Você está na página 1de 72

APOSTILA DE MATEMÁTICA – MÓDULO 1

SITE: www.preparatorioafirmacao.com.br www.facebook.com/preparatorio.afirmacao

TEORIA DOS CONJUNTOS

Símbolos
: pertence : existe

: não pertence : não existe

: está contido : para todo (ou qualquer que seja)

: não está contido : conjunto vazio

: contém N: conjunto dos números naturais

: não contém Z : conjunto dos números inteiros

/ : tal que Q: conjunto dos números racionais

: implica que Q'= I: conjunto dos números irracionais

: se, e somente se R: conjunto dos números reais

Símbolos das operações

: A intersecção B

: A união B

A - B: diferença de A com B

A< B: A menor que B

A B : A menor ou igual a B

A > B: A maior que B

A B : A maior ou igual a B

A B :A eB

A B : A ou B

REPRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO

 Enumerando os elementos entre chaves, separados por vírgulas: A={domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta,
sábado} , indicando os dias da semana. 
 Um Conjunto pode ser finito (quando  podemos enumerar todos os elementos) ou infinito.
A={1, 2, 3, 4, 5, ...} Conjunto Infinito dos números naturais não nulos. 

Obs.: É importante lembrar que as reticências indicam que há mais elementos no conjunto.]

 Expressando uma ou mais propriedades que se verifica para todos os   seus elementos (essas propriedades têm que
ser exclusivas desses elementos):

B={x Î A| x tem a propriedade P}


(Lê-se: x pertence ao conjunto A tal que x possui a propriedade P)
C={x Î N | 3 < x < 8}
(x pertence ao conjunto dos números naturais tal que x é maior que 3 e menor que 8)
Ou seja, C={4, 5, 6, 7}

 Graficamente através do diagrama de Venn

.5 .4
C
.6

Nomeamos conjuntos com letras maiúsculas e quando utilizamos letras para nomear os elementos, elas têm que ser
minúsculas.

RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA

O conceito básico da Teoria dos Conjuntos é a relação de pertinência representada pelo símbolo Î (pertence). Para
indicarmos que um elemento a pertence ao conjunto A, escrevemos: a Î A (lê-se: elemento a pertence ao conjunto A). Para
indicarmos que um elemento a não pertence ao conjunto A, escrevemos: a Ï A (lê-se: elemento a não pertence ao conjunto
A)

IGUALDADE DE CONJUNTOS

Observe os conjuntos: A = {4, 5, 6, 7} e B={6, 5, 4,7}

Os conjuntos A e B são iguais, pois possuem os mesmos elementos.

Para indicarmos sua igualdade (A é igual a B): A = B

A negativa é ( A é diferente de B):

Exemplo: A = {2, 4, 6}

B = {3, 4, 5}
Pois os conjuntos A e B possuem elementos diferentes

CONJUNTO VAZIO

O Conjunto vazio é o conjunto que não possui elementos

Exemplo:    { x/x é natural e menor que 0}

Este conjunto é vazio, pois não existe número natural negativo.

Representa-se o Conjunto Vazio por: { } ou Ø.

SUBCONJUNTOS

Quando todos elementos de um conjunto A pertencem também a um outro conjunto B, diz-se que A é subconjunto de B.

B
Indica-se: A (A está contido em B)

   Exemplo: A={3,5}

B={0,1,3,5} assim, A  B

CONJUNTO UNIVERSO
O Conjunto Universo é a reunião de todos os conjuntos a serem estudados no contexto em que estamos trabalhando.

Exemplos:

 Quando falamos sobre biologia, o Conjunto Universo será todos os seres vivos;
 Quando falamos sobre os números naturais, o Conjunto Universo será todos os números inteiros positivos.

Na resolução de equações um dos conjuntos mais importantes é o conjunto R que reúne vários outros conjuntos numéricos.

REUNIÃO OU UNIÃO DE CONJUNTOS

Ao formar-se um novo conjunto com todos os elementos de outros conjuntos, denomina-se esse novo conjunto de conjunto
união.

Exemplo: A={0, 1}

B={1, 2, 4, 5, 6}

O conjunto união será C = {0,1,2,4,5,6} e é indicado por

                    

INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS

A interseção dos conjuntos A e B é o conjuntos formado pelos elementos que estão simultaneamente nos conjuntos A e B.

Exemplo: A={0, 1} 

B={1, 2, 4, 5, 6}

O conjunto interseção de A e B será C = { 1 } e é indicado por

Obs. : Se a interseção dos conjuntos A e B for o Conjunto Vazio, dizemos que os conjuntos A e B são disjuntos.

SUBTRAÇÃO DE CONJUNTOS

Sejam os conjuntos A={0,1,2} e B={1,2,4,5,6}

Vamos formar um conjunto C formado pelos elementos que pertencem ao conjunto A mas não pertencem ao conjunto B.
C = {4,5,6} 

O conjunto diferença A – B é formado pelos elementos que pertencem apenas ao conjunto A.

Conjuntos numéricos fundamentais

Entendemos por conjunto numérico, qualquer conjunto cujos elementos são números. Existem infinitos conjuntos
numéricos, entre os quais, os chamados conjuntos numéricos fundamentais, a saber:

 Conjunto dos números naturais N = {0,1,2,3,4,5,6,... }

 Conjunto dos números inteiros Z = {..., -4,-3,-2,-1,0,1,2,3,... }


Nota: é evidente que N  Z.

 Conjunto dos números racionais


Q = {x | x = p/q com p  Z , q  Z e q  0 }. (o símbolo | lê-se como "tal que").
Temos então que número racional é aquele que pode ser escrito na forma de uma fração p/q onde p e q
são números inteiros, com o denominador diferente de zero. 
Lembre-se que não existe divisão por zero!.
São exemplos de números racionais: 2/3,  -3/7,   0,001=1/1000,   0,75=3/4,   0,333... = 1/3, 
7 = 7/1, etc.

Notas:
a) é evidente que N  Z  Q.
b) toda dízima periódica é um número racional, pois é sempre possível escrever uma dízima periódica na
forma de uma fração.
Exemplo: 0,4444... = 4/9.

 Conjunto dos números irracionais


Q' = {x | x é uma dízima não periódica}. (o símbolo | lê-se como "tal que").

Exemplos de números irracionais: 


 = 3,1415926...  (número pi = razão entre o comprimento de qualquer circunferência e o seu diâmetro) 
2,01001000100001... (dízima não periódica)
 3 = 1,732050807... (raiz não exata).

- Conjunto dos números reais


R = { x | x é racional ou x é irracional }.
Notas:
a) é óbvio que N  Z  Q  R
b) Q'  R
c) um número real é racional ou irracional; não existe outra hipótese!

Dados dois números reais p e q, chama-se intervalo a todo conjunto de todos números reais compreendidos entre p
e q , podendo inclusive incluir p e q. Os números p e q são os limites do 
intervalo, sendo a diferença p - q , chamada amplitude do intervalo. 
Se o intervalo incluir p e q , o intervalo é fechado e caso contrário, o intervalo é dito aberto. 

A tabela abaixo, define os diversos tipos de intervalos.

TIPOS REPRESENTAÇÃO OBSERVAÇÃO

INTERVALO FECHADO [p;q] = {x  R; p  x  q} inclui os limites p e q


INTERVALO ABERTO (p;q) = { x  R; p  x  q} exclui os limites p e q

INTERVALO FECHADO A [p;q) = { x  R; p  x  q} inclui p e exclui q


ESQUERDA

INTERVALO FECHADO À DIREITA (p;q] = {x  R; p  x  q} exclui p e inclui q

INTERVALO SEMI-FECHADO [p; ) = {x  R; x  p} valores maiores ou iguais a p.

INTERVALO SEMI-FECHADO (-  ; q] = { x  R; x  q} valores menores ou iguais a q.

INTERVALO SEMI-ABERTO (- ; q) = { x  R; x  q} valores menores do que q.

INTERVALO SEMI-ABERTO (p;  ) = { x  p } valores maiores do que p.

Nota: é fácil observar que o conjunto dos números reais, (o conjunto R) pode ser representado na forma de
intervalo como R = ( - ; +  )

- COMPLEMENTAR DE UM CONJUNTO
Trata-se de um caso particular da diferença entre dois conjuntos. Assim é , que dados dois conjuntos A e B, com a
condição de que B  A , a diferença A - B chama-se, neste caso, complementar de B em relação a A .
Simbologia: CAB = A - B.
Caso particular: O complementar de B em relação ao conjunto universo U, ou seja , U - B ,é indicado pelo símbolo
B' .Observe que o conjunto B' é formado por todos os elementos que não pertencem ao conjunto B.:

- PARTIÇÃO DE UM CONJUNTO
Seja A um conjunto não vazio. Define-se como partição de A, e representa-se por part(A), qualquer subconjunto do
conjunto das partes de A (representado simbolicamente por  P(A)),  que satisfaz simultaneamente, às seguintes
condições:
1 - nenhuma dos elementos de part(A)  é o conjunto vazio.
2 - a interseção de  quaisquer dois elementos de part(A) é o conjunto vazio.
3 - a união de todos os elementos de part(A) é igual ao conjunto A.

Exemplo: Seja A = {2, 3, 5}


Os subconjuntos de A serão: {2}, {3}, {5}, {2,3}, {2,5}, {3,5}, {2,3,5}, e o conjunto vazio - Ø.
Assim, o conjunto das partes de A será:
P(A) = { {2}, {3}, {5}, {2,3}, {2,5}, {3,5}, {2,3,5}, Ø }

Exercícios - Parte 1

1) Classifique os conjuntos abaixo em vazio, finito ou infinito:

a) B = { 0, 1 , 2 , ... 70}
b) C = { x / x é um número positivo}

c) E= { x/ x é um número ímpar, solução da equação x2  4 }

2) Sejam A = { x / x é um número par compreendido entre 3 e 15} B = { x/ x é um número par menor 15 }, C = { x/x é um
número par diferente de 2 }. Usando os símbolos  ou  , relacione entre si os conjuntos :

a) A e B b) A e C c) B e C
3) Sendo A = { 0, 1, 2, 3 }, B = { 0, 2, 3, 5 } , C { x/x é par positivo menor que 10 } e D = { x/x é número ímpar
compreendido entre 4 e 10 } , determine:
a) A B b) B C c) A C d) B D e) A D

4) Dados A = { 0,2,1,5} e B = { 5,1,6,4 }, determine :


a) A B b) A B c) A – B d) B – A

5) Dados A = { 1,3,5 } B = { 0,2,1,8}, D = { 2 }

a) A
 ( B  D) b) A  ( B  D ) c) A - ( B  D ) d) B – ( A – D )

6) Dados A = { 0,1,2,3 } , B = { 1 ,2,3 } C = { 2,3,4,5 }


a) A – B
b) A – C
c) B – C
d) ( A  B ) - C
e) ( A – C )  ( B – C )
f) A- 
g) C AB

7) Dados M = { x/x   e 0  x  5} e S = { x/x   e 1  x  7} , calcule:


a) M – S
b) S – M
c) S
Determine os números inteiros que pertencem ao conjunto M
d) Determine os números inteiros que pertencem ao conjunto M  S

8) Se A , B e ( A  B ) são conjuntos com 90, 50 e 30 elementos respectivamente, determine então o número de


elementos A  B .

Exercícios - Parte 2

1) Relacione os elementos e os conjuntos:

a) -7............ N
b) 2 ......... Q
c) 4 ............. Z
d) 10 ......... I
1
e) 2 ............ Z
9
f) 4 .......... Q

g) 0,16 .......... Q
3
h) 8 .......... N
i) -2 ............ N

2) Assinale V para sentenças verdadeiras e F para sentenças falsas:

a) N  Z
b) N*  N
c) N*  N
d)
Z  Z

e) Z   Z
f) Q  R
g) Z  Q
h)
Z
 Q

i) N  R

j)
R *  R

3) Completa usando os símbolos  ou :

9
a) – 7 __ N b) √2 __ Q c) ½ __ I d) √ 4 __ Q
3
e) 0,1666... __ Q f) √−64 __ R g) 3,232 __ Q h) √−27 __ Z

4) Determina, por extensão, os seguintes conjuntos:

a) {x  N / 1  x  4}
b) {x  Z / -3 < x  3}
c) {x  Z / 0  x < 5}
d) {x  N / x  -3}
e) {x  Z / x > 4}
Intervalos

Chamamos de intervalo a determinados subconjuntos dos números reais. Assim, dados dois números reais a e b ,
com a < b, temos:

 intervalo aberto
(a, b) = { x  R / a < x < b }

 intervalo fechado
[a, b] = { x  R / a  x  b }

 intervalo semi-aberto à direita


(a, b] = { x  R / a < x  b }

 intervalo semi-aberto à esquerda


[a, b) = { x  R / a  x < b }

 intervalos infinitos
(a, + ) = {x  R / x > a}

[a, + ) = {x  R / x  a}

(– , a) = {x  R / x < a}

(– , a] = {x  R / x  a}

Observação: (– , + ) = R

Exemplos

Usando a notação de conjuntos, escreve os intervalos:


a) [6,10] = { x  R / 6  x  10 }

b) (-1,5] = { x  R / -1 < x  b }

c) (-,3) = { x  R / x < 3 }

Operações com intervalos

 Intersecção (∩)
AB={xU/xAexB}

 União (∪)
A  B = { x  U / x  A ou x  B }

 Diferença (–)
A–B={xU/xAexB}

Exemplos

5 - Se A = {x  R / 2  x < 5} e B = {x  R / 3  x < 8}, determina A  B, A ¿ B, e A – B.

6 - Se A = {x  R / -2  x  0} e B = {x  R / 2  x < 3}, determina A  B, A ¿ B, e A – B.

7 - Determine A  B, A ¿ B e A – B quando:

i. A = {x  R / 0 < x < 3} e B = {x  R / 1 < x < 5}

ii. A = {x  R / -4 < x  1} e B = {x  R / 2  x  3}

iii. A = {x  R / -2  x < 2} e B = {x  R / x  0}

DIVISIBILIDADE
01. MÚLTIPLOS E DIVISORES

Sejam a e b dois números naturais. Se o resto da divisão de a por b for zero, isto é, se a divisão de a por b for exata, diz-
se que a é divisível por b (ou que a é múltiplo de b). Nesse caso, diz-se ainda que b divide a.
A notação b | a indica que b divide a.

EXEMPLOS

E.1) 2 | 6  6 é divisível por 2, pois:

6 2
0 3

E.2) 3 | 15, 3 | 27 e 3 | 42  15, 27 e 42 são divisíveis por 3, pois:

13 2 27 3 42 3
0 5 0 9 12 14
0

E.3) 6 é divisível por 1, 2, 3 e 6. Indicando-se o conjunto dos divisores de 6 por D(6), temos:

D(6) = {1, 2, 3, 6}

E.4) O zero é múltiplo de qualquer número, mas só é divisor dele mesmo.

O conjunto M(a) dos múltiplos de um número a é o conjunto dos naturais vezes a.

Assim:

M(2) = {0, 2,4, 6, 8, 10,...}; D(2) = {1, 2}

M(3) = {0, 3, 6, 9, 12, 15,...}; D(3) = {1, 3}

M(4) = {0, 4, 8, 12, 16,...}; D(4) = {1, 2,4}

M(6) = {0,6,12,18,...}; D(6) = {1,2,3,6}

Note que o conjunto dos múltiplos de um número é infinito, e o conjunto dos divisores é finito.
Um número natural é par quando é divisível por 2 e é ímpar quando não é par.

02. NÚMEROS PRIMOS

Um número, com exceção do número 1, é primo quando é divisível somente por ele mesmo e pela unidade.
Vamos escrever alguns números naturais em ordem crescente a partir de 2. Destaquemos o 2 e risquemos todos os
múltiplos dele que surgem em seguida. Destaquemos o 3 e risquemos todos os múltiplos dele que surgem em seguida.
Destaquemos o 5 e risquemos todos múltiplos dele que surgem em seguida etc.

2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 31 32 33 e tc .

O conjunto P dos números primos é infinito e não existe nenhuma lei de formação para esses números:

P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23,29, 31,...}

Note que o 2 é o único número par que é primo.

Um número que admite outros divisores além da unidade e dele próprio é chamado número múltiplo ou número
composto. Os números riscados dentre os acima são compostos.
03. REGRAS DE DIVISIBILIDADE

Um número é divisível por:

a) 2, quando o último algarismo da direita for 0,2, 4, 6 ou 8, isto é, quando o número for par.

EXEMPLOS

30, 86, 104 são números divisíveis por 2.

b) 3, quando a soma dos algarismos que o representam formar um número divisível por 3.

EXEMPLOS

45 é divisível por 3, pois 4 + 5 = 9 (9 é divisível por 3);

8022 é divisível por 3, pois 8 + 0 + 2 + 2 = 12 (12 é divisível por 3).

c) 4, quando o número expresso pelo agrupamento dos dois últimos algarismos da direita de sua representação é
divisível por 4.

EXEMPLOS

124 é divisível por 4, pois 24 também o é;

38408 é divisível por 4, pois 08 = 8 também o é;

300 é divisível por 4, pois 00 ^ O também o é.

d) 5, quando o último algarismo da direita for 0 ou 5.

EXEMPLOS
820 é divisível por 5, pois termina em 0;

3475 é divisível por 5, pois termina em 5.

e) 6, quando for divisível ao mesmo tempo por 2 e por 3.

EXEMPLOS

24 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3;

1350 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3.

f) 8, quando o número expresso pelo agrupamento dos três últimos algarismos da direita de sua representação é
divisível por 8.

EXEMPLOS

34024 é divisível por 8, pois 024 também o é;

3000 é divisível por 8, pois 000 também o é.

g) 9, quando a soma dos algarismos de sua representação formar um número divisível por 9.

EXEMPLOS

45 é divisível por 9, pois 4 + 5 = 9 (9 é divisível por 9);

843750 é divisível por 9, pois 8 + 4 + 3 + 7 + 5 + 0 = 27 (27 é divisível por 9).

h) 10, quando terminar em 0.

EXEMPLOS

350 é divisível por 10; 4800 é divisível por 10

04. DECOMPOSIÇÃO DE UM NÚMERO EM FATORES PRIMOS

4.1. TODO NÚMERO NATURAL MAIOR QUE 1 OU É PRIMO OU PODE SER DECOMPOSTO NUM ÚNICO PRODUTO DE
FATORES PRIMOS.

EXEMPLO

Vamos decompor 90 em fatores primos. Aplicando as regras da divisibilidade, temos:

90 = 2.45; DISPOSITIVO PRÁTICO


como
45 = 3.15 e 90 2
15 = 3.5, 45 3
15 3
temos, igualmente, 5 5
90 = 2 . 32 . 5 1 2 . 32 . 5

Pode-se observar melhor no dispositivo prático que para decompor um número em seus fatores primos é
mais simples se fazer divisões sucessivas tomando os fatores primos em ordem crescente.

4.2. CONJUNTO DOS DIVISORES DE UM NÚMERO


Dado um número natural n, os seus divisores são determinados decompondo-se n em seus fatores primos, e,
em seguida, combinando esses fatores um a um, dois a dois etc.
Vamos obter o conjunto dos divisores de 42 e 504.

a) 42 2 As combinações dos produtos dos números 2, 3 e 7 são:


21 3 um a um: 2; 3; 7
7 7 dois a dois: (2.3) = 6; (2.7) = 14; (3.7) = 21
1 três a três: (2.3.7) = 42

Existe, ainda, o número 1, que é divisor de qualquer número.


Assim, o conjunto D(42) dos divisores de 42 é: D(42) = {1, 2, 3, 6, 7, 14, 21, 42}

DISPOSITIVO PRÁTICO

1
42 2 2 D(42) = {1, 2, 3, 6, 7, 14, 21, 42}
21 3 3 6
7 7 7 14 2 42
1
1

1
b) 504 2 2
252 2 4
126 2 8
63 3 3 6 12 2
4
21 3 9 18 36 7
2
7 7 7 14 28 5 21 4 84 168 63 126 252 504
6 2
1

Portanto:

D(504) = {1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 12, 14, 18, 21, 24, 28, 36, 42, 56, 63, 72, 84, 126, 168, 252, 504}

NOTA: Demonstra-se que o número de divisores naturais de um número pode ser dado somando-se 1 a cada expoente das
potências dos fatores primos e, em seguida, multiplicando esses novos expoentes.

Assim:

42 = 21 . 31 . 71 tem (1 + 1) . (1 + 1) . (1 + 1) = 2 . 2 . 2 = 8 divisores.

504 = 23 . 32 . 71 tem (3 + 1) . (2 + 1) . (1 + 1) = 4 . 3 . 2 = 24 divisores.

Genericamente, o número:

am . bn . cp . ... tem (m + 1) . (n + 1). (p + 1) ... divisores naturais.

05. MÁXIMO DIVISOR COMUM (m.d.c)

Consideremos os conjuntos dos divisores de 24 e 30.


D(24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30} e achemos a interseção desses conjuntos: D(24)  D(30) = {1, 2, 3, 6}.

Observamos que esse conjunto tem um máximo que é 6. Como os elementos de D(24)  D(30) são os divisores comuns
a 24 e 30, dizemos que 6 é o máximo divisor comum entre 24 e 30.

Indica-se m.d.c (24, 30) = 6.

Portanto:

“O máximo divisor comum entre dois ou mais números é o maior elemento da interseção dos conjuntos dos divisores
dos números dados.”
Dois ou mais números são primos entre si quando o m.d.c desses números é 1.

EXEMPLOS

E.1) Os números 5 e 6 são primos entre si, pois:

D(5) = {1,5} D(5)  D(6) = {1}  m.d.c (5, 6) = 51

D(6) = {1, 2, 3, 6}

E.2) Os números 15, 26 e 49 são primos entre si, pois:

D(15) = {1, 3, 5, 15}

D(26) = {1, 2, 13, 26}; D(15)  D(26)  D(49) = {1}  m.d.c (15, 26, 49) = 1

D(49) = {1, 7, 49}

06. MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (m.m.c.)

Já vimos que um número natural a é múltiplo do número natural não nulo, b quando a é divisível por b.

O zero é múltiplo de qualquer número.

Definimos:

M(a) = {0, a, 2a, 3a, 4a, 5a, ...}


Particularmente, o conjunto dos múltiplos de 0 é unitário, ou seja, M(0) = {0}.

Consideremos os conjuntos dos múltiplos de 4 e 6.

M(4) = {0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, ...}
M(6) = {0, 6,12, 18, 24, 30, 36, ...} e achemos a interseção desses conjuntos. M(4)  M (6) = {0, 12, 24, 36, ...}.

Observamos que esse conjunto tem um mínimo, diferente de zero, que é 12. Como os elementos de M(4)  M(6) são
múltiplos comuns a 4 e 6, dizemos que 12 é o mínimo múltiplo comum entre 4 e 6.
Indica-se m.m.c. (4,6) = 12.

Portanto:

“O mínimo múltiplo comum entre dois ou mais números é o menor elemento, diferente de zero, da interseção dos
conjuntos dos múltiplos dos números dados.”

07. MÉTODO PRÁTICO PARA SE OBTER O M.D.C. E O M.M.C. ENTRE DOIS OU MAIS NÚMEROS

Decompõem-se os números em fatores primos. Feito isso:

o m.d.c. será o produto dos fatores primos comuns, tomando cada um com o menor expoente.
o m.m.c. será o produto dos fatores primos comuns e não comuns, tomando cada um com o maior expoente.

EXEMPLOS

E.1) Vamos obter m.d.c e m.m.c entre 84 e 360.

84 2 360 2
42 2 180 2 84 = 22 . 3 . 7
21 3 90 2
7 7 45 3 360 = 23 . 32 . 5
1 15 3
5 5 5
1

Portanto:

m.d.c (84, 360) = 22 . 3 = 12

m.m.c (84, 360) = 23 . 32 . 7 . 5 = 2520

E.2) Sejam A = 22 . 3m . 53 e B = 31 . 5n . 7. Vamos calcular m e n, sabendo que o m.m.c (A, B) = 157500.

Ora, m.m.c (A, B) = 157500 = 22 . 32 . 54 . 71; logo, m = 2 e n = 4.

08. PROPRIEDADES DO M.D.C. E DO M.M.C. ENTRE DOIS NÚMEROS

P.1) Se x é múltiplo de a e x é múltiplo de b, então x é múltiplo do m.m.c. (a; b).

EXEMPLOS

E.1) Se um número é múltiplo de 2 e 3, então é múltiplo de 6 (m.m.c (2; 3))

E.2) Se um número é múltiplo de 4 e 6, então é múltiplo de 12 (m.m.c (4; 6))

P.2) Se x é divisor de a e x é divisor de b, então x é divisor do m.d.c (a; b)

EXEMPLOS

E.1) Se um número é divisor de 30 e 45, então é divisor de 15.


Simbolicamente, podemos dizer:

M(a)  M(b) = M (m.m.c (a; b))

D(a)  D(b) = D (m.d.c (a; b))

P.3) Sejam a e b dois números naturais. O produto a . b é igual ao produto do m.d.c pelo m.m.c. desses números. Isto é

a x b = m.d.c. (a, b) x m.m.c. (a; b)

a = 23 . 32 . 54 e b = 2 . 33 . 7

EXEMPLOS

a = 23 . 32 . 54 m.d.c.(a,b) = 2 . 32
b = 2 . 33 . 7 m.m.c.(a,b) = 23 . 33 . 54 . 7
a x b = 24 . 35 . 54 . 7 m.d.c.(a, b) x m.m.c.(a, b) = 24 . 35 . 54 . 7

e, portanto, a x b = m.d.c. (a, b) x m.m.c. (a, b).

EXERCÍCIOS

01. (FATEC-SP) Um certo planeta possui dois satélites naturais: Lua A e Lua B; o planeta gira em torno do Sol e os satélites
em torno do planeta, de forma que os alinhamentos:
Sol – planeta – Lua A ocorre a cada 18 anos e Sol – planeta – Lua B ocorre a cada 48 anos.

Se hoje ocorrer o alinhamento Sol – planeta – Lua A – Lua B , então esse fenômeno se repetirá daqui a:

a) 48 anos b) 66 anos c) 96 anos


d) 144 anos e) 860 anos

02. (FUVEST-SP) O produto de dois números inteiros positivos, que não são primos entre si, é igual a 825. Então o
máximo divisor comum desses dois números é:

a) 1
b) 3
c) 5
d) 11
e) 15

DÍZIMAS PERIÓDICAS
a
Seja b uma fração irredutível de números inteiros, isto é, uma fração que não pode mais ser simplificada.

Se na fatoração de b só tiverem os fatores 2 ou 5, então a fração terá como resultado um decimal exato.

Se pelo menos um dos fatores de b for diferente de 2 e 5, então a fração terá como resultado um decimal inexato
chamado dízima.

Essas dízimas são periódicas porque nesses resultados sempre a parte não exata se repete, ou seja, apresenta um
período.
EXEMPLOS
1 1
E.1) 3 = 0,333... = 0, 3̄ E.4) 6 = 0,1666... = 0,1 6̄
2 7
E.2) 11 = 0,181818... = 0,1 8̄ E.5) 12 = 0,58333... = 0,58 { 3̄¿
9 511
E.3) 7 = 1,142857142857... = 1,142857 E.6) 495 = 1,0323232... = 1,032
As dízimas periódicas podem ser simples ou compostas.

Uma dízima é simples quando o período surge imediatamente após a vírgula (E.1; E.2; E.3 anteriores).

Uma dízima é composta quando o período não surge imediatamente após a vírgula (E.4; E.5; E.6 anteriores).

GERATRIZ DE UMA DÍZIMA PERIÓDICA

É uma fração que origina a dízima.

EXEMPLOS
E.1) Vamos obter o geratriz da dízima 0,333...

x = 0,333...  10x = 3,333...


Portanto:

10x = 3,333 ...


– x = 0,333 ...
3
9x = 3  x = 9

3
Assim, 0,333... = 9

E.2) Idem para 0,181818...


x = 0,181818...  100x= 18,181818...

Portanto:
100x = 18,181818 ...
–x = 0,181818 ...
99x = 18  x =
18
99

18
Assim, 0,181818...= 99
E.3) 1,2343434...

x = 1,2343434...  1000x = 1234,343434...

Portanto:
1000x = 1234,343434 ...
–10x = 12,343434 ...
99x = 1222

1222 611
=
x= 990 495

EXERCÍCIO

8.12,33... − 9.1,3535 ... − 45.0,31717


−50
(UFBA) Se x = 1,0909... , calcule o valor de x.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. Assinale V ou F.

a) O número 43 é primo.
b) Dizemos que um natural a é divisor de b, se existir um inteiro c, tal que b = a . c.
c) O número 1500 tem 24 divisores naturais.
d) O m.m.c.(24;90) é 360.
e) O m.d.c.(120;108) é l2.
f) Se x é múltiplo de 12 e x é múltiplo de 10, então x é múltiplo de 120.
g) Se x é múltiplo de 15 e x é múltiplo de 18, então x é múltiplo de 90.
h) Se x é divisor de 360 e x é divisor de 540, então x é divisor de 180.
i) O número zero é múltiplo de todos os naturais.
j) m.m.c (x; y), m.d.c. (x; y) = x . y.
k) Os números 200 e 189 são primos entre si.

02. (UFMG) Os restos das divisões de 247 e 315 por x são 7 e 3, respectivamente. Os restos das divisões de 167 e 213 por y são
5 e 3, respectivamente. O maior valor possível para a soma x + y é:

a) 36
b) 34
c) 25
d) 30
e) 18

03. Calcule o menor número natural diferente de 3 que dividido por 4, 6 e 9 deixa sempre resto 3.

04. (UCSAL-99) Somando 589 a um número positivo x, obtém-se um número que é divisível por 2, por 3 e por 7. O menor valor que x
pode assumir satisfaz à condição:

a) 30 < x < 42
b) 25 < x < 30
c) 10 < x < 20
d) 5 < x < 10
e) 0<x<5

05. (UFBA) Tenho menos que 65 livros; contando-os de 12 em 12, de 15 em 15 ou de 20 em 20, sobram sempre três. Calcule
quantos livros possuo.

06. Uma sala retangular mede 5,04m por 5,40m. Deseja-se colocar lajotas quadradas, todas do mesmo tamanho, no piso desta sala, sem
quebrar nenhuma lajota. Qual o menor número de lajotas que podemos utilizar?

07. Uma determinada cidade realiza periodicamente a festa da uva e a festa do tomate. A festa da uva acontece a cada 15 meses,
e a festa do tomate, a cada 18 meses. Se as duas festas aconteceram juntas em abril de 1998, quando elas acontecerão juntas
novamente?

a) Em outubro de 2020
b) Em abril de 2015
c) Em outubro de 2010
d) Em abril de 2008
e) Em outubro de 2005

08. Calcule:

(1,2272727...) . (2,444...) – (1,8333...) . (0,545454...)


09. Calcule:

(1,8333) . (1,636363...) + (1,4666...) . (2,0454545...)

a
10. (UCSAL) Se a fração irredutível b é a geratriz da dízima periódica 1, 0353535..., então a soma a + b é igual a:

a) 28
b) 118
c) 225
d) 309
e) 403

11. (UCSAL) Seja M um dos números naturais escritos com três algarismos, que divididos por 2 ou 3, ou 5 ou 7 deixam resto 1. A
soma dos algarismos de M pode ser:

a) 5
b) 6
c) 9
d) 8
e) 7

12. (UEFS) Se o mdc (a, b) é 3 e a é um número par, então o mdc (3a, 6b) é:

a) 18
b) 15
c) 12
d) 9
e) 6

13. (UNEB) Sendo w e n, respectivamente, o mdc e o mmc de 360 e 300, o quociente n/m é igual a:

a) 3
b) 6
c) 10
d) 30
e) 60

14. (UCSAL) Uma editora deverá enviar pelo correio exemplares dos livros A, B e C nas quantidades de 144, 180 e 324 exemplares,
respectivamente. Serão feitos pacotes, todos com o mesmo número de exemplares, de um só tipo de livro. Deseja-se que haja
um número mínimo de pacotes, mas o correio não aceita pacotes com mais de 24 exemplares.

Nessas condições, quantos pacotes serão feitos?

a) 36
b) 24
c) 18
d) 45
e) 48

15. (UCSAL) Vivaldo costuma sair com duas garotas: uma a cada 6 dias e outra a cada 9 dias. Quando as datas coincidem, ele
adia os encontros com ambas para 6 e 9 dias depois, respectivamente. Se em 18/05/98 ele adiou os encontros com as duas, em
virtude da coincidência das datas, a próxima vez em que ele teve que adiar os seus encontros foi em:

a) 15/06/98
b) 12/06/98
c) 10/06/98
d) 06/06/98
e) 05/06/98
16. (UCSAL) Um comerciante pretendia vender duas peças de tecido de mesma largura, com comprimentos de 158m e 198m.
Ele dividiu a primeira em cortes de n metros, restando 5m da peça. Em seguida, resolveu dividir a segunda em pedaços de n
metros, também, restando 11m da peça. Sabendo que o número de cortes obtidos foi o menor possível, nas condições dadas,
qual é o valor de n?

a) 9
b) 11
c) 17
d) 23
e) 34

17. (FUVEST) No alto de uma emissora de TV, duas luzes “piscam” com frequências diferentes. A primeira “pisca” 15
vezes/minuto e a segunda “pisca” 10 vezes/minuto. Se num certo instante as luzes piscam simultaneamente, após quantos
segundos elas voltarão a piscar ao mesmo tempo?

a) 12
b) 10
c) 20
d) 15
e) 30

18. Um enxadrista quer decorar uma parede retangular, dividindo-a em quadrados, como se fosse um tabuleiro de xadrez. A
parede mede 4,40m por 2,75m.

Determine o menor número de quadrados que ele pode colocar na parede:

a) 10
b) 20
c) 30
d) 40
e) 50

19. (UFMG) Sejam a, b e c números primos distintos, em que a > b. O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo comum de m
= a2 . b . c2 e n = ab2 são, respectivamente, 21 e 1764.

Pode-se afirmar que a + b + c é:

a) 9
b) 10
c) 12
d) 42
e) 62

20. Assinale as proposições verdadeiras.

(01) O número 1500 tem 24 divisores naturais.


(02) Se x é múltiplo de 15 e x é múltiplo de 6, então x é múltiplo de 90.
(04) Se o m.m.c. (a; b) é a . b, então a e b são primos entre si.
(08) Se x é divisor de 600 e x é divisor de 640, então x é divisor de 40.
(16) Se um número natural n dividido por 13 deixa resto 5, então (n + 5) é múltiplo de 13.

21. Um terreno de forma triangular, com as dimensões indicadas na figura abaixo, deve ser cercado com arame farpado. Para
isso, serão colocadas estacas equidistantes entre si. Determine o menor número de estacas que podem ser utilizadas.

a) 45
b) 30 2 2 ,5 m 27m
c) 25
d) 21
e) 18 3 1 ,5 m
GABARITO

01. a) V 02. D 13. D


b) V 03. 39 14. A
c) V 04. A 15. E
d) V 05. 63 16. C
e) V 06. 210 17. A
f) F 07. E 18. D
g) V 08. 02 19. C
h) V 09. 06 20. 13
i) V 10. E 21. E
j) V 11. E
k) V 12. A

RAZÕES E PROPORÇÕES:

Revisar o estudo de proporções é neste momento muito importante, já que todos os temas a serem
trabalhados neste semestre se baseiam nas grandezas proporcionais. Mas para compreendermos o que é uma
proporção, necessitamos, primeiramente, recordar o conceito de razão em Matemática.

1.1.Razão:

Você já deve ter ouvido expressões como: “De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos”, “De cada 10
alunos, 2 gostam de Matemática”, “Um dia de sol para cada dois dias de chuva”.
Em cada uma dessas frases está sempre clara a comparação entre dois números. No primeiro caso,
destacamos 5 entre 20, no segundo, 2 entre 10, e no terceiro, 1 para cada 2.

Todas as comparações são matematicamente expressas por um quociente chamado razão.Temos,


então:
5 1
1) De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos. Razão = 20 = 4
2 1
2) De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática. Razão = 10 = 5
3) Um dia de sol, para cada dois de chuva. Razão = ½

Portanto, razão entre dois números a e b (com b ≠0) é o quociente entre a e b.

a
Indica-se: b ou a : b e lê-se a para b.
O número a é chamado antecedente e o número b, consequente.

Exemplos:

3
1. A razão de 3 para 12 é: 12 = ¼

20
2. A razão de 20 para 5 é: 5 = 4
2
3. A razão de 5 e ½ é = 5 . 1 = 10

1.2.Razão de duas grandezas:


Considerando grandeza como tudo o que pode ser medido, podemos dizer que a razão entre duas
grandezas, dadas em uma certa ordem, é a razão entre a medida da primeira grandeza e a medida da segunda
grandeza.
- Se as grandezas são da mesma espécie, suas medidas devem ser expressas na mesma unidade. Neste
caso, a razão é um número puro.
Exemplos:
2m 2
=
1.A razão de 2 m para 3 m é: 3m 3
30dm 3m
2.A razão de 30 dm para 6 m = 6m = 6m = ½

- Se as grandezas não são da mesma espécie, a razão é um número cuja unidade depende das unidades
das grandezas a partir das quais se determina a razão.
Exemplo:

Um automóvel percorre 160 Km em 2 horas. A razão entre a distância percorrida e o tempo gasto em
percorrê-la é:
160km
2h = 80 Km/h
ATIVIDADES:

1.Calcule a razão entre as grandezas:

a) 256 e 960 b) 1,25 e 3,75 c) 5 e 1/3 d) 1/2 e 0,2 e) 27 m³ e 3 l de álcool f) 24 Kg e 80


000 g g) 40 g e 5 cm³ h) 20 cm e 4 dm i) 20 d e 2 me 15 d

2.No vestibular de 2005 da FEMA concorreram, para 50 vagas da opção Administração,150 candidatos.
Qual a relação candidato vaga para essa opção?

3.Tenho duas soluções de água e álcool. A primeira contém 279 litros de álcool e 1 116 litros de água. A segunda
contém 1 155 litros de álcool e 5 775 litros de água. Qual das duas soluções tem maior teor alcoólico?

4.Numa prova de matemática, um aluno acertou 20 questões e errou 5. Escreva a razão entre:

a) o número de acertos e o número de questões


b) o número de acertos e o número de erros

1.3.Proporção:

Existem situações em que as grandezas que estão sendo comparadas podem ser expressas por razões com
antecedentes e conseqüentes diferentes, porém com o mesmo quociente. Assim, ao dizer que de 40 alunos
entrevistados, 10 gostam de Matemática, poderemos supor que, se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola,
20 deverão gostar de Matemática. Na verdade, estamos afirmando que 10 estão representando em 40 o mesmo que
20 em 80.

10 20
Escrevemos: 40 = 80

A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o nome de proporção.

Portanto:
Dadas duas razões a/b e c/d com b e d ≠ 0, teremos uma proporção se a/b = c/d

A proporção também pode ser representada como a : b : : c : d


* Lê-se: a está para b assim como c está para d

* a e d são chamados extremos e b e c são chamados meios.

Propriedade fundamental das proporções:

Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, e vice-versa.

Exemplo:

2 9
4 = 18 2 : 4 : : 9 : 18 2. 18 = 4. 9 36 = 36

Transformações de uma proporção:


Transformar uma proporção é escrever seus termos em uma ordem diferente de modo que a
igualdade dos produtos dos meios e extremos não sofra alteração.

Exemplo:
Dada a proporção 5/8 = 20/32, podemos transformá-la :
 alternando os extremos: 32/8 = 20/5 32 . 5 = 8 . 20 160 = 160
 alternando os meios: 5/20 = 8/32 5 . 32 = 20 . 8 160 = 160
 invertendo os termos; 8/5 = 32/20 8 . 20 = 5 . 32 160 = 160
 transpondo as razões: 20/32 = 5/ 8 20 . 8 = 32 . 5 160 = 160

Propriedade fundamental para série de razões iguais ( ou proporção múltipla):

Em uma série de razões iguais , a soma dos antecedentes está para a soma dos conseqüentes
assim como qualquer antecedente está para o seu respectivo conseqüente.

Exemplo:
6 10 12 8 6 +10+12+8 6 10 12 8
3 5 6 4 3+5+6+4 = 3 ou 5 ou 6 ou 4

ATIVIDADES:

1.Verificar se são ou não proporções as seguintes igualdades:

9,5−4 , 82 14,1 5 /9 2 /3
a) 4/15 = 72/270 b) 0,75/ 0,25 = 3 c) 2 = 60 d) 2/3 = 0,8
2.Encontrar o valor de x nas proporções:

x +2 −2
a) x/20 = 4/10 b 12/121 = 6/x c) x = x−3
3.Escreva quatro proporções utilizando os números 3,4, 6 e 8.
4.Calcular x e y na proporção x/7 = y/12, sabendo que x + y = 76.

5.Na série de razões x/10 = y/120 = z/14, calcular x, y e z, sabendo que x + y + z = 88.
2.GRANDEZAS PROPORCIONAIS:

A maioria dos problemas que se apresentam em nosso dia-a-dia liga duas grandezas de tal forma que,
quando uma delas varia, como consequência varia também a outra.

Assim, a quantidade de combustível gasto por um automóvel depende do número de quilômetros


percorridos. O tempo numa construção depende do número de operários empregados. O salário está relacionado
aos dias de trabalho.

A relação entre duas grandezas estabelece a lei de variação dos valores de uma em relação à outra. Existem
dois tipos básicos de dependência entre grandezas proporcionais: a proporção direta e a proporção inversa.

2.1.PROPORÇÃO DIRETA OU GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS:

Se analisarmos duas grandezas como trabalho e remuneração, velocidade média e distância percorrida, área
e preço de um terreno, altura de um objeto e comprimento da sombra projetada ..., veremos que aumentando ou
diminuindo uma delas a outra também aumenta ou diminui.

Então:

Duas grandezas variáveis são diretamente proporcionais quando,


aumentando ou diminuindo uma delas numa determinada razão, a outra aumenta ou
diminui nessa mesma razão. As razões de cada elemento da primeira por cada
elemento correspondente da segunda são iguais, ou seja, possuem o mesmo
coeficiente de proporcionalidade.

Exemplo 1:
Um grupo de pessoas se instalou num acampamento que cobra R$ 10,00, a diária individual. Veja na tabela
a relação entre o número de pessoas e a despesa diária.

Número de pessoas 1 2 4 5 10

Despesa diária 10,00 20,00 40,00 50,00 100,00

Percebemos que a razão de aumento do número de pessoas é a mesma para o aumento da despesa. É,
portanto, uma proporção direta. As grandezas número de pessoas e despesa diária são diretamente proporcionais,
ou seja, a razão entre o número de pessoas e despesa diária são iguais:

1/10 = 2/20 = 4/40 = 5/50 = 10/100

↓ ↓ ↓ ↓ ↓
1/10 1/10 1/10 1/10 1/10
Exemplo 2:

Os números 3, 10 e 8 são diretamente proporcionais aos números 6, 20 e 16, nessa ordem, porque possuem
a mesma razão ou o mesmo coeficiente de proporcionalidade:

3/ 6 = 10/20 = 8/16

↓ ↓ ↓
½ = ½ = ½

2.2. PROPORÇÃO INVERSA OU GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS:


Se analisarmos duas grandezas como tempo de trabalho e número de operários para a mesma tarefa,
velocidade média e tempo de viagem, número de torneiras e tempo para encher um tanque..., veremos que
aumentando uma grandeza , a outra diminuirá.

Então:

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando (ou diminuindo


) uma delas numa determinada razão, a outra diminui (ou aumenta) na mesma razão. As
razões de cada elemento da primeira pelo inverso de cada elemento correspondente da
segunda são iguais. Em outras palavras, duas grandezas são inversamente proporcionais
quando os elementos da primeira grandeza forem diretamente proporcionais ao inverso dos
elementos da segunda grandeza.

Exemplo 1:
Suponhamos que no exemplo analisado na folha anterior (razão direta), a quantia gasta pelo grupo de
pessoas seja sempre R$ 200,00. Então, o tempo de permanência do grupo dependerá do número de pessoas. Analise
a tabela:

Número de pessoas 1 2 4 5 10

Tempo de permanência (dias) 20 10 5 4 2

Percebemos que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo de permanência se reduzirá à metade.


É, portanto, uma proporção inversa. As grandezas número de pessoas e número de dias são inversamente
proporcionais. A razão entre o número de pessoas é igual ao inverso da razão do tempo de permanência:
1 2 4 5 10
1/20 1 /10 1/5 1/4 1/2
= 20
Exemplo 2:
Os números 9, 6 e 2 são inversamente proporcionais aos números 4, 6 e 18, nessa ordem, porque a
razão entre cada elemento da primeira sucessão e o inverso do elemento correspondentes na segunda
sucessão são iguais.
9 6 2
1/4 1/6 1 /18 = 16
ATIVIDADES:
1.Verificar se os números 18, 6 e 3 são ou não diretamente proporcionais aos números 6, 2 e 1.

2.Verificar se os números da sucessão (30,24,20) são ou não inversamente proporcionais aos números da
sucessão (4,5,6)

3.Encontrar x e y, sabendo que os números 20, x, y são diretamente proporcionais aos números 4, 2 e 1.

4.Encontrar x, y e z sabendo que as sucessões (x, 3, z) e (9, y, 36) são inversamente proporcionais com
coeficiente de proporcionalidade igual a 36.

5.O número de dias gastos na execução de uma obra é direta ou inversamente proporcional ao número de
máquinas empregadas na obra? Por que?

3.DIVISÃO PROPORCIONAl:
3.1.Divisão em partes diretamente proporcionais:
Duas pessoas, A e B, trabalharam numa determinada tarefa, sendo que A trabalhou durante 6 horas
e B durante 5 horas. Como elas irão dividir com justiça R$ 660,00 que serão pagos por essa tarefa?
Na verdade, o que cada uma tem a receber deve ser diretamente proporcional ao tempo gasto durante
a realização da tarefa. Portanto:

Dividir um número em partes diretamente proporcionais a outros números dados


significa encontrar parcelas desse número que são diretamente proporcionais aos números
dados e que, somadas, reproduzam esse número.

No problema acima, devemos dividir 660 em partes diretamente proporcionais a 6 e 5, que são as
horas que as pessoas A e B trabalharam.
Chamamos de x o que A tem a receber e de y o que B tem a receber. Então:

x + y = 660 e x/6 = y/5

Aplicando as propriedades de proporção que vimos em aulas anteriores, podemos resolver :

x+ y x y 660 x y
=
6+5 6 = 5 11 = 6 = 5
Onde:

660 x 660 y
11 = 6 11 = 5
x = 360 y = 300

Concluindo, A deve receber R$ 360,00, enquanto B receberá R$ 300,00.

3.2.Divisão em partes inversamente proporcionais:

E se tivéssemos que efetuar uma divisão em partes inversamente proporcionais?

Por exemplo: Duas pessoas A e B trabalharam durante um mesmo período para fabricar e vender por R$
160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como efetuar essa divisão com justiça?
O problema agora é dividir R$ 160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e 5, pois deve ser levado
em consideração que aquele que se atrasa mais deve receber menos.

Dividir um número em partes inversamente proporcionais a outros números dados é


encontrar parcelas desse número que sejam diretamente proporcionais aos inversos desses
números dados.

Nesse problema, temos que dividir 160 em partes inversamente proporcionais a 3 e 5, que são os
números de atraso de A e B. Para realizar essa divisão, chamaremos de x o que A tem a receber e de y o que
B tem a receber.

x + y = 160

x y x+ y 160 160 x 160 y


1/3 1/5 1 /3+1 /5 = 8/15 8/15 = 1/3 x = 100 8/15 = 1/5
y = 60

Concluindo, A deve receber R$ 100,00 e B receberá R$ 60,00.

ATIVIDADES:

1.Dividir 720 em partes diretamente proporcionais a 4, 6 e 8. (160,240,320)

2.Dividir o número 260 em parte inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4. (120, 80 e 60)

3.Dois operários contratam um serviço por R$ 180,00. Como devem repartir essa quantia, se um trabalhou 7 horas e
o outro 8 horas, sendo a divisão diretamente proporcional ao tempo de trabalho? (84 e 96)

4.A Federação Brasileira de futebol resolveu distribui prêmios num total de 320.000,00 para os quatro
jogadores brasileiros que tiveram o melhor ataque durante a Copa do Mundo, ou seja, para aqueles que
fizeram o maior número de gols na razão direta desses gols. Os jogadores premiados fizeram 9, 6, 3 e 2
gols. Quanto recebeu cada jogador? (144 000, 96 000, 48 000 e 32 000)

5.Um pai deixou R$ 2 870 00 para serem divididos entre seus três filhos na razão inversa de suas idades: 8,
12 e 28 anos. Quanto recebeu cada um? ( 1 470, 980, 420)

6.Um número foi dividido em partes diretamente proporcionais a 4 e 3. Sabendo que a parte
correspondente a 4 era 2 000, encontre esse número. (3 500)

3.3.Divisão proporcional composta:


Vamos analisar a seguinte situação:
Uma empreiteira foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o trabalho em duas turmas,
prometendo pagá-las proporcionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira: na primeira turma, 10
homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, 12 homens trabalharam durante 4 dias.
Sabendo que a empreiteira tinha R$ 29 400,00 disponíveis, como dividir com justiça essa quantia entre
as duas turmas de trabalho?

Essa divisão não é da mesma natureza das anteriores. Trata-se de uma divisão composta em partes
proporcionais, pois os números obtidos deverão ser proporcionais a dois números de homens e também a
dois números de dias trabalhados. Analisando veremos que:
- Na primeira turma: 10 homens em 5 dias produzem o mesmo que 50 homens em um dia (10 . 5).
- Na segunda turma:12homens trabalhando 4 dias equivale a 48 homens num único dia (12 . 4 ).
Portanto:
Para dividir um número em partes, de tal forma que uma delas seja proporcional a m e n e a
outra a p e q, basta dividir esse número em partes proporcionais a m . n e p . q.

Resolvendo o problemas, temos:


x y x y x+ y x 29400 x
10.5 = 12.4 ou 50 = 48 50+48 = 50 98 = 50 x = 15 000

Como x + y = 29 400 y = 19 400 – 15 000 = 14 400

Assim, a primeira turma deverá receber R$ 15 000,00 da empreiteira e a segunda R$ 14 400,00

ATIVIDADES:

1.Dividir o número 4 680 em partes diretamente proporcionais a 3 e 6 e, em seguida, diretamente proporcionais a 5 e


4. ( 1 800 e 2 880)

2.Dividir o número 2 640 em partes diretamente proporcionais a ¾ e ½ e inversamente proporcionais a 5/6 e 2/3.
( 1 440 e 1 200)

3.Um milionário resolveu dividir parte de sua fortuna entre três sobrinhas, de modo que a divisão fosse diretamente
proporcionais às suas idades e inversamente proporcionais a seus pesos. As moças tinha 16, 18 e 21 anos e pesavam,
respectivamente, 52, 48 e 50 quilos. A quantia a ser dividida entre elas era de R$ 5 734 000, 00. Quanto cada uma
recebeu? ( 1 600 000, 1 950 000, 2 184 000)

4.(BB)A importância de R$ 20 650,00 foi dividida entre duas pessoas. A primeira recebeu na razão direta de 8 e na
razão inversa de 3; a segunda recebeu na razão direta de 9 e na razão inversa de 4. Quanto recebeu cada pessoa?
( 11 200 e 9 450)

5.(TTN) Um comerciante deseja premiar, no primeiro dia útil de cada mês, os três primeiros fregueses que chegarem
5
ao seu estabelecimento. Para tanto, dividiu R$ 507,00 em partes inversamente proporcionais a 2 ¼ , 3 e 1,2.
Nessas condições, qual o prêmio de menor valor a ser pago? (120)

6.(TTN) Dividindo o número 570 em três partes, de tal forma que a primeira esteja para a segunda como 4 está para
5 e a segunda esteja para a terceira como 6 está para 12. Qual o valor da 3ª parte? (300)

4.REGRA DE SOCIEDADE:

Quando duas ou mais pessoas se juntam, formando uma sociedade numa atividade com fins lucrativos, é
justo que os lucros ou prejuízos, sejam divididos entre elas, proporcionalmente ao capital que cada uma
empregou e ao tempo que o capital esteve empregado.
Na resolução de situações-problema dessa natureza, usa-se a chamada regra de sociedade, que consiste em
dividir a quantia considerada em partes diretamente proporcionais ao capital empregado, ao tempo de aplicação
ou a outras grandezas. É, portanto, uma das aplicações da divisão proporcional, que tem como objeto a divisão dos
lucros ou dos prejuízos entre sócios que formam uma sociedade. Uma sociedade pode ser classificada em simples ou
composta, dependendo dos capitais aplicados e dos períodos de tempo de aplicação que podem ser iguais ou
diferentes para cada sócio.

4.1.REGRA DE SOCIEDADE SIMPLES

1º caso: Os capitais são iguais e aplicados durante o mesmo tempo:

O lucro ou o prejuízo é dividido pelo número de sócios.

Exemplo:
Três sócios obtiveram um lucro de R$ 222.600,00. Sabendo que seus capitais eram iguais qual a parte de
cada um dos sócios?

Neste caso, basta dividir o lucro pelo número de sócios.

222600
3 = 74 200 Logo, a parte de cada sócio é de R$ 74 200,00

2º caso: Os capitais são diferentes e empregados durante o mesmo tempo:

Neste caso, dividimos o lucro ou o prejuízo em parte diretamente proporcionais aos capitais dos sócios.

Exemplo:

Por ocasião do balanço anual de uma firma comercial formada por três sócios, verificou-se um prejuízo
de R$ 27 000. Qual a parte correspondente a cada sócio se os seus capitais são de R$ 54 000, R$ 45 000 e
R$ 36 000.
x y z 27000 x y z
54000 = 45000 = 36000 135000 = 54000 = 45000 = 36000

x = 10 800 y = 9 000 z = 7 200

Logo, o prejuízo correspondente a cada sócio é, respectivamente, de : R$ 10 800 , R$ 9 000 e R$ 7 2000.

3º caso: Os capitais são iguais e empregados durante tempos diferentes:

Os lucros e os prejuízos são divididos em partes diretamente proporcionais aos períodos de tempo em
que os capitais ficaram investidos.

Exemplo:
Três amigos A, B e C, juntaram-se numa sociedade com idêntica participação no capital inicial. A
deixou seu capital durante 4 meses, B por 6 meses e C por 3 meses e meio. Sabendo que, ao final de um
ano, houve um lucro de R$ 162 000, 00, como dividir essa quantia entre os três?

A B C 162000 A B C
120 = 180 = 105 405 = 120 = 180 = 105 A = 48 00 B = 72 000
C = 42 000
Na prática este caso não ocorre, porque , em uma sociedade, os sócios não podem permanecer por
tempo desiguais. No momento em que um antigo sócio se retira ou um novo sócio é admitido, procede-se a
uma reforma do contrato social, após o balanço.

4.2.REGRA DE SOCIEDADE COMPOSTA

Na sociedade composta, tanto os capitais quanto os períodos de investimento são diferentes para cada
sócio. Trata-se, portanto, de dividir os lucros ou os prejuízos em partes diretamente proporcionais, tanto ao
capital quanto ao período de investimento.

Então:
Quando os capitais e os períodos de tempo forem diferentes, os lucros ou os prejuízos serão divididos
em parte diretamente proporcionais ao produto dos capitais pelos períodos de tempo respectivos. É uma
divisão proporcional composta estudada no capítulo anterior.

Exemplo:

Uma sociedade teve um lucro de R$ 11 700,00. O primeiro sócio entrou com R$ 1 500,00 durante
5 meses, e o outro, com R$ 2 000,00 durante 6 meses. Qual foi o lucro de cada um?
x y
1500.5 = 2000 .6 e x + y = 11 700

x
7500 = 4 500 e y = 7 200

ATIVIDADES:

1.Três sócios sofreram um prejuízo de R$ 14 400,00. Os três entraram para a sociedade com o mesmo
capital, ficando o primeiro durante 11 meses, o segundo12 e o terceiro 13 meses. Qual foi o prejuízo de
cada um? ( 4 400,00; 4 800,00; 5 200,00)

2.Um investimento total de R$ 60 000,00 foi feito por três amigos. Sabendo que o tempo foi o mesmo e que o
segundo sócio ganhou o dobro do primeiro, e o terceiro o triplo, quanto investiu cada um?

3.Jonas e Paulo se associaram para jogar na loteria. Jonas deu R$ 1,80 e Paulo R$ 1,20. Tendo acertado um terno,
eles ganharam R$ 1 600,00. Quanto receberá cada um? (960,00 e 640,00)

4.Três pedreiros, ganhando o mesmo salário-hora, trabalharam , respectivamente, 24, 18 e 20 horas. Na hora do
pagamento, o dono da obra tinha em mãos um envelope com R$ 3 100,00. Como foi feita a divisão do dinheiro?( 1
200, 900 e 1 000)

5.Uma sociedade entre dois amigos, A e B, foi estabelecida com as seguintes características:

CAPITAL TEMPO DE APLICAÇÃO

SÓCIO A 2 500,00 1 ano e 6 meses


SÓCIO B 3 000,00 1 ano e 9 meses
Divida o lucro de R$ 18 000,00 entre os sócios. ( 7 500 e 10 500)

6.Marcos e Antonio montaram uma locadora de vídeo empregando respectivamente, capitais de R$ 50


000,00 e R$ 30 000,00. Em um determinado mês, a loja obteve um lucro de R$ 3 200,00. Quanto coube a
cada um? (2 000,00 e 1 200,00)

7.Dois sócios lucraram, em um determinado período, R$ 28 200,00. O primeiro aplicou R$ 80 000,00,


durante 9 meses, e o segundo RS 20 000,00, durante 11 meses. Qual foi o lucro de cada um? (21 600 e 6
600)

REVISANDO:

8.Três amigos, A, B e C, saíram para comer um pizza. No final, perceberam que A comeu ¼ da pizza, B
comeu 1/3 e C comeu 1/5. O preço da pizza era R$ 14, 10. Calcule a parte da despesa de cada um , sabendo
que desejavam dividi-la em partes proporcionais ao consumo de cada um.(4,50;6,00 e 3,60)

9.Encontre os valores desconhecidos, sabendo que:


a) os números das sucessões (x, 5, 2) e (3, y, 6) são diretamente proporcionais.
b) os números das sucessões (x, 1, 30) e (3, 15, y) são inversamente proporcionais.
c) os números da sucessão (x, y, 20) são de proporcionalidade composta, direta a (4,3,1) e também
direta a (5, 8, 4).

10.Encontre a, b e c, sabendo que os números (a, b, c) e (18, 12, 4) são inversamente proporcionais e que a
+ b = 5. (2, 3 e 9)

11.Num colégio há 210 alunos. A metade do número de meninas é igual a 1/5 do número de meninos. Qual
é o número de meninos e meninas? (60 e 150)

12.Um supermercado fazia a seguinte promoção: “Pague 3 sabonetes e leve 5”. Aproveitando a promoção,
levei 30 sabonetes. Quantos sabonetes paguei? (18)

5.REGRA DE TRÊS:
Chamamos de regra de três uma regra prática que permite, através da comparação de grandezas
proporcionais, a resolução de diferentes situações-problema do dia-a-dia. Essas grandezas formam uma
proporção em que, conforme o nome já diz, três termos são conhecidos e busca-se encontrar o quarto termo.
Temos dois tipos de regra de três: a simples, que trabalha com apenas duas grandezas, e a composta,
que envolve mais de duas grandezas.

5.1.REGRA DE TRÊS SIMPLES:

A regra de três simples, como vimos anteriormente, envolve apenas duas grandezas diretamente ou
inversamente proporcionais. O processo consiste em montarmos uma tabela colocando em cada coluna,
ordenadamente, os valores da mesma grandeza e, daí, obtermos uma equação através da aplicação da
propriedade fundamental das proporções. Quando as grandezas forem diretamente proporcionais, essa
equação terá a mesma forma da tabela.

No caso de grandezas inversamente proporcionais, a montagem da equação será feita invertendo-se


a razão de uma das grandezas. Quando as grandezas forem diretamente proporcionais dizemos que a regra
de três é direta. Quando forem inversamente proporcionais, dizemos que a regra de três é inversa.

Procedimentos para resolver problemas por regra de três simples:


1º) Montar a tabela: As quantidades correspondentes a uma mesma grandeza devem ser expressas sempre
na mesma unidade de medida
Comprimento(m) Preço(R$)
5 80,00
9 x
2º) Verificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais:
- Se as grandezas forem diretamente proporcionais, coloca-se uma seta vertical na coluna onde se
encontra o x, na direção dele, e uma seta vertical de mesmo sentido na coluna dos outros dados.
- Se as grandezas forem inversamente proporcionais, procede-se da mesma forma na coluna do x,
invertendo o sentido da seta na outra coluna.

3º) Determinar o valor de x, que é o termo procurado, através da propriedade fundamental das
proporções.
Exemplo:
Cinco metros de um tecido custam R$ 80,00. Quanto pagarei por 9 metros do mesmo tecido?
Nesse exemplo temos uma regra de três simples e direta. Observe os procedimentos acima:
Comprimento(m) Preço(R$)
5 80,00
9 x

5 80 80.9
9 = x x = 5 x = 144,00

ATIVIDADES:

1.Se 6 operários fazem certa obra em 10 dias, em quantos dias 20 operários fariam a mesma obra?

2.Uma viagem foi feita em 12 dias, percorrendo-se 150 Km por dia. Quantos dias seriam necessários para
fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200 Km por dia?

3.Três torneiras completamente abertas enchem um tanque em 1h30min. Quantas torneiras de mesma
vazão seriam necessárias para encher o mesmo tanque em 54min?

4.Um corte de tecido de 2m x 2,5m custa R$ 100,00. Quanto deverá ser pago por um corte do mesmo tecido
de 3m x 5 m?

5.Se 4/9 de uma obra foram feitos em 28 dias, em quantos dias a obra será concluída?

5.2.REGRA DE TRÊS COMPOSTA:

A regra de três composta envolve três ou mais grandezas relacionadas entre si. Os procedimentos de
resolução serão os mesmos da regra de três simples. Quando há dependência inversa entre a grandeza que
contém a variável com as demais grandezas, invertemos os elementos da respectiva coluna. A equação será
montada, relacionando a grandeza que contém a variável com as demais grandezas.

Exemplo:

Três operários, trabalhando durante 6 dias, produzem 400 peças. Quantas peças desse mesmo tipo
produzirão sete operários, trabalhando 9 dias?
Nº de operários Nº de dias Nº de peças
3 6 400
7 9 x
Comparando a grandeza que contém o x com as outras duas grandezas, verificamos que são
diretamente proporcionais. Então:
400 3.6 400 18 400 2
x = 7.9 x = 63 x = 7 2x = 2 800 x=1
400 peças

ATIVIDADES:

1.Um ciclista percorre 120 Km em 2 dias, dirigindo 3 horas por dia. Em quantos dias percorrerá 500 Km,
viajando 5 horas por dia?

2.Numa fazenda, 3 cavalos consomem 210 Kg de alfafa durante 7 diais. Para alimentar 8 cavalos, durante
10 diais, quantos quilos de alfafa serão necessários?

3.Seis digitadores preparam 720 páginas em 18 dias. Em quantos dias 8 digitadores, de mesma
capacidade, prepararão 800 páginas?

4.Um automóvel, com velocidade média de 60 km/h, roda 8 horas por dia e leva 6 dias para fazer certo
percurso. Se a velocidade fosse 80 km/h e se rodasse 9 horas por dia, em quanto tempo ele faria o mesmo
percurso?

5.Uma torneira enche um tanque em 20 horas, com uma vazão de 1 litro por minuto. Quanto tempo será
necessário para que duas torneiras, com vazão de 2 litros por minuto, encham o mesmo tanque?

6.Trabalhando 6 horas por dia durante 10 dias, 10 engenheiros executam projetos de 5 pontes. Quantos
engenheiros seriam necessários para projetar 8 pontes, trabalhando 8 horas por dia, durante 15 dias?

6.PORCENTAGEM:
Em nosso dia-a-dia estamos constantemente convivendo com expressões do tipo“ O índice de
reajuste salarial de maio é de 9,8%.” “ O rendimento da poupança foi de 1,58%.” “ Liquidação de inverno
com 30% de desconto”...
Essas expressões envolvem uma razão especial chamada porcentagem. Porcentagem, portanto,
pode se definida como uma razão cujo conseqüente é 100 ou ainda como uma razão centesimal, onde o
conseqüente é substituído pelo símbolo %, chamado “ por cento “.

80
100 = 0,80 = 80%

6.1.CÁLCULOS DE PORCENTAGEM:
Existem vários recursos para resolver cálculos que envolvem porcentagens:

1º) POR UMA FORMA DIRETA ENVOLVENDO O ENTENDIMENTO DE FRAÇÕES:


Exemplo: Quanto é 20% de 800?

20% de 800, é o mesmo que dividir 800 em 100 partes iguais e tomar 20 delas.
20 % de 800 = 20/100 de 800 800 : 100 . 20 = 160

ou usando taxa unitária:

20% de 800 = 2 0/100 = 0,20 800 . 0,20 = 160

2º) POR UMA REGRA DE TRÊS SIMPLES E DIRETA:


Exemplo 1: Um trabalhador cujo salário era de R$ 2 000,00, recebeu um aumento de 5%. Quanto passou
a ser o seu novo salário?
Este problema pode ser resolvido por regra de três de dois modos:

1ª). 2000 100%


2000 .5
x 5% x= 100 x = 100,00
Salário= 2 000,00 + 100,00 = 2 100,00
2ª) 2 000 100%
2000 .105
x 105% x= 100
x = 2 100,00
Salário: 2 100,00

Exemplo 2: Ao comprar um automóvel por R$ 15 000,00, obtive um desconto de R$ 1 800,00. Qual foi a
taxa de desconto?
15 000 100%
100 .1800
1800 x x = 100 x = 12%
Taxa de desconto: 12%

Exemplo 3: Uma taxa de 13% é aplicado num determinado capital, produzindo um valor porcentual de 5
200,00. De quanto era o capital?
13% 5 200
100 .5200
100% x x = 100 x = 40.000
Capital: R$ 40 000,00
6.2.ELEMENTOS DO CÁLCULO PORCENTUAL:

Pelos exemplos anteriores observamos que são três os elementos envolvidos no cálculo de
porcentagem:
Principal: valor da grandeza da qual se calcula a porcentagem (P)
Taxa porcentual: valor que representa a quantidade de unidades tomadas em cada 100 (i).
Porcentagem: resultado que se obtém quando se aplica a taxa de porcentagem ou taxa porcentual (p)

Concluímos também que a resolução por regra de três permite chegarmos ao seguinte raciocínio:

Pr incipal. taxa P .i 100. p 100. p


Porcentagem = 100 p = 100 , onde P = i e i= P

É mais prático usarmos a taxa unitária: 25% = 25/100 = 0,25

ATIVIDADES:
1.Calcular:
a) 20 % de 32 b) 3,5% de R$ 4 500 c) 4% de 550

2.Qual a taxa unitária de 20%?

3.Qual a taxa porcentual correspondente a 0,05?

4.Qual é o número principal em que 20 representa 3%?

5.Qual o número principal em que 800 representa 3/5%?


6. Qual a porcentagem em que 2 representa em 40?

7.Um comerciante vendeu um objeto por R$ 540,00 com um lucro de 15% . Quanto ganhou?

8.Em um escola, as 1120 alunas representam 56% do total de alunos. Qual é esse total?

9. A média de reprovação em concursos públicos é de 82%. Quantos serão aprovados num concurso
público com 6 500 inscritos?

10.Walter pediu aumento salarial na empresa em que trabalha, alegando que um simples reajuste (que
naquele dissídio seria 7,5% ) não cobriria suas reais necessidades. Na ocasião, seu salário era de
R$ 2 850,00 e sua proposta foi uma correção de 9 %. No final do mês, ele recebeu R$ 3 092, 25.
Calculando qual o índice de correção aplicado pela empresa, responda se o pedido foi atendido.

7.OPERAÇÕES COMERCIAIS QUE UTILIZAM PORCENTAGENS:


Chamamos de operações comerciais as operações de compra, venda, permuta, etc. de mercadorias,
feitas com o objetivo de obter lucro, sendo o lucro a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
Em situações diversas, envolvendo operações comerciais, é comum ouvirmos: “Vendi uma
mercadoria com 20% de lucro”. “Vendi uma mercadoria com 30% de prejuízo.” Frases como estas, muitas
vezes, são motivo de dúvidas: 30% de prejuízo sobre o que?
A venda de mercadorias pode oferecer lucro ou prejuízo e estes podem ser “sobre o preço de custo”
ou “sobre o preço de venda”.

7.1.VENDAS COM LUCRO:

- Sobre o preço de custo (ou sobre a compra):

Exemplo: Por quanto devo vender um objeto que comprei por R$ 4 000,00, a fim de obter um lucro
de 20% sobre a compra .
Podemos considerar o preço de venda como 120%
Resolvendo por regra de três temos:
4 000 100%
x 120% x = 4 000 . 120 : 100 ou 1, 20 . 4 000 = 4 800

Então:

Preço de venda = ( 1 + taxa unitária do lucro sobre a compra) . preço de compra

Ou

V = (1 + i)C
onde, V = preço de venda
i = taxa unitária do lucro
C = preço de compra
- Sobre o preço de venda:
Exemplo: Calcular por quanto devo vender um objeto que comprei por R$ 4 000,00 para ganhar
20% sobre o preço de venda.

Devemos considerar o preço de venda que é desconhecido como 100% e, conseqüentemente, o preço
de compra como 80%, já que o lucro será de 20%
Por regra de três temos;
4 000 80%
x 100% x = 4 000 . 100 : 80 = 5 000 ou 4 000 : 0,80 = 5 000

Então:

Preço de custo

Preço de venda =

1 – taxa unitária do lucro sobre a venda


Ou
C

V= onde, V = preço de venda


C = preço de custo
i = taxa unitária do lucro
7.2.VENDAS COM PREJUÍZO:

- Sobre o preço de custo (ou sobre a compra):


Exemplo: Um objeto foi vendido com um prejuízo de 40% sobre o preço de custo. Sabendo que esse
objeto custou R$ 300,00, qual foi o preço de venda?

Como preço de venda = preço de custo – prejuízo, consideramos o preço de venda como 60% e o
preço de custo 100%.

Por regra de três temos:


300 100%
x 60% x = 300 . 60 : 100 ou 0,60 . 300 = 180,00

- Sobre o preço de venda:


Exemplo: Calcular o preço de venda de uma casa que comprei por 30 000,00, tendo perdido 25%
do preço de venda.

Como o preço de custo = preço de venda + prejuízo, o preço de custo será de 125%, já que o
prejuízo foi de 25%. A quantia desconhecida será 100%.
Por regra de três temos:
125% 30 000
100% x x = 30 000. 100 : 125 ou 30 000 : 1,25 = 24 000

ATIVIDADES:

1.Um comerciante vendeu mercadorias com um lucro de 8% sobre o preço de custo. Determine o preço de
venda, sabendo que essas mercadorias custaram R$ 500,00.

2.Por quanto devo vender um carro que comprei por R$ 40 000,00 se desejo lucrar 5% sobre a compra?

3.Um comerciante comprou um objeto por R$ 480,00. Desejando ganhar 20% sobre o preço de venda, qual
deve ser este último?

4.Uma mercadoria custou R$ 160,00. Pretendo vendê-la com 20% de lucro sobre o preço de venda. A que
preço devo vendê-la?
MATEMÁTICA FINANCEIRA

 A Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas de investimentos ou financiamentos
de bens de consumo. Consiste em empregar procedimentos matemáticos para simplificar a operação financeira a um Fluxo de
Caixa.

1.1 Capital (C)

O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira, durante um certo tempo. Também conhecido
como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado.

      1.2 Juros (j)

Tendo em vista que o aplicador se abstém de usar o valor emprestado, e ainda, em função da perda de poder aquisitivo
do dinheiro pela inflação e do risco de não pagamento, surge o conceito de juro, que pode ser definido como o custo do
empréstimo para o tomador ou a remuneração pelo uso do capital para o emprestador. De uma forma simplificada, podemos
dizer que juro é o aluguel pago pelo uso de um dinheiro.

1.3 Taxa de juros (i)

A taxa de juros indica qual a remuneração que será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período.
Ela vem normalmente expressa na forma percentual, em seguida da especificação do período de tempo a que se refere.

A taxa de juros pode ser expressa de duas maneiras diferentes:

 Taxa percentual:

Exemplos: 8 % a.a. (ao ano);

10 % a.t. (ao trimestre).

 Taxa Unitária é a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %:

Exemplos: 0,15 a.m. (ao mês);

0,10 a.q. (ao quadrimestre).

Obs.: Sempre que usarmos as teclas financeiras da calculadora HP–12 C as taxas devem ser introduzidas sob a forma percentual,
caso contrário, ou seja, na utilização de fórmulas matemáticas, devemos expressar as taxas na forma unitária.

1.4 Tempo (n) Representa o período de tempo durante o qual o capital ficou rendendo juros. Deve sempre ser
expresso em alguma unidade de tempo (dia, mês, trimestre, semestre, ano, etc...).

1.5 Montante (M)


É a soma dos juros produzidos por um capital ao próprio capital.

M=j+C

1.6 Juro ordinário

É o juro calculado, tomando-se por base o tempo comercial (mês de 30 dias, ano de 360 dias, etc...).

1.7 Juro Exato

É o juro calculado, tomando-se por base o tempo exato (fevereiro 28 ou 29 dias, março 31 dias, setembro 30 dias,
etc...).

1.8 Regulamentação das operações de Aplicação e Empréstimos

As operações de aplicação e empréstimos são geralmente realizadas por meio da intermediação de uma instituição
financeira, que capta recursos de um lado e os empresta de outro.

A capitalização é feita a uma taxa menor que a de empréstimo e a diferença é a remuneração da instituição. São várias
as opções de aplicações (também chamadas de instrumentos) que um investidor tem a sua disposição, por exemplo, a
Caderneta de Poupança, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e outros. Cada opção tem sua taxa em função do prazo da
aplicação e dos riscos envolvidos. Da mesma forma, os tomadores de empréstimos têm as várias opções de financiamento
(instrumentos) cujas taxas variam em função dos prazos de pagamento e das garantias oferecidas.

Na determinação das taxas de juros, o Governo tem uma grande influência, quer seja regulamentando o funcionamento
das instituições financeiras, comprando ou vendendo títulos públicos, cobrando impostos, etc... .

Os fundos de investimentos e os fundos de pensão e previdência também têm um importante papel na intermediação
financeira. O dinheiro dos investidores captado pelos fundos de investimentos é utilizado para a compra de títulos públicos e
privados e ações. Por meio dos ganhos oferecidos por estes papéis, o investidor é remunerado (quando um investidor aplica
num fundo de investimentos ele adquire um certo número de cotas deste fundo, e a valorização da cota é decorrente da
rentabilidade de seus papéis). Da mesma forma ocorre com os fundos de previdência e pensão, no qual o aplicador visa o
recebimento de uma renda por ocasião de sua aposentadoria.

1.9 Regimes de Capitalização

Quando um capital é aplicado por vários períodos, a uma certa taxa por período, o montante poderá crescer de acordo
com duas convenções, chamadas regimes de capitalização. Temos o regime de capitalização simples ou juros simples e o
regime de capitalização composta ou juros compostos.

a) Regime de Capitalização Simples ou Juros Simples Neste regime o juro gerado em cada período é constante e
igual ao produto do capital pela taxa. Nesta modalidade os juros são pagos somente no final da operação.

Exemplo: Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado durante 3 anos à taxa de 10 % a.a. , em regime de juros simples.
100 100 100

1000 1300
0 1 2 3 (anos)
Portanto, somente o capital aplicado é que rende juros, e o montante após 3 anos foi de R$ 1.300,00.

b) Regime de Capitalização Composta ou Juros Compostos Neste caso, o juro do 1º período se agrega ao capital
dando o montante M1. O juro do 2º período se agrega a M 1 dando o montante M 2. O juro do 3º período se agrega a
M2 dando o montante M3.

Exemplo: Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado durante 3 anos à taxa de 10 % a.a. , em regime de juros compostos.

100 110 121

1000 1331
0 1 2 3 (anos)
Portanto, o juro que é gerado em cada período se agrega ao montante do início do período e esta soma passa a render
juro no período seguinte e o montante após 3 anos foi de R$ 1.331,00.

1.10 Diagrama de Fluxo de Caixa

Um diagrama de fluxo de caixa é, simplesmente, a representação gráfica de uma situação financeira. Neste gráfico é
representado o conjunto de todas as entradas e saídas de dinheiro ao longo de um determinado tempo, seja de uma empresa,
de uma pessoa, de um investimento, de um empréstimo, etc... .

Um diagrama de fluxo de caixa, na maioria das vezes, é representado da seguinte forma:

 Uma reta horizontal onde são colocados, em escala, os períodos de tempo onde houve ou haverá movimentação
financeira.
 Flechas verticais, apontadas para baixo e com sinal negativo, representando as saídas de dinheiro ou pagamentos.
 Flechas verticais, apontadas para cima e com sinal positivo, representando as entradas de dinheiro ou recebimentos.

Exemplo: Um produto custa R$ 300,00 à vista ou, se financiado, três prestações mensais de R$ 150,00 sem entrada.

300
150 150 150
VENDEDOR COMPRADOR

-150 - 150 -150


- 300
Observações.:

a) A diferença entre a soma das prestações e o valor à vista do produto correspondem aos juros cobrados ou pagos pelo
financiamento.
b) Como podemos ver, é indiferente representarmos o fluxo de caixa sob o ponto de vista do comprador ou do vendedor
pois os resultados obtidos em qualquer tipo de cálculo serão sempre os mesmos

2. JUROS SIMPLES Juros simples ou regime de capitalização simples é o regime no qual, ao final de cada período de
capitalização, os juros são calculados sempre sobre o capital inicialmente empregado.

Sabemos que:
 Juro (j) é diretamente proporcional ao capital (C);
 Juro (j) é diretamente proporcional a taxa (i);
 Juro (j) é diretamente proporcional ao tempo (n).

Então: j=C.i.n

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1) Na utilização da expressão acima devemos tomar o cuidado de:

 Utilizar sempre a taxa unitária.


 Utilizar sempre a mesma unidade de tempo a qual está associada à taxa.

2) Embora no regime de capitalização simples a taxa seja diretamente proporcional ao tempo, ou seja, 1% ao dia corresponde a
30% ao mês, da mesma forma 120% ao ano corresponde a 10% ao mês, convém não nos valermos desta proporcionalidade uma
vez que no regime de capitalização composta ela não existe. Para deixarmos o tempo e a taxa expressos na mesma unidade é
aconselhável transformar o tempo.

 15 dias correspondem a:

15
de um mês comercial
    30

15
de um ano comercial
360

15
de um ano exato
365

 20 dias correspondem a: 20
de um trimestre comercial
90
20
de um semestre comercial
180
8
 8 meses correspondem a: de um ano comercial
12

8
de um semestre comercial
6

240 dias

110
 3 meses e 20 dias correspondem a: de um mês comercial
30

110
de um ano comercial
360

2.1 Fórmulas derivadas da expressão j=C.i.n

j j j
C= i= n=
i. n C. n C. i

2.2 Montante (M)

O Montante representando a soma dos juros produzidos por um capital ao próprio capital pode ser expresso por:

M=C+j

como j = Cin , temos que M = C + Cin, ou seja, M=C ( 1+in )

Obs.: A calculadora HP-12C, através de suas teclas financeiras, calcula somente juros simples se a taxa for anual e o prazo
fornecido em dias. É portanto, mais fácil, nos utilizarmos somente das fórmulas matemáticas.

Exemplos:

a) Determine o juro produzido por um capital de R$ 900,00 aplicado a uma taxa de 20% ao trimestre, durante 1 ano, 4 meses e
17 dias.
Solução:
j=?
C = R$ 900,00

i = 20% a.t ⇒ i = 0,2 a.t


497
n = 1 ano, 4 meses e 17 dias ⇒ n = 497 dias ⇒ n= 90 trimestres
497
j = Cin ⇒ j = 900 . 0,2 . 90 ⇒ j = R$ 994,00

b) Determine o capital que aplicado a uma taxa de 30% ao trimestre rendeu após 6 meses um juro de R$ 600,00.

Solução:

C=?

i = 30% a.t ⇒ i = 0,3 a.t

n = 6 meses ⇒ n = 2 trimestres
j = R$ 600,00

j = Cin ⇒ 600 = C . 0,3 . 2 ⇒ 600 = 0,6 C ⇒ C = R$ 1.000,00

c) Determine o capital que aplicado a uma taxa de juros simples de 20% ao semestre produziu um montante de R$ 1.500,00,
após 8 meses.
Solução:
C=?

i = 20% a.s ⇒ i = 0,2 a.s


M = R$ 1.500,00
8
n = 8 meses ⇒ n= 6 semestres
1500
8
M=C ( 1+in ) ⇒ 1500 = C
(1+0,2 . 8 6 ) ⇒ C=
1+0,2 .
6 ⇒ C = R$ 1.184,21

Exercícios:

1) Um capital de R$ 7.000,00 é aplicado a juros simples, durante 1 ano e meio, à taxa de 8% a.s. Determine:
a) os juros;
b) o montante.

2) Qual o capital que rende juros simples de R$ 3.000,00 no prazo de 5 meses, se a taxa for de 2% a.m?

3) Uma aplicação financeira tem prazo de 5 meses, rende juros simples à taxa de 22% a.a e paga imposto de renda igual a 20%
do juro. Sabendo-se que o imposto pago é no resgate, pergunta-se:
a) Qual o montante líquido de uma aplicação de R$ 8.000,00?
b) Qual o capital que deve ser aplicado para dar um montante líquido de R$ 9.500,00?

Exercícios Complementares:
1) Qual o montante de uma aplicação de $16.000,00 a juros simples, durante 5 meses, à taxa de 80% a.a.? Resposta:
$21.333,33

2) Um capital de $1.000,00 foi aplicado por 2 meses, a juros simples e à taxa de 42% a.a.. Qual o montante? Resposta:
$1.070,00

3) Bruno aplicou $30.000,00 a juros simples, pelo prazo de 6 meses, e recebeu $9.000,00 de juros. Qual a taxa mensal da
aplicação? Resposta: 5% a.m.

4) Numa aplicação de $3.000,00 a juros simples e à taxa de 10% a.a., o montante recebido foi de $4.800,00. Determine o
prazo da aplicação. Resposta: 6 anos

5) Paula aplicou uma certa quantia a juros simples à taxa de 1,8% a.m., pelo prazo de 4 meses. Obtenha o juro auferido
nessa aplicação sabendo-se que o montante recebido foi de $5.360,00. Resposta: $360,00

6) Mara aplicou $800,00 a juros simples e à taxa de 12% a.a.. Se ela recebeu $384,00 de juros, obtenha o prazo da
aplicação. Resposta: 4 anos

7) Uma geladeira é vendida à vista por $1.500,00 ou então à prazo com $450,00 de entrada mais uma parcela de
$1.200,00 após 4 meses. Qual a taxa mensal de juros simples do financiamento? Resposta: 3,57% a.m.

8) Um vestido de noiva é vendido à vista por $2.400,00 ou então à prazo com 20% de entrada mais uma parcela de
$2.150,00 dois meses após a compra. Qual a taxa mensal de juros simples do financiamento? Resposta: 5,99% a.m.

9) Durante quanto tempo um capital deve ser aplicado a juros simples e à taxa de 8% a.a. para que duplique? Resposta:
12,5 anos

10) Um capital aplicado à taxa de juros simples de 8% a.m. triplica em que prazo? Resposta: 25 meses

3. JUROS COMPOSTOS

Juros compostos ou regime de capitalização composta ocorre quando os juros gerados em cada período se agregam ao
montante do início do período, passando este novo montante a produzir juros no período seguinte.

3.1 Montante (M)


Consideremos um capital C, uma taxa de juros i e calculemos o montante obtido a juros compostos, após n períodos de
tempo (expresso na unidade de tempo da taxa)

MONTANTES

C M1 M2 ......................................................Mn

0 1 2......................................................... n

PERÍODOS DE CAPITALIZAÇÃO

 Montante após o 1º período:

M1 = C + j 1 ⇒ j1 = C . i . 1 ⇒ M1 = C + Ci ⇒ M1 = C(1 + i) (1)

 Montante após o 2º período:

M 2 = M 1 + j2 ⇒ j2 = M1 . i . 1 ⇒ M2 = M 1 + M 1 i ⇒ M2 = M1(1 + i) (2)

Substituindo o valor de M1 de (1) em (2) temos que:

M2 = C(1 + i) . (1 +i) ⇒ M 2=C ( 1+i )2

É fácil perceber, por generalização, que após “n” períodos, o montante será dado por:

M n =C ( 1+i )n ou simplesmente: M=C ( 1+i )n


3.2 Capital (C)

M
n
C=
M=C ( 1+i ) ⇒ ( 1+i )n

3.3 Juro Composto (jc)

M =C+ j c ⇒ j c=M −C ⇒ j c=C ( 1+i )n −C ⇒ jc =C [ ( 1+i )n −1 ]

3.4 Taxa de Juro Composto (i)

1 1
M M M
M=C ( 1+i )
n

C
n
=( 1+i ) ⇒ ( )
C
n =1+i ⇒ i=
C ( ) −1 n

3.5 Tempo (n)


M
M=C ( 1+i )n ⇒
C
=( 1+i )n ⇒ log (CM )=n . log ( 1+i )

n=
log (CM ) ou n=
ln (CM )
log ( 1+i ) ln ( 1+i )

Exemplos:
a) Qual o capital que, aplicado a juros compostos, à taxa de 2,5% a.m produz um montante de R$ 3.500,00, após um ano?

Solução:

C=?
i = 0,025 a.m
M = R$ 3.500,00

n = 1 ano ⇒ n = 12 meses

M 3500
C= ⇒ C=
( 1+i )n ( 1+0 , 025 )12 ⇒ C = R$ 2.602,45

c) Um capital de R$ 5.520,00, aplicado a juros compostos, após 4 meses, gerou um montante de R$ 6.000,00. Calcule a taxa
mensal de juros da operação.

Solução:
i=?
C = R$ 5.520,00
M = R$ 6.000,00
n = 4 meses
M 1n 6000 1
i= (C) −1 ⇒ i=
5520 ( ) −1 4
⇒ i = 0,0211 ⇒ i = 2,11% a.m

Exercícios:

1) Um capital de R$ 6.000,00 foi aplicado a juros compostos durante 3 meses, à taxa de 2% a.m. Pergunta-se:

a) Qual o montante?
b) Qual o total dos juros auferidos?

2) Durante quanto tempo um capital de R$ 1.000,00 deve ser aplicado a juros compostos, à taxa de 10% a.a para dar um
montante de R$ 1.610,51?

FUNÇÕES

1. DEFINIÇÃO

Dados dois conjuntos A e B, diz-se que uma relação f de A em B é função, se e somente se, para todo elemento x  A existir um

e somente um elemento y  B.
Exemplos:

É função Não é função

É função Não é função

NOMENCLATURA:

DOMÍNIO – É o conjunto de partida da função. Graficamente, o domínio da função f é a projeção do gráfico de f sobre o eixo das

abscissas.

CONTRADOMÍNIO – É o conjunto de chegada da função.

IMAGEM – É o conjunto dos elementos “flechados” (subconjunto de contradomínio). Graficamente, o conjunto imagem da

função f é a projeção do gráfico de f sobre o eixo das ordenadas.

ATENÇÃO!!

PROBLEMAS DE DOMÍNIO:

a( x)
f(x) = b( x)  b(x)  0

par
f(x) = √ c( x)  c(x)  0

d ( x)
par
f(x) = √ e( x)  e(x)  0
CLASSIFICAÇÃO:

1) FUNÇÃO SOBREJETORA – quando o conjunto imagem é igual ao contradomínio.


2) FUNÇÃO INJETORA – para quaisquer elementos x1 e x 2 pertencentes ao domínio da função injetora f,
tem-se: x1  x 2  f ( x1)  f ( x 2 ) .
3) FUNÇÃO BIJETORA –quando for sobrejetora e injetora simultaneamente.

2. VALOR NUMÉRICO

O valor numérico f() de uma função f(x) é o resultado obtido na expressão quando substitui-se o x por .

Ex:

1) Dada a função f(x) = 3x – 15, calcule:

a) f(1)

b) f(0)

c) f(5)

2) Seja f a função real, definida por f(x + 2) = x2 – 9. Calcule o valor numérico de f(5).

3. ZERO DA FUNÇÃO

O zero de uma função é o número  do domínio que anula a função, ou seja, tem-se f() = 0.

Ex:Determine o zero da função f(x) = 3x – 1.

4. GRÁFICO

O gráfico é um recurso que expressa a relação entre duas grandezas.

SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL (PLANO CARTESIANO)

O plano cartesiano é constituído de duas retas orientadas e perpendiculares, chamadas de eixos. Os eixos ortogonais dividem o

plano em quatro regiões, chamadas quadrantes, e são chamados de EIXO DAS ABSCISSAS (x) e EIXO DAS ORDENADAS (y).
eixo das abscissas: x
1o quadrante

4o quadrante
O
ixo das ordenadas: y

2o quadrante

3o quadrante
O ponto de abscissa a e ordenada b, chamada de COORDENADAS CARTESIANAS, é representado pelo par ordenado (a,b).

x
(a,b
)

a
y

O
b

CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS DE FUNÇÕES

O gráfico de uma função é dado pelo conjunto de todos os pontos (x,y), coordenadas cartesianas, do plano cartesiano, com x 

D(f) e y  Im(f).

OBS: Para identificar se um gráfico representa ou não uma função, traçam-se retas paralelas ao eixo y.
Para ser função, cada reta vertical deve interceptar o gráfico num único.
Exercícios de fixação/propostos

1.(UFF) Em um certo dia, três mães deram à luz em uma maternidade. A primeira teve gêmeos, a segunda, trigêmeos e a
terceira, um único filho.

Considere, para aquele dia, o conjunto das 3 mães, o conjunto das 6 crianças e as seguintes relações:

I) A que associa cada mãe ao seu filho.

II) A que associa cada filho à sua mãe.

III) A que associa cada criança ao seu irmão.

São funções:

(A) somente a I.

(B) somente a II.

(C) somente a III.

(D) todas.

(E) nenhuma.

2.(UNIRIO) Seja f: R  R tal que f(3x – 1) = 9 x 2  1 . Determine o valor de f(0).

3.(UFCE) Se f(x) = 3  2 x , então [ f( 2 ) + f(  2 )]2 é igual a:

(A) 2 (B) 4 (C) 6 (D) 8 (E) 10


4.(UFF) Considere as funções f, g e h, todas definidas em [m,n] com imagens em [p,q] representadas através dos gráficos abaixo:

Pode-se afirmar que:

(A) f é bijetiva, g é sobrejetiva e h não é injetiva. (B) f é sobrejetiva, g é injetiva e h não é sobrejetiva.

(C) f não é injetiva, g é bijetiva e h é injetiva. (D) f é injetiva, g não é sobrejetiva e h é bijetiva.

(E) f é sobrejetiva, g não é injetiva e h é sobrejetiva.

5. (UFF – 2003) Na figura, o ponto R representa a localização, à beira-mar, de uma usina que capta e trata o esgoto de uma certa
região. Com o objetivo de lançar o esgoto tratado no ponto T, uma tubulação RQT deverá ser construída.

O ponto T situa-se a 800 m do cais, em frente ao ponto P, que dista 2 km de R, conforme a ilustração acima. O custo da
tubulação usada no trajeto retilíneo RQ, subterrâneo ao longo do cais, é de 100 reais por quilômetro, e o custo da tubulação
usada na continuação QT, também retilínea, porém submarina, é de 180 reais por quilômetro. Sendo x a medida de PQ, a
função f que expressa o custo, em real, da tubulação RQT em termos de x, em quilômetro, é dada por:

2
a) f ( x )  2  x  800  x
2
b) f ( x )  200  100x  180 0,64  x
2 2
c) f ( x )  0,64  x  x  x
2
d) f ( x )  200  0,64  x
f ( x )  200  100x  0,8x 2
e)

6.(UNIRIO) Hoje em dia, não basta ser verde!

Eram exatamente 19h59 horas do dia 20 de março e toda a equipe do Instituto Sea Shepherd Brasil, uma ONG nacional, criada por brasileiros,
para agir em prol dos ambientes marinhos do Brasil, estava mobilizada para ajudar a combater um dos maiores desastres das companhias de
petróleo no mundo - o afundamento da plataforma P36.
Fonte: Sea Shepherd Brasil / março de 2001

Na medida em que nenhum derramamento de óleo no mar é ecologicamente insignificante, analise a situação de uma mancha de óleo sobre a
superfície da água em forma de um círculo de raio r (em m) e área S (em m 2).

Considerando que a área é uma função do raio dada por A(r) = r2, e que o raio r aumenta em função do tempo t (em min), de acordo com a
relação r(t) = 5 + 5t, qual é a área (em m2) da mancha de óleo no instante t = 2 min?

Considere o valor de  = 3,14.

(A) 47,10

(B) 706,50

(C) 70,65

(D) 57,10

(E) 38,10

7).Obtenha o elemento do domínio de f(x)= 4x-3, cuja imagem é 13:

a) -4 b) -2 c) 7 d) 4 e) 5

8).( ACAFE-SC ) Sejam a s funções definidas por f(x)= 2x+a e g(x)= -3x+2b. Determine a + b de modo que se tenha g(1)=3 e f(0)=-1:

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

9). ( PUC- MG ) Suponha que o número f(x) de funcionários necessários para distribuir, em um dia , contas de luz entre x por
300 x
cento de moradores, numa determinada cidade, seja dado pela função f(x) = 150  x . Se o número de funcionários para
distribuir, em um dia, as contas de luz foi 75, a porcentagem de moradores que a receberam é:

a) 25 b) 30 c) 40 d) 45 e) 50

10). Obtenha a função do 1º grau na variável x que passa pelos pontos (0,1) e ( -3, 0):

a) y= x/3 b) y=-x/3 + 1 c) y= 2x
d) y= x/3 +1 e) y= -x

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2o GRAU


É uma função f: R R, definida por f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são coeficientes reais e a  0. Também chamada de função quadrática.

Ex:

a) y = 5x2 – 3x + 11 b) f(x) = x2 – 36 c) y = x2 + 13x + 5

1. GRÁFICO

A função quadrática é representada graficamente por uma parábola, cuja concavidade pode ser voltada para cima (quando a  0) ou voltada
para baixo (quando a  0).

y y eixo de simetria
eixo de simetria

xV xV
p q x p q x

Simetria: f(p) = f(q)  xV =


p+ q
2

2. ZEROS DA FUNÇÃO

Zeros da função quadrática são os valores de x que anulam a função e podem ser obtidos pela fórmula de Bháskara:

−b± √ Δ
x= 2a   = b2 – 4ac

A intersecção da parábola com


o eixo das abscissas se dá nos
zeros da função.
Onde:
0 intercepta o eixo em 2 ptos
dif.
= 0 intercepta o eixo em 1
ponto.
0 não intercepta o eixo.

LEMBRETE:

RELAÇÃO ENTRE RAÍZES E


COEFICIENTES DA EQUAÇÃO DO
2o GRAU:

3. VÉRTICE DA PARÁBOLA
É a intersecção da parábola com o eixo de simetria. As coordenadas do vértice são dadas por:

xV = yV =

Exercícios de fixação

1) Observe a figura, que representa o gráfico de y = ax 2 + bx + c.

Assinale a única afirmativa FALSA em relação a esse gráfico.

a) ac é negativo.

b) b2 - 4ac é positivo.

c) ele tem um ponto máximo.

d) c é negativo.

e) a é positivo.

2) Suponha que um grilo, ao saltar do solo, tenha sua posição no espaço descrita em função do tempo (em segundos) pela
expressão: h(t) = 3t - 3t2, onde h é a altura atingida em metros.

a) Em que instante t o grilo retorna ao solo?

b) Qual a altura máxima em metros atingida pelo grilo?

3) Encontre a expressão que define a função quadrática f(x), cujo gráfico está esboçado abaixo.
4) Encontre a lei que determina o gráfico abaixo.

x 2
 
 6x  8  x2  4x  3
0
10  2 x
5) Resolva a inequação

6. (UERJ – 2005) Numa operação de salvamento marítimo, foi lançado um foguete sinalizador que permaneceu aceso durante
toda sua trajetória. Considere que a altura h, em metros, alcançada por este foguete, em relação ao nível do mar, é descrita
2
por h  10  5t  t , em que t é o tempo, em segundos, após seu lançamento. A luz emitida pelo foguete é útil apenas a
partir de 14 m acima do nível do mar. O intervalo de tempo, em segundos, no qual o foguete emite luz útil é igual a:

a) 3

b) 4

c) 5

d) 6

7) (UNIRIO) Um engenheiro vai projetar uma piscina, em forma de paralelepípedo reto-retângulo, cujas medidas internas são,
em m, expressas por x, 20-x, e 2. O maior volume que esta piscina poderá ter, em m 3, é igual a:
a) 240

b) 220

c) 200

d) 150

e) 100

8) (PUCMG) Na parábola y = 2x2 - (m - 3)x + 5, o vértice tem abscissa 1. A ordenada do vértice é:

a) 3

b) 4

c) 5

d) 6

e) 7

9) (PUCMG) O gráfico da função f(x) = x2 -2 m x + m está todo acima do eixo das abscissas. O número m é tal que:

a) m < 0 ou m > 1

b) m > 0

c) -1 < m < 0

d) -1 < m < 1

e) 0 < m < 1

Exercícios propostos
1) Num terreno, na forma de um triângulo retângulo com catetos com medidas 20 e 30 metros, deseja-se construir uma casa
retangular de dimensões x e y, como indicado na figura adiante. Para que valores de x e de y a área ocupada pela casa será
máxima?

2) (PUCAMP) Na figura a seguir tem-se um quadrado inscrito em outro quadrado. Pode-se calcular a área do quadrado interno,
subtraindo-se da área do quadrado externo as áreas dos 4 triângulos. Feito isso, verifica-se que A é uma função da medida x. O
valor mínimo de A é:
a) 16 cm2 b) 24 cm2 c) 28 cm2

d) 32 cm2 e) 48 cm2

3) Um quadrado deve ser construído sobre a hipotenusa a de um triângulo retângulo de catetos b e c, conforme representado
na figura.

Sabendo que b  c  10 cm , determine a, b e c, para que a área desse quadrado seja mínima.

FUNÇÃO COMPOSTA E FUNÇÃO INVERSA

1) Sejam f e g funções reais definidas por f ( x)  3x  1 e g ( x)  x  2 . Determine:

a) f ( g (5))

b) g ( f (2))

c) f ( g ( x ))

d) g ( f ( x))

2) Sejam
f : R  R tal que f ( x )  x 2  2 x e g :R →R tal que g ( x)  x  1 . Determine:

a) f  g (1)

b) g  f (2)

c) f ( g ( f (4)))
d) f ( f ( 1))

3) Sejam f , g e h funções reais definidas por f ( x)  x 3 , g ( x )  x  3 e h( x)=−x 2 . Determine:

a) f  g ( x)

b) g  f ( x)

c) h  f ( x)

d) f  h( x )

4) Sejam as funções
f e g reais definidas por f ( x)  2 x  a e g ( x)  3 x  2 com a  R.

Determine a a fim de que, para todo x real, f ( g ( x)) = g ( f ( x)) .

5) Sejam f e g funções reais definidas por f ( x)  x  1 e g ( x )  x 2  3 .

Resolva, em R, as equações:

a)
f ( g ( x))  0 .

b) g ( f ( x))  1 .

c)
g ( g ( x))  1 .

f (1)  g ( x ) f (2)

6) Sejam f ( x )  x  5 x 
2
6 e g ( x )  2 x  1 , qual é a solução da equação f [ g (2)] f (0) ?

3x
 11
7) Sendo g(x) = 3x + 1 e g(f(x)) = 2 , determine f(x).

8) Sendo g(x) = 2x - 1 e f(g(x)) = 2x – 5, determine f(x).

9) Seja a função f definida por f ( x  2)  2 x 2  4 x  3. Obtenha f (x) .

10) Seja a função f : R  R , definida por f ( x )  3 x  4 .

a) Obtenha a função inversa f 1 .


b) Calcule f (2) e f 1 ( 3) .

11) Determine a função inversa em cada caso:

1
f ( x) 
x ( f : R  R ).
* *
a)

b) h( x )  x 3  1 .

2x  1
f ( x) 
c) x  1 ( f : R  {1}  R  {2} ).
1
g ( x) 
x  1 ( f : R  {1}  R ).
*
d)

1
1 f ( x) 
12) Obtenha f (7) , sabendo que 3x  1 .

13) Dada f(x) = ax + 3, com a ≠ 0, determine o valor de a sabendo que f -1(6) = 3.

Inequações do 1º Grau

1. Resolva as inequações U = R

a) 8x – 10 > 2x + 8 b) 2(3x +7) < – 4x + 8 c) 20 – (2x +5) ≤ 11 + 8x

2. Resolva as inequações U = N

a) 2x + 5 < – 3x +40 b) 6(x – 5) – 2(4x +2) > 100 c) 7x – 9 < 2x + 16

3. Resolva as inequações U = Z

a) 2x + 5 ≥ – 3x +40 b) 6(x – 5) – 2(4x +2) ≥ 80 c) 20 – (7x + 4) < 30

4. Resolva as inequações em R:

2 x +1
>0
a) x +2 x+1
<0
b) x−1
2 x−3
≤0
c) x +2

( 1−2 x ) . ( 3+ 4 x )
>0
d) ( 4−x )

1 2
<
e) x−1 x−2

2 x−7
≥3
f) 3 x−5

3 x−1
≤3
g) x−2

( x−1 ) . ( x−2 )
≤0
h) ( x +3 ) . ( x +4 )

i) (5 x +2 ).(2−x ).( 4 x+3)≥0


5. (UFRS) Se –1< 2x + 3 <1, então 2 – x está entre:

a) 1 e 3 b) –1 e 0 c) 0 e 1 d) 1 e 2 e) 3 e 4

6. (UNAERP) Se 3  5 – 2x  7, então:

a) -1  x  1 b) 1  x  -1 c) -1  x  1 d) x = 1 e) x = 0

7. (PUC) Fábio quer arrumar um emprego de modo que, do total do salário que receber, possa gastar 1/4 com alimentação, 2/5
com aluguel e R$ 300,00 em roupas e lazer. Se, descontadas todas essas despesas, ele ainda pretende que lhe sobrem no
mínimo R$ 85,00, então, para que suas pretensões sejam atendidas, seu salário deve ser no mínimo:

a) R$ 950,00 b) R$ 1100,00 c) R$ 980,00 d) R$ 1500,00 e) R$ 1000,00

8. (FUVEST) Um estacionamento cobra R$6,00 pela primeira hora de uso, R$3,00 por hora adicional e tem uma despesa diária de
R$320,00. Considere-se um dia em que sejam cobradas, no total, 80 horas de estacionamento. O número mínimo de usuários
necessário para que o estacionamento obtenha lucro nesse dia é:

a) 25 b) 26 c) 27 d) 28 e) 29

9. (UNESP) Carlos trabalha como DJ e cobra uma taxa fixa de R$100,00, mais R$20,00 por hora, para animar uma festa. Daniel,
na mesma função, cobra uma taxa fixa de R$55,00, mais R$35,00 por hora. O tempo máximo de duração de uma festa, para que
a contratação de Daniel não fique mais cara que a de Carlos, é:

a) 6 horas b) 5 horas c) 4 horas d) 3 horas e) 2 horas

10. (UNICAMP) Três planos de telefonia celular são apresentados na tabela abaixo:

PLANO CUSTO FIXO MENSAL CUSTO ADICIONAL POR MINUTO

A R$ 35,00 R$ 0,50

B R$ 20,00 R$ 0,80

C 0 R$ 1,20

a) Qual é o plano mais vantajoso para alguém que utilize 25 minutos por mês?

b) A partir de quantos minutos de uso mensal o plano A é mais vantajoso que os outros dois?

Respostas: 1) a) S = {x R / x > 3}; b) S = {xR / x < - 3/5}; c) S = { x  R / x ≥ 2/5};

2) a) S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}; b) S = Φ; c) S = {0,1, 2, 3, 4}; 3) a) S = {7, 8, 9, 10,...}; b) S = {...,-59, -58, -57};

c) S = {-1, 0, 1, 2, ...}; 4) a) ]-∞, -2[  ]-1/2, +∞[; b) ]-1, 1[; c) ]-2, 3/2]; d) ]-3/4, 1/2[  ]4, +∞[; e) ]0, 1[  ]2, +∞[;

f) [8/7, 5/3[; g) ]- ∞, 2[; h) ]-4, -3[  [1, 2]; i) ]-∞, -3/4]  [-2/5, 2]; 5) e; 6) a; 7) b; 8) c; 9) d; 10) a) C; b) 50 minutos.
Inequação de 2° Grau Produto e/ou Quociente

Conceito:

As inequações do 2° grau também podem apresentar as seguintes formas:

Produto: f(x) . g(x) > 0, f(x) . g(x) < 0, f(x) .g(x) > 0 e f(x) .g(x) < 0. 
f ( x) f ( x) f (x) f ( x)
>0 , <0 , ≥0 ≤0
Quociente:   g (x ) g( x) g( x ) e g (x ) .
f ( x ). g( x ) f ( x ). g (x ) f ( x). g (x ) f ( x). g( x )
>0 , <0 , ≥0 ≤0
Produto e quociente: h( x ) h( x) h(
e x ) h( x)
A resolução desse tipo de inequação é fundamentada no estudo da variação de sinal de cada função do 2º grau.

Assim é preciso:

Estudar o sinal de cada função separadamente;


Colocar os sinais nas retas e fazer a regra de sinais do produto ou do quociente;
Hachurar o que é solicitado e
Dar a solução.

Exemplos: Sendo U = R, resolva:

a) (x² - 2x – 3) . (x² - 3x + 4) > 0

2
x −5 x+6
≥0
b) x 2 −16

2 2
( x −5 x +6 ).( x −16)
<0
c) x2

As inequações do 2° grau poderão vir acompanhadas de inequações do 1° grau, por este motivo é preciso muita atenção para
não trocar regras!!!

Resolva, sendo U = R:

a) (x – 2) . (x² - 1)  0

INEQUAÇÃO DO 2° GRAU

1-(ANGLO) Quantos números inteiros satisfazem à seguinte condição : o quadrado de um número é menor que o seu
quádruplo ?

a)1 b) 3 c) 5 d) nenhum e) infinitos

2-(ANGLO) Considere a inequação x² - 7x + 6 < 0. Quantos números inteiros pertencem ao conjunto solução dessa inequação ?

a)3 b) 4 c) 5 c) 6 e) infinitos

3-(VUNESP) O conjunto solução da inequação ( x - 2 )² < 2x - 1, considerando como universo o conjunto R , está definido por :

a) 1 < x < 5 b) 3 < x < 5 c) 2 < x < 4 d) 1 < x < 4 e) 2 < x < 5
4-(FUNDAÇÃO) A equação x² + ( m - 1 )x - m =0 admite raízes reais e distintas. Podemos afirmar que:

a) m  -1 b) m < -1 ou m > 0 c) m > 0 d) m = -1 e) m = 0

5-(VUNESP) A função quadrática f, definida por f(x)=(m-1)x²+2mx+3m, assume valores estritamente positivos se, e somente se :

a)m<0 ou m>3/2 b)0<m<3/2 c)m>3/2 d)m<1 e)m<0

6-(FGV-SP) O lucro de uma empresa é dado por L(x) = 100(10-x)(x-2), onde x é a quantidade vendida.

Podemos afirmar que o lucro é :

a) positivo para qualquer que seja x b) positivo para x maior que 10

c)positivo para x entre 2 e 10 d)máximo para x igual a 10 e)máximo para x = 3

7-(UFPI) A inequação mx² - 4x - 2  0 é verdadeira para todo x real se :

a)m-2 b)m-2 c)m2 d)m2 e)-2m2

8-(VUNESP) Os valores de x  R que satisfaz o sistema :


{x2−4<0 ¿ ¿¿¿ são tais que :

a)1<x<3 b)-3<x<-2 c)0<x<2 d)2<x<3 e)-2<x<0

9-(VUNESP) Quantos números inteiros satisfazem o sistema de inequações


{2x+1>3x−2¿¿¿¿ ?

a)0 b)1 c)2 d)3 e)4

10-(PUC-SP) Os valores de mR, para os quais o trinômio do segundo grau f(x)=(m-1)x²+mx+1

tem dois zeros distintos, são :

a) m2 b)m1 e m2 c)1m2 d)m1 e)m2

11-(MACK-01)Se 2x² – ax + 2a>0, qualquer que seja xR, o maior valor inteiro que a pode assumir é:

a) 15 b) 20 c) 16 d) 22 e) 18

12-(FUVEST) Seja f uma função definida em R por f(x) = x² - 3x. O conjunto de todos os números x para os quais f(x-1)  0 está
contido no intervalo :

a)[0 , 2 ] b)[2 , 4] c) [1 , 3 ]d)[0 , 4 ] e)[3 , 5]

GABARITO

1)B 2)B 3)A 4)A 5)C 6)C 7)A 8)C 9)B 10)B 11)C 12)D
INEQUAÇÃO PRODUTO E INEQUAÇÃO QUOCIENTE

1-(FUVEST) O conjunto - solução de ( -x² + 7x - 15 )(x² + 1 ) < 0 é :

a) { } b) [3,5] c)R d) [-1,1] e) R

4
>1
2-(ANGLO) Os valores de x que satisfazem a inequação x são tais que :

a) x<0 ou x > 4 b) 0<x<4c) x > 4 d) x < 4 e) x < 4 e x 0

x
>x
3-(FUVEST) O conjunto das soluções , no conjunto R do números reais, da inequação x +1 é:

a) vazio b) R c) { x ∈ R/x<0 } d) { x ∈ R/x>−1 } e) { x ∈ R/x<−1 }

x−1
>1
4-(ANGLO) Os valores de x que satisfazem a inequação x são tais que :

a) x > 0 b) x < 0 c) x > 1 d) x < 1 e) 0<x<1

x−3
2
<0
5-(PUC-SP) No universo R , o conjunto-solução da inequação 3x−x é:

a) {x  R / x > 0 }b) { x  R / x > 3 } c) { x  R /x < 0 ou x > 3 }

d) {x R/0<x<3} e) { x R/x>0ex  3}

x 2 −kx +1
≥0
6- (MACK) Para todo x real x 2 −6x+10 , se e somente se :

a ) -5≤k ≤5 b)-2≤k ≤2 c) 2≤k ≤4 d) 4¿¿

( x−1)20 ( x+ 1)38
≤0
7- (FATEC) O conjunto verdade da inequação x 10 , no universo , é :
a) R b) { -1,1 } c) { } d) R - { 0 } e) [-1,1] - { 0 }

x 2 −5x+6
8-(METODISTA) O domínio da função real dada por f(x) = √ 2x−1 é:

a) { x R/ x< ½ ou 2 < x < 3 } b) {x R / x  ½ ou 2 X  3 }

c) { x  R / ½ < x < 2 ou 2 < x < 3 } d) { x  R / ½ < x  2 ou x > 3 }

e) { x  R / ½ < x  2 ou x 3 }
3x
x +4
2

9-(METODISTA) A função f(x) = √ 4−x tem como domínio , nos campos dos reais, os valores de x que encontram na
alternativa :

a) R - { 4 } b) x < -4 ou x  0 c) 0  x  -4 d) 0 x< 2 e) 0 < x < 2

1+x
10-(PUC-RS) O domínio da função real dada por f(x) = √ x−4 é:

a){xR/x>-1 e x <4} b) {xR/x<-1 ou x4} c){xR/x-1 e x4}

d){xR/x-1 ou x > 4 } e) {xR/x-1 e x < 4 )

√ 1+x
11-(ANGLO) Qual o domínio da função f(x) = √ x−4 ?

12-(UFMG) Se ax² + ax + 1 + (3/a) < 0 para todo x real, o único valor inteiro de a é

a) -6 b) -3 c) -2 d) -1 e) 6

GABARITO

1) C 2) B 3) E 4) B 5) E 6) B 7) B 8)E 9)D 10)D 11) D= {xR/x>4} 12)D

Função Logaritmica
1 – Logaritmos

loga b c
a) Definição: = c  a = b , sendo a e b número reais tais que a > 0, a  1 e b > 0.

b) Nomenclatura: loga b = c

b.1) b é logaritmando.

b.2) a é a base.

b.3) c é o logaritmo.

c) consequências da definição:

loga 1
c.1) =0

loga a
c.2) =1
m
loga a
c.3) =m

log m
c.4) a a =m
2– Propriedades Operatórias

b
loga n
loga loga loga c = loga b – loga c loga b loga
a) (b · c) = b+ c b) c) =n b

3 – Mudança de Base

logc b
loga b 
logc a

BASES ESPECIAIS:

Logaritmo decimal: log x  log10 x

n
 1
e  lim 1    2,718
ln x  loge x n   n
Logaritmo neperiano (natural): , sendo o número irracional e definido por

4 – Função Logaritmica

*
loga
a) Definição: É toda função f: IR   IR definida por f(x) = x, com a > 0 e a  1.

b) A função logaritmica será crescente quando a > 1 e decrescente quando 0 < a < 1.

c) Gráfico

1º CASO) a > 1 2º CASO) 0 < a < 1

x
1

x
1

d) O domínio da função logaritmica é o conjunto dos números reais positivos e o conjunto imagem é o conjunto dos números
*
reais (D = IR  e Im = IR).
OBSERVAÇÃO

 log a x  y x
Pela definição de logaritmo  ay =a , a função

f(x) = loga x é a inversa da função g(x) = ax.

 CARACTERÍSTICA E MANTISSA

Dado um número real x, define-se:

Característica do número x: [x] é o maior inteiro, menor ou igual a x.

Mantissa do número x: m = x – [x].

 EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

Sendo a > 0 e a  1, loga x  loga y  x  y

Restrição: x > 0 e y > 0.

 INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

loga x  loga y

Restrição: x > 0 e y > 0.

1ª hipótese: Se a > 1, então

loga x  loga y  x  y

2ª hipótese: Se 0 < a < 1, então

loga x  loga y  x  y
Função Exponencial

1 – Definição

É toda função da forma f(x) = ax, com a > 0 e a  1.

2 – A Função Exponencial será Crescente quando a > 1 e Decrescente quando 0 < a < 1.

3 – Gráfico da Função Exponencial

1º CASO) a > 1 2º CASO) 0 < a < 1

y y

1
1

x x

4– O domínio da função exponencial é o conjunto dos números reais e o conjunto imagem é o conjunto dos números reais

positivos
D  IR e Im  IR*  .

 EQUAÇÕES EXPONENCIAIS


Equação fundamental: Sendo a base a > 0 e a  1:

ax  ay  x = y

Outras equações exponenciais: Equações exponenciais sofisticadas se transformam na equação fundamental, através de algum
artifício algébrico:

– propriedades das potências e raízes;

– fatoração;

– substituição de variáveis.
 INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS

1ª Hipótese: Se a > 1, então

ax  ay  x > y

2ª Hipótese: Se 0 < a < 1, então

ax  ay  x < y

Exercícios de fixação

01) (CESGRANRIO-88) Se 8x = 32, então x é igual a:

5 5 3
a) 2 . b) 3 . c) 5 .

2
d) 5 . e) 4.

02) (CESGRANRIO)

O número de raízes reais de


2
2x  7x 5
3 = 1 é:

a) 0. b) 1. c) 2.

d) 3. e) maior que 3.

03) O valor de x que torna verdadeira a equação 2x · 4x+1 · 8x+2 = 16x+3 é:

a) – 2. b) 2. c) 0.

d) 1. e) – 1.

04) O número de raízes reais da equação 4x – 5 · 2x + 4 = 0 é:

a) 0. b) 1. c) 2.
d) 3. e) 4.

05) (PUC-MG-92) Os valores de a  IR que tornam a função exponencial f(x) = (a – 3)x decrescente são:

a) a < 3. b) 0 < a < 3. c) 3 < a < 4.

d) a < 3 e a  0. e) a > 3 e a  4.

06) (UNIFICADO-97) Segundo dados de uma pesquisa, a população de certa região do país vem decrescendo em relação ao
tempo “t”, contado em anos, aproximadamente, segundo a relação

P(t) = P(0) · 2–0,25t ; Sendo P(0) uma constante que representa a população inicial dessa região e P(t) a população “t” anos após,
determine quantos anos se passarão para que essa população fique reduzida à quarta parte da que era inicialmente.

a) 6 b) 8 c) 10

d) 12 e) 15

9 3t
07. (UNI-RIO – 2002) Numa população de bactérias, há P( t )  10  4 bactérias no instante t medido em horas (ou fração da
9
hora). Sabendo-se que inicialmente existem 10 bactérias, quantos minutos são necessários para que se tenha o dobro da
população inicial?

a) 20 b) 12 c) 30

d) 15 e) 10

8. (UNIRIO – 2005) Você deixou sua conta negativa em R $100,00 em um banco que cobrava juros de 10% ao mês no cheque
especial. Um tempo depois, você recebeu um extrato e observou que sua dívida havia duplicado.

Sabe-se que a expressão que determina a dívida (em reais) em relação ao tempo t (em meses) é dada por:

X( t )  100 1,10 t

Após quantos meses a sua dívida duplicou?

log 1,10 2 log 2 1,10 log 2


a) b) c)

d) log 1,10 log 2,10


e)
9. ( UFMG ) Se então f ( 0 ) - f ( 3/2 ) é igual a:

a. 5/2
b. 5/3
c. 1/3
d. -1/2
e. -2/3

10( UFCE ) Se f ( x ) = 161+1/x, então f ( -1 ) + f ( -2 ) + f ( -4 ) é igual a :

a. 11
b. 13
c. 15
d. 17
e. 19

Exercícios propostos

1) Resolva as inequações:

x1
1
   8 x 2
a) 2 3x+1
< 2. b)  2  .

x– 3
1 1
  
2) (UNIFICADO-96) Assinale o conjunto-solução da inequação  2  4
.

a) ]– , 5]

b) [4, + [

c) [5, + [

d) {x  IR|x  – 5}.

e) {x  IR|x  – 5}.

03. (UFF – 2001) Em um meio de cultura especial, a quantidade de bactérias, em bilhões, é dada pela função Q definida, para
kt
t  0 , por Q( t )  k  5 , sendo t o tempo, em minuto, e k uma constante. A quantidade de bactérias, cuja contagem inicia-

se com o cálculo de Q(0), torna-se, no quarto minuto, igual a 25  Q(0) . Assinale a opção que indica quantos bilhões de
bactérias estão presentes nesse meio de cultura no oitavo minuto.

a) 12,5 b) 25 c) 312,5

d) 625 e) 1000
4. (UNI-RIO – 2002) Uma indústria do Rio de Janeiro libera poluentes na Baía de Guanabara. Foi feito um estudo para controlar
essa poluição ambiental, cujos resultados são a seguir relatados.

Do ponto de vista da comissão que efetuou o estudo, essa indústria deveria reduzir sua liberação de rejeitos até o nível onde
x
se encontra P, admitindo-se que o custo total ideal é o resultado da adição do custo de poluição y  2  1 , ao custo de
x
controle da poluição y  6  (1 / 2) . Para que se consiga o custo ideal, a quantidade de poluentes emitidos, em kg, deve ser
aproximadamente:

Considere
a) 1333
b) 2333
c) 3333
log 2 = 0,3
d) 4333
e) 5333 log 3 = 0,4

5. (UFF – 2004) Sejam f: ℝ  ℝ uma função positiva e g: ℝ  ℝ a função definida por g(x)  log10 f(x) . O gráfico de g é a reta
da figura.

a) Determine a equação da reta da figura.

9
f 
2
b) Calcule   .

c) Encontre uma expressão para f(x).

Você também pode gostar