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A legalidade não se limita a vedar ou proibir a tributação sem lei, mas sustentar
os direitos e os deveres individuais e coletivos como princípio fundamental do Estado
de Direito, garantindo a todo cidadão segurança jurídica, econômica e social.
Princípio da Isonomia.
O princípio da isonomia traduz a máxima de que todos são iguais perante a lei
e preza pelo cumprimento igualitário das normas, desde que preenchidas as
condições necessárias. Sua realização está diretamente relacionada ao modo de
como está prevista na Constituição.
Esse princípio exerce papel fundamental no ordenamento jurídico, desse
modo, o preâmbulo da Constituição Federal de 1988 evoca a igualdade e coloca-a
como uma das finalidades constitucionais fundamentais. O art. 5º da Constituição
Federal, também evoca a igualdade fazendo parte dos direitos e deveres individuais e
coletivos, conforme redação “todos são iguais perante a lei”.
No capítulo do sistema tributário Nacional, o princípio da igualdade é consagrado na
parte dos " princípios gerais " (art.145, § 1º) e no art. 150, II, CF/88 que é fundamento
constitucional do princípio da igualdade ou da isonomia tributária onde é tratada como
uma garantia dos contribuintes, conforme norma in verbis:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos
ou direitos;
Princípios correlatos:
1. Princípio da uniformidade tributária geográfica:
Previsto no art. 151, II, CF/88, primeira parte, veda à União de tributar a renda
das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Desta forma
prevê o tratamento isonômico das rendas das obrigações da dívida pública, fazendo
com que não haja este privilégio dos títulos da União em relação aos dos Estados,
Distrito Federal e dos Municípios.
Previsto no art. 151, II, CF/88, segunda parte, veda à União de tributar a
remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores
aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes, dessa forma evita tratamento
tributário diferenciado entre servidores da União e servidores dos Estados, Distrito
Federal e Municípios.
Previsto no art. 152 da CF/88, veda aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios ‘’estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza,em razão de sua procedência ou destino’’.
Previsto no art. 151, III, CF/88, este dispositivo veda a União de “instituir
isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.” A presente vedação tem como base o atendimento do princípio do pacto
federativo. A isenção está diretamente ligada ao Poder de Tributar, deste modo aquele
que detém a competência tributária para instituir determinado tributo, também o tem
para isentar. Assim,o artigo 151, III veda que a União isente tributo que não seja de
sua competência tributária, ressalvadas as exceções constitucionais.
Princípio da Irretroatividade.
Princípio da Anterioridade.
(...)
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos
nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c,
não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e
154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos
arts. 155, III, e 156, I.
(...)
Considerando o preceito constitucional, compreende-se que os entes não
poderão cobrar tributos, no mesmo ano em que a lei que instituiu esse tributo for
publicada. Na alínea “c”, incorporada por força da Emenda Constitucional n 42/2003,
está a chamada “anterioridade nonagesimal’’, por tal regramento, a legislação
tributária que instituir, reduzir ou aumentar tributo, além de respeitar o exercício, terá
também que observar um prazo mínimo de 90 dias entre a sua publicação e o dia em
que efetivamente entra em vigor.
O princípio da anterioridade (art. 150, III, “b”) encontra também exceção nas
contribuições sociais previdenciárias, previstas no art. 195, I ao IV da CF/88, pois este
tributo, se aplica uma anterioridade especial, denominada anterioridade nonagesimal,
conforme disposto no parágrafo 6º, do artigo 195, da Constituição Federal:
(...)
Art. 195.(...)
(...)
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei
que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o
disposto no art. 150, III, "b".
A anterioridade nonagesimal das contribuições sociais previdenciárias dispõe,
que esta espécie de imposto deverá ser exigida 90 dias após a publicação da lei que a
instituiu ou a modificou.
Não cumulatividade
Seletividade
Referências Bibliográficas
CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. 18 ªed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2002.
SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito tributário. São Paulo: Saraiva.- 9ª Ed. 2019
Alexandre Machado de Oliveira. Princípios do Direito Tributário. Disponível em:
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/principios-do-direito-tributario/#:~:text=O
%20princ%C3%ADpio%20da%20uniformidade%20geogr%C3%A1fica,em%20detrimento
%20de%20outro%E2%80%A6%E2%80%9D. Acesso em: 20 de abril de 2021.