Você está na página 1de 2

DIP

FUNDAMENTOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: visa explicar e identificar a fonte da


obrigatoriedade do DIP.

ESCOLA VOLUNTARISTA: tenta explicar os fundamentos como produtos da voluntariedade dos


Estados dado que não há poder central na sociedade internacional.

 Doutrina da vontade coletiva dos Estados (Treipel): a vontade VERTAS seria


consubstanciada em acordos, ao estilo de contratos, entre dois Estados para solução
de problemas imediatos e particulares a estes sujeitos. VEREINBARUNG é um acordo
coletivo que versa sobre questões fundamentais que afetam a todos, sendo este o
fundamento do DIP: um consenso básico e geral. A validade e aceitação por parte de
todos da Vereinbarung ocorreria porque ela seria constituída princípios filosóficos e
morais aos quais todos se submeteriam – isso a faria deixar de ser voluntária.
 Doutrina da Autolimitação (Jellineck): DIP é fruto de atos espontâneos e unilaterais,
através dos quais os Estados limitam sua própria autonomia. Regras produzidas de
forma unilateral e de acordo com a vontade dos submetidos não constituem Direito
propriamente dito.
 Doutrina do Consentimento das Nações (Oppenhein, Lawrence e Hall): o
consentimento mútuo entre os Estados, de forma coletiva, produz uma vontade
coletiva ao longo do tempo.
 Teoria da Delegação (Max Wenzel): o fundamento do DIP reside no Direito Interno, ou
seja, o Direito que regula o conjunto de sujeitos seria baseado nas regras que orientam
as condutas de cada indivíduo porque as autoridades que ajudam a compor o DIP
estão submetidas ao Direito Interno de seus Estados. Via de regra, os sujeitos
estabelecem suas regras pessoais de acordo com as regras coletivas, entretanto, como
estamos diante de entes soberanos, tal teoria passa a ser mais aceitável.

ESCOLA OBJETIVISTA: elaborada com base na realidade da sociedade internacional, ela


constitui uma reação ao à Escola Voluntarista, centrando-se na impossibilidade de a
obrigatoriedade nascer da voluntariedade. Busca uma razão outra que não a vontade dos
jurisdicionados.

 Teoria dos Direitos Fundamentais do Estado (Duguit e Pillet): cada Estado possui um
rol de Direitos Fundamentais que permitem sua soberania (declarar guerra, celebrar a
paz, legislar, etc..), dando sustentação à vida interna ao afastar ingerências externas.
Alguns Estados tentam interferir a esfera de direitos de outro, gerando conflitos que,
ao longo do tempo, tendem a levar todos a um equilíbrio posterior à força bruta, no
qual todos se submetem às regras que, se descumpridas, resultam em violação dos
direitos de outrem. Para se falar em direitos, eles precisam ser consagrados em um
ordenamento jurídico, logo, não há que se falar em direitos em um momento anterior
ao DIP.
 Teoria da norma-base ou norma fundamental (Kelsen): DIP seria fundamentado em
uma norma fundamental hipotética incialmente não identificada porque esta teoria é
puramente lógica e não histórica. Posteriormente ela foi identificada como o Pacta
Sunt Servanda.
 Teoria do Pacta Sunt Servanda (Anzilotti e Verdros): aqui o Pacta Sunt Servanda
aparece não no ápice de uma pirâmide, mas sim como princípio básico dos acordos,
dando origem a obrigatoriedade. As normas nascem da vontade, mas a
obrigatoriedade não.
 Teorias Sociológias:
 Teoria da Solidariedade (Scelle): necessidade de cooperação entre Estados.
 Teoria Institucionalista (Santi Romano): sociedade internacional, como
qualquer outra, precisa de regras de convivência.
 Teoria da Vontade Coletiva (Quadril): não trata de vontade coletiva dos
Estados, mas sim da vontade dos indivíduos que só convivem harmonicamente
mediante regras.
 Teoria do Direito Natural: o DIP tem como fundamento uma ideia superior de Justiça
que, por sua vez, se baseia no Pacta Sunt Servanda e na obrigação de reparar os danos
injustamente causados (pode haver divergências quanto aquilo que é ou deixa de ser
injusto, mas uma vez que a injustiça for determinada, não há dúvidas de que deva
haver reparação).

Você também pode gostar