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Fisiologia

1ª edição

Editoração Eletrônica

Wellington Lira & Carla Lima

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Editoração Eletrônica

DIREÇÃO SUPERIOR
Chanceler Joaquim de Oliveira
Reitora Marlene Salgado de Oliveira
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves

DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA


Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva

FICHA TÉCNICA
Texto: Wellington Lira & Carla Lima
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes & Christina Corrêa da Fonseca
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos

COORDENAÇÃO GERAL:
Departamento de Ensino a Distância
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Raquel de Queiroz - UNIVERSO

Bibliotecária: ELIZABETH FRANCO MARTINS – CRB 7/4990

Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se responsabilizando a ASOEC
pelo conteúdo do texto formulado.
© Departamento de Ensino a Distância - Universidade Salgado de Oliveira
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora
da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).
Editoração Eletrônica

Pa l av ra da Rei tora

Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo,


exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero
bem-sucedidas mundialmente.

São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio


dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se
responsável pela própria aprendizagem.

O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que


permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de
nossa plataforma.

Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores


especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos.

A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a


distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização,
graduação ou pós-graduação.

Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando


as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona.

Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD!

Professora Marlene Salgado de Oliveira

Reitora.
Editoração Eletrônica

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Editoração Eletrônica

Sum ário

Apresentação da disciplina............................................................................................. 07

Plano da disciplina............................................................................................................. 09

Unidade 1 – História e Conceitos da Editoração....................................................... 11

Unidade 2 – O Processo de Produção e suas Diversificações.............................. 39

Unidade 3 – Métodos de Editoração Eletrônica e suas Ferramentas ................. 61

Unidade 4 – Aplicação das Ferramentas .................................................................... 85

Unidade 5 – O Bibliotecário e o Mercado Editorial................................................... 105

Considerações finais ........................................................................................................ 125

Conhecendo os autores................................................................................................. 127

Referências......................................................................................................................... 129

Anexos................................................................................................................................. 135

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Editoração Eletrônica

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Editoração Eletrônica

Apresentação da disciplina

É notório como as tecnologias da informação e comunicação influenciaram


nossas vidas. Afirmamos isto com base no que já se estudou sobre a evolução
tecnológica e como atualmente, praticamente, todas as pessoas utilizam a
tecnologia em seu dia a dia. Uma mudança de paradigma e comportamento das
pessoas. Hoje, encontros, reuniões e conferências podem ser realizados online;
notícias são veiculadas com grande velocidade e uma amostra disto é o vertiginoso
crescimento dos artigos científicos, a propagação das pesquisas etc.

Toda essa mudança ocorreu também para a editoração de livros e demais


materiais para publicação, bem como, em uma das carreiras mais tradicionais, a
Biblioteconomia e verificaremos isto no decorrer dos estudos.

Nesta disciplina iremos conhecer na Unidade 1 um pouco sobre a história e


conceitos da editoração de livros e, ainda, sobre o surgimento dos artigos
científicos naquele contexto; na Unidade 2, discutiremos sobre o processo de
produção e suas diversificações. Já na Unidade 3, trataremos de métodos de
editoração eletrônica e algumas ferramentas. Das ferramentas estudadas será
escolhida uma para apresentarmos ao aluno a criação de um livreto e isto
conheceremos na Unidade 4 como aplicação das ferramentas. E para finalizar a
disciplina, faz-se necessária uma apresentação do contexto do mercado de
trabalho, com isso, a Unidade 5 trará essa apresentação: o bibliotecário e o
mercado editorial.

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Editoração Eletrônica

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Editoração Eletrônica

Plano da disciplina

A partir de agora, iremos conhecer cada Unidade e o que será tratado em cada
uma.

Unidade 1 – História e Conceitos da Editoração

Nesta unidade, iremos estudar enquanto objetivos: a fundamentação


conceitual e histórica da editoração; os avanços que se obtiveram com a editoração
para disseminação do saber; conhecer como se deu a editoração no Brasil e
distinguir etapas importantes no mundo da editoração de livro e revista científica;

Antes de evoluirmos os estudos para conhecer a editoração eletrônica, é


importante que o aluno conheça como surgiu o mercado de editoração. Como a
prensa de Gutenberg se tornou impar nesse processo. O surgimento da editoração
no Brasil também será tratado, bem como, a necessidade dos pesquisadores em
informar sobre suas pesquisas, daí o surgimento do artigo científico.

Unidade 2 – O processo de produção e suas diversificações

Os objetivos desta Unidade são: entender o impacto das novas tecnologias no


processo editorial; conhecer as etapas de editoração do impresso ao eletrônico e as
diferenças entre a editoração tradicional e eletrônica.

Nesta unidade conheceremos as etapas de editoração do processo tradicional


e do eletrônico, pois se faz necessário ao aluno entender a diferença desses dois
processos. Um ponto importante é como as tecnologias influenciaram esse
processo.

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Editoração Eletrônica

Unidade 3 – Métodos de Editoração Eletrônica e suas ferramentas

Iremos conhecer, nesta Unidade, as etapas para editoração eletrônica;


apreender o processo diante das editoras virtuais e conhecer as ferramentas
utilizadas na editoração eletrônica.

O aluno evidenciará as facilidades para publicação de livros com as editoras


virtuais e para tal conheceremos algumas ferramentas para editoração eletrônica.
Não nos esqueceremos da editoração dos artigos científicos e o aluno conseguirá
conhecer um pouco do fluxo da editoração a partir da submissão de um artigo.

Unidade 4 – Aplicação das ferramentas

Nesta Unidade, o aluno revisitará algumas funcionalidades das ferramentas


apresentadas na unidade anterior, mas daremos foco na criação de um livreto em
uma das ferramentas escolhidas. A criação será apresentada com passo a passo
demonstrando como se torna rápido e fácil a criação de material com texto e
imagens.

Unidade 5 - O bibliotecário e o mercado editorial

Para finalização da disciplina, o aluno conhecerá o um pouco mais sobre as


competências do profissional bibliotecário e como pode se inserir no mercado
editorial. Quais habilidades o mercado de trabalho busca e o que o profissional
precisa estar atento para melhoria de sua qualificação.

Importante destacar a importância do profissional da informação nas equipes


editoriais e como sua formação converge para integrar essas equipes.

Bons estudos!

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Editoração Eletrônica

1 História e Conceitos da
Editoração

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Editoração Eletrônica

Esta Unidade se propõe a apresentar ao aluno a fundamentação histórica da


Editoração, desde seu início até a atualidade, o que perpassa a editoração impressa
e adentra no conceito de editoração eletrônica, tema central da disciplina.
Considera-se importante abranger, nesta primeira discussão, a importância da
editoração para o avanço da comunicação científica, surgimento da imprensa, suas
evoluções; surgimento das revistas científicas.

Objetivos da Unidade:

 Conhecer a fundamentação conceitual e histórica da editoração;

 Discutir quais avanços obteve-se com a editoração para disseminação do


saber;

 Conhecer como se deu a editoração no Brasil;

 Distinguir etapas importantes no mundo da editoração de livro e revista


científica;

Plano da unidade:

 Histórico da Editoração

 Livros

 O veículo para a Comunicação Científica

 Editoração no Brasil

 Ferramentas tecnológicas e suas evoluções

Bons estudos!

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Editoração Eletrônica

Histórico da Editoração

Livros

Multiplicar exemplares de livros representou um importante avanço rumo a


difusão mais rápidas da literatura geral e científica e das pesquisas. É prematuro
tratar editoração sem apresentar seus fundamentos históricos, sem mencionar os
tipos móveis de impressão utilizados no oriente no século XI e os feitos de
Gutenberg no século XV, no ocidente. (MEADOWS, 1999; ARAUJO, 2008).

Desta forma, antes de prosseguirmos os estudos, apresentamos o conceito


tratado pelos teóricos da área. Para Araujo, editoração é um

[...] conjunto de teorias, técnicas e aptidões artísticas e


industriais destinadas ao planejamento, feitura e distribuição
de produto editorial. Em outras palavras, editoração é o
gerenciamento da produção de uma publicação – livros,
revistas, jornais, boletins, álbuns, cadernos, almanaques etc.
(ARAUJO, 2008, p. 38).

Segundo Vieira (2014, p. 213), “[...] a editoração é o processo onde são


reunidos textos, fotos e ilustrações que irão compor uma publicação impressa. [...]
mais recentemente, a produção editorial foi elevada a todo tipo de material de
comunicação impresso ou eletrônico [...]”. A editoração eletrônica, expressão
traduzida do inglês desktop publishing trouxe formas de reduzir tempo e custo no
processo editorial.

Antes das impressas, o processo de difundir cópias de textos, livros etc., dava-
se através de manuscritos: Códex, que consistia na cópia dos textos bíblicos. A rigor,
é o texto escrito à mão, independente do suporte, técnica ou instrumento. Por
convenção, ao longo do tempo, a palavra manuscrito passou a designar materiais
escritos em papiro, pergaminho ou papel. Sendo os mosteiros e abadias locais
responsáveis pela escrita dos códex, cada um deles possuía seu próprio scriptorium,
onde os manuscritos, ou seja, os livros escritos à mão eram copiados, decorados e
encadernados. (MARTINHO; DAL’EVEDOVE, 2007)

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Editoração Eletrônica

Para melhor entendimento do que seja o Scriptorium, ou local para escrever,


observa-se, a seguir, uma imagem.

Figura 1 - Scriptorium

Fonte: Historia do Livro e da Editoração, 2007.

Segundo McGarry (1999, p. 77) além dos monges, haviam outras formas de
cópia de livros, “os únicos recursos existentes para a execução de cópias eram os
oferecidos pelos stationarii, os livreiros das universidades”, ou seja, as cópias dos
manuscritos eram feitas por “escreventes”, uma atividade intensa e cara, muitos
dos estudantes não podiam pagar pelo serviço. Naquela época, ter acesso ao livro
era restrito aos homens da igreja ou a poucos privilegiados que não tinham cargos
eclesiásticos.

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Editoração Eletrônica

McGarry (1999, p.75) define imprensa “como o mecanismo de juntar tipos


móveis de metal, cada um possuindo na extremidade superior um caráter alfabético
em relevo, que, ao ser entintado e pressionado sobre material adequado, deixa um
marca ou impressão”.

Estudos realizados demonstraram que no século XI, na China, já se conhecia


algo parecido com os tipos móveis, bem antes do surgimento de Gutenberg na
história da impressão, no século XV.

A primeira iniciativa surgiu na China, com o artesão, Pi Ching, na década de


1040. Os tipos não eram de metal, e sim de terracota, fixados numa chapa por meio
de resina e cera, logo após de madeira e no final do século XV, de bronze. Contudo,
esses tipos móveis chineses ficaram restritos à impressão tabulária. Neste tipo de
impressão (tabulária), o impressor aplicava as folhas de papel sobre uma matriz de
madeira entintada e encavada com imagens, textos ou ambos, obtendo assim, um
grande número de cópias.

Até essa época, a Europa só conhecia da tipografia o papel. A técnica de


fabricação foi revelada aos árabes por prisioneiros chineses e, no século XIII as
usinas de papel proliferam de Bagdá, à Espanha, então sob o domínio Mouro.
Como não havia instrumentos explicativos do processo, esse permaneceu em
mãos chinesas. A invenção de Pi Ching, não prosperou e desapareceu junto com
seu inventor.

Foi no século XV que, Johannes Gensfleisch (1400-1468?), mais conhecido


como “Gutenberg”, criou o processo de impressão com tipos móveis, a tipografia,
em Mogúncia (Alemanha).

A partir desse século, iniciou-se um novo mercado na editoração do livro.


Embora por muito tempo apenas o clero e nobres tivessem acesso a este tipo de
material, não demorou muito para que o mercado do livro crescesse e estes fossem
barateados para o acesso da população.

Para Gutenberg a imprensa tinha que ser uma atividade com produção em
massa, e este não tinha o capital de investimento. Os livros manuscritos eram
muito caros, principalmente porque exigiam o mesmo trabalho, o mesmo tempo
de preparação, a mesma mão de obra, enfim, qualquer que fosse o número de

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Editoração Eletrônica

exemplares produzidos. Com a tipografia o cenário muda, após ser feito o texto
com os tipos de metal, muitas cópias podiam ser tiradas com o aproveitamento da
mesma mão de obra inicial, cujo custo vai se diluindo nos exemplares sucessivos.
Assim, houve o aumento do número de exemplares, a multiplicação dos títulos,
acelerando a circulação do conhecimento, tornando-os acessíveis a um número
maior de pessoas, sem contar, ainda, que barateou o livro.

Gutenberg era ourives, conhecia técnicas de gravação, ou seja, fez uma matriz
para receber o metal fundido, e, talhando as letras em formas invertidas, a matriz
tornava-se o molde a partir do qual se obtinham as letras de impressão. As
primeiras ideias lhe ocorreram quando observava um anel com o qual os nobres
selavam documentos, o brasão da família. Esse anel tinha o brasão escavado em
metal e deixava uma impressão em alto-relevo sobre o lacre quente. Gutenberg viu
que o mesmo princípio serviria para imprimir letras, mas logo viu que o método
deveria ser posto de cabeça para baixo ao invés de escavada em um bloco de
madeira, a parte que serviria para imprimir deveria ficar em alto-relevo.

Foi assim que ele imprimiu várias imagens de São Cristóvão já que seus
monges levavam muito tempo para desenhar apenas uma. Aprendeu que era
apenas uma questão de inverter os termos do problema, esculpiu as letras ao
contrário na madeira - e deu certo. Gutenberg logo percebeu, porém, que esculpir
página por página um livro em placas de madeira era um trabalho excessivo.
Pensou então em cunhar as letras separadamente, primeiras em madeira depois
em chumbo fundido. Inventou uma forma que pudesse segurar os tipos juntos
para compor uma página. Era preciso o diferencial, algo que acelerasse o processo,
torná-lo mecânico, para imprimir mais rápido e com melhor qualidade do que a
mão.

Gutenberg adaptou uma prensa que servia para produzir vinhos. O


mecanismo consistia em um suporte fixo e uma parte superior móvel em forma de
parafuso. A forma com os tipos unidos era colocada sobre o suporte, recebia uma
camada de tinta e por cima a folha de papel. A parte superior era depois movida
para baixo, pressionando o papel contra os tipos. Estava inventada a impressão
tipográfica, uma tecnologia que sobreviveria com poucas modificações até o
século XIX.

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Editoração Eletrônica

Na figura 2, observa um modelo da máquina de impressão de Gutenberg.

Figura 2 – Imprensa de Johannes Gutenberg

Fonte: tipografos.net/cadernos/index.html

Os livros impressos com sua invenção disseminaram o hábito de ler e deixaram


a cultura ao alcance das novas classes sociais. Começou publicando folhetos e
livretos religiosos. A publicação dos livretos religiosos, que Gutenberg vendia

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Editoração Eletrônica

como se fossem manuscritos, continuou por algum tempo, imprimiu o Weltgeritch


(Juízo do mundo), um poema alemão anônimo, considerado o mais antigo
testemunho da tipografia europeia, do qual sobrou apenas uma página.

Como a vida de Johannes Gutenberg passou quase sem registro, a data da


invenção da prensa tipográfica é incerta. Tudo o que se sabe do inventor é o que
consta de documentos comerciais ou judiciários. Foi nos documentos de processos
de Gutenberg que apareceram os primeiros registros do invento. Esse já tinha
então construído sua prensa, um segredo que escondia de todos.

Em 1448, Gutenberg conseguiu o patrocínio de um financiador chamado


Johann Fust, a quem confiou o segredo da invenção, para imprimir seu primeiro
livro. Encontra-se na literatura referência de que a obra da vida de Gutenberg foi a
conhecida, "Bíblia de Gutenberg". A Obra possui dois volumes compreendendo o
total de 1282 páginas com 42 linhas em quase todas as páginas e,
aproximadamente, 3 milhões de caracter, contou com colaboração de 20
colaboradores e, ainda, acredita-se que a confecção da bíblia demorou cerca de 3
anos, compreendo de 1452 à 1455.

A primeira bíblia impressa a conter a data, o local e o nome dos


impressores foi dada à estampa em Mainz, 1462, pelos sócios
de Gutenberg, Johannes Fust e Peter Schoeffer. É também o
primeiro livro na história da imprensa ocidental a conter uma
marca de impressor porque abaixo do colophon, Fust e
Schoeffer acrescentaram uma xilogravura dos seus escudos de
armas. (HEITLINGER, 201?).

Na figura a seguir, observa-se a Bíblia e o detalhe da página com iluminuras


que decoravam o livro.

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Figura 3 – Bíblia de Gutenberg

Fonte: http://tipografos.net/historia/schoeffer.html

Não se sabe ao certo se Gutenberg deu continuidade ao seu trabalho. A


escassa documentação poderia deixar obscuro também esse ponto em sua vida, se
não fosse o esforço de alguns contemporâneos, como o padre Adam Gelthus, que
fez inscrever no túmulo de Gutenberg: "O inventor da arte de imprimir" e o neto de
Fust eliminou as dúvidas ao escrever na dedicatória de um livro ao imperador
Maximiliano, em 1505: arte da tipografia inventada em Mainz "pelo engenhoso
Johannes Gutenberg".

“Estima-se que a produção média de livros por ano no mundo aumentou de


420, no período de 1436-1536, para 5750 durante os cem anos seguintes (1536-
1636) ” (MEADOWS, 1999, p. 3).

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Editoração Eletrônica

William Caxton, em 1476, iniciou a utilização da impressão como veículo para a


promoção e divulgação da literatura, estabelecendo, na Inglaterra, a primeira
tipografia.

Observa-se que a impressão de livros ganhou velocidade e, a partir daí, surgiu


uma organização comercial de impressão. De 1450 a 1790, foram introduzidos
apenas alguns melhoramentos, como na qualidade do papel. A princípio, a
demanda de impressão surgiu da Igreja e do clero. O negócio nas impressões era
instável, tendo em vista que os artesões não tinham visão de negócios, sem
grandes ideias inovadoras. Assim aconteceu a migração desses impressores para
outras cidades, buscando novos clientes. Os prelos tinham isenção fiscal e podiam
cruzar fronteiras sem pagar imposto.

Com isso, houve a expansão dos prelos por quase toda a Europa e se
disseminou a idéia de fazer impressão para as pessoas que não tinham o hábito de
ler, pois o negócio corria risco, então era preciso persuadir os leigos a comprar
livros. Assim com as mudanças econômicas, culturais e tecnológicas ocorridas na
Europa; tais como desenvolvimento da metalurgia, a fabricação do papel e,
principalmente, a explosão intelectual ocorrida com a Renascença; possibilitaram o
surgimento das primeiras imprensas. Essas que iniciaram a difusão da literatura e
ainda agilizando as comunicações entre grupos de cientistas.

O Veículo para a Com unicação Científica

A maneira como o cientista transmite informações depende


do veículo empregado, da natureza das informações e do
público-alvo. Da mesma forma que, com o passar do tempo,
isso sofre mudanças. Também sofrem alterações a
formulação e o acondicionamento das informações.
(MEADOWS, 1999).

À época, século XVI, as comunicações oficiais e particulares que circulavam


entre grupos fechados e, conforme descrito por Meadows (1999), o transporte de
comunicações particulares, ou seja, não governamentais assumiu um caráter

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Editoração Eletrônica

formal, transformando-se em correios postais, conforme os que conhecemos


atualmente. Para Stumpf (1996), “a correspondência pessoal foi o primeiro meio
utilizado pelos cientistas para a transmissão de suas idéias”.

Os cientistas enviavam cartas aos amigos para relatar descobertas, essas


circulavam em pequenos grupos de interesses comuns que discutiam a teoria ou
experimento. Essa divulgação sempre ocorria de forma direcionada não correndo o
risco de que outros colegas rejeitassem suas ideias. Àquela época, essas
descobertas eram comunicadas em reuniões desses grupos e/ou sociedades e
transcritas em documentos como fonte de consulta para esses membros. (STUMPF,
1996). Um tipo de publicação que se tornou mais regular e modelo para
surgimento da revista científica. “As formas anteriores de divulgação de
experimentos isolados apenas influenciaram o surgimento das revistas que, com o
tempo, assumiram o papel de principais divulgadores das investigações” (STUMPT,
1996).

Quando o grupo e/ou sociedade possuía extenso número de membros, esses


se dissipavam, transformando-se em organizações estruturadas, como as
sociedades científicas. Na segunda metade do século XVII surgem as primeiras
revistas científicas (MEADOWS, 1999, p. 5).

As revistas continham breves resumos da investigação científica e a forma


oficial de divulgação das investigações dessas sociedades ainda era o livro. Este
meio de comunicação teve seu declínio tendo em vista que não era um processo
ágil de divulgação e o custo era alto. Desta forma, a revista científica, adquiriu
credibilidade para substituir os livros e se tornar o novo veículo de registro e
comunicação científica, o que só veio a ocorrer no século XIX.

Verifica-se na literatura que as primeiras revistas a serem publicadas foram:


Journal des Sçavants (França) e Philosophical Transactions (Inglaterra), no mesmo
ano, 1665. O Journal des Sçavants iniciou publicação com periodicidade semanal
com informações sobre: experimentos e observações em física, química, anatomia
e meteorologia. Depois do décimo terceiro número, a revista teve sua publicação
suspensa pelas autoridades francesas, por publicar material ofensivo à Inquisição.
Voltou a publicar de 1666 até 1792, ainda com interrupções, o que voltou a ocorrer
com a Revolução Francesa. A publicação foi reativada em 1816 e permaneceu sem
interrupções. Após a publicação desse Journal, a Royal Society of London, na pessoa

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Editoração Eletrônica

de Henry Oldenburg, um dos dois secretários da Sociedade, começou a iniciativa de


divulgar as pesquisas originais de seus membros. Daí surgiu o Philosophical
Transactions, com teor mais voltado para o caráter científico, com periodicidade
mensal.

As revistas se espalharam pela Europa como forma oficial das sociedades


científicas, e ainda, no século XVII, surgiram periódicos especializados. Já no século
XIX a produção cresceu também considerando o aumento de pesquisadores e
pesquisas. Importante destacar o processo de impressão e fabricação do papel com
polpa de madeira. O crescimento continuou adentrando o século XX, tendo em
vista a publicação por editores comerciais, Estado e universidades.

Para Zilman (1979, apud STUMPF, 1996), o formato das revistas científicas tem
permanecido inalterado por três séculos, porém sabe-se que no século XX, com o
avanço da tecnologia, esse formato começa a mudar. Na década de 1960, surgiu
uma forma de substituição do papel, o uso das microformas, barateando o curso
das assinaturas e remessa e, ainda, espaço de armazenamento.

De 1970 à frente, surgem os avanços da editoração eletrônica, permitindo


melhorar a qualidade e aumentar a rapidez na editoração. Nesse processo
eletrônico, podemos enfatizar algumas inciativas, tais como: Projetos EPC - Editorial
Processing Center (EUA) e BLEND - Birmingham and Loughborough Eletronic Network
Development (Inglaterra).

EPC: Constituiu-se em um empreendimento cooperativo


entre publicadores, com a finalidade de oferecer suporte
automatizado para todas as etapas envolvidas na produção
das revistas, visando ao barateamento dos custos. Essas
etapas vão desde a submissão do trabalho pelo autor e a
avaliação pelos pares, até a editoração, impressão e
administração da revista.

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Editoração Eletrônica

O Projeto EPC encontrou dificuldades na compatibilização dos equipamentos


e processadores de texto dos autores e dos árbitros.

BLEND: Além de automatizar todas as etapas do processo, o


projeto financiado pela British Library se constituiu em uma
alternativa de substituição total da publicação impressa pela
armazenagem eletrônica dos artigos e, conseqüentemente,
seu acesso.

Esse Projeto também encontrou dificuldade na compatibilidade de formas


entre equipamentos e programas, e ainda, o alto custo.

A rede de telecomunicações, na década de 1990, permitiu uma grande


mudança nos formatos e custos. Nessas “novas” revistas, as etapas para elaboração
poderiam ser preservadas uma vez que a disponibilidade, ou seja, a transmissão
eletrônica, só acontecia depois dos procedimentos normais (recebimento e
registro dos artigos, pré-avaliação pelo editor ou comissão editorial, avaliação
pelos consultores, reformulações e formatação segundo os padrões da revista,
revisão linguística, impressão e distribuição). A vantagem é que as etapas pós-
envio poderiam ser realizadas com grande rapidez e baixo custo, principalmente,
nas fases de impressão e distribuição.

As publicações eletrônicas estão visíveis, diferente do que acontecia no


passado, em que o processo de publicação ocorria de forma lenta e manual e o
conhecimento estava ao alcance de poucas pessoas (MEADOWS, 1999, apud
MORAES e MIRANDA, 2011).

Até há pouco tempo as revistas científicas dependiam de serviços gráficos,


postais para distribuição. Atualmente, esse cenário mudou com as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC’s). A editoração eletrônica simplificou o processo
editorial, reduzindo custos, tempo e barateando todo processo. Importante
lembrar que muitas revistas já migraram do formato impresso para o digital, outras
produzem ainda das duas formas, chamadas de revistas híbridas e encontram-se
aquelas que já “nascem” on-line.

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Editoração Eletrônica

Não será discutida nesta Unidade a especificação detalhada de etapas de


editoração. A conceituação e a fundamentação teórica e histórica foram realizadas,
porém, é importante ao aluno conhecer como se deu a editoração no Brasil até a
atualidade.

Editoração no Brasil

No Brasil, a editoração iniciou-se em 1808, após a chegada da Família Real,


muito tardiamente, considerando os eventos já estudados ocorridos no mundo.

Em maio daquele mesmo ano, o Príncipe Regente Dom João, na ocasião de


seu aniversário, criou a Impressão Régia, atualmente, Imprensa Nacional. Esta tinha
o objetivo primeiro de imprimir todos os atos normativos e administrativos oficiais
do Governo. Antes deste evento, qualquer impressão era proibida no Brasil. Em
setembro daquele mesmo ano iniciou a impressão do o jornal Gazeta do Rio de
Janeiro, seu primeiro exemplar reproduzido no papel.

Conforme citado no site da IN – Imprensa Nacional, o primeiro impresso da


Impressão Régia no dia de sua inauguração foi o livreto de 27 páginas,
denominado: "Relação dos Despachos Publicados na Corte pelo Expediente da
Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, no Faustosíssimo Dia
dos Anos de S. A. R. o Príncipe Regente N.S."

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Editoração Eletrônica

Figura 4 – Gazeta do Rio de Janeiro, 1808, Primeira Edição.

Fonte: http://bndigital.bn.br

De 1808 a 1822, a Impressão Régia produziu cerca de 1.150 impressos, dos


quais incluíam obras científicas e literárias, por exemplo: "Elementos de Geometria
e o Tratado de Trigonometria", de Legendre, "Ensaio sobre a Crítica" e "Ensaios
Morais", de Pope, "Marília de Dirceu", do inconfidente mineiro Tomás Antônio
Gonzaga, e as "Obras de Virgílio".

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Editoração Eletrônica

Os estudos realizados demonstram que, tudo que era publicado pela Imprensa
Régia passava por um comitê de avaliação do conteúdo para que não se
imprimisse nada contra a religião e o governo.

Desde a Imprensa Régia até Imprensa Nacional, essa instituição mudou de


nomes no decorrer de todos esses 200 anos: Real Officina Typographica,
Tipographia Nacional, Tipographia Imperial, lmprensa Nacional, Departamento de
Imprensa Nacional, e, novamente, Imprensa Nacional. (IMPRENSA NACIONAL, 201?)

Importante citar nessa história que a partir de 1822, os nomes que se


destacam como editores e editoras: Irmãos Laemrmert, lançaram os primeiros
romancistas brasileiros; Irmãos Garnier, J. Olympio; Monteiro Lobato. Editoras:
Companhia Editora Nacional; Editora José Olympio; Livraria Editora Saraiva; Livraria
Martins Editora.

Percebe-se que o mercado editorial no Brasil se iniciou tardio e apenas com a


chegada da Família Real teve-se imprensa neste País. Observa-se nas figuras a
seguir, linha do tempo de surgimento dos periódicos e verifica-se que até final do
século XIX, a imprensa periódica se desenvolveu lentamente.

Figura 5 – Linha do Tempo de surgimentos dos jornais no Brasil

Fonte: Wikipédia

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Editoração Eletrônica

Figura 6 – Linha do Tempo de surgimentos das revistas no Brasil

Fonte: Wikipédia

De 1808 à década de 1930 outros periódicos surgiram no território nacional e


tiveram poucas tiragens. O conhecimento que existia estava nas mãos de poucos,
tendo em vista o alto grau de analfabetismo no país. “No início do século XIX,
conforme se viu, mostra-se singular a realização dos estudiosos brasileiros a editar
publicações nas áreas das ciências em um país pobre, recém-saído das amarras do
colonialismo agrário escravocrata e desprovido de estrutura política,
administrativa, educacional e científica”. (FREITAS, 2006, p 57).

A necessidade de preservar o conhecimento fez com que cientistas e


pesquisadores utilizassem os canais formais de comunicação para publicar suas
investigações. Sabe-se que as pesquisas precisam ser divulgadas de forma ágil e
com confiabilidade e, assim, as revistas científicas eram as alternativas adequadas
para publicar as pesquisas. (FERREIRA, CAREGNATO, 2008).

27
Editoração Eletrônica

As tecnologias da informação vieram a agilizar as formas de publicação nos


periódicos, crescendo a aceitação de autores, editores e leitores e com isso surge a
publicação eletrônica. Com a facilidade de editoração, pois diminuiu tempo e custo
e, ainda, torna-se ágil na disseminação do conhecimento, esse novo tipo de
editoração começou a crescer e como já mencionado, muitos periódicos já nascem
eletrônicos.

Adentrando nesse contexto, surgiu no Brasil, o Sistema Eletrônico de


Editoração de Revistas (SEER). Trata-se de software desenvolvido para a gestão de
uma publicação periódica eletrônica pela Universidade British Columbia, do
Canadá. A ferramenta contempla ações essenciais à automação das atividades de
editoração de periódicos científicos.

A nomenclatura original da ferramenta é Open Journal Systems (OJS) e no


Brasil, foi customizada e renomeada pelo Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia - IBICT, transformando-se assim no SEER. Ferramenta
recomendada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
- CAPES e permite a melhoria no processo de editoração dos periódicos, sem perda
de confiabilidade e padrões.

Pesquisa realizada em 2006, citada por Ferreira e Caregnato (2008) afirma que
a primeira revista brasileira a utilizar o SEER foi a Revista Ciência da Informação e
que o Brasil é o país que apresenta o maior número de revistas que utiliza o
Sistema. Na pesquisa foram consideradas revistas de origem nacional e
internacional, num total de 104.

A região brasileira que possui mais publicações padronizadas


pelo SEER/OJS é a Região Sul, com 47 (45,2%), seguida pela
Sudeste com 43 (41,3%), a Nordeste com 7 (6,7%), a Centro-
Oeste com 5 (4,8%) e a Norte, com 1 título(1%) [...] Na
avaliação geral da ferramenta SEER/OJS, 38,71% dos editores
consideram-na como ótima e 48,39% como boa. Não houve
avaliação péssima, mas 6,45% a avaliaram como ruim. A
neutralidade foi baixa (6,45%). (FERREIRA; CAREGNATO, 2008
apud IBICT, 2006b).

28
Editoração Eletrônica

O Sistema é considerado uma solução prática, econômica e eficiente; promove


a automação das atividades de editoração dos periódicos científicos, permitindo
completa autonomia no fluxo editorial. A editoração ocorre pelo Sistema, não há
impressões, nem envio via correios. (SOUZA; ARELLANO, 2011).

Até então é reconhecido como a melhor ferramenta para editoração


eletrônica.

Antes de avançarmos para a próxima Unidade, trataremos brevemente das


ferramentas tecnológicas que auxiliaram nesse processo de editoração até a
atualidade.

Ferramentas tecnológicas e suas evoluções

Gradualmente ao longo dos séculos, conforme já estudado, as inovações


tecnológicas foram sendo introduzidas aos métodos de impressão: fabricação
mecânica de papel (1798), prensas rotativas (1803), sistemas fotográficos de
gravação de matrizes (1859) e métodos mecânicos de composição de tipos móveis,
monotipo (1894) e linotipo (1886).

A partir daí, com o avanço da tecnologia surgiram outros meios para facilitar a
impressão, tais como:

Figura 3 - Primeira maquina de escrever

Fonte: http://joaomarquescarvalho.blogspot.com.br/

29
Editoração Eletrônica

A máquina de escrever Skrivekugle foi inventada em 1865 pelo dinamarquês


Malling-Hansen. O modelo da imagem é do ano de 1878. Dizem que foi um modelo
igual a este que o filósofo Friedrich Nietzsche adquiriu em 1882.

Christopher Latham Sholes foi o primeiro a ganhar a patente da máquina de


escrever e, em 1878, a Remington lançou a Remington 2, com mecanismo que
possibilitava datilografar maiúsculas e minúsculas. A máquina era eficiente e
durável e as vendas finalmente decolaram, atraindo então o interesse de outros
fabricantes. Sholes foi o responsável pelo teclado QWERTY, nome que decorre da
sequência das primeiras letras da fileira superior à esquerda do teclado. QWERTY
continua presente até hoje nos teclados de computadores. (ALTMAN, 2011).

Figura 4 - Mimeógrafico

Fonte: http://joaomarquescarvalho.blogspot.com.br/

A literatura a afirma que o nome “mimeógrafo” foi utilizado pela primeira vez
em 1887, por Albert Blake Dick, mas foi em 1880 que a patente da invenção foi
deferida a Thomas Alva Edison. O mimeógrafo teve larga utilização para produção
de cópias de textos, sobretudo nas escolas. Essa máquina, inventada no início do
século XX, continuou praticamente a mesma até a década de oitenta, quando
surgiram máquinas computadorizadas que, utilizando o mesmo princípio básico,
mas com grande melhora na qualidade da impressão, fizeram os mimeógrafos
virarem peças de museu.

30
Editoração Eletrônica

Sabe-se que no Brasil, o mimeógrafo foi utilizado por muitos anos além da
década de oitenta, tendo em vista que ter computador e/ou fotocopiadora
predispunha possuir recursos para tal. Apenas na década de noventa, as escolas
conseguiram ultrapassar essa etapa.

Figura 5 - Fotocopiadora

Fonte: http://blog.creativecopias.com.br/

Foi em 1938 que o norte americano Chester Floyd Calrson desenvolveu


mecanismo de impressão pioneiro e desbravador, em um contexto em que fatores
históricos, econômicos e governamentais favoreciam projetos inovadores. O
cenário era a Segunda Guerra Mundial.

Calrson utilizou tecnologia da eletrografia, introduzindo a


eletricidade estática em cilindros sensíveis às fotografias e
que registravam o material que precisava ser impresso
através da imagem do documento original que era refletida
por um sistema de espelhos. Este cilindro arquivava o
desenho da imagem original, e um toner era ativado através
da carga elétrica que compõe a imagem. Em um sistema de
força, temperatura e eletricidade, o toner era levado ao papel
e lá depositava o desenho da fotocópia feita do material
original. (Site CREATIVE)

31
Editoração Eletrônica

Esse sistema de impressão, basicamente conhecido como Xerox, foi o pioneiro


no foco científico e comercial para equipamentos de reprodução de material
gráfico.

Novas impressoras foram inventadas acrescentando qualidade na imagem e


velocidade. As máquinas com tecnologia mais parecida com as que temos
atualmente foram desenvolvidas em 1983 pela Canon e Hewlett Packard- HP.

Figura 6 - Primeiro computador

Fonte: tecnoblog.net.

O Electronic Numerical Integrator And Computer – ENIAC foi criado pelos


cientistas John Ecket e John Mauchly a partir de 1943, durante a II Guerra Mundial.

Foi o primeiro computador digital eletrônico de grande escala, sua capacidade


de processamento era de 5.000 operações por segundo, tinha como principal
finalidade cálculos balísticos, possuía 17.468 válvulas termiônicas, de 160 kW de
potência. O "sistema operacional" da maquina era através de cartões perfurados.

Desde o século XV os homens vêm aperfeiçoando a técnica da impressão e


multiplicação de textos. Chegaram-se ao século XX, com desenvolvimento de
softwares, computadores pessoais, sistemas operacionais; surgem as maiores
empresas nesse ramo: IBM, Apple, Microsoft.

32
Editoração Eletrônica

Atualmente, século XXI, a tecnologia avançou ao ponto de todos os processos


de impressão são automatizados. Época dos computadores pessoais e Internet
dando independência na criação de documentos de diversos tipos e formatos e
facilitando a leitura, a exemplo dos netbook’s, e-book’s etc.

Figura 7 – Notebook e Tablet.

Fonte: Google Imagens

Exemplos acima do avanço da tecnologia e a qualquer tempo, de forma ágil e


sempre com novas pesquisas sendo divulgadas. A velocidade da informação é
tamanha, na atualidade.

Após conhecermos todos esses avanços e como se deu o início e de que


formas eram tratadas até chegar ao seu usuário final, iremos fazer análise da leitura,
assistir os vídeos recomendados e realizar a atividade.

Nesta unidade estudamos os conceitos e conhecemos um pouco mais sobre a


história da editoração, quais tecnologias foram criadas para acelerar o processo
editorial. Como se deu a criação das revistas científicas e a necessidade de
comunicar com maior brevidade as pesquisas à comunidade científica. Na próxima
unidade estudaremos os processos de produção na editoração e as diversificações
encontradas na literatura.

33
Editoração Eletrônica

Literatura complementar:

Assistir o Filme “O Nome da Rosa” de 1986 (EUA); Direção: Jean-Jacques


Annaud, Autor: Umberto Eco.

Assistir Vídeo “Breve História da Comunicação” da Pangaea Solution. Link:


https://www.youtube.com/watch?v=-uSK8MYLdk0

É hora de se avaliar

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem.

34
Editoração Eletrônica

Exercícios – Unidade 1

1.Diante do cenário de impressão no Brasil, qual foi o primeiro impresso


publicado pela Imprensa Régia? Informe abaixo qual a resposta correta.

a) Jornal Gazeta do Rio de Janeiro

b) Relação dos Despachos Publicados na Corte pelo Expediente da


Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, no
Faustosíssimo Dia dos Anos de S. A. R. o Príncipe Regente N.S Atos
normativos

c) Atos Normativos do Governo

d) Irmãos Laemmert

e) Tratados de Geometria

2. McGarry (1999, p. 77) cita que havia outras formas de se conseguir cópias de
livros. Era através dos:

Identifique abaixo a alternativa correta.

a) Scriptorium

b) Stationarii

c) Padre Adam Gelthus

d) Irmãos Laemrmert

e) Irmãos Garnier

35
Editoração Eletrônica

3.Quando realmente se configurou a existência de um mercado de impressão?


Indique a alternativa correta.
a) Século XV
b) Século XVII
c) Século XI
d) Século XIII
e) Século XX

4. Complete a frase de acordo com o texto:


Gutenberg __________uma prensa que servia para produzir _________. O
mecanismo consistia em um suporte _______ e uma parte superior móvel em
forma de parafuso.

5. HEITLINGER (201?), afirma que Gutenberg possuía sócios. Indique quem


eram eles, em uma das sentenças abaixo.

a) Adam Gelthus e Peter Schoeffer

b) Johannes Fust e Peter Schoeffer

c) Peter Schoeffer e William Caxton

d) William Caxton e Adam Gelthus

e) Johannes Fust e William Caxton

6.Em nosso texto, qual autor afirma que a correspondência pessoal foi o
primeiro meio utilizado pelos cientistas para a transmissão de suas ideias?

a) MEADOWS

b) STUMPF

c) ZILMAN

d) MORAES e MIRANDA

e) ARAUJO

36
Editoração Eletrônica

7. Complete a frase abaixo indicando a nacionalidade dos primeiros periódicos


que surgiram no século XVII.

Verifica-se na literatura que as primeiras revistas a serem publicadas foram:


Journal des Sçavants (_________) e Philosophical Transactions (________), no
mesmo ano, 1665.

8. Uma iniciativa que deu certo na editoração eletrônica no Brasil foi do


Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas ou Open Journal Systems, traduzido
para o português e desenvolvido pela Universidade British Columbia. Esse Sistema
é utilizado até hoje, é uma evolução no ambiente da editoração eletrônica, por
quê?

a) Solução prática, econômica e eficiente.

b) Solução prática, demorada e onerosa.

c) Solução econômica, com perde de confiabilidade e onerosa.

d) Solução com confiabilidade, eficiente e demorada.

e) Nenhuma das alternativas anteriores.

9. Sabe-se que a evolução da imprensa demorou a evoluir no Brasil e quando


esta iniciou sua “vida” já em 1808, não se tinha liberdade para escrever. Explique
porque existia a necessidade de validação das publicações que eram impressas no
Brasil naquela época.

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

10. Quais foram as iniciativas criadas para a editoração eletrônica. Explique


quais eram os projetos e por que fracassaram.

______________________________________________________________

______________________________________________________________

37
Editoração Eletrônica

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

38
Editoração Eletrônica

2 O Processo de Produção e
Suas Diversificações

39
Editoração Eletrônica

Esta Unidade se propõe a apresentar ao aluno o processo de editoração, da


forma tradicional e eletrônica. Descreveremos as etapas de pré-produção,
produção e pós-produção e os processos de cada etapa.

Objetivos da Unidade:

 Entender o impacto das novas tecnologias no processo editorial;

 Conhecer as etapas de editoração do impresso ao eletrônico;

 As diferenças entre a editoração tradicional e eletrônica.

Plano da unidade:

 O processo de produção e suas diversificações

Processos de editoração tradicional

Pré-produção

Produção

Pós-Produção

 Diferenças entre processo editorial tradicional e eletrônico

 Editoras, livrarias e sebos virtuais

 Processo da editoração eletrônica

Bons estudos!

40
Editoração Eletrônica

O processo de produção e suas diversificações

A vontade de publicar versos e memórias nasce com o


homem. A certa altura da vida, ele tem necessidade de deixar
um legado para aqueles que virão. Desde o tempo das
cavernas, os homens contam suas histórias, deixam rastros e
inscrições, inventam as letras para inscrevê-las, e a narrativa
toma forma para atravessar o tempo em papiros, pedras,
pergaminhos, iluminuras e nas páginas impressas de um
livro. (MOTTA, 2010, p. 36).

A TIC tem impactado profundamente o desenvolvimento da produção


científica e a publicação eletrônica. As TCI's têm trazido consigo algumas
desvantagens como: "inconsistência, instantaneidade e efemeridade das
informações; a complexidade de armazenamento; a dificuldade do controle
bibliográfico; a banalização da autoria e o desrespeito à propriedade intelectual; o
uso aético da informação; a invasão da privacidade x relações impessoais"
(TARGINO, 2002).

Mas não existem só desvantagens. Moraes e Miranda (2011, p. 28) pontuam as


vantagens que as TIC's trouxeram:

As tecnologias da informação contribuem para que a


comunicação científica ocorra de maneira dinâmica,
oportunizando melhor interação entre leitores, autores e
seus pares. O processo de editoração das produções
científicas realizado pelo método manual, que dependia de
tempo, de verba e limitava-se a espaço, como região ou
país, beneficia-se na contemporaneidade com a editoração
eletrônica (MORAES; MIRANDA, 2011, p. 28).

Como podemos perceber, as tecnologias da informação e comunicação


impactaram fortemente a editoração tanto negativamente como positivamente.

Os suportes de transmissão da informação de hoje, já não são os mesmos de


antes. Antes as paredes, os blocos de argila, os papiros, os pergaminhos e o papel
serviram para disseminar a informação. O tempo para produzir e publicar um livro
levava cerca de um ano ou mais, com alto custo.

41
Editoração Eletrônica

Hoje, softwares, nuvens, HD's, internet, etc. disputam este espaço.

Evolução da escrita e dos suportes

Fonte: http://www.colegiobeka.com.br/1704-sabado-feira-do-livro/

Neste capítulo estudaremos todo o processo de editoração indo do tradicional


à eletrônica.

Processos de editoração tradicional

DIAS (2005, p. 12-18 apud Knapp) aponta três etapas para livro impresso “pré-
produção, produção e pós-produção”. Em seguida descreveremos as etapas e cada
processo para se alcançar a conclusão das respectivas etapas.

Pré-produção

A pré-produção é a atividade que antecede a feitura do livro em si. Nesta


atividade é analisada a receptividade do assunto do livro pelo público, os custos e
tiragem.

Na etapa da pré-produção a UNESCO (1992 apud DIAS, 2005, p. 12) pontua


que a presença do diretor editorial é essencial. O diretor editorial é a “pessoa
responsável por captar novos autores a analisar as obras, dando a palavra final
sobre a publicação ou não do livro”.

42
Editoração Eletrônica

O diretor editorial divide esta etapa com o conselho editorial, que é


constituído por autores consagrados, pessoal da área de marketing, venda, da
assessoria de imprensa e editores.

Como era de se esperar o conselho editorial precisa da ajuda dos pareceristas,


que são “profissionais especialistas em suas áreas e formadores de opinião. São
principalmente solicitados em caso de publicações técnico-científicas” (DIAS, 2005,
p. 12).

Ainda na etapa da pré-produção é importante destacar as maneiras de como


os manuscritos e/ou originais chegam às editoras: “espontaneamente e por
encomenda” (DIAS, 2005, p. 13 apud Knapp).

Existem alguns pré-requisitos para os manuscritos que são espontaneamente


enviados às editoras para serem publicados. Os pré-requisitos são:

1.Se atender a linha editorial seguida pela empresa – se esta dentro da


temática que a editora costuma produzir. Em caso afirmativo, ele é
encaminhado para os pareceristas;
2.Análise da obra pelos pareceristas – que podem ser “assessores técnicos,
críticos literários, professores etc., farão análise da obra, levando em
consideração originalidade, qualidade técnica e/ou literária, posicionamento
no mercado, concorrência etc.” (DIAS, 2005, p. 13);
3.Submissão ao conselho editorial – que avaliará a viabilidade econômica do
título, decidindo-se por sua publicação ou não.

Após passar pelos três pré-requisitos supracitados o título pode assumir três
categorias: “recusados, quando não há interesse por parte da editora; aceito,
quando há interesse por parte da editora; publicáveis, quando o original precisa de
alguns ajustes ou a editoras sentem necessidade de um estudo mercadológico
mais detalhado” (DIAS, 2005, p. 13).

43
Editoração Eletrônica

Os originais encomendados pela editora não passam por esse processo


rigoroso de seleção. Eles são enviados “diretamente para a negociação com o autor
a respeito das modificações que por ventura possam ser necessárias” (DIAS, 2005,
p. 13).

Após a avaliação e aprovação da obra, passa-se para contratação.

Segundo Dias (2005, p. 13) a contratação deve prever:

 O adiantamento que será pago ao autor;


 Direitos autorais (royalties);
 Prazo para a publicação do livro;
 Tempo de duração do contrato;
 Periodicidade de prestação de contas;
 E todas as outras questões jurídicas que se apresentem à publicação.

A seguir apresentaremos as etapas de produção do livro. Começaremos


descrevendo o processo pelas traduções até a impressão. Apontaremos as etapas
que são suprimidas quando se trata de uma obra nacional ou uma reedição.

Produção

Existem várias propostas de processo de produção editorial, mas para esse


texto usaremos as etapas proposta por DIAS (2015, p. 14-17).

Araújo (2008) descreve as etapas da editoração como: “tradução,


copidesque/revisão de tradução, diagramação, primeira prova, primeira revisão,
segunda prova, segunda revisão, prova final, revisão de diagramação, boneca,
fotolito e impressão”.

44
Editoração Eletrônica

O manuscrito será submetido aos padrões editoriais da editora escolhida.


Padrões editoriais “são o conjunto de estilos adotados pela editora, de forma a criar
uma identidade editorial. Fazem parte desses padrões a consistência de
linguagem, abreviações, estilo do discurso, uso de maiúsculas, opção por
separação silábica de hiatos, uso de itálicos etc.” (DIAS, 2005, p. 14).

A seguir descrevemos os passos essenciais da editoração.

1° Passo: tradução – quando o original estrangeiro chega à editora, escolhe-se


o tradutor. Essa escolha deve levar em consideração o perfil do profissional e o
estilo do livro. Seria incompatível, por exemplo, incumbir um especialista em
romances históricos à tradução de um livro de negócios. Da mesma forma, um
tradutor muito bom em livros infantis não é a pessoa mais indicada para livros
técnicos.

2° Passo: Copidesque ou revisão de tradução – este é o momento de avaliar o


trabalho do tradutor, verificar se não há saltos na tradução e arredondar o texto. É
feito por colaboradores que tenham domínio da língua de origem e do português.
Algumas editoras chamam o processo de copidesque, enquanto outras o chamam
de revisão de tradução. Embora a linha de divisão entre as duas etapas seja
bastante tênue pode-se dizer que o copidesque tem mais liberdade de interferir no
texto; quase como “reescrevê-lo”. O copidesque também pode ser feito em
originais nacionais. A revisão de tradução, por sua vez, é um pouco mais limitada e
deve ater-se a identificar os problemas mais gritantes da tradução.

3° Passo: Diagramação – Após a avaliação do copidesque/revisão de tradução,


o editor encaminha o texto definitivo para a diagramação. É a equipe de produção
gráfica que vai dar forma ao livro, definindo o projeto, o formato, o papel e o tipo
de acabamento que receberá.

4º Passo: Primeira prova – A equipe de produção gráfica tira uma prova


impressa, com o miolo do livro já formado, que seguirá para a revisão.

5º Passo: Primeira revisão – O revisor é o responsável por fazer uma leitura


completa do texto, identificando erros ortográficos, gramaticais e de conteúdo que
ainda possam existir. Também é função do revisor verificar e corrigir, se necessário,
as padronizações, conforme indicado nos padrões editoriais.

45
Editoração Eletrônica

Mota (2010, p. 129) afirma que “revisão é para profissionais” e diz que:

Revisar não é só procurar por erros. É descobrir onde o erro


está escondido. Às vezes, ele não é aparente. Fica
camuflado no sentido, querendo dizer ao contrário do que
está escrito. Aí, quando se lê, a palavra não denuncia o erro,
mas sim o significado (MOTTA, 2010, p. 129).

6º Passo: Segunda prova – Avaliada a primeira revisão, o editor encaminhará o


livro para a edição gráfica. Neste momento serão feitas as correções da primeira
revisão (ementas) e, em seguida, tirada uma segunda prova.

7º Passo: Segunda revisão – Essa etapa é semelhante à primeira revisão. Ainda


que o revisor tenha, nos dois momentos, a mesma função, a segunda revisão é tão
importante quanto à primeira. Isso por que o segundo revisor é uma pessoa nova
no processo, completamente alheia ao texto até então, e está livre de “vícios” que o
editor já possa ter adquirido com relação ao livro em produção. Daí também a
importância de que o livro circule entre colaboradores diferentes em cada uma de
suas etapas.

8º Passo: Prova final – É a última prova depois das duas revisões. Nelas serão
feitas as últimas correções e a revisão de diagramação.

9º Passo: Revisão de diagramação – Neste momento o editor fará apenas as


conferências de estilos aplicados ao livro. Neste momento se verifica se “está
fechado o caderno”, isto é, se o número de páginas do livro é múltipla do número
de páginas do caderno. Um caderno, em formato padrão (14 x 21 cm) tem 32, 16
ou 8 páginas (embora este número seja mais incomum), e em formato 16 x 23 cm,
28 ou 14 páginas. Isso se deve ao maior aproveitamento do papel nas máquinas
usadas para a impressão.

46
Editoração Eletrônica

10º Passo: Boneca – É o último momento em que o editor trava contato com o
livro antes da impressão. Na boneca, o livro já tem seu formato final, frente e verso,
cortado e dividido em cadernos ou encadernador (espiral).

11º Passo: Fotolito – Liberada a boneca, são feitos os fotolitos. São os filmes
que seguirão para a gráfica a partir dos quais será impresso o livro.

12º Passo: Prova heliográfica – é a prova tirada a partir das chapas de


impressão. O editor poderá verificar todas as falhas ou imperfeições, tendo a
oportunidade de corrigi-las antes da impressão da tiragem completa.

Neste momento o editor é o “revisor mais sofisticado”, conforme especificado


por Motta (2010, p. 130), pois cabe a ele:

[...] ver o texto em larga escala, considerando todas as


filigranas de um conteúdo. Publicar, seja o que for,
determina que o infinito preserve, e as palavras se
perpetuem, para que, quem venha a lê-lo, saiba que ali há
um texto definitivo (MOTTA, 2010, p. 130).

13º Passo: Impressão – Nem todas as editoras possuem gráficas próprias. Por
isso, na maioria das vezes, a impressão é feitas em gráficas terceirizadas. O sistema
mais utilizado atualmente é o offset, mas não é o único.

47
Editoração Eletrônica

SISTEMA OFFSET

Fonte:http://chocoladesign.com/o-que-e-uma-impressao-offset

Esses passos acima apresentados se referem a etapas a partir de uma tradução.


Para livros nacionais descartamos as etapas de tradução e começamos já no
copidesque. E quando se trata de uma reedição o processo começa na digitalização
ou digitação:

[...] que transforma em arquivo eletrônico ou texto em obra já


publicada –, e as revisões são substituídas por cotejos –
comparação entre o texto da prova e o texto do livro já
publicado, com o objetivo de identificar erros de digitação ou
digitalização. Nestes casos, não há necessidade de uma
segunda prova diagramada, pois logo na primeira já é feito um
segundo cotejo, então segue direto para prova final. O restante
do processo é o mesmo. (DIAS, 2015, p. 17).

A seguir descreveremos as etapas do pós-venda do livro.

48
Editoração Eletrônica

Pós-Produção

Essa é a fase de divulgação do livro pronto. Dias (2005, p. 17 apud Unesco,


1992) aponta que para que essa fase tenha sucesso são necessário quatro agentes:

Assessoria de impressa – é responsável pela promoção. Produz e envia


release e exemplares de promoção para formadores de opinião. Também faz
clipping, que funcionará como “Termómetro”. Medindo o impacto do lançamento
e avaliado o espaço de mídia conquistado pela obra.

Marketing– responsável pelas peças de divulgação – desde as publicitárias


até os catálogos –, lançamentos, parcerias, posicionamento etc. É também a equipe
que providenciará e acompanhará os autores em caso de viagens, entrevistas e
outros eventos.

Comercial – Deve capacitar antecipadamente a equipe de vendas. Os


vendedores devem conhecer as principais características os pontos fortes das
obras, uma vez que eles são os responsáveis pela aquisição ou não por parte dos
livreiros.

Distribuição – Uma logística competente (própria e terceirizada) é de


importância capital para o sucesso de uma editora. É a distribuição que amarra
todo o processo, pois de nada um livro bem editado, um leitor interessado e uma
excelente campanha de marketing se não houver livro à disposição na livraria.

A seguir temos um fluxograma para publicação de um livro esquematizado


por Castro (2014) para escritores.

49
Editoração Eletrônica

FLUXOGRAMA PARA PUBLICAÇÃO DE LIVRO

Fontes: http://www.ronizealine.com/wp-
content/uploads/2014/03/fluxograma_escritor_alexandredecastrogomes1.jpg

50
Editoração Eletrônica

Diferenças entre processo editorial tradicional e eletrônico

Não existem diferenças nas fases de pré-produção e pós-produção do livro


impresso e eletrônico. Agora, quando chegamos à fase de produção do livro
eletrônico muitas das atividades que se fazia para produzir uma obra impressa são
suprimidas. Araújo (2008, p. 274) apresenta o fluxo de trabalho de uma editora de
livros após a década de 70 com a introdução do computador nas atividades.

Fluxo de trabalho após 1970

Texto digitalizado

Paginação

Diagramação eletrônica

Prova para correção

Prova final
Fonte: ARAUJO, 2008

Como podemos perceber, o fluxo de trabalho foi bastante reduzido e essa


redução trouxe novos desafios para o bibliotecário, pois exigirá deste maior
conhecimento de programas de editoração. Esses programas e a importância do
profissional bibliotecário neste contexto serão discutidos nas próximas unidades.

Editoras, livrarias e sebos v irtuais

Inspiradas em experiências consolidadas nos Estados Unidos, surgem no Brasil,


editoras virtuais com intuito de publicar obras sob demanda, sem limite de tiragem
de cópias e sem uma linha editorial pré-definida, ou seja, não restringem as
temáticas a serem publicadas.

51
Editoração Eletrônica

O autor Jason Epstein (apud RIBEIRO, 2004) em parceria com a Organização


das Nações Unidas desenvolve projeto de catalogação de livros digitalizados, a fim
de disponibilizar os livros pela Internet e atender aos leitores que desejem o livro
impresso. Surge uma nova modalidade de impressão por demanda, sem perda da
qualidade na impressão ou nas encadernações. Esta é uma das novas tendências
para as publicações de livros eletrônicos pelos próprios autores. Uma das
vantagens citadas é que “[...] as editoras estariam livres de riscos dos exemplares de
uma obra não aceita pelo público serem perdidos, uma vez que só se imprime o
que for encomendado [...]” (RIBEIRO, 2004, p. 4), sem a preocupação de prejuízos.

A Câmara Brasileira do Livro – CBL, entidade sem fins lucrativos, promotora do


mercado editorial, enfatiza que: “os dados do ano de 2008 informam que ocorreu
lançamento de 19 mil títulos inéditos”.

Segundo pesquisas realizadas (CBL; 200?) A primeira editora totalmente virtual


do país é a iEditora, que, em parceria com a editora Nobel, se iniciou no mercado
oferecendo aos leitores títulos que já estavam fora de circulação. Uma ideia de
oferecer ao leitor as obras sob encomenda, já que estavam extintas nas livrarias. Em
seguida, a editora passou a fornecer também os e-books para download,
apostando na nova fatia de mercado. Com um preço aproximadamente 30% mais
barato do que a versão impressa da obra, a empresa aposta no crescimento do
setor.

O Clube dos Autores é outro exemplo de editora virtual nacional, vejamos o


que Ibrahim (2009), relatou sobre esta editora: “no ar desde fevereiro deste ano,
tem 1,6 mil livros em seu acervo - o que representa 8,5% das obras conhecidas
como primeira edição publicadas em um ano no Brasil”. Podemos perceber que, já
no primeiro ano da editora, os números são bem representativos.

Além das editoras e livrarias virtuais, temos os sebos virtuais, como por
exemplo, Beta de Aquarius, A Traça, Gojaba e até um portal de sebos nacionais a
Estante Virtual oferecendo livros usados.

52
Editoração Eletrônica

Ibrahim (2009) destaca alguns endereços para publicação de livros, seguem:


No Brasil

 http://clubedeautores.com.br/
 http://www.armazemdigital.com.br/
 http://www.camarabrasileira.com/

No exterior:
 http://www.lulu.com/
 http://magcloud.com/
 http://www.blurb.com/
 http://www.bubok.com/

No momento, falaremos sobre o processo de editoração eletrônica.

Processo da editoração eletrônica

Como destacado no começo dessa unidade a TIC trouxesse mudança


significativa nas relações humanas. A editoração não ficou fora desse contexto.

A visualização de como esse processo é evidenciado pelo autor e editor,


conheceremos na próxima unidade.

53
Editoração Eletrônica

Observe o fluxo do processo editorial abaixo.

Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=x-raw-
image:///4a5e6c942b1b948c47294a3498bd2d9f982c1e09721d74dad96bcb9f243a3d1b&imgrefurl=http://
www.brapci.ufpr.br/download.php?dd0%3D11081&h=675&w=677&tbnid=jJQbK5RsXkpcmM:&docid=WBt
X1uFtWn213M&ei=_o8NVomfB4qnwAS9s4-
ADA&tbm=isch&ved=0CCgQMygIMAhqFQoTCImWnZOHosgCFYoTkAodvdkDwA

54
Editoração Eletrônica

Nesta unidade, aprendemos sobre as etapas de editoração tradicional e


eletrônica com seus respectivos processos. Estudamos a formação das editoras na
web. Na próxima unidade apresentaremos as ferramentas e as técnicas da
editoração eletrônica.

Literatura complementar:

Assistir a reportagem “Conheça como são produzidos os livros na


IDUPUCRS” do Diário do campus EDIPUCS.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=64skDuFYUkY

https://www.youtube.com/watch?v=wgOZi6V2OLI

Ler o livro “Motta, T. C. R. A vida do livro: autor e editor na experiência


editorial. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2010.

É hora de se avaliar

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem.

55
Editoração Eletrônica

Exercício – unidade 2

1.Relacione:

Profissionais especialistas em suas


áreas e formadores de opinião. São
( )
principalmente solicitados em caso de
publicações técnico-científicas.

Responsável por fazer uma leitura


completa do texto, identificando erros
ortográficos, gramaticais e de conteúdo
(a) Diretor editorial
( ) que ainda possam existir. Também é
(b) Conselho editorial sua função: verificar e corrigir, se
(c) Pareceristas necessário, as padronizações, conforme
indicado nos padrões editoriais.
(d) Revisor
Constituído por autores consagrados,
pessoal da área de marketing, venda,
( )
alguém da assessoria de imprensa e os
editores.

Responsável por captar novos autores a


( ) analisar as obras, dando a palavra final
sobre a publicação ou não do livro.

56
Editoração Eletrônica

2.A afirmativa que se segue “são o conjunto de estilos adotados pela editora,
de forma a criar uma identidade editorial. Fazem parte desses padrões a
consistência de linguagem, abreviações, estilo do discurso, uso de maiúsculas,
opção por separação silábica de hiatos, uso de itálicos etc.” se refere a que conceito
presente na etapa de produção, qual?

a) Diagramação.

b) Fotolito.

c) Prova final.

d) Padrões editoriais.

e) Impressão.

3.Sequencie os processos da etapa de produção do livro no fluxograma:

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

57
Editoração Eletrônica

4.Quando o livro não é uma tradução começamos na etapa de produção no


processo chamado?

a) Marketing.

b) Copidesque.

c) Descarte.

d) Impressão.

e) Divulgação.

5.Complete as sentenças abaixo:

a) A _______________ é a atividade que antecede a feitura do livro em si.


Nesta atividade é analisada a receptividade do assunto do livro pelo público, os
custos e tiragem.

b) As duas maneiras que o manuscrito/original pode chegar às editoras são


_____________ e ________________.

6.Segundo Araújo (2008) após o surgimento da TCI’s os processos de produção


do livro foi muito afetado. Dos processos abaixo qual não é mais realizado com o
surgimento das TCI’s?

a) Texto digitalizado.

b) Diagramação eletrônica.

c) Prova para correção.

d) Boneca.

e) Prova final.

58
Editoração Eletrônica

7.A sentença a segui “verificar todas as falhas ou imperfeições, tendo a


oportunidade de corrigi-las antes da impressão da tiragem completa” refere-se a:

a) autor.

b) editor.

c) tradutor.

d) parecerista.

e) livreiro.

8.Em qual momento da produção o editor faz as conferências de estilos


aplicado no livro?

a) Revisão de diagramação.

b) fotolito.

c) Prova heliográfica.

d) Comercial.

e) Tradução.

59
Editoração Eletrônica

9.Quais as vantagens do uso das TIC’s na comunicação?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10.Quais os aspectos que precisam ser previsto para contratação de uma obra
que passou pela aprovação?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

60
Editoração Eletrônica

3 Métodos de Editoração
Eletrônica e suas
Ferramentas

61
Editoração Eletrônica

Nesta unidade, o aluno conhecerá as etapas para uma publicação em editoras


virtuais e em sistema de editoração de revistas científicas. Buscou-se apresentar o
máximo de informações possíveis e, com isto, pretende-se aguçar a curiosidade do
aluno em escrever e buscar alternativas para publicar seus trabalhos. Para fins de
alargar ainda mais o conhecimento, algumas ferramentas de editoração serão
apresentadas com a tentativa de mostrar que, facilmente, o aluno poderá editar
um documento composto por texto e imagem.

Objetivos da Unidade

 Conhecer as etapas para editoração eletrônica;

 Apreender o processo diante das editoras virtuais;

 Conhecer as ferramentas utilizadas na editoração eletrônica.

Plano da Unidade

 Métodos de Editoração Eletrônica e suas ferramentas

 Métodos para a Editoração Eletrônica

 Etapas e Ferramentas para editoração eletrônica

 Etapas para editoração eletrônica

 Ferramentas para editoração eletrônica 

Bons estudos!

62
Editoração Eletrônica

Métodos de Editoração Eletrônica e suas Ferramentas

Métodos para a Editoração Eletrônica

Após conhecermos os processos da editoração, tanto da tradicional quanto da


eletrônica, a qual é objetivo desta disciplina, discutiremos sobre os métodos e as
ferramentas utilizadas.

Desta forma, iniciamos a conceituação a partir da Enciclopédia Mirador


Internacional (1994, p. 7539), a qual traduz o conceito de método como:

[...] método é o processo, ou o conjunto de processos, que


permite conhecer determinada realidade, produzir certo objeto,
ou desempenhar este ou aquele tipo de comportamento.
Confundindo-se com a noção de processo, de meio, empregado
na consecução de determinado fim, a noção de método coincide
também, em grande parte com a noção de técnica, de saber fazer.
Quer se refira ao conhecimento do real, à produção de objetos
belos ou úteis, ou à disciplina da conduta, o método é sempre no
meio ou a técnica que se emprega para alcançar um objeto
previamente estabelecido.

Verifica-se que o método é a forma empregada para fazer algo e, esse método
mudou consideravelmente neste século, seja para publicação de livros e/ou
periódicos. É notório como as tecnologias da informação permitiram o avanço nos
processos de editoração. As tecnologias voltadas para a demanda informacional
vêm a atender as necessidades de organizar e gerenciar as publicações. As
publicações eletrônicas estão visíveis, diferente do que acontecia no passado, em
que o processo de publicação ocorria de forma lenta, manual e o conhecimento
estava ao alcance de poucas pessoas (MEADOWS, apud MORAES; MIRANDA, 2011,
p. 30).

Conheceremos ainda, nesta unidade, as ferramentas utilizadas para editar


textos e preparar para impressão e como o autor pode interferir nesse processo,
conforme citado por Vieira (2014, p. 228), [...] abriu-se uma nova perspectiva para
autores e consumidores de literatura, as livrarias e editoras virtuais por demanda,
onde é possível editar um livro com diversas opções tanto para o autor, como para
o cliente [...].

63
Editoração Eletrônica

 
Etapas e Ferramentas para editoração eletrônica

Etapas para editoração eletrônica

Para destacar algumas etapas utilizamos pesquisas realizadas em duas


editoras virtuais apresentadas na Unidade anterior: Clube de Autores e Câmara
Brasileira de Jovens Escritores.

Ibrahim (2009) destaca etapas para publicação na editora virtual, Clube de


Autores:
 autor se cadastra no site e envia sua obra em padrão A5, com o arquivo
no formato PDF;

 na página do Clube há um guia para explicar como se faz essa


configuração;

 site, então, calcula os custos para imprimir e distribuir a obra - de acordo


com a quantidade de páginas;

 em seguida, o autor informa quanto quer ganhar, por cópia, com direitos
autorais.

 livro, cuja capa pode ser feita pelo próprio autor, não tem orelha, nem
texto na lombada. E também pode ser disponibilizado online.

Sugestão de Site!

Ao acessar o site (https://www.clubedeautores.com.br/), verifica-se que


é evidente a facilidade de publicação dos livros e com custo muito menor.

O Clube de Autores oferece os serviços para: capa, diagramação, revisão,


registro de ISBN e ilustração.

O autor, nesse caso, poderá escolher quais serviços precisará da editora virtual
“Clube de Autores” e ainda ter sua obra revendida através da mesma.

64
Editoração Eletrônica

A Câmara Brasileira de Jovens Escritores – CBJE


(http://www.camarabrasileira.com/) trabalha imprimindo pequenas tiragens,
dentre os estilos de poesias, romances, religiosos, ficção, pesquisas, monografias e
livros didáticos, com o máximo (recomendável) de 300 páginas.

A CBJE estabelece as seguintes orientações ao autor:

 Os originais (digitados em word) devem ser enviados em CD ou via e-mail,


depois de um contato prévio;

 Os autores devem reservar as três primeiras páginas para folhas de rosto e


créditos;

 Os originais já deverão vir revisados;

 Desenhos, ilustrações, fotos ou textos para orelhas, capa ou contracapa


devem ser enviados juntamente com o arquivo do livro;

 O autor deve informar os seus dados pessoais completos (inclusive


endereço com CEP) para que possamos calcular o valor do frete que será
incluído no orçamento;

 Depois de avaliar os originais, a Departamento Editorial envia o orçamento


detalhado para a aprovação do autor;

 Se aprovado, o Departamento Editorial se encarrega de diagramar, paginar


e produzir o miolo e a capa do livro;

 A arte final é enviada em PDF, por e-mail, ao autor para aprovação final;

 Concluída esta etapa, o livro é impresso e encadernado nos padrões


convencionais de livros.

65
Editoração Eletrônica

Neste caso, não há comercialização do livro. O próprio autor se encarregará da


venda do mesmo, pois a CBJE apenas realiza a editoração e impressão.

Antecedendo às ferramentas para editoração e, em duas pesquisas,


verificamos como se torna fácil para um autor publicar seu livro e demais materiais.
Algumas editoras se encarregam até do processo de pós-produção e o autor não
precisará se preocupar em vender suas obras.

A partir destas breves análises, trataremos das etapas apresentadas na


Unidade anterior e especificaremos cada uma delas e, ainda, como ocorre na
ferramenta de editoração para periódicos científicos, no SEER.

Desta forma, as etapas apresentadas são:

Pré-Produção
 Originais digitados
 Contratação

Produção
 Diagramação eletrônica
 Prova de correção
 Prova final

Pós-Produção
 Comercial
 Marketing
 Uso da internet

Pré-Produção – nesta etapa o autor já envia seu material digitado, poupando


o tempo de digitação pela equipe editorial. Lembramos que, desde a concepção da
editoração eletrônica, todos os processos são realizados utilizando o computador,
iniciando na construção da ideia do autor. Ainda há, claro, a contratação do autor,
pelas suas obras encomendadas e contratos entre autores e editoras pelos serviços
adquiridos.

66
Editoração Eletrônica

Produção – observam-se como as etapas foram reduzidas nesse processo. Foi


a que mais sofreu mudanças nessas últimas décadas, pois a partir de toda a
diagramação realizada por computador e por profissionais qualificados nas artes
gráficas, toda e qualquer revisão e correção é realizada com brevidade e no mesmo
tipo de plataforma. O autor consegue acompanhar a evolução da editoração do
seu livro, panfletos etc. através da Internet ou por comunicação via e-mails. É
possível realizar correções solicitadas pela editora no mesmo arquivo e enviado
pela mesma via. Facilidade e agilidade nesse processo de Produção do livro.

O diagramador cria uma folha de estilo, através de um software de editoração,


na qual será inserido o texto, figuras etc. Um processo que será executado uma
única vez.

Pós-Produção – neste caso, para o autor que contrata serviços sem a pós-
produção, o mesmo terá que realizar tal tarefa. Mas para aqueles que não querem
se preocupar em fazer o marketing, vender etc., e podem pagar pelos serviços,
mantêm-se os mesmos do processo editorial tradicional. Importante enfatizar que
o marketing, venda podem também ser realizado pelo computador utilizando os
serviços de Internet. Ágil e com possibilidades de abarcar grande número de
pessoas no País e no exterior.

Novamente, percebe-se o quanto a tecnologia facilitou a publicação e dos


diversos tipos de literatura. O autor pode decidir pela quantidade de exemplares;
realiza correções e revisões de forma dinâmica e pode ou não ter serviços de pós-
produção.

Como já estudado, na Unidade 2, o processo editorial eletrônico mudou, isto


também para revistas científicas. A grande maioria das revistas utiliza o Sistema de
Editoração Eletrônico de Revistas – SEER.

Para a submissão de artigo, o autor segue as seguintes etapas (MORENO,


2007):
1) Iniciar submissão;
2) Inclusão de metadados;
3) Transferência do manuscrito;
4) Transferência do arquivo suplementar opcional;
5) Confirmação da submissão.

67
Editoração Eletrônica

Machado, Abreu e Mourão (2011), destacam os passos para os trâmites


editoriais de uma revista, a partir da submissão de artigos:

1. Fila de submissões: se inicia quando o texto é designado a um editor;

2. Avaliação da submissão: artigos enviados são avaliados por pares cega


e avaliação editorial;

3. Edição da submissão: os artigos passam pela edição de textos,


composição, layout e leitura de provas;

4. Fila de agendamento: são designados a uma edição de publicação;

5. Sumário: os trabalhos são ordenados e publicados.

Abaixo se verifica como esses trâmites são divididos por Moreno (2007).
Percebe-se que os fluxos da avaliação; da edição de textos; edição de layout e
edição de leitura e de provas correspondem aos itens 2 e 3 citados por Machado;
Abreu; Mourão.

Figura 12 – fluxo editorial

Fonte: MORENO, 2007

68
Editoração Eletrônica

Percebe-se a proximidade na visão dos autores quanto aos trâmites editoriais


da revista.

Mas como produzir? Incluir imagens, organizar o texto? Como submeter um


artigo para publicação? Vamos conhecer as ferramentas que tornam isto possível
na fase de editoração eletrônica, ou seja, especificamente na fase da diagramação.

Ferramentas para editoração eletrônica 

Compreendemos que a editoração eletrônica consiste na construção de


materiais publicáveis através do computador. As ferramentas utilizadas podem ser
encontradas em escritórios ou grandes gráficas e permite que um digitador possa
executar o trabalho de uma equipe inteira, perpassando pelo layout, edição de
texto, inclusão de imagens, paginação.

A criação de folhetos, posteres, catálogos, boletins informativos, livros,


monografias etc. se dá utilizando softwares disponíveis no mercado.
Conheceremos alguns desses a seguir:

→ CorelDRAW;

→ Adobe PageMaker;

→ QuarkXpress;

→ MS-Publisher ;

→ Adobe Photoshop;

→ Adobe InDesign

→ Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas - SEER

O Corel é um software vetorial, ou seja, seu ponto forte é trabalhar imagens,


assim como o Photoshop. Foi lançado em 1989 pela Corel Corporation.

69
Editoração Eletrônica

Permite distorcer uma imagem em qualquer escala, trocar a espessura ou o


tipo de margem, alterar a suavidade das suas curvas e ainda imprimir o desenho
final com a melhor qualidade possível. As vantagens do CorelDRAW é a
possibilidade de realizar download de versão gratuitamente, embora seja de uso
limitado, e possui documentação e treinamento para o usuário. Porém uma das
desvantagens é que para o usuário possuir todos os pacotes sem limitação de
funcionalidade é um custo alto.

A ferramenta é comporta por vários módulos e apresentaremos alguns a


seguir:

 CorelTrace: módulo que cria um desenho a partir de uma figura digitalizada,


para ser trabalhado dentro do CorelDRAW;

 CorelChart: módulo que permite a produção de gráficos do tipo barra, torta


e tridimensional;

 CorelShow: módulo de elaboração de apresentações. Para animar figuras


para serem mostradas de modo seqüencial e automático;

 Corel Photo-Paint: módulo para edição de imagens digitalizadas ou


ilustrações como fotos;

 Corel Move: é um novo módulo que permite a animação de desenhos


criados no módulo DRAW básico.

 Corel Ventura é um dos mais poderosos softwares utilizado para uma


grande variedade de aplicações, desde um documento de uma só página
até um livro de centenas de páginas. Este software é um dos pioneiros na
editoração eletrônica. (OLIVEIRA, 200?).

70
Editoração Eletrônica

Figura 13 – Criar em CorelDRAW

Fonte: Google Imagens

Adobe PageMaker é um poderoso software para editoração eletrônica.


Lançado em 1985 pela Adobe Systems, é utilizado para uma grande variedade de
publicações, desde um documento de uma só página até um livro de centenas de
páginas. Sabe-se que até a década de 90 essa ferramenta dominou o mercado no
campo da produção gráfica e em virtude desse sucesso, a empresa Aldus
Corporation que era a produtora deste software foi incorporada pela Adobe
Systems. O PageMaker é um líder no mercado de editoração eletrônica no Brasil.

As vantagens dessa ferramenta são: único aplicativo de editoração totalmente


traduzido para o português; tem a melhor documentação, incluindo um manual
para quem pretende utilizar serviços de impressão comercial; é prático no
manuseio de textos - ao contrário do Quark e do Publisher, o usuário pode
posicionar o texto e objetos livremente sobre a página, ajustando as dimensões
com o mouse, facilidade em fazer o texto contornar um objeto de formato
irregular, se comporta bem com layouts complexos em cores, pode editar texto
inclinado e girar objetos. Ainda possui um alto custo para aquisição, embora haja

71
Editoração Eletrônica

alternativa de realizar download de versão Trial na Internet, possui menos recursos


que o Quarkxpress e não possui assistente de tarefas para o usuário, logo há
dificuldade em assimilar funcionalidades da ferramenta.
Figura 14 – Criar em PageMarker

Fonte: Google Imagens

O Quarkxpress foi desenvolvido pela empresa norte americana Quarkx Inc e


lançado em 1987 para sistema operacional Mac. Apenas 1992 foi lançada versão
com compatibilidade para sistema operacional Windows. É a ferramenta preferida
das agendas de publicidade para editoração, pois é voltado para edição de
documentos curtos, em cores e layouts completos, casos dos anúncios de jornais e
revistas.

Esta ferramenta permite a combinação de escrita, edição e tipografia com


cores e imagens. Poderoso software para a editoração eletrônica tanto quanto o
PageMaker e o Corel Ventura. Possui interface bastante funcional e precisão
profissional, o espaçamento entre letras pode ser ajustado através de tabelas e
gráficos. Uma das desvantagens é precisar de treinamento para editar o material,
tendo em vista que não se trata de ambiente amigável ao usuário.

72
Editoração Eletrônica

Figura 15 – Criar em Quarkxpress

 
Fonte: Google Imagens

 
A Microsoft lançou em 1991 a ferramenta MS-Publisher e foi o primeiro produto
criado pelo laboratório de usabilidade da Microsoft.

Uma ferramenta fácil de usar, pois possui assistentes digitais com dicas de
como produzir seus materiais, logo, o usuário não precisa ser um expert para fazer a
edição de um texto, incluir imagens etc.

Com um layout simples, possui apenas nove ferramentas, que lidam com
todos os aspectos básicos da montagem de uma publicação e com elas o usuário
estabelece onde vão ser inseridos os textos e as imagens. Os textos podem ser
colados a partir de outro ou digitados diretamente. As imagens podem ser
importadas do computador ou outro tipo de dispositivo e de formatos variados.

73
Editoração Eletrônica

Figura 16 – Criar em Publisher

Fonte: Google Imagens

O programa Adobe Photoshop é um software de retoque de fotografias, edição


de imagens e pintura, que roda em ambiente Windows e Macintosh. Foi lançado em
1990 e possui também outros módulos que auxiliam na manipulação de imagens.

A ferramenta proporciona aos trabalhos resultados de qualidade profissional e


em seu rol de vantagens é considerada a liderança no mercado para as artes
gráficas, está disponível em vinte idiomas. Há versão Trial para download na
Internet e assim permite ao usuário estudar a ferramenta. Uma das desvantagens é
o alto custo da ferramenta, essa é adquirida por módulos e para um plano
individual, paga-se cerca de R$ 45,00 por módulo.

74
Editoração Eletrônica

Figura 17 – Criar em Photoshop

Fonte: Google Imagens

 
Uma das ferramentas que possui extrema importância em nosso contexto
biblioteconômico é o SEER. Já verificamos as etapas a partir da submissão do
artigo. Agora iremos tratar da ferramenta, em específico. Já conhecemos sua
origem e objetivo, iremos conhecer suas funcionalidades e telas.

Trata-se de ferramenta código livre, gratuito e flexível. O sistema é instalado


localmente, os editores configuram as permissões e submissões, possui indexação
abrangente do conteúdo, ferramentas de leitura para o conteúdo, baseadas em
campos definidos pelo editor, ajuda on-line completa e notificações por e-mail.
Roda nos sistemas operacionais Windows, Mac e Linux.

Vamos apresentar os fluxogramas de definem as atividades dos editores até a


publicação.

75
Editoração Eletrônica

Figura 18 – Fluxo básico da avaliação de submissão

Fonte: MORENO, Fernanda (2007)

76
Editoração Eletrônica

 
Figura 19 – Fluxo básico da edição de texto

Fonte: MORENO, Fernanda (2007)

77
Editoração Eletrônica

Figura 20 – Fluxo básico da edição de layout e leitura de provas

 
Fonte: MORENO, Fernanda (2007)

78
Editoração Eletrônica

 
O SEER está sendo considerado por editores como uma solução
prática, econômica e eficiente. O sistema promove a automação das
atividades de editoração de periódicos científicos, permitindo
completa autonomia dentro do fluxo editorial. Dessa forma, o editor
pode definir as etapas do processo editorial de acordo com a política
definida pela revista. (SOUZA; ARELLANO, 2011)

A Editoração Eletrônica é discutida pelos seus pontos positivos e negativos.


Neste caso, destacam-se os pontos positivos adquiridos com a prática de uma
editoração realizada por computador. Podemos destacar, dentre tantos, alguns
benefícios:

Economia: no custo - Computadores são mais baratos que equipamentos da


indústria para a diagramação. Em compensação, utilizam-se outros tipos de
qualificações profissionais para trabalhar o layout, ilustrações, diagramação etc.

Economia: no tempo – a agilidade em preparar um documento, panfleto,


revista etc. A editoração é muito mais ágil que a tradicional.

Qualidade da Arte Final: verifica-se que podemos melhorar a qualidade visual


de uma publicação, tornando-a mais clara e suave. Com esse modelo de editoração
podemos facilmente mesclar gráficos, textos, imagens etc.

A publicação eletrônica ao contrário da tradicional não é


linear, ou seja, os textos podem remeter às informações
importantes que podem ser linkadas no mesmo instante,
antes mesmo de se terminar a leitura do texto na íntegra.
Compõem o cenário eletrônico três tipologias de publicação:
o hipertexto, a multimídia e a hipermídia. (MAIMONE;
TÁLAMO, 2008)

Isto traz à tona a flexibilidade de um processo editorial renovado e real no


Brasil e no mundo. As ferramentas para editoração estão nos escritórios, empresas,
editoras. Sem sair de sua residência o autor submete seu trabalho, seja para editora
virtual ou não, ou ainda para ferramentas de editoração de revistas. Acompanha
todo o processo, corrige e reenvia por e-mail. Sem sair de sua residência faz o
marketing, publica e vende suas obras.

79
Editoração Eletrônica

Com tantas facilidades vêm à tona também os riscos de se publicar sem


normas e regras editoriais. Entendemos que não podemos sair das regras gerais de
formatação de documento. Fiquemos atentos às normalizações e regras
ortográficas.

Conclui-se esta unidade, mas se sabem que não esgotamos a discussão sobre
as ferramentas utilizadas para editoração nem tampouco as etapas recomentadas
por editoras virtuais etc. Estudamos ainda um pouco dos fluxos editorais da
ferramenta SEER para as revistas científicas. Na próxima Unidade discutiremos a
aplicação das ferramentas, elegeremos uma das apresentadas nesta para
trabalharmos um texto.

Leitura complementar:

Tutorial para Editores - SEER– IBICT – disponível em:


http://seer.ibict.br/images/stories/file/tutoriais/tutorial_para_editores.pdf

Tutorial Submissão de Artigos no SEER – IBICT – Disponível em:


http://seer.ibict.br/images/stories/file/tutoriais/tutorial_de_submissao_de_artigos.
pdf

É hora de se avaliar

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo
de ensino-aprendizagem.

80
Editoração Eletrônica

Exercícios – Unidade 3

1.Estudamos sobre como se tornam fáceis, atualmente, publicar seu livro.


Basta ter o recurso necessário e poderá contratar até o serviço de pós-produção.
Quais são os serviços desta etapa:

a) Marketing e Venda .

b) Venda e Correção do original.

c) Assessoria de imprensa e correção do original.

d) Prova de leitura e Marketing.

e) Impressão e Revisão.

2.Complete adequadamente a frase a seguir de acordo com a leitura do texto:

Para os autores Moraes e Miranda (2011), as tecnologias voltadas para a


demanda informacional ______a tender as necessidades de organizar e gerenciar
as _____________.

3.Considerando a editoração eletrônica, indique um item da etapa de pré-


produção.

a) Tradução.

b) Contratação.

c) Diagramação.

d) Prova de leitura.

e) Correção de originais.

81
Editoração Eletrônica

4.Das ferramentas apresentadas na unidade, quais são consideradas de alto


custo?

a) Corel e Publisher.

b) Adobe Photoshop e Publisher.

c) Adobe PageMaker e Adobe Photoshop.

d) Publisher e Adobe PageMaker .

e) SEER e Corel.

5.Qual ferramenta é considerada líder no Mercado brasileiro para editoração


eletrônica?

a) Adobe Photoshop

b) Corel

c) Adobe PageMaker

d) Publisher

e) QuarkxPress

6.Qual autor defende essa ideia no texto da unidade? “[…]os textos podem
remeter às informações importantes que podem ser “linkadas” no mesmo
instante.”
a) MACHADO, ABREU E MOURÃO (2011)

b) MORENO (2007)

c) MAIMONE; TÁLAMO (2008)

d) MORENO, Fernanda (2007)

e) IBRAHIM (2009),

82
Editoração Eletrônica

7.Para Souza; Arellano (2011):


a) “O sistema promove a automação das atividades de editoração de
periódicos científicos, permitindo completa autonomia dentro do fluxo
editorial.”

b) “O sistema promove a automação das atividades de editoração de


periódicos científicos, permitindo completa gerência dentro do fluxo
editorial.”

c) “O sistema promove a automação da editoração, permitindo completa


autonomia dentro do fluxo editorial.”

d) “O sistema promove a automação das atividades de editoração de livros,


permitindo completa autonomia dentro do fluxo editorial.”

e) “O sistema promove a automação das atividades de editoração de


periódicos científicos, porém não permite completa autonomia dentro do
fluxo editorial.”

8.Relacione:

a) Fila de submissões;
b) Avaliação da submissão;
c) Edição da submissão:
d) Fila de agendamento:
e) Sumário

( ) Fluxo da submissão
( ) Fluxo da avaliação
( ) Fluxo da edição de texto
( ) Fluxo da edição de layout
( ) Fluxo da leitura de provas
( ) Fluxo da publicação

83
Editoração Eletrônica

9.Cite alguns pontos positivos da editoração eletrônica:

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10.Destaque algumas vantagens do SEER:

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84
Editoração Eletrônica

4
Aplicação das Ferramentas

85
Editoração Eletrônica

Nesta unidade, o aluno conhecerá as etapas para editorar uma publicação.


Será apresentado passo o a passo de criação de livreto em uma das ferramentas
estudadas e com impressão. Pretende-se com isso demonstrar ao aluno como as
ferramentas de tecnologia da informação modificaram o processo da editoração na
evolução da editoração de livros e periódicos.

Objetivos da Unidade

 Reolhar pontos positivos e negativos das ferramentas.

 Conhecer as etapas de processamento de um documento.

Plano da Unidade

 Aplicação das ferramentas

Ferramentas

MS Publisher

Aplicabilidade

Bons Estudos!

86
Editoração Eletrônica

Aplicação das ferramentas

Ferramentas

Para fins de aplicabilidade não demonstraremos para o aluno todas as


ferramentas citadas na Unidade 3, porém considera-se importante apresentar
detalhes de como construir material em uma delas.

Antes de realizarmos qualquer construção, iremos rever algumas das


ferramentas apresentadas:

 O Corel é um software vetorial, para imagens assim como o


Photoshop.

 Page Maker como forte ferramenta no ramo editorial, como


aplicativo totalmente traduzido para o português, com grande gama
de documentação.

 O Quarkxpress que combina escrita, edição e tipografia com cores e


imagens. Favorito das agências de propaganda, pode ser utilizado
para documentos curtos, em cores e layouts completos, casos dos
anúncios de jornais e revistas.

 MS-Publisher, com layout simples e consegue lidar com todos os


aspectos da montagem de uma publicação, incluindo os textos e as
imagens.

 O Adobe Photoshop com sua poderosa ferramenta para manipular


fotografias, imagens e pinturas.

 SEER o qual trata da editoração eletrônica de periódicos. É uma


ferramenta código livre, gratuito e flexível.

Desta forma, a ferramenta escolhida para trabalhar nesta unidade é a MS


Publisher, porém o aluno poderá aprimorar seus conhecimentos e construir em
qualquer outra ferramenta que permita a editoração de texto e imagem.

87
Editoração Eletrônica

Importante destacar para o aluno que as ferramentas podem aqui ser


mencionadas como ferramenta, aplicativo ou pelo seu nome comercial.

MS Publisher

A ferramenta é composta por ampla barra de ferramentas muito semelhante


ao editor de texto Word, com características bem próximas e teclas de atalho com
mesma funcionalidade. Como já mencionado seu layout é muito simples e possui
versões em português o que facilita a utilização pelo usuário. Possui manual e farto
material na Internet sobre sua utilização. Versões em Português, o que facilita a sua
utilização.

Algumas de suas vantagens:

 Ampla barra de cores;

 Modelos pré-definidos (carta, e-mail, livreto, cartão, menu etc.);

 Inserção de imagem a partir do computador ou outro dispositivo;

 A inserção de texto pode ser digitada, “colada” ou importada, pois permite


importação dos seguintes formatos: PUB, TXT, MHT, HTML, RTF, DOC, DOX,
WPD, WPS;

 Redimensionamento de imagem ou “cortar”;

 Biblioteca de conteúdos;

 Facilidade de apresentação dos trabalhos para usuários que não possuem a


ferramenta, pois exporta em: PUB, TXT, GIF, JPG, BMP, DOC, DOCX, WMF, PS,
XPS, HTML, MHT, PDF;

88
Editoração Eletrônica

Das desvantagens da ferramenta, pode-se afirmar que não é tão evoluída


quando as novas versões de Power Point e Word; os trabalhos desenvolvidos nesta
ferramenta podem depender de tratamento especifico para imagens, o que não é
o forte do Publisher.

Aplicabilidade

Apresentaremos algumas imagens das telas da Ferramenta Publisher. Ao abrir


a Aplicação verificamos que a mesma traz uma diversidade de modelos semi
prontos para o usuário ou ainda permite que o mesmo possa escolher o tamanho
do papel em branco e crie do “zero”.

A partir deste ponto, o aluno acompanhará a construção de trabalhos


realizados no Publisher.

Figura 21 – Tela principal

O primeiro passo é a escolha do tamanho e formato do papel para sua


publicação. Caso o usuário queira algum modelo pronto da Aplicação, é possível
escolher a partir do Menu à esquerda. Observa-se o grande leque de modelos
definidos.

89
Editoração Eletrônica

Figura 22 – Modelos semi prontos 1

Na tela acima, verificamos os modelos de “avisos” e na tela abaixo modelos de


calendários.

Figura 23 – Modelos semi prontos 2

90
Editoração Eletrônica

A partir da escolha do papel ou modelo que será utilizado, o usuário pode


iniciar a construção de seu trabalho e observaremos na figura abaixo a barra de
ferramentas para tal.

Figura 24 – Barra de ferramentas

A barra de ferramentas lateral esquerda permite ao usuário formatar o


tamanho da página, cores, fontes, inserir caixa de texto, figuras. Além disso, há as
ferramentas disponíveis nas ferramentas do pacote Office.

Para nossa primeira demonstração, escolhemos uma folha em branco,


tamanho A5 (14,8 x 21cm) retrato. A partir de agora, iremos inserir imagens e textos
para demonstrar a aplicabilidade.

Iremos criar um livreto a partir do artigo “O que é Ciência da Informação” de


Carlos Araújo e, ilustrar.

91
Editoração Eletrônica

Figura 25 – Inserção de páginas

As páginas podem ser incluídas como páginas individuais, duplicadas, podem


ainda ser de diferentes estilos (paisagem ou retrato), o usuário possui bastante
liberdade quando ao número de páginas, agrupadas ou não.

Após incluir outras páginas no modelo acima, basta copiar o texto no arquivo
de origem e colar.

Figura 26 – colar texto

92
Editoração Eletrônica

Com o texto colado no Publisher o usuário precisa formatar como se estivesse


em arquivo Word. Escolher alguma imagem ou borda para incluir. E me nosso
trabalho iremos criar primeiro a capa.

Figura 27 - Capa da Publicação.

Figura 28 - Capa da Publicação - visualização

93
Editoração Eletrônica

A construção das páginas seguintes pode ocorrer da mesma forma, copiar e


colar o texto e a partir da formatação incluir imagens ou bordas. Neste caso
incluímos uma borda azul e amarela.

Figura 29 - Segunda e terceira páginas

Figura 30 - Segunda e terceira páginas - Visualização

94
Editoração Eletrônica

Figura 31 - Quarta e quinta páginas

Nestas páginas, incluímos no canto inferior esquerdo da quarta página uma


imagem e outra no meio da quinta página. Notemos que o texto permanece em
volta das mesmas. Desta forma, não há qualquer esforço do usuário em criar várias
caixas de texto para que a formatação fique como na figura acima.

95
Editoração Eletrônica

Figura 32 - Quarta e quinta páginas - Visualização

Figura 33 - Sexta e sétima páginas

A fim de ilustrar ainda mais o livreto, incluímos a imagem de Paul Otlet, o qual
o autor do artigo cita. Verificamos novamente que o texto contorna a imagem. E na
sétima página, termina-se o livreto com a inclusão de uma imagem apenas por
estética.

96
Editoração Eletrônica

Figura 34 - Sexta e sétima páginas - Visualização

Figura 35 - Capa de trás

97
Editoração Eletrônica

Figura 36 - Visualização total

Essa nossa publicação tem oito páginas em formato A5, porém ao visualizar o
formato geral, o Publisher só permite visualizar o total de seis páginas.

Impressões:

→ O usuário pode escolher a forma de imprimir, escolher tipo de papel etc.


Neste caso, criamos um folheto e iremos realizar uma impressão como tal.
Verificamos na imagem abaixo, o tipo de configuração realizada:

→ Opções de impressão: Livreto

→ Opções de impressão em frente e verso: dois lados e,

→ Marcar a opção: Mostrar como inserir papel. Desta forma o software da


impressora apresenta para o usuário a forma de virar a folha, caso não
seja automatizada.

98
Editoração Eletrônica

Figura 37 – configuração de impressão

99
Editoração Eletrônica

Abaixo, verificaremos as imagens de nosso livreto impresso.

Imagem 38 – folheto impresso

100
Editoração Eletrônica

 
As últimas imagens apresentadas foram realizadas a partir da impressão do
livreto construído no Publisher. Impressão realizada em impressora jato de tinta e
de uso comum atualmente. Percebe-se o quanto se torna fácil para o usuário
construir um material para publicação. Obviamente o material criado é de caráter
“doméstico”, sem aprofundamento em layout de imagens e com impressão
simples. Com colaboração de outras ferramentas de imagens e profissional com
qualificação para manipular, o trabalho ficará muito mais rico, não só em conteúdo,
mas também em apresentação.

101
Editoração Eletrônica

Nesta unidade, estudamos a aplicabilidade da ferramenta MS Publisher para a


editoração de textos. Criamos um livreto e realizamos a impressão com intuito de
demonstrar para o aluno como se tornou uma tarefa relativamente fácil criar os
próprios materiais.

Na próxima unidade, iremos tratar sobre a colaboração do profissional


Bibliotecário neste contexto da editoração eletrônica.

Leitura complementar:

Assistir ao vídeo – Como Criar um Livreto no Publisher 2010:

https://www.youtube.com/watch?v=4v5_0kqeDm4

Estudo do Manual do MS Publisher,

Disponível em:

http://www.objetivoosasco.com.br/arquivos/Arquivos_2013/Informatica/9ano
_Publisher2007.pdf

É hora de se avaliar

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem.

102
Editoração Eletrônica

Exercícios – Unidade 4

Com base no que já estudamos:

1.Você considera que a ferramenta apresentada é de fácil utilização? Por quê?

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__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

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2.Com base no que estudamos nesta unidade, identifique porque é fácil para o
usuário demonstrar seu trabalho para clientes que não possuem a ferramenta
instalada?

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103
Editoração Eletrônica

3.A ferramenta possui algumas formas de inclusão de páginas. Indique as


opções corretas.

( ) Apenas individuais
( ) Apenas páginas duplicadas
( ) Páginas duplicadas e individuais
( ) De acordo com necessidade do usuário
( ) Páginas individuais

4.Verificado que a ferramenta possui vasta categoria de modelos pré-


existentes (definidos), indique os verdadeiros.
( ) Livros
( ) Folhetos
( ) Cartazes
( ) Menus
( ) Planilha

5.Informe se as afirmações são verdadeiras ou faltas.

( ) O Publisher possui layout simples, porém com poucas ferramentas

( ) MS Publisher é poderosa ferramenta para imagens

( ) Ferramenta com modelos pré existentes

( ) O Publisher permite inserção de imagens de vários tipos de dispositivos

( ) A exportação do MS Publisher é considerada “pobre”

104
Editoração Eletrônica

5 O Bibliotecário e o
Mercado Editorial

105
Editoração Eletrônica

Nesta unidade, o aluno será preparado para perceber oportunidades de


atuação no mercado editorial e serão indicadas importantes aptidões que
precisarão investir para que seja bem sucedido no fazer editorial.

Objetivo da unidade

 Treinar a percepção dos estudantes para entender o potencial do


bibliotecário no mercado editorial;

 Ressaltar a importância de aprimoramento constante.

Plano da unidade

 O bibliotecário e o mercado editorial

 O que o mercado editorial espera de um bibliotecário?

Que ele seja um leitor

Que ele domine a língua dos leitores

Conhecer as possibilidades tecnológicas de editoração, principalmente


os softwares.

 Equipes editoriais

Áreas profissionais correlacionadas e competências importantes na


editoração científica

 Editoração científica

Bons estudos!

106
Editoração Eletrônica

O bibliotecário e o m ercado editorial

Vimos, até o momento, o percurso histórico da editoração impressa até a


eletrônica, os processos, métodos e ferramentas utilizadas na editoração.

Nesta unidade abordaremos outras competências que o bibliotecário precisa


possuir para atuar no campo da editoração eletrônica.

A difusão e o uso da informação dependem cada vez mais de um mercado


editorial ágil, que ofereça produtos de qualidade. Com isso, tal mercado tem
realizado cada vez mais eficientemente sua função de levar à sociedade
informações e conhecimentos vitais para o desenvolvimento da Ciência
(MAIMONE; TÁLAMO, 2008, p. 301).

Editoras e livrarias são mercados existentes e verificam-se poucos profissionais


atuantes neste nicho de mercado. Neste caso, o profissional bibliotecário pode e
deve atuar no tocante às editoras, na normalização das publicações literárias e
científicas. Nas livrarias, no desenvolvimento de coleções para o público –
aquisição e seleção –, bem como, na organização e recuperação dessas coleções
pelo público. (VALENTIM, 2000, p. 22-23).

Valentim (2000, p. 18) descreve questões fundamentais que o profissional da


informação – o bibliotecário – precisa responder para si mesmo e para outros:

1. Realidade:
a) saber separar a situação real da situação ideal; b)
conhecer os pontos fracos e fortes da área; c) ter noção de
conjunto; e) ter consciência de país.

2. Identidade: a) quem somos? b) o que queremos? c) qual


é o nosso objeto de trabalho? d) onde queremos chegar? e)
qual é a nossa estratégia profissional?

3. Foco: a) quem são nossos clientes reais? b) quem são


nossos clientes potenciais? c) quem são nossos parceiros?
d) quem são nossos concorrentes? e) o que somos para a
sociedade? f) o que queremos ser para a sociedade?

107
Editoração Eletrônica

4. Processos: a) qual é a nossa matéria-prima de trabalho?


b) quais são os nossos produtos informacionais? c) quais
são os nossos serviços? d) o que e como produzimos
atualmente? e) o que e como queremos produzir no
futuro?

5. Recursos: a) quais as tecnologias atuais e quais as


tendências para as tecnologias de informação no próximo
milênio? b) quais as competências e habilidades
necessárias ao profissional hoje e quais serão no futuro? c)
como é a unidade de trabalho hoje e como será no futuro?

6. Perspectivas: a) quem seremos no futuro? b) qual será o


nosso objeto de trabalho no futuro? c) qual será nosso
mercado de trabalho no futuro? d) o que a sociedade estará
precisando no futuro? (2000, p. 18)

A resposta a essas questões poderiam ajudar a assumir uma postura crítica e


de si mesmo e uma busca constante pela atualização e adequação às mudanças
paradigmáticas (VALENTIM, 2000, p. 18)

Muito tem se escrito sobre as habilidades e conhecimentos que os


profissionais em geral precisam possuir para se tornar competitivos no mercado de
trabalho. “A formação do bibliotecário esteve sempre polarizada entre a erudição e
a técnica” (FONSECA, 2007, p. 97). E com a automação de vários processos nos
trabalhos, somos desafiados a buscar constantemente atualização, com risco de ser
descartado pelo mercado que precisa de mão de obra especializada.

108
Editoração Eletrônica

O que o m ercado editorial espera de um bibliotecário?

Que ele seja um leitor

Há alguns anos, a pessoa que tivesse somente a graduação estava bem


colocada no mercado de trabalho. Hoje, o mercado exige mais!

Além do conhecimento técnico que já descrevemos nas unidades anteriores,


outras também são necessárias e apresentaremos algumas nesta unidade.

Neste momento, lembra-se das 5 (cinco) leis da biblioteconomia do grande


bibliotecário indiano S.R. Ranganathan (MEY, 1995, p. 2):
1. Os livros são para usar;
2. A cada leitor o seu livro;
3. A cada livro o seu leitor;
4. Poupe o tempo do leitor;
5. A biblioteca é um organismo em crescimento.

Das cinco leis, quatro tem a palavra leitor como foco principal e os
bibliotecários que trabalham com editoração têm de atender ao seu público. Têm a
missão de editar livros que sejam usados e lidos. Conhecer seus leitores será
importante, para que tenha sucesso neste pedaço de “latifúndio”.

O bibliotecário terá que ser, sobretudo, leitor. O treinamento para a leitura


efetiva implica aprendermos e desenvolvermos determinadas técnicas. Dos
manuais didáticos aos estudos aprofundados sobre o ato de ler, todos oferecem
orientações, ora menos, ora mais objetivas e eficientes. Todavia, cada leitor tem de
descobrir e criar uma técnica própria para aprimorar seu desempenho. Auxiliam-
nos, entre os fatores imediatos e externos, desde o ambiente e o tempo disponíveis
até o material de apoio: lápis, papel em branco, bombons, almofadas, escrivaninha
ou poltrona, alto-falantes, [computadores, celulares], fones – aí entra toda a
parafernália de objetos que se fazem necessários ou que fazem parte do mise-en-
scéne de cada leitor (MARTINS, 1986, p. 84).

109
Editoração Eletrônica

Só um bibliotecário leitor será capaz de entender e atender aos seus leitores.

Figura 1 – A anatomia de um leitor

Fonte: http://www.demaeprafilha.com.br/2015/09/10-direitos-imprescritiveis-do-leitor.html

Que ele domine a língua dos leitores

Bem, nesta atividade que lida com letras é importantíssimo que


bibliotecários/editores sejam um profundo conhecedor da língua dos leitores. No
nosso caso, o Português.

110
Editoração Eletrônica

Laila Vanetti (FEIX, 2010) fala da importância de dominar o Português para o


sucesso na carreira em entrevista à Bayer:

Independentemente da área de atuação, é essencial ter o


domínio da língua materna. Quem investe nessa questão
não só mantém uma ótima imagem profissional como,
também, torna mais fácil o desempenho das suas tarefas.
Mas, para tanto, é preciso ir além do ‘português do colégio’.
‘O português útil é aquela habilidade linguística que deve
vir de todos os sentidos, em especial o visual e o auditivo. A
clareza do texto é fruto da clareza do pensamento, da
coerência das ideias. No fundo, português é o reflexo da
sua capacidade, bagagem, leitura e do seu investimento’,
Às vezes, são questões bastante óbvias, mas que ninguém
observa (FEIX, 2010).

Principais fatores que contribuem para que alguém chegue ao mercado de


trabalho despreparado com relação ao Português, de acordo com a mestra em
Linguística e pesquisadora Laila Vanetti (FEIX, 2010), são as falhas no ensino
fundamental, que não têm tido sucesso em aproximar os falantes do texto escrito.
“Nos países mais desenvolvidos, não há nas empresas profissionais com problemas
de escrita como os brasileiros. A pessoa não lê, não escreve, portanto fica difícil
aprender. Não se nasce sabendo a língua escrita, não é natural, é algo construído”,
explica a especialista. Para que se tenha mais afinidade com o Português, inclusive
o escrito, é preciso investir na leitura. Mas não se trata de pegar a primeira revista e
se prender a qualquer texto. Esse também é um processo que deve ser ensinado
nos primeiros anos de estudo. “É preciso saber o que ler e como. Os professores, lá
atrás, devem mostrar como a leitura significa ir além das palavras, buscar o que
está por trás, o contexto. Caso contrário, a pessoa não vai ler bem e,
consequentemente, escrever sem cometer erros”, conclui Laila.

111
Editoração Eletrônica

Conhecer as possiblidades tecnológicas de editoração,


principalmente os softwares

A Tecnologia da Informação e Comunicação tem feito cada vez mais parte da


vida do homem e está alterando profundamente as formas de realizar suas
atividades do cotidiano. Conforme vemos em Albornoz (2005, p. 8) o conceito de
modernidade está vinculada à manipulação e obtenção de máquina, ou seja,
tecnologia.

No começo da Revolução Industrial, a predisposição para


participar do processo está ligada a um senso de evolução
e modernismo... A capacidade do ser humano é limitada ao
treinamento suficiente para operar máquinas. Suas
habilidades, como um todo, são desprezadas, e seus
conhecimentos humanos contribuem para alavancar o
processo de mecanização, mas nunca estiveram limitadas a
ele; afinal, o homem é múltiplo e a própria Revolução
Industrial é fruto de seu empenho em melhorar a vida em
grupo. Enquanto a indústria é uma novidade, em seus
primeiros anos de vida, existe uma espécie de motivação
que mobiliza as massas em torno de um ideal de
desenvolvimento trazer para toda a humanidade maior
qualidade de vida. (ALBORNOZ, 2005, p. 8).

Ou seja, a atualização constante no uso das novas tecnologias será um


diferencial no novo contexto editorial que estamos vivendo.

As tecnologias de informação devem ser consideradas ferramentas básicas de


trabalho, instrumental de trabalho para qualquer tipo de unidade de
trabalho/informação, uma vez que o processamento, o gerenciamento, a
recuperação e a disseminação da informação, através destas tecnologias, são mais
eficientes e eficazes (VALENTIM, 2000, p. 20).

Para termos uma ideia das transformações ocorridas na indústria da


informação e, consequentemente, com a editoração ao longo do tempo,
apresentamos o quadro 1 de Valentim (2000, p. 24):

112
Editoração Eletrônica

Quadro 1 - Mutação da informação na indústria da informação

Indústria da
Passado Atual Futuro
Informação
Retransmissores
Cabo / Satélite Satélite
TV locais
Programas locais Programação mundial Programação selecionada
Editoração Editoração eletrônica / Editoração digital
manual Digital
Impressão eletrônica /
Impressão Off-Set Impressão digital
Jornais Digital
Distribuição local e em
Distribuição local e em
Distribuição local redes de comunicação
bancos de dados (Internet)
Editoração Editoração eletrônica /
Editoração digital
manual Digital
Impressão eletrônica /
Impressão Off-Set Impressão digital
Editoras Digital
Vendas locais Vendas locais e em Vendas locais e em redes
através de livrarias redes de comunicação de comunicação
e distribuidoras (Internet) (Internet)
Armazenagem do Armazenagem em arquivos
Armazenagem em
papel em arquivos de aço e utilização da
arquivos de aço e
de aço e em pastas tecnologia óptica
utilização do microfilme
A/Z ou suspensas (digitalização de imagem)
Recuperação e Recuperação e
Arquivos Recuperação e
disseminação local disseminação local; Acesso
disseminação (institucional) e através domiciliar à sistemas
local através de
de sistemas de eletrônicos / digitais
catálogos
informação e redes de próprios e externos; redes
impressos comunicação de comunicação (internet)
Acesso local (institu- Acesso domiciliar à
cional) e através de sistemas eletrônicos /
Acesso local ao
Museus sistemas de informação digitais próprios e
acervo
e redes de comunicação externos; redes de
próprios e externos comunicação (internet)
Fonte: VALENTIM, 2000, p. 25.
Por isso, esta disciplina exemplificou ferramentas utilizadas no mercado
editorial. Assim, os estudantes estarão aptos a responder as exigências do
mercado.

113
Editoração Eletrônica

Equipes editoriais

O bibliotecário precisar ser sagaz para perceber as possibilidades de atuação.

A estrutura da equipe editorial dos periódicos científicos, via de regra, é


constituída pela comissão científica (ou corpo editorial) e pela equipe de
produção editorial, responsável por questões técnico-administrativas e de pós-
produção dos manuscritos (VALERIO, 1994 apud SANTANA, 2015).

Figura 2 - Relação entre comissão científica e equipe de produção editorial

Fonte: (VALERIO, 1994 apud SANTANA, 2015)

O bibliotecário atualmente possui distintas possibilidades de atuação nas


equipes editoriais, dada a sua formação interdisciplinar, suas habilidades e
competências. Nesse sentido, Gonçalves, Ramos e Castro (2006) apontam que a
contribuição do bibliotecário na publicação de periódicos científicos é um
processo muito complexo, que consiste em uma série de tarefas especializadas
executadas por especialistas de diversas áreas (SANTANA, 2015).

114
Editoração Eletrônica

Áreas profissionais correlacionadas e com petências


im portantes na editoração científica
Os bibliotecários identificados desenvolvem atividades e desempenham
funções ligadas não somente à Biblioteconomia, mas também a diferentes áreas de
atuação profissional como Administração, Editoração, Tecnologia da Informação
(SANTANA, 2015).

Quadro 2 - Agrupamento das atividades e funções identificadas por campo de


atuação profissional

 Apoio técnico e administrativo  Assistente


 Assessoria aos autores e editorial
pareceristas  Diagramação
 Assessoria técnica  Edição de texto
Administração

Editoração
 Desenvolvimento de projetos  Gerenciamento
 Divulgação ao público do fluxo
 Equipe técnica editorial
 Editora executiva  Produção
 Elaboração de relatórios editorial
 Elaboração de análises métricas  Revisão textual
 Gerenciamento de redes sociais  Secretaria de
 Prestação de contas edições

 Bibliotecário  Marcação / Conversão XML


Biblioteconomia


Tecnologia da
Ficha catalográfica  Manutenção do site do Informação
 Indexação periódico
 Normalização /
Normalização técnica  Organização e gerenciamento
 
de bases de dados virtuais

Fonte: Santana, 2015.

Segundo Zafirian (2008 apud SANTANA, 2015) competência profissional é uma


combinação de conhecimentos, de saber-fazer, de experiências e comportamentos
que se exerce em um contexto preciso.

115
Editoração Eletrônica

Santana (2015) desenvolveu um interessante estudo referente às


competências que os bibliotecários precisam desenvolver para atuar na equipe
editorial e que foi explorada nesta unidade. A autora apresenta a relação das
competências pontuadas pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO),
requeridas pelas organizações e pelas equipes de produção editorial no quadro 3.

Quadro 3 - Competências do profissional da informação, suas


correspondências no núcleo de competências exigidas pelas organizações e pelas
equipes de produção editorial
Competências requeridas
Competências do Profissional da Competências requeridas
pelas equipes de produção
Informação na CBO pelas organizações editorial
Interação com novas
01 Manter-se atualizado Disposição para mudanças tecnologias
02 Liderar equipes Liderança Liderança
Afetividade + sociabilidade +
Trabalhar em equipe e em trabalho cooperativo com
03 Afetividade + sociabilidade equipes multidisciplinares e
rede
periódicos
Demonstrar capacidade de Análise e síntese / Avaliação Análise e síntese / Avaliação
04
análise e síntese
Comunicação + tradução /
Atendimento de autores,
Demonstrar conhecimento
05 Comunicação editores e revisores em outros
de outros idiomas
idiomas / Disponibilização dos
artigos em outros idiomas
Demonstrar capacidade de
06 Comunicação Comunicação / Divulgação
comunicação
Demonstrar capacidade de Negociação / Elaboração de
07 Negociação
negociação orçamentos
08 Agir com ética Ética ou liderança Ética e liderança
Demonstrar senso de Organização e planejamento /
09 Organização e planejamento
organização Visão estratégica
Investimento em outras formas
Demonstrar capacidade
10 Realização de disponibilização da
empreendedora
informação científica periódica
Criatividade + outras Criatividade + outras
11 Demonstrar raciocínio lógico
capacidades cognitivas capacidades cognitivas
Demonstrar capacidade de
12 Atenção / Priorização Atenção / Priorização
concentração
13 Demonstrar pró-atividade Antecipar ameaças Antecipar ameaças
14 Demonstrar criatividade Flexibilidade / Criatividade Flexibilidade / Criatividade
Fonte: SANTANA, 2015.

116
Editoração Eletrônica

Santana (2015) chegou a seguinte conclusão referente às competências que os


profissionais da informação precisam ter para atuar nas equipes editorias:

Dentre as competências indicadas, destacam-se:

 Trabalho cooperativo com equipes multidisciplinares;

 Comunicação/divulgação;

 Interação com novas tecnologias;

 Investimento em outras formas de disponibilização da informação científica


periódica.

A análise das competências requeridas do bibliotecário nas equipes editoriais


demonstra que esse profissional, bem como, a área de atuação, estão em
convergência com as competências requeridas pelas organizações de um modo
em geral, ou seja, além de ter domínio de conhecimentos específicos, o
bibliotecário deve primar por uma formação ampla, continuada e pautada pela
interdisciplinaridade (SANTANA, 2015).

Editoração científica

Uma ótima oportunidade de atuação para o bibliotecário está na editoração


científica. A editoração científica configura-se como um conjunto de processos e
atividades multidisciplinares no âmbito da comunicação científica, em que
profissionais de diferentes áreas estão envolvidos, entre eles, o bibliotecário
(SANTANA, 2015, p. 5).

Das publicações científicas, o periódico científico assume um lugar de


destaque. A associação Brasileira de Normas Técnicas (2003) define publicação
periódica científica como:

117
Editoração Eletrônica

Um dos tipos de publicações seriadas, que se apresenta sob


a forma de revista, boletim, anuário etc., editada em
fascículos com designação numérica e/ou cronológica, em
intervalos pré-fixados (periodicidade), por tempo
indeterminado, com a colaboração, em geral, de diversas
pessoas, tratando de assuntos diversos, dentro de uma
política editorial definida, e que é objeto de Número
Internacional Normalizado (ISSN). (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003, p. 2)

No cenário atual, o periódico científico se impõe como um dos canais de


comunicação científica mais utilizado. Dentre as vantagens apontadas estão a
autoria múltipla, a periodicidade prefixada, o processo de avaliação por pares,
entre outras (SANTANA, 2015, p. 5).

Barraviera (1997) pontua as vantagens dos periódicos eletrônicos:


1. Rapidez na produção e na distribuição;
2. Acessibilidade de qualquer lugar do mundo;
3. Custos de assinatura reduzidos;
4. Suporte integral à multimídia;
5. Suporte a hiperlinks internos e externos;
6. Disponibilidade de consulta a todos os volumes (Banco de dados);
7. Disseminação da informação de forma mais rápida e eficiente.

Também são apresentadas as seguintes desvantagens dos periódicos


eletrônicos (BARRAVIERA, 1997):

1. Barreiras socioculturais – resistências às mudanças – ler a tela do


microcomputador;
2. Barreiras econômicas – equipamentos para acesso e armazenamento
dos dados;
3. Barreiras tecnológicas – velocidade nas redes, dificuldade de
visualização de recursos multimídia etc.

118
Editoração Eletrônica

Nesta unidade não, faremos menção ao histórico do periódico, pois está


pontuado nas unidades anteriores.

Após o estudo desta unidade, podemos chegar as seguintes conclusões:


Editoras e livrarias são mercados existentes e que poucos profissionais são atuantes
neste nicho. O profissional bibliotecário deve atuar nas editoras e livrarias com
normalização das publicações literárias e científicas; desenvolvimento de coleções
para o público e organização e recuperação dessas coleções.

Para isso, o profissional deve estar capacitado a: a) Entender como objeto de


trabalho, a informação de maneira ampla; b) Trabalhar de forma globalizada e
regionalizada, ou seja, pensar globalmente e agir localmente; c) Conhecer e utilizar
as tecnologias de informação; d) Trazer para o cotidiano de trabalho as técnicas
administrativas modernas como a administração por projetos; e) Criar e planejar
produtos e serviços informacionais visando o cliente; f) Planejar sistema de custos
para cobrança dos serviços e produtos informacionais com valor agregado; g)
Trabalhar de forma integrada, relacionando formatos eletrônicos e digitais à
telecomunicação, possibilitando o acesso local e remoto; h) Reestruturar a
estrutura organizacional da unidade de informação de forma a contemplar o
cliente; i) Disponibilizar sistemas que possibilitem a avaliação contínua e sua
melhoria; j) Estudar sistemas especialistas e inteligência artificial, de forma que
estas ferramentas ajudem nos processos repetitivos da unidade de informação
(VALENTIM, 2000, p. 26).

Nesta unidade, tivemos a oportunidade de observar as possibilidades de


atuação que o bibliotecário tem para atuar no mercado editorial seja impresso
como eletrônico, pois as competências apresentadas são úteis para as duas
modalidades editoriais.

119
Editoração Eletrônica

Leitura complementar

ZAID, Gabriel. Livros demais!: sobre ler, escrever e publicar. São Paulo:
Summus editorial, 2004.

É hora de se avaliar

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem.

120
Editoração Eletrônica

Exercícios – Unidade 5

1.Na equipe editorial, o bibliotecário poderia atuar:

a) Comissão científica;

b) No reparo de publicações;

c) Na declamação de poesias;

d) Produção editorial;

e) Gestão do conteúdo.

2) Complete:

A difusão e o uso da informação dependem cada vez mais de um mercado


editorial _________l, que ofereça __________________.

3.A formação do bibliotecário deve ser pautada pelo ensino:

a) Estritamente filosófico.
b) Estritamente teórico.
c) Erudita e técnica.
d) Contextualizada.
e) Todas as opções acima.

4.Marque a opção que não se refere ao futuro das editoras, segundo Valentim:

a) Editoração e impressão digital.


b) Programação selecionada.
c) Redes de comunicação.
d) Acesso domiciliar.
e) Disseminação e recuperação local.

121
Editoração Eletrônica

5.Das áreas citadas na unidade, com quais a Biblioteconomia se relaciona:

a) Português, História, Geografia.

b) Administração, Editoração, Tecnologia da Informação.

c) Física, Química, Biologia.

d) Matemática, Contabilidade, Astronomia.

e) Artes, Literatura, Comunicação.

6.Assinale as opções que as organizações requerem dos bibliotecários para


atuar nas equipes editorias:

a) Domínio de conhecimentos específicos.

b) Formação ampla.

c) Formação continuada.

d) Interdisciplinar.

e) Todas as opções anteriores.

7.Complete:

Um dos tipos de publicações seriadas, que se apresenta sob a forma de


______________, ______________, _______________etc., editada em fascículos
com designação____________________, em intervalos pré-fixados (periodicidade),
por tempo indeterminado, com a colaboração, em geral, de diversas pessoas,
tratando de assuntos diversos, dentro de uma______________________, e que é
objeto de Número Internacional Normalizado (ISSN).

122
Editoração Eletrônica

8.Correlacione:

1) Vantagens dos periódicos eletrônicos.

2) Desvantagens dos periódicos eletrônicos.

( ) Barreiras socioculturais – resistências às mudanças – ler a tela do


microcomputador;
( ) Disponibilidade de consulta a todos os volumes (Banco de dados);
( ) Rapidez na produção e na distribuição;
( ) Barreiras tecnológicas – velocidade nas redes, dificuldade de
visualização de recursos multimídia etc.
( ) Suporte integral à multimídia;
( ) Barreiras socioculturais – resistências às mudanças – ler a tela do
microcomputador;

9.Como, segundo a leitura do unidade, o bibliotecário pode atuar n nas


editoras e nas livrarias?

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__________________________________________________________________

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__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

123
Editoração Eletrônica

10.Santana (2015) indica que competências para o bibliotecário atuar no


mercado editorial?

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__________________________________________________________________

124
Editoração Eletrônica

Considerações finais

Com a conclusão desta disciplina, voltamos ao início, lá na Apresentação, onde


afirmamos como as tecnologias influenciaram as nossas vidas e comportamentos.
Esperamos ter conseguido fazer com que o aluno tenha refletido a respeito de
todas as mudanças ocorridas no processo de editoração para a editoração
eletrônica.

Importante destacar que com a facilidade de publicar vem o compromisso de


realizar a revisão da Língua e normas com o intuito de não se perder a
normalização adequada para cada publicação.

Realizamos um caminhar sobre a história, métodos, processos, ferramentas e


ainda o mercado de trabalho. O profissional da informação deve conhecer suas
habilidades e entender que precisa estar constantemente renovando o rol de saber
e habilidades, pois é uma necessidade para quem quer estar no mercado de
trabalho e isto é valido, também para quem quer estar no ramo da editoração
eletrônica.

125
Editoração Eletrônica

126
Editoração Eletrônica

Conhecendo os autores

Carla Lima

Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal


Fluminense, Pós-Graduação em Gestão do Conhecimento, membro do Grupo de
Pesquisa Ontologia e Taxonomia: aspectos teóricos e metodológicos (UFF/CNPq).

É Gerente de Projetos, em empresa de Tecnologia da Informação, com atividades


voltadas para implantação de Sistemas de Informação em Saúde. Dedica-se às
atividades de representação da informação, taxonomias, tesauros, gestão do
conhecimento e de conteúdo em sites.

Wellington Lira dos Santos

Biblioteconomia-Documentalista e formando em Arquivologia pela


Universidade Federal Fluminense. Trabalha como Chefe do Serviço de Biblioteca e
Acervo Técnico no Instituto Estadual do Ambiente (Rio de Janeiro). Desempenha
atividade de Gestão de Acervo, Circulação, Catalogação e Pessoas.

127
Editoração Eletrônica

128
Editoração Eletrônica

Refer ências

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máquina de escrever. São Paulo, 2011. Disponível em:
<http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/12953/hoje+na+historia+1868
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Acesso em: 13 set. 2015.

ARAUJO, Emanuel. A construção do livro: princípios da técnica de


editoração. Revisão e atualização Briquet de Lemos. 2. ed. rev. e atual. Rio de
Janeiro: Lexikon Editora Digital; São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 2008. 635p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: apresentação de


artigo em publicação periódica científica impressa. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

BARRAVIERA, B. Editoração eletrônica científica: apostando em uma nova


mídia. São Paulo: FUNDIBIO, 1995. Disponível em:
<http://www.barraviera.med.br/vdc_mod_01.ppt>. Acesso em: 21 nov. 2015.

BIBLIOTECA NACIONAL. Acervo Digital. Disponível em:


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CALHA. O que é uma impressão off-set? Disponível em:


<http://chocoladesign.com/o-que-e-uma-impressao-offset>. Acesso em: 26 set.
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CARVALHO, João Marques. Projeto Memória. Disponível em:


<http://joaomarquescarvalho.blogspot.com.br>. Acesso em: 22 set. 2015.

CREATIVE.BLOG. Impressoras, quando e como foram inventadas?.


Disponível em: <http://blog.creativecopias.com.br/impressoras-quando-e-como-
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DIAS, R. C. C. A. A. Fluxo de informação em produção editorial. Rio de


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Editoração Eletrônica

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<http://www.escritoriodolivro.com.br>. Acesso em 04 jun. 2010

FEIX, L. A importância de dominar o português para o sucesso na carreira.


[S.l.: s.n., 2010?]. Disponível em: <http://www.scrittaonline.com.br/a-importancia-
de-dominar-o-portugues-para-o-sucesso-na-carreira/>. Acesso em: 20 nov. 2015.

FERREIRA, Ana Gabriela Clipes; CAREGNATO, Sônia Elisa. A editoração


eletrônica de revistas científicas brasileiras: o uso de SEER/OJS. TransInformação,
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FONSECA, E. N. Introdução à biblioteconomia. 2. ed. Brasília: Briquet de


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científicos brasileiros. Ciência da Informação, Brasília, v. 35, n. 3, p. 54-66, set./dez.
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MAIMONE, Giovana; TÁLAMO, Maria de Fátima. A atuação do Bibliotecário no


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MARTINHO, Noemi Oliveira; DAL’EVEDOVE, Paula Regina. A História do Livro


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MORENO, Fernanda. Fluxo Geral do Treinamento SEER. [ ]: IBICT. 2007.


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MORENO, Fernanda. Tutorial: Submissão de artigos no SEER. [ ]: IBICT. 2007.


Apresentação. Disponível
em<http://seer.ibict.br/images/stories/file/tutoriais/tutorial_de_submissao_de_arti
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MORENO, João. ENIAC, primeiro computador do mundo, completa 65


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RIBEIRO, Amanda do Prado. O Livro eletrônico e Transformações na Indústria


Editorial. In: SEMINÁRIO BRASILEIRO SOBRE O LIVRO E HISTÓRIA EDITORIAL, 1.,
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RIBEIRO, Ana Elisa; ROCHA, Jorge. Pequenas editoras e Internet: ação cultural
com tecnologia para a difusão da nova literatura. In: SEMINÁRIO BRASILEIRO SOBRE
O LIVRO E HISTÓRIA EDITORIAL, 1., 2004, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro:
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SANTANA, S. A. O bibliotecário e a editoração de periódico: fazeres e


competências. [S.l.: s.n.], 2015.

SILVA, J. P. Como se faz a edição de um Livro? Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº


03 – Livro de Minicursos e Oficinas. Disponível em:
<http://www.filologia.org.br/xvi_cnlf/min_ofic/15.pdf>. Acesso em: 14 set. 2015.

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Editoração Eletrônica

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Expectativas sobre o Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER).
Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da
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STUMPF, Ilda Regina Chitto. Passado e futuro das revistas científicas. Ciência
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TARGINO, M. G. Novas tecnologias e produção científica: uma relação de causa


e efeito ou uma relação de muitos efeitos? DataGramaZero, Rio de Janeiro, v. 3, n.
6, dez. 2002. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/dez02/Art_01.htm>. Acesso
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VALENTIM, M. L. P. O moderno profissional da informação: formação e


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VIEIRA, Ronaldo da Mota. Editoração. In:__________. Introdução à Teoria


Geral da Biblioteconomia. Interciência: Rio de Janeiro, 2014, Cap. 19.

133
Editoração Eletrônica

134
Editoração Eletrônica

A nexos
 

135
Editoração Eletrônica

Gabaritos

Exercícios – Unidade 1

1. B

2. B

3. A

4. adaptou

vinhos

fixo

5. A

6. B

7. França

Ingraterra

8. A

9. Uma comissão avaliava o que se pretendia imprimir no Brasil tendo em vista


não ofender a religião ou ao governo.

10.

Projetos EPC - Editorial Processing Center (EUA) e

BLEND - Birmingham and Loughborough Eletronic Network Development


(Inglaterra).

Os dois fracassaram porque não conseguiam manter a compatibilidade entre


equipamentos e programas e, ainda, tinha um alto custo.

136
Editoração Eletrônica

Exercícios – Unidade 2

1. C

2. D

3.

2º Passo: Copidesque ou revisão de tradução;

3º Passo: Diagramação;

4º Passo: Primeira prova;

5º Passo: Segunda prova;

6º Passo: Primeira revisão;

8º Passo: Prova final;

9º Passo: Revisão de Diagramação;

10º Passo: Boneca;

11º Passo: Fotolito;

12º Passo: Prova heliográfica.

4. B

5. a)Pré-produção

b)

Espontaneamente

Encomenda

6. D

7. B

8. A

137
Editoração Eletrônica

9.As tecnologias da informação contribuem para que a comunicação científica


ocorra de maneira dinâmica, oportunizando melhor interação entre leitores,
autores e seus pares. O processo de editoração das produções científicas realizado
pelo método manual, que dependia de tempo, de verba e limitava-se a espaço,
como região ou país, beneficia-se na contemporaneidade com a editoração
eletrônica (MORAES; MIRANDA, 2011, p. 28).

10. O adiantamento que será pago ao autor; Direitos autorais (royalties); Prazo
para a publicação do livro; Tempo de duração do contrato; Periodicidade de
prestação de contas; E todas as outras questões jurídicas que se apresentem à
publicação.

Exercícios – Unidade 3

1. A

2. Vêm

Publicações

3. B

4. C

5. C

6. C

7. A

8. A

138
Editoração Eletrônica

9.

Baixo custo

Agilidade na confecção

Melhor produção final diante das ferramentas empregadas

10.

Ferramenta código livre, gratuito.

É instalado localmente

Editores podem configurar as permissões para a revista

Indexação abrangente do conteúdo

Funciona nos sistemas operacionais Windows, Mac e Linux

Exercícios – Unidade 4

1. Sim. Por ser uma ferramenta intuitiva, em português e ter barra de


ferramentas muito parecida com a do editor de texto Word, muito utilizada por
vários usuários. Uma ferramenta que permite incluir imagens e textos através de
teclas de atalhos simplificadas.

2. Porque o usuário pode exportar em vários formatos, permitindo, assim, que


qualquer outro usuário possa visualizar. Exporta: PUB, TXT, GIF, JPG, BMP, DOC,
DOCX, WMF, PS, XPS, HTML, MHT, PDF.

3.
F
F
V
V
V

139
Editoração Eletrônica

4.

( X )Folhetos

( X ) Menus

5.
V
F
V
V

Exercícios – Unidade 5

1. d

2. ágil

produtos de qualidade

3. c

4. a

5. b

6. e

7. revista, boletim, anuário, numérica e/ou cronológica,política editorial


definida

8. 2,1,1,2,1,2

9. Neste caso, o profissional bibliotecário pode e deve atuar, no tocante às


editoras, na normalização das publicações literárias e científicas. Nas livrarias, no
desenvolvimento de coleções para o público – aquisição e seleção –, bem como na
organização e recuperação dessas coleções pelo público.

10. Dentre as competências indicadas, destacam-se: trabalho cooperativo com


equipes multidisciplinares; comunicação/divulgação; interação com novas
tecnologias; investimento em outras formas de disponibilização da informação
científica periódica.

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