
como escolta para comerciantes e estabele-
cem rotas comerciais, contribuindo ainda mais
para o renascimento urbano.

Com o surgimento das cidades há um aumento do êxodo rural, pois se passou a acreditar
que a cidade seria um espaço de maior liberdade em relação aos feudos. Contudo, no
século XIV a população europeia entra em declínio devido a: 1) Grande Fome; 2) a Peste;
3) a Guerra dos Cem Anos.

É ainda durante a Alta Idade Média que Portugal e Espanha conseguem unificar seus
respectivos reinos ao expulsar os muçulmanos da Penínsua Ibérica, o que ficou conhecido
como a Guerra da Reconquista. Isso possibilita o início da expansão marítima.

1ª E 2ª REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS

A história do capitalismo começa no início da modernidade com o mercantilismo e seus 4


pilares: 1) balança comercial favorável; 2) bulionismo (ou metalismo); 3) o pacto colonial;
4) intervencionismo.

Porém, é com o surgimento da indústria na Revolução Industrial que vemos um salto pro-
dutivo inédito. A indústria tem início na Inglaterra em meados do século XVIII (por volta de
1750) quando a produção têxtil é impulsionada por ferramentas e máquinas que cortam
custos e aceleram a produção.

Sendo assim, a produção de bens passa de uma lógica artesanal para uma racionalidade
fabril que preza pela agilidade e pela padronização. Há uma divisão da mão de obra na
linha de produção, e o trabalhador não mais possuí controle ou conhecimento sobre a
cadeia produtiva. As principais características da Primeira Revolução Industrial são:

4
GUERRA FRIA
A Guerra Fria foi um período de polarização ideológica global que data do fim da Segunda
Guerra Mundial até o início dos anos 1990, com o fim da União das Repúblicas Socialistas
Soviética (URSS).

As duas maiores potências globais que saíram vitoriosas da Segunda Guerra foram os
Estados Unidos, defensores de um projeto capitalista de mundo, e a URSS, defensora de
um projeto socialista. Cada uma destas nações procurou formar blocos de influência, onde
prometiam investimentos e assistência a nações e grupos menores em troca de alinhamen-
to ideológico.

Alguns países que fizeram parte do bloco capi- Já no bloco de influência soviético estavam:
talista e estiveram sob influência dos Estados
Unidos neste período foram: Cuba; Angola; Vietnã; Líbia; Ucrânia;
Polônia.
1 Brasil
2 Turquia A China, apesar de socialista, não pode
3 países da Europa Ocidental ser considerada uma área de influência
4 países da Oceania; soviética por ter rompido com a URSS
5 países da Ásia como Japão e Coréia do Sul. devido a tensões entre os dois países.

Além destes blocos de influência foram criadas também organizações militares que ser-
viam como ferramentas de influência destas potências. O bloco capitalista contou com a
formação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a o bloco socialista
com o Pacto de Varsóvia.

Como consequência desta influência acabaram ocorrendo as guerras por correspondência:


guerras entre países menores mas alimentadas pelas potências globais.
Alguns exemplos destas guerras foram: 1) a Guerra do Vietnã; 2) A Guerra da Coréia; 3)
Guerra do Afeganistão. Isto além de conflitos menores.

Outros desdobramentos da Guerra Fria foram também a corrida armamentista e a corrida


espacial.

5
ESCRAVIDÃO, RESISTÊNCIA E ABOLICIONISMO
A escravidão existe no mundo desde as primeiras civilizações da antiguidade, mas é só no
contexto da modernidade que ela vai atingir suas maiores proporções.

Isso porque a escravidão colonial está atrelada ao surgimento do capitalismo: compra-se


pessoas para que trabalhem compulsoriamente em lavouras, minas e casas afim de se
obter grandes lucros.

Para justificar tal ordem, as autoridades ocidentais baseavam-se na crença da “superiori-


dade branca e cristã”: os africanos e seus descendentes eram tidos como inferiores e amal-
diçoados, qualidades que eram sintetizadas na cor de sua pele.

Porém, como seres humanos, estas populações sempre encontraram modos para resistir à
escravidão. Algumas destas opções eram: 1) a fuga de fazendas e a formação de qui-
lombos; 2) a prática da capoeira; 3) a compra de alforrias; 3) o suicídio.

No século XIX vemos surgir o movimento abolicionista. Tal corrente de pensamento tor-
nou-se comum em setores da elite branca que viam a escravidão como um atraso social e
econômico, sem necessariamente ter um olhar humanitário. Contudo o movimento ganhou
também o apoio de lideranças negras.

No caso brasileiro alguns destes líderes foram: 1) Luís Gama; 2)


André Rebouças; 3) Adelina; 4) Maria Firmina dos Reis; 5) José
do Patrocínio.

O Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão (1888).


Ao invés de uma ruptura, o Império e as elites decidiram por
realizar uma abolição gradual através de uma série de leis:

1) Eusébio de Queiroz; 2) Lei do Ventre Livre;


3) Lei dos Sexagenários; 4) Lei Áurea.

BRASIL COLÔNIA

A História do Brasil pode ser dividida em 4 grandes momentos: 1) Pré-cabralino (início da


ocupação da América - 1500); 2) Colonial (1500 – 1808); 3) Imperial (1822 - 1889); 4)
Republicano (1889 – atualmente).

Ainda é possível fazer outras divisões, como separar o período republicano em: 1) República
Oligárquica (1889 – 1930); 2) República Nova (1930 – 1964); 4) Ditadura Civil Militar (1964
– 1985); 5) Brasil redemocratizado (1985 – atualmente).

O período colonial compreende o período em que o Brasil foi formalmente uma colônia por-
tuguesa. A colonização do Brasil pelos portugueses se inicia, na prática, por volta de 1530,
quando os lusitanos decidem ocupar e proteger este território das invasões estrangeiras.

6
Isso não foi o suficiente para impedir que outras nações disputassem a posse por territóri-
os no Brasil. De uma série de invasões podemos citar algumas, como: 1) os saques de
corsários ingleses; 2) a invasão francesa no Rio de Janeiro por franceses protestantes em
1555; 3) a invasão holandesa de 1630; 4) invasão espanhola em Desterro (atual Flori-
anópolis) em 1777.

Durante o período colonial o território brasileiro era visto apenas como um território desti-
nado a gerar arrecadação para a coroa portuguesa através da: extração de pau-brasil;
durante o ciclo do ouro com a extração de metais e pedras preciosas; produção de
açúcar e outros derivados da cana.

No início do século XIX a família real portuguesa se vê ameaçada por Napoleão Bonaparte
que inicia uma invasão ao seu território na Europa.

Como uma maneira de fugir do implacável exército francês, a


família real portuguesa vem para o Brasil, sua principal colônia,
com o auxílio de uma escolta britânica. Como pagamento pela
fuga, D. João VI, o príncipe regente de Portugal, decreta o fim
do pacto colonial com a abertura dos portos às nações amigas
em 1808. O Rio de Janeiro passa a ser o lar da família Real e em
1815 o Brasil é elevado ao patamar de Reino Unido a Portugal e
Algarves.que inicia uma invasão ao seu território na Europa.

BRASIL IMPÉRIO
Após a Revolução do Porto em 1820 o rei D. João VI se viu obrigado a retornar à Portugal,
mas deixou seu filho D. Pedro como governante do Brasil. Entretanto, as elites brasileiras
receavam que o filho seguisse os mesmos passos do pai rumo à Europa, e por isso o pres-
sionou para que ficasse deste lado do Atlântico.

Em 7 de setembro de 1822, após ser intimado pelas cortes portuguesas a retornar à


Europa, D. Pedro proclama a independência do Brasil. Em 1824 fica pronta a primeira con-
stituição do país, caracterizada pela existência de 4 poderes: 1) executivo; 2) legislativos;
3) judiciário; 4) moderador.

Esse último poder era de uso exclusivo do imperador e o permitia interferir nos outros 3
poderes, mostrando uma dificuldade em abrir mão do absolutismo. Mas D. Pedro I vê seu
governo ruir diante de diversas crises:
1) econômica, devido aos empréstimos com os britânicos
2) política, em virtude da centralização do poder
3) bélica, pois precisou reprimir a Confederação do Equador e perdeu a Província da Cisplatina

Em 1831 ele abdica do trono brasileiro e retorna para Portugal, deixando seu filho, D. Pedro
de Alcântara, de 5 anos de idade, no poder. Como o herdeiro é impossibilitado de governar
devido a idade e a Constituição, o Brasil passa a ser governado por regentes. Este é o
período Regencial, onde ocorrem diversos conflitos por questões sociais, separatismos ou
descentralização do poder:

7
Já com D. Pedro II no poder, a economia brasileira passa a ser
caracterizada pela produção e exportação de café. Pressionado
pela Inglaterra e pelo movimento abolicionista, o governo
adere a uma abolição gradual da escravidão.

Entre 1864 e 1870 o Brasil se vê envolto na Guerra do Paraguai.


Em 1888 a escravidão é abolida e a República é proclamada no
ano seguinte.

PRIMEIRA REPÚBLICA

Também conhecida como República Oligárquica ou República Velha, este período da história
do Brasil vai desde 1894 a 1930. Ele é precedido pelos governos autoritários de Deodoro da
Fonseca e Floriano Peixoto, período que ficou conhecido como República da Espada.

A República Oligárquica se caracteriza por:

Este período é definido como “oligárquico”, pois o governo, em todas as suas esferas,
visava favorecer os negócios das elites, em especial aos barões do café de Minas Gerais e
São Paulo. Estes dois Estados revezavam-se no poder indicando candidatos para a
presidência em cada nova eleição.

Em 1929 o presidente Washington Luís, representante dos interesses da elite paulista, que-
brou o protocolo e indicou o paulista Júlio Prestes para o substituir, iniciando um atrito
com as elites mineiras.

Getúlio Vargas, representante do Rio Grande do Sul apoiado por Minas Gerais e Paraíba
concorre às eleições contra Júlio Prestes, mas perde em uma eleição muito polêmica. João
Pessoa, vice de Vargas, acaba sendo assassinado e Vargas usa o episódio como motor para
marchar ao Rio de Janeiro e depor Washington Luís que ainda estava no poder. Chegava
ao fim a República Oligárquica.
8
ERA VARGAS
Vargas chega ao poder pela primeira vez em 1930, como um gover-
nante provisório, mas irá permanecer como chefe de Estado até 1945
e após isso ainda irá governar como presidente eleito de 1950 a 1953.

Ele foi o segundo governante a ficar mais tempo no poder desde que
o Brasil se tornou independente, estando atrás apenas de D. Pedro II.

Os historiadores costumam separar a Era Vargas nas seguintes fases:

1) Governo Provisório (1930 – 1934);


2) Governo Constitucional (1934 – 1937);
3) Estado Novo (1937 – 1945).

Enquanto esteve à frente do governo provisório, Vargas logo tomou uma série de medidas:
1) escolheu interventores para auxiliá-lo a governar; 2) criou a justiça eleitoral; 3) dis-
solveu o Congresso Nacional.

Em 1932 os paulistas entram em atrito com o governo Vargas e pegaram em armas com o
intuito de dar fim ao governo provisório e recuperar sua autoridade. O movimento é mili-
tarmente derrotado, mas Vargas dá inicio a retomada da Assembleia Constituinte.

Em 1934 a nova Constituição (a terceira do país), fica pronta e ela trazia:

Vargas acabou eleito indiretamente para continuar no poder até 1938. Ocorre que ainda em
1937, Vargas lança mão de um falso golpe comunista para instaurar um Estado de Sítio e
reunir os poderes em sua pessoa. Era o início do Estado novo.

Nesse período Vargas governa de maneira implacável, fortalecendo a indústria nacional,


perseguindo oposicionistas e ganhando o apreço popular com seu governo paternalista.
Em 1945, já no fim da Segunda Guerra Mundial, Vargas é forçado a deixar o poder, sendo
sucedido por Eurico Gaspar Dutra. Ele é eleito presidente por voto popular em 1950, mas
acaba cometendo suicídio em 1953.

DITADURA CIVIL-MILITAR
A Ditadura civil-militar tem início com o golpe de 1964, que depôs o presidente João Gou-
lart (Jango), e se encerra com o fim do governo de João Figueiredo em 1985. Trata-se de
uma ditadura civil-militar pelo fato de que os militares contaram com o apoio de grupos do
setor civil.

As principais instituições responsáveis por moldar a mentalidade brasileira para o golpe


militar em 1964 foram o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituo de
Pesquisa e Estudos Sociais (IPES), ambos compostos por empresários brasileiros interessa-
dos em combater grupos de esquerda no país.

9
A Ditadura civil-militar tem início com o golpe de 1964, que depôs o presidente João Gou-
lart (Jango), e se encerra com o fim do governo de João Figueiredo em 1985. Trata-se de
uma ditadura civil-militar pelo fato de que os militares contaram com o apoio de grupos do
setor civil.

As principais instituições responsáveis por moldar a mentalidade brasileira para o golpe


militar em 1964 foram o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituo de
Pesquisa e Estudos Sociais (IPES), ambos compostos por empresários brasileiros interessa-
dos em combater grupos de esquerda no país.

Após a deposição de Jango o Brasil foi governado por cinco presidentes militares, todos
eleitos indiretamente:

Todos pertenciam ao alto escalão das forças armadas brasileiras e eram influenciados pela
doutrina de Segurança Nacional. Tornou-se comum entre os chefes de Estado governar
através dos Atos Institucionais, cujo os mais conhecidos foram os cinco primeiros:

1) AI-1, justificava o golpe e permitia a cassação de direitos políticos

2) AI-2, reforçava as medidas anteriores, instituía o bipartidarismo e as eleições presidenciais


indiretas

3) AI-3, tornava indireta as eleições para governadores e prefeitos de capitais

4) AI-4, dava diretrizes para uma nova Constituição

5) AI-5, possibilitava o fechamento do Congresso Nacional e a suspensão do habeas corpus.

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GLOBALIZAÇÃO
O que é Globalização? Origens da Globalização
Globalização é um fenômeno amplo que Alguns autores defendem que o início da
ocorre em diferentes âmbitos, da econo- Globalização se deu na Modernidade. Entre-
mia à cultura, passando pela política e por tanto, muitos pesquisadores indicam que o
questões sociais, e está diretamente rela- início desse fenômeno se deu com o Mer-
cionado à expansão do capitalismo. cantilismo e a expansão marítima propicia-
A partir da ideia de Globalização, podem- da pelas Grandes Navegações, por volta do
os analisar, em escala global, questões século XVI.
como relações de poder, organização da Vale também ressaltar que atualmente a
produção, apropriação de padrões cul- velocidade do processo de Globalização é
turais e ideológicos, entre outros. muito maior e se dá especialmente pelas
tecnologias de comunicação digitais e pelo
Aldeia Global rápido transporte de pessoas e mercadorias.
Alguns estudiosos consideram que muitos
dos efeitos da Globalização são benéficos Problemas da Globalização
e naturais, uma vez que resultariam no
que chamam de "Aldeia Global". Por outro lado, muitos pesquisadores
Esse conceito traz a ideia de que através defendem que a ideia de uma Aldeia
das tecnologias e das facilidades que elas Global é uma visão bastante romantizada.
nos traz, assim como a rapidez com que Segundo eles, a Globalização tem con-
mercadorias e pessoas transitam no pla- tribuído para o aumento das desigual-
neta, poderíamos caminhar para uma dades e o aprofundamento dos prob-
unificação dos povos, permitindo uma lemas sociais em diversas partes do
cidadania global. mundo e também para a exploração
Essa visão traz uma ideia de "aperfeiçoa- desordenada dos recursos naturais.
mento da humanidade". Além disso, a ideia de homogeneização
promovida pela Globalização tende a
aniquilar a diversidade cultural.

Atenção! Lembre-se de que o processo de Globalização acontece em diferentes níveis nos


diversos locais. Portanto, as consequências desse processo também tendem a ser diferentes.

INDÚSTRIA BRASILEIRA
Modelo primário exportador
Até o fim da 1ª República, a economia brasileira era baseada especialmente nas plantations,
como a lavoura de café cuja produção era principalmente dedicada à exportação, assim
como outras commodities agrícolas. Como havia grande quantidade de exportações, tínha-
mos um superavit na balança comercial. Sendo assim, era conveniente para o país fazer a
importação de grande parte dos produtos manufaturados.

Modelo primário exportador


Até o fim da 1ª República, a economia brasileira era baseada especialmente nas plantations,
como a lavoura de café cuja produção era principalmente dedicada à exportação, assim
como outras commodities agrícolas. Como havia grande quantidade de exportações, tínha-
mos um superavit na balança comercial. Sendo assim, era conveniente para o país fazer a
importação de grande parte dos produtos manufaturados.

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Governo Juscelino Kubitschek
O Plano Econômico de Juscelino (Plano de Metas) tinha como uma das suas metas a
rápida industrialização do país, promovida especialmente por estímulos às transnacionais,
especialmente às indústrias automobilísticas.

Governo Juscelino Kubitschek


A partir de 1964, a indústria brasileira foi ampliada para atender às crescentes necessidades
da população e à modernização da agricultura. O período entre 1964 e 1985 é conhecido
como "Milagre Econômico", já que nessas décadas houve maciços investimentos do Estado
por meio de financiamentos internacionais, o que aumentou muito a dívida externa brasileira.

Características da indústria brasileira atual:


A indústria brasileira atual é bastante desenvolvida. entretanto, ainda depende de tecnologia
externa. Predomina na indústria brasileira a produção de bens de consumo duráveis e não
duráveis e uma participação cada vez maior de transnacionais. Outro fator importante, é o
fato de que houve nas últimas décadas uma grande privatização da infraestrutura industrial.

A água doce Principais consumidores


Aproximadamente 97% da água do nosso O rápido crescimento populacional das
planeta encontra-se nos mares e oceanos últimas décadas levou a uma grande
sendo, portanto, salgada. Dos 3% restantes, aumento no consumo de recursos naturais,
boa parte se encontra em geleiras e reservas como a água. Entretanto, a população não
subterrânea, sobrando menos de 1%disponível é a principal consumidora direta de água.
em rios e lagos. Atualmente, cerca de 70% da água doce
Sendo assim, a água doce se configura como consumida no planeta destina-se às ativi-
um recurso extremamente valioso para a ma- dades agrícolas, 20% às atividades indus-
nutenção da vida humana e das nossas ativi- triais e apenas 10% às residenciais.
dades agrícolas. É importante ressaltar que essa dis-
tribuição varia de acordo com o nível de
Distribuição da água no planeta desenvolvimento em cada país.
A distribuição geográfica da água no planeta é extremamente desigual, tendo ocorrências
de nações onde boa parte do território conta com água doce em abundância, como o
Brasil, enquanto outros países são cortados por desertos.
Por conta disso e de outros fatores (como a falta de investimento do Estado e a má dis-
tribuição de renda) acredita-se que cerca de um bilhão de pessoas não possui acesso
mínimo à água para seu consumo. Esse acesso é definido por fontes que possam fornecer
20 litros por pessoa diariamente a uma distância que não ultrapasse os mil metros.
Entretanto, enquanto muita gente vive em meio à escassez desse recurso, um cidadão
estadunidense consome em média 500 litros por dia, sobretudo devido ao desperdício que
decorre das atividades econômicas do país.

13
Biomas brasileiros mais ameaçados
IMPACTOS AMBIENTAIS
DA POLUIÇÃO Mata Atlântica: foi quase extinta pelo
desmatamento provocado pela ocupação
Modelo primário exportador do litoral brasileiro. Resta menos de 6%
desse bioma.
Degradação ambiental é a deterioração do
ambiente, de seus nichos, hábitats e biodi- Cerrado: Assim como a Mata Atlântica, é
versidade por conta de qualquer pertur- um hotspot de conservação por conta de
bação ou alteração causada pelos seres sua grande diversidade. Atualmente é o
humanos, como o uso descontrolado dos bioma mais ameaçado pelo desmatamento
recursos naturais e a poluição. provocado pela monocultura e pecuária.

Floresta Amazônica: Grande exploração


Principais causas da degradação
madeireira e mineradora. Assim como o
ambiental no Brasil
Cerrada, vem sendo ameaçada por ativi-
dades agropecuárias.
Desmatamento causado pela exploração
madeireira, uso do solo para monoculturas
Conservação e recuperação de biomas
e pecuária e exploração imobiliária.
Os biomas brasileiros contam com uma
Poluição do solo e da água causada pelo enorme biodiversidade e são fundamentais
esgoto doméstico, resíduos industriais e para a manutenção das condições climáti-
abuso do uso de agrotóxicos e fertilizantes cas. Sendo assim, a conservação dessas
na agricultura. áreas é de suma importância.
Para isso, é necessário não só a criação de
Poluição do ar causada pela queima de novas Unidades de Conservação, como
combustíveis fósseis. também a efetiva fiscalização para incen-
Queimadas, que geralmente estão tivar o cumprimento da legislação ambien-
relacionadas à práticas agrícolas. tal presente no Código Florestal Brasileiro.

DEMOGRAFIA
Distribuição da água no planeta

População absoluta: número de habitantes de uma determinada região ou país. A China é


o país mais populoso do mundo, seguido da Índia. Segundo o IBGE, atualmente o Brasil
possui mais de 210 milhões de habitantes.
População relativa: também chamada de densidade demográfica, é a relação entre a pop-
ulação e o espaço por ela ocupado e se expressa em hab./km2.

Populoso: diz-se do país ou região em relação à sua população absoluta.

Povoado: diz-se do país ou região em relação à sua população relativa.

Crescimento vegetativo

O crescimento vegetativo de um país ou região corresponde à diferença entre a taxa de


natalidade e a taxa de mortalidade. Apesar de ser um índice importante e bastante utiliza-
do, é importante ressaltar que ele não mensura o crescimento absoluto da população, já
que não leva em consideração as taxas de imigração e emigração.

14
Teorias demográficas

Malthusiana: Em sua obra "Ensaio Geral sobre a população" (1798), Thomas Malthus afir-
mou que a população crescia em progressão geométrica, enquanto que os recursos cresci-
am em progressão aritmética. Isso, segundo ele, levaria a humanidade a guerras por conta
da escassez de recursos. Malthus foi um grande defensor do controle de natalidade, espe-
cialmente da população mais pobre, a quem ele culpava por esse desequilíbrio.

Marxista: Essa teoria é também conhecida como Reformista ou Otimista. Nessa teoria, Marx
interpreta o crescimento populacional exagerado como consequência das desigualdades
sociais promovidas pela má distribuição de renda. Sendo assim, Marx dizia que o controle
de natalidade seria ineficaz e a sua proposta para diminuir o rápido crescimento populacio-
nal seriam medidas de combate à miséria, através de uma melhor distribuição de renda.

CLIMATOLOGIA
Elementos climáticos: Fatores climáticos:

São grandezas relacionadas à atmosfera São condições ou fatores que determinam


que podem ser medidas. As principais são: os elementos climáticos ou interferem neles,
radiação, temperatura, pressão e umidade. modificando-os. Como consequência, temos
alterações nos climas deles resultantes.
Fatores climáticos de variação de temperatura:

Latitude: O aumento da latitude leva à Maritimidade: A proximidade ajuda no


queda da temperatura. Já a sua equilíbrio térmico, levando, em geral, a
diminuição, em geral, leva a um aumento uma redução na amplitude térmica.
da temperatura.
Continentalidade: Acentuação das ampli-
Altitude: O aumento da altitude faz com tudes térmicas.
que as temperaturas diminuam. A sua
diminuição, entretanto, leva a um aumento Isoterma: É uma linha presente em alguns
de temperatura. mapas que liga pontos que têm a mesma
temperatura.

Fatores climáticos de variação de pressão:


Temperatura: Quanto há um aumento de tem-
peratura, geralmente há uma diminuição de
pressão atmosférica. Já quando a temperatura
cai, há um aumento da pressão atmosférica.

15
CARTOGRAFIA Projeções cartográficas

Projeção cilíndrica Projeção cônica

Neste tipo de projeção, os paralelos e os me- Nessa projeção, os paralelos aparecem


ridianos estão retos, o que deforma as altas curvos, enquanto os meridianos são retos
latitudes (regiões polares). É utilizada nos e partem todos do topo do cone. Esse tipo
chamados planisférios, conhecidos popular- de projeção é tipicamente utilizada para
mente como mapas-múndi. representar médias latitudes.

Mercator: Nessa projeção os contornos dos Projeção Polar (azimutal ou plana)


dos continentes são preservados. Entretanto,
há deformação das áreas. Outro detalhe É tipicamente utilizada para representar os
importante dessa projeção é que ele foi muito polos. Nela vemos meridianos concêntri-
utilizado na época das Grandes Navegações e cos convergindo para os polos e paralelos
é eurocêntrica. concêntricos.

Peters: Nessa projeção da década de 1970


ocorre o contrário da de Mercator - há defor-
mação dos contornos, entretanto, suas áreas
proporcionais são preservadas. É considerada
uma projeção terceiromundista, já que que
valoriza países pobres.

Escalas
Gráfica: escala é representada por uma linha
Numérica: representa a escala através de reta graduada.
fração numérica 1/100 ou 1:100

Leitura: cada 1cm do mapa equivale a


100cm reais.
Leitura: cada um cm no mapa equivale a
200km reais.

16
SOLOS
O que são solos?
Os solos são a camada mais superficial da crosta terrestre, representados por massas natu-
rais que fazem parte da superfície, sendo capazes de abrigar vida vegetal e de outros
organismos. São resultantes da ação do clima e da biosfera sobre as rochas – seu material
de origem.

Formação dos solos


Os solos derivam da degradação das rochas causadas pelos agentes do intemperismo,
como o vento, a chuva, a correnteza dos rios, as diferenças de temperatura e a ação dos
seres vivos.
A ação desses agentes desgasta as rochas, produzindo sedimentos. Esses sedimentos
podem se acumular sobre a rocha matriz ou serem transportados através dos agentes
erosivos e depositados em alguma região onde se acumulam, dando origem aos solos.

Composição do solo

Os solos são compostos por matéria inorgânica proveniente do intemperismo (sedimentos


de rochas - materiais alterados, heterogêneos e desagregados sobrepostos) e por porções
variáveis de matéria orgânica proveniente de restos de seres vivos em decomposição

Tipos de solo

Aluviais: Formados a partir de sedimen- Eluviais - zonais: São os solos formados por
tos transportados de outros locais, materiais provenientes da rocha matriz que
como o solo de massapé. está logo abaixo deles, como a terra rocha
que é proveniente do basalto.

17
URBANIZAÇÃO
A urbanização se inicia no período feudal com a migração dos camponeses para os chama-
dos burgos, pequenas comunidades entre os feudos.
Entretanto, podemos dizer que o processo de urbanização foi alavancado pela industrial-
ização, que por conta da necessidade de mão de obra, atraiu a população dos campos para
a cidade.
Porém, é importante lembrar que atualmente, as indústrias tendem a fugir do espaço
urbano por conta dos problemas que este apresenta.
Outro fator importante a ser destacado é o fato de que a urbanização é comumente asso-
ciada à ideia de modernidade. Isso porque os espaços urbanos são tidos como o símbolo
da transição do setor primário de produção, para o setor industrial e de serviços.

Urbanização brasileira
O processo de urbanização brasileira se inicia na década de 1940. Isso porque nessa época
há um grande investimento na industrialização dos grandes centros, o que atrai a popu-
lação rural em busca de empregos de maiores rendimentos. O senso realizado nessa época
mostra que apenas cerca de 31% da população vivia nas cidades. Esse processo adquiriu
grande impulso a partir de 1970, quando a população urbana ultrapassou a rural no país.
Esse processo foi alavancado pelo chamado "Milagre econômico" que ocorreu durante a
ditadura, em que os investimentos em indústrias subiram consideravelmente e expandiu os
serviços urbanos.
Nas décadas seguintes observa-se que o Brasil continuou a se urbanizar muito rapida-
mente.

18
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Função emotiva (ou expressiva) - centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua
emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem
das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.

Função referencial (ou denotativa) - centralizada no referente, quando o emissor procura


oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa
do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.

Função apelativa (ou conativa) - centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o


comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e
você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões
e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Função fática - centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato
com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações
e similares.

Função poética - centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo


emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas
combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em
algumas propagandas etc.

Função metalinguística - centralizada no código, usando a linguagem para falar dela


mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta
outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.

Obs.: Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é


saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.

GÊNEROS TEXTUAIS

A tabela ao lado mostra que, para cada tipo textual, há variados gêneros textuais. Cada
gênero possui formas relativamente estáveis. Podemos identificar uma carta e diferenciá-la
de uma bula de remédio e de um editorial de jornal. Assim como podemos diferenciar pela
forma uma narrativa de uma dissertação. Essas formas estáveis que se encaixam na tipolo-
gia acima são chamadas de “gêneros textuais”.

Na maioria das vezes, entretanto, um texto utiliza mais de um procedimento textual. Isso
cria um texto com sequências discursivas variadas:

Exemplo - Uma crônica pode ser analisada sob vários aspectos: pode conter narrativa; pode
conter descrição; pode conter persuasão e desabafo. Cabe ao leitor perceber o tipo que
predomina. Tal predominância leva em consideração a intenção do autor ao produzir o texto.

20
Tipologia Textual
Tipologia textual Exemplos de gêneros textuais
Narração Crônica, conto, reportagem, romance,
novela, peça teatral, anedota, notícia.

Descrição Lista de compras, relatórios, atas de reunião,


descrição de objetos, descrição de pessoas

Expositiva Reportagens, notícia, textos de divulgação


científica, verbete de dicionário.

Argumentativa Dissertação argumentativa, carta argumentativa,


artigo de opinião, editorial, crônica.

Injuntiva ou instrucional Manuais, textos passa a passo, receitas,


bulas, anúncios, leis.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
O valor denotativo ou conotativo da
palavra depende do contexto em que
ela se encontra.

Denotação

A corrente de sustentação da âncora


não manteve o barco na rota.

Conotação

“a gente vai contra a corrente até não


poder resistir na volta do barco é que
sente o quanto deixou de cumprir”
(chico buarque)

POLISSEMIA, AMBIGUIDADE & REDUNDÂNCIAS


Polissemia
No âmbito da palavra, é a multiplicidade de significados que uma mesma palavra pode ter
e dependerá do contexto para estabelecer qual o sentido específico daquela palavra ou
expressão no texto. Veja exemplos de polissemia nas tirinhas abaixo:

21
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Ambiguidade

Ocorre ambiguidade ou duplo sentido quando, ao se elaborar um texto, há a possibilidade


de interpretá-lo de mais de uma forma, causando dúvida na comunicação. Esse vício ocorre
por várias razões: pontuação, colocação das palavras, uso inadequado de pronomes e
advérbios, por exemplo. A ambiguidade, entretanto, pode ser intencional, com objetivo
estilístico. Veja:

Imagem 3
A ambiguidade é provocada pela má
colocação da expressão adverbial
“com frequência”. Assim, pode-se
entender que "As pessoas que, com
frequência, consomem bebidas
alcoólicas apresentam sintomas de
irritabilidade e depressão" ou que
Imagem 1 Imagem 1 "As pessoas que consomem bebidas
Explora propositalmente a O humor da charge decorre alcoólicas apresentam, com frequên-
ambiguidade visual. da ambiguidade resultante cia, sintomas de irritabilidade e
da palavra “nada”. depressão".

Pleonasmo ou redundância é o emprego inconsciente (como vício de linguagem) ou vol-


untário (pleonasmo literário, consciente) de palavras ou expressões desnecessárias, por já
estar sua significação contida em outras expressões da mesma frase. o pleonasmo, como
vício de linguagem, contém uma repetição inútil e desnecessária dos elementos. pleonas-
mos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma ideia, sendo apenas
fruto do descobrimento do sentido real das palavras. exemplos:

Entretanto, quando o pleonasmo é intencional, ele não


é vicioso e passa ser um recurso de intensificação do
sentido (chamado de pleonasmo literário):

22
PRINCIPAIS FIGURAS DE LINGUAGEM
O uso de figuras de linguagem é um dos recursos empregados para valorizar o texto, tor-
nando a linguagem mais expressiva. Quando a palavra é empregada em sentido figurado,
não denotativo, ela passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo,
ou seja, no sentido conotativo, e isso ocorre por meio das figuras, que são verdadeiras ferra-
mentas de conotação. Veja as principais figuras de linguagem:

INTERTEXTUALIDADE
A intertextualidade é a relação que se estabelece entre uns textos e outros textos.
Todo texto se constrói como um mosaico de situações, todo texto é absorção e transfor-
mação de outro texto. Essa intertextualidade pode transparecer no texto sob várias formas:
citação (direta ou indireta), paráfrase, paródia, colagem, pastiche.

Nos textos opinativos, a citação é uma estratégia argumentativa que serve para sustentar a
tese do autor, isto é, serve para confirmar e dar valor de verdade à tese defendida. A
referência a outros autores para corroborar (ou também para refutar) uma tese é estratégia
muito usada de sustentação de uma opinião. Chama-se “argumento de autoridade”.

23
PRINCIPAIS FIGURAS DE LINGUAGEM

NORMA CULTA E POPULAR


variantes linguísticas

Linguagem verbal

É a capacidade humana de se exprimir por meio


de um sistema de sons e de significados (signos)
comum a uma comunidade. tal código comum é
denominado língua.

Para que a comunicação seja eficiente, é necessário adequar a linguagem ao contexto em


que se encontra: o que chamamos de níveis de linguagem. assim, adequamos nossa lingua-
gem às variadas situações sociais, formais, geográficas, etárias e profissionais, entre outros
parâmetros. essas variações linguísticas usadas, ao se adaptar a linguagem aos mais varia-
dos contextos, chamamos de variação linguística.

24
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Ambiguidade

Derivação palavras formadas por meio da colocação de prefixos e sufixos ao um radical (ou
palavra primitiva). exemplos: pedreiro, empoderamento, descontentamento, infelizmente.

Composição palavras formadas a partir de mais de um radical, isto é, palavra formada a


partir de outras palavras colocadas lado a lado (com ou sem hífen): mão de obra, girassol,
aguardente, célula-tronco, coronavírus.

Hibridismo palavras formadas por meio de radicais de línguas diferentes. exemplos: sam-
bódromo, brinquedoteca, antropologia, feminicídio, homofobia, tuitar.

Onomatopeia palavra criada por meio da imitação dos sons humanos, naturais ou de obje-
tos. exemplos: miau, kkkk, tique-taque.

Estrangeirismo empréstimos sem adaptações de palavras de outras línguas. exemplos: fake


news, bullying, home office.

ANÁLISE DAS CLASSES DE PALAVRAS:

um não, um nada

Homem alto

Falamos alto

Flexão: alteração da forma da palavra sem que, com isso, surja nova palavra. acrescenta-se ao
radical as desinências (nominais ou verbais) com o objetivo de atribuir-lhe informação nova.

25
RECURSOS DE COESÃO:
Pronomes e conjunções
Coesão - refere-se às relações de sentido estabelecidas entre os enunciados que compõem
um texto, de modo que a interpretação de um elemento qualquer seja dependente de
outro. a coesão é obtida em parte pela gramática, em parte pelo léxico.

Coesão referencial - recurso por meio do qual há a retomada ou a antecipação de algum


elemento (palavra ou expressão) no texto. dá-se o nome de cadeia de referência ao nexo
estabelecido entre os termos referentes. há várias estratégias de estabelecer a coesão refer-
encial no texto, dentre as principais estão a utilização de pronomes.

PONTUAÇÃO Vírgulas
PONTUAÇÃO – VÍRGULA – 10 MANDAMENTOS

26
MUNDO DO TRABALHO
O trabalho segundo Marx

Karl Marx dividia a sociedade em duas grandes classes:


a Burguesia e o Proletariado.

Enquanto a Burguesia era detentora dos meios de pro-


dução, o Proletariado, embora sendo maioria, era
obrigado a vender sua força de trabalho para garantir
sua sobrevivência. Embora se esforce trabalhando, essa
classe não consegue enriquecer devido a exploração
praticada pela Burguesia.

O trabalho segundo Durkheim


Émile Durkheim também se dedicou a investigação do trabalho, teorizando acerca da sua
divisão social. Para ele, a crescente migração do campo para cidade enquanto mão de obra
nas fábricas e indústrias, gera a especialização do trabalho. Ele se dá conta que quanto
mais especializado é o trabalho, mais laços de dependência
se formam. A divisão social do trabalho, para este autor,
promove a coesão social e, por isso, deve ser preservada.

Max Weber, assim como Marx, enxergava


no trabalho uma construção histórica.
Segundo Weber, as sociedades operam tal
qual suas condições históricas especificas
as moldaram. Nesse sentido, Webber dis-
cute a existência de uma ética do trabalho
de inspiração religiosa se desenvolve com
um senso de dever. Com isso, surge um
novo espírito capitalista, baseado nas
ideias protestantes. O Trabalho pode ser definido como:
Atividade na qual o ser humano
emprega sua força para produzir meios
para o seu sustento.

CULTURA
O conceito de Indústria Cultural foi cunhado pelos filósofos
alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer, na obra intitulada
‘Dialética do Esclarecimento’.
No capítulo ‘A indústria cultural: iluminação como
engano em massa’, os autores explicam como a
cultura popular se assemelha com uma fábrica que
produz bens culturais padronizados que visam uma
espécie de domesticação das massas.

28
Conceito de cultua:

O conceito de cultura é bastante amplo. Dentro da sociologia, podemos dizer que a cultura
corresponde a um conjunto de crenças, hábitos e conhecimentos de um povo ou de deter-
minado grupo que têm, de certas maneiras, padrões semelhantes. Sendo assim, podemos
dizer que a cultura é algo essencialmente humano e que se manifesta de diferentes formas
em diferentes sociedades.

Entretanto, para os teóricos da Escola de Frankfurt, há um fenômeno cultural que eles


chamaram de “Indústria Cultural” que tem por objetivo massificar a cultura, servindo a
ideologia capitalista. Para isso, os meios de comunicação são utilizados para a reprodução
em larga escala de “produtos culturais”, visando o lucro.

Características da indústria cultural

Visa o lucro
Padronização dos gostos e interesses dos consumidores
Massificação dos produtos
Produtos fáceis de serem consumidos
Homogeneização dos produtos culturais (filmes, músicas,
novelas, peça etc)

Exemplos da influência da indústria cultural:

Alimentação: Alguns tipos de alimentos se difundiram


tanto que parecem fazer das culturas locais.

Música: Os meios de comunicação permitem a reprodução


massiva de produções artísticas.
Durante o regime nazista na Alemanha, os filósofos Adorno e Horkheimer afirmavam que
toda produção cultural da época era voltada para o enaltecimento daquele regime, todavia,
durante sua passagem pelos EUA, também foi notado a atuação de uma indústria cultural,
que nesse caso tinha o intuito de “desviar” os olhares da população aos problemas sociais
da década de 30 que se consagrou.

CIDADANIA
O conceito de cidadão data da Antiguidade Clássica, quando cidades como Atenas se
estruturaram politicamente de maneira a assegurar direitos a uma parcela da população ao
passo que explorava as demais.

Na democracia ateniense, por exemplo, para ser considerado cidadão era preciso: ter pais
atenienses, ser ateniense, ser maior de idade, possuir terras e escravos. Vale ressaltar que,
embora a mulher fosse considerada cidadã, ela não tinha direitos políticos.

Atualmente, entende-se por cidadão o indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui
de direitos civis e políticos por esse garantidos e desempenha os deveres que, nesta
condição, lhe são atribuídos.

29
Direitos civis:
MUSIC FESTIVA
São direitos dados aos cidadãos de determinado estado ou nação. Garantem as liberdades
Lorem ips
sed diam
um dolor
sit
nonummy amet, consectetu
dolore ma nibh euismod tinc
er adipis
cing elit,
L
individuais, como o direito de pensar e se expressar, o direito de ir e vir, ou o acesso à pro-
gna aliquam idunt
erat volutp ssuts laoreet
., quis nos mm.
tru

priedade privada, por exemplo.

A Constituição Federal de nosso país dita que, os direitos e deveres do cidadão brasileiro,
devem sempre andar em conformidade, pois, quando um cidadão cumpre as suas
obrigações, o outro tem a garantia dos seus direitos.

Direitos políticos:

Consistem em uma série regras constitucionais que


1 2 3
regem a participação da população no processo
6
político de um estado. Correspondem ao direito ao
4 5

7 8 9

0
sufrágio e à representação política.

Por que precisamos ter nossos direitos garantidos?


Afinal, não somos todos iguais?

Direitos sociais:

São aqueles considerados essenciais para a construção de uma


vida digna e para o estabelecimento do bem-estar social. São
direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,
a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção
à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.

Cidadania:
É a condição de uma pessoa que pertence a um Estado onde pode gozar de seus direitos e
cumprir seus deveres.
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Meios de comunicação são instrumentos cria-
dos para que se propague a informação. Importante lembrar que as redes sociais
modificaram muito nossa comunicação.
Principais Meios de Comunicação: Se antes comunicação de massa era
Tv passiva (apenas assistíamos ao conteú-
Rádio do que chegava pela TV, por exemplo),
Jornais e revistas impressas hoje as novas TICs permitem a interação
dos comunicadores com a audiência.
Na internet:
Tecnologias da informação e comunicação
digitais.

30
Manipulação da Informação

Os impactos sociais promovidos pelos meios de comunicação


afetam muito a sociedade.

Os governos tendem a utilizar esses meios para promover o


financiamento de suas ideologias e a homogeneização do
pensamento da população.
Os regimes totalitários e autoritários, como os que acontecerem na Alemanha nazista ou
sob o governo militar no Brasil, se utilizaram de seu poder para controlar os meios de
comunicação e assim manipular as informações que chegava as massas, passando ideias
falaciosas acerca da realidade, de modo a promover os interesses de uma elite em detri-
mento ao restante da população.

“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária,


demagógica e corrupta formará um público tão
vil como ela mesma.”
Joseph Pulitzer

Mass media ou meios de comunicação de massa são um com-


plemento perfeito para disseminar, a nível massivo e sem dis-
criminação de público, quaisquer mensagens. Os intelectuais
da Escola de Frankfurt alertavam sobre perigos dessa ferra-
menta que foi bastante difundida durante a Segunda Guerra e
continua a ser utilizada atualmente.

MOVIMENTOS SOCIAIS

O conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que tem
como objetivo alcançar mudanças sociais por meio do embate político, dentro de uma
determinada sociedade e de uma determinada sociedade e de um contexto específico.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é


um movimento de ativismo político e social brasileiro. De
inspiração marxista, teve origem na oposição ao modelo de
reforma agrária imposto pelo regime militar, principalmente
nos anos de 1970, que priorizava a colonização de terras
devolutas em regiões remotas, com objetivo de exportação
de excedentes populacionais e integração estratégica. Con-
trariamente a este modelo, o MST busca fundamentalmente
a redistribuição das terras improdutivas.

31
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto fundado em 1997 é
um movimento de caráter social, também marxista. Sua atuação
política e popular advoga principalmente pelo direito à moradia,
pela reforma urbana e pela diminuição da desigualdade social.

A existência de movimentos sociais se justifica por conta das diferenças entre os indivídu-
os e, consequentemente, da exclusão de políticas e práticas voltadas para as necessidades
reais e específicas de cada grupo.

A Constituição assegura direitos básicos e essenciais, mas faz isso de forma geral, sem
levar em conta as diferenças regionais e particularidades mais específicas de determinados
grupos. Para mudar a situação de exclusão, são então formados os movimentos sociais.

Características dos Movimentos Sociais

Organização de um projeto e ideologia em comum e que


considere as propostas relevantes ao movimento

Estrutura hierárquica que possibilita várias lideranças

Ações coletivas

Organização de passeatas, greves, denúncias e marchas

Manifestações que podem ou não ser pacíficas

Revolucionários ou reformistas

32
ENTÃO THALES DISSE...
FAÇA-SE A FILOSOFIA!

Platão

Platão foi o fundador da Academia, dedicou-se a investigação


de muitos temas.
Em sua mais famosa obra ‘A República’ ele incorporou suas
teorias acerca do Mundo das Ideias para elaborar o primeiro
sistema filosófico que tratava da política, apresentando noções
obre justiça e igualdade sexual.

Foi discípulo de Sócrates, narrando as façanhas de seu mestre


ao passo que criticava os sofistas apresentando noções como
verdade e um esboço do que viria ser interpretado como Ética.

Aristóteles Fundador da escola peripatética, Aristóteles foi o mais conhe-


cido e renomado discípulo de Platão.

Professor de Alexandre – o grande – ele era contrário ao dual-


ismo platônico, alegando que o mundo é um só.

Considerado o pai da Lógica, Ética e Biologia, Aristóteles estu-


dava os fenômenos do mundo com afinco, essa investigação
metafísica foi descrita em sua filosofia primeira, que tratava
distinção entre o universal e a substância e a distinção entre as
três substâncias diferentes que formam a realidade cada uma
com sua essência fundamental.

34
ESCOLA DE FRANKFURT
Surgido no século XX, o Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt é um
dos locais de maior renome para o estudo da filosofia e da sociologia na atualidade.

Mais conhecida como Escola de Frankfurt, o instituto era formado


por intelectuais marxistas que, em geral, eram contra a visão
unipartidária propagada pela U.R.S.S.
Famosos por fazer uso da Teoria Crítica, os frankfurtianos
eram avessos tanto ao capitalismo quanto ao socialismo, em
especial aquela visão defendida pelo stalinismo.

Theodor Adorno e Max Horkheimer foram os principais


expoentes da Escola, que contou ainda com Walter Benjamin
e Habermas.

Adorno e Horkheimer elaboraram uma obra conjunta intitulada


‘A Dialética do Esclarecimento’ onde cunharam o famoso con-
ceito de Indústria Cultural.

Para eles, a cultura popular é algo análogo a uma indústria que produz bens culturais
padronizados, tais como: filmes, podcasts, revistas etc. usados para influenciar a socie-
dade a seguir os interesses das classes dominantes.

Foucault foi mais que um filósofo, ele foi um arqueólogo


do saber, isto é, ele investigou a exaustão alguns temos
caros a Filosofia, que foram expostos em sua obra ‘As
Palavras e as Coisas’ e ‘Arqueologia do Saber’.

Interessado nas mudanças estruturais que o Poder sofreu ao


longo das eras, Foucault se ocupou em demonstrar como o
século XX havia adotado um Biopoder em detrimento do
poder de morte que os governos exerciam outrora.

História da Sexualidade História da Loucura


A sexualidade faz parte da vivência Foucault investiga "a história das relações que o
humana. Entretanto, Foucault pensamento mantém com a verdade" e desnatu-
aponta que a sociedade burguesa raliza corpo, alma e psiqué considerando-os
transformou a história da sexuali- invenções histórico-discursivas, as quais só têm
dade, na qual o sexo permanece sentido se inseridas em determinados arranjos
real, mas a sexualidade é um emara- epistêmicos de produção de verdades, no caso, o
nhado de ideias construídas. Dessa surgimento das ciências humanas.
maneira, veio a repressão a qualquer
expressão de sexualidade que não Vigiar e Punir
se adeque aos novos arquétipos.
Em Vigiar e Punir Foucault investiga a evolução histórica
Assim, as pessoas que não se
da legislação penal e de que maneira o uso da punição
encaixavam ao novo padrão eram
dos corpos foi utilizada ao longo da história para a
consideradas anormais.
dominação do indivíduo e da sociedade.

35
ÉTICA
Umas das primeiras reflexões filosóficas sobre as questões morais
foi protagonizada por Sócrates, que almejava estabelecer juízo
crítico racional para distinguir a verdadeira virtude via dialogo e
reflexão.

Seu discípulo Platão, foi influenciado por esta ideia, mas pensava
também que os conceitos morais deveriam residir simultaneamente
no indivíduo e na cidade como meio de alcançar a felicidade.

Já Platão entendia que uma pessoa só pode tomar decisões


corretas quando a parte racional da sua alma fala mais alto.

Nesse sentido, e de maneira geral, a Ética para os gregos


visava alcançar felicidade, isso pode ser visto na primeira
obra sistemática sobre o tema. Ética a Nicômaco foi o
primeiro tratado de Ética do Ocidente que se tem relato.
Para John Mill, a Ética se pauta na ideia
de que todas as ações morais tem
como meta à utilidade em vista da
realização da felicidade.

Entendendo a felicidade como nossa maior realização é preciso


que cultivemos a virtude e aprimoraremos nosso caráter.
Dessa forma, a utilidade é o critério que deve orientar a escolha da ação moral.

A Ética é parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam,
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da
essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes na sociedade

Por fim, a Ética de Kant atenua a importância da felicidade


em relação às ações morais que praticamos. Todavia, para o
prussiano a moralidade vigente não deve impor ao indivíduo
o que ele deve fazer, e sim o indivíduo deve impor a si
mesmo uma moral. Ora, desse ponto de vista a moral tran-
scende à história, à cultura e à tradição.

Portanto, Kant valoriza a autonomia, já que coloca o


indivíduo na posição de legislador da sua própria mora em
detrimento de uma moral exterior. Assim sendo, todos nós
somos capazes de pensar como devemos agir. A moral, na
perspectiva kantiana, tem como base a lei - determinada
pelo próprio indivíduo, que agirá de maneira correta pois é
seu dever, enquanto sujeito racional fazê-lo.

36
FILOSOFIA MODERNA
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli foi um filósofo defensor da
monarquia. Para ele o sucesso de uma nação é a meta de todo
governante.

Em sua obra mais conhecida ‘O Príncipe’, ele aconselha o gover-


nante a não ser limitado pela moralidade e devendo alcançar
seu objetivo independente dos meios necessários.

Um dos pontos mais centrais do pensamento de


Maquiavel é a dicotomia entre virtude e sorte, que
estabelecem os valores de um bom governo.

Thomas Hobbes foi um filósofo inglês defensor da monarquia.

Em sua principal obra ‘O Leviatã’ Hobbes revolucionou o modo de


pensar a política, pois ele foi além da discussão existente, indagando
acerca da origem do Estado. Se para Machiavelli, o problema em
questão girava em torno da conservação do poder, para Hobbes, o
problema é a conservação do próprio homem.
Com a intenção de defender o absolutismo inglês, suas
imputações sobre o Estado de Natureza e a necessidade de
manter-se um poder soberano foram muito utilizadas.

John Locke foi outro filósofo inglês que se consagrou om suas teorias
políticas. Famoso por suas ideias empiristas, Locke defendia um gov-
erno baseado no Direito Natural dos seres humanos, antagonizando o
absolutismo defendido por Thomas Hobbes.

Locke afirmava que nós possuímos direitos natos, isto é, ao nascermos


já possuímos o direito à vida, à propriedade e à liberdade. Desse
modo, não cabe ao Estado cercear tais direitos. Sua obra mais influ-
ente sobre a política foi ‘Dois Tratados Sobre o Governo’.

Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo francês defensor obstinado da


liberdade. Ele dizia que: ‘O Homem Nasce Livre e Por Toda Parte Encon-
tra-se Acorrentado’. Tal afirmação corrobora em parte com os princípios
defendidos por John Locke.

Em sua obra ‘Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigual-


dade entre os Homens’ ele dialoga com Hobbes ao repensar o conceito
de Estado de Natureza. Para Rousseau, o ser humano em seu estado
natural seria uma pessoa de bem, que foi corrompida pela sociedade.

37
RACIONALISMO
O Racionalismo é uma corrente filosófica que privilegia a
razão como meio de conhecimento e explicação da realidade.
Seus principais expoentes foram René Descartes, Gottfried
Leibniz e Baruch Espinoza, contudo Platão já operava nessa
linha com suas ideologias.
O pensamento racionalista visa conhecer o mundo, de
modo não aceitando qualquer elemento empírico como
fonte do conhecimento verdadeiro. Nesse sentido, as
ideias racionalistas têm um ponto de vista inatista, ou
seja, derivam do intelecto e da pura racionalidade.

CRITICISMO
O Criticismo é uma corrente filosófica que
EMPIRISMO pretendeu pôr um fim a contenta entre o
Racionalismo e o Empirismo. Pensada por
O Empirismo é a corrente filosófica pauta-
Immanuel Kant, essa vertente busca os limites
da na noção de que todo conhecimento
daquilo que pode ser conhecido, de modo se
válido só pode ser obtido única e exclusiv-
utilizar das noções apriorísticas da doutrina
amente da experiência.
racionalista para fundamentar conceitos
primordiais da nossa existência, ao passo que
Seus principais expoentes foram David
se vale das noções empíricas para fundamen-
Hume, Francis Bacon e John Locke, entre-
tar os conhecimentos a posteriori.
tanto suas origens podem ser retomadas
desde Aristóteles.
Essa corrente filosófica faz uma análise crítica
da realidade, que foi divida por Kant em três
O pensamento empirista pressupõe que o
grandes obras: A Crítica da ‘Razão Pura’, a
conhecimento sobre o mundo se dá a
‘Crítica da Razão Prática’ e a ‘Crítica do Juízo’.
partir da captação do mundo externo,
através dos sentidos, descartando as
verdades apriorísticas e inatas.

38
MACHADO DE ASSIS E O REALISMO
Machado de Assis é um dos escritores mais importantes da língua por-
tuguesa e o ENEM reconhece isso. É comum que tenhamos questões de
interpretação de texto sobre a obra Machadiana. Para resolver essas
questões vale pensar em algumas características típicas do Realismo
brasileiro e do escritor, tentando aplicá-las a sua interpretação.
A tentativa de representar a realidade externa, os cenários,
as reações e o tempo, por exemplo, é chamada de Veros-
similhança. E mesmo que isso seja uma característica típica
do Realismo, e apareça na obra Machadiana, há também a
sacada literária mais interessante: nem tudo que parece é!
E Machado é mestre nessa arte, ele é o rei da ironia.

Sabe-se que muitas vezes a fala de um personagem ou narrador machadiano parece um


elogio ou uma brincadeira inocente, mas na verdade está fazendo uma forte crítica. E a
crítica social é frequente nos livros, contos ou crônicas do escritor. A burguesia e a hipocri-
sia da sociedade do século XIX são fotografadas em suas falhas e usos de poder, o que faz
dos textos literários um retrato da sociedade abastada e dos cenários cariocas.

É bom também lembrar que o escritor é quase um fundador da literatura psicológica. Os


personagens Machadianos saem da superficialidade do Romantismo e passam a ser mostra-
dos de forma aprofundada, observando a individualidade e as dualidades, tanto nos
fenômenos emocionais, como nos psicológicos.

Para fechar: ainda que o dilema de Dom Casmurro


“Traiu ou não traiu” seja o mais conhecido da obra do
escritor, vale lembrar que existem outras obras nas
quais o narrador deixa dúvidas sobre acontecimen-
tos, em contos como “Uns braços” e a “A missa do
galo” isso também acontece. Fique atento (a)
também a esse aspecto.

LINGUAGEM REGIONALISTA
E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Em se tratando de linguagem não normativa e variações linguísticas lembre-se que se defi-


nem por expressões orais e escritas de diferentes comunidades e regiões.

A linguagem não normativa, ou não gramatical, aparece com frequência nas provas do
ENEM. Sendo assim, é importante saber que existem distintas possibilidades de fala e que
isso pode ou não ser variação regional. Por isso, ponha a atenção nos vocábulos para não
confundir Brasil com Regiões específicas.

40
Na literatura pode-se destacar a representação dos regionalismos feitas pelos escritores do
Modernismo da Segunda Geração, a prosa de 30.

Esses escritores são figuras importantes da vertente regionalista, já que falam sobre os seus
lugares, apresentando os cenários de forma plástica e falando sobre a cor local (se refere ao
texto que apresenta especificidades de um lugar - dialetos, costumes, história e topografia).

Na Segunda Geração do Modernismo, encontram-se importantes autores, principalmente da


região nordeste do país:

Jorge Amado, que Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego
desenvolve os cenári- que aborda a escritora crítica, que o pai da triologia da
os da Bahia e aponta questão do sertão, trabalha os ambientes cana de açúcar e o
as diferenças de a psicologia e os do Sertão e também as retrato da decadên-
classe social questionamentos relações interpessoais. cia coronelista.
sobre a vida.

Não é incomum que na obra desses escritores


apareçam histórias do cangaço!

Há um outro escritor da Geração de 45, a terceira


geração Moderna, Guimarães Rosa - que trabalha
com mistura de linguagens, desde a arcaica até os
regionalismos - e tem como características da sua
Ainda da geração de 30, vale falar narrativa o olhar para a cultura popular e o mundo
sobre o regionalismo gaúcho que do Sertão. Ele também usa os narradores e person-
aparece com Érico Veríssimo agens para pensar suas psicologias e misticismos.

Última dica: Lembrar também que o Cordel, um tipo de poesia popular que tem como
berço de ouro o nordeste, que conta histórias do cotidiano e se constrói em versos rimados
e musicais.

41
VANGUARDAS EUROPEIAS
Antecessoras da Semana de Arte Moderna, a Semana de 22, as Vanguardas Europeias foram
alicerces para a construção da arte do século XX. Revolucionários, os artistas das diferentes
correntes, abriram portas não somente na literatura, mas também nas artes visuais. Sendo
assim, acabam aparecendo de maneira recorrente no ENEM com imagens e textos

Principais Vanguardas Europeias e suas características:

Futurismo
ode à velocidade e ao novo, culto à violência e formas em movimento. Na literatura se apre-
senta centralmente com a fragmentação do verso ou do parágrafo.

Surrealismo
estética do sonho e do inconsciente, trabalha com imagens oníricas, e aposta na escrita
automática.

Dadaísmo
reconstrução dos princípios artísticos, transformação dos objetos cotidianos em peças de
Arte Moderna; na literatura, a destruição do verso e a formação de imagens com palavras.

Cubismo
tem destaque centralmente nas artes plásticas,
o artista mais conhecido é Picasso.

Existem outras vanguardas que aparecem, mas


mais voltadas às experiências de artes plásticas,
como o Fauvismo ou o Impressionismo. O impres-
sionismo na literatura brasileira aparece no livro
“O ateneu” ou nas obras de Raul Pompeia.

SEMANA DE
ARTE MODERNA
A Semana de Arte Moderna aconteceu em 1922 e pode
ser considerada um rio divisor de mundos. Isso porque a
Semana de Arte Moderna rompeu com o conservadoris-
mo, com o preciosismo e com a repetição e cópia euro-
peia, que muito seguíamos até o século XIX.

42
Criou a chamada Geração Revolucionária - a Primeira Geração Moderna - que conferiu
destaque para Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira. Essa geração
trouxe para as nossas artes um olhar para a linguagem popular, o uso da crítica irônica
contra os passadistas ou puristas da arte, retratos das cidades, vide o famoso “Pauliceia
desvairada” de Mario de Andrade.

De todos os escritores dessa geração se destaca como o mais irreverente, Oswald de An-
drade, que usa poemas pílulas e fragmentação do texto, buscando semelhança com a
linguagem dos takes de cinema e reproduzindo no texto as expressões populares.

Aqui também está Manuel Bandeira, o poeta de Pasárgada e do Pneumotórax.

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.


A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

— Diga trinta e três.


— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
— Respire.
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o
pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

SEGUNDA GERAÇÃO MODERNA


Os Poestas
A Segunda Geração Moderna é marcada pela maturidade
das conquistas da Primeira Geração. Diz-se maturidade
porque existe o entendimento de que se pode seguir pro-
duzindo os versos livres e de libertação que nasceram com
os primeiros Modernistas, mas também entenderam que
podiam utilizar formas tradicionais como o soneto ou os
romanceiros.

Destaca-se aqui a produção de Cecília Meireles. A poetisa


tem como característica a passagem pelo mundo sensorial
(o que aponta a influência do Simbolismo. Cecília é chama-
da de neo simbolista), a melancolia, a morte, o amor, as
marcas da passagem do tempo e também um olhar sobre o
mundo contemporâneo.

43
Um dos poemas mais conhecidos da escritora
chama “Retrato”, ele apresenta bem os ele-
mentos constitutivos do conjunto literário de
Cecília Meireles:

“Eu não tinha este rosto de hoje, Vale lembrar que no olhar para o mundo em
assim calmo, assim triste, assim magro, que vivia, Cecília Meireles criou uma ponte
nem estes olhos tão vazios, com o passado resgatando a história da
nem o lábio amargo. Inconfidência Mineira, falando sobre liberdade,
sobre a função da palavra (metalinguagem),
Eu não tinha estas mãos sem força, incorporando elementos líricos e épicos. O
tão paradas e frias e mortas; livro “Romanceiro da Inconfidência” é consid-
eu não tinha este coração erado uma das mais importantes obras de
que nem se mostra. Cecília e pertence a sua chamada fase social.

Eu não dei por esta mudança,


tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Outro poeta dessa geração é Carlos Drummond de Andrade,


mineiro que se destaca pela temática do conflito entre o
homem e o mundo. Em seus textos e livros iniciais aparece a
temática do Gauche, aquele que é perdido, desencontrado
no mundo: “quando eu nasci, um anjo torto/ desses que
vivem na sombra/ Disse: vai, Carlos! ser gauche na vida”

Drummond se caracteriza pela liberdade do verso, utilizan-


do-se de versos brancos e de diferentes tamanhos de
poemas. Em seus poemas é comum perceber a reflexão
sobre o fazer poético, com foco na necessidade de
entender a palavra e o fazer poético, em um longo
trabalho muito mais voltado para a “transpiração” que
para a “inspiração”: “Não faças versos sobre acontecimen-
tos./ Não há criação nem morte perante a poesia./ Diante
dela, a vida é um sol estático,/ não aquece nem ilumina.”

Um dos mais importantes livros do escritor, de sua fase


social, tem como título “A rosa do Povo”. Nele é comum
temáticas que abordam a Segunda Guerra Mundial, a
vitória soviética sobre o Nazismo e a violência cotidiana.

44
GERAÇÃO DE 45
Terceira Geração
Essa geração do Modernismo abraça grandes escritores da nossa literatura, como João
Cabral de Melo Neto e Guimarães Rosa, autores que têm aparecido frequentemente na
prova do ENEM. Mas, aqui vamos duas escritoras que se repetem ano a ano na nossa prova:
Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles.

Vale começar dizendo que esse ano temos a efeméride de Clarice Lispector, que se
estivesse viva, no ano de 2020 completaria 100 anos. Então, fiquem bem ligado(a)!

É comum associar a escritora ao psicologismo literário, inclusive essa característica dá nome


a 3ª Geração Moderna, chama-se também Geração Psicológica. A literatura de Clarice é
intimista e introspectiva, já qie muito da sua narrativa envolve o pensamento e longas inves-
tigações sobre os sentimentos.

É comum associar a escritora ao psicologismo literário, inclusive


essa característica dá nome a 3ª Geração Moderna, chama-se
também Geração Psicológica. A literatura de Clarice é intimista
e introspectiva, já qie muito da sua narrativa envolve o pensa-
mento e longas investigações sobre os sentimentos.

Para isso, Clarice muda o tempo da narrativa saindo da cronolo-


gia temporal, investindo no tempo psicológico. As narrativas
são predominantemente urbanas, assim como predominam
também personagens femininas como protagonistas.

Além de Clarice, a escritora Lygia Fagundes Telles também é importantíssima. Nas suas
obras existe uma investigação da dimensão psicológica das personagens. Seus contos e
romances desenvolvem uma perspectiva de entrelaçamento entre diferentes mulheres e
também diferentes gerações. Suas obras propõem-se a pensar as relações sociais e íntimas
das personagens, percebe-se o desenvolvimento dessas tramas em livros como “Ciranda de
Pedra” ou “As Meninas”.

Influenciada pelo Realismo Fantástico, a escritora construiu


contos com mistérios, tensionamentos e fantasias.

O Realismo machadiano também aparece na obra de Lygia.


Fica a dica da Leitura do conto “A missa do Galo” que é
uma obra referenciada no conto homônimo de Machado.

Não se pode esquecer também que Lygia Fagundes Telles


abordava temáticas sociais e analisava o contexto sócio
político do Brasil.

45
CANÇÃO POPULAR
A interpretação de canções no ENEM passa por
autores como Chico Buarque e Vinicius de
Moraes (autor que também faz parte da Geração
de 30, ou segunda fase do Modernismo).
Em geral, as músicas desses compositores apa-
recem com um olhar para as relações interpes-
soais, o amor e também para a forma do texto.

Nas canções buarqueanas há fortes críticas


sociais. Há em seus conteúdos a crítica à ditadu-
ra militar, ao poder político e também resgates
históricos. Chico ficou muito famoso durante os
grandes festivais de música da década de 60,
onde teve canções vencedoras como é o caso de “Roda Viva” e “Sabiá”. Outro fator de
destaque na obra de Chico é o uso do eu-lírico feminino, muitas de suas canções falam
sobre o sentimento das mulheres em uso de primeira pessoa.

Vinícius de Moraes é um dos fundadores da bossa nova no


Brasil. Esse movimento musical expressava-se na canção
falada, pensando na internacionalização da música brasileira.
As músicas versam sobre o amor, sobre a beleza e tinham
como cenário a natureza e os encantos do Rio de Janeiro.
Vinícius ficou marcado pelos temas do amor, da saudade, do
abandono, do cotidiano e da boemia.

Vale começar dizendo que esse ano temos a efeméride de


Clarice Lispector, que se estivesse viva, no ano de 2020
completaria 100 anos. Então, fiquem bem ligado(a)!

Vale lembrar também que além desses dois importantes nomes, o ENEM já trouxe músicas
de rap e hip-hop como é o caso dos Racionais MC’s, ou músicas do rock brasileiro como a
canção de Cazuza. Também há um destaque especial nas provas para a importância do
Tropicalismo (movimento que surgiu com a influência da contracultura norte americana,
do pop nacional e internacional misturando manifestações tradicionais da cultura brasileira
a inovações estéticas internacionais) onde se destacam compositores como Caetano
Veloso e Gilberto Gil.

46
POESIA CONCRETA
Os poemas do Concretismo - movimento que nasce na década de 50 e que utiliza a lingua-
gem mista (verbal e não verbal) trazendo elementos da estética pop e também da propa-
ganda e o grafismo - são importantes e exercem influência em diferentes tipos de poesia
construídas a partir dessa época.

Observe como funcionam os elementos de imagem e texto no poema abaixo:

Outro ponto importante de ser destacado é que o Concretismo utiliza de diferentes influên-
cias da propaganda e também de marcas de produtos. Como se constrói num momento em
que há fluxo grande de importação de bens de serviço e também da popularização da tele-
visão, os poetas dessa fase utilizam dessas diferentes linguagens para criar sua lírica. Há até
mesmo poemas que falam da Coca-cola, por exemplo.

Além de Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari - que são os fundadores
do Concretismo, temos poetas e musicistas importantes como Arnaldo Antunes e Tom Zé.

O Concretismo também se desenvolveu nas artes visuais: com a escultora Lygia Clark e o
artista e performer Hélio Oiticica.

POESIA MARGINAL
A literatura marginal é também chamada de Geração Mimeógrafo - um aparelho de cópia
manual, no qual se usa álcool, papel e uma matriz para reproduzir textos e imagens. A asso-
ciação com o aparelho vem porque os artistas reproduziam suas obras de forma individual e
artesanal, fora do mercado literário e dos grandes centros culturais.

São influenciados pela contracultura estadunidense, o movimento hippie, a literatura Beatnik


e os panteras negras. Por isso é possível encontrar forte crítica social envolvendo a ditadura
cívico militar de 64. Algumas vezes, como em poemas de Cacaso, percebe-se a crítica à
tortura e aos métodos do regime:

47
Aquarela Além da crítica social, vê-se temas como o amor e
erotismo. Em alguns autores como Ana Cristina
O corpo no cavalete Cesar e Caio Fernando Abreu, aparece a chamada
é um pássaro que agoniza “sexualidade desviante”, porque traziam a homos-
exausto do próprio grito. sexualidade como tema. Nas obras encontramos
As vísceras vasculhadas também muitas referências às questões do cotidia-
principiam a contagem no e das vidas periféricas.
regressiva.
No assoalho o sangue A maioria dos poemas são textos curtos, não exclu-
se decompõe em matizes indo a possibilidade de textos maiores e até mesmo
que a brisa beija e balança: a produção de romances e contos. A linguagem é
ο verde – de nossas matas composta por traços de oralidade e também de
ο amarelo – de nosso ouro gírias, é possível encontrar humor, sarcasmo e
ο azul – de nosso céu linguagem mista - charges ou Hq’s.
ο branco o negro o negro

CRÔNICA MODERNA
E CONTEMPORÂNEA

A crônica é um texto curto, com linguagem


simples e de fácil acesso, normalmente
publicada em jornais e revistas e tem uma
variabilidade temática. Pode ser literária -
narrativa, reflexiva, poética - ou não literária
- jornalística ou futebolística, por exemplo.

No ENEM é comum perceber a interpretação de


crônicas . Luis Fernando Veríssimo, por exemplo, é
um cronista comum às provas. Para além dele, vale
ressaltar a produção de Fernando Sabino, Rubem
Braga e o já citado Carlos Drummond de Andrade.
Aqui também vale destacar a obra de Marina
Colassanti ou Martha Medeiros.

No ENEM é comum perceber a interpretação de crônicas . Luis Fernando Veríssimo, por


exemplo, é um cronista comum às provas. Para além dele, vale ressaltar a produção de
Fernando Sabino, Rubem Braga e o já citado Carlos Drummond de Andrade. Aqui também
vale destacar a obra de Marina Colassanti ou Martha Medeiros.

48
DICAS PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES
DE ESPANHOL NO ENEM
Você sabe que, no geral, as questões de línguas estrangeiras no ENEM são de interpretação
de texto, ou seja, elas avaliam se você compreendeu ou não a mensagem central daquele
texto ou trecho, correto? Por essa razão, é importante que você tenha consciência de que
você não deve perder tempo com palavras isoladas! O ideal é sempre tentar entender o
contexto da frase, oração ou parágrafo.

Para isso, é importante que você tenha certo conhecimento de vocabulário. Conhecimento
esse que você adquire estando em contato com a língua, lendo e consumindo conteúdo
escrito. Assim, você não vai ter necessidade em traduzir a língua, e vai compreendê-la na
sua forma e estrutura.

Além dessa primeira dica, vamos te dar outras cinco diquinhas bem importantes para você
arrasar interpretação de texto:

DICA NÚMERO 1 LEIA PRIMEIRO O ENUNCIADO

Ao ler o enunciado, você já vai ter uma ideia do que deve procurar durante a leitura do
texto. Importante atentar-se a termos como: subrayada (sublinhada) / hueco (espaço) /
con excepción de (com exceção de)/ en negrita (em negrito) / señalado (assinalado) /
palabra destacada del texto/ correcta / incorrecta.

DICA NÚMERO 2 IDENTIFIQUE O GÊNERO TEXTUAL

Após fazer uma leitura atenta do texto, identifique o gênero que se trata. Isso é muito
importante para identificar a quem aquele texto está direcionado. Busque identificar quais
as intenções do autor, qual contexto está inserido. Além disso, identificar o gênero também
te ajuda a compreender a linguagem empregada, se é formal (uso de usted) ou informal
(uso de tú ou vos).

DICA NÚMERO 3 LEIA AS ALTERNATIVAS COM ATENÇÃO

Após fazer a leitura do enunciado, faça uma leitura atenta das alternativas de resposta.
Parece uma dica lógica, mas às vezes é a falta de atenção que nos faz perder uma questão.
Elimine as mais absurdas, que estão longe da resposta correta. Assim, fica mais fácil identi-
ficar a alternativa correta.

DICA NÚMERO 4 CUIDADO COM AS PALAVRAS NUNCA/SEMPRE/AS VEZES

Elas podem te induzir ao erro, pois os extremos são perigosos. Então, sempre que essas
palavras aparecem, volte ao texto e te certifique se é isso mesmo, com extremismo, que o
autor quis dizer. Se ele não expressou esse extremismo, você não pode afirmá-lo.

52
DICA NÚMERO 5 CUIDADO COM OS FALSOS AMIGOS

Cuidado com aquelas palavras que parecem mas não são. Elas são heterosemânticas, ou
seja, palavras em espanhol que são muito parecidas com alguma outra no português, mas o
seu significado é completamente diferente. Então vale a pena reservar um tempinho para
estudar os falsos amigos mais comuns, pois eles podem fazer você compreender o texto de
maneira equivocada.

CONECTORES TEXTUAIS

As conjunções são aquelas palavras que conectam as ideias, que não deixam as frases soltas,
para que assim se forme o texto. Temos vários tipos de conjunções que expressam diferentes
sentidos: tempo, causa, concessão, finalidade, entre outras.

Selecionamos as que mais se diferem do português para que vocês possam arrasar na prova!

Pero Sino
Me gusta el cine pero prefiero el netflix. No me gusta el cine sino el netflix.
(Eu gosto de cinema mas prefiro o netflix) (Eu não gosto de cinema, mas sim de netflix)
O "mas" também existe no espanhol, mas é "Sino" é usado depois de uma oração negati-
uma forma mais arcaica. Coloquialmente se va, e em português equivale ao "senão" ou
usa "pero". "mas sim".

Mientras Aún

Miro películas mientras cocino Aún no he visto la película.

(Vejo filmes enquanto cozinho) (Ainda não vi o filme)

Aunque

Aunque me guste el netflix, prefiero el cine


(Ainda que eu goste de netflix, prefiro cinema)

Já que o AÚN significa ainda, o AUNQUE significa "ainda que"

PALAVRAS HETEROGENÉRICAS

As palavras heterogenéricas são aquelas que são semelhantes entre duas línguas porém têm
gêneros diferentes. Ou seja, uma palavra que em português é do gênero feminino mas em
espanhol é do gênero masculino, ou vice versa.

52
Exemplo de algumas palavras que em português são do gênero masculino, mas no espanhol
são do gênero feminino.

Mas vamos te passar um macete para te ajudar a identificar as palavras que são do gênero
femino em espanhol: Todas as palavras que terminam com AJE, são masculinas, exemplo:
el personaje, el equipaje, el viaje.

Agora, algumas palavras que em português são do gênero femenino, mas no espanhol são
do gênero masculino.

Para te ajudar a saber as palavras que são do gênero masculino em espanhol também tem
um macete. As palavras que terminam com AJE, são masculinas, exemplo: el personaje, el
equipaje, el viaje.

Também são masculinas as cores, os dias da semana, os meses e os números: el amarillo (o


amarelo), el lunes (a segunda-feira), el enero (o janeiro), el ocho (o oito).

PRETÉRITO SIMPLES X PRETÉRITO COMPOSTO

Primeiro, você sabe porque é importante saber a diferença entre os pretéritos simples e
composto?

A verdade é que os dois pretéritos são traduzidos igualmente para o português, entretanto,
no espanhol eles cumprem funções diferentes. Mas antes, é importante relembrar os dois
pretéritos.

Vamos começar com o pretérito composto:

Ele tem esse nome porque é composto pelo verbo auxiliar "haber" mais um verbo no particí-
pio, como por exemplo: he dormido mucho esta semana. (Dormi muito essa semana)

Lembre-se que o verbo "haber" vai ser conjugado de acordo com o sujeito, já o verbo no
particípio não muda sua forma.

Já o pretérito perfeito simples, leva esse nome porque, diferente do pretérito composto, ele
não tem um verbo auxiliar.

No pretérito perfeito simples, o verbo é conjugado de acordo com o sujeito, exemplo:


yo comi, tu comiste, él comió…

52
Mas voltando ao tema principal, qual a diferença de uso entre eles? Nós já vimos que eles
têm diferença na escrita, mas ela vai além:

Ele costuma aparecer junto com um marcador temporal de tempos não finalizados, como:
hoy (hoje), hoy en día (atualmente), ese año (este ano), esa semana (esta semana)…

Já o Pretérito simples é usado em tempos passados finalizados, como por exemplo: ayer no
fui a la fiesta de María. (Ontem não fui na festa da Maria)

Ele costuma aparecer junto com marcadores temporais de tempos já finalizados, como: ayer
(ontem), año pasado (ano passado), 1994, mes pasado (mês passado), semana pasada (se-
mana passada), uma data específica que já passou...…

Mas afinal, porque é importante saber isso?

Conhecer as diferentes formas do passado e como e quando são usados podem te ajudar na
interpretação e compreensão dos textos na prova, assim como na hora de encontrar a alternativa
que corresponde a resposta correta, fazendo assim uma interpretação mais acertada do texto.

DICAS RÁPIDAS
Para finalizar, algumas dicas rápidas que podem te ajudar muito na hora de interpretar os
textos da prova.

A primeira é: não confunda o passado com o futuro. Mas como assim, prof? Você pergunta, e
nós respondemos: em espanhol é muito comum as pessoas confundirem a parte final dos
verbos entre passado e futuro, por isso lembre-se sempre que:

Os verbos em pretérito simples, em espanhol, são marcados pela finalização "rón";

Exemplo:
Ustedes estudiaron mucho y aprobaron en el exámen. (Vocês estudaram muito e aprovaram
na prova);

Já o futuro é marcado pela finalização "rán", com o A;

Exemplo:
Ustedes estudiarán y aprobarán en el exámen. (Vocês estudarão e aprovarão na prova.)

A segunda dica é: palavras monossílabas não tem acento… Exceto aquelas que têm a mesma
grafia mas significados diferentes, por exemplo:

Té (chá) x Te (Pronome)
Sí (sim) x Si (Condicional)
Él (ele) x El (Artigo masculino: o)
Más (mais) x Mas (mas - igual pero)

Ah, e um erro bastante comum é colocar acento na conjugação do verbo ser em terceira
pessoa. Em espanhol, quando falamos "ella es muy inteligente", este "es" não é acentuado.

52
POR ONDE COMEÇAR UMA QUESTÃO
DE INGLÊS NO ENEM?

Assim que você abre seu caderno de prova no primeiro dia


do ENEM, você se depara com as questões de Língua
Estrangeira. No caso de inglês, esta vai ser literalmente a
primeira questão que você verá. E muitas vezes, o que
acontece é uma vontade muito grande de sair lendo o
texto, sem pensar muito. No entanto, é importante pensar
em algumas coisas antes de chegar nesse ponto. Nesse
texto irei mostrar pra você porque é mais interessante
começar uma questão de Inglês no Enem lendo primeiro o
enunciado, depois disso fazer a leitura do texto e só então
ir para as alternativas.

A prova de Inglês do Enem é diferente de alguns outros vestibulares e provas do país. Para
um único texto teremos uma única questão sendo feita. Por conta disso, não há motivos
para lermos o texto antes de lermos o enunciado. É no enunciado que teremos uma contex-
tualização, e mais importante ainda, a pergunta feita para aquela questão. É com ela que
sabemos o que procurar no texto. Se você começa a leitura pelo texto em si, antes do enun-
ciado, você não sabe que informação estará procurando, e pode acabar lendo um texto
muito longo à toa, já que a informação que você quer buscar é muito específica. Para com-
bater isso, comece sempre uma questão pela leitura do enunciado.

Mas e então, por que não ler as alternativas antes do texto também? Esta já é mais uma
questão de preferência, mas eu ainda recomendo que deixe as alternativas para o final.
Você não sabe ainda do que o texto trata, e ler as alternativas antes da hora pode encher
sua cabeça com informações que não estão presentes no texto. É possível que uma alterna-
tiva, apenas por estar bem escrita, chame sua atenção e você a considere correta sem nem
saber do que se trata o texto. E então, enquanto você lê o texto procurando a resposta,
você tenta encontrar justificativas que tornaram aquela alternativa correta, ao invés de
realmente procurar a resposta da questão.

Por conta disso, é melhor que você siga esta


ordem na resolução de questões de Inglês no
Enem: comece pelo enunciado, para saber a
pergunta feita. Depois disso, faça a leitura do
texto, procurando essa informação que res-
ponde a pergunta. E, por final, leia as alterna-
tivas e assinale a que mais se aproxima do
que você acha ser a resposta. Esse é o jeito
que equilibra da melhor forma a segurança ao
fazer uma questão e a economia de tempo.

52
INTERPRETAÇÃO DE MÚSICAS E POEMAS
NA PROVA DE INGLÊS DO ENEM

Ultimamente está cada vez mais comum essa forma literária aparecer em provas de inter-
pretação de texto. Músicas e poemas fazem parte do nosso dia a dia, nada mais justo esta-
rem presentes também em nossos exames nacionais. Mas de que forma você trabalha uma
questão dessas?

Letras de músicas, assim como poemas, muitas vezes são extremamente subjetivas, e
variam muito de significado conforme a interpretação de cada pessoa que a ouve ou lê.
Sendo assim, uma questão de interpretação em cima de um texto como esses é feita com
muita cautela, para que não se abram brechas interpretativas. Sabendo disso, é notável que
grande parte das questões envolvendo essa forma de texto trabalha coisas bem pontuais e
que não estão abertas para outras interpretações. Músicas que expressam relatos pessoais,
contando histórias e acontecimentos são muito comuns. As questões podem ser tão sim-
ples quanto entender que “he was only 23 / gone before he had his time [...] I didn’t have a
chance to say goodbye” se trata da perda de um amigo que faleceu ainda jovem, como
estava em uma questão do Enem de 2019.

Contudo, algumas vezes os enunciados de questões


envolvendo este formato de texto são mais traba-
lhosos. Em uma questão do Enem 2020 tivemos
o seguinte enunciado: “O escritor nigeriano
Chinua Achebe traz uma reflexão sobre a situa-
ção dos refugiados em um cenário pós-guerra
civil em seu país. Essa reflexão é construída no
poema por meio da representação de uma mãe,
explorando a(s)”. Entender o que está sendo
pedido já é metade da questão. Por mais que
pareça, o enunciado não pede que você
explique algo sobre a mãe no poema em
questão, e sim que você veja de que maneira a reflexão mencionada (situação dos refugia-
dos) é explorada no texto. Que elementos do poema remetem à situação? As descrições de
cada elemento? Os personagens mencionados? As localizações? É necessário compreender
de que forma este poema faz você refletir, pensar e entender a situação dos refugiados. A
resposta irá tratar muito mais de como o poema foi escrito do que algo que foi dito no
poema em si.

Mesmo assim, uma questão como essa, por mais difícil que pareça ser, ainda pode ser resol-
vida por eliminação de alternativas, e é esta a dica final que quero dar. Questões mais aber-
tas à interpretação como esta última são complexas e podem não ter uma única aborda-
gem, ou pode ser que você tenha pensado em diversas respostas possíveis antes de ler as
alternativas. Por isso é importante que você tente, ao ler cada item da questão, justificar o
porquê deste item estar incorreto. O que torna esse item falso? Eu consigo localizar no
texto algo que anula esta alternativa? E assim, mesmo a questão sendo complexa, você
consegue chegar em um último item que não está errado.

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É muito comum assistir videoaulas no youtube que falam como algumas técnicas de leitura vão
te salvar no Enem, e os nomes citados são sempre os mesmos: Scanning e Skimming. Será que é
verdade que essas técnicas fazem toda a diferença? E afinal, o que são elas de fato?

Muito cuidado ao achar que essas técnicas, por terem nomes em Inglês, são conceitos
novos, nunca antes vistos. Na realidade, elas são táticas que você, estudante, utiliza sem
nem pensar sobre! Vamos começar pelo Scanning.

A técnica de Scanning nada mais é do que você procu-


rar palavras-chave no texto. É como se você estivesse
escaneando um documento, saltando de palavra em
palavra, no caso procurando as palavras mais importan-
tes para a resolução de uma questão. Em alguns casos,
o enunciado de uma questão do Enem te dá algumas
algumas palavras ou vocábulos mais importantes no
texto, e usando essa técnica, nós buscamos diretamente
essas palavras na nossa leitura, assim como as palavras
que estão ao seu redor. Ler apenas essas palavras pode
não te dar a resposta, mas podem te mostrar informa-
ções que vão a compor.

Já a técnica de Skimming, nada mais é do que “bater o olho” no texto. Você não vai fazer de
fato uma leitura atenta do texto ainda, apenas ter uma visão geral dele. O objetivo disso, é,
por exemplo, ao se deparar com um texto maior, identificar quais parágrafos aparentam ter
as informações vitais para responder a pergunta feita, ou então compreender que tipo de
texto nos foi apresentado. É uma visão superficial que não vai te dar a resposta da questão,
mas pode te indicar os pontos mais importantes para a sua leitura.

E então qual o veredito? Você deve usar o scanning e


skimming nas questões do Enem. O que eu te digo é sim,
mas com cuidado. Não chegue na prova tentando fazer
isso sem nunca ter tentado antes. É como tentar correr
antes de aprender a caminhar. No final das contas, tudo
que você precisa para responder uma questão de inter-
pretação de texto, que é o tipo de questão feita na prova
de Inglês do Enem, é de fato ler o texto com atenção, e
misturar técnicas que você não talvez não tenha muita
prática pode mais te atrapalhar do que ajudar. Essas
técnicas, por mais que tenham nomes que chamam a
atenção, são coisas que fazemos inconscientemente,
então não tente inovar. Faça a leitura do texto com
calma, sem pular informações. Leia tudo com calma e
atenção, sem se afobar, sem se apressar demais, de
modo a encontrar a resposta sem cair em armadilhas.

52
EWS
N

BREAKING
NEWS

Os maiores textos na prova de Inglês geralmente caem na área de textos jornalísticos. Maté-
rias de jornais, reportagens, e até algumas notícias podem ser transformadas em questões
de prova de diversas formas e abordagens diferentes. Sendo assim, ao que você precisa
ficar atento quando se deparar com uma questão dessas?

É importante lembrar que esses textos podem ser apresentados de diversas formas diferen-
tes. Pode ser que o texto tenha uma opinião por trás, pode ser que não, pode ter uma
linguagem mais científica, ou então informal. De que forma é possível se organizar em um
texto assim? É vital que você, antes de qualquer coisa, entenda a pergunta feita. O enuncia-
do vai te passar essa informação, e é isso que você usará como embasamento para a leitura
do texto.

Se o seu enunciado pede o propósito do texto, ou o intuito, objetivo do texto, estamos


tentando entender o porquê de sua existência. Para quê ele foi escrito? O que ele tenta
alcançar? No entanto, se a questão pedir a opinião que o autor defende, sabemos que o
texto apresentará um posicionamento, talvez direto ou talvez indireto. Precisamos procurar
palavras que remetem ao autor do texto, e com isso teremos algumas palavras-chave em
mente, como “in my opinion”, “in my point of view”, e assim vai.

Dito isso, lembre-se de tomar cuidado com opiniões no geral, tanto as suas, quanto as opini-
ões do autor do texto. Se a questão pedir o propósito do texto, caso a opinião do autor seja
algo muito velado, escondido na forma como ele fala, é necessário compreender que a
opinião do autor não faz parte do propósito do texto. Queremos saber o objetivo que ele
tenta alcançar, e não os detalhes minuciosos do ponto de vista do autor. E além disso, cui-
dado com suas próprias opiniões na hora de responder. Se o texto trata algo como fato, ou
o autor expressa um posicionamento que estamos buscando como resposta da questão,
você não pode deixar suas crenças entrarem no caminho do texto. Lembre-se que a ques-
tão é de interpretação textual, você deve apenas trabalhar com o que lhe é informado, e
não com informações externas ao texto.

Para finalizar, tente aproveitar pra fazer esse tipo de questão no início da prova. São textos
maiores, que geralmente requerem maior atenção durante a leitura, para que você não pule
trechos importantes, então aproveite seu maior momento de atenção na prova para se livrar
dessas questões maiores, e respondê-las com maior segurança.

52
QUESTÕES DE LINGUÍSTICA NA
PROVA DE INGLÊS DO ENEM

Muitas vezes é possível que a prova do Enem coloque questões que envolvam conhecimentos e
termos linguísticos, como “identidade linguística”, “formas de falar”, “variantes linguísticas”, entre
outras coisas. Ao se deparar com uma questão dessas, não se preocupe caso você não conheça
muito do mundo de estudos linguísticos. Você precisa saber de alguns pontos principais para a
resolução destas questões, e aqui estão elas.

Primeiro de tudo, saiba que para a linguística não existe um conceito de falar uma língua de
maneira “correta” ou “errada”. Existem formas e modos de se comunicar. Uma comunicação que
segue as normas gramaticais de uma língua é vista como aquela que segue a norma culta, ou
norma padrão. Já a que possui quebras de regras gramaticais, como não respeitar concordância
(“os jogo tão bom hoje”), usar gírias ou expressões (“o meu velho tá curtindo o verão na terrinha
dele”), ou demais fugas da norma padrão, é vista como uma linguagem informal ou coloquial. No
entanto, nenhuma delas é vista como a forma “certa” ou “errada” de se falar. São usos distintos
da linguagem.

Quando se fala de identidade linguística, estamos falando da posição de um falante de uma


língua no mundo, perante o próprio uso da língua. Como assim? Pense em você, como falante da
língua inglesa no Brasil. Você pode ter como primeira língua, sua língua materna, o Português.
No entanto, fazendo as questões de Inglês, você mostra conhecimento de uma segunda língua.
Você faz parte do maior grupo de falantes de inglês do mundo. Sim! Os falantes nativos de
Inglês (aqueles que possuem Inglês como língua materna) compõem apenas 33% dos falantes
de Inglês no mundo! Você que fala Inglês como segunda língua faz parte dos 67% restantes. Isso
mostra que você não é a minoria, e que a sua forma de falar Inglês, com sotaque brasileiro e
pronúncias que talvez fujam de um sotaque norte americano, tem uma posição extremamente
importante no mundo. Identidade linguística se trata de reconhecer justamente isso. Que sua
forma de falar Inglês não pode nem deve ser ignorada.

E o que isso significa pro Enem? Caso o enunciado perguntas-


se a mensagem de uma tirinha, por exemplo, e alguma alterna-
tiva diga coisas como “é necessário maior estudo da língua
pelos falantes” ou “a forma que um dos personagens se comu-
nica é melhor do que o outro”, estas alternativas provavelmen-
te estariam incorretas, a não ser que o enunciado estivesse
perguntando sobre a crítica que uma tirinha faz, e então pode-
ríamos assinalar essas citações como críticas.

52
A INFLUÊNCIA DA ARTE AFRICANA
NA CULTURA BRASILEIRA

Como sabemos, o Brasil foi, até 1822, colônia de Portugal.


Embora a cultura portuguesa tenha influenciado nosso
país em questões como religião e arte, a África também
enriqueceu de forma significativa nossa cultura. Por conta
da escravidão, diversos costumes, expressões, fé e alimen-
tos foram trazidos para nossas terras tupiniquins.

É preciso levarmos em consideração o fato de que a miscigenação (principalmente) entre


africanos, indígenas e europeus é a base da formação populacional do Brasil. Dessa forma, a
matriz africana da sociedade tem uma influência cultural que vai muito além do vocabulário.
Assim, podemos dizer que todos nós, brasileiros, temos uma grande parcela da África e
seus costumes dentro de nós! Quer ver só?

Herdamos, dessa nossa raiz ancestral, diversas palavras, como “moleque”, “dengo”, “caçula” e
“cafuné”. É, também, na arte que encontramos diversas manifestações totalmente influencia-
das por esta nação: na concepção estética, na apreciação do belo, na literatura e no teatro.

Ritmos musicais como o afoxé, o maracatu e a capoeira também vieram juntos com os
escravos, além de instrumentos como a cuíca, o atabaque e o berimbau.

Ocorreu ainda que, nas artes visuais, o cotidiano dos escravos foi documentado por diver-
sos artistas, nos mostrando como era a vida daquelas pessoas, seus costumes, formas de
vestir e principais hábitos. Um exemplo de artista que executou este trabalho importante é
Yohann Moritz Rugendas:

E aí? Já tinha pensado


na real dimensão e
enriquecimento cultural
que os africanos nos
trouxeram?

54
ARTE CONTEMPORÂNEA
O que será que diferencia as eras artísticas? Ou melhor, o que separa, afinal, a arte moderna
da arte contemporânea? Voltando um pouquinho no tempo, mais especificamente para o
fim da segunda guerra mundial, temos uma mudança drástica no mundo, certo? Um cenário
devastador, inúmeras mortes e destruição. Pois bem. O mundo muda junto com as guerras.
Com a arte, não seria diferente! Especialmente porque a arte acompanha “de pertinho” e
reflete o que a sociedade está passando em determinado recorte de tempo e limites geo-
gráficos.
A arte contemporânea teve seu pontapé inicial com a Pop art: Uma manifestação artística
que questionava o estilo de vida que regia a época, o endeusamento de celebridades, além
de técnicas não tão usuais, quanto as serigrafias de Andy Warhol.

Essa nova forma de fazer arte vem rompendo com muito do que se fazia até então: juntamen-
te com uma nova mentalidade, vinham novas tendências. Uma das grandes características da
arte contemporânea é a viabilização da possibilidade de o espectador interagir com a obra.

Mas, o mais importante que é preciso ter em mente é que, a partir daí, os artistas passam a
defender que a ideia e o conceito de uma obra são tão importantes quanto seu resultado
final. Esse fato lança um novo olhar sobre tudo que se produz: hoje em dia, é importante
que o espectador não “apenas” observe o que está diante dele, mas que também entenda
todo o contexto e tire, a partir daí, suas próprias conclusões!

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VANGUARDAS EUROPEIAS

Diversos movimentos e manifestos artísticos ocorreram por toda a Europa no início do


século XX, promovendo significativas mudanças nas artes plásticas, teatro, música e litera-
tura. Apesar de ter se iniciado na Europa, toda esta movimentação surtiu efeito no mundo
inteiro, mudando a forma como o planeta observa e vive a arte.

Este foi o principal marco inicial da busca pela liberdade de expressão. Isto significa que o
laço com a arte produzida até então, que era voltada para o naturalismo, rompeu-se, dando
espaço à novas criações, que não estavam preocupadas em reproduzir a realidade. Ou seja,
podemos dizer que estes movimentos de vanguarda acabaram com a Mímesis.

A ideia era mostrar o novo mundo tal como vinha se apresentando, especialmente após a
revolução industrial, em 1840. Algumas correntes surgiram com a eclosão da primeira
guerra mundial, em 1914. Nesse caso, os artistas buscavam retratar temas como violência,
repressão e conflitos.

Vamos relembrar um pouco cada um destes movimentos de vanguarda? São eles:

Futurismo (1909) - tinha um forte apelo às inovações tecnológicas

Cubismo (1908 e 1910) - valorização de figuras geométricas, rompimento com a represen-


tação da figura humana de forma realista

Expressionismo (1912)- trata da subjetividade, do encontro com o eu. Aqui, existe um forte
apelo à melancolia

Dadaísmo (1916) - o principal objetivo é o de impactar a burguesia e mostrar a verdadeira


repercussão causada pela guerra

Surrealismo (1924, pós Primeira Guerra Mundial) - mostrava a irracionalidade, o que não
era óbvio no pensamento humano. Há a valorização do inconsciente e universo onírico.

Todas as vanguardas negavam a razão e a lógica


estabelecidas, propondo o novo e o que, até
então, ainda não havia
sido pensado/praticado.

56
BARROCO MINEIRO
O estado de Minas Gerais é muito famoso por sua arquitetura, por ser um lugar em que ocor-
reu o desbravamento na região, iniciado no século XVI, por meio do trabalho dos bandeiran-
tes, em busca de ouro e pedras preciosas. No ano de 1709, foi criada a Capitania de Minas de
Ouro, que, em 1720, tornou-se o que conhecemos hoje como o estado de Minas Gerais.

O estilo Barroco vem da Europa, mas em Minas Gerais, passou por diversas modificações,
criando-se quase um estilo próprio. No Barroco original, as características mais notáveis e
recorrentes são uma forte presença da dualidade (bom e mal, claro e escuro), assim como a
riqueza de detalhes e o exagero. Ou seja, tudo é muito carregado de realismo. Assim, obser-
va-se um grande rebuscamento nas obras provenientes do Barroco.

Quando falamos em Barroco mineiro, percebemos que ele tem muitas características em
comum com o praticado na Europa e, posteriormente, em outros lugares do Brasil, como
Salvador e Recife (onde ocorreram as primeiras manifestações).

Porém, em Minas Gerais, as alterações foram marcantes e tornaram o estilo único! No caso
das pinturas, geralmente com motivos religiosos (também conhecido como Arte Sacra), os
artistas acrescentaram um tom mais tropical às suas obras, passando a usar cores muito vivas.

Na arquitetura e na escultura também foram produzidas obras barrocas: por ser uma região
bastante montanhosa, as igrejas eram, em sua maioria, construídas nos pontos mais altos
das cidades. Esta característica tornou as pinturas barrocas nos templos religiosos ainda
mais evidentes.

No caso das esculturas, os artistas utilizavam matéria-prima típica da região, como fez o
mais famoso dos artistas da época/região, Aleijadinho, que utilizava pedra-sabão para pro-
duzir suas obras. Uma das mais famosas são os doze profetas:

Podemos, portanto, concluir que o estilo adaptado ao Brasil, mais especificamente em


Minas Gerais, traz peculiaridades e diferenças que abraçam nossa cultura e nossa natureza,
não é mesmo?

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ARQUITETURA BRASILEIRA
Quando observamos a história de um local, podemos perceber que a arquitetura nos diz
muito sobre como se vive, como é o clima, as estações, temperatura e hábitos do cotidiano.
Com o Brasil não poderia ser diferente, não é?

Com a arquitetura brasileira, as coisas funcionam de uma maneira singular: se pensarmos em


como se deu nossa colonização, isto fica mais compreensível e evidente, afinal, recebemos,
inicialmente, influência dos índios, dos europeus e dos negros. Cada um construía suas resi-
dências de acordo com o local onde viviam. Os estrangeiros, porém, quando aqui chegaram,
trouxeram seus conhecimentos junto, traçando, desde então, características que formariam a
nossa arquitetura, que ressoam até os dias de hoje.

Então, assim como na arte em geral, a arquitetura reflete toda essa mistura e formas de
saberes e fazeres diferentes, tornando nossas construções peculiares e bastante diversifica-
das entre si. Quando andamos em grandes cidades, podemos observar as mais diversas
formas de arquitetura, reunidas em um mesmo espaço.

Dentre os arquitetos mais famosos e reconhecidos, podemos mencionar Oscar Niemeyer,


conhecido como uma das figuras mais importantes da arquitetura moderna brasileira. Foi ele
que construiu a cidade de Brasília e diversos museus e igrejas pelo Brasil. Seu nome é reco-
nhecido mundialmente, tendo sido capaz de imprimir a identidade brasileira em cada uma de
suas obras. Podemos mencionar, ainda, os paisagistas Roberto Burle Marx e Rosa Grena
Kliass, ambos com carreiras muito sólidas e importantes para nosso país.

O que podemos concluir desse panorama? Que a cultura do Brasil é extremamente rica e
diversificada, graças a todas essas influências que misturam todo tipo de cultura, gente e
arte em um só país!

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