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CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM ADMINISTRAÇÃO

Fase: 3ª
Disciplina: Gestão de Tecnologia da Informação Professor: Gustavo
Vicente
Alunos: Luís Douglas da Silva Pintos e Milena Pereira de Carvalho

05/04/2019

TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO DE REQUISITOS

LEVANTAMENTO ORIENTADO A PONTOS DE VISTA


Em todo e qualquer tipo de sistema, existem diversos tipos de usuários finais, por este motivo em um
sistema que pode ser considerado simples, podem existir pontos de vista variados que devem ser considerados.
Entretanto, suas perspectivas não são inteiramente independentes, mas em geral apresentam alguma duplicidade,
de modo que apresentam requisitos comuns.

O método utilizado é o VORD (viewpoint-oriented requirements definition – definição de requisitos orientada


a ponto de vista) foi projetado como um framework orientado para um serviço pro levantamento de análise de
requisitos.

Na primeira parte da análise de um ponto de vista o objetivo é identificar outros pontos de vista, onde é
realizada uma reunião com analistas e stakeholders, que através da abordagem de brainstorming, identificam os
serviços em potencial e as entidades que interagem com o sistema.

A segunda parte é a estruturação de pontos de vista, que consiste em agrupar pontos de vista equivalentes,
seguindo uma hierarquia. Serviços usuais estão localizados nos níveis mais altos da hierarquia e seguidos por pontos
de vista de nível inferior.

A terceira parte de documentação do ponto de vista tem por objetivo aprimorar a descrição dos pontos de
vista e serviços identificados.

A quarta parte é o mapeamento de sistema conforme o ponto de vista envolve identificar objetos em um
projeto orientado a objetos, utilizando as informações de serviço que estão envolvidas nos pontos de vista.

Exemplo de ponto de vista:

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ETNOGRAFIA
É uma técnica baseada na observação e que tem como objetivo entender os requisitos sociais e
organizacionais, isto é, compreender a cultura organizacional para poder ambientar-se com seu funcionamento e
suas particularidades.

Nesta técnica, o analista vivencia o dia-a-dia e faz um levantamento das tarefas reais em que o sistema será
útil.

A etnografia tem como principal objetivo ajudar a explorar os requisitos de sistema “implícitos, que refletem
os processos reais, em vez de os processos formais, onde as pessoas estão envolvidas”.

A eficácia da Etnografia está na descoberta de dois tipos de requisitos:

- Os requisitos oriundos da forma como as pessoas de fato trabalham, ao invés da forma estabelecida nos
procedimentos de como elas deveriam trabalhar.

- Os requisitos oriundos da colaboração e conscientização das atividades de outras pessoas.

A análise de observação tem algumas desvantagens como: despende muito tempo e o analista pode ser
induzido a erros em suas observações. Porém, em geral a técnica de observação é muito proveitosa e
constantemente utilizada para contribuir com as descobertas obtidas através de outras técnicas.

WORKSHOPS
Se trata de uma técnica de elicitação (criação de sistema solicitado pelo cliente) em grupo, utilizada em uma
reunião organizada.

Fazem parte deste grupo uma equipe de analistas e um grupo selecionado de stakeholders que fazem parte
da organização e que definirão o contexto em que o sistema será utilizado.

O maior objetivo do workshop é o trabalho em equipe. Deverá haver um condutor para coordenar e
promover o workshop, ajudando na tomada de decisão e no processo de negociação.

O condutor do seminário deverá ter um perfil mediador e observador. A convocação deve possuir dia, hora,
local, horário de início e de término, o assunto a ser discutido e a documentação necessária para o seminário.

PROTOTIPAGEM
A prototipagem é uma técnica que tem o objetivo de criar um protótipo do sistema a ser construído.

Esta técnica explora a criticidade dos requisitos de um produto, implementando rapidamente um pequeno
subconjunto de funcionalidades deste produto.

A prototipagem é adequada “para estudar as alternativas de interface do usuário; problemas de


comunicação com outros produtos; e a viabilidade de atendimento dos requisitos de desempenho.

As técnicas utilizadas na elaboração do protótipo são várias: interface de usuário, relatórios textuais, relatórios
gráficos, entre outras”.

Os benefícios dessa técnica são: diminuição dos riscos na construção do sistema, pois o usuário responsável
já validou o que o analista obteve nos requisitos do produto.

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Para obter êxito na elaboração dos protótipos, é importante escolher o ambiente que será objeto da
prototipagem, a compreensão dos objetivos do protótipo por todos os envolvidos no projeto, “a focalização em
áreas menos compreendidas e a rapidez na construção”.

ENTREVISTA
A entrevista é uma das técnicas mais tradicionais e mais usadas. É feita através de uma discussão do
engenheiro com o usuário e/ou clientes a fim de encontrar o sistema ideal a ser desenvolvido.

São elaboradas questões a serem respondidas pelos stakeholders de modo que será possível filtrar as
respostas obtidas, para então serem utilizadas nos requisitos do sistema.

Existem dois tipos de entrevista, as entrevistas fechadas, nas quais são feitas perguntas pré-determinadas, e
as entrevistas abertas, onde não há um script, são discutidos diversos assuntos a fim de encontrar melhor
compreensão das necessidades do sistema que será criado.

Essa técnica tem como vantagem a sua flexibilidade com o objetivo de adquirir as informações, que por
conta disso, aproxima o engenheiro e o usuário, tornando o usuário mais atuante no desenvolvimento do sistema.

Por sua vez, esta técnica possui a desvantagem de possuir custo, tempo e esforço do engenheiro. Caso haja a
necessidade de entrevistar muitos usuários, fica complicado tabular todos os dados obtidos.

QUESTIONÁRIO
Essa técnica é usada para alcançar um grande número de pessoas. Sendo assim, conseguindo inúmeras
informações.

Segundo Kendall (1992), essa técnica permite adquirir informações de pessoas afetadas pelo sistema, assim
conseguindo um feedback e identificando possíveis problemas e melhorias para o sistema.

Para a criação do questionário é necessário usar uma metodologia que siga de acordo com os perfis dos
usuários que irão responder o questionário - que deve ser bem planejado de forma que traga informações
relevantes ao sistema.

BRAINSTORMING
Brainstorming é uma técnica de reuniões em grupo no qual seus integrantes são especialistas de diversos
setores, a fim de discutir novas ideias com foco na resolução dos problemas.

Nesta técnica, o objetivo é dar liberdade aos participantes de exporem suas ideias e também aceitarem as
ideias sugeridas. O brainstorming poderá resultar na solução de problemas com a junção das contribuições de cada
integrante.

JAD
Tem o intuito de criar sessões de trabalho organizadas, que são baseadas em dinâmicas de grupo e recursos
audiovisuais. Os stakeholders procuram descobrir dos requisitos básicos até o layout de telas e relatórios do sistema
a ser criado.

Essa técnica fomenta a cooperação e o entendimento entre quem está desenvolvendo o sistema e o usuário
solicitante do mesmo. Em suma sessão de JAD, há o envolvimento de 8 a 15 pessoas de diferentes áreas interessadas

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na produção do software. Há também a presença de um facilitador, que motivará o envolvimento dos participantes
nas reuniões, mediando as discussões e fazendo questionamentos visando descobrir os requisitos não relatados.

O JAD traz também uma contribuição em relação aos usuários envolvidos, pois causa uma integração entre
eles ao compartilharem do desenvolvimento do sistema.

A técnica JAD tem quatro princípios básicos: dinâmica de grupo (possui um mediador para incentivar a
capacidade dos stakeholders); técnicas audiovisuais, que aumenta a comunicação e o entendimento entre os
envolvidos; manutenção do processo organizado e racional e a documentação padrão em que todos o integrantes da
reunião preenchem e assinam.

Essa metodologia é composta por duas grandes etapas: o planejamento, que tem por objetivo fazer um
levantamento e especificar requisitos; e o projeto, que consiste lidar com o projeto do software.

“As experiências com a metodologia JAD que resultaram em sucesso mostraram poucas mudanças de
requisitos e uma redução de tempo e esforço gastos no levantamento de requisitos. Isso torna essa técnica
relevante para o processo de aquisição de requisitos (BRAGA, 2008)”.

Fontes:

https://www.devmedia.com.br/tecnicas-para-levantamento-de-requisitos/9151

http://www2.uesb.br/computacao/wp-content/uploads/2014/09/AN%C3%81LISE-DAS-T%C3%89CNICAS-DE-
LEVANTAMENTO-DE-REQUISITOS-PARA-DESENVOLVIMENTO-DE-SOFTWARE-NAS-EMPRESAS-DE-VIT%C3%93RIA-DA-
CONQUISTA-%E2%80%93-BA.pdf

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