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Capítulo 2. Conjuntos
Definição 1: Se A é um conjunto, escrevemos x A para significar que o objeto x é um elemento
do conjunto A, e x A quando x não é um elemento de A.
Questão: Quais as operações matemáticas estão relacionadas a definição dos conjuntos acima?
Assim o conjunto dos números naturais é um subconjunto dos números inteiros, ou ainda, o
conjunto dos números inteiros tem todos os números naturais e o oposto dos números naturais. O que
pode ser representado no diagrama de Venn.
Diagrama de Venn
1. O tamanho do círculo não está relacionado com o número de elementos do conjunto (no caso
finito) ou cardinalidade (no caso infinito);
2. Quando um mesmo elemento pertencer a mais de um conjunto os círculos devem se
entrelaçar, ter uma parte comum;
3. Quando todo elemento de um pertencer ao outro, isto é, o primeiro será um subconjunto do
outro, os círculos ficam superpostos.
Assim, a relação entre o conjunto dos números inteiros e o conjunto dos números naturais
está representada no diagrama:
𝟔𝟐 = 𝟔 × 𝟔 = 𝟑𝟔
𝟐𝟓 = 𝟐 × 𝟐 × 𝟐 × 𝟐 × 𝟐 = 𝟑𝟐
Ainda teríamos mais uma etapa nessa construção, a situação referente a raiz quadrada de números
negativos, por exemplo, √−36 = ∓6𝑖 o que denominamos de número complexo ou imaginário, onde
usando a propriedade de radiciação temos √−36 = √36 × (−1) = √36 × √(−1) = ∓6√(−1) = ∓6𝑖
Definição 2: Chama-se de conjunto vazio ou nulo, aquele conjunto que não tem elementos. Para
representá-lo, usaremos o símbolo ou { }. Assim como o conjunto que possui somente um elemento
é chamado de conjunto unitário.
50 5 1
a) representação como número racional ou fracionário: =
100
= 10 = 2
2.1 Subconjuntos
Para A={2, 3, 5, 12} e B={2, 3, 4, 5, 9, 12} , todo elemento de A é também elemento de B. Quando
isso acontece, dizemos que A é um subconjunto de B. O símbolo A B indica que A é um subconjunto
de B, A está contido em B, A incluído em B. Ou ainda, BA, B contém A ou B exclui A. Se AB mas
AB, existe pelo menos um elemento de B que não é elemento de A, então A é dito um subconjunto
próprio de B e denotado por A B.
Exemplo: Considere os seguintes conjuntos: A={12, 74, - 9, 5}, B={ 7, 4,6} , C={12, 4, 5, 0}. E D={7,6}
1. Determine a cardinalidade de cada conjunto, isto é o número de elementos. Denotado por n(A)
ou #A para o conjunto A.
Card(A)=O(A)=n(A)=#A=4, conjunto A tem 4 elementos.
n(B)=2, conjunto B tem 2 elementos.
n(C)=4, conjunto C tem 4 elementos.
2. Faça a representação dos conjuntos através dos diagramas de Venn.
3. Apresente em linguagem natural (português) uma frase para cada uma das sentenças
matemáticas abaixo. Então determine, o valor-lógico das sentenças abaixo justificando sua
resposta.
a) B C
b) B A
c) AB
d) AC
e) 0C
f) {7,-9} B
g) {12} A
h) C
i) {0} C
j) {74,-9} A
k) {12,74,-9,5} A
l) A
m) {}C
n) {}B
o) 12 A
p) {12} C
Dizemos que A B, mas AB, existe pelo menos um elemento de B que não é elemento
de A, então A é dito um subconjunto próprio de B e denotado por A B.
Aqui também se faz presente o conetivo lógico da disjunção, quando se escreve A B,
lê-se AB ou A=B. A condição para a igualdade de conjuntos se torna a sentença A=B se e
somente se AB e BA.
As operações entre conjuntos estão definidas a partir de um conjunto referência que
chamamos de conjunto universo, normalmente denotado pelas letras U ou S. A partir desse
conjunto universo S, escolhemos os subconjuntos onde estudamos as operações de união
interseção, diferença e complementar.
Definição 2: Sejam A e B subconjuntos do universo S. A união de A e B, denotada por
Ou seja, serão elementos da operação da união os elementos que fazem a disjunção entre os
elementos do conjunto verdadeira.
Para ilustrar o que afirmamos na definição da união, vamos tomar a construção da tabela -
verdade (PQ) onde as sentenças declarativas fechadas estão associadas a relação de pertinência
a partir do conjunto universo. No caso da determinação do conjunto resultante da operação:
A’ = {2, 9, 0, 1, 8, 7}
B’ = {2, 9, 0, 1, 6, 4}
C´= {2, 9, 0, 1, 4, 8, 7}
D’= {2, 9, 4, 6, 5, 3, 8, 7}
5S 5C V V F F
6S 6C V F V V
Podemos representar somente os dois conjuntos envolvidos na operação, identificando que a
região preenchida de cor, ou hachuriada, que representa o resultado da interseção corresponde ao
interior dos dois conjuntos.
A-B = { xS onde, xA e xB}. Que pode ser escrita como A-B={xA e xB’ }. Ou ainda, pode-
se entender A-B como sendo o complementar de B em relação a A e escreve -se:
A-B=CA B=AB’
5B 5A V V F F
6B 6A F V F F
8B 8A V F V V
9B 9A F F V F
Temos uma indeterminação portanto, é falso afirmar que neste caso o conjunto A está contido
no conjunto B.
Caso 2
Temos uma indeterminação portanto, é falso afirmar que neste caso o conjunto A está contido
no conjunto B.
Caso 3
𝑥 𝑥∈𝐴 𝑥∈𝐵 𝑥∈𝐴→ 𝑥∈𝐵
10 Falso Falso Verdade
2 Verdade Verdade Verdade
1 Falso Verdade Verdade
12 Falso Falso Verdade
Temos uma Tautologia portanto, é correto afirmar que neste caso o conjunto A está contido no
conjunto B.
Dado um conjunto S, podemos criar um novo conjunto cujos elementos sejam todos os
subconjuntos de S. Este novo conjunto é chamado conjunto das partes de S, (S) P(S)
(S) conterá, pelo menos e o próprio S, uma vez que S e S S são sempre verdade. Se S
tem n elementos então (S) terá 2n elementos.
A
{1, 2, 3}A
{1, 2}A
{1, 3}A
{ 2, 3}A
O conjunto das partes de A, P(A) tem 8 elementos
A partir desse exemplo vamos generalizar como se comporta o conjunto das partes de um
conjunto A onde em cada exemplo abaixo, incluímos mais um elemento.
1 2=21
{1,2},{1,3},{1,4},{1,5},{2,3},{2,4},{2,5},{3,4},{3,5},{5,4},
5 {1,2,3},{1,2,4},{1,2,5},{1,3,4},{1,3,5},{1,4,5},{{2,3,4},{2,3,5},{2,4,5}, 32=25
{3,4,5},{1,2,3,4},{2,3,4,5},{1,3,4,5},{1,2,4,5},{1,2,3,5}}
As operações entre conjuntos estão associadas a propriedades que definem seus elementos.
Além de identificarmos as propriedades conforme as operações lógicas, também são interessantes
associar a essas propriedades a quantidade de elementos de cada conjunto e qual sua relação com a
quantidade de elementos das operações lógicas. A partir dessa ideia vamos determinar quantos
elementos tornam umas determinadas propriedades verdadeiras ou falsas.
A={Ana, Pedro, Paulo, Tiago, Jonas, Cesar, Renata}={Convidados da festa que bebem refrigerante}
B={Ana, Pedro, João, Sérgio, Carlos}= { Convidados da festa que bebem de vinho}
Quantos convidados bebem refrigerantes e não bebem vinho? Podemos dizer que eles bebem
exclusivamente refrigerante ou só bebem refrigerante.
AB= {Ana, Pedro} = {convidados da festa que bebem refrigerante e vinho} temos #(AB) =2
Temos #(A-B) = 5
Temos #(B-A) =3
Quantos bebem refrigerantes e não bebem vinho? #(A-B) = #(A)- # (AB) = 7-2=5 pessoas
Quantos bebem vinho e não bebem refrigerante? #(B-A) =#(B)- #(AB) =5-2=3 pessoas
Ou
b.2) (AC) =
b.3) (BC) =
b.5) (AB) =
b.6) (AC) =
b.7) (BC) =
b.8) (BC) A=
b.9) (A-B) =
b.10) (A-C) =
b.11) (B-A)=
b.12) (B-C)=
b.13) (C-B)=
b.14) (C-A)=
Resposta:
Considere A e B subconjuntos de um conjunto universo S, então A-B, B-A e AB são disjuntos
dois a dois, isto é:
(A-B) (B-A) =
(AB) (B-A) =
(AB) (A-B) =
Por exemplo, pode-se afirmar:
Se x (A-B), então x B, logo x B-A e x(AB)
Teremos:
# (AB) = # A + # B - #(AB)
Ou no caso de 3 conjuntos podemos ter a seguinte distribuição representada no diagrama de
Venn abaixo
# (ABC) = # A + # B + # C - #(AB) - #(AC) - #(BC)+ #(ABC)
Exemplo
A interpretação das informações do enunciado pode ser associada a imagem do diagrama de Venn
identificando que a conjunção está associada a intersecção dos dois conjuntos, representada pela
região marcada em amarelo onde os dois conjuntos se cruzam, e, portanto, esses indivíduos
pertencem aos dois conjuntos.
A partir dessas informações, justifique:
a) Qual a quantidade de atendimentos que só atualizaram a carteira de vacina.