Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
pág. 1
Data: 29/06/2017
órgão e coletado nas veias que então terminam na veia cava inferior. De particular
importância são a artéria gástrica e as artérias mesentéricas superior e inferior. O
oxigênio e os nutrientes são supridos ao estômago pela artéria gástrica e ao intestino
pelas artérias mesentéricas. O sangue venoso retoma do intestino delgado, ceco e
segmentos ascendente e transverso do cólon pela veia mesentérica superior, o que
corresponde à distribuição dos ramos da artéria mesentérica superior. O fluxo
sanguíneo para o trato GI é cerca de 20% do débito cardíaco total e aumenta
significativamente após a alimentação.
Tanto a porção simpática quanto a parassimpática do sistema nervoso autônomo
inervam o trato GI. Em geral, os nervos simpáticos exercem um efeito inibidor sobre o
trato GI, diminuindo a secreção e a motilidade gástricas e provocando a constrição dos
esfíncteres e dos vasos sanguíneos. A estimulação nervosa parassimpática causa a
peristalse e aumenta as atividades secretoras. Os esfíncteres relaxam-se sob a influência
da estimulação parassimpática, exceto o esfíncter da porção superior do esôfago e o
esfíncter anal externo, que estão sob controle involuntário.
fibras de celulose e outras matérias vegetais, algumas das quais não têm valor
nutricional. As funções principais do trato GI são as seguintes:
A clivagem das partículas de alimento na forma molecular para a digestão.
A absorção de pequenas moléculas de nutrientes produzidas pela digestão para dentro
da corrente sanguínea.
A eliminação de alimentos não absorvidos e não digeridos e de outros produtos
residuais.
Após o alimento ser ingerido, ele é impulsionado através do trato GI, entrando em
contato com uma ampla variedade de secreções que auxiliam em sua digestão, absorção
ou eliminação do trato GI.
Mastigação e Deglutição
O processo da digestão começa com o ato da mastigação, quando então o alimento é
fracionado em partículas pequenas que podem ser deglutidas e misturadas com enzimas
digestivas. A alimentação - ou mesmo a visão, olfato ou sabor do alimento, - pode
provocar a salivação reflexa. Aproximadamente 1,5l de saliva é secretado diariamente
pelas glândulas parótida, submaxilares e sublinguais. A ptialina, ou amilase salivar, é
uma enzima que começa a digestão de amidos. A água e o muco, também contidos na
saliva, ajudam a lubrificar o alimento quando ele é mastigado, facilitando, com isso, a
deglutição.
A deglutição começa com um ato voluntário que é regulado pelo centro da deglutição
na medula oblonga do sistema nervoso central (SNC). Quando um bolo de alimento é
deglutido, a epiglote move-se para cobrir a abertura traqueal e evitar a aspiração de
alimento para dentro dos pulmões. A deglutição, que impulsiona o bolo alimentar para
dentro da parte superior do esôfago, termina então como uma ação reflexa. O músculo
liso na parede do esôfago contrai-se em uma sequência rítmica a partir da porção
superior do esôfago, no sentido do estômago, para impulsionar o bolo alimentar ao
longo do trato. Durante esse processo de peristalse esofágica, o esfíncter esofágico
inferior relaxa e permite que o bolo alimentar entre no estômago. Em seguida, o
esfíncter esofágico inferior se fecha firmemente para evitar o refluxo do conteúdo
gástrico para dentro do esôfago.
Função Gástrica
O estômago, que armazena e mistura o alimento com as secreções, secreta um líquido
altamente ácido em resposta à presença ou à ingestão antecipada do alimento. Esse
líquido, que pode totalizar 2,4 l/dia, pode ter um pH baixo, de até 1, e deriva sua acidez
do ácido clorídrico (HCl) secretado pelas glândulas do estômago. A função dessa
secreção gástrica é dupla: clivar o alimento em componentes mais absorvíveis e ajudar
na destruição da maioria das bactérias ingeridas. A pepsina, uma enzima importante
para a digestão da proteína, é o produto final da conversão do pepsinogênio a partir das
células principais. O fator intrínseco, também secretado pela mucosa gástrica, combina-
se com a vitamina B12 da dieta, de modo que a vitamina possa ser absorvida no íleo. Na
ausência do fator intrínseco, a vitamina B12 não pode ser absorvida, provocando a
anemia perniciosa.
DISCIPLINA: ENFERMAGEM PROFESSOR: MARCIUS
pág. 4
Pequenas projeções digitiformes, chamadas vilosidades, estão presentes por todo o intestino e funcionam para
produzir as enzimas digestivas, bem como para absorver nutrientes. A absorção é a função principal do
DISCIPLINA: ENFERMAGEM PROFESSOR: MARCIUS
pág. 5
intestino delgado. As vitaminas e os minerais são absorvidos essencialmente inalterados. A absorção começa no
jejuno e é realizada pelo transporte ativo e por difusão através da parede intestinal para dentro da circulação. Os
nutrientes são absorvidos em localizações específicas no intestino delgado e no duodeno, enquanto as gorduras,
proteínas, carboidratos, sódio e cloreto são absorvidos no jejuno. A vitamina B12 e os sais biliares são absor-
vidos no íleo. O magnésio, fosfato e potássio são absorvidos por todo o intestino delgado.
Função Colônica
Dentro de 4 h após a alimentação, o material residual passa para dentro do íleo terminal e, lentamente, para
dentro da porção proximal do cólon direito através da válvula ileocecal. A cada onda peristáltica do intestino
delgado, a válvula se abre por um breve período e permite que parte do conteúdo passe para dentro do cólon.
A atividade peristáltica lenta e fraca move o conteúdo colônico ao longo da via. Esse transporte lento permite
a reabsorção eficiente de água e eletrólitos, que é a função primária do cólon. As fortes ondas peristálticas
intermitentes impulsionam o conteúdo a distâncias consideráveis. Geralmente, isso ocorre após outra refeição
ter sido ingerida, quando os hormônios estimulantes do intestino são liberados. Os materiais residuais de uma
refeição chegam mais adiante e distendem o reto, geralmente em cerca de 12 h. Até 25% dos materiais residuais
de uma refeição ainda podem permanecer no reto 3 dias depois da sua ingestão.