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Introdução ao conjunto dos números reais

A história dos números acompanha a história da civilização humana e a crescente necessidade


de resolver os problemas de ordem prática surgidos na vida em comunidade.

Nos tempos primitivos, a contagem de animais deu origem aos números naturais. Com o
desenvolvimento do comércio entre os seres humanos, a necessidade de calcular créditos e
débitos, deu origem aos números inteiros. Já a divisão de terras pode ter originado os números
fraccionários.
Com o tempo, para facilitar o estudo, os números foram reunidos em diferentes conjuntos. Para
designar cada um dos conjuntos numéricos, usamos uma letra maiúscula convencionada como
linguagem universal. Vamos recordar alguns conjuntos numéricos:

Conjunto dos números Naturais


São todos os números positivos inclusive o zero.

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5; …}

Conjunto dos números Inteiros relativos


São todos os números positivos e negativos inclusive o zero.
Z = {… ; -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}

Conjuntos dos Números Racionais

Desse modo, um número é racional quando pode ser escrito como uma fracção , com p e q números
inteiros e q ≠ 0.
Q * +

O conjunto dos números racionais relativos é a reunião do conjunto dos números inteiros
relativos com os fraccionários relativos, isto é:

Q * +

Sabes ainda que todo o número racional pode ser representado por uma fracção.

Conheces os subconjuntos de Z e Q :

* + * +

* + * +
* + * +

* + * +

É fácil estabelecer relações entre N, Z e Q:

Será que todos os números que conheces são números racionais relativos?

Como por exemplo estes números: √ √ , para responder estas e outras questões vamos
tratar ou falar de dízimas.

Dízimas: é um número, geralmente resultado de uma divisão, que não pode ser expresso com
um número limitado de casas decimais depois da vírgula. As dizimas classificam-se em:

Dizimas finitas e dizimas infinitas


As dízimas infinitas podem ser:
Dizimas infinitas Periódica Simples, dizimas infinita Periódica composta e dizima infinita
não periódica.
Dízima Finita: Valor resultante de uma operação, divisão de resto Zero (0)
Ex:

a)

b)

Dizimas infinita Periódica Simples: O valor de uma operação de divisão que não da
exacta, logo depois da vírgula aparece um número que se repete denominado de
Período.
Ex:
a) ( )

b) ( )

c) ( )
Dízima infinita Periódica Composta: Valor resultante de uma operação que não da
exacta depois da vírgula aparece uma parte que não se repete (parte não periódica),
seguida de um período (parte que se repete).
Ex:

a) ( )

b) ( )
Numa dízima periódica a parte decimal que repete, recebe o nome de período, a parte que não
repete é chamada de ante-período, a parte não decimal é a parte inteira

Exemplo:

Dízima periódica composta Dízima periódica simples

Obs: As Fracções que representam as dízimas finitas, infinita periódica simples e composta,
pertencem aos números racionais.

Dízima Infinita não Periódica: Valor resultante de uma operação que não é exacta e
depois da vírgula aparecem casas decimais irregulares.

Ex:

a)

b)
c) √

Obs: As fracções que geram as dízimas infinitas não periódicas fazem parte dos números
irracionais; e é representado pela letra I.

A união dos conjuntos dos números racionais com o conjunto dos números irracionais constitui
o conjunto dos números reais, representado pela letra IR.
* + * +
Assim, todo número natural é real, do mesmo modo que todo número inteiro ou racional ou
irracional também são números reais, como mostra o diagrama
Resumo:

Reais

Números Racionais Números Irracionais

Dízima Finita Dízima Infinita Periódica

Dízima Infinita Periódica

Simples Composta

Exercícios Propostos:

1- Copia o quadro seguinte e coloca adequadamente, de acordo com o conjunto a que

pertencem, os números: √ √
Números

Naturais Inteiros Racionais Irracionais Reaís


Relativos

2- Classifica as seguintes Fracções em dízimas:

a) f)

b) g)

c) h)

d) i)

e) j)

Fracção Geratriz

Como foi dito acima, todos os números com expressão decimal ou infinita e periódica sempre

são números racionais. Isto significa que sempre existem fracções capazes de representa-las. Estas

fracções denominam-se fracções geratrizes.

Como determinar uma fracção geratriz?

1. Caso:

Números com expansão decimal finita; a quantidade de algarismo depois da vírgula,

dará o número de zero do denominador.

Ex.:

a)
b)

c)

2. Caso:

Dízimas periódicas simples;

a) Quando o per odo é formado por um, dois, três,…. (n) d gitos, cada d gito

representará 1 nove (9) no denominador;

 1,66666…… (o per odo é 6, tem apenas um d gito, logo um (1) nove 9 no

denominador). Nesse caso, subtraí a parte não-periódica mais o período pela parte

não periódica e dividimos por 9 porque o período tem apenas um dígito (um 9).

Ex.:

 1,6666… =

 0,5252525…..

3. Caso:

Dízimas periódicas compostas;

b) O número de dígito do anti-período determinará o número de zero no

denominador, ou seja:

Número de dígito

Do período

Número de dígito

do anti-período

Existe outro método que nos ajudará a transformar as dízimas infinitas periódicas na

forma . Assim;

I.

 Devemos igualar a expressão à X,

 Se o período tem 1 dígito, multiplicamos por 10, se tiver dois (2), multiplicamos por

100, três (3), por 1000 e assim sucessivamente.

 Subtraímos o resultado obtido pela expressão de X


Exercícios propostos

1. Escreve na forma Com a e b inteiros as seguintes dízimas usando os dois métodos

estudados:

a) 3,515151….

b) 1,5

c) 1,237777…..

d) 10,222222…..

e) 1, 2454545454……

f) 3,241234234234234…..

g) 2,23

h) 32,5

i) 4,88888…..

j) 0,25252525…..
Representação na recta real. Relação de ordem dos números reais.

Na 7ª Classe já sabias representar os números racionais numa recta orientada, mas os números
racionais não acabaram, os pontos na recta a serem nela representados.

Quer dizer que encontramos, na recta, pontos para representar os números irracionais que
acabaste de aprender.

Chama-se Recta Real á recta onde representamos tanto os racionais como os irracionais, isto é,
onde representamos os números reais.

A cada número real, pode fazer corresponder um ponto num eixo (recta orientada).

Exemplos:

O ponto A tem de abcissa

O ponto B tem de abcissa

O ponto C tem de abcissa

O ponto D tem de abcissa

Através da representação na recta real, podemos concluir que:

 Qualquer número real positivo é maior que qualquer número real negativo;
 Entre dois números reais positivo, o maior é aquele que tiver maior valor absoluto;
 Entre dois números reais negativos, o maior é aquele que tiver menor valor absoluto;
 O zero é maior que todos números reais negativos e menor que todos números reais
positivos.

Exercícios
1. Representa na recta real os seguintes números: ;
2. Compara os seguintes números:
a) √
b)
c)
d)
Radiciação

A radiciação é a operação matemática inversa da potenciação.

Simbolicamente:

Onde: , se n for par, então .

Observação: Se o índice é igual a dois não é necessário representá-lo.

Se o índice for maior ou igual a 3, este valor deve aparecer na raíz

Pela definição temos:

√ .


Exemplos:

a) √

b) √

c) √

Nota:

Se o índice par (n) e o radicando positivo (a), admite duas soluções uma positiva e outra
negativa.
e n é par: Duas soluções

Ex:

Se o índice for ímpar, o radicando pode ser positiva ou negativa, admite uma solução com o
sinal do radicando.
e n impar: Uma solução positiva
e n impar: Uma solução negativa
√ Porque

√ Porque ( ) ( ) ( )
Se o índice for par e o radicando negativo, não tem solução em R.

Ex:

Exercícios Propostos:

1- Determina as raízes dos seguintes números:


a) √ g) √
b) √ h) √
c) √
d) √
e) √
f) √√
Propriedades dos radicais

1. O valor aritmético de um radical não se altera quando multiplicamos ou dividimos o índice


e o expoente do radicando por mesmo número diferente de zero.
Exemplo: √ √ √

2. O radical de um produto é igual ao produto de radicais.

Exemplo: √ √ √
3. O radical de um quociente é igual ao quociente de radicais.


Exemplo: √

4. Radiciação de radicais
Multiplicam-se os índices e conserva-se o radicando.

Exemplo: √√ √ √

Exercícios

1. Aplicando propriedades de radicais, simplifique:


a) √
b) √

c) √

2. Reduza a um único radical.

a) 10  b) 2 

c) 3
3 d) 3 3
3 

3. Reduza a um único radical e em seguida simplifique, se possível:

a) 6
53  b) 15 4 

c) 3
2 24  d) 4
3 5
Simplificação de radicais

Um radical esta simplificado quando:

1) O índice não tem factor comum ao expoente do radicando.


2) Se tem é extraído os factores comuns que são raízes exactas.
3) O radicando não tem denominador.

Ex:

a) √ √ √ √ √
b) √ √ √ √ √

Exercícios Propostos:

1- Simplifique os seguintes radicais:


a) √ g) √
b) √ h) √
c) √ i) √
d) √ j) √
e) √
f) √

Adição e Subtracção de Radicais

Radicais Semelhantes: São aqueles que possuem o mesmo índice e o mesmo radicando.

Ex:

√ e √ ; √ e √ , etc.

Só é possível somar algebricamente radicais semelhantes, ou seja radicais que possuem mesmo
índice e o mesmo radicando e, para tal, adicionamos os coeficientes e mantemos o radical
comum. Exemplo:

1. √ √ √ ( )√

2. √ √ √ √ √ √
√ √ √
√ √ √
( )√

Radicais não semelhantes: São aqueles que possuem o mesmo índice mais radicando
diferentes. Para adicionar ou subtrair radicais não semelhantes deve-se simplificar os
radicandos até encontrarmos radicais semelhantes.
Ex:
a) √ √ √ √ b) √ √ √ √
√ √ √ √ √ √ √
√ √ √ √
( )√ ( )√
√ √

Exercícios Propostos:

1- Adiciona e subtrai os seguintes Radicais:

a) 49  16

b) 3
8  4 16

c)  5 9  2 169

d) 103 2  43 2  3 2

e) 18  2 50

f) 3 5  5  6 5

g)  4  3 5  23 5  4
) 4 63  7

h) 50  18  8

) 55 3  25 3  25 3  5 3 

) 25 3  2 3  3 3  35 3

l) 2 27  5 12

) 12  75  108

2) Encontre o perímetro das figuras, cujas medidas de seus lados são dadas numa mesma
unidade de medida de comprimento.

a) b)

2 3 8 32

3 3 18

Multiplicação e divisão de radicais

1. Radicais homogéneos (radicais que possuem o mesmo índice)

Na multiplicação ou na divisão de radicais homogéneos, mantêm-se o índice comum,


multiplicamos ou dividimos os coeficientes e os radicandos.
Exemplos:
a) √ √ √

b) √ √ √


2. Radicais heterogéneos (radicais que possui índices diferentes)
Neste caso, devemos, inicialmente, reduzir ao mesmo índice.
Primeiro devemos tirar o MMC entre os índices. Este MMC será o índice do radical. Depois
dividimos o MMC pelo índice de cada um dos radicais iniciais e multiplicamos cada resultado
obtido pelo expoente do respectivo radicando. Exemplo:
a) √ √ =
√ √

√ √


b) √ √ =
√ √

√ √

√ √
Exercícios
1. Multiplique e divide os seguintes radicais:

a) 3 5  3 6 

b) 2  8 

c) 2 6 3 

e) 
5  1 5  

f) 3 2  2   2 3  
g) 12  3 

h) 50  2 

49
i) 
25

123 6
j) 
33 2
k) √ √

l) √ √

m) √ √

2. Calcule a área das figuras, cujas medidas indicadas são dadas numa mesma unidade de
medida de comprimento.

a)

1 2

Racionalização de denominadores

Racionalização de denominadores, consiste na conversão de uma fracção de denominador


irracional em outra equivalente de denominador racional:

1º Caso: Quando o denominador é da forma √ , neste caso, basta multiplicar o numerador e


o denominador por √ .

√ √ √
Ex: a)
√ √ √ (√ )

√ √ √ √ √
b)
√ √ √ (√ )

2º Caso: Quando o denominador é da √ , onde . Neste caso, devemos multiplicar o


numerador e o denominador pelo factor √ , de modo a tornar o expoente do radicando
igual ao índice do radical.

√ √ √ √ √
Ex: a) √
√ √ √ √ √ √ √

3º Caso: Quando o denominador possui uma destas formas: √ √ √ √ . Neste


caso, deve-se multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador.
EXPRESSÃO CONJUGADO
√ √ √ √
√ √ √ √
√ √
√ √
√ √
√ √

√ √ (√ √ ) √ √ √ √ √ √
Ex: √ √
√ √ √ √ √ √ (√ √ ) (√ √ ) (√ ) (√ )

Exercícios

1. Racionalize as seguintes expressões:


a)

b)


c)


d)

e)

f)

g)

h)

i)
√ √

j)

k)


l)

m)

n)

o)

INTERVALOS LIMITADOS

Dado o conjunto A=”{ 2 }verifica-se que não é possivel escrever em extensão


todos os números reais compreendidos entre 2 e 5.

Para esta situação criou-se uma nova forma de representar o conjunto que denominamos por
intervalo de números reais ou simplesmente intervalo.

Intervalo: é o espaço compreendido entre dois extremos; isto é; o extremo inferior e extremo
superior.

Ex: seja o intervalo A = [a;b]

Onde: a extremo inferior

b extremo superior

Os intervalos podem ser representados de 4 formas:

Conjunto Compreensão Condição Na recta real Intervalo


A - ,
a b
B , -
a b
C , ,
a b
D - -
a b

Os intervalos estão associados aos sinais de comparação:

ou intervalo aberto ( )
ou intervalo fechado ( )

Nota: quando o intervalo é] o número desse extremo não pertence nesse intervalo e se for
[pertence.

Ex:
1. Dado o seguinte conjunto em compreensão: A=* +,representa na forma:
a) de intervalo
, -

b) Na recta real ou gráfico

- 2 5 +

c) na forma de condição
d) * +
2. Dado o seguinte gráfico ou recta real, representa:

- -1 3 +

a) Em intervalo
b) Em condição
c) Em compreensão
3. Representa os seguintes conjuntos em forma de intervalo
* +

*
* +
INTERVALOS ILIMITADOS
Os intervalos ilimitados são aqueles em que apenas se conhece um dos extremos; isto é;
extremo superior ou inferior. Neste caso o extremo desconhecido é representado por
ou .
menos infinito
mais infinito

No extremo em que se encontrar ou o intervalo será sempre aberto.

Conjunto Compreensão Condição Na recta real Intervalo


A - ,
- a +

B - ,
- a +
C - -
- a +

D , ,
- a +

Dado o seguinte conjunto: * + representa:

a) Em intervalo:- ,
b) Em condição: * +
c) Graficamente:
- -1 +
EXERCICIO PROPOSTOS
1. Dado conjunto * + representa:
a) Em forma de intervalo
b) Em graficamente

2. Dado o gráfico : representa


a) Em forma de intervalo - 3 +
b) Em condição
3. Dado em condi * +, representa:
a) Em intervalo;
b) Em gráfico;
4. Dado os seguintes intervalos: - , - , , , Representa:
a) Em compreensão;
b) Em condição e;
c) Em gráfico.

INTERSECÇÃO E REUNIÃO DE INTERVALOS

Intersecção de intervalos ( ) é o conjunto formado pelos elementos comuns aos dois


intervalos.

Ex: Dado os - , , -, Representa graficamente e determina :

2 3 5 6 +

- , , , , ,

Reunião de intervalos ( ) é o conjunto formado pelos elementos que pertencem pelo menos a
um destes intervalos.
Ex: : Dado os - , , -,Representa graficamente e determina:

2 3 5 6 +

- , , , - ,

EXERCICIOS
1. Dados os seguintes intervalos: - - - , Representa graficamente
e determina:

- -1 2 +

- - - , - -

- - - , - ,

2. Dados os seguintes intervalos: - , , -


a) Determina:
3. Dados os intervalos: - , - -
a) Determina:

4. Dados os intervalos: - - - - - , - , - , -
- Determina:
a)
b)
c)
d)
e)
f)

INEQUACOES

Chama-se inequação a uma desigualdade onde figura pelo menos uma letra que se designa
por incógnita.

Exemplo:0 3x+7; 2x-5 5


RESOLUÇÃO

Dum modo geral, sempre que substituirmos numa equa o “=” por obtemos
uma inequação.

Nas inequações, tal como nas equações ;


 A expressão antes de e o 1º membro
 A outra expressão e o 2º membro.
Resolver uma inequação e procurar as suas soluções, isto e, o seu conjunto - solução.
Duas ou mais inequações com o mesmo conjunto -solução dizem-se equivalentes.
Observa com atenção a resolução das seguintes inequações e verifica que existem algumas
regras:
Ex: Numa inequação pode-se passar um termo de um membro para outro, no caso de ser
negativo tem que se inverter o sinal de desigualdade, como veras adiante.

a)

- ,

Para resolver uma inequação procede-se de modo idêntico a resolução de uma equação,
excepto quando for necessário multiplicar ou dividir ambos os membros por
um número negativo.
Nestes casos. Ter-se-a de inverter o símbolo da desigualdade.

( )

Multiplicou-se por -1 ambos os membros os membros da desigualdade inverteu-se o


símbolo da desigualdade
Se se multiplicar por um numero negativo ambos os membros da desigualdade inverte-se o
sinal da desigualdade.

EXERCICIOS PROPOSTOS
1. Resolve em R, cada uma das seguintes inequações e apresenta a solução sob a forma de
intervalo:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h) ( )

EQUAÇÕES DO 1º GRAU A DUAS VARIÁVEIS

DEFINIÇÃO:

Chama-se equação do 1º grau com duas variáveis a uma equação do tipo em que
a, b e c são números conhecidos , sendo a e b com expoente ou grau um (1).

Onde:

São incógnitas;

Coeficiente de

Coeficiente de

Termo Independente-

Ex:

Sabemos que uma equação do 1º grau com duas variáveis possui infinitas
soluções;( ) ( ) ( )

Uma solução de uma equação do 1º grau com duas incógnitas é um par ordenado de números
que substituídos na equação a transformam numa igualdade numérica verdadeira.

Podemos determinar as soluções de uma equação do 1º grau com duas incógnitas de três
formas:

1- Atribuindo valores simultâneos as duas incógnitas (x e y).

2- Atribuindo valores a uma das incógnitas e calcular o valor da outra.

3- Através do Método gráfico.

Todos os pares ordenados que correspondem aos pontos da recta da equação são
soluções da equação.

Cada uma dessas soluções pode ser representada por um par ordenado (x, y).

Dispondo de dois pares ordenados de um equação, podemos representá-los graficamente


num plano cartesiano, determinando, através da recta que os une, o conjunto das solução dessa
equação.

Exemplo:
Construir um gráfico da equação x + y = 4.

Inicialmente, escolhemos dois pares ordenados que solucionam essa equação.

1º par: A (4, 0)

2º par: B (0, 4)

A seguir, representamos esses pontos num plano cartesiano.

x Y

4 0

0 4

Finalmente, unimos os pontos A e B, determinando a recta r, que contém todos os


pontos das soluções da equação.

A reta r é chamada reta suporte do gráfico da equação.

Obs : Tambem existe uma infinidade de pares ordenados que não são soluções da equação.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1.Considera as equações:
a)
b)

Sistema de duas equações do 1º grau com duas incógnitas

Definição: Um sistema de duas equações do I grau a duas incógnitas é um conjunto formado


por duas equações do I grau com duas incógnitas que se pode reduzir à forma canónica:

{ onde: X e Y: Incógnitas
: Coeficientes de X
Coeficientes de Y
Termos independentes, a, b e c são números racionais

Ex: {

Resolver um Sistema de equações do I grau significa encontrar os valores das incógnitas X e Y


que satisfaz, simultaneamente as duas equações.

Métodos de Resolução de Um Sistema de Equações a duas incógnitas

Os três principais métodos para resolução de um sistema de equações do 1º Grau a duas


incógnitas são:

 Método de Substituição
 Método de Redução ou Adição
 Método de Comparação

Cada um destes métodos tem como objectivo eliminar uma das incógnitas do sistema, de modo
a transformar o mesmo numa única equação do 1 grau com uma incógnita. Para tal devemos:

1. Eliminar Parênteses (caso haja);


2. Eliminar denominadores (caso haja),
3. Reduzir o sistema à forma canónica.

Método de Substituição: O método de Substituição consiste em eliminar uma das


incógnitas de uma equação. Tira-se em uma das equações o valor da incógnita a ser
eliminada e, em seguida, substitui-se o valor da incógnita eliminada na outra equação.
Obtendo assim uma equação do 1º grau.
Passos para a sua Resolução:

1. Isolar X ou Y em uma das equações;


2. Substituir a expressão da variável isolada na outra equação e resolver a equação
resultante para encontrar a primeira variável;
3. Substituir o valor encontrado da variável obtida no 2º passo para encontrar a segunda
variável;
4. Verificar e escrever o conjunto solução

Ex: {

1º Passo: Isolar x na primeira equação:

2º Passo: Substituir o valor de x na 2º equação e resolver a equação obtida:

( )

( )

3º Passo: Substituir o valor de y na primeira equação:

4º Passo: Verificar e apresentar o conjunto solução:

{ { { {

C.S=* +

Método de Adição ou Redução: Este método consiste em multiplicar as duas equações


por um número real conveniente escolhido de modo que os coeficientes da incógnita a
ser eliminada fiquem reduzidas a números simétricos. Em seguida, soma-se membro a
membro das equações obtendo uma equação do I grau com uma incógnita.

Passos para a sua Resolução:

1. Eliminar a variável simétrica e resolver a equação obtida.


2. Tornar simétricos os coeficientes da outra variável e elimina-la.
3. Fazer a verificação e escrever o conjunto de solução.

Ex: {

1. Passo: Eliminar a variável x (multiplicar as duas equações por um número real


conveniente de modo que os coeficientes de x sejam simétricos).

( )
{ {

3y

2. Passo: Tornar simétricos os coeficientes de y e elimina-los.

{ {
5x
x
x

3. Passo: Verificar e escrever o conjunto solução

{ { { {

C.S. * +
Método de Comparação: Este método consiste em isolar uma mesma variável nas duas
equações e comparar os resultados, obtendo assim, uma equação do I grau com uma
incógnita.

Passos para a sua Resolução:

1. Isolar uma mesma variável nas duas equações.


2. Comparar ambas as equações obtendo assim uma equação do I grau.
3. Isolar a outra variável nas duas equações.
4. Comparar ambas as equações obtendo assim uma equação do I grau.
5. Verificar e escrever o conjunto de solução.

Ex: {

1. Passo: Isolar x nas duas equações


I) II)

2. Passo: Comparar

( ) . /

/.(-1)

3. Passo: Isolar y nas duas equações.

I) II)
/.(-1)

4. Passo: Comparar
/.2
. / ( )

/. (-1)

5. Passo: Verificação e conjunto solução.

{ { { {

C.S. * +

Exercícios propostos

1. Resolve os seguintes sistemas de equações aplicando em cada um os três métodos


estudados:

( )
a) { d) { g) {

b) { e) { h) {

c) { f) { i) {

d) { j) { k) {
l) { m) { n) {

Problemas que Conduzem a um Sistema de duas Equações do 1º grau com duas


Incógnitas

Definição: Problemas são noções ou interpretações lógicas que conduzem a linguagem corrente
para a linguagem matemática.

Para resolver um problema que conduz a sistema de equações do I grau a duas incógnitas,
devemos proceder da seguinte maneira:

1. Ler e interpretar o Problema;


2. Identificar as variáveis (escolher as incógnitas);
3. Formar o sistema (pôr o problema em equações);
4. Resolução do sistema utilizando o método ao seu critério;
5. Verificar as equações e dar resposta ao problema.

O mais importante na resolução de um problema é saber deduzir as incógnitas para forma a


equação. Assim propõe-se a seguinte linguagem algébrica para facilitar a designação das
incógnitas:

 Um número: X
 Dois números: X e Y
 Um número par: 2X
 Um número ímpar: 2X+1
 Dois números inteiros consecutivos: X e X+1
 Dois números pares consecutivos: 2X e 2X+2
 Dois números ímpares consecutivos: 2X+1 e 2X+3
 O inverso de um número:
 O recíproco de um número:
 O simétrico de um número: -X
 A idade de José: X
 A idade de José daqui a 4 anos: X+4
 A idade de José a 4 anos: X-4
 O triplo de um número: 3X
 A metade de um número:
 A terça parte de um número:
 A quarta parte de um número:
 Dois números: X e Y
 A soma de dois números: X+Y
 A diferença de dois números: X-Y
 O produto de dois números: XY
 O quociente de dois números:
 O triplo da diferença de dois números: 3(X-Y)
 A soma dum número com o inverso do outro:
 O sucessor de um número: X+1
 O antecessor de um número: X-1
 O dobro de um número aumentado em 5: 2X+5
 A idade daqui a 5 anos: X+5
 Um número excede em 2: X+2
 Uma pessoa tem x anos. Há 4 anos tinha: x-4

Exercícios

1. Resolve os seguintes problemas:


a) A soma de dois números é 51 e a diferença entre eles é 9. Quais são esses números?

1º Dados:
Dois números: X e Y
A soma de dois números: X+Y
A diferença de dois números: X-Y

2º Formar o sistema: {

3º Resolver o sistema (método de adição ou redução)

 Eliminar a variável y.

{
 Eliminar a variável x.

{ {
( )

4º Verificar

{ { {

5º Resposta: Esses números são 30 e 21.

b) A idade do António mais o dobro da idade de Ana soma 65 anos. O dobro da idade
do António menos a idade da Ana é igual a 30 anos. Que idade tem cada um deles.

1º Dados:
A idade do António: X
A idade da Ana: Y
A idade do António mais o dobro da idade da Ana: X+2Y
O dobro da idade do António menos a idade da Ana: 2X-Y

2º Formar o sistema: {

3º Resolver o sistema (método de Substituição)

 Isolar a variável x na 1ª equação.

I)

 Substituir x na 2ª equação

II) 2 30
2(65 2 ) 30
130 4 30
5 30 130
5 100/. (-1)
5 100
100
5
20

 Substituir o valor de y na 1ª equação

I) 2 65
2 20 65
40 65
65 40
25

 Verificar

2 65 25 2 20 65 25 40 65 65 65
{ { { {
2 30 2 25 20 30 50 20 30 30 30

5º Resposta: A idade do António é 25 e da Ana é 20.

c) Três DVD e um CD custam 6.400 Akz, enquanto um DVD e três CD custa 4.800 Akz.
Qual é o preço de cada DVD e de cada CD?

1º Dados:
Um DVD: X
Um CD: Y
Três DVD e um CD: 3X e Y
Um DVD e três CD: X e 3Y

3 6 400
2º Formar o sistema: {
3 4 800

3º Resolver o sistema (método de adição ou redução)

 Eliminar a variável X.

3 6 400 3 6 400
{ {
3 4 800 ( 3) 3 9 14 400
8 8 000 ( 1)
8 8 000
8 000
8
1 000

 Eliminar a variável Y.

3 6 400 ( 3) 9 3 19 200
{ {
3 4 800 3 4 800
8 14.400/.(-1)
8 14.400
14 400
8
1 800

 Verificar

3 6 400 3 1800 1000 6400 5400 1000 6 400 6400 6400


{ { { {
3 4 800 1800 3 1000 4800 1800 3000 4 800 4800 4800

 Resposta: Cada DVD custa 1.800Kz e cada CD custa 1.000Kz

Exercícios propostos

1. Resolve os seguintes problemas aplicando um dos métodos estudados:

a) A soma de dois algarismos é 23 e, sua diferença é 15. Quais são esses números.
b) A soma de dois algarismos é 5 e o dobro do maior menos o triplo do menor é igual a
20. Quais são esses algarismos.
c) A soma de dois números é 10 e o dobro dum deles é igual ao tríplo do outro número
aumentado em 5. Quais são esses números.
1
d) A diferença de dois números é 6. O tríplo do maior menos o dobro do menor é igual
a 1. Quais são esses números.
e) O sucessor de um número é duas veses o antecessor do outro número. Se a soma
desses números é 14. Quais são esses números.
f) A idade da Carla mais o tríplo da idade do Domingos soma 30 anos. O dobro da
idade da Carla mais a idade do Domingos é igual a 20 anos. Que idade tem cada um
deles.
g) Num cinema os adultos pagam 60 kwanzas e as crianças 40 kwanzas. Entraram 250
pessoas e arrecadaram-se 12800 kwanzas.Quantos Adultos e crianças assistiram o
filme.
h) Havia 900 espectadores em um jogo, os adultos pagam 100 Akz e as crianças 600
Akz. No total obteve-se 840 Akz. Quantos adultos e quantas crianças foram ver o
jogo?
i) A população de uma cidade A é três vezes maior que a população da cidade B.
Somando a população das duas cidades tem o total de 200.000 Habitantes. Qual é a
população de cada cidade?
j) Um parque de estacionamento cobra 50 Akz por moto e 100 Akz por carro. Ao final
de um dia, o caixa registou 800 Akz para um total de 100 veículos. Quantas motos e
carros usaram o estacionamento nesse dia?
k) Um número excede o dobro de outro em 7 unidades. Calcular esses números
5
sabendo que a sua razão é igual a 2.
l) O maior de dois números inteiros excede o quintúplo do outro em 8 unidades. Se
dividirmos o maior pelo menor obtemoso quociente 7 e o resto 2. Calcula esses
números.
m) Há 20 anos um pai tinha a idade que o filho tem agora.Daqui a 2 anos o pai tem o
dobro da idade que o filho terá. Quais são as idades que actualmente têm o pai o e
filho.
n) Um número é o quadrúplo de outro e a soma dos dois é 40. Quais sáo os números.
o) Num pátio existem automóveis e bicicletas. O número total de rodas é 130, e o
número de bicicletas é o tríplo do número de automóveis. Qual é o número de
automóveis e bicicletas que se encontram no pátio.
p) Na praceta onde mora a família Coelho, estão estacionados automóveis e motos. O
número de automóveis é o tríplo do número das motas e, ao todo, há 70 rodas na
praceta. Determina quantos automóveis e quantas motos estão estacionados na
praceta.
q) No zoológico há cisnes e girafas. São 96 cabeças e 242 patas. Quantos são os cisnes?
E as girafas?

r) Um tomate e um pepino pesam juntos 140g. Para fazer o equilíbrio da balança é


preciso colocar 5 tomates de um lado e 2 pepinos do outro. Quanto pesa um
tomate? E um pepino?
s) Um estudante apanhou aranhas e joaninhas num total de 15, e as guardou numa
caixa. Contou em seguida 108 patas. Quantas aranhas e joaninhas ele apanhou?
(lembre se que a aranha tem 8 patas e a joaninha 6)
t) Tenho galinhas e cabritos, num total de 39 cabeças e 104 pés. Calcule o número de
aves e cabritos.
u) Em um estacionamento há veículos de 2 e 4 rodas num total de 22 veículos e 74
rodas. Quantos veículos têm de duas rodas e de quatro rodas nesse estacionamento?
v) Um número x é igual ao triplo do número y. Se a soma destes números é 180, quais
são esses números?
w) Um aluno ganha 3 pontos por cada exercício que acerta e perde 2 por exercícios que
erra. Ao final de 15 exercícios tinha 30 pontos. Quantas questões ele acertou?
x) Descubra quais são os dois números em que o dobro do maior somado com o triplo
do menor dá 16, e o maior deles somados com quíntuplo do menor dá 1.
y) Um pacote tem 48 balas: algumas de hortelã e as demais de laranja. Se a terça parte
correspondente ao dobro do número de balas de hortelã excede a metade do de
laranjas em 4 unidades, determine o número de balas de hortelã e laranja.
z) Uma prova de múltipla escolha com 60 questões foi corrigida da seguinte forma: o
aluno ganhava 5 pontos por questão que acertava e perdia 1 ponto por questão que
errava ou deixava em branco. Se um aluno totalizou 210 pontos, qual o número de
questões que ele acertou?

Equação do 2º grau

Definição: Chama-se equação do 2º grau a uma incógnita, toda a equação equivalente a uma
do tipo , com a, b e c constantes reais e a≠0.

As equações do 2º grau podem ser:

 Completas: quando tem os três termos não nulos.


2
Ex: 2 3 1 0
2 2
Termo em →2

Termo em →3

Termo independente → 1

 Incompletas: se o termo independente ou o termo em for nulo, a equação do 2º grau


é incompleta. São incompletas as equações:
2
2 1 0 → é nulo o termo em
2
2 3 0 →é nulo o termo independente

→ são nulos os termos em e o independente.

O termo em não pode ser nulo. Se assim fosse, a equação não seria do 2º
grau.

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU INCOMPLETA

 Equação do tipo
Seja a equação:
Logo, S={0}
 Equações de tipo , tem sempre uma solução real.

 Equação do tipo
Seja a equação
( )

S= {0 }

 Equações de tipo , tem sempre duas soluções reais, sendo uma delas nulas.

 Equação do tipo:
Seja a equação

S= { }

Obs: uma equação do 2º grau do tipo tem duas soluções simétricas se a e c têm
sinais contrários e é impossível se a e c têm o mesmo sinal.

De modo geral, sendo , temos:

 Se , então √
 Se , é uma equação impossível.

Exercícios Propostos

1. Resolva cada uma das equações:

a)
b)
2. Quantos termos tem uma
c)
equação do 2º grau incompleta?
d)
e) 3. Escreva uma equação:
a) Do 2º grau incompleta, sendo
nula o termo em x
b) Do 2º grau incompleta, sendo
nulo o termo independente
Resolução de equação do 2º grau completa

A determinação da raiz de uma equação do 2º grau completa (


), com pode ser obtida através de uma fórmula que foi demonstrada por
Bhaskara que foi matemático indiano. Assim essa fórmula ficou conhecida como
Bhaskara ou fórmula resolvente.


, onde:
sendo: Delta ou descriminante.

O sinal do descriminante ( ) determina a quantidade de raízes da equação.

 Duas raízes reais distintas.


 Uma raiz real.
 Nenhuma raiz real.

Para resolver uma equação do 2º grau usando a fórmula resolvente devemos:

1. Extrair os coeficientes da variável ( ).


2. Achar o descriminante.
3. Encontrar as raízes.

Exemplo
1. Resolve a seguinte equação usando a fórmula resolvente:


a)

( )

C.S { }
Exercícios Propostos
1. Resolve as seguintes equações:

a)
b)
c)
d)
e) ( )
f) ( )
g)
h)

Problemas que conduzem a resolução de uma Equação do 2º grau.

Exercícios Propostos:

a) A soma de um número com o seu quadrado é 90. Calcula esse número?


b) O quadrado menos o dobro de um número é igual a menos um. Qual é
esse número?
c) O quadrado de um número aumentado de 25 é igual a dez vezes esse
número. Calcule esse número?
d) O quadrado menos
Equação biquadrada

Definição:
Chama-se equação biquadrada a toda equação do 4º grau redutível a forma
que pode ser convertida em uma equação do 2º grau onde
a e a, b e c números reais, sendo;

Termo biquadrático
Termo quadrático
Termo independente.

Not Toda equação biquadrada o expoente da variável é par.

Ex.: a)
b)

Not As equações como;

a)
b)
c) ,

Não são equações biquadradas pós que a variável apresenta alguns expoentes
ímpares.

Not Uma equação biquadrada pode ter até quatro soluções.

Resolução de uma equação biquadrada

Para resolver uma equação biquadrada (encontrar as raízes) é preciso


transformá-la em uma equação do 2º grau, para tal, utiliza-se o método de
mudança da variável que consiste em trocar a variável x por uma outra letra
qualquer, conforme os passos a seguir:

1. Transformar o expoente do termo quadrático em potência de uma


potência.
2. Substituir por uma variável qualquer.
3. Encontrar as raízes da equação obtida (equação do 2º grau).
4. Encontrar as raízes da equação biquadrada, substituindo as raízes
da equação quadrada na expressão .
5. Verificar e escrever o conjunto solução.

Exemplo: Resolve a seguinte equação biquadrada:


a)
( )

Fazendo:

Voltando:
( ) P/


P/

( ) √

C.S * +

Exercícios propostos

1. Encontre as soluções das seguintes equações:

a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Inequação do 2º grau.

Introdução:

As inequações representam uma desigualdade matemática. Elas são identificadas


pelos sinais: ( ) ( ) ( ) ( )

Definição: São inequações do 2º grau ou quadráticas as inequações constituídas


por uma lei matemática com a forma de , onde a, b e c são
números reais e a , acompanhada do sinal de desigualdade.

As inequações do 2º grau ou quadráticas podem ser representadas nas seguintes


formas:




Passos para resolver uma Inequação do 2º grau.

Existem diferentes formas de resolver uma inequação, assim destacaremos as


seguintes:

1. Transformar a inequação numa equação (trocar o sinal de desigualdade


pelo sinal de igualdade);
2. Determinar as raízes da equação;
3. A partir dos factores ( )( ), Construir a tabela;
4. Aplicar os conceitos do estudo dos sinais;
5. Analisar os resultados e dar o conjunto de solução.

Exemplo: Resolve a seguinte inequação:


a)

(usando a fórmula resolvente)

v
( ) v
( )( )=0
( ), ( )-=0
( )( )=0

- -5 2 +

X -6 0 4
x-2 - - +
X+5 - + +
( )( ) + - +

C.S.=- ,

Outra forma de resolução:

1. Transformar a inequação numa equação (trocar o sinal de desigualdade


pelo sinal de igualdade);
2. Determinar as raízes da equação;
3. Representar graficamente as raízes com análise do coeficiente a:

a) a parábola esta voltada para cima

b) a parábola esta voltada para baixo

4. Aplicar os conceitos do estudo dos sinais;


5. Analisar os resultados e dar o conjunto de solução.

Exemplo: Resolve a seguinte inequação:


a)

(usando a fórmula resolvente)

( ) v
+

- -5 - 2 +

C.S.=- ,

Exercícios Propostos
2. Resolve as seguintes inequações:

i)
j)
k)
l)
m)
n) ( )
o) ( )
p)
q)
Trigonometria

Introdução

A palavra trigonometria foi criada pelo astrónomo grego Hiparco de Niceia (190
a.c – 125 a.c) e tem como origem nos termos gregos, tri-três, gono-ângulos e
metron–medida (estudo das medidas).
A trigonometria é um ramo da matemática no qual se estuda as relações entre
ângulos e distâncias, usando triângulos rectângulos.
Triângulo rectângulo é qualquer triângulo que possui um ângulo recto e que,
para este tipo de triângulo há várias propriedades importantes.

 Dois de seus lados são perpendiculares entre si e são, portanto, alturas do


triângulo, o que facilita o cálculo de sua área:

Razões trigonométricas no triângulo rectângulo

Razões trigonométricas no triângulo rectângulo, são relações que existem entre


os lados e os ângulos de um triângulo rectângulo.
 Seno: Num triângulo rectângulo, o seno de um ângulo agudo é dado pelo
quociente (razão) entre o cateto oposto a esse ângulo e a hipotenusa.
 Cosseno: Num triângulo rectângulo, o cosseno de um ângulo agudo é
dado pelo quociente (razão) entre o cateto adjacente a esse ângulo e a
Hipotenusa.
 Tangente: Num triângulo rectângulo, a tangente de um ângulo agudo é
dado pelo quociente (razão) entre o cateto oposto e o cateto adjacente a
esse ângulo. Podemos também dividir valor do Seno de um ângulo pelo
valor do cosseno do mesmo ângulo.

Onde sen α, cos α e tg α (lê-se: seno de α, cosseno de α e tangente de α) são


conhecidas como razões trigonométricas no triângulo rectângulo.
Exemplo:
1. Em cada caso, complete os valores solicitados:

sen α =

cos α =

tg α =

Teorema de Pitágoras:

(hipotenusa) ² = (cateto Op)² + (cateto Adj)²


 Como a soma dos ângulos de qualquer triângulo é 180°, num triângulo
rectângulo um dos ângulos é recto (90°) e os outros dois são sempre
agudos e complementares (soma = 90°).

Observa a figura:

Em todo triângulo rectângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à


soma dos quadrados das medidas dos catetos. Então, podemos escrever: (hip)² =
(cat)² + (cat)²
Ou ainda, utilizando a simbologia do quadro acima:

Observando os quadrados sobre os lados do triângulo rectângulo, poderíamos


enunciar o teorema assim:
“O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”

Exemplo:
1- No triângulo rectângulo abai o, determine o valor de “ ”:
Relação entre lados e ângulos:
Em todo o triângulo rectângulo, os lados são chamados Hipotenusa (o maior
lado) e Catetos (lados perpendiculares).
Em função do ângulo, podemos diferenciar os nomes dos catetos:
 O cateto que fica “em frente”ao ângulo agudo que estamos a utilizar,
chama-se cateto oposto, e o cateto que está sobre um dos lados desse
ângulo chama-se cateto adjacente.

Exercício:

1. Em cada caso, complete os valores solicitados;


Para o ângulo a qual é o Para o ângulo b qual é o
valor: valor:
Cateto oposto_____ Cateto oposto_____
Cateto adjacente ___ Cateto adjacente ___
Hipotenusa ____ Hipotenusa ____

Exercícios propostos:
1. Em cada caso, complete os valores solicitados;

a) b)
2. Dado triângulo, encontre o valor de “ ”; As medidas estão em metros

Equação fundamental da trigonometria:

sen → Y= sen

cos → X= sen

= +

1= + L.q.q.d

Exemplo:

Sendo

a) Cos ?
b) Tg ?
1= +

. / +

cos
2. Nos triângulos abaixo calcula o valor de :

a)

c)
b)
j)

d)

k)

e)

f)

g)

h)

i)
Exercícios: Aplicação das razões trigonométricas

1. No triângulo retângulo determine as medidas e indicadas.


(Use: ;c e )

2. Determine no triângulo retângulo as medidas e indicadas.

3. Sabendo que ; e calcule as medidas e


indicadas no triângulo retângulo.

4. Considerando o triângulo retângulo , determine as medidas e indicadas.


5. Em um triângulo rectângulo isósceles, cada cateto mede . Determine a medida
da hipotenusa desse triângulo.

6. A diagonal de um quadrado mede √ , conforme nos mostra a figura.


Nessas condições, qual é o perímetro desse quadrado?

7. Uma pipa é presa a um fio esticado que forma um ângulo de º com o solo. O
comprimento do fio é . Determine a altura da pipa em relação ao solo.

8. Qual é o comprimento da sombra de uma árvore de de altura quando o sol está


acima do horizonte?

9. Determine a altura do prédio da figura


seguinte:
10. Para determinar a altura de um edifício, um observador coloca-se a de distância
e assim o observa segundo um ângulo de , conforme mostra a figura. Calcule a
altura do edifício medida a partir do solo horizontal.

11. Observe a figura e determine:


a) Qual é o comprimento da rampa?
b) Qual é a distância do início da rampa ao barranco?

12. A uma distância de , uma torre é vista sob um


ângulo , como mostra a figura. Determine a altura h
da torre se .
13. Um nadador parte de para atravessar um rio com de largura. Foi arrastado
pela corrente e chega a . Que distância percorreu a nado?

14. A escada faz um ângulo de com o solo e a sua base encontra-se metros da
parede.
a) Qual é a altura (h)?
b) Qual o comprimento da escada?

15. Descobre a altura do hotel construído junto à praia.

16. Em um triângulo , retângulo em , o ângulo mede e a hipotenusa mede


. Determine as medidas dos catetos ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
e desse triângulo.

1. Do topo de uma torre, três cabos de aço estão ligados ao solo por meio
de ganchos, dando sustentabilidade à torre. Sabendo que o comprimento
de cada cabo é de 30 metros e que a distância dos ganchos até o centro
da base da torre é de 15 metros, determine a altura desta torre.

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