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0
bP
Geometria Analítica
bI
y x
e Álgebra Linear0
y x
0
bP
bI y
YB B
y x YM
A
M
D
YA C
y 0 XM XB x
YB B
M 0
YM D
A
YA C
0 XM XB x
Geometria Analítica
e Álgebra Linear
SUMÁRIO
Apresentação........................................... 5 Geometria Analítica (Parte 1)................... 69
FACULDADE DE CIÊNCIAS
EMPRESARIAIS (FACE)
Diretor-Geral
Prof. Ricardo José Vaz Tolentino
Diretor de Ensino
Prof. Marco Túlio de Freitas
FACULDADE DE ENGENHARIA
E ARQUITETURA (FEA)
Diretor-Geral
Prof. Luiz de Lacerda Júnior
Diretor de Ensino
Prof. Lúcio Flávio Nunes Moreira
BELO HORIZONTE
2015
APRESENTAÇÃO
A Geometria surgiu na Grécia Antiga há aproximadamente 2600 anos, como Ciência
Dedutiva, mas apesar do brilhantismo faltava operacionalidade à geometria grega. E isto
só iria ser conseguido mediante a Álgebra como princípio unificador. Os gregos, porém,
não eram muito bons em álgebra. Mais do que isso, somente no século XVII a álgebra
estaria razoavelmente aparelhada para uma fusão criativa com a geometria. Dois grandes
filósofos franceses da época, Pierre de Fermat (1601-1665) e René Descartes (1596-
1650), curiosamente ambos graduados em Direito, nenhum deles matemático profissio-
nal, são os responsáveis por esse grande avanço científico: o primeiro movido basicamen-
te por seu grande amor, a matemática e o segundo por razões filosóficas.
HISTÓRIA
A numeração escrita nasceu, nas épocas mais primitivas, do desejo de manter registros
de gado ou outros bens, com marcas ou traços em paus, pedras, etc., aplicando o prin-
cípio da correspondência biunívoca. Os sistemas de escrita numérica mais antigos que
se conhecem são os dos egípcios e dos babilônios, que datam aproximadamente do ano
3500 a.C..
13.015 =
Usavam um traço vertical para representar as unidades e outro desenho para as dezenas:
=1 =1
25 = 2(10) + 5 =
= 123
1 3 10 13 20 23 100 1000
Egípcios
Sumérios
2(60) + 3 = 123
Como este símbolo não era de uso frequente, e ainda, nunca foi usado no fim de uma
expressão, o sistema babilônio apresentava ambiguidades.
Por exemplo,
A base de numeração 10 é o sistema usado quase que universalmente pelo fato de termos
dez dedos disponíveis nas mãos para nos auxiliar nos cálculos.
O sistema de numeração indo-arábico tem esse nome devido aos hindus que o inventa-
ram, e devido aos árabes, que o transmitiram para a Europa Ocidental.
Na Índia encontramos colunas de pedras datadas no ano 250 a.C., com símbolos numé-
ricos que seriam os precursores do nosso sistema de numeração, mas nesses não encon-
tramos nem o zero (sinal para marcar ausência de unidade ou “o espaço vazio” de uma
unidade faltante) e nem a notação posicional. Porém, a ideia de valor posicional e zero
devem ter sido introduzida na Índia antes do ano 800 a.C., pois o matemático persa
Al-Khowârizmî descreveu de maneira completa o sistema hindu num livro datado no ano
825 d.C..
Um primeiro divulgador de seu uso foi Gerbert (c. 950 - 1003). Nascido em Auvugne,
França, foi um dos primeiros cristãos a estudar nas escolas muçulmanas da Espanha,
e ao retornar de seus estudos, tentou introduzir na Europa cristã os numerais indo-
-arábicos (sem o zero). Á ele, atribui-se a construção de ábacos, globos terrestres e
celestes e um relógio.
Ele subiu na hierarquia da Igreja, tornando-se papa com o nome de Silvestre II no ano 999.
Foi considerado um erudito profundo, escreveu sobre astrologia, aritmética e geometria.
No século XVI, Leonardo de Pisa defendeu e utilizou a notação indo arábica em seus
trabalhos, colaborando para a introdução desses numerais na Europa.
Muitos dos campos nos quais os cálculos numéricos são importantes, como a astrono-
mia, a navegação, o comércio, a engenharia e a guerra, fizeram com que esses numerais
fossem utilizados para tornar os cálculos rápidos e precisos.
Por exemplo, para representar o número de dias do ano civil 365 dias na base 10, o nosso
primeiro passo consiste em fatorar grupos de dez dias, obtendo o diagrama abaixo, onde
=
=
=
=
=
=
Obtemos assim três grupos de cem dias cada, seis grupos de dez dias cada e cinco dias.
Podemos, então, representar o número de dias do ano por 365, onde o algarismo 5 repre-
senta o número de dias que sobraram quando da divisão em grupos de dez; o algarismo
6 representa o número de grupos de dez dias e o algarismo 3 o número de grupos de dez
grupos de dez dias. Em outras palavras, como o algarismo 6 está deslocado uma casa à
esquerda na sequência 365, seu valor é de 6 vezes 10 e como o algarismo 3 está desloca-
do duas casas a esquerda, seu valor é de 3 vezes 10 vezes 10. Isto significa que:
365 = 3 × 10 × 10 + 6 × 101 + 5 × 100
365 = 3 × 102 + 6 × 101 + 5 × 100
Generalizando, se o número de elementos de um conjunto é representado por uma sequ-
ência an,an-1 , ... ,a1 ,a0, este conjunto tem a0 elementos mais a1 grupos de dez, mais a2
grupos de 102, e assim sucessivamente, ou seja, ele tem:
a0 × 100 + a1 × 101 + a2 × 102 + ... + an × 10n elementos .
O que fizemos com grupos de dez poderíamos ter feito com outros grupos. Por exemplo,
se estivéssemos contando com os dedos da mão, o natural seria usar grupos de cinco,
isto é, base 5.
Assim os grupos completos de unidades passam a ocupar uma nova ordem superior
conforme vemos abaixo:
Assim para a base 5 consideramos cinco símbolos, um para cada número de um a quatro
e outro para indicar posições vazias, usaremos os símbolos 0 , 1 , 2 ,3 e 4 como os
algarismos desse sistema.
Para representar o número 7 na base 2 devemos, de maneira análoga aquela utilizada para
base 5, formar grupos de dois.
7=1+1+1+1+1+1+1
7 =(1+1) +(1+1)+(1+1) +1
Quantidade de elementos
SOBROU SÓ “1” A CADA “2” VAI “1” A CADA “2” VAI “1”
II
I
I II
I
II
I
I I I
Assim temos:
7 = 3x2 + 1
7 = (1x2 + 1) x 2 + 1
7 = 1x2x2 + 1x2 + 1
7 = 1 x 22 + 1x21 + 1x20
Na verdade não é difícil demonstrar que podemos ter sistemas de numerações posicio-
nais com qualquer base b > 1. Depois de escolhida a base b, devemos adotar b símbolos
básicos para representar os números de 0 à (b -1); tais símbolos são chamados de alga-
rismos do sistema. Se b ≤ 10, podemos utilizar os nossos algarismos hindu-arábicos; se
b > 10, podemos utilizar os nossos algarismos hindu–arábicos de 0 até 9 e escrever outros
símbolos (geralmente usamos letras) para representar os números 10, 11, 12, ... , (b-1).
Cada um dos símbolos ai, i ≥ 1 (an, an-1, . . ., a2, a1, a0), representa, portanto, um múltiplo
de alguma potência da base b, a potência dependendo da posição na qual o algarismo
aparece, de modo que ao mover um símbolo uma casa para a esquerda este tem seu
valor multiplicado por b.
No sistema decimal cada algarismo tem um valor posicional, ou seja, cada algarismo tem
um peso de acordo com a sua posição na representação do valor (unidades, dezenas e
centenas das classes).
Sistema Binário
O sistema binário é o sistema mais utilizado por máquinas, uma vez que os sistemas digi-
tais trabalham internamente com dois estados (ligado/desligado, verdadeiro/falso, aberto/
fechado). O sistema binário utiliza os símbolos: 0, 1, sendo cada símbolo designado por
bit (binary digit).
DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
8 1000
9 1001
10 1010
... ...
Sistema Octal
O sistema octal é um sistema de numeração de base 8, ou seja, recorre a 8 símbolos
(0,1,2,3,4,5,6,7) para a representação de um determinado valor. O sistema octal foi muito
utilizado no mundo da computação, como uma alternativa mais compacta do sistema
binário, na programação em linguagem de máquina.
Para representarmos quantidades igual ou superior a oito agimos de maneira análoga aos
números binários, combinando ordenadamente os oito símbolos entre si.
DECIMAL OCTAL
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 10
9 11
10 12
... ...
17 21
18 22
19 23
20 24
... ...
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F
Nesse sistema de numeração as letras de “A” até “F” são usados para obter os números:
1010= A
1110= B
1210= C
1310= D
1410= E
1510= F
A letra A representa o algarismo A que por sua vez representa a quantidade dez. A letra B
representa o algarismo B que representa a quantidade onze, e assim sucessivamente até
a letra F que representa a quantidade quinze.
Pode parecer pouca a diferença para os números decimais, porem esses 6 dígitos a mais
fazem muita diferença. Por exemplo, com dois dígitos, em decimal, é possível fazer 100
combinações diferentes. Em hexadecimal, esse número sobe para 256.
DECIMAL HEXADECIMAL
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 A
11 B
12 C
13 D
14 E
15 F
16 10
17 11
18 12
... ...
26 1A
27 1B
... ...
SAIBA MAIS
Em 1510, o índice do número significa a base do sistema em que estamos trabalhando, neste
exemplo a base é 10. O único sistema universal que não se usa índice para a representação da
base é o sistema decimal, os demais são necessários a indicação da base utilizada.
Ex: O número 110112 está escrito na base binária.
Conversões de sistemas
Nos sistemas digitais/computação é frequente recorrer-se a diferentes sistemas de nume-
ração para proceder à representação da informação digital. Quando utilizamos sistemas
diferentes entre si, para operacionalizar precisamos trabalhar na mesma base, assim preci-
samos fazer a conversão para uma única base, e para tal existem regras.
27 2 teremos: 2 × 13 + 1 = 27
07 13 que poderemos escrever: 13 × 21 + 1 × 20 = 27
1
1º resto
13 2 teremos: (2 × 6 + 1) × 21 + 1 × 20 = 27
1 6 podendo ser escrito na forma: 6 × 22 + 1 × 21 + 1 × 20 = 27
2º resto
6 2 teremos: (2 × 3 + 0) × 22 + 1 × 21 + 1 × 20 = 27
0 3 podendo ser escrito na forma: 3 × 22 + 0 × 22 + 1 × 21 + 1 × 20 = 27
3º resto
3 2
1 1 último quociente
4º resto
27 = 1 × 24 + 1 × 23 + 0 × 22 + 1 × 21 + 1 × 20
24 23 22 21 20
1 1 0 1 1
Que pode ser observado pelo método prático das divisões sucessivas.
27 2
1 13 2
1 6 2
0 3 2
1 1 último quociente (menor que o módulo)
O último quociente será o algarismo mais significativo (maior potência), fica colocado á
esquerda: os outros algarismos seguem-se na ordem: último resto, penúltimo resto, ante-
penúltimo resto, ..., até o 1º resto.
19 2
1 9 2
1 4 2
0 2 2
0 1
Portanto temos:
19 = 100112
24 23 22 21 20
1 0 0 1 1
19 = 1 × 24 + 0 × 23 + 0 × 22 + 1 × 21 + 1 × 20
95 8
7 11 8
3 1 último quociente
∴ 9510 = 1378
82 81 80
1 3 7
95 = 1 × 82 + 3 × 81 + 7× 80
1002 16
10 11 16
14 3 último quociente
∴ 1002 10 = 3EA16
Na forma polinomial tem-se:
28459 16
11 1778 16
2 111 16
15 6
Podemos mostrar que o número 101 na base 2 (sistema binário), é igual ao número 5 na
base 10 (sistema decimal).
Vejamos:
22 21 20
1 0 1
1012 = 1 × 22 + 0 × 21 + 1 × 20
1012 = 1 × 4 + 0 × 2 + 1 × 1
1012 = 4 + 0 + 1
1012 = 5
∴ 1012 = 5
24 23 22 21 20
1 0 1 0 1
101012 =1 × 24 + 0 × 23 + 1 × 22 + 0 × 21 + 1 × 20
101012 =1 × 16 + 0 × 8 + 1 × 4 + 0 × 2+ 1 × 1
101012 = 16 + 0 + 4 + 0 + 1
101012 = 21
∴ 101012 = 2110
25 24 23 22 21 20
1 0 0 0 1 1
32 16 8 4 2 1
1 0 0 0 1 1
1000112 = 32 + 2 + 1
1000112 = 35
∴ 1000112 = 35
132 8 = 1 × 82 + 3 × 81 + 2 × 20
132 8 = 1 × 64 + 3 × 8 + 2 × 1
132 8 = 90
∴ 132 8 = 90
83 82 81 80
7 4 5 6
161 160
4 E
8 = 23
Assim utilizamos três bases 2 para se obter um octal, ou seja, agrupamos de três em três
binários para obter um octal.
Faremos então a conversão desses grupos de algarismos para o sistema decimal (ver
tabela). Notemos que o maior número que se pode formar com três algarismos binários
é o número sete (7).
∴ 11001 2 = 31 8
111
111
111
111
100
100
7 77 76 6
∴ 1111111102 = 776 8
0010
0011
1100
2 3 C
∴ 10001111002 = 23C16
1110
0001
1011
1000
E 1 B 8
7 2
111 010
∴ 728=1110102
3 5 7 0 6
011 101 111 000 110
F 1 3
1111 0001 0011
∴ F1316=1111000100112
7 3 4 1
111 011 100 001
1 0 0 6 4
001 000 000 110 100
001000000110100
∴ 100648= 103416
8 A 0 1 F
1000 1010 0000 0001 1111
E depois esse binário em octal (agrupamento de 3 em 3).
∴ 8A01F16= 21200378
Operações envolvendo
os sistemas de numeração
Quando operamos no mesmo sistema de numeração basta seguir a regra prática da opera-
ção como foi visto no sistema decimal desde o início de nosso aprendizado, fazemos os
agrupamentos de bases. Mas como faremos com outros sistemas? Faremos as operações
de forma análoga, lembrando que só poderemos trabalhar com os dígitos que compõem
o correspondente sistema em questão.
12 + 12 = (?)2
1
1 1 A cada conjunto de dois algarismos “1” do
sistema binário formaremos uma ordem superior
∴ 12 + 12 = 102
Exemplo 2:
12 + 12 + 12 = (?)2
1
1 1 A cada conjunto de dois algarismos “1” do
sistema binário formaremos uma ordem superior
∴ 12 + 12 + 12 = 112
Exemplo 3:
110011
10010+
120021
Mas não existe o símbolo “2” no sistema binário. A quantidade 2 é representada pelo
número 10, ou seja, dois dígitos (dois algarismos), aí vai “1”, e assim sucessivamente.
11 1
110011
010010+
1000101
Exemplo 4:
1
1 5A 1 + 5 + 7 = 13 que representamos pelo
0 7B+ algarismo "D"
D5
1
1 5A
1+0=1
0 7B+
1D5
Exemplo 5:
1
54 4 + 7 = 11 tirando uma classe completa
37 restam 3 (11 – 8 = 3) e "vai um"
3
11
54 1 + 5 + 3 = 9 tirando uma classe comple-
37 ta resta 1 (9 – 8 = 1) e "vai um"
13
1 1
0 54
1+0+0=1
0 37
1 13
Exemplo 6:
100112 × 7 = (?) 8
Inicialmente vamos transformar o decimal 7 em binário, depois multiplicar, e o resultado
obtido passar para a base octal agrupando os binários encontrados de três em três.
100 1 1
1 1 1×
100 1 1
1001 1 0
+ 10011 0 0
100001 0 1
Exemplo 7:
5 7 1 e 3 C
101 111 001 0011 1100
101111001
00111100 1 – 0 = 1 e 0 – 0 = 0 mas 0 – 1 = ?
01
1 1 1
0 0 0 0 1 1 – 1 = 0 e voltamos a 1 – 0, emprésti-
101 1 1 1 001 mo da casa anterior.
000 1 1 1 100 E assim sucesivamente.
100 0 0 0 001
SUBTRAÇÃO
Outro processo de efetuar a subtração numa certa base é por meio do “Complemento da
base “b-1”
Mas como isso acontece?
Vamos aprender o processo do Complemento de base 1 ( maior algarismo do sistema
binário).
Numa subtração temos x – y = z onde os termos são:
x: minuendo
y: subtraendo
z: é a diferença
Procedimentos:
1º Completamos com zeros à esquerda do número (minueno ou subtraendo) que possuir
o menor número de casas (dígitos);
2º Para o subtraendo vamos trocar todos os algarismos pelos seus complementos: zero
vira 1 e 1 vira zero..
3º Adicionamos o subtraendo ao novo número encontrado (complemento do subtraendo).
4º Se o minuendo for maior que o subtraendo, significa que a diferença é positiva. Nesse
caso, se o número obtido pela soma anterior terá o 1º dígito da esquerda igual a “1”
(positivo), portanto ele sai da poisição em que se encontra (1º da esquerda) e será
adicionado ao último algarismo da direita do número encontrado. Esse novo resultado
será o resultado final da diferença proposta.
Resolução:
Vamos seguir os procedimentos anteriores
1º Completar com zeros o menor dos números.
111011
010101
111011
101010
4º O primeiro dígito da esquerda é “1” ele sai da posição em que se encontra (esquerda)
e vai ser adicionado ao último algarismo da direira do número encontrado.
11 1 1
1 11011
1 01010+
11 00101
1
100110
5º) Se o minueno for menor que o subtraendo, significa que a diferença é negativa.
Nesse caso, após o 3º procedimento, teremos o resultado encontrado terá como primeiro
dígito à esquerda igual a zero (negativo), ainda teremos que trocar cada dígito desse novo
número pelo seu complemento de 1, ou seja zero vira 1 e 1 vira zero.
010101
110011
010101
001100
1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 02
Dessa forma você pode operar em qualquer sistema bastando para isso você utilizar uma
base padrão.
A seguir apresentaremos a Tabela de Conversões dos Sistemas, para que você possa
exercitar ou convertendo ou operando os números de qualquer sistema.
a. 1A3ED16 = ( _____________ ) 8
c. 110110= ( _____________ ) 8
d. B0DE16= ( _____________ ) 2
f. 92CD16 = ( _____________ ) 2
g. 16428 = ( _____________ ) 2
h. 47028 = ( _____________ ) 10
3. Calcule:
a. 11000110002 – 1100112 = ( ? )2
b. 11011012 – 1110111002 = ( ? )2
1.
a. 3217558
b. 72F16
c. 3270368
d. 10110000110111102
e. 802.741
f. 10010010110011012
g. 11101000102
h. 2.498
2.
a. 9 dígitos
b. 4 dígitos
c. 4 dígitos
3.
a. 132248
b. F816
c. 1206748
e. 1455108
f. 7816
4.
a. 10111001012
b. 111011112
História
Alguns autores definem lógica como sendo a “Ciência das leis do pensamento”, e neste
caso existem divergências com essa definição, pois o pensamento é matéria estudada
na Psicologia, que é uma ciência distinta da lógica (ciência). Segundo Irving Copi, uma
definição mais adequada é: “A lógica é uma ciência do raciocínio”, pois a sua ideia está
ligada ao processo de raciocínio correto e incorreto que dependem dos estruturados argu-
mentos envolvidos nele. Assim a lógica estuda as formas ou estruturas do pensamento,
isto é, seu propósito é estudar e estabelecer propriedades das relações formais entre as
proposições.
A Lógica tem, por objeto de estudo, as leis gerais do pensamento, e as formas de aplicar
essas leis corretamente na investigação da verdade. Considerada como ciência do racio-
cínio e da demonstração, começou a desenvolver-se com Aristóteles (384-322 a.C) e
os antigos filósofos gregos passaram a usar em suas discussões sentenças enunciadas
nas formas afirmativas e negativa, resultando assim grande simplificação e clareza, com
efeito de grande valia em toda a Matemática. Aristóteles se preocupava com as formas
de raciocínio que, a partir de conhecimentos considerados verdadeiros, permitiam obter
novos conhecimentos. A partir dos conhecimentos tidos como verdadeiros, caberia à
Lógica a formulação de leis gerais de encadeamentos lógicos que levariam à descoberta
de novas verdades. Essa forma de encadeamento é chamada, em Lógica, de argumento.
O objetivo de um argumento é justificar uma afirmação que se faz, ou dar as razões para
uma certa conclusão obtida.
Por volta de 1666, Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) usou em vários trabalhos o que
se chamou calculus ratiotinator, ou logica mathematica ou logística. estas ideias nunca
foram teorizadas por Leibniz, porém seus escritos trazem a idéia da Lógica Matemática.
Sistemas dicotômicos
O mundo em que vivemos apresenta situações com dois estados apenas, que mutuamen-
te se excluem, como veremos, na tabela a seguir, alguns exemplos:
1 0
Sim Não
Dia Noite
Preto Branco
Ligado Desligado
Há situações como morno e tépido, diferentes tonalidades de vermelho, e outros que não
se apresentam como estritamente dicotômicas, ou seja, com dois estados excludentes
bem definidos.
Tipos de linguagens
Linguagem é o uso da palavra como meio de expressão e de comunicação entre pessoas.
É a forma de expressão pela linguagem própria do indivíduo.
Com base nesses princípios as proposições simples são ou verdadeiras ou falsas, sendo
mutuamente exclusivos os dois casos, por isso, a Lógica Clássica é Bivalente.
Na lógica simbólica e lógica matemática, demonstrações feitas por humanos podem ser
auxiliadas por computador. Usando demonstração automática de teoremas os computa-
dores podem achar e verificar demonstrações, assim como trabalhar com demonstrações
muito extensas.
DEFINIÇÃO
É uma frase afirmativa (jamais exclamativa, imperativa ou interrogativa) que assume um
e apenas um valor-verdade: ou é verdadeira ou é falsa;
É toda oração declarativa que pode ser classificada em verdadeira ou falsa.
Portanto de acordo com as considerações acima as expressões do tipo:
“O dia está lindo! ”
“ Que dia é hoje ?”
“ 2+6 =x ”
“ x é um número real ”
"Vá estudar"
não são proposições lógicas, uma vez que não poderemos associar a ela um valor lógico
definido (verdadeiro ou falso) ou por serem interrogativas, imperativas ou exclamativas.
CLASSIFICAÇÃO
1) PROPOSIÇÃO SIMPLES
ou maiúsculas: A, B, C, ... .
2) PROPOSIÇÃO COMPOSTA
Conhecida pelo operador lógico, é formada através de junção de duas ou mais proposições ou
da transformação de uma proposição simples por um conectivo (ou operador lógico).
Chamam-se conectivos lógicos ou operadores lógicos palavras ou expressões que se
usam para formar novas proposições, a partir de proposições dadas. Veja algumas propo-
sições compostas formadas por diferentes conectivos (grifados):
P: O número 4 é quadrado perfeito e o número 3 é ímpar.
1) Monádicos:
É o operador que gera uma sentença a partir de uma proposição dada por uma partícula
de Negação.
Exemplo:
não A
2) Diádicos:
São operadores que geram novas proposições a partir de pelo menos duas (2) proposições
dadas, denominadas proposições compostas ou moleculares. Os operadores diádicos são:
Conjunção, Alternação, Discordância, Condicional e Bicondicional.
a) Conjunção:
Formada de duas proposições ligadas pelo conjuntor “e” (ou termo semelhante).
Exemplo:
Ana é bonita: B
A e B
b) Alternação:
Exemplo:
Ana é bonita: B
A ou B
Exemplo:
Ana é bonita: B
ou A ou B
d) Condicional:
Exemplo:
Ana é bonita: B
Se A, então B
e) Bicondicional:
Exemplo:
Ana é bonita: B
A se, e somente se B
pede-se:
• Construir o esquema Abreviador (letras sentenciais = Átomos)
• Simbolizá-las
• Classificá-las em Simples ou Compostas (tipo).
Resolução:
Esquema Abreviador (átomos):
A: O meu gato é amarelo.
B: Alguns gatos são amarelos.
C: Os gatos são pretos.
D: O gato de Maria é branco.
E: Os gatos são brancos.
F: O meu gato é azul.
2. Simples: B
3. Simples: C
5. Simples: D
Proposições verdadeiras (valor lógico 1) ou falsas (valor lógico 0), estão associadas à
analogia de que zero(0) significa um circuito elétrico desligado e um(1) significa um circui-
to elétrico ligado, que nos lembra alguma coisa vinculada aos computadores, ou seja, a
base lógica da arquitetura dos computadores.
F P P
P F 0
V V 1
Para as proposições compostas, veremos que o número das componentes simples deter-
mina o número de linhas das tabelas-verdade.
0
LINHAS P Q
1a 0 0 0 Q
P 1
2a 0 1 0
1
3a 1 0
Q
1
4a 1 1
0
0
LINHAS P Q R
1ª 0 0 0 0 R
1
2ª 0 0 1 Q 0
1 1
3ª 0 1 0 R
P 1
4ª 0 1 1 0
5ª 1 0 0 0 0 R
6ª 1 0 1 1
Q 0
7ª 1 1 0 1
R
8ª 1 1 1
1
Sendo assim, cada proposição simples “ P “ tem dois valores: 1 ou 0, que se excluem. Daí,
para “n” proposições atômicas distintas P1 , P2 , P3 , ... , Pn há tantas possibilidades quantos
são os arranjos com repetição de 2 elementos (0 e 1), n a n , isto é, A2,n= 2n. Segue-se que
o número de linhas da tabela-verdade é
2n
onde n é o número de átomos distintos que a compõe.
Portanto, para a construção prática da tabela de uma proposição composta basta verifi-
carmos o número de átomos que a compõe e daí combinarmos alternadamente os valores
verdade 0 e 1, sendo que o primeiro átomo levará o maior número possível de valores 0 e
1 seguidamente (metade da tabela será composta com número 0 e a outra metade será
completada com número 1) e assim sucessivamente. A convenção que adotaremos inicia-
rá por falso e depois por verdadeiro.
Assim, para a proposição composta com dois átomos distintos teremos 22 = 4 linhas; para
3 átomos distintos teremos 23 = 8 linhas, e assim sucessivamente, como foi visto acima.
Além disso, para determinar o valor-verdade da proposição composta precisa-se saber o
valor-verdade de cada operador (conectivo) que a compõe, e isso será dado pelas defini-
ções de cada operador lógico.
a. NEGAÇÃO
~ (lê-se “ não”)
~ P inverte o valor-verdade da proposição P
Exemplificamos a seguir algumas proposições, onde escreveremos ao lado de cada uma
delas, seu valor lógico V ou F, podendo ser também 1 ou 0.
Exemplo 1:
P : 2 > 0 (V)
~ P : 2 > 0 (F)
Exemplo 2:
P : 3 é o divisor de 5 (F)
~ P : 3 não é o divisor de 5 (V)
b. CONJUNÇÃO
∧ (lê-se “e”)
P ∧ Q só e verdadeiro quando as proposições P e Q são ambas verdadeiras.
Exemplificamos a seguir algumas proposições, onde escreveremos ao lado de cada uma
delas, seu valor lógico V ou F, podendo ser também 1 ou 0.
Exemplo 1:
P : 2 > 0 (V)
Q : 2 ≠ 1 (V)
P ∧ Q : 2>0 e 2 ≠ 1 (V)
Exemplo 2:
P : 3/5 (3 é o divisor de 5) (F)
Q : 4/5 (F)
P ∧ Q : 3/5 e 4/5 (F)
Exemplo 3:
P : A Lua é quadrada (F)
Q : A neve é branca (V)
P ∧ Q : A Lua é quadrada e a neve é branca.(F)
P ∧ Q
0 0 0
0 0 1
1 0 0
1 1 1
Exemplo 1:
P : 10 é nº primo.(F)
Q : 10 é nº composto. (V)
P ∨ Q : 10 é nº primo ou é nº composto (V)
Exemplo 2:
P : 34 < 26 (F)
Q : 22 < (-3)5 (V)
P ∨ Q : 34 < 26 ou 22 < (-3)5 (V)
Exemplo 3:
P : A lua é quadrada (F)
Q : A neve é branca. (V)
P ∨ Q : A lua é quadrada ou a neve é branca. (V)
P v Q
0 0 0
0 1 1
1 1 0
1 1 1
d. DISJUNÇÂO EXCLUSIVA
w (lê-se: ou excludente)
P w Q - só será falsa se ambas, P e Q, receberem o mesmo valor lógico
Exemplo:
P : O número 2 é ímpar. (F)
Q : π é um número racional. (F)
P w Q : Ou 2 é ímpar ou π é número racional. (F)
A TABELA-VERDADE: P w Q
P w Q
0 0 0
0 1 1
1 1 0
1 0 1
Exemplo:
P: “a soma dos ângulos internos de um polígono de n lados é dada por S1= 180(n-2) “ (V)
Q: “O Sol é um planeta” (F)
P → Q : Se a soma dos ângulos internos de um polígono de n lados é dada por Si=180(n-2),
então o Sol é um planeta. (F)
Q → p : Se O Sol é um planeta, então a soma dos ângulos internos de um polígono de n
lados é dada por S i = 180 (n- 2).(V)
Podemos verificar que na proposição composta abaixo é logicamente verdadeira não
obstante ao aspecto quase absurdo do contexto da frase.
“Se o Sol é um planeta, então a soma dos ângulos internos de um polígono de n lados é
dada por Si=180(n-2)” (V)
A TABELA VERDADE: P → Q
P → Q
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 1 1
f. BICONDICIONAL
↔ (lê-se “... se e somente se ...”).
P ↔ Q só será verdadeira se P e Q forem ambas verdadeiras ou ambas falsas.
Exemplo 1:
P : 2 | 14 (2 é divisor de 14) (V)
Q : 2 . 5 | 14 . 5 (V)
P ↔ Q : 2 | 14 se e somente se 2 . 5 | 14 . 5 (V)
Exemplo 2:
P : O Sol é um planeta. (F)
Q : Tiradentes morreu afogado (F)
P ↔ Q : O Sol é um planeta se, e somente se Tiradentes morreu afogado. (V)
A TABELA VERDADE: P ↔ Q
P ↔ Q
0 1 0
0 0 1
1 0 0
1 1 1
Resolução:
Como a proposição é formada por dois átomos distintos P e Q,dos quais não conhecemos
seus valores verdade, então pesaremos em todas as suas possibilidades de V ou F, ou
seja, teremos 4 linhas. A proposição negada começará com o valor-verdade 1.
Assim a tabela-verdade será:
Resposta
~ (P ∧ ~ Q)
1 0 0 1
1 0 0 0
0 1 1 1
1 1 0 0
Resolução:
Essa proposição é formada por 3 átomos distintos portanto são 8 possibilidades, ou seja,
a tabela-verdade é formada por 8 linhas.
As combinações dos valores verdade seguirá a ordem das letras do alfabeto, portanto P
ganhará o maior número sucessivo de combinações falsas e depois verdadeiras (de quatro
em quatro), Q será a segunda (de duas em duas), e finalmente R será a última cujos
valores aparecem alternadamente falso e verdadeiro (de uma em uma), lembrando que a
negação inverte essa combinação.
Notamos que o operador mais forte (último a ser resolvido) é a Disjunção Não Excludente
ou Inclusiva (v)
A Tabela-verdade ficará assim:
Q v (P → R)
0 1 0 1 0
0 1 0 1 1
1 1 0 1 0
1 1 0 1 1
0 0 1 0 0
0 1 1 1 1
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1
Resposta
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1) 47
Exemplo 3: Construir a tabela-verdade da proposição (A v ~ C) w (B → ~A)
Resolução:
Essa proposição é formada por 3 átomos distintos (A,B e C) portanto são 8 possibilidades,
ou seja, a tabela-verdade é formada por 8 linhas.
As combinações dos valores verdade seguirão a ordem das letras do alfabeto, portanto A
ganhará o maior número sucessivo de combinações falsas e depois verdadeiras (de quatro
em quatro), B será a segunda (de duas em duas), e finalmente C será a última cujos valo-
res aparecem alternadamente falso e verdadeiro (de uma em uma).
Notamos que o operador mais forte (último a ser resolvido) é a Disjunção Excludente (w).
(A v ~ C) w (B → ~A)
0 1 1 0 0 1 1
0 0 0 1 0 1 1
0 1 1 0 1 1 1
0 0 0 1 1 1 1
1 1 1 0 0 1 0
1 1 0 0 0 1 0
1 1 1 1 1 0 0
1 1 0 1 1 0 0
Resposta
2º) Conjunção e Disjunção Não Excludente: possuem a mesma força, e nesse caso a
hierarquia de resolução é da esquerda para a direita;
4º) Condicional;
48 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1)
Exemplo: Construir a Tabela-verdade da seguinte proposição:
A v ~ C w B→ ~A ∧ C
[ (A v ~ C) w B] → (~ A ∧ C)
0 1 1 1 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 1 1 1 1
0 1 1 0 1 1 1 0 0
0 0 0 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 0 0 0 0 0
1 1 0 1 0 0 0 0 1
1 1 1 0 1 1 0 0 0
1 1 0 0 1 1 0 0 1
Resposta final
(operador principal)
b. C ↔ ~ A w B → ¬ A ∧ C
c. M → ¬ N ∨ ¬ M ∧ N → M
Respostas:
1a. B → ¬ A ∨¬ B↔ ¬ A
[B → (~A v ~B) ] ↔ ~A
0 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 0 1 1
0 1 0 1 1 0 0
1 0 0 0 0 1 0
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1) 49
1b. C ↔ ~ A w B → ¬ A ∧ C
C ↔ [ (~A w B) ] → (~ A ∧ C) ]
0 1 1 1 0 0 1 0 0
1 1 1 1 0 1 1 1 1
0 0 1 0 1 1 1 0 0
1 1 1 0 1 1 1 1 1
0 0 0 0 0 1 0 0 0
1 1 0 0 0 1 0 0 1
0 1 0 1 1 0 0 0 0
1 0 0 1 1 0 0 0 1
1c. M → ¬ N ∨ ¬ M ∧ N → M
M → {[ (~N v ~M) ∧ N] → M}
0 1 1 1 1 0 0 1 0
0 1 0 1 1 1 1 0 0
1 1 1 1 0 0 0 1 1
1 1 0 0 0 0 1 1 1
50 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1)
APLICAÇÃO DE TABELA –VERDADE
A lógica proposicional estuda como raciocinar com afirmações que podem ser verdadei-
ras ou falsas, ou ainda como construir a partir de certo conjunto de hipóteses (proposi-
ções verdadeiras num determinado contexto) uma demonstração de que uma determina-
da conclusão é verdadeira no mesmo contexto. Assim, são fundamentais as noções de
proposição, verdade, dedução e demonstração.
A lógica proposicional clássica é um dos exemplos mais simples de lógica formal. Esta
lógica leva em conta, somente, os valores-verdade verdadeiro e falso e a forma das propo-
sições. O estudo detalhado dessa lógica é importante porque ela contém quase todos os
conceitos importantes necessários para o estudo de lógicas mais complexas.
Assim vejamos algumas aplicações envolvendo o cálculo proposicional e as tabelas-verdade.
Exemplo 1:
Mamãe fez um bolo de chocolate e deixou-o sobre a mesa para que ele esfriasse, e saiu
para comprar um refrigerante. Ao voltar encontrou na cozinha seus três filhos: Ana, Bruno
e Clara.
Imediatamente percebeu que o bolo havia desaparecido e que as três crianças estavam
envolvidas. Desejando saber quem comeu o bolo e quem diria a verdade, indagou cada
uma delas e obteve os seguintes depoimentos:
• Ana: Eu não comi o bolo, mas pelo menos um dos outros comeu.
• Bruno: Se eu comi, Ana também comeu.
• Clara: Eu não comi mas Bruno comeu.
Com base nessas informações podemos deduzir que o caso envolve fatos (ações) e depoi-
mentos (das pessoas envolvidas no fato).
0 : Mentiu
DEPOIMENTOS
1: Falou a Verdade
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1) 51
ÁTOMOS (PROPOSIÇÕES- PESSOAS E FATOS): A , B E C
Como são três átomos, as nossas tabelas-verdade terão 8 linhas cada ( 23 = 8), a saber:
DEPOIMENTOS
FATOS
ANA BRUNO CLARA
A B C ~A ∧ (B v C) B → A ~C ∧ B
0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0
0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0
0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1
0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0
1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0
1 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1
1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
E assim podemos tirar várias conclusões a partir das tabelas, veja a seguir.
DEPOIMENTOS
FATOS
ANA BRUNO CLARA
1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
DEPOIMENTOS
FATOS
ANA BRUNO CLARA
0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0
52 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1)
5. Se apenas Bruno disse a verdade, quem comeu o bolo?
Na 6ª linha da Tabela de Depoimentos quando apenas Bruno disse a verdade (1),
tiramos na mesma linha na Tabela de Fatos que Ana e Clara comeram o bolo ( 1 ).
DEPOIMENTOS
FATOS
ANA BRUNO CLARA
1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0
Carlos: Eu não gostei do jogo, mas pelo menos um dos outros gostou.
Resolução:
1º) FATOS:
DEPOIMENTOS:
• Armando: B ∧ ~A
• Bruno: ~A → C
• Carlos: ~C ∧ ( A v B )
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1) 53
2º) Construção das Tabelas Verdade: FATOS e DEPOIMENTOS
Como são três átomos, as nossas tabelas-verdade terão 8 linhas cada (23 = 8), a saber:
DEPOIMENTOS
FATOS
ARMANDO BRUNO CARLOS
A B C B ∧ ~A ~A → C ~C ∧ (A v B)
0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0
0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1
0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1
1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0
1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 0
1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1
1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
3º) Na 7ª linha só Carlos não gostou do jogo ( 0 ), então quem mentiu foi o Armando ( 0).
4º) Na 4ª linha, se apenas Carlos mentiu ( 0 ), então Armando não gostou do jogo (0).
Tautologia
Se uma proposição composta encerra apenas o valor lógico 1 (verdadeira) na coluna prin-
cipal de sua tabela-verdade, independente dos valores lógicos das outras, então dizemos
que é uma TAUTOLOGIA ou proposição logicamente verdadeira.
Assim chama-se tautologia toda proposição composta cuja última coluna da sua tabe-
la-verdade é totalmente verdadeira, ou seja, é toda proposição composta que assume
somente o valor “1” para todas as combinações possíveis de suas proposições simples.
54 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1)
Resolução:
Vamos construir a tabela-verdade da proposição e verificar o que a sua última coluna de
resolução (operador bicondicional) encerra.
(P → Q) ↔ (~P v Q)
(P → Q) ↔ (~ P v Q)
0 1 0 1 1 1 0
0 1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 0 0 0
1 1 1 1 0 1 1
Só encerra o valor-verdade “1”
TOME NOTA
a) as tautologias são também conhecidas como Regras de Inferências.
b) como uma tautologia é sempre verdadeira, podemos concluir que a negação de umatauto-
logia é sempre falsa, ou seja, uma contradição.
Resolução:
Construção da tabela-verdade que nesse caso a última coluna a ser resolvida é a
Condicional (→).
(P ∧ ~ Q) → (Q ∨ P)
A Tabela-verdade ficará assim:
(P ∧ ~ Q) → (Q v P)
0 0 1 1 0 0 0
0 0 0 1 1 1 0
1 1 1 1 0 1 1
1 0 0 1 1 1 1
Resposta é Tautológica
Antilogia
Denomina-se Antilogia toda proposição que encerra em sua tabela-verdade, na coluna prin-
cipal, apenas o valor-verdade 0 (falsidade), ou seja, é toda proposição composta que assu-
me somente o valor F para todas as combinações possíveis de suas proposições simples.
Também se denomina contradição que é a negação de uma tautologia, já que esta é sempre
verdadeira e sua negação será, então, sempre falsa. Outras denominações para as contra-
dições são: proposições contra válidas ou proposições logicamente falsas.
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1) 55
Exemplo 1: Verificar se é uma Antilogia a proposição: p ↔ ~p
P ↔ ~P
0 0 1
1 0 0
Resposta: Contradição
Indeterminação ou contingência
Denomina-se Contingência ou Proposição Indeterminada toda proposição que simboliza
(encerra) em sua tabela-verdade, na coluna principal (a última a ser resolvida), os dois
valores-verdade 1 (verdade) e 0 (falsidade) indiferentemente, pelo menos uma vez cada
um, ou seja, contingência é toda proposição composta que não pode ser classificada
como tautologia nem como contradição. Outra denominação para as contingências é
proposições indeterminadas ou proposições contingentes.
¬ (Q ∧ P) ↔ (¬ Q ∧ ¬ P)
1 0 0 0 1 1 1 1
1 1 0 0 0 0 0 1
1 0 0 1 0 1 0 0
0 1 1 1 1 0 0 0
Resposta: Contingente
56 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte1)
NOÇÕES DE LÓGICA MATEMÁTICA -
CÁLCULO PROPOSICIONAL (PARTE 2)
Relações entre operadores
RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA
Dadas duas proposições P e Q, dizemos que “ P é equivalente a Q” quando P e Q têm
tabelas verdades iguais, isto é, quando P e Q têm sempre o mesmo valores lógicos. E indi-
camos: P ⇔ Q. Dizemos que a relação P ⇔ Q é uma equivalência quando a proposição
bicondicional P↔Q é tautológica.
P ⇔ Q se e só se P↔Q é tautológica
¬ (Q ∧ P) ↔ (¬ Q v ¬ P)
1 0 0 0 1 1 1 1
1 1 0 0 1 0 1 1
1 0 0 1 1 1 1 0
0 1 1 1 1 0 0 0
∴ ¬ (Q ∧ P) ⇔ (¬ Q v ¬ P)
(Q → P) ↔ (¬ Q v ¬ P)
0 1 0 1 1 1 1
1 0 0 0 0 1 1
0 1 1 1 1 1 0
1 1 1 0 0 0 0
Resposta: A Bicondicional não é tautológica
∴ (Q → P) ⇎ (¬ Q v ¬ P)
RELAÇÂO DE IMPLICAÇÃO
Dadas duas proposições P e Q, dizemos que “ P implica Q” quando a proposição condi-
cional P → Q é tautológica. E indicamos: P ⇒ Q.
P ⇒ Q se e só se P → Q é tautológica
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2) 57
TOME NOTA
Os símbolos ⇒ e ⇔ são distintos dos símbolos → e ↔ . Os dois primeiros representam
Relações enquanto os dois últimos representam Operadores Lógicos.
(Q v P) → (Q v P)
0 0 0 1 0 0 0
1 1 0 1 1 1 0
0 1 1 1 0 1 1
1 1 1 1 1 1 1
2. P ⇒ (P∧ Q) ↔ Q
3. P → P v Q ⇔ P ∧ ¬Q → P
4. ¬ P ∧ Q ⇒ ¬ P
5. P → Q⇔¬Q → ¬P
6. ¬ (P → Q) ∧ R ⇔ P ∧ (¬Q ∧ R)
MODIFICADOR DE NEGAÇÃO
Dada a proposição P, indicaremos a sua negação por ~ P (lê-se “ não p”) .
58 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2)
LEIS DE MORGAN
a. Dupla negação
Duas negações equivalem a uma afirmação. Em símbolos: ~(~ P) ≡ P ou seja,
¬ (¬ P) ⇔ P
Verificando a Relação de Equivalência:
¬ (¬ P) ⇔ P
¬ (¬ P) ↔ Q
0 1 1 0
1 0 1 1
∴ ¬ (¬ P) ⇔ P
Exemplo: A proposição (P) O número 2 é par tem como dupla negação a sentença:
“Não é verdade que o número 2 não é par” que equivale a “O número 2 é par”.
Portanto: ¬ ( P v Q ) ⇔ ¬ P ∧ ¬ Q ⇔ P ↓ Q
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2) 59
TOME NOTA
Os símbolos “ ↑ ” e “↓” são denominados operadores ou conectivos de Sheffer.
Respostas:
1. “2 é par ou Tiradentes não morreu afogado”.
2. “ A Lua não é um satélite natural da Terra e Cabral descobriu o Brasil”.
• Condicional: →
A definição da condicional é P → Q é dada por:
P→Q⇔ ¬PvQ
Assim para a Condicional (P → Q) a sua forma normal (Conjuntiva e Disjuntiva) é a propo-
sição ¬P v Q.
60 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2)
• Bicondicional: ↔
A definição da bicondicional é P↔ Q é dada por:
P ↔ Q ⇔ (P → Q) ∧ (Q → P)
E que transformada se torna:
P ↔ Q ⇔ (¬ P v Q) ∧ (¬ Q v P)
Assim para a Bicondicional (P ↔ Q) a sua forma normal (Conjuntiva e Disjuntiva) é a propo-
sição (¬ P v Q) ∧ (¬ Q v P).
Exemplo:
Represente a seguinte proposição na forma normal Conjuntiva e Disjuntiva:
(Q → ~R) w P
Resolução:
Inicialmente trocamos os operadores lógicos → e w pelas suas respectivas definições:
(Q → ~R) w P ⇔ [(Q → ~R) ∧ ~P ] v [ ~ (Q → ~R) ∧ P]
(Q → ~R) w P ⇔ [(~ Q v ~R) ∧ ~P ] v [ ~ (~Q v ~R) ∧ P]
(Q → ~R) w P ⇔ [(~ Q v ~R) ∧ ~P ] v [ (~~Q ∧~~R) ∧ P]
(Q → ~R) w P ⇔ [(~ Q v ~R) ∧ ~P ] v [ (Q ∧ R) ∧ P]
Portanto a proposição ficou representada apenas pelos operadores “ ~, ∧ e v ”
1. P → ¬ R w ¬ Q
2. (P w R) → Q
3. Se hoje não chover e não fizer frio, amanhã fará bom tempo; no entanto, espera-se que
amanhã haja uma tempestade ou faça um bom tempo.
1 . P → (¬ R w ¬ Q)
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2) 61
2. Substituição de “w” pela sua equivalência
3. Se hoje não chover e não fizer frio, amanhã fará bom tempo; no entanto, espera-se que
amanhã haja uma tempestade ou faça um bom tempo.
Esquema abreviador
A: Hoje choverá
[(~A ^ ~B) → C] ^ (D v C)
[~(~A ^ ~B) v C] ^ (D v C)
Negação
Regras de inferências
A seguir serão definidas algumas proposições por meio de relações de equivalências
também denominadas Regras de Inferências.
• Condicional: p → q ⇔ ¬ p v q
• Bicondicional: p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p) ⇔ (~ p v q) ∧ (~ q v p)
• Disjunção Excludente: p w q ⇔ (p ∧ ~ q) v (q ∧ ~ p)
• Dupla Negação: ¬ (¬ p) ⇔ p
62 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2)
• Negação de uma Disjunção Excludente: ~ (p w q) ⇔ (~p v q) ∧ (p v ~q)
P 1 : Proposição Recíproca de P → Q : Q → P
P 2 : Proposição Contrária de P → Q : ¬ P → ¬ Q
P Q P → Q Q → P ~P → ~Q ~Q → ~P
0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1
0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1
1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0 0
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2) 63
As mesmas tabelas-verdade também demonstram que a condicional P → Q e a sua
Recíproca Q → P ou a sua Contraria ~ P → ~ Q não são equivalentes.
RELAÇÃO RECÍPROCA
Exemplo:
Condicional
Se meu pai é médico, então a Lua é quadrada.
Antecedente: Meu pai é médico
Consequente: A Lua é quadrada
Recíproca da Condicional
Se a Lua é quadrada, então meu pai é médico.
RELAÇÃO CONTRÁRIA
Exemplo:
Condicional
P → Q: Se meu pai é médico, então a Lua é quadrada.
Antecedente: (P) Meu pai é médico
Consequente: (Q) A Lua é quadrada
A Contrária da Condicional
~P → ~Q: Se meu pai é não médico, então a Lua não é quadrada.
Exemplo:
Condicional
Contra Recíproca
~Q → ~P: Se a Lua não é quadrada, então meu pai não é médico.
64 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2)
Vamos fazer mais alguns exemplos:
1. Seja a Condicional relativa a um triangulo T:
P → Q: Se T é equilátero, então T é isósceles
A Reciproca desta Condicional é:
Q → P: Se T é isósceles, então T é equilátero
Nesse exemplo temos a Condicional P → Q é verdadeira (1), mas sua Reciproca Q
→ P é falsa (0).
2. Para a Condicional:
P → Q: Se Carlos é professor, então é pobre.
A Contra recíproca dessa condicional é:
1. Dada a condicional
P → Q : Se o triângulo é equilátero, então é isósceles.
Determine a recíproca dessa condicional e determine o valor-verdade de cada uma delas.
2. Dada a condicional P → Q
P → Q : Se Carlos é professor, então é pobre.
Determine a Contra Positiva
3. Dada a proposição:
Se x é negativo, então x é menor que zero.
Respostas:
1. Recíproca:
Q → P : Se triângulo é isósceles, então é equilátero.
Valor-Verdade :
2. A contra positiva
~ Q →~P : Se Carlos não é pobre, então não é professor.
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2) 65
3. A contra positiva:
~ Q→ ~ P : Se x não é menor que zero, então x não é negativo.
A contrária de P→ Q é a proposição:
VARIANTES ESTILÍSTICAS
São formas ou estilos diferentes de representar uma ou mais palavras ou expressões.
a. NEGAÇÃO: ~ P
Não P
Não se dá que P
É falso P
Não tendo P
b. CONJUNÇÃO: P ∧ Q
Pe Q
P embora Q
P mas Q
P assim como Q
P em adição, Q
P além disso Q
Não apenas P, como também Q
P; apesar disso, Q
P, no entanto Q
P todavia Q
P porém Q
66 NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2)
c. CONDICIONAL: P → Q
P é o antecedente
P → Q temos:
Q é o consequente
Se P, então Q
P somente se Q
tendo P, resulta Q
P apenas se Q
Sempre que P , Q
P implica Q
Quando P, Q
P quando Q
P é condição necessária para Q
A menos que P, não Q
No caso de P, Q
P é suficiente para Q
É suficiente P para Q
É bastante que P para Q
Q, se P
Q, quando P
Q é condição necessária para P
Q, admitindo P
Q é preciso que P
É necessário Q para P
d. BICONDICIONAL: P ↔ Q
P se e somente se Q
P é condição necessária e suficiente para Q
P é equivalente a Q
O fato de P é condição necessária e suficiente para que Q
P quando e apenas quando Q
e. DISJUNÇÃO EXCLUDENTE: P w Q
ou P ou Q
NoçõesdeLógicaMatemática-CálculoProposicional(Parte2) 67
GEOMETRIA ANALÍTICA (PARTE 1)
Introdução
Eixo real é a reta na qual se fixou um ponto como sendo a origem e um sentido de percur-
so escolhido como positivo. A essa reta orientada é que denominamos de eixo, e eixo real
por causa da correspondência biunívoca (Cantor-Dedekind) “a cada ponto da reta está
associado a um e apenas um número real, e vice-versa”. Cada número real é denominado
imagem do ponto ou abscissa
do ponto, e a reta denominamos de eixo das abscissas que
representaremos por OX .
o
−∞ 0 +∞
No plano, tomados dois eixos perpendiculares entre si, formaremos o plano cartesiano
ortogonal ou simplesmente o Sistema de Coordenadas cartesianas. Temos assim dois
eixos denominados:
( ) ou eixo horizontal
• eixo das abscissas OX
• eixo das ordenadas ( OY ) ou eixo vertical.
Sistema cartesiano ortogonal ou Plano Cartesiano XOY: OX ⊥ OY
• Origem do sistema: OX ∩ OY = 0, ponto associado ao par de números reais (0,0)
• Ponto Genérico do Plano: P(xP, yP) associado a um par ordenado de números reais
xP e yP.
Yp P
0 Xp x
Quando os eixos OX e OY se interceptam o plano fica dividido em quatro regiões
denominadas “quadrantes”, portanto as regiões compreendidas entre os eixos são deno-
minadas de quadrantes, e são enumeradas no sentido positivo ou seja, anti-horário (da
direita para a esquerda) como representado a seguir.
0 x
3º quadrante 4º quadrante
Temos duas retas especiais no plano: retas bissetrizes dos quadrantes, a saber:
• Reta Bissetriz dos Quadrantes Ímpares: passa pela origem no 1º e no 3º quadrante: bI
• Reta Bissetriz dos Quadrantes Pares: passa pela origem no 2º e no 4º quadrante: bP.
y bI y
0 x 0 x
bP
Exemplo 1:
Determine o valor real de “t“ para que o ponto A(t – 1, 2t + 3) pertença ao 1º quadrante.
Resolução:
Se o ponto A pertence ao 1º quadrante deve obedecer a condição: xP > 0 e yP > 0 .
Assim temos:
A abscissa xP = t – 1 e a ordenada yP = 2t + 3 que atendendo a condição de localização
no 1º quadrante:
xP > 0 e yP > 0
t – 1 > 0 e 2t + 3 > 0
t > 0 + 1 e 2t > – 3
3
t > 1 e t >−
2
−3 / 2
1
S = {t ∈ ℜ / t > 1}
Exemplo 2:
Determine o valor real de “t“ para que o ponto M (2t – 5, 1 – 3t) pertença ao 3º quadrante.
Resolução:
Se o ponto M pertence ao 3º quadrante deve obedecer a condição: xP < 0 e yP < 0 .
Assim temos:
xP < 0 e yP < 0
2t – 5 < 0 e 1 – 3t + 3 < 0
2t <5 e – 3t >– 1 x (-1)
2t < 5 e 3t >1
5 1
t < e t>
2 3
As duas condições têm que ser atendidas ao mesmo tempo, ou seja, é uma interseção.
5
1ª Solução: S1: t < 5
2 2
1
2ª Solução: S2: t > 1
3 3
Solução Final: S1 ∩ S2
1 5
S = {t ∈ℜ / <t< } 1 5
3 2 3 2
Exemplo 3:
Determine o valor real de “t“ para que o ponto B (3t – 1, 3 – t2 ) pertença a reta bissetriz
dos quadrantes ímpares.
Resolução:
Se o ponto B pertence a reta bissetriz dos quadrantes ímpares deve obedecer a condição:
xP = yP.
−b ± b 2 − 4ac
t=
2a
−3 ± (3) 2 − 4.(1).(−4)
t=
2.(1)
−3 ± 9 + 16
t=
2
−3 ± 25
t=
2
−3 ± 5
t=
2
−3 − 5 −3 + 5
t= ou t =
2 2
t = – 4 ou t = 1
S = { – 4, 1}
Respostas:
3
1. {a ∈ ℜ / a < }
2
2. {-1 , 1}
6
3. {a ∈ ℜ / a = }
5
SEGMENTO DE RETA
A B
∆ACM ≅ ∆MDB
π
AC = MD , Ĉ = D̂ = e CM = DB
2
y
yB B
M
yM D
A
yA C
0 xA xM xB x
Se AC = MD então:
xM - xA = xB - xM
xM + xM = xB + xA
2.xM = xA + xB
x A + xB
xM =
2
E se CM = DB então:
yM - yA = yB - yM
yM + yM = yB + yA
2.yM = yA + yB
y A + yB
yM =
2
As coordenadas do ponto M médio de AB são:
x A + xB y + yB
xM = e yM = A
2 2
Exemplo 1:
Resolução:
x A + xB y A + y B
Se M é médio de AB então temos M = ( , )
2 2
−1 + 5 2 + 4
M=( , )
2 2
4 6
M=( , )
2 2
O ponto M (2, 3) é médio de AB.
Resolução:
Se M é médio de AB temos:
x A + xB y + yB
xM = e yM = A
2 2
2 + xB 5 + yB
−1 = e 2=
2 2
– 1 x 2 = 2 + xB e 2 x 2 = 5 + yB
– 2 – 2 = xB e 4 – 5 = yB
XB = – 4 e y B = – 1
Portanto as coordenadas do extremo B (– 4, – 1).
Sejam A(xA , yA) e B(xB , yB) os extremos de um segmento AB, inicialmente não paralelo a
nenhum dos eixos.
A distância entre os pontos A e B que se indica por δAB é encontrada pela construção
auxiliar no plano cartesiano do Triângulo ABC retângulo em C, conforme figura a seguir:
y
YB B
δ AB
A
YA C
0 XA XB x
AB ) 2 ( AC ) 2 + ( AB ) 2
(= ①
AC
= xB − x A
②
Como
CB
= yB − y A ③
δ AB = ( xB − x A ) 2 + ( yB − y A ) 2 ou δ AB = (∆x) 2 + (∆y ) 2
Resolução:
A medida do segmento AB é a distância entre os pontos A e B.
AB = ( xB − x A ) 2 + ( y B − y A ) 2
δ AB= (5 − 1) 2 + (−1 − 2) 2
δ=
AB (4) 2 + (−3) 2
δ=
AB 16 + 9
δ AB = 25
δ AB = 5 unidades de medida
Sejam A(xA , yA) , B(xB , yB) e C (xC , yC) os três vértices do triângulo ABC.
Mediana do triângulo ABC é o segmento que une um vértice ao ponto médio do lado
oposto.
P N
G
B C
M
B
AB
r= A
BC
Se AB e BC tem o mesmo sentido, então a razão r é positiva
Se AB e BC tem o sentido oposto, então a razão r é negativa
Sejam A(xA , yA) , B(xB , yB) e C (xC , yC) os três vértices do triângulo ABC.
Baricentro do triângulo ABC é o ponto G que divide a mediana numa razão de seção.
A Baricentro
P N
G
B C
M
x A + xB + xC y A + yB + yC
xG = e yG =
3 3
x + xB + xC y A + yB + yC
G A ,
3 3
Exemplo 1:
y A + yB + yC
yG =
3
7+2+3
yG =
3
yG = 4
a. As coordenadas do Baricentro.
b. O comprimento da mediana BM relativa ao lado AC.
c. O perímetro desse triângulo.
Respostas
1
a. G ( , 5)
3
43
b. δ BM = ( xB − xM ) 2 + ( yB − yM ) 2 =
2
c. 2 p = 2. 5 + 13 + 29 unidades de comprimento
Dados os pontos A(xA, yA); B (xB, yB) e C(xC, yC) distintos, pertencentes ao um mesmo
plano XOY, diz-se que os pontos A, B e C estão alinhados se, e somente se, o determinante
"D" formado pelas coordenadas desses pontos for igual a zero.
xA yA 1
onde det D = x B yB 1 = 0
xC yC 1
Exemplo 1
Resolução:
Para que os pontos A, B e C estejam alinhados (pertençam a uma mesma reta) o determi-
nante formado pelas coordenadas desses pontos tem que ser igual a zero.
-2 3
5 4
det=
2 -1
-2 3
Det = – 8 – 5 + 6 – 15 – 8 – 2
Det = – 32 ≠ 0
Portanto os pontos A, B e C não estão alinhados.
Teorema:
Dada uma reta r no plano cartesiano, sua equação pode ser escrita na forma: ax + by + c = 0
onde a, b e c são números reais tais que a e b não simultaneamente nulos.
A( x A , y A ) ∈ r
dados B ( xB , yB ) ∈ r
P ( x, y ) ∈ r é genérico
yA A
y P
yB B
0 xA x xB x
a y A − yB
=
b= ( xB − x A ) ⇒ ax + by + c= 0 é a equação geral da reta r .
=c ( x A . yB − xB . y A )
Exemplo 1
Determine a equação geral da reta “r” que passa pelos pontos A(-1, 2) e B(3,5).
Resolução:
Seja P(x,y) um ponto genérico de r (um ponto qualquer). Pela condição de alinhamento
de 3 pontos da reta temos:
A(−1, 2) ∈ r
B (3,5) ∈ r det = 0
P ( x, y ) ∈ r
(r) : 2x – 5 + 3y + y – 6 – 5x = 0
(r) : – 3x + 4y – 11 = 0 ou
(r) : 3x – 4 y + 11 = 0
Coeficiente Linear da reta é a ordenada do ponto de interseção da reta r com o eixo OY:
(0, n) .
n
α
O coeficiente angular da reta r indicado por m é dado pela tangente do ângulo α: m = tgα.
Temos:
π
Se α é um ângulo agudo (0 < α < ) então a tangente de α é positiva: m > 0
2
y
r
α
0 x
Sejam A(xA, yA) e B(xB, yB) pontos distintos pertencentes à mesma reta r, inicialmente
não paralela a nenhum dos eixos coordenados.
y
B
yB
y B − yA
A α
yA
x B − xA
0 xA xB x
m = tg α
cateto oposto
tg α =
cateto adjacente
yB − y A
α
m tg=
=
xB − x A
Exemplo 1:
Determine o coeficiente angular da reta r que passa pelos pontos A(-2,3) e B(5,-1).
Resolução:
O coeficiente angular “m” é dado por:
yB − y A
= α
m tg= =0
xB − x A
−1 − 3
m=
5 − (−2)
−4
m=
7
4
m= −
7
y
r
P
y
y−n
A α
n x−0
0 x x
y−n
m=
x
m.x = y – n
m.x + n = y
y mx + n é a equação reduzida de r (1)
=
onde:
m = coeficiente angular da reta
n = coeficiente linear da reta
OBS: Na equação geral ax + by + c = 0
ax c
Temos : y =
− − (2)
b b
Seja A(xA, yA) um ponto pertencente a uma reta r e seja “m” o coeficiente angular de r.
Assim temos:
y
r
y P
yA A
0 xA x x
y − yA
m=
x − xA
⇓
y – yA = m (x - xA)
Determine a equeco da reta “r” que passa pelo ponto E(–3,4) e cujo coeficiente angular é –3.
Resolução:
mr = −3
(r ) : y − yE = m.( x − xE )
E (−3, 4) ∈ r
(r) : y – 4 = – 3x – 9
(r): y = – 3x – 9 + 4
(r) : y = – 3x – 5
1. Determine a equação geral da reta r que passa pelos pontos M(2,4) e N(0,3).
2. Determine a equação reduzida da reta r que passa por D(4,–2) e cujo coeficiente
angular é 5.
3. Determine a equação reduzida da reta r que passa por C(1,2) e cujo coeficiente
linear –2.
Respostas:
1. r : x – 2y + 6 = 0
2. r : y = 5x – 22
3. r : y = 4x – 2
Sejam r e s duas retas do plano cartesiano XOY, cujas equações reduzidas são:
(r) : y = mr .x + nr
(s) : y = ms.x + ns .
1) Retas Coincidentes: r = s
As retas r e s são coincidentes se, e somente se, representam a mesma r , ou seja, elas
têm todos os pontos em comum.
r=s
y
r=s
αr = αs
x
Temos r = s, portanto:
mr = ms e nr = ns
2) Retas paralelas: r // s
As retas r e s são paralelas, se, e só se, somente se, elas não têm nenhum ponto em comum.
r∩s=∅
y r
s αr = αs
nr nr ≠ ns
αr αs
x
ns
r // s ⇒ mr = ms e nr ≠ ns
3) Retas Concorrentes:
Duas retas r e s são concorrentes se, e somente se, elas têm apenas um ponto em
comum, isto é, r ∩ s = P= {(xP, yP)}
y r
s
P
x
y
r
P
x
s
Exemplo:
(r) : y = 2x+1
(s) : y = - 2x+1
Obs: Caso particular de retas concorrentes, são as retas perpendiculares entre si.
RETAS PERPENDICULARES:
Sendo αs > αr
αs é externo ao triângulo NPQ, portanto é igual à soma dos internos não adjacentes
π
αs = αr +
2
y
r
N
αr αs
P Q x
s
π
tgα s tg α r + ①
=
2
π
Como tg α r + =−cotgα s
2
Portanto na eq. ① podemos escrever: tg αs = − cotg αr ou ainda :
1
tgα s = −
tgα r
Mas tg αs = ms e tg αr = mr , então:
1 1
ms = − ou mr = − ⇒ mr . ms = − 1
mr ms
Veja alguns exemplos:
Exemplo 1
Sabendo-se que r passa pelo ponto A(–2, 1) e é paralela à reta (s): y = –2x + 1, determine
a equação da reta r.
Se A pertence a reta então satisfaz a sua equação, ou seja, ele pode ser um ponto (x, y)
genérico (qualquer) da reta.
r : y = mx + n
r : yA = mr . xA + nr
Substituindo os dados temos:
r : 1 = – 2 .(– 2) + n
r: 1= 4+n
r: 1 –4= n
r:–3=n
Portanto temos m= – 2
Assim a equação da reta r é y = – 2x – 3
Exemplo 2
Sabendo-se que r passa pelo ponto D(3, –2) e é perpendicular à reta (s): y = 3x – 2, deter-
mine a equação da reta r.
Resolução:
D(3, –2) ∈ r
1 1
r ⊥ s ⇒ mr = − ⇒ mr = −
ms 3
A equação genérica da reta r é: y = mx + n
Se D pertence a reta r então satisfaz a sua equação, ou seja, ele pode ser um ponto (x,y)
genérico (qualquer) da reta.
r : y = mx + n
r : yD = mr . xD + n
1
r: –2 = − . (3) + n
3
r: –2= –1 +n
r: –2+1 = n
r:–1=n
1 1
Temos mr = − e nr = – 1 , assim a equação da reta r é y = − x – 1
3 3
Vamos resolver alguns exercícios com aplicações sobre retas.
1. Uma construtora, para construir o novo prédio numa certa cidade, cobra um valor fixo
para iniciar as obras e mais um valor variável, que aumenta de acordo com o passar
dos meses da obra. O gráfico abaixo descreve o custo da obra, em milhões de reais,
em função do número de meses utilizados para a construção da obra.
B
19
13 A
24 x (meses)
Resolução:
O gráfico é de uma reta. Na representação gráfica temos dois pontos específicos:
B(24,19) e A(0,13).
A ordenada de A é o coeficiente linear da reta (r) que passa por A e B: n= 13
B(24,19) ∈ r
Substituindo na equação genérica reduzida da reta (r)
nr = 13
Temos:
(r): y = mx + n
yB = m.xB + n
19 = m(24) + 13
19 – 13 = 24.m
6 = 24.m
6
=m
24
1
m=
4
Portanto a Lei (equação da reta) que define o Custo da Obra (R$) em função do tempo(-
meses) é: y = mx + n
1
(r): y = + 13
4
b. Determine o valor inicial cobrado pela construtora para a construção do prédio.
Resolução:
O Valor inicial acontece no instante zero, ou seja, x = 0 e como resultado obtemos o
coeficiente linear, y = 13.
Se substituirmos na equação que define a Lei do Custo teremos:
1
y= x + 13
4
1
y = (0) + 13
4
y = 13
c. Qual será o custo total da obra, sabendo que a construção demorou um ano e meio
para ser finalizada?
2. Uma torneira é aberta para encher uma piscina com capacidade para 12.000 litros
quando está vazia. O gráfico abaixo mostra esta situação.
Volume (litros)
700
A
600
500
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 tempo (minutos)
Resolução:
Graficamente temos pelo menos dois pontos definidos (0,0) e (10, 600).
Assim:
Obs: Para que não haja desperdício de água, o limite do tempo é 200 minutos.
y
17
3 5 4
b. (s): y = + x + −
4 2 3
5 4
c. (t) : +y = − x +9
2 3
d. 2x + y – 4 = 0
e. 5
u.c.
2
2.
a. y = 8x + 1
b. 57 mil internautas
c. Dezembro de 2014
Seja dada uma reta cuja equação genérica é (r): ax+ by + c = 0 e A (xA, yA) um ponto
não pertencente a reta r dada.
A
yA δ A, r
r
xA x
A distância do ponto A à reta r é dado pela fórmula que não será demonstrada (translação
de eixos):
ax A + by A + c
δ A, r =
a 2 + b2
Exemplo 1:
Resolução:
A distância de M até a reta r é:
axM + byM + c
δ M ,r =
a 2 + b2
2 xM + 3 yM − 1
δ M ,r =
(2) 2 + (3) 2
2.(2) + 3.(1) − 1
δ M ,r =
4+9
4 + 3 −1
δ M ,r =
13
6 . 13
δ M ,r =
13. 13
6. 13
δ M ,r = unidades de comprimento
13
Determine a distância da reta r que passa pelos pontos P(–1,3) e Q(5,-2) até o ponto
M(2,7).
39. 61
Resposta: δ M , r = u.c.
61
ÁREA DE POLÍGONOS
1) Área do Triângulo
Sendo “S∆” a representação da área de um triângulo ABC cujos vértices são A(xA,yA) ;
B(xB, yB) e C(xC , yC ).
Como sabemos pela Geometria plana, a área do ∆ABC é dada por:
b. h
S∆ =
2
B H C
b
Temos:
ax A + by A + c
b = δ CB = ( xB − xC ) 2 + ( yB − yC ) 2 =
e h δ=
A, BC
a 2 + b2
( yC − yB ).x A + ( xB − xC ). y A + ( xC . yB − xB . yC )
δ A, BC =
( yC − yB ) 2 + ( xB − xC ) 2
1 ( y − yC ).x A + ( xB − xC ). y A + ( xC . yB − xB . yC )
S=
∆ . ( xB − xC ) 2 + ( yB − yC ) 2 . B
2 ( y − y )2 + ( x − x )2
B C C B
1
S ∆ = . ( yB − yC ).x A + ( xB − xC ). y A + ( xC . yB − xB . yC )
2
1
S ∆= . yB .x A − yC .x A + xB . y A − xC . y A + xC . yB − xB . yC
2
Onde representaremos este desenvolvimento modular por “D”
xA yA
xB yB
D=
xC yC
xA yA
D = x A . yB + xB .yC + xC . y A − xC . yB − xB . y A − x A . yC
1
Simplificando transformamos a área do triângulo na fórmula: S ∆ = D
2
Exemplo 1:
Determine a área do triângulo cujos vértices são os pontos M(2,3), N(–1,5) e P(4,–2).
Resolução:
A área do triângulo é dada por:
1
S∆ = D
2
−1 5
1 4 −2
S∆ =
2 2 3
−1 5
1
S∆ = . 2 + 12 + 10 − 20 + 4 + 3
2
1
S=
∆ . +11
2
11
S∆ = .u.a.
2
Determine a área do triângulo formado pelos pontos médios dos lados do triângulo ABC,
dados os pontos A(-2,3), B(5,4) e C(7, 2), conforme a figura abaixo.
N P
A M C
Resposta: S ∆ = 8 u a
A área do polígono, também poderá ser transformada em vários triângulos que não se
sobrepõem, e assim será o somatório das áreas dos triângulos que o compõem.
E S1 S3 B
S2
SP = S1 + S2 + S3 D C
1
SP = D
2
xA yA
xB yB
D = xC yC
xD yD
xE yE
xA yA
xA yA
xB yB
xC yC
: :
xM yM
xA yA
Resolução:
Inicialmente vamos localizar esses pontos no plano para saber os vértices consecutivos
do polígono.
y
5 A
4
3 E
2 C
B 1
D
−1 0 3 4 6 x
xA yA
xB yB
1 xD yD
SP =
2 xC yC
xE yE
xA yA
4 5
−1 1
1 4 0
SP =
2 6 2
3 3
4 5
1
SP = 4 + 8 + 18 + 15 + 5 − 4 − 6 − 12
2
1
SP = 28
2
28
SP =
2
S P = 14 u.a.
Portanto a área desse polígono ABDCE (ou AECDB) é igual a 14 unidades de área.
y
9
8
7
0 2 5 5 7 9 x
2. Determine a área do polígono cujos vértices são os pontos A(-2,7), B(1,-6), C(-8,0),
D(5,-3), E(-7,4), F(4,3) e G(-6,-5).
SAIBA MAIS
Esse material de Geometria Analítica foi preparado com uma abordagem simples do estudo
do Ponto e da Reta no Plano. Espero que o mesmo possa ajudá-lo a resolver muitas aplica-
ções no seu cotidiano.
A Álgebra Linear é muito utilizada pelos matemáticos, engenheiros, biólogos, físicos, progra-
madores de computadores e outros cientistas. Com o desenvolvimento dos computadores
houve um ressurgimento no interesse em matrizes, particularmente no cálculo numérico.
Matriz
CONCEITO
A uma tabela de números, dispostos em linhas e colunas, colocados entre colchetes ou parên-
tese, damos o nome de Matriz, e indicaremos por uma letra maiúscula do nosso alfabeto.
1 2 −1 1 2 −1
A = 2 9 4 ou A = 2 9 4
0 3 5 0 3 5
• O elemento “9” é representado por a22 , ou seja ele ocupa a posição de interseção
da 2ª linha e da 2ª coluna da matriz.
• O elemento “0” é representado por a31, ou seja ele ocupa a posição de interseção
da 3ª linha e da 1ª coluna da matriz.
Se a matriz possui quantidade de linhas igual a quantidade colunas dizemos que a matriz
é quadrada e nesse caso a ordem será indicada apenas por um índice “n”: An.
Se a matriz possui apenas uma linha e qualquer quantidade de colunas, então a denomi-
naremos de Matriz Linha, e se ela possui apenas uma coluna e qualquer quantidade de
linhas, diremos que ela é Matriz Coluna.
Exemplos:
1 2 −1
A matriz A3 = 2 9 4 é Quadrada de ordem 3.
0 3 5
2
0
A matriz A4×1 = é uma Matriz Coluna.
5
−3
IGUALDADE MATRTIZES
Duas matrizes A e B são iguais quando possuem a mesma ordem e os elementos corres-
pondentes (que ocupam a mesma posição de linha e coluna) são iguais.
Exemplo:
1 x 2 1 3 y
As matrizes A2×3 = e B2×3 = 3 0 −1
3 0 −1
são iguais se x = 3 e y = 2.
ADIÇÃO DE MATRIZES
Para a adição de duas matrizes, A e B, a compatibilidade para realizar essa operação é:
Exemplo:
2 −1 −2 0
Sejam as Matrizes A3×2 = 0 4 e B3×2 = −1 3 , calcule
A + B.
−2 5 1 0
2 + (−2) −1 + 0
A + B= 0 + (−1) 4 + 3
− 2 + 1 5 + 0
0 −1
A + B = −1 7
−1 5
SUBTRAÇÃO DE MATRIZES
Para a subtrair duas matrizes, A e B, temos que ter a seguinte compatibilidade:
Exemplo:
2 −1 −2 0
Sejam as Matrizes A3×2 = 0 4 e B3×2 = −1 3
, calcule A – B.
−2 5 1 0
Resolução:
2 −1 −2 0
A − B 0 4 − −1 3
=
−2 5 1 0
2 − (−2) −1 − 0
A − B= 0 − (−1) 4 − 3
−2 − (1) 5 − 0
2 + 2 −1 − 0
A − B = 0 + 1 4 − 3
−2 − 1 5 − 0
4 −1
1 1
A− B =
−3 5
Uma maneira mais fácil de resolver a subtração e não errar os sinais dos elementos, é
somar a primeira matriz (A) com a oposta da segunda matriz (B), ou seja, a matriz oposta
de B é trocar na matriz B os sinais de todos os seus elementos.
2 −1 − 2 0
A − B 0 4 − −1 3
=
−2 5 1 0
A − B = A + (− B)
2 −1 2 −0
A − B 0 4 + 1 −3
=
−2 5 −1 −0
2 + (2) − 1 + (−0)
A − B= 0 + (1) 4 + (−3)
−2 + (−1) 5 + (−0)
2 + 2 −1 − 0
A − B = 0 + 1 4 − 3
−2 − 1 5 − 0
4 −1
1 1
A− B =
−3 5
2 1 2 3 1 0 4 −3 5
Dadas as Matrizes
= A 3 5 −1 , B = 1 −2 −3
e C=
2 −2 −3
, calcule:
1 7 −2 0 5 −1 4 0 −3
1. A + C
2. B – ( A + C)
3. B – C
Respostas:
6 −2 7
A
= + C 5 3 −4
1.
5 7 −5
−3 3−7
4 −5 1
2. B− ( A + C ) =−
−5 −2 4
1 −4 5
1 0 0
3. C − B =
4 −5 −2
2 −3
Dada a matriz A3 x 2 = 1 0 determine:
−1 2
1º) 3.A
Resolução:
2 −3
3. A = 3 x 1 0
−1 2
6 −9
3. A = 3 0
−3 6
2º) – 2.A=
2 −3
−2 x 1 0
−2. A =
−1 2
−4 6
−2. A = −2 0
2 −4
MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
A multiplicação de matrizes só é possível se a primeira matriz tiver o número de colunas
igual ao número de linhas da segunda matriz.
Amxn × Bpxq ⇔ n = p e (A×B)mxq
Sejam as matrizes:
2 3
3 1
A3 x 2 = 1 0 e B2 x3 = , calcule A×B.
4 5 2 4
Resolução:
A3 x 2 × B2 x 2 =
( A.B )3 x 2
2 3
3 1
AxB = 1 0 x
2 4
4 5
E fazemos o mesmo procedimento para as demais linhas com cada uma das colunas.
2 3
3 1
AxB = 1 0 x
2 4
4 5
12 14
AxB = 3 1
22 24
Sejam as matrizes:
2 3
3 1
A3 x 2 = 1 0 e B2 x3 = , calcule B×A.
2 4
4 5
Sejam as matrizes:
2 3 −2 0
A= e B = 1 3 , calcule:
−1 5
1º) A×B = ?
2º) B×A = ?
Resolução:
1º) A2 x 2 × B2 x 2 =
( A.B ) 2 x 2
2 3 −2 0
AxB
= ×
−1 5 1 3
2 x(−2) + 3 x1 2 x 0 + 3 x3
AxB =
(−1) x(−2) + 5 x1 (−1) x0 + 5 x3
−4 + 3 0+9
AxB =
2+5 0 + 15
−1 9
AxB =
7 15
2º) B x A =
−2 0 2 3
BxA
= ×
1 3 −1 5
−4 + 0 −6 + 0
BxA =
2 − 3 3 + 15
−4 −6
BxA =
−1 18
Ank = An x An x A n x ... x An
K fatores iguais a An
• A3 = A x A x A
A3 = ( AxA) x A
A3 = A2 x A
• A4 = A2x A2
• A5 = A2 x A2 x A
A5 = A2 x A3
A5 = A4 x A
Vamos efetuar algumas potências.
Exemplo:
2 1
Dada a matriz A = , calcule:
3 0
1º) A2 = A x A
2 1 2 1
A2
= ×
3 0 3 0
2 1 2 1
A2
= ×
3 0 3 0
2 x 2 + 1x3 2 x1 + 1x0
A2 =
3 x 2 + 0 x3 3 x1 + 0 x0
4 + 3 2 + 0
A2 =
6 + 0 3 + 0
7 2
A2 =
6 3
2º) A3 = A x A x A = A2 x A
7 2 2 1
=A3 ×
6 3 3 0
7 x 2 + 2 x3 7 x1 + 2 x0
A3 =
6 x 2 + 3 x3 6 x1 + 3 x0
20 7
A3 =
21 6
Dada a matriz A:
2 1
A=
3 0
Calcule:
1º) A4 = ?
2º) A5 = ?
Respostas:
1º )
61 20
A4 =
60 21
2º)
182 61
A5 =
183 60
MATRIZ INVERSA
Seja A uma matriz quadrada de ordem “n”. Chama-se Matriz Inversa de A., e se indica por
A-1, a matriz que satisfaz a seguinte lei:
An × An-1 = An1 × An = In,
onde In é a matriz Elemento Neutro da Multiplicação de Matrizes denominada matriz
Identidade (diagonal principal possui o elemento “1” e os demais elementos são nulos) de
mesma ordem da matriz A.
Só é possível encontrar a matriz Inversa de uma matriz Quadrada, mas nem toda matriz
Quadrada possui matriz Inversa, e a Inversa é a mesma à esquerda e a direita de A.
Resolução:
Para determinar a matriz Inversa de A, teremos que criar uma matriz genérica, quadrada
de mesma ordem que A, a saber:
a b
A−1 =
c d
2a + 1c 2b + 1d 1 0
1a + 2c =
1b + 2d 0 1
2b + 1d =
0
1b + 2d =
1
Vamos resolver os sistemas de duas equações com duas variáveis iguais, aplicando o
Método da Adição:
2a + 1c = 1x(−2)
1a + 2c = 0
−4a − 2c = −2
1 a + 2 c= 0 +
−3a = −2 x(−1)
3a = 2
2
a=
3
−4b − 2d = 0
1 b + 2 d = 1 +
−3b = 1x(−1)
3b = −1
1
b= −
3
2 1
−
a b 3 3
A−1 =
=
c d − 1 2
3 3
Portanto existe a matriz Inversa de A pela direita. Entretanto para que realmente exista ela
tem que existir também a esquerda e tem que ser a mesma (única). Assim, teremos que
também atender a relação à esquerda, e resolvê-la:
A-1 x A = I2
a b 2 1 1 0 2a + 1b 1a + 2b 1 0
0 1 ⇒ 2c + 1d 1c + 2d = 0 1
c d × 1 2 =
2 1 2 1
3 x 2 + (− 3 ) x1 3
x1 + (− ) x 2
3 1 0
=
(− 1 ) x 2 + 2 x1 1 2 0 1
3 (− ) x1 + x 2
3 3 3
4 1 2 2
3−3 −
3 3 1 0
=
−2 + 2 1 4 0 1
3 3 − +
3 3
1 0 1 0
0 1 = 0 1
Como são poucas as matrizes invertíveis, então não existe a Divisão de Matrizes.
Resolução:
Vamos inicialmente transformar a tabela numa matriz:
5 0 2
A = 0 1 3
4 2 1
b) Calcule o total de unidades do material 1 que será empregado para fabricar cinco
roupas do tipo 1, quatro roupas do tipo 2 e duas roupas do tipo 3.
O número de camisas fabricadas, de cada modelo, nos meses de maio e junho, é dado
pela tabela:
Maio Junho
Camisa A 100 50
Camisa B 50 100
Camisa C 50 50
Nestas condições, obter a tabela que dá o total de botões usados em maio e junho.
Maio Junho
Botões p 500 400
Botões G 1100 1050
MATRIZES E CRIPTOGRAFIA
A criptografia é o estudo dos princípios e técnicas pelas quais a informação pode ser
transformada da sua forma original para outra ilegível, de forma que possa ser conhecida
apenas por seu destinatário.
Logo podemos verificar que C × C-1 = C-1 × C=In, onde In é a Matriz Identidade.
Vamos utilizar essas duas matrizes como ‘chaves’ para codificar e decodificar a mensa-
gem. O rementente vai usar a matriz C para codificar a mensagem e o destinatário vai
usar a matriz C-1 para decodificar a mensagem.
Para codificar uma mensagem o primeiro passo é convertê-la da forma alfabetica para
uma forma numérica, tomando como base a tabela abaixo:
A B C D E F G H I J
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
K L M N O P Q R S T
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
U V W X Y Z #
21 22 23 24 25 26 0
O remetente e o destinatário devem conhecer essa tabela alfa numérica e também pode
fazê-la usando outras correspondências entre números e letras. Vamos codificar a seguin-
te mensagem: AMOR. Vamos fazer a correspondência entre as letras e os números usan-
do a tabela dada.
A M O R
↓ ↓ ↓ ↓
1 13 15 18
Vamos colocar a sequência de números dispostos em uma matriz “M” formada por duas
linhas e duas colunas (Matriz Mensagem).
1 13
M =
15 18
Assim:
1x3 +13 x 2 1x1 + 13 x1
D=
15 x3 + 18 x 2 15 x1 + 18 x1
29 14
D=
81 33
Portanto temos que a relação para decodificar uma mensagem é: D x C-1 = M, ou seja,
“a mensagem M é igual ao produto da mensagem codificada D pela inversa da chave do
código C-1.
1 13 15 18
↓ ↓ ↓ ↓
A M O R
Uma maneira de codificar uma mensagem é por meio de multiplicação de matrizes. Vamos
associar as letras do alfabeto aos números, segundo a correspondência abaixo:
# A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Suponha que a nossa mensagem M seja “BOA # FORMA”. Podemos formar uma matriz
3×3
B O A 2 15 1
M = # F O que a matriz numérica correspondente torna-se M = 0 6 15 .
R M A 18 13 1
2 15 1 1 2 −1
=MxC 0 6 15 × −1 3 0
18 13 1 0 1 1
−13 50 −1
MxC= −6 33 15
5 76 −17
Exemplo:
Vamos supor que recebemos a mensagem codificada (MxC):
“231 27 81 329 38 129 199 28 76”,
e a matriz C Chave para o código de decodificação é:
8 1 3
C = 5 1 2
10 1 4
8 1 3 a b c 1 0 0
C = 5 1 2 × d e f = 0 1 0
10 1 4 g h i 0 0 1
8.b + 1e + 3h =0
−5.b + 1e + 2h = 1
10.b + 1e + 4h = 0
8.c + 1 f + 3i =0
−5.c + 1 f + 2i = 0
10.c + 1 f + 4i =1
M = (M x C) x C-1
231 27 81 2 −1 −1
M 329 38 129 × 0 2 −1
=
199 28 76 −5 2 3
Agora basta trocar cada um desses números pelas suas respectivas letras conforme
disposição da tabela dada, e assim teremos:
7 5 15 13 5 20 18 9 1
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
G E O M E T R I A
1) Utilizando a tabela de conversão alfa numérica e a matriz Chave para o código (C),
8 1 3
C = 5 1 2 descubra a mensagem M recebida com a seguinte codificação (M.C):
10 1 4
a) Por meio de um produto matricial, determine uma matriz que represente o número de
parafusos, porcas e arruelas que terão de ser comprados em cada mês.
b) Escreva uma tabela que represente a quantidade de Material X Períodos, e criar uma
nova coluna de quantidade total X período.
Respostas:
37.800 129.000 47.200 55.700
a) 51.000 220.000 64.900 78.500
70.750 295.920 88.990 107.660
b)
Período Total Geral
Maio Junho Julho Agosto
Material Material X Período
1º) Se A é uma matriz quadrada de ordem n=1, A=[a11], o determinante de A será o
próprio número “a11”.
det A = | a11 |
det A = a11
Exemplo:
a11 a12
detA =
a21 a22
a11 a12
detA =
a21 a22
Substrativos Aditivos
2 −1
det A =
3 5
det A= 2×5 – 3×(– 1)
det A = 10 + 3
det A = 13
O det A é o somatório dos produtos parciais dos termos aditivos e dos termos subtrativos.
det A=[(a11 ×a22 ×a33 )+(a12 ×a23 ×a31 )+(a13 ×a21 ×a32 )]–[(a13 ×a22 ×a31 )–(a11 ×a23 ×a32 ) –(a12 ×a21 ×a33 )]
Veja o exemplo:
2 1 −1
A 3 −2 4
=
5 0 3
Calcule det A.
Resolução:
2 1 −1 2 1
det A =
3 −2 4 3 −2
5 0 3 5 0
–10 0 –9 –12 20 0
−1 3 −2 −1 3
detA = 0 2 7 0 2
5 2 4 5 2
+20 +14 0 –8 105 0
detA=20+14–8+105 ⇒ detA=131
Detalhe: No caso de determinante de uma matriz com ordem n ≥ 4, usaremos o
Abaixamento de Ordem, pelo Método de CHIÒ, mas existem outras técnicas de resolução.
4º) Se A é uma matriz quadrada de ordem n ≥ 4, nesse caso para o cálculo do determi-
nante de A usaremos a Regra de Chiò (Abaixamento de Ordem), com os seguintes
procedimentos:
A parte, realizamos com os elementos que foram suprimidos, os produtos dos elementos
que estão na 1a linha pelos elementos que estão na 1a coluna.
3º) Os elementos que restaram (aqueles que não foram cortados), subtraímos o produto
do “pé da perpendicular” traçado de cada elemento, ou seja, o resultado dos produ-
tos encontrados dos elementos que foram suprimidos da 1ª linha e da 1ª coluna (os
cortados).
a22 − a21.a12 a23 − a21.a13 ... a2 n − a21.a1n
a32 − a31.a12 a33 − a31.a13 ... a3n − a31.a1n
detAn =
4º) O determinante a ser calculado é de uma matriz de uma ordem inferior, ou seja, de
ordem (n-1).
Se A é de ordem 5, cai para ordem 4, e aplicamos novamente a Regra de CHIÒ, para cair
para ordem 3, e aplicar a Regra de SARRUS.
E assim sucessivamente.
Vejamos um exemplo de uma matriz de ordem 4, com a11= 1.
1 −1 2 0
2 3 1 −1
Seja A4 =
1 0 4 3
0 1 3 5
x –1 2 0
2 –2 4 0
1 –1 2 0
0 0 0 0
3 − (−2) 1 − 4 −1 − 0
detA = 0 − (−1) 4 − 2 3 − 0
1− 0 3−0 5−0
5 −3 −1 5 −3
detA = 1 2 3 1 2
1 3 5 1 3
+2 –45 +15 50 –9 –3
det A = 2 – 45 + 15 + 50 – 9 – 3
det A = 10
Calcule det A.
Calcule det A.
Calcule:
1 3 2 7
−2 5 4 0
detA =
11 3 1 5
3 −4 −1 2
1ª) Se em um determinante trocarmos a posição (casada) de duas filas (linhas ou colu-
nas), o determinante muda de sinal.
2ª) Num determinante podemos colocar um número de uma determinada fila em evidên-
cia, e esse número ficará multiplicando o resultado do determinante gerado.
A 1ª linha é toda divisível por 2, por isso vamos colocar o número “2” em evidência, as
demais filas permanecem do mesmo jeito.
1 2 0 −3
−2 5 4 0
detA = 2 x
1 3 1 5
3 −4 −1 2
Assim o número 1 aparece na posição a11, podendo assim aplicar a Regra de CHIÒ.
Achando os “pés de perpendiculares” (produto dos elementos da 1a linha pela 1a coluna):
x 2 0 –3
–2 –4 0 6
1 2 0 –3
3 6 0 –9
9 4 −6
detA = 1 1 8
−10 −1 11
det A = 99 + 6 – 320 – 60 + 72 – 44
det A = – 247
Outro exemplo: Calcule:
5 2 0 −3
−2 5 3 0
detA =
7 3 1 5
3 −4 −1 2
Notamos que nenhuma fila possui um fator comum, portanto vamos aplicar a outra
propriedade de mudança de posição de filas. Mas percebemos que dentro do determinan-
te temos um elemento igual a unidade (a33 = 1), vamos trocar a 1ª linha com a 3ª linha
de lugar, mas poderia ser a 1ª coluna com a 3ª coluna, lembrando que o determinante
muda de sinal.
5 2 0 −3 7 3 1 5
−2 5 3 0 −2 5 3 0
detA = ⇒ detA = –
7 3 1 5 5 2 0 −3
3 −4 −1 2 3 −4 −1 2
7 3 1 5
−2 5 3 0
detA = –
5 2 0 −3
3 −4 −1 2
1 3 7 5
3 5 −2 0
detA = +
0 2 5 −3
−1 −4 3 2
5 − 9 −2 − 21 0 − 15
detA= 2 − 0 5 − 0 −3 − 0
−4 + 3 3+ 7 2+5
−4 −23 −15
=detA 2 5 −3
−1 10 7
SAIBA MAIS
Se você mudar no determinante apenas uma vez a posição de duas filas, ele terá o sinal nega-
tivo na frente do determinante, mas se você mudar duas vezes, uma de cada vez, ao final ele
ficará com o sinal positivo na frente do determinante.
Calcule:
−4 2 0 3
2 5 3 0
1) detA =
7 3 1 5
1 3 1 2
5 7 0 3
2 5 3 0
2) detA =
0 3 4 −9
1 3 1 6
Respostas:
1) det A = – 54
2) det A = – 102
Definições
EQUAÇÃO LINEAR
O que é uma equação linear?
onde :
a1, a2, ..., an são os coeficientes das variáveis
x1, x2, ..., xn são as variáveis ou incógnitas
b é a constante ou o termo independente
Observe que os coeficientes aij foram apresentados com dois índices: o primeiro (i)
representa a posição da equação no sistema; e o segundo (j) representa a variável que
ele acompanha.
SAIBA MAIS
Uma equação Linear não apresenta termos em que existam grau ”n” sobre a incógnita, como
x2, y3, e outros; ou termo em que haja produto ou quociente entre as variáveis, como x.y, y
, e outros; Cada termo só apresenta uma variável e no grau 1 (expoente). x
2x + y – 3z = 5
x + y – 3z + t = – 1
SISTEMA LINEAR
DETERMINADO INDETERMINADO
Admite Uma Admite Infinitas
Única Solução Soluções
Para resolvê-lo teremos que achar a solução que satisfaz as duas equações ao mesmo
tempo, ou seja, o par ordenado de números reais x e y, será dado por {(x, y)}, e a resolu-
ção será feita pelo Método da Adição.
Esse método consiste em somar as equações do sistema, para obter outra equação com
uma única incógnita (sistemas equivalentes). Para que isso aconteça, será necessário que
multipliquemos uma ou mais vezes as equações (ou apenas uma equação), pelo número que
nos interessa, de modo que uma incógnita tenha coeficientes opostos nas duas equações.
Ao aplicarmos essa equivalência que consiste em somar as duas equações de modo que
uma das variáveis se anule, e consequentemente achamos o resultado da outra, e depois
por uma mera substituição encontramos o valor da outra variável. Veja o exemplo a seguir.
Agora voltamos e substituímos o valor encontrado de x em uma das equações, não faz
diferença qual delas porque a solução tem que atender todas as equações do sistema.
2 x + 3 y = 7
~S =
−9 x − 3 y = 0
2 x + 3 y = 7
~S =
−9 x − 3 y = 0
− 7x = 7
7 x = −7
x = −1
2 x =
−y 2 x(−2)
4 x − 2 y =
5
−4 x + 2 y =−4
4x − 2 y = 5 +
0 =1 (absurdo!!)
Portanto esse sistema não tem um par de números reais que satisfaça simultaneamen-
te as duas equações, dizemos que é Impossível, e representaremos a resposta por um
conjunto vazio (∅).
V = { } ou V = ∅
3x − y = 3 x(2)
6 x − 2 y =6
6x − 2 y =
6 As duas equações são iguais
6 x − 2 y =
6 Na verdade é apenas uma equação.
{ 6x − 2 y =
6
O sistema dado é Possível Indeterminado, porque apresenta infinitas soluções. Para cada
valor de α, teremos uma resposta diferente, então apresentaremos a solução em função
da uma nova variável (α), ou seja, por um par de infinitas soluções reais:
α
V 1 + ,α ,α ∈ ℜ
=
3
SAIBA MAIS
Existem outros métodos de resolução para sistema de duas equações a duas variáveis, são eles:
• Método da substituição: consiste em isolar uma incógnita em qualquer uma das equa-
ções, obtendo igualdade com um polinômio. Então deve-se substituir essa mesma
incógnita em outra das equações pelo polinômio ao qual ela foi igualada.
• Método da comparação: consiste em compararmos as duas equações do sistema,
após termos isolado a mesma variável (x ou y) nas duas equações. e as equações
ficam mais detalhadas.
−3 x + 4 y = 4
1) S =
5 x − 2 y =−16
4 x + 5 y =0
2) S =
7 x + 3 y 0
=
x + 5 y = −1
4) S =
2 x + 10 y = −2
Respostas:
1) V = {(–4, –2)}
2) V = {(0, 0)}
3) V = ∅ (não tezm nenhuma solução que satisfaça as duas equações ao mesmo tempo)
Exemplo:
Resolução:
Temos:
1 moto: 2 rodas
2 motos: 2 x 2 rodas = 4 rodas
3 motos: 3 x 2 rodas = 6 rodas
E assim sucessivamente.
Como temos 14 veículos distribuídos entre x motos e y carros, então x+y=14 e também
sabemos que os mesmos somam 48 rodas distribuídos entre as x motos cada uma com
duas rodas e entre os y carros cada um com 4 rodas, portanto temos: 2x+4y=48.
−2 x − 2 y = −28
S =
2 x + 4 y = 48 +
2 y = 20 : (2)
y = 10
y = 10 carros
Substituindo numa das equações, encontraremos o valor de x a saber:
x + y = 14
x + 10 = 14
x = 14 – 10
x=4
x = 4 motos
Resposta: Nesse estacionamento tem 4 motos e 10 carros.
Outro exemplo:
Como se sabe, uma partida de voleibol não pode terminar empatada. Em qualquer torneio
de vôlei, no regulamento se marca 2 pontos por vitória e 1 ponto por derrota. Ao disputar
um torneio de vôlei, uma equipe realizou 9 partidas e acumulou 15 pontos. Quantas parti-
das a equipe venceu e quantas ela perdeu nesse torneio?
Resolução:
Quantidade de pontos são 15 distribuídos entre cada vitória, ganha 2 pontos e cada derro-
ta, perde 1 ponto, e esse total distribuídos entre x vitórias e y derrotas.
−2 x − 2 y = −18
2 x − 1 y= 15 +
− 3y = −3.(−1)
3 y = 3 : (3)
y =1
uas pessoas têm, juntas, 70 anos. Subtraindo 10 anos da idade da mais velha e
1) D
acrescentando os mesmos 10 anos à idade da mais jovem, as idades ficam iguais.
Qual a idade de cada uma dessas pessoas?
2) Para embalar 1.650 livros, uma editora utilizou 27 caixas, umas com capacidade para
50 livros, e outras, para 70 livros. Quantas caixas de cada tipo a editora utilizou?
Resposta: A Editora utiliza de 12 caixas que contém 50 livros cada e 15 caixas que
contém 70 livros cada.
Se em (S) a matriz incompleta A (formada apenas pelos coeficientes das variáveis) for
diferente de zero, ou seja, det A ≠ 0, diz-se que (S) é um Sistema de Cramer. Portanto
para que seja um Sistema de Cramer é necessário que o número de equações seja igual
ao número de incógnitas e que seja um sistema Possível Determinado.
onde det (Aij ) é originado do det A , trocando-se neste a coluna dos coeficientes de xi j
pelos termos independentes (constantes) das equações do sistema na ordem respectiva
das equações.
Veja um exemplo
2º) Provar que o det (A) ≠ 0 , onde A é a matriz formada apenas pelos coeficientes orde-
nados e completos das incógnitas.
1.x + 2. y − 1.z =
4
2.x − 1. y + 1.z =
1
3.x + 5. y − 2.z =
11
1 2 −1
=A 2 −1 1
3 5 −2
Assim o determinante de A é:
1 2 −1
detA
= 2 −1 1
3 5 −2
Resolvendo por SARRUS (repetição das duas primeiras colunas ordenadamente após a
3ª coluna), teremos:
det A = 2 – 10 + 6 – 3 + 8 – 5
det A = – 2 (det A ≠ 0 )
Portanto o Sistema é de Cramer.
1ª Variável x:
1.x + 2. y − 1.z = 4
2 . x − 1 . y + 1 . z 1
=
3.x + 5. y − 2.z = 11
det Ax = 8 – 5 + 22 – 11 – 20 + 4
det Ax = – 2
2ª Variável y:
A matriz A é:
1 2 −1
=A 2 −1 1
3 5 −2
O determinante de Ay é:
1 4 −1
detAy = 2 1 1
3 11 −2
detAy = – 2 – 22 + 12 + 3 – 11 + 16
det Ay = – 4
y=2
3ª Variável z:
Utilizando raciocínio análogo (a coluna dos coeficientes "z" foram substituídos pelos
termos independentes):
1 2 4
detA
= z 2 −1 1
3 5 11
det Az = – 11 + 40 + 6 + 12 – 5 – 44
det Az = – 2
z=1
E assim o sistema é determinado, é de Cramer e a solução final é dada pela terna ordenada:
V = {(x, y, z)} ⇒ V = {( 1, 2, 1) }
Outro exemplo
O determinante de A é igual a:
1 −3 1
detA =−2 −3 5
3 1 −2
det A = 6 – 2 – 45 + 9 + 12 – 5
det A = – 25
det A = – 300
detAx
x=
detA
−300
x=
−25
x = 12
2ª variável: y
1 3 1
detAy = −2 27 5
3 14 −2
det Ay = – 54 – 28 + 45 – 81 – 70 – 12
det Ay = – 200
−200
y=
−25
y=8
3ª variável: z
1 −3 3
detAz =−2 −3 27
3 1 14
det Az = – 42 – 6 – 243 + 27 – 27 – 84
det Az = – 375
detAz
z=
detA
−375
z=
−25
z = 15
V= { ( 12, 8 , 15 ) }
Resposta:
Sistema é Cramer e a solução é V = {( –3, –4, 1 )}
Mas se o sistema possuir 4 ou mais equações com 4 ou mais variáveis, como faremos?
Embora a regra de Cramer seja importante teoricamente, tem pouco valor prático para
grandes matrizes, uma vez que o cálculo de grandes determinantes é um pouco compli-
cado (trabalhoso).
Assim vamos usar outra técnica de resolução, ou seja, vamos aprender a Escalonar o
Sistema de Equações. Na verdade a partir de três ou mais incógnitas vale a pena aplicar
a técnica do escalonamento (abaixamento de ordem: GAUSS).
SISTEMAS ESCALONADOS
O processo de escalonamento de um sistema linear ocorre por meio de operações elemen-
tares, que são iguais às utilizadas na equivalência de sistemas.
Portanto, para escalonarmos um sistema, deveremos seguir um roteiro com alguns
procedimentos.
1º. As equações podem ser trocadas de posição e ainda assim teremos um sistema
equivalente.
2º. Para facilitar o procedimento, aconselhamos que a primeira equação seja aquela sem
coeficientes nulos e que o coeficiente da primeira incógnita seja, de preferência,
igual a 1 ou –1. Esta escolha facilitará os passos seguintes. Assim essa equação
será mantida até o final.
3º. Podemos multiplicar todos os termos de uma equação pelo mesmo número real dife-
rente de zero. Assim multiplique todos os membros de uma equação por um mesmo
número real, que seja diferente de zero de modo que o coeficiente da 1a variável da
1a equação seja oposto ao coeficiente da mesma variável na 2a equação. E assim
somamos essas equações (1a e 2a) de modo que a 1a variável (x) desapareça e a
novaequação gerada por essa soma seja a 2a equação do novo sistema.
4º. Repita este processo para as demais equações que possuam a mesma incógnita.
2º) o
número de coeficientes nulos, antes do primeiro coeficiente não nulo, cresce “da
esquerda para a direita, de equação para equação.”
2 x + 3 y + 3z =5
trocar de posição
x + y + 2 z =10
y + 2z = 3
x + y + 2z = 10 x(−2)
... −2 x − 2 y − 4 z =−20
2 x + 3 y + 3z =5 2 x + 3 y + 3z = 5 +
0 x + y + 2 z =3
0 x + y − z =−15
A 3a equação já tem o
x + y + 2z = 10
quoeficiente da variável x
0 x + y − z =−15
0 x + y + 2 z = nulo. Portanto é só mantê-la.
3
x + y + 2z = 10
y − z = −15
y + 2 z =3
Como todas as equações, a partir da 2ª, já anularam os termos com a variável “x”, inicia-
remos o processo de redução de incógnitas tomando a 2ª equação como base, e a partir
da 3ª anulamos os coeficientes da variável “y”.
x + y + 2z =10
Essa equação servirá de base para cancelar
y − z =−15
próxima equação, a variável "y"
y + 2z =3
x + y + 2z =10 −y + z = 15
y − z =−15 x(−1) ... y + 2z = 3 +
y + 2z = 3
0 y + 3z =18
Com isso, substituiremos esta equação obtida no lugar da 3ª equação. Note que esta
equação já não possui a incógnita “x” e “y”.
x + y + 2z = 10
y − z =−15
3 z = 18
x + y + 2z = 10 ⇒ Equação 1
y − z = −15 ⇒ Equação 2
3 z = 18 ⇒ Equação 3
y – z = - 15
y – 6 = - 15
y = - 15 + 6
y=-9
Equação 1, substituindo os valores de z e y, teremos:
x + y + 2z = 10
x + (- 9) + 2.(6) = 10
x – 9 + 12 = 10
x = 10 + 9 – 12
x=7
V = {( 7, - 9, 6 )}
Vejamos outro exemplo:
Escalonar e resolver o seguinte sistema:
2 x − y + 3 z =−1
3 x + 2 y − 2 z =−1
−4 x − y + z = 3
Se repararmos, nenhuma equação tem a 1ª variável com o coeficiente igual a unidade (1).
Não tem problemas, escolhemos uma para fixar como base, e aplicamos a multiplicação
de termos opostos para as duas equações, de forma que surja uma 2ª equação com a 1ª
variável nula, sendo a nova 2ª equação.
2 x − y + 3 z =−1 (−3) −6 x + 3 y − 9 z =3
... 6 x + 4 y − 4 z =−2 +
3 x + 2 y − 2z =−1 (2)
−4 x − y + z = 3 0 x + 7 y − 13 z =
1
Ainda com a 1ª equação como base, vamos cancelar a variável “x” na 3ª equação.
Raciocínio analógo, tomamos a 1ª e a 3ª equação e multiplicamos pelos coeficientes de
“x” cruzados, e um deles será negativo, para aparecer os termos opostos e se cancela-
rem, e assim surgir uma nova 3ª equação. Veja a seguir.
4x − 2 y + 6z = −2
2 x − y + 3 z =−1 (+2) ...
−4 x − 1 y + 1z = 3 +
7 y − 13 z =1
0x − 3y + 7z = 1
−4 x − y + z = 3
Agora vamos Tomar a 2ª equação como base até o final para cancelar a 2ª variável (y) na
3ª equação, e para isso vamos multiplicar cruzado pelos seus coeficientes de y a 2ª e 3ª
equações:
2 x − 1y + 3z =
−1 21 y − 39 z =3
... −21 y + 49 z =7 +
+ 7 y − 13 z =1 (3)
−3 y + 7 z = 0 y + 10 z =10
1 (7)
Assim surge uma nova 3ª equação sem a variável y, e o sistema equivalente fica assim:
2 x − y + 3 z =−1 ⇒ 1º Equação
7 y − 13 z = 1 ⇒ 2º Equação
10 z = 10 ⇒ 3º Equação
3ª equação:
10z = 10
z = 10 : 10
z=1
Substituindo esse valor de z na 2ª equação, teremos o resultado de “y”:
2ª equação:
7y – 13z = 1
7y = 1 + 13z
7y = 1 + 13(1)
7y = 1 + 13
7y = 14
y = 14 : 7
y=2
1a equação: Substituímos os valores de “z” e de “y” e teremos o resultado de “x”:
2x – y + 3z = – 1
2x = – 1 + y – 3z
2x = – 1 + 2 – 3.1
2x = – 1 + 2 – 3
2x = – 2
x =–2:2
x=–1
O sistema dado gerou a solução final: {(– 1, 2, 1)}
x + 2 y + 4z = 0
2x + 3y − z = 0
− x + 0 y + 16 z =4
Resposta:
O sistema escalonado:
x + 2 y + 4z = 0
− y − 9z = 0
z = 2
O sistema escalonado:
2 x + 3 y − z =5
11 y − 7 z 1
=
−102 z = −306
Solução:
{(1, 2, 3)}
Assim espera-se que esse material lhe sirva de suporte e não deixe de aplicá-lo no seu
dia-a-dia.
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