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OS ANTIGOS
Pitágoras
( 580 - 500 a.C. ) Teorema de Pitagóras para triângulos retângulos: irracionalidade de 2 .
Euclides Organizou a maior parte da Matemática conhecida em seu tempo; Teorema de Euclides
( 300 a.C. ) sobre números perfeitos; infinidade de números primos.
Arquimedes Determinou tangentes, áreas e volumes, essencialmente por cálculos; achou o volume e
( 287 - 212 a.C.) a superfície de uma esfera; centros de gravidade; espiral de Arquimedes; calculou .
OS PRECURSORES
OS PRIMEIROS MODERNOS
Newton Inventou sua própria versão do Cálculo; descobriu o Teorema Fundamental; usou séries
( 1642 - 1727 ) infinitas, virtualmente criou Astronomia e Física como ciências matemática.
Leibniz Inventou uma maneira mais apropriada do Cálculo; descobriu o Teorema Fundamental;
( 1646 - 1716 ) inventou muitas notações boas; professor dos irmãos Bernoulli.
1
Laplace Equação de Laplace; mecânica celeste; probabilidade analítica.
( 1749 - 1827 )
OS MODERNOS
Gauss Iniciou o rigor na análise com provas de convergência para séries infinitas; teoria dos
( 1777 - 1855 ) números; números complexos na álgebra, análise e teoria dos números; geometria
diferencial; geometria não-euclidiana, etc.
Cauchy Tratamento cuidadoso dos limites, continuidade, derivadas, integrais, séries; análise
( 1789 - 1857 ) complexa.
Abel Série binomial; equação do quinto grau; cálculo integral; funções elípticas.
( 1802 - 1829 )
Dirichlet Convergência de séries de Fourier; definição moderna de função; teoria analítica dos
( 1805 - 1859 ) números.
História biográfica, como ensinada em nossas escolas, ainda é em grande parte uma história de tolos
rídiculos reis e rainhas, líderes políticos paranóicos, viajantes compulsivos, generais ignorantes - destroços
das correntes históricas. Os homens que alteraram radicalmente a História, os grandes cientistas e
matemáticos criativos, são raramente mencionados, se é que chegam a sê-lo.
Martin Gardner
Não iria tão longe a ponto de dizer que construir uma história do pensamento sem um estudo
profundo das idéias matemáticas das épocas que se sucedem é como omitir Hamlet da peça com o mesmo
nome. Isto seria exagero. Mas é certamente análogo a cortar a parte de Ophelia. Essa comparação é
singularmente exata. Pois Ophelia é essencial à peça; ela é muito encantadora - e um pouco maluca.
Sustentamos que o propósito da Matemática é uma divina loucura do espírito humano, um refúgio da
premente urgência das contingências.
A.N. Whitehead
2
O Plano Cartesiano
3
Exemplo: Marque os pontos (-1 , 2) , (3 , 4) , (0 , 0) , (3 , 0) e (-2,
-3) .
4
Retas no Plano e Coeficiente Angular
1. Equação Linear:
É toda equação da forma: y = m.x + b, e é chamada de linear pois o seu gráfico é uma reta.
Intercepto y:
x=0 y = m.0 + b y = b.
3. Exemplos:
a) y = 2x + 1
b) y=2
5
c) x+y=2
2º) O coeficiente angular máximo recomendado para uma rampa para cadeira de rodas é
1/12. Uma firma está instalando uma rampa que se eleva 55 cm em uma distância
horizontal de 7,20 m. A inclinação da rampa excede a recomendada?
7,20 m
variação vertical 50 1
coeficiente angular = variação horizontal = 720 0,069 < 12 0, 083
1
O coeficiente angular não excede, pois 0,069 < 12 0, 083 .
6
O coeficiente angular de uma reta que passa pelos pontos ( x1 , y 1 ) e ( x 2 , y 2 ) é
Δy y 2− y 1
=
m = , com x 1 x 2
Δx x 2−x 1
Exemplo: Calcule o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos (3 , 4) e ( 5 ,
7) .
Δy 7−4 3
=
m= Δx 5−3 = 2
Se ( x1 , y 1 )
é um ponto de uma reta de coeficiente angular m e (x , y) é um ponto
y − y1
=m
arbitrário da mesma reta, então x−x 1 .
y − y1
=m
Esta equação pode ser posta na forma: x−x 1 y− y 1 = m( x−x1 )
Exemplo:
Determine a equação da reta de coeficiente angular 3 e que passa pelos pontos (1 , -2).
m=3 e ( x1 , y 1 ) = (1 , -2)
Exercício:
7
Um industrial fabrica um produto ao custo de R$ 0,65 por unidade e vende-o a R$ 1,20 por
unidade. O investimento inicial para fabricar o produto foi de R$ 10.000,00. Quantas
unidades o industrial deve vender para atingir o ponto de equilíbrio?
Solução:
10.000
x = 0,55 x 18.182 unidades
FUNÇÕES E GRÁFICOS
8
obtido por uma regra dependendo dos valores atribuídos à variável independente x surge somente
no século XIX, com o matemático alemão Johann Peter Gustav Lejeune DIRICHLET (1805-1959).
Assim, o conceito de função que hoje parece simples foi resultado de uma evolução
histórica conduzida sempre cada vez mais à abstração, e que só no século XIX teve o seu êxito.
10.1 INTRODUÇÃO
Neste texto iniciamos o estudo de uma ferramenta matemática indispensável para descrever
fatos e fenômenos do nosso mundo. Em muitas situações da vida prática, a relação entre o
valor de uma grandeza depende do valor de uma outra grandeza.
Assim, por exemplo:
“ a distância percorrida por um carro num determinado tempo depende de sua
velocidade” ;
“ a área de um quadrado depende do comprimento do seu lado ”;
“ o decaimento de uma quantidade de substância radioativa depende do tempo ”;
“ o cálculo do imposto do ICMS de um produto depende do preço de venda ”.
2
A= x .
Observemos que, a medida da área A depende da medida x do seu lado, ou seja, A e x
são grandezas variáveis, em que a cada medida de x associa-se um único valor para a área A.
E nessas condições podemos dizer que:
“ A área A de um quadrado é uma função do comprimento x de seu lado”.
Como o valor da variável A depende do valor atribuído para a variável x, ela é chamada de
“variável dependente”, enquanto que x é denominada de variável independente”.
2
A equação A= x é a expressão matemática que representa essa função, isto é, a lei
que estabelece a correspondência entre os valores de x e A.
Toda função pode ser escrita numa notação mais conveniente e simplificada, chamada “
2
notação funcional ” . Nesse caso, podemos representar a função A= x , também na forma:
2 2
A ( x) = x ou f ( x) = x
Assim, quando escrevemos, por exemplo:
9
A (3) = 3 2 = 9 ou f (3) = 32 = 9 , está significando que 9 é a área do quadrado
associada ao lado de medida igual a 3.
2 2
A (2,5 ) = (2,5) = 6,25 ou f (2,5) = (2,5 ) = 6,25 , está indicando que 6,25 é
a área do quadrado associada ao lado de medida igual a 2,5.
Dados dois conjuntos A e B não vazios. Dizemos que uma relação ƒ define uma função de A para
B, quando todo elemento x em A está associado a um único elemento y em B.
Uma função real de variável real é uma função ƒ: A B , em que os conjuntos A e B são
subconjuntos de . Daqui em diante, a menos que seja especificado o contrário, só utilizaremos “
funções reais de variável real ” .
O conjunto formado por todos os elementos de B que são imagens de algum elemento x de
10
A é chamado de “conjunto imagem da função f ”, e é representado por Im(ƒ). Assim, Im(ƒ) B
No diagrama de flechas, representado acima, o subconjunto sombreado de B representa o
conjunto imagem da função ƒ.
Em geral, por ser mais conveniente, representamos uma função através de uma equação
da forma y = ƒ (x) que relaciona a correspondência entre os elementos dos conjuntos A e B.
Dessa forma, x e y são as chamadas variáveis. Como a obtenção do valor de y depende
do valor atribuído a x, ela é a “variável dependente”, e x a “variável independente ”.
1.4.1 Exemplos
1 7
1. Consideremos os conjuntos
A = {−1 , − 2 , 0 , 1 , √ 2 } e B = {−1 , 0 , 1 , 2 , 4
,3} e a
Resolução:
2
a) f (−1) = − (−1) + 2 = −1 + 2 = 1
1 1 1 −1 + 8 7
f (− 2 ) = − (− 2 )2 + 2 = − 4 + 2 = 4
= 4
f (0) = − 02 + 2 = 0 + 2 = 2
f (1) = − 12 + 2 = −1 + 2 = 1
2
f ( √2 ) = − ( √ 2) + 2 = −2 + 2 = 0
1 7
Portanto, D (ƒ) = A =
{−1 , − 2 , 0 , 1 , √2 } e Im (ƒ) =
{0, 1, 2, 4
}
b)
2. Uma torneira é aberta para encher de água um reservatório de 6000 litros. A tabela abaixo
relaciona o tempo gasto, em minutos, com o volume de água, em litros, no reservatório.
t ( minutos ) V ( litros )
11
0 0
1 24
3 72
a) Determinar a expressão que define o volume V em função do tempo t.
b) Determinar o volume do reservatório depois de 1 hora aberto a torneira.
c) Determinar o tempo gasto para encher o reservatório.
Resolução:
a)
t ( minutos ) V ( litros )
0 0 = 24.0
1 24 = 24.1
2 48 = 24.2
3 72 = 24.3
... ...
x V = 24.x
Portanto, V ( x) = 24. x
3. O custo total, em reais, para fabricar n unidades de um certo produto é dado pela função
C ( n ) = n3 − 30 n 2 +500 n + 200 .
a) Determinar o custo da fabricação de 10 unidades do produto.
b) Determinar o custo da 10ª unidade do produto.
c) Determinaro custo fixo de produção.
Resolução:
3 2
a) C ( 10 ) = 10 − 30 . 10 +500 . 10 + 200 = 1000 − 3000 + 5000 +200 = 3200
4. Durante um programa nacional para vacinar a população contra um certo tipo de gripe, as
autoridades descobrem que o custo para vacinar x% da população é dado aproximadamente
150 x
f (x) =
por 200 − x milhões de reais.
a) Para que valor de x a função tem significado nesse contexto?
b) Qual o custo para vacinar 50% da população?
c) Qual o custo para vacinar os 50% restantes da população?
d) Que porcentagem da população terá sido vacinada após serem gastos 37,5 milhões de
reais no projeto?
Resolução:
150 x
f (x) =
a) 200 − x .
Como x representa a porcentagem da população, e o único valor que anula o denominador é
x = 200.
d) A porcentagem da população que terá sido vacinada após serem gastos 37,5 milhões será
dada fazendo f ( x ) = 37 ,5 .
150 x
= 37,5
Assim, 200 − x
150 x = 37,5.(200 − x)
150 x = 7500 − 37,5 x
150 x + 37 ,5 x= 7500
187,5 x = 7500
7500
x=
187,5
x = 40
Portanto, com 37,5 milhões seram vacinados 40% da população.
1.5.1 Exemplos
5
f (x) =
a) x+ 4 b) g ( x ) = √2 x − 6 c)
14
x 5x
h( x ) = + 2
√3−x x −4
Solução:
E portanto, D ( f ) = { x ∈ R | x ≠−4 }
b) g ( x ) = √2 x − 6
A condição de existência da função g é que 2x − 6≥0 .
Logo, 2x − 6≥0
2x≥ 6
6
x≥
2
x≥3
E portanto, D ( f ) = { x ∈ R | x ≥3 }
x 5x
h( x ) = + 2
c) √2−x x −9
2
A condição de existência da função h é que 2 − x>0 e x − 9≠0
Mas, 2 − x>0
− x >−2
temos, x< 2
2
Para x − 9≠0
2
x ≠9
x≠ ±√ 9
x≠ ±3
15
Portanto, D ( f ) = { x ∈ R | x<2 e x ≠ − 2 }
O gráfico de uma função tem a vantagem da comunicação visual imediata. Com a prática,
basta olharmos o gráfico de uma função para extrairmos informações importantes que muitas
vezes não podem ser evidenciadas em descrições verbais ou algébricas.
G ( f ) = { ( x , y )∈ R 2 | x∈ D ( f ) e y = f ( x) }
Portanto, o gráfico de uma função é um conjunto de pontos do plano cartesiano Oxy, cujas
projeções sobre o eixo das abscissas (eixo x) representa o seu domínio, e as projeções no eixo
das ordenadas (eixo y) representa o conjunto imagem.
1.6.1 Exemplos
2
Represente graficamente a função f (x ) = x , nos casos em que o domínio são:
a) D(ƒ) = { -2 , -1 , 0 , 1 , 2 } b) D(ƒ) = [-2 , 2] c) D(ƒ) = R
Solução:
a) D (ƒ) = { -2 , -1 , 0 , 1 , 2 }
16
O gráfico da função é o conjunto formado por cinco pontos pertencentes a uma parábola.
Projetando esses pontos sobre o eixo das abscissas temos: -2 , -1 , 0 , 1 e 2, e sobre o eixo
das ordenadas: 0 , 1 e 2.
Logo, D (ƒ) = { -2, -1 , 0 , 1 , 2 } e Im (ƒ) = { 0 , 1 , 2 }
b) D (ƒ) = [-2 , 2]
O gráfico da função é formada pelos pontos de uma parábola limitada para x, tal que, -2 x
2.
O domínio da função é obtido projetando-se os pontos do gráfico sobre o eixo das abscissas,
e o conjunto imagem projetando-os sobre o eixo das ordenadas.
Neste caso, obtemos D (ƒ) = [-2 , 2] e Im (ƒ) = [0 , 4]
c) D (ƒ) = R
Projetando-se os pontos do gráfico sobre o eixo das abscissas e o eixo das ordenadas,
teremos:
D (ƒ) = R e Im (ƒ) = R + = { y R | y 0 }
17
1.7 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
2
1. Dada a função f (x ) = 4 + x −x , calcule:
1
a) f (−1) b)
f (− 2 ) c) f (−x) d) f (1−x )
3
e) f (x ) f) f ( √ x)
Solução:
2
a) f (−1) = 4 + (− 1) − (−1) = 4 − 1 − 1 = 2
1 1 1 1 1 16 − 2 − 1 13
b)
f (− 2 ) = 4 + (− 2 ) − (− 2 )2 = 4 − 2
− 4
= 4
= 4
c) f (−x) = 4 + (− x) − (−x)2 = 4 − x − x2
3 x +2 x 3
f (x ) = f (x ) = + √ 1−2 x
a) x 2 −x−2 b) √ 2 x−5
2
1 x −x +6
f (x ) = √ 5−x − f (x ) =
c) √ 3x−9 d) √3 x 2−4
e) f (x ) = √ x 2 −9
Solução:
3 x +2
f (x ) =
a) x 2 −x−2
2
A condição de existência é que x −x−2 ≠ 0 .
Vamos determinar os valores de x que anulam o denominador (aqueles que não servem).
18
2
x −x−2 = 0 (equação do 2º grau)
Portanto, D ( f ) = { x ∈ R | x≠−1 ou x≠ 2 }
x
f (x ) = + √3 1−2 x
b) √ 2x−5
2x − 5 > 0
2x > 5
5
x> 2
5
Portanto,
D ( f ) = { x ∈ R | x> 2
}
1
f (x ) = √ 5−x −
c) √ 3 x−9
A condição de existência é que 5−x≥0 e 3x − 9 > 0
5−x≥0
− x ≥ −5
x ≤5
e
3x − 9 > 0
3x > 9
9
x> 3
19
x>3
Portanto, D (f ) = { x ∈ R | 3 < x ≤ 5 }
2
x −x +6
f (x ) =
d) √3 x 2−4
2
A condição de existência é que x −4 ≠ 0 .
2
x −4 ≠ 0
2
x ≠4
x ≠ ± √4
x ≠± 2
Portanto, D ( f ) = { x ∈ R | x ≠ −2 ou x ≠ 2 }
e) f (x ) = √ x 2 −9
2
A condição de existência é que x−9≥0 .
2
x−9≥0 (inequação do 2º grau)
2
x−9=0
2
x =9
x ≠ ± √9
x ≠± 3
Portanto, D ( f ) = { x ∈ R | x ≤ −3 ou x ≥ 3 }
3. Verificar quais as funções que define y como uma função de x, isto é , y = ƒ(x).
2 2
a) y −3x = 2 b) y+x =1 c) y −x=0
Solução:
Para verificarmos se uma equação define ou não uma função, é conveniente isolarmos a variável
dependente no 1º membro e a independente no 2º membro. E uma equação nessa forma,
20
dizemos que está na forma explícita.
Assim, escrevendo as equações acima na forma explícita temos:
a) y −3x = 2
y = 3x + 2 ou f (x ) = 3 x + 2
2
b) y+x =1
y =1−x
2
ou f (x ) = 1 − x 2
2
c) y −x=0
2
y =x
y = ±√x ou f (x ) = ± √ x
Nos itens (a) e (b), vemos que, a todo número x corresponde um único valor real de y. E, portanto,
y é uma função de x.
No item (c) y não é uma função de x, pois para todo valor de x > 0 correspondem a dois valores
reais diferentes de y.
Solução:
f (x ) = 0
3
x − 4x = 0
¿
⟨ x = 0
⟨ ou ¿
⟨ x 2 − 4 = 0 ⇒ x 2 = 4 ∴ x =±2
x ( x 2 − 4) = 0 ¿
5. Escrever a função ƒ(x) que representa o valor a ser pago após um desconto de 4% sobre o valor de
x reais de uma mercadoria para pagamento à vista.
Solução:
21
Preço a ser pago pela mercadoria sem desconto: x
6. O preço de uma corrida de taxi inclui uma parcela fixa, denominada bandeirada, e uma parcela
variável que depende da distância percorrida. Se a bandeirada custa 5 reais, e cada quilômetro
percorrido custa 0,75 reais.
a) Determinar a expressão que relaciona o preço P de uma corrida com os quilômetros x
percorridos.
b) Determinar o preço de uma corrida de 16 quilometros.
c) Determinar a distancia percorrida por um passageiro que pagou 38,75 reais pela corrida.
Solução:
a)
x (quilometros ) P ( reais )
0 0,75 . 0 + 5
1 0,75 . 1 + 5
Portanto, 2 0,75 . 2 + 5 P ( x) = 0,75. x + 5
3 0,75 . 3 + 5
x 0.75 . x + 5
22
180 x
C (x ) =
120−x .
a) determinar a quantidade de carteiros necessários para que toda a população da cidade seja
atendida em um dia?
b) se num dia de greve, só compareceram 90 carteiros, determinar a porcentagem da população
que recebeu correspondência?
Solução:
a) o número de carteiros para atender toda a população num só dia é dado por
C (100) .
180 . 100 18.0 00
C (100 ) = = = 900
Mas, 120−100 20
Portanto, serão necessários 900 carteiros.
8. De uma folha quadrada de papelão de 12 cm de lado, deseja-se recortar em cada canto da folha
um quadrado de medida x, conforme mostra a figura abaixo, e dobrar as abas para formar uma
caixa sem tampa.
23
a) Determinar a expressão que relaciona o volume com a medida x do lado do quadrado
retirado de cada canto.
b) Determinar o domínio da função obtida no item a) .
c) Determine o volume da caixa quando a medida do lado do quadrado retirado é igual a 5 cm.
Solução:
a)
V ( x) = (12−2x).(12−2 x). x
V ( x) = (12−2x)2 . x
b) 0< 2x < 12
0 12
2
< x< 2
0< x < 6
Portanto, D ( f ) = { x ∈ R | 0 <x < 6 }
9. Uma moeda é solta do alto de uma torre. A altura da moeda, em metros, após t segundos é dada por
2
h (t ) = −4,9 t + 100 . Determinar:
24
a) a altura da moeda após 2 segundos.
b) a altura da torre.
c) a distância percorrida pela moeda durante o 3º segundo.
d) o tempo que a moeda leva para atingir o solo.
Solução:
a) A altura da moeda após 2s é dada por:
2
h (2) = −4,9 . 2 + 100 = −4,9 . 4 + 100 = −19,6 + 100 = 80 ,4
Portanto, a altura é de 80,4m .
h (3) − h (2) .
d) O tempo t que a moeda leva para atingir o solo é dada quando a altura h é igual a 0, isto é, por
h (t ) = 0 .
2
−4,9 t + 100 = 0
2
4,9 t = 100
100
t2 =
4,9
t = ±√ 20,4 ( t > 0)
t = 4,5
Portanto, a moeda leva 4,5s para atingir o solo.
25
10. Suponha que t horas depois da meia-noite a temperatura numa cidade seja
2
t
Q ( t ) = − +4 t + 10
6 graus Celsius.
a) determinar a temperatura às duas da manhã.
b) determinar a variação de temperatura das 6 horas da tarde até as 9 horas da noite.
Solução:
22 4 2 −2 + 54 52
Q(2) =− +4 .2 + 10 = − + 8 + 10 = − + 18 = = = 17 ,3
6 6 3 3 3
Portanto, a temperatura às duas da manhã era de 17,3º Celsius.
b) A variação de temperatura das 6 horas da tarde até as 9 horas da noite é dada por
Q ( 21 ) − Q ( 6 )
2
21 441 147 −147 + 188
Q ( 21 ) = − +4 . 21 + 10 = − + 84 + 10 = − + 94 = =
6 6 2 2
41
= = 20 ,5
2
62 36
Q ( 6 ) =− +4 . 6 + 10 = − + 24 + 10 = − 6+ 34 = 28
6 6
Q ( 21 ) − Q ( 6 ) = 20 ,5 − 28 = −7,5
Portanto a variação de temperatura foi de -7,5º Celsius.
6
P ( t ) = 20 −
11. Estima-se que daqui a t anos um certo bairro terá a população de t+ 1 mil
habitantes.
a) determinar a população do bairro daqui a 9 anos?
b) determinar o aumento da população durante o 9º ano?
c) determinar o que acontece com P(t) para grandes valores de t .
Solução:
26
6 6
P ( 9 ) = 20 − = 20 − = 20 − 0,6 = 19,4
9+ 1 10
Portanto, a população será de 19,4 mil habitantes ou 19.400 habitantes
6
P ( t ) = 20 −
c) t+ 1
6
Para valores cada vez maiores de t temos que t+ 1 tende para 0 .
E, portanto, P(t) tende para 20, significando que, a população nunca ultrapassará a 20
mil habitantes.
x x 3 +1
f (x ) = √
f (x ) = 5 x+1 f (x ) =
a) √ 4−3 x b) x c) √ 2+ x −x 2
27
7x 3 2 2
f (x ) = √2 x+1 − f (x ) = √ x−1 + f (x ) =
d) x 2 −1 e) √ x2+1 f) √3 x +2
6. Supondo que o custo total, em reais, da produção de n unidades de um certo produto seja
2
dado por C( n) = 3 n + n + 900 reais.
a) Determinar o custo total da produção de 20 unidades.
b) Determinar o custo da produção da 20ª unidade.
280
p (n) =
7. A demanda para um certo produto admite como modelo a função 1+0,05n , onde p
é o preço unitário em reais e n é o numero de unidades vendidas.
a) Determinar o preço quando são vendidas 50 unidades.
b) Obter o número de unidades em função do preço, isto é, n em função de p.
c) Utilizar a função obtida no item b), e determinar o número de unidades vendidas quando o
preço é 20 reais.
Respostas:
2
1. a) −1 b) 9 c) 6 x+5 d) −3 t +8 e) 3h f) 3
4 1
3. a)
D ( f ) = { x ∈ R | x< 3 } b)
D ( f ) = { x ∈ R | x ≥− 5 e x≠ 0 }
28
1
c) D ( f ) = { x ∈ R | −1<x <2 } d)
D ( f ) = { x ∈ R | x ≥− 2 e x≠ 1 }
e) D (f ) = R f) D ( f ) = { x ∈ R | x≠ −2 }
4. a) 9 b) 21
5.
6. a)
2. 120 b) 118
250− p
n ( p) =
7. a) 80 b) 0,05 p a) 260
1. Funções do 1º grau
29
Uma aplicação f de em é chamada de função constante, quando a cada
elemento x associa sempre o mesmo elemento c .
f : / f (x ) = c
y
a) O gráfico da função constante é uma reta paralela ao
eixo x passando pelo ponto (0 , c). (0 , c)
f : / f (x ) = ax + b , a 0 .
Exemplos:
f : / f (x ) = ax , a 0 .
30
1.3 Gráfico
Atividade 1
a) y = 2x - 1 b) y = -3x -4
x y 3
2. Resolva analitica e graficamente o sistema de equações: 2 x 3y 4
1.4 Imagem
Atividade 2
31
Seja a função de em definida por f (x) = 4x - 5 . Determine os valores do
domínio da função que produzem imagens maiores que 2.
Exemplo:
Atividade 3
1. Obtenha a equação da reta que passa pelo ponto (1 , 3) e tem coeficiente angular igual
a2.
2. Obtenha a equação da reta que passa pelo ponto (-2 , 1) e tem coeficiente linear igual a
4.
32
1.6 Zero da função afim
“ Zero de uma função é todo número x cuja imagem é nula, isto é, f (x) = 0 ”.
Assim, para se determinar o zero da função afim, basta resolver a equação do
b
1ºgrau ax + b = 0 , que apresenta uma única solução x = - a .
O zero da função da função afim, pode ser interpretada como sendo a abscissa do
ponto em que o gráfico corta o eixo x.
Exemplo :
33
y
f (x2) y = f (x)
f (x1 )
x1 x2 x
Na linguagem prática (não matemática), uma função é crescente num conjunto D se,
ao aumentar o valor atribuído a x, o valor de y também aumenta.
f (x1 )
f (x2) y = f (x)
x1 x2 x
Atividade 4
a) y = 3x - 2 b) y = -4x + 3
34
2. Estude segundo os valores do parâmetro m , a variação (crescente, decrescente ou
constante) da função y = (m -1).x +2 .
b
Considerando que x = - a , é o zero da função afim f (x ) = ax + b , a 0 , isto é, o
valor de x para o qual f (x) = 0 , examinemos, então, para que valores ocorre f (x) >
0 ou
f (x) < 0.
1º Caso: a>0
b
f (x) = ax + b > 0 ax > - b x > - a +
x
b
b
f (x) = ax + b < 0 ax < - b x < - a - a
2º Caso: a<0
b
f (x) = ax + b > 0 ax > - b x < - a +
x
b
b
f (x) = ax + b < 0 ax < - b x > - a a -
35
Resumo:
Se colocarmos os valores de x sobre um eixo, a regra dos sinais da função afim,
pode ser representada da seguinte forma:
b
x=- a x
f (x) tem o sinal de -a f (x) tem o sinal de a
Exemplos:
1º) f (x) = 4x - 1
f (x) = 0 4x -1 = 0 x = ¼ ¼
_ + x
Para x = ¼ , tem-se: f (x) = 0
Para x > ¼ , tem-se: f (x) > 0 ( mesmo sinal de a = 4 > 0 )
Para x < ¼ , tem-se: f (x) < 0 ( sinal contrário de a = 4 < 0 )
2º) f (x) = - 2x + 6
3
f (x) = 0 - 2x + 6 = 0 x = 3 + _ x
2 x
2. Para que valores de x a função f (x) = 3 2 é negativa ?
36
3. Resolva as inequações simultâneas: 3x + 2 < - x +3 x + 4
3x 2
0
6. Resolva, em , a inequação quociente: 3 2 x
2. Função Modular
2.1 Módulo
37
a , se a 0
a
a , se a 0
Exemplos:
Atividade 6
a) 3x - 1 = 2 b) 2x - 3 = -1
c) 4x - 5 = 0 d) 3x + 2 = 2x - 3
e) x - 2 = 2x + 1
f : / f (x ) = x
Através do conceito de módulo de um número real, a função modular pode ser
definida também da seguinte forma:
39
x , se a 0
f (x) x , se a 0
2.3 Gráfico
x
2.4 Imagem
Exemplos:
x 2 , se x 2 0 x 2
x2
( x 2 ) x 2 , se x 2 0 x 2
2
x
y
y=-x+3
y=x+1
40
1 2 x
Atividade 6
x
e) f (x) = x
Definição.
Representação gráfica.
41
A curva que representa a função quadrática é denominada parábola.
−b ± √ ∆
x=
2a
Vértice da parábola.
−b −∆
xv = e yv=
2a 4a
5.1
LIMITES
5.1.1 INTRODUÇÃO
O conceito de limite de uma função é a principal ferramenta que diferencia o cálculo da álgebra e
da trigonometria.
42
O próprio Newton não tinha uma idéia muito clara do conceito de limite; muitos anos mais tarde,
que Cauchy, elaborou o conceito de limite em bases mais sólidas, em termos de épsilons e deltas.
Portanto, o conceito de limite já era utilizado por Newton, muito antes de Cauchy, ter dado uma
definição mais rigorosa e precisa que atualmente conhecemos.
Neste capítulo, vamos tratar deste assunto de um modo mais intuitivo, da mesma forma com este
conceito se desenvolveu historicamente.
Intuitivamente, a idéia de limite é verificar próximo de que valor L está a função ƒ(x) quando os
valores de x estão próximos de um valor a.
Esta noção intuitiva de “próximo de” não é um conceito matemático claro e preciso. Assim, como
exemplos: “Mogi das Cruzes (diga-se, uma das mais belas cidades da Grande São Paulo), que
dista 50 quilômetros de São Paulo, está próximo de São Paulo? ; “a Lua,que dista
aproximadamente, 380.000 quilômetros da Terra, está próximo da Terra?”. As respostas dessas
perguntas dependem do que se entende por “ próximo de ”.
No cálculo e suas aplicações, em geral, estamos interessados nos valores de uma função ƒ(x)
quando os valores de x estiverem próximos de um número a, mas, não necessariamente iguais a
a.
Na vida real aparecem um grande número de exemplos em que trabalhamos com situações-
limites.
“Determinar a eficiência de um novo motor em condições ideais”; ou, “a temperatura na qual
cessam a agitação de todas as moléculas”, o chamado zero-absoluto”. Estes são exemplos de
situações na qual podemos se aproximar de um determinado valor, mas que jamais o atingiremos.
Observe que:
lim f ( x ) = 4
f (2) não existe (a função não está definida para x = 2 ) e x →2 .
“ A função não precisa estar definida no ponto, para que exista o valor do limite nesse ponto ”.
44
Se a função ƒ(x) se aproxima de um número L, quando x se aproxima de um número a , tanto
pela esquerda quanto pela direita, então o limite de ƒ(x) quando x tende para a é igual a L, e
lim f (x ) = L
denotamos por x →a .
3. Se obtivermos valores
L1 e
L2 (
L1 ≠L2 ) quando x tender para a , pela esquerda, e x
tender para a, pela direita, respectivamente, então não existe o valor do limite da função ƒ(x)
para x igual a a.
4. O valor da função no ponto a não tem qualquer influência na existência ou não, do limite.
Exemplo 1.
f ( x) =
2
x −4
, se x ≠2
x− 2
6 , se x =2
¿
Considere a função: ¿ {¿ ¿ ¿
x 2 −4
f (x ) =
Para x≠2, temos: x−2 , cujo gráfico é uma reta que apresenta um “buraco” no ponto x
=2, como vimos no exemplo da introdução de limite.
Graficamente, temos:
45
Observe que:
lim f ( x ) ≠ f⏟
(2 )
lim f ( x ) = 4 ⏟
x→2
6
f (2) = 6 , x →2 e 4
“ A função pode estar definida no ponto, existir o valor do limite nesse ponto, e no entanto o valor do
limite não ser igual ao valor da função”.
Exemplo 2.
f ( x) =
x +1 , se x ≥1
2− x , se x <1
¿
Considere a função: ¿ {¿¿¿
lim f (x ) = 1
x → 1− .
E, para para x se aproximando de 1, pela direita, ƒ(x) se aproxima de 2, ou seja,
lim f ( x ) = 2
x → 1+ .
46
lim f ( x )
Como os limites laterais são diferentes, então não existe x→ 1 .
“ A função pode estar definida no ponto, e não existir o valor do limite nesse ponto”.
Exemplo 3.
f ( x) =
2
4−x , se x <1
2 x +1 , se x ≥1
¿
Considere a função: ¿ {¿ ¿ ¿
Observe que:
lim f ( x ) = f⏟
(1)
lim f ( x) = 3 ⏟
x→2
3
f (1) = 3 , x →1 e 3
“ A função está definida no ponto, existe o valor do limite nesse ponto, e o valor do limite no ponto é
igual ao valor da função”.
Exemplo 3.
|x|
f (x ) =
Considere a função: x
A função ƒ(x) não está definida para x = 0.
|x| x
f (x ) = = =1
Para x > 0 , | x | = x , então x x
| x | −x
f (x ) = = = −1
Para x < 0 , | x | = -x , então x x
47
f ( x) =
|x| 1 , se x > 0
f (x ) = −1 , se x < 0
Graficamente, temos:
“ A função não está definida no ponto, e não existe o valor do limite nesse ponto ”.
Teorema.
Sejam a um número real e as funções funções ƒ(x) = g(x), para todo x ≠ tvfa.
lim f ( x) = lim g ( x)
Se existe o limite de ƒ(x) quando x tende para a, então x →a x→a
O teorema afirma que, se duas funções coincidem em todos os pontos, exceto , possivelmente,
num único ponto x = a, então seus limites são iguais em x igual a.
Exemplo 1.
2
x −4
lim
Calcular: x →2 x−2
2
x −4
f (x ) =
A função x−2 , está definida para todo x real, x ≠ 2.
2
x −4 ( x+2 )( x−2)
f (x ) = = = x +2 , para x ≠2
Mas, podemos escrever, x−2 x−2
Agora, consideremos a função, g( x) = x +2 , que está definida para todo x real.
2
x −4
lim
Na prática, para calcularmos: x →2 x−2
x 2 −4 0
lim =
x →2 x−2 0 ( indeterminado )
0
O termo 0 , é um dos muitos termos que na teoria dos limites recebe o nome de
indeterminação.
A expressão Indeterminado, não significa dizer que o limite não existe. Apenas significa que não é
possível obter o seu valor, através da simples substuição da variável pelo seu valor de tendência.
O cálculo desse determinado pode ser obtido efetuando as seguintes etapas:
simplificando o fator
x−2 , pois x ≠ 2
2
x −4 ( x+2)( x−2 ) substituindo
x →2 ⏟
x −2 x →2 ⏟ x−2
¿
lim ( x +2)overbracealignl ¿⏞ = 2 + 2 underbracealignl ¿⏟ ¿ = 4 ¿
⏟
x→2 ¿
f (x ) = fatorando o numerador = g( x )
Exemplo 2.
2
x +x − 6
lim
Calcular: x → −3 x 2 −9
2 2
x +x − 6 (−3) +(−3) − 6 0
lim 2
=
x → −3 x 2 −9 = (−3) −9 0 (indeterminado)
2
x +x − 6 (x+3 )( x−2) x−2 −3−2 −5 5
lim lim lim
x → −3 x 2 −9 = x → −3 (x+3 )( x−3 ) = x → −3 x−3 = −3−3 = −6 = 6
49
5.1.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Calcule os limites:
2
x −9
lim
1. x → −3 x+3
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
2
x −9 0
lim =
x → −3 x+3 0 ( indeterminado )
1º modo.
Fatorando o numerador, que é uma diferença de dois quadrados.
2
x −9 ( x−3 )( x+3)
lim = lim = lim ( x−3 ) = −3 − 3 = −6
x → −3 x+3 x → −3 x +3 x → −3
2º modo.
Como x= -3 é raiz do polinômio numerador, então êsse polinômio é divisível por
⏟ ) = x+3
x−(−3
raiz . Efetuando a divisão do polinomio por x + 3, através do dispositivo de
Briot-Ruffini, temos:
| 1 0 −9
_________________________________
−3 | ⏟
1 −3 0
x −3
2
x −9 ( x−3 )( x+3)
lim = lim = lim ( x−3 ) = −3 − 3 = −6
x → −3 x+3 x → −3 x +3 x → −3
x 3 + x 2 −3 x −6
lim
2. x →2 x 2 + x−6
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
3 2
x + x −3x −6 0
lim 2
=
x →2 x + x−6 0 (indeterminado)
Como x= 2 é raiz do polinômio numerador e também do denominador, então ambos os
50
x− 2⏟
polinômios são divisíveis por raiz . Efetuando essas divisões através dispositivo de
Briot-Ruffini, temos:
| 1 1 −3 −6 | 1 1 −6
_________________________________ _________________________________
2 | 1⏟
3 3 0 2 | 1⏟3 0
x2 + 3 x + 3 x +3
2
x 3 + x 2 −3 x −6 ( x−2)( x +3 x +3 )
lim 2
= lim =
x →2 x + x−6 x→2 (x −2) ( x +3 )
2 2
x +3 x +3 2 +3 .2 +3 13
= lim = =
x→2 x+3 2+3 5
x 4− 1
lim
3. x → 1 x− 1
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
4
x −1 0
lim =
x → 1 x− 1 0 (indeterminado)
1º modo.
Fatorando o numerador, que é uma diferença de dois quadrados.
2 2 2
x 4− 1 ( x − 1 )(x +1) ( x− 1 )(x+1 )(x +1)
lim = lim = lim =
x → 1 x− 1 x →1 x− 1 x→1 x− 1
2
= lim [ ( x +1)( x +1 ) ] = 4
x→1
2ºmodo.
x− 1⏟
Como x= 1 é raiz do polinômio numerador, então êsse polinômio é divisível por raiz .
Efetuando essa divisão, através dispositivo de Briot-Ruffini, temos:
| 1 0 0 0 −1
_________________________________
1| ⏟
1 1 1 1 0
x 3 + x2 + x + 1
3 2
x 4− 1 (x− 1 )( x +x +x+1)
lim = lim = lim ( x 3 +x 2 +x+1) = 4
x → 1 x− 1 x →1 x− 1 x→1
51
( x +h )4 − x 4
lim
5. h→ 0 h
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
( x +h )4 − x 4 x 4 −x 4 0
lim = =
h→ 0 h 0 0 (indeterminado)
Devemos fator a diferença de dois quadrados que aparece no numerador da função racional.
4 4 2 2 2 2
( x +h ) − x [( x+h ) − x ] [( x +h ) + x ]
lim = lim =
h→ 0 h h→ 0 h
2 2 2 2 2
( x + 2 xh +h − x ) [( x+h) + x ]
= lim =
h→ 0 h
( 2 xh +h2 ) [ ( x +h )2 + x2 ]
lim =
h→ 0 h
h ( 2 x +h ) [( x +h )2 + x2 ] 2 2
= lim = lim ( 2 x +h ) [( x +h ) + x ] =
h→ 0 h h→ 0
2 2 2 3
= ( 2 x +0 ) [( x+0 ) + x ] = 2x . 2x = 4 x
x 3 + 9 x 2 +24 x +20
lim
6. x → −2 x3 +2 x 2− 4 x−8
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
x 3 + 9 x 2 +24 x +20 0
lim 3 2
=
x → −2 x +2 x − 4 x−8 0 (indeterminado)
Como x= -2 é raiz do polinômio numerador e também do denominador, então ambos os
⏟
x− (−2) =x+2
polinômios são divisíveis por raiz . Efetuando essas divisões, através
dispositivo de Briot-Ruffini, temos:
| 1 9 24 20 | 1 2 −4 −8
_________________________________ _________________________________
−2 | ⏟
1 7 10 0 −2 | 1⏟
0 −4 0
x 2 + 7 x + 10 x2 − 4
Assim,
52
2
x 3 + 9 x 2 +24 x +20 ( x +7 x +10 ) ( x+2) x 2 +7 x +10
lim 3 2
= lim = lim =
x → −2 x +2 x − 4 x−8 x → −2 ( x 2− 4 ) ( x +2 ) x → −2 x2− 4
| 1 7 10 | 1 0 −4
_________________________________ _________________________________
−2 | 1⏟5 0 −2 | 1⏟
−2 0
x+5 x−2
Assim,
lim
√x −2
7. x→ 4 x− 4
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
lim √x −2 = 0
x→ 4 x− 4 0 (indeterminado)
Quando temos o limite de função irracional, devemos racionalizar a função, ou seja, nesse
√ x −2 ( √ x − 2) ( √ x + 2) ( √ x )2 − 22
lim = lim = lim =
x→ 4 x − 4 x→ 4 ( x − 4) ( √ x + 2) x→ 4 ( x − 4) ( √ x + 2)
x−4 1 1
= lim = lim =
x→ 4 ( x − 4 ) ( √ x + 2) x→ 4 √x +2 4
x
lim
8.
x→ 0 √ x 2+ x +5 − √ x 2+5
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
53
x 0
lim =
x→ 0 √ x 2+ x +5 − √ x 2+5 0 (indeterminado)
Racionalizando a função irracional, isto é, multiplicando-se ambos os termos da fração por
( √ x2 + x +5 + √ x 2+5 ) , temos:
x x ( √ x2 + x +5 + √ x 2 +5 )
lim = lim =
x→ 0 √ x 2+ x +5 − √ x 2+5 x→ 0 ( √ x 2+ x +5 − √ x 2+5 ) ( √ x2 + x +5 + √ x 2+5 )
x ( √ x 2 + x +5 + √ x 2 +5 ) x ( √ x 2 + x +5 + √ x2 +5 )
= lim = lim =
x → 0 ( √ x 2 + x +5 )2 − ( √ x 2 +5 )2 x→ 0 ( x 2 + x +5 ) − ( x 2 +5)
x ( √ x 2+ x +5 + √ x 2 +5 ) x ( √ x2 + x +5 + √ x 2 +5 )
= lim = lim =
x→ 0 x 2 + x +5 − x2 −5 x→ 0 x
= lim ( √ x2 + x +5 + √ x 2 +5 ) = √ 5 + √ 5 = 2 √ 5
x→ 0
3 3
lim
√ x − √2
9. x→ 2 x− 2
Solução:
Efetuando a substituição direta, temos:
3 3
lim
√ x − √2 0
=
x→ 2 x− 2 0 (indeterminado)
Neste caso, podemos efetuar a substituição:
3 3
√ x = t ⇒ x = t3 e √ 2 = a ⇒ 2 = a3
3
E para x→2 ⇒ t → √2 = a
Assim, temos:
3 3
lim
√ x − √2 t−a
= lim 3
x→ 2 x−2 3
t→a t −a
t−a 0
lim =
Efetuando a substituição direta, temos: t→a
3
t −a3 0 (indeterminado), o que já era
esperado, pois só efetuamos uma mudança de variável.
| 1 0 0 −a 3
_________________________________
2
a | 1⏟
a a 0
x2 +ax + a2
Assim,
t−a t−a 1 1 1
lim 3 3
= lim 2 2
= lim 2 2
= 2 2
= 2
t→ a t −a t→ a (t + at + a )(t−a ) t→ a t + at + a a + a.a + a 3a
f (x ) =
3 x2 − 1 , se x > 1
4 − 2x , se x ≤ 1
lim f ( x ) ¿
10. Calcule x→ 1 , se existir, onde ¿ {¿ ¿ ¿
Solução:
Devemos calcular os limites laterais para x 1.
lim f ( x ) = lim (4 − 2 x ) = 2
x → 1− x→ 1
−
( limite lateral à esquerda de 1)
2
lim f ( x ) = lim (3 x −1 ) = 2
+ −
x→ 1 x→ 1 ( limite lateral à direita de 1)
lim f ( x ) = lim f ( x ) = 2
Como, x → 1− x→ 1
+
.
lim f ( x) = 2
Portanto, x→ 1
g( x ) =
3
5 + x , se x < −2
2
| 1 − x | , se x > −2
lim g (x ) ¿
11. Calcule x → −2 , se existir, onde ¿ {¿ ¿ ¿
Solução:
Devemos calcular os limites laterais para x -2.
lim g (x ) = 2
Logo, não existe, x → −2
55
f ( x) =
2
(1 + x ) −1
, se x ≠ 0
x
0 , se x = 0
lim f ( x ) ¿
12. Calcule x→ 0 , se existir, onde ¿ {¿ ¿ ¿
Solução:
lim f ( x )
No cálculo de x→ 0 estamos interessado no comportamento da função ƒ(x) , para
valores de x próximos de 0, mas diferente de 0. Neste caso, nas proximidades de 0, tanto a
2
(1+x ) −1
f (x ) =
direita quanto a esquerda, a função é dada por x .
(1+x)2 −1
lim f ( x ) = lim
Logo, x→ 0 x→ 0 x
Efetuando a substituição direta, temos:
(1+ x )2−1 0
lim =
x→ 0 x 0 ( indeterminado )
lim f ( x ) = 2
Portanto, x→ 0
x 2−2x +1 x 3 − 4 x 2 +7 x − 4
lim 3 lim
7. x → 1 x −3 x +2 8. x →1 x 3 +5 x− 6
56
x 3 − 3 x +2 x 2 −2 x +1
lim 3 2 lim 3
9. x → 1 x +x − 5 x + 3 10. x → 1 x −3 x +2
x 2 +3 x +2 x 2 −5 x +6
lim 2 lim 2
11. x → −1 x +5 x+ 4 12. x → 3 x −8 x+ 15
2 4 3 2
x −3 x +2 x +5 x +9 x +7 x +2
lim lim
13. x → 2 −x +2 14. x → −1 x 2− 2 x − 3
x 3 − 6 x 2 +11x −6 x 3− 3 x −2
lim 3 2
lim 3 2
15. x → 2 x −9 x +26 x − 24 16. x → 1 x −5 x +7 x − 3
2
x +x −6 x−9
lim lim
17. x → −3 x +3 18. x→ 9 √x − 3
x−1 √ x − √2
lim lim
19. x→ 1 √x − 1 20. x→ 2 x−2
x √ x+h − √ x
lim lim
21. x→ 0 √b+ x − √ b 22. h→ 0 h
lim √
3 x+2 − √ x+2
lim √ b 2−4 ac −b
23. x→ 0 x 24. a→ 0 2a
1 − √ 3−x √ x + Δx − √ x
lim lim
25. x→ 2 x 2 −4 26. Δx→ 0 Δx
3 3 3
lim
√x − 2 lim
√ x − √5
27. x→ 8 x−8 28. x→ 5 x−5
5 5 3
lim
√ x − √3 lim
√t − 1
29. x→ 3 x−3 30. t→ 1 t −1
f ( x) =
2
x −2 x + 1 , se x < −1
6 − 2 x2 , se x > −1
lim f ( x ) ¿
32. x→− 1 , sendo ¿{¿¿¿
57
f ( x) =
1 − 2 x2 , se x > 0
3
x + 2 , se x < 0
lim f ( x ) ¿
33. x→ 0 , sendo ¿ {¿ ¿ ¿
f (x) =
2
4− x
, se x ≠ −2
x +2
1 , se x = 2
lim f ( x ) ¿
34. x→−2 , sendo ¿{¿¿¿
3 t 5− t 2 +5 7 x 2 − 2x +4
lim 2
lim
43. t → − ∞ 1 − t− t 44. x →+ ∞ 2 x2 −1
lim
5 x 3− x 2 +x − 2
lim √ x2 +1
45. x →− ∞ 3x 4 −x3 +x−1 46. x →+ ∞ x+1
√ 2 x2 −7
47.
lim
x →− ∞ x+3 48.
lim
x →− ∞ √
3 8 x5 −4 x 3
x 5 +3
3 −y 5
lim lim
49.
y →+∞ √ 4 y +5
2
50. x →2 ( x−2)2
3
1−x −x + x − 2
lim lim
51. x→ −1 x+1 52. x→ 1 x−1
5 1
lim lim
55. x →1− 1−x 56. x →3− ( x−3)2
58
lim f ( x )
57. Sendo x 2+ 1 ≤ f ( x ) ≤ 1 −x 2 , calcule: x→ 0
5.2 CONTINUIDADE
5.2.1 INTRODUÇÃO
5.2.2 DEFINIÇÃO
Uma função ƒ é contínua em um número c, se satisfaz as seguintes condições:
a) ƒ (c) existe
lim f (x)
b) x→c existe
lim f ( x ) = f (c )
c) x→c
Se uma ou mais dessas condições não se verificar, dizemos que ƒ é descontínua, ou tem uma
descontinuidade em c.
Ao utilizarmos esta definição para mostrar que uma função ƒ é contínua em c, basta verificarmos a
lim f ( x ) = f (c )
condição (c) , por que se x→c , então ƒ(c) deve estar definida e também
lim f (x)
x→c deve existir, ou seja as duas primeiras condições estão satisfeitas
automaticamente.
Exemplo 1.
f ( x) =
x 2 −1
, se x ≠ 1
x −1
2 , se x = 1
¿
Verificar se a função ¿ {¿ ¿ ¿ , é contínua em x = 1 .
Solução:
a) f (1) = 2
x 2 −1
lim f (x) = lim x−1 = lim ( x+1 )( x−1)
x−1 = lim ( x+1) = 2
b) x→1 x→1 x→1 x→1
lim f ( x ) = f (1 ) = 2
c) x→1
¿
Verificar se a função ¿ { ¿¿¿ , é contínua em x = 2 .
Solução:
a) f (2) = 2+1 = 3
lim f (x)
Logo, não existe x→2
Exemplo 3.
f ( x) =
x 2 +1 , se x ≤ −1
0 , se x = −1
1− x , se x > −1
¿
Verificar se a função ¿ {¿ {¿ ¿ ¿ , é contínua em x = -1 .
Solução:
a) f (−1) = 0
lim −
f (x) = lim −
( x 2 +1) = (−1)2 +1 = 2
b) x → −1 x → −1
lim f (x) = 2
Logo, x → −1
lim f ( x ) ≠ f⏟
(−1)
⏟
x → −1 0
Como, 2 , então é descontínua em x = -1
Exemplo 4.
61
2
x −x+1
f (x ) =
Verificar se a função x+2 , é contínua em x = -2 .
a) A função não está definida em x = -2, pois este valor anula o denominador.
Logo, a condição a primeira condição da definição de continuidade não se verifica, isto é,
Respostas.
3
1. 8 2. 10 3. 80 4. 27 5. -1
1
6. 5 7. 0 8. ¼ 9. ¾ 10. 0 11. 3
1 1 3
− − −
12. 2 13. -1 14. 0 15. 2 16. 2 17.
62
1
−5 18. 6 19. 2 20. 2 √2 21. 2 √b 22.
1 √2 −c 1
2√x 23. 2 24. b 25. 8 26. 2√x 27.
1 1 1 1
3 5
12 28. 3 √25 29. 5 √ 81 30. 3
31. 2 32. 4
1 7
40. 0 41. +∞ 42. 3 43. +∞ 44. 2
1
−
45. 0 46. +∞ 47. √2 48. 2 49. 2 50.
+∞
não existe lim f ( x ) pois lim f ( x )=−∞ e lim f ( x )=+∞
51. x →−1 x →−1− x→−1
+
63