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HOMICÍDIO (121 a 126): consiste na destruição da vida humana por outro homem. Não deve
integrar o conceito a violência, dado que o homicídio pode ser praticado de formas não
violentas, o caráter injusto também não deve integrar o conceito em virtude de ser discussão
pertinente tão somente à esfera das excludentes de ilicitude.
OBJETIVIDADE: vida humana. Crime simples porque protege tão somente este objeto.
A vida é protegida desde a concepção (salvo resultante de estupro, risco para a mãe ou
anencefalia), a partir do início do parto (contrações, primeiras incisões) o aborto se
torna impossível, podendo haver apenas homicídio ou infanticídio. A proteção cessa
com a morte cerebral, quando já não há mais vida.
SUJEITO PASSIVO: detentor da vida humana, sendo crime comum que pode ser
praticado por e contra qualquer pessoa.
SUJEITO ATIVO: crime unissubjetivo ou de concurso eventual (diferente concurso
necessário ou plurisubjetivo).
ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO:
MEIOS: podem ser direitos quando o autor atua pessoalmente na retirada da
vida da vítima e podem ser indiretos (autoria mediata) quando o autor se
utiliza de penalmente inimputável (imputável é coautor) para a realização do
crime.
ELEMENTOS SUBJETIVOS (modalidade dolosa): dolo determinado (direto) ou
indeterminado (eventual ou alternativo).
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: se consuma com a morte da vítima, sendo exigidas
provas que não podem ser supridas pela confissão do acusado. Segundo os artigos 158
e 167, pode-se realizar exame de corpo de delito direito, ou seja, no corpo da vítima,
indireto dos vestígios (cabelo, sangue...) ou ainda pode-se utilizar prova testemunhal.
COMISSIVO OU OMISSIVO: comissivo e comissivo por omissão (posição de garante).
**Cooperação dolosamente distinta (29 §2º): se um dos concorrentes quis praticar fatos
menos grave, aplica-se a pena deste que poderá ser aumentada até a metade se ele pudesse
prever o resultado mais gravoso.