Aula APS 02 TécnicasLevantamentoRequisitos V2

Análise e Projetos de Sistemas
Universidade FUMEC – 2016

Prof. Ugo Caputo
ugocaputo@fumec.br
Análise e Projetos de Sistemas - Universidade FUMEC 1

Técnicas de Entrevistas e Coleta de Dados

Ao iniciar um projeto de desenvolvimento de sistemas, você provavelmente
entrevistará:
• Usuários Finais
• Gerentes
• Auditores
• Outros profissionais de TI
• ...


Mas... Porque fazemos entrevistas durante a análise dos sistemas?
• Precisamos coletar informação sobre o comportamento de um sistema atual

ou sobre os requisitos de um novo sistema. Normalmente essas informações
estão nas cabeças daqueles que trabalham ou um dia já trabalharam com
determinado sistema.
• Precisamos verificar nossa própria compreensão, como Analistas de Sistemas,

do comportamento de um sistema atual ou dos requisitos de um novo sistema.
• Precisamos coletar informações para fazer análises de

custo-benefício.


Tipos de Entrevistas
• A forma mais comum de entrevista é uma reunião pessoal e direta entre você
e um ou mais entrevistados;
• Você deverá perceber que uma entrevista pessoal pode ser substituída por um
questionário formal enviado aos entrevistados;
• Outra técnica bastante utilizada atualmente é a técnica de Brainstorming. Essa

técnica consiste na reunião de várias pessoas em busca de idéias sobre o
assunto a ser tratado. Normalmente ela possui um moderador, que acalma os
ânimos exaltados e faz todas as anotações necessárias.

Tipos de Entrevistas
• O brainstorming é composto de 3 partes principais:
• Encontrar os fatos;
• Geração da idéia;
• Encontrar a solução.


Problemas Fundamentais
• À primeira vista, pode ser que entrevistar um usuário seja uma questão
simples e direta. Mas muitas vezes não é.
• Muito mais do que no hardware e no software, os problemas que acontecem

em projetos envolvem o “peopleware”. Tais problemas ocorrem já nas
entrevistas.
• Os problemas mais comuns a que você deve estar atento são descritos no
próximo slide.


1. Entrevistar a pessoa errada no momento errado: é muito fácil, por causa

dos problemas e interesses organizacionais, falar com pessoas que
demonstram nada saber a respeito dos verdadeiros requisitos do sistema.
Solução: aguardar, se possível, a disponibilidade do usuário que conhece os

requisitos, e apontar como risco do projeto a não efetivação das entrevistas
com os usuários necessários.


2. Fazer perguntas erradas e obter respostas erradas: os usuários e analistas

de sistemas tem vocabulários diferentes, experiências diferentes. Desse
modo, é fácil fazer uma pergunta racional sobre os requisitos do sistema, o
usuário não entender a pergunta e ambos não perceberem o fato.
Solução: existem ferramentas (como veremos mais adiante) que são uma
tentativa de fornecer uma linguagem comum e sem ambiguidades para
diminuir os mal entendidos.
É importante sempre o envio de atas e marcação de entrevistas

subsequentes para verificar se todos estão falando da mesma coisa.

3. Criar ressentimentos recíprocos: existem casos em que o usuário não se

sente à vontade ou se coloca contra o Analista de Sistemas. E o Analista
pode ressentir-se do modo como o usuário responde às perguntas.
Solução: tentar explicar para o usuário da importância de seu papel para o

sucesso do projeto e o quanto será mais rápido se ele colaborar
adequadamente.

Diretrizes para a Realização de Entrevistas
1. Desenvolva um Plano Geral de Entrevistas
• Certificar quem deve ser entrevistado: obtenha um organograma da empresa que

mostre as pessoas da organização usuária, bem como a hierarquia entre elas.
• Se não existir um organograma formal, encontre alguém que saiba como a

organização funciona e peça ajuda.
• É importante conversar com os usuários na sequência combinada e na

organização certa.

2. Certifique-se de que você tem autorização para conversar com os usuários
• Em grandes organizações, é politicamente perigoso vagar pela organização

usuária realizando entrevistas sem prévia autorização.
• Na maioria dos casos, a autorização vem de um responsável pelo setor dos

usuários, já que eles sabem quando os usuários são ou não capazes de
compreender os exprimir bem os requisitos do sistema.

3. Planeje a entrevista para fazer uso eficiente do tempo
• Certifique-se de que o entrevistado conhece o assunto da entrevista. Se

necessário faça um resumo dos tópicos a serem tratados e envie para o usuário
antecipadamente.
• Colete, antes da entrevista, quantos dados pertinentes quanto possível.
• Planeje sua entrevista para uma hora ou menos. Pessoas não conseguem se
manter concentradas por períodos maiores do que este.

3. Planeje a entrevista para fazer uso eficiente do tempo
• Após a elaboração de uma ata, marque uma nova data para conversarem
novamente, para verificar:
1. Que você não cometeu nenhum engano em seu entendimento;
2. Que o usuário não mudou de opinião nesse meio tempo.


4. Utilize ferramentas automatizadas, mas não abuse
• Se você optou por fazer um protótipo, ele deve facilitar as discussões, e não
complicá-las.
• Ele deve permitir que você e o usuário examinem alternativas e modificações

com rapidez e facilidade.
• Mas cuidado: se o usuário ainda não está familiarizado com a ferramenta, ele
pode rejeitá-la.


5. Tente descobrir que informações o usuário está mais interessado
• Caso você precise desenvolver um modelo extenso, você deve sempre tentar
começar por onde o usuário preferir ou tiver mais desenvoltura.
• Alguns usuários desejarão começar pelas saídas (relatórios e valores finais).

Outros poderão estar mais interessados nas entradas ou nos detalhes de uma
transformação funcional.


6. Use um estilo adequado de entrevistar
Fazer perguntas detalhadas nem sempre é fácil. Dependendo da personalidade

do entrevistado e do tema da entrevista você pode precisar de uma gama de
estilos para extrair as informações necessárias.
• Relacionamentos: peça para o usuário explicar os relacionamentos entre o que

está em discussão e as demais partes do sistema ou da área.
• Pontos de Vista Alternativos: solicite ao usuário que descreva o ponto de vista

de outros usuários em relação ao item que esteja sendo discutido.


6. Use um estilo adequado de entrevistar
• Detalhamento: solicite ao usuário uma descrição informal do item que você

estiver interessado.
• Dependências: pergunte ao usuário se o item em discussão depende, para sua

existência, de alguma outra coisa.
• Confirmação: diga ao usuário o que você acha que ouviu ele dizer. Use suas
palavras em lugar das dele e peça confirmação. Dessa forma, você pode dizer:
“deixe-me verificar se entendi perfeitamente o que você disse.”


7. Possíveis formas de Resistência na entrevista
“Você está tomando meu tempo”
A resposta a isso seria explicar que você compreende, e desculpar-se pelo tempo
que precisa tomar, mas que já preparou tudo e fará a entrevista no menor tempo
possível.
“Você está ameaçando meu emprego”
Lembre-se de que você não é o chefe dessa pessoa e que não pode garantir
nada. Leve o fato ao conhecimento do gerente de projetos ou líder da pessoa
para obter um pronunciamento deles mesmos.


7. Possíveis formas de Resistência na entrevista
“Você não conhece a nossa empresa, como você diz como será o novo sistema?”
Reconheça constantemente a importância daquele usuário para a área, e informe

que seu papel é exatamente tentar conhecer um pouco mais.
“Você está tentando mudar o modo como as coisas são feitas aqui”
Informe que tais modificações são (provavelmente) diretrizes de negócio, e que

com certeza bons frutos serão colhidos no futuro.


8. Formas alternativas de coletas de dados
• Questionários
• Demonstrações feitas pelo fornecedores
• Visitas a outras instalações similares
• Pesquisas externas
• Coletas de Dados de sistemas anteriores (se é que existem!!!)

Dúvidas???

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• Precisamos verificar nossa própria compreensão, como Analistas de Sistemas,

• Precisamos coletar informações para fazer análises de

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• Outra técnica bastante utilizada atualmente é a técnica de Brainstorming. Essa

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• O brainstorming é composto de 3 partes principais:

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• Muito mais do que no hardware e no software, os problemas que acontecem

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Solução: aguardar, se possível, a disponibilidade do usuário que conhece os

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É importante sempre o envio de atas e marcação de entrevistas

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3. Criar ressentimentos recíprocos: existem casos em que o usuário não se

Solução: tentar explicar para o usuário da importância de seu papel para o

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1. Desenvolva um Plano Geral de Entrevistas

• Certificar quem deve ser entrevistado: obtenha um organograma da empresa que

• Se não existir um organograma formal, encontre alguém que saiba como a

• É importante conversar com os usuários na sequência combinada e na

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2. Certifique-se de que você tem autorização para conversar com os usuários

• Em grandes organizações, é politicamente perigoso vagar pela organização

• Na maioria dos casos, a autorização vem de um responsável pelo setor dos

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3. Planeje a entrevista para fazer uso eficiente do tempo

• Certifique-se de que o entrevistado conhece o assunto da entrevista. Se

• Colete, antes da entrevista, quantos dados pertinentes quanto possível.

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3. Planeje a entrevista para fazer uso eficiente do tempo

1. Que você não cometeu nenhum engano em seu entendimento;

2. Que o usuário não mudou de opinião nesse meio tempo.

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4. Utilize ferramentas automatizadas, mas não abuse

• Ele deve permitir que você e o usuário examinem alternativas e modificações

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5. Tente descobrir que informações o usuário está mais interessado

• Alguns usuários desejarão começar pelas saídas (relatórios e valores finais).